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Francis Picabia

Francis-Marie Martinez Picabia, nasce em Paris a 28 de Janeiro de 1879 e


deixa-nos fisicamente a 30 de Novembro de 1953, tento sido entre muitas
coisas um poeta e pintor.

Estuda na sua cidade natal, Paris na Escola das belas Artes e na Escola das
Artes Decorativas. Recebe uma forte influência do Impressionismo e do
Faubismo, em especial de Picasso e Sysley. Logo no início do séc. XIX
esteve ligado ao Cubismo, e pertenceu ao grupo "Puteaux", onde veio a
conhecer os irmãos Duchamp. Logo a seguir viajou para os Estados
Unidos, onde conhece o fotógrafo Alfred Stieglitz e o grupo estadudinense.

Em Barcelona, cria uma revista sua e o primeiro nº. “391”, no mínimo


curioso, contando com os colaboradores Apollinaire, Tristan Tzara, Man
Ray e Arp.

Depois de passar algum tempo na Costa Azul, com forte presença


surrealista, regressa á sua cidade natal e com André Breton, a revista 491.

Inicialmente influenciado pelo impressionismo (na obra plástica) e pelo


Simbolismo (na escrita), Francis Picabia, encontra refugio nos dadaístas
para a sua descrença na arte, tal como era entendida pela burguesia. De
espírito rebelde, niilista e nómada. Picabia foi dadaísta em Paris, Nova
Iorque e Barcelona.

Trabalhando em pintura, em colagem e na escrita, Picabia desenvolveu


obras pictóricas que se aproximam do texto e vice-versa. Na pintura
pretendia levar o conteúdo de um quadro para além dos seus limites físicos,
integrando neles toda uma série de símbolos e sinais gráficos, que podiam
ir de nomes até exortação, passando por sinais tipográficos, e que podiam
ser poéticos, polémicos ou simplesmente ilustrativos. Por exemplo, em
“l’oeil Cocodylate” (1921), co-existem (escassas) imagens recortadas com
uma infinidade de “mensagens inscritas em todas as direcções e que podem
caber no espaço do quadro ou sair dele, ficando assim incompletas; os
tamanhos das letras variam bem com as cores em que estão escritas e o
nome do quadro e a assinatura do artista encontra-se em destaque. Temos
deste modo uma pintura onde a escrita é um material que contribui para a
composição da obra.

Obcecado pela máquina, Picabia pintou inúmeros quadros com complexas


engrenagens, roldanas e êmbolos e onde as peças, no seu conjunto,
constroem máquinas absurdas cujo funcionamento é impossível. Tal como
o “Ready Made” de Marcel Duchamp, a máquina de Picabia é deslocada do
seu contexto habitual e colocada num outro perfeitamente inesperado,
adquirindo novos sentidos (estéticos). Deste modo, o que determina o valor
do objecto já não é o seu seu carácter funcional, mas um puro acto mental
que o re-coloca num novo es Pelo modo como foram “construídos” (com
colorações do tom da pele, por exemplo), as máquinas picabianas contêm
diversas alusões de carácter sexual, ou não fosse a provação uma das
constantes paço, inclusivamente na escrita.

No entanto, a produção escrita de Picabia não se limita á provação; a


escrita é trabalhada como material e é assinalável o extremar dos
procedimentos de desarticulação sintética, a ampliação dos mecanismos de
inversão, ao pronto de muitos versos exigirem uma segunda leitura, da
direita para a esquerda… é olhar Dada que, tal como nas colagem e nos
poemas simultâneos e visuais, se lança em toda as direcções.

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