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XD201 – Eletrônica Digital 3
ÍNDICE PÁGINA
Introdução .............................................................................................................................................. 8
Curso de eletrônica digital ..................................................................................................................... 9
1 Introdução à eletrônica digital ................................................................................................... 10
1.1 Diferenciações entre analógico e digital.............................................................................. 10
1.1.1 Rampa versus escada................................................................................................... 10
1.1.2 Voltímetro analógico versus voltímetro digital........................................................... 11
1.2 Vantagens da eletrônica digital ........................................................................................... 11
2 Sistemas de numeração e conversões ........................................................................................ 13
2.1 Sistema de numeração decimal ........................................................................................... 13
2.2 Sistema de numeração binária ............................................................................................ 14
2.2.1 Conversão entre os sistemas binário e decimal ........................................................... 16
2.3 Sistema de numeração hexadecimal ................................................................................... 17
2.3.1 Conversão entre os sistemas binário e hexadecimal ................................................... 18
2.3.2 Conversão entre os sistemas hexadecimal e decimal .................................................. 20
3 Algebra de Boole....................................................................................................................... 21
3.1 Introdução ........................................................................................................................... 21
3.2 Níveis lógicos........................................................................................................................ 22
3.3 Elementos lógicos básicos ................................................................................................... 23
3.3.1 Função lógica NÃO (NOT) ou Inversora.................................................................... 24
3.3.2 Função lógica E (AND) .............................................................................................. 25
3.3.3 Função lógica OU (OR) .............................................................................................. 26
3.3.4 Função NÃO-E (NAND) ............................................................................................ 27
3.3.5 Função NÃO-OU (NOR) ............................................................................................ 29
3.3.6 Função OU-EXCLUSIVO (XOR) .............................................................................. 30
3.3.7 Função NÃO-OU-EXCLUSIVO ou coincidência ...................................................... 31
3.4 Propriedades das operações lógicas .................................................................................... 32
3.4.1 Representações ............................................................................................................ 32
3.4.2 Exemplos de simplificação das equações lógicas ....................................................... 34
3.4.3 Fazendo tudo com portas NÃO-E (NAND) ................................................................ 37
3.5 Mapa de Karnaugh............................................................................................................... 38
3.5.1 Introdução ................................................................................................................... 38
3.5.2 Endereçamento de um mapa de Karnaugh .................................................................. 38
3.5.3 Mapa de Karnaugh de três variáveis ........................................................................... 40
3.5.4 Mapa de Karnaugh de quatro variáveis ....................................................................... 42
3.6 Conclusão ............................................................................................................................. 43
4 Família de circuitos lógicos digitais .......................................................................................... 45
4.1 Família RTL (Resistor-Transistor Logic) e DTL (Diode-transistor Logic) ............................... 46
4.1.1 O transistor como chave eletrônica ............................................................................. 46
4.1.2 Usando a família DTL................................................................................................. 48
4.1.3 Melhorando o desempenho ......................................................................................... 49
4.2 Família TTL ........................................................................................................................... 50
4.2.1 Algumas características da família TTL ..................................................................... 53
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Introdução
\
Este material didático tem como função guiar o aluno durante todo o curso de eletrônica
digital básica implementado pelo Kit de eletrônica digital desenvolvido pela Exsto Tecnologia
(www.exsto.com.br). Este Kit trata das principais aplicações de circuitos digitais, que vão desde o
conhecimento de sistemas de numeração e portas lógicas, até a formação de sistemas complexos
utilizando componentes integrados compostos de várias portas lógicas.
Em toda apostila foi adotada uma forma de trabalho que permite o aluno visualizar os
conteúdos teóricos seguido de exercícios práticos e propostos. Eles estão dispostos no caderno de
exercícios no final da apostila, permitindo que o aluno possa desenvolver seu pensamento em torno
do tema recém abordado.
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Curso de eletrônica
digital
- Albino Teixeira
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1. Eletrônica Analógica;
2. Eletrônica Digital.
Para responder a primeira pergunta, temos que antes verificar as diferenciações, definir o
que é ANALÓGICO e o que é DIGITAL. Para isso vamos tomar alguns exemplos:
Tomando por base a figura da esquerda, vemos que se um objeto estiver no meio da
rampa e este objeto “caminhar” para um ponto mais baixo ou para o ponto mais alto, ele poderá
assumir qualquer uma das infinitas posições de altura entre a posição central e o caminho
tomado. Ao analisarmos a escada podemos ver que o comportamento não é da mesma forma,
pois o objeto só poderá estar em um dos degraus, tendo que, para alcançar os demais degraus terá
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uma variação grande de altura. Sendo assim, podemos dizer, salvo os elementos rudimentares de
comparação, que a rampa está para o analógico, assim como a escada está para o digital.
Como podemos analisar nos exemplos vistos acima, quando temos um equipamento que
possui uma saída digital, temos uma quantidade finita de valores, tornando o trabalho com esse
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tipo de sinal mais fácil. Já um dispositivo analógico, que pode possuir infinitos valores, precisa de
uma análise muito detalhada e um tratamento muito mais elaborado para que o trabalho seja
executado sem que se percam partes do sinal.
Para simplificar ainda mais o processamento de sinais digitais, foi retomada uma técnica
de representação chamada numeração binária, que utiliza em seu sistema apenas dois símbolos
para a representação de números. Como os sinais são discretos e, portanto as medições são
obtidas de forma fácil, se enumerarmos esses valores usando a numeração binária temos a
representação numérica de apenas dois elementos distintos para representarmos os sinais
desejados. Podemos concluir então que em um sistema digital teremos o processamento de
conjuntos finitos cujos elementos se apresentam em apenas dois valores. Para cada elementos
deste, é dado o nome de bit. Podemos ter conjuntos de diferentes quantidades de bits, entretanto
para o conjunto mais usado dá-se o nome de bytes, que corresponde ao agrupamento de oito bits.
Aparentemente, seria melhor ter um sistema com infinitos pontos (analógico) do que ter
um sistema com finitos pontos (digital). Entretanto, vemos que é muito mais simples processar,
armazenar e transmitir informações discretas do que informações contínuas.
O nosso escopo se concentra em como os sinais digitais discretos podem ser usados na
criação de circuitos digitais complexos e como a determinação destes dois elementos numéricos
distintos podem ser usados para representação de outros grupos numéricos como o decimal e
hexadecimal. No próximo capitulo vamos concentrar nossos esforços para entender os diversos
grupos numéricos existentes e como fazer a sua conversão para o sistema binário.
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Todos nós, quando resolvemos tratar no cotidiano a palavra números, por instinto
associamos está palavra ao sistema decimal o qual usamos diariamente no número das casas, no
dinheiro que é gasto e na representação da quantidade de dedos nas mãos. Este sistema numérico
está ligado diretamente em certas regras e padrões que fundamentam qualquer outro modelo de
representação numérica. Vamos, portanto, estudar estas regras e aplicá-las aos outros sistemas de
numeração como a binária, octal e hexadecimal. Estes sistemas são utilizados em computadores
digitais, circuitos lógicos em geral e no processamento de informações dos mais variados tipos.
É importante notar que por mais que utilizamos o sistema de numeração binária ou
qualquer outro, sempre passaremos estes sistemas para o decimal, fazendo com que estes sejam
compreendidos de forma fácil para nós.
Onde:
dn = posição n do dígito;
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N = d3 . B3 + d2 . B2 + d1 . B1 + d0 . B0
0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9
Portanto, para este sistema numérico temos dez símbolos formando uma base decimal.
Este pensamento pode ser estendido para os outros sistemas de numeração através da mesma
analogia. Por exemplo, num sistema octal, a base é feita com oito símbolos que são:
0,1,2,3,4,5,6 e 7
Onde cada número octal, é composto do posicionamento destes oito símbolos no numero
octal mais o uso da base oito para representá-lo.
Nos próximos itens vamos ver como é formado os dois sistemas de numeração muito
utilizados na eletrônica, o binário e o hexadecimal.
sistema de numeração binário também podemos representar qualquer quantidade que seria
representada no sistema decimal. De acordo com a definição de um sistema de numeração
qualquer, o número binário 10010 pode ser representado da seguinte forma:
10010 = 1 . 24 + 0 . 23 + 0 . 22 + 1 . 21 + 0 . 20
10010 = 16 + 0 + 0 + 2 + 0 = 18
Observe que os números utilizando a numeração binária devem ser lidos da direita para a
esquerda, partindo do menos significativo (LSB – Less Significant Bit) ao mais significativo
(MSB – Most Significant Bit). Esta nomenclatura é dada ao dígito com a menor potencia
associada a uma base e ao dígito com a maior potencia associada a uma base respectivamente,
seja isto na parte inteira ou na parte fracionada do valor.
24 23 22 21 20
1 0 0 1 0
MSB LSB
Tabela 2.2. Representação binária do número 18.
De acordo com este sistema de numeração, um número binário com N bits pode
representar um número decimal de 2n objetos, como: 23 = 8 objetos.
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Agora para o processo inverso, dado um número decimal, para convertê-lo em binário,
basta usar o método de divisão repetida e o método de multiplicação repetida. Nota-se que um
número decimal pode ser inteiro ou não, com isso cada um dos métodos citados devem ser
utilizados de forma específica. Esta conversão consiste em dividir o número decimal em duas
partes, uma parte inteira e a outra fracional. Desta forma, utilizamos o método de divisão
repetida para a parte inteira e a multiplicação repetida para a parte fracional. Por exemplo, se
quisermos converter o número 23,765 para binário fazemos:
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Com relação à conversão do número fracional decimal em binário, deve ser observado
que o procedimento de multiplicação repetida deve ser interrompido em duas situações: Quando
a parte fracional for zero ou quando for alcançada a precisão desejada. Contudo, na maioria dos
casos, o motivo de interrupção será quando a precisão for alcançada.
Vale notar que quando menor for a base, mais dígitos serão necessários para representar
um determinado valor, isso fica claro no exemplo dado acima. Uma base diferente foi então
adotada para que pudesse facilitar aos profissionais de eletrônica na representação dos números
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binários. A base adotada foi a base 16 (base hexadecimal), por ser uma potencia inteira de dois
que facilitará a conversão entre o hexadecimal e o binário.
Com um número hexadecimal formado por n dígitos pode fazer a contagem de até 16n
objetos, por exemplo, para n = 1 podemos contar 161 = 16 objetos. Isto pode ser mais bem
demonstrado na tabela abaixo:
0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,A,B,C,D,E,F
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Para fazer uma conversão entre o sistema binário e hexadecimal, começamos a isolar da
direita para a esquerda grupos de quatro bits, também chamado de nibble, fazendo a conversão
direta destes quatro bits para hexadecimal usando a tabela 2.2. Caso esta separação em grupos de
quatro bits seja feita e os ultimos bits não cheguem a formar grupos de quatro é só adicionar
zeros conforme for necessário até o preenchimento de quatro bits. Por exemplo, vamos converter
o número 30(10) = 11110(2) para hexadecimal:
Com o processo descrito acima, vemos que é muito fácil fazer a conversão de um número
binário em hexadecimal. Por isso a sua maior aplicabilidade em sistemas digitais do que o
binário, pois representa de forma simples o sistema numérico binário. Na figura 2.4, vemos que o
número 30(10) = 11110(2) = 1E(16).
Para que possamos fazer a conversão do sistema hexadecimal para o binário é só executar
o processo inverso da figura 2.4. Ou seja, fazer com que cada dígito hexadecimal seja convertido
pelo nibble binário correspondente e depois reagrupado de novo.
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111100 = 1 x 25 + 1 x 24 + 1 x 23 + 1 x 22 + 0 x 21 + 0 x 20 = 32 + 16 + 8 + 4 = 60(10)
Com isso vemos que a conversão entre as bases 16, 2 e 10 são fáceis de serem feitas. É
importante salientar que todo este processo de numeração tem que ser bem entendido pelo aluno
para que não ocorram problemas no andamento da apostila. No próximo capítulo, iremos ver a
álgebra dos sistemas digitais lógicos, as regras básicas de Boole que resultaram em alguns
postulados.
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3 Algebra de Boole
3.1 Introdução
O ponto de partida para o projeto de sistemas de processamento digital é a chamada
Álgebra de Boole, trabalho de um matemático inglês que, em um livro de 1854, propôs dar
expressão as leis fundamentais do raciocínio na linguagem simbólica do cálculo. Trata-se,
portanto, de uma formalização matemática da lógica em sua forma mais simples, conhecida
como Lógica Proposicional.
Esta era fundamentada por uma série de postulados mostrando como operações simples
podem ser usadas para resolver uma infinidade de problemas. Apesar da álgebra de Boole
resolver problemas práticos de controle e fabricação de produtos, na época em que ela foi
idealizada, não havia sistemas eletrônicos que pudessem usar toda a teoria.
Com isso, para facilitar a representação da lógica de Boole, utilizamos dois estados: zero
ou um, Verdadeiro ou Falso, Aberto ou Fechado, Alto ou Baixo (HI ou LO) ou Ligado ou
Desligado. Na base da eletrônica digital partimos exatamente do princípio que um determinado
equipamento pode ter seus componentes lógicos trabalhando com esses dois estados possíveis, ou
seja, encontraremos presença do sinal de tensão ou a ausência do sinal de tensão, o que se adapta
perfeitamente aos princípios da álgebra de Boole.
Tudo que um circuito lógico digital pode fazer está previsto pela álgebra de Boole. Desde
as mais simples operações ou decisões, como ligar uma chave ou acender um LED, quando dois
sensores são ativados de uma determinada maneira ou ainda ativar uma bomba de água quando
a terra estiver seca.
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Nos circuitos digitais a presença de eletricidade será indicada como um, lembrando que
segundo boole só existe duas possibilidades possíveis, sendo cada uma elas aqui representadas
por um número binário. Ainda podemos chamar de nível HI (de HIGH ou Alto) a presença de
eletricidade nos circuitos digitais. O estado oposto deve ser representado pela ausência de
eletricidade, tendo sua indicação feita pelo número binário zero representado pela nomenclatura
LO (de LOW ou baixo). O zero ou LO será sempre uma tensão nula, ou ausência de sinal num
ponto do circuito, mas o nível lógico um ou HI pode variar de acordo com o circuito
considerado.
Durante o uso da nossa apostila, vamos tratar somente da lógica positiva, seja para
aplicação da teoria como para qualquer nível de tensão usado nos exercícios, a não ser quando
especificado o contrário. Portanto, na nossa lógica, associaremos o número binário “0” para
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Podemos ver que o valor da variável S será dependente dos valores que A e B assumirão.
Então, podemos dizer que as variáveis A e B são independentes e que S é dependente dos valores
de A e B. Porem existe operações mais simples que a soma, e que são simplesmente implantadas
considerando a álgebra booleana.
Estes circuitos simples são denominados blocos lógicos ou, mais comumente, portas
lógicas que são compostas de uma ou mais entradas e uma ou mais saídas. O resultado
proveniente da(s) entrada(s) é executado pelo circuito lógico gerando uma saída depende da(s)
entradas. Em outras palavras, a resposta que cada circuito lógico dá para uma determinada
entrada ou entradas depende da “regra booleana” que este circuito segue. Com isso, vemos que
para chegarmos a entender como um computador funciona, com sua alta capacidade de
resolução de problemas, temos que começar entendendo como ele faz as operações elementares
usando as portas lógicas e quais são essas portas.
Por este motivo, depois de analisarmos o funcionamento das operações lógicas vamos
associá-las a álgebra de Boole, estudando cada uma das portas básicas.
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Entrada Saída
0 1
1 0
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Neste circuito temos uma lâmpada que, acesa, indica o nível 1 na saída e apagada, indica
o nível 0. Quando a chave estiver na posição A, a chave estará fechada (nível um),
um mas a
lâmpada estará apagada (nível 0), pois o fluxo de corrente não passará pela lâmpada, mas pelo
curto provocado pela chave. Contudo, quando a chave estiver aberta,
aberta, ou seja, na posição B (nível
zero)) o fluxo de corrente passara
passara todo pela lâmpada fazendo com que ela acenda. Esta maneira
de simular funções lógicas com lâmpadas indicando a saída e chaves indicando a entrada, é
bastante interessante pela facilidade com que vemos o funcionamento do circuito lógico. Então
para verificar
car o funcionamento, é só comparar as duas tabelas abaixo.
1 0 Fechada Apagada
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Procedendo como no exemplo da porta NOT, vamos considerar que as chaves são as
entradas do circuito e que a lâmpada seja a saída. Então, como é fácil de notar, precisamos ter as
chaves A e B fechadas, para que lâmpada seja ativada. Considerando o funcionamento do
circuito já podemos ver que a tabela da verdade será como abaixo.
A B S A B S
0 0 0 Desligado Desligado Apagada
0 1 0 Desligado Ligado Apagada
1 0 0 Ligado Desligado Apagada
1 1 1 Ligado Ligado Acesa
Tabela
bela 3.3. Comparação entre a função E (AND) e o circuito da figura 3.4.
Observamos que para uma porta E com duas entradas temos quatro combinações
possíveis para as entradas aplicadas. Para uma porta E de três entradas temos oito combinações
possíveis para o sinal de entrada. Para uma porta de quatro entradas, teremos dezesseis e assim
por diante, fazendo com que o número de combinações cresça de forma exponencial.
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A B C S A B C S
0 0 0 0 Desligado Desligado Desligado Apagada
0 0 1 1 Desligado Desligado Ligado Acesa
0 1 0 1 Desligado Ligado Desligado Acesa
0 1 1 1 Desligado Ligado Ligado Acesa
1 0 0 1 Ligado Desligado Desligado Acesa
1 0 1 1 Ligado Desligado Ligado Acesa
1 1 0 1 Ligado Ligado Desligado Acesa
1 1 1 1 Ligado Ligado Ligado Acesa
Tabela 3.4. Comparação entre a função OU (OR) e o circuito da figura 3.6.
exemplo, uma função lógica importante que vem da combinação de algumas portas lógicas
básicas é a porta NÃO-E
E ou NAND. Esta função é obtida pela associação da função E com a
NÃO, ou seja, a saída invertida de uma função E. Sua representação é feita a partir do símbolo
abaixo:
A B C S A B C S
0 0 0 1 Desligado Desligado Desligado Ligado
0 0 1 1 Desligado Desligado Ligado Ligado
0 1 0 1 Desligado Ligado Desligado Ligado
0 1 1 1 Desligado Ligado Ligado Ligado
1 0 0 1 Ligado Desligado Desligado Ligado
1 0 1 1 Ligado Desligado Ligado Ligado
1 1 0 1 Ligado Ligado Desligado Ligado
1 1 1 0 Ligado Ligado Ligado Desligado
Tabela 3.5. Comparação entre a função NÃO-E
NÃO E (NAND) e o circuito da figura 3.8.
Observe que a lâmpada só apagará (saída zero ou LO) quando as três chaves estiverem
fechadas (nível lógico um ou HI), colocando em curto a fonte de alimentação. O resistor é usado
para limitar a corrente da fonte, já que se não tivesse este resistor a resistência tenderia a zero
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fazendo com que a corrente tendesse ao infinito segundo a lei de ohm, causando problemas
pro na
fonte. Também neste caso podemos ter a função NAND com mais de três entradas, até mesmo
só com duas.
É importante ressaltar que através da associação desta porta lógica, é possível obter todas
as outras funções lógicas descritas aqui neste item.
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
Tabela 3.6. Tabela verdade da NÃO-OU
OU (NOR) e o circuito da figura 3.9.
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Seu funcionamento pode ser definido da seguinte forma: a saída será um somente se as
variáveis de entrada forem diferentes. Com isso temos que, para uma porta OU-EXCLUSIVO
OU de
duas entradas, quando a entrada A assumir um a entrada B deverá ser zero ou vice-versa.
vice
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
Tabela 3.7. Tabela verdade da função XOR para duas entradas.
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Esta função lógica, como dita acima, também é derivada das funções lógicas básicas,
sendo possível montá-la
la usando portas
portas conhecidas. Assim, mesmo que esta função tenha seu
próprio símbolo e possa ser considerado um “bloco” independente nos projetos, podemos sempre
implementá-la
la com um circuito equivalente como o ilustrado abaixo.
A representação matemática desta função lógica é dada pelo símbolo . Uma tabela
verdade para esta função é dada adiante, e ainda igual a porta OU-EXCLUSIVO,
OU EXCLUSIVO, podemos
implementar esta função utilizando portas
p lógicas básicas como abaixo.
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Tabela 3.8. Tabela Verdade da função XNOR usando portas lógicas simples.
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Figura 3.14. Representação de uma porta XNOR usando portas lógicas simples
Da mesma forma que acontece com os números decimais, as operações lógicas booleanas
baseiam-se
se numa série de regras, postulados e teoremas conforme já tínhamos visto antes no
inicio do capitulo. Os principais para o nosso curso são vistos aqui e sua validação
val não são
necessárias no momento, contanto que você acredite que as afirmações são corretas. Caso o
aluno queira se aprofundar no assunto, recomendamos alguma literatura relacionada a Boole.
3.4.1 Representações
As operações lógicas E, OU e NÃO são representadas
representadas matematicamente por símbolos
usados no equacionamento decimal, contudo, apesar dos símbolos serem semelhantes, eles
possuem significados diferentes como se pode ver a seguir.
a) Operação E: A operação E tem como símbolo o ponto final(.). Então para representar
rep
matematicamente a função E com duas entradas A e B com saída igual a S, podemos
fazer sua representação com: S = A . B;
b) Operação OU: A operação OU é representada matematicamente o sinal
s (+). Com isso, a
representação da operação de uma porta OU com
com entradas A e B e saída S pode ser
representada como: A + B = S;
c) Operação NÃO: Esta operação é indicada por uma barra da seguinte forma: A = S ou S
= A’ (A barra igual a S ou S igual a A barrado).
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d) Operação XOR: Esta operação é indicada por um símbolo que tem funções diferentes na
a) Elemento Neutro: É aquele que, quando participa de uma operação com uma variável,
leva a um resultado igual a própria variável. No caso da operação E o elemento neutro é
“1”, isto é, A.1 = A. Já para a operação OU o elemento neutro é “0”, ou seja A+0 = A
b) Elemento Nulo: É aquele que quando participa de uma operação com uma variável, leva
sempre a um mesmo valor, independente de qual seja o valor da variável. Na operação E
o elemento nulo é “0”, portanto A.0 = 0. Já para a operação OU o elemento nulo é “1”,
assim A+1 = 1
c) Elemento Complementar: O resultado da operação de uma variável com seu
e A• A = 0
d) Propriedade comutativa das operações E e OU:
A.B=B.A
A+B=B+A
A+(B+C) = (A+B)+C
A• B = A + B
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O mesmo teorema pode ser aplicado a operação NÃO a uma operação OU o resultado é
igual ao da operação E aplicada aos complementos das variáveis de entrada. Temos:
A + B = A• B
• Exemplo 2: S = A.B.C+A.C'+A.B'
A.(B.C+(B'+C')) * Colocando A em evidência
A * Identidade: A+A' = 1
• Exemplo 3: S = (A+B'+C)'.(A+B+C)
A'.B.C'.(A+B+C ) * Pelo teorema de Morgan
• Exemplo 4 : S = ((A.C)'+B+D)'+C.(A'+C'+D')
(A.C).B'.D'+C.(A'+C'+D') * Pelo teorema de Morgan
(A.C).B'.D'+C.A'+C.D' * Identidade: A + 0 = A
C.D'.(1)+C.A' * Identidade: A + 1 = 1
C.D'+C.A' * Identidade: A . 1 = A
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(A+B)'+C'.(1)+D' * Identidade: A + 1 = 1
(A+B)'+C'+D' * Identidade: A . 1 = A
• Exemplo 6: S = A'.B'.C'+A'.B.C+A'.B.C'+A.B'.C'+A.B.C'
C'.(A'.B'+A'.B+A.B'+A.B)+A'.B.C * Colocando C' em evidência
C'.(A'+A)+A'.B.C * Identidade: A . 1 = A
A'.B.C+C' * Identidade: A . 1 = A
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ou
A B S A B(+5V) S
0 0 1 0 1 1
1 1 0 1 1 0
Tabela 3.9. Tabela verdade de uma porta NÃO-E
NÃO E como inversora.
b) Uma porta E (AND) é feita através da junção
junção entre uma porta NÃO-E
NÃO (NAND) e
DeMorgan temos: S = A + B = A + B .
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3.5.1 Introdução
No item anterior vimos uma boa parte da álgebra de
de Boole, seus teoremas e propriedades
de forma simples. Agora vamos ver uma nova metodologia para que possamos fazer as mesmas
simplificações ou reduções das funções lógicas mais complexas. Esta nova metodologia foi criada
com o intuito de tornar simples o nosso trabalho na hora de construir os sistemas lógicos. Veitch
e Karnaugh foram dois estudiosos do século passado que tornaram possível a simplificações de
funções lógicas por simples observação visual da tabela verdade, quando esta está transcrita em
mapas
pas criados para este procedimento.
A B C D E F
1
2 *
3 * * * *
4 *
5 *
6 * *
Tabela 3.10. Tabela exemplo do jogo batalha naval.
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Aqueles que conhecem batalha naval, provavelmente sabem que cada ponto assinalado
na ficha pertence a um elemento da esquadra inimiga, com isso, se quiser atingir um alvo temos
que utilizar os indicativos de linha e coluna para, exatamente, informar a localização do suposto
alvo. Para o mapa acima vemos que se tomarmos fileira vertical composta por quatro asteriscos
tem os seguintes endereços: A2, A3, A4 e A5.
Por analogia, as fileiras compostas por três asteriscos e a fileira composta por dois
asteriscos na horizontal têm, respectivamente os seguintes endereços: C3, D3, E3 e E6 e F6.
Se entendermos esta forma de endereçamento pode-se verificar que num mapa de
Karnaugh o processo é muito parecido. Observe o exemplo de um Mapa K (Karnaugh) de quatro
variáveis:
AB
00 01 11 10
CD
00 J
01 F
11 H
10
Tabela 3.11. Tabela exemplo do mapa de karnaugh de quatro variáveis.
O endereço da célula F é: A = 0, B = 0, C = 0 e D = 1;
O endereço da célula H é: A = 0, B = 1, C = 1 e D = 1;
e, ainda, o endereço da célula J é: A = 1, B = 1, C = 0 e D = 0.
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A BC A 0 1
B 00 11
C 01 10
00
0
01
1
11
10
Observando acima podemos entender que cada enlace define uma região onde as
variáveis de endereçamento apresentam uma propriedade em comum. Portanto para resolvermos
um mapa de Karnaugh devemos seguir os seguintes passos:
1) Identificar as células cujos valores são “um”;
2) Fazer os enlaces permitidos (observando as adjacências e o número de células do
enlace);
3) Deduzirmos a expressão booleana para cada enlace e agruparmos essas expressões
através da função OU.
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01
11
10
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Desejamos expressar esta tabela como a soma de produtos, o que significa que os valores
adjacentes que devemos procurar na tabela são os “uns”. É importante notar que caso
quiséssemos considerar os “zeros” da tabela, teríamos que expressar a tabela como o produto de
somas.
Voltando ao exemplo, nossa idéia é agrupar os termos adjacentes iguais, havendo para
isso diversas possibilidades, entretanto, devemos agrupar uma maior quantidade possível de itens
adjacentes, pois isso criará um enlace maior. Assim teremos equações mais simplificadas.
Na hora que for obter as equações do mapa, é necessário entender que os índices
deste mapa determinam à condição lógica de cada variável. Então, como a tabela acima foi
expressa através da soma de produtos, quando o índice for “zero”, a variável lógica
correspondente tem seu nível barrado, ou invertido. O mesmo raciocínio serve para quando o
índice for “um”, indicando que a variável não terá seu valor lógico alterado.
3.6 Conclusão
Os circuitos lógicos digitais podem parecer algo confuso e de difícil compreensão, pois
eles utilizam muito da matemática e isso, às vezes, pode parecer monótono e desestimulante.
Contudo, esta teoria básica é necessária para que você possa entender de forma clara o
funcionamento dos capítulos que se seguem. Isto ainda é o começo, mas o esforço será
recompensador a partir do momento que o aluno começar a enxergar estes conceitos em todos os
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XD201 – Eletrônica Digital 44
equipamentos que utilizam algum tipo de circuito lógico. Afinal, estes princípios estão presentes
em tudo que um computador faz.
Nos capítulos que se seguem, estes conceitos já serão abordados de forma mais concreta e
nas lições práticas será mais fácil entendê-los. Nas próximas lições, o que foi estudado até agora
ficará mais claro quando encontrarmos sua aplicação prática.
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XD201 – Eletrônica Digital 45
Os circuitos eletrônicos modernos não usam chaves e lâmpadas para representar níveis
lógicos na prática, mas sim, dispositivos muito rápidos que podem estabelecer os níveis lógicos
nas entradas das funções com velocidades incríveis e isso lhes permite realizar milhões de
operações muito complexas a cada segundo. Aqui veremos que tipos de circuitos são usados e
como são encontrados na prática, fazendo com que o seu uso em conjunto possa criar um
circuito muito mais complexo, como aqueles encontrados nos computadores atuais em blocos
básicos. Estes blocos, quando unidos, podem levar a elaboração de circuitos muito complexos
como os encontrados nos computadores de hoje.
As famílias lógicas diferem basicamente pelo componente principal utilizado por cada
uma em seus circuitos. Existem inúmeras famílias que possuem características únicas, podemos
citar como algumas famílias existentes:
No restante deste capítulo iremos analisar os parâmetros típicos de cada família, verificar
como é o funcionamento destas famílias e verificar se é possível promover a interconexão entre
elas.
Uma vantagem importante é que o transistor poderá operar com a tensão ou nível lógico
produzido por uma outra função e não necessariamente por uma pessoa que acione uma chave.
Assim, as funções lógicas implementadas com transistores têm a vantagem de poderem ser
interligadas umas nas outras, pois o sinal que aparece na saída de cada uma pode ser usado como
entrada para outra. Abaixo podemos ver um exemplo simples da utilização de um transistor para
obter uma porta inversora.
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XD201 – Eletrônica Digital 47
Aplicando o nível um (5V) na base do transistor ele conduz até o ponto de saturar,
fazendo a tensão no seu coletor cair a zero. Por outro lado, na ausência de tensão na sua base,
que corresponde ao nível zero de entrada, o transistor se mantém cortado e a tensão no seu
coletor se mantém alta, o que corresponde ao nível um. Tomando este entendimento como base,
podemos conseguir outras portas lógicas simples através da combinação de transistores e
resistores.
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XD201 – Eletrônica Digital 48
Isso significa que a elaboração de um circuito lógico digital capaz de realizar operações
complexas usando transistores
transistores é algo que pode ser conseguido com relativa facilidade.
Onde a saída S será um se, somente se, todas as entradas forem um. Também é possível
poss
construir uma porta OU, conforme apresentado a seguir:
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Utilizando estas simples portas com diodos e ainda uma inversora com transistor é
possível resolver facilmente alguns problemas de lógica no circuito. Vale ressaltar, porem, que ao
optar por um circuito mais simples deixamos de lado vantagens como padronização, velocidade,
interconectividade, etc.
Para se solucionar
ar este problema, foi desenvolvida a tecnologia dos circuitos integrados,
permitindo a colocação de diversos componentes já interligados dentro de um invólucro plástico,
permitindo o uso de várias funções lógicas simultâneas e em maior quantidade. Assim, foi
f
possível diminuir o tamanho dos projetos, pois foi criada uma série de circuitos integrados que
continham numa única pastilha as funções lógicas digitais mais usadas.
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XD201 – Eletrônica Digital 50
Com isso elas passaram a ocupar menos área física e foram feitas de tal maneira que
todas eram compatíveis entre si, operando com as mesmas tensões e reconheciam os mesmos
sinais.
Estas séries de circuitos integrados formaram então as Famílias Lógicas, a partir das quais
os projetistas tiveram facilidade em encontrar todos os blocos para montar seus equipamentos
digitais. Então conforme as figuras abaixo, cada CI (Circuito Integrado) continham uma
quantidade de portas lógicas de um mesmo tipo.
Assim, se fosse necessário montar um circuito que usasse três portas E, o projetista teria
disponíveis componentes compatíveis entre si contendo estas funções e de tal forma que
poderiam ser interligadas das maneiras desejadas e num espaço físico mínimo. O sucesso do
advento dessa tecnologia foi enorme, pois além do menor tamanho dos circuitos havia menor
consumo de energia.
Apesar de a família RTL ser uma precursora da tecnologia digital, hoje era não é mais
utilizada devido às limitações impostas por ela, que já foram citadas. Nas próximas páginas, nos
limitaremos a estudar as duas famílias em maior destaque hoje, a família TTL e a CMOS.
A família TTL foi primeiramente desenvolvida pela Texas Instruments, contudo, devido
a enorme utilidade desta família, muitos fabricantes de semicondutores também produzem seus
componentes. Esta família é facilmente reconhecida durante o seu uso nos projetos
principalmente pelo fato de ter duas séries que começam pelos números 54 para o uso militar e 74
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XD201 – Eletrônica Digital 51
para o uso comercial. Assim, a associação de qualquer componente que comece pelo número
“74” à família TTL fica evidente. A característica mais importante desta família está no fato de
que ela trabalha com uma tensão de alimentação de 5 V. Assim, para os componentes desta
família, o nível lógico zero é sempre a ausência de tensão ou 0 V, enquanto que o nível lógico um
é sempre uma tensão de +5 V. Para os níveis lógicos serem reconhecidos, eles devem estar dentro
de faixas bem definidas, pois na família TTL há uma faixa chamada faixa de ruído. Uma porta
TTL reconhecerá como nível zero as tensões que estiverem entre 0 e 0,8 V e como nível um as
que estiverem numa outra faixa, entre 2,4 e 5 V. Entre essas duas faixas existe uma região
indefinida que deve ser evitada.
MSI - Medium Scale Integration ou Integração de Média Escala: Em que temos num
único circuito integrado de 13 a 99 portas ou funções lógicas.
VLSI - Very Large Scale Integration ou Integração em Escala Muito Grande: Que
corresponde aos circuitos integrados com mais de 1000 portas ou funções lógicas.
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XD201 – Eletrônica Digital 52
rápida) sacrificando a potência. Como maior potência não envolve somente maiores correntes
mais também maior consumo de energia e uma dissipação maior de calor, elas também afetam
diretamente as capacitâncias parasitas que existem nas junções dos semicondutores sendo
carregadas e descarregadas mais rapidamente.
Estas capacitâncias parasitas não são introduzidas deliberadamente no circuito, mas são
os resultados inevitáveis das dimensões e geometria do circuito. A disponibilidade de correntes
maiores torna possível ligar e desligar os transistores mais rapidamente. Quando usamos mais
potência com a finalidade de obter maior velocidade, sempre é bom avaliar se este aumento de
velocidade compensa o acréscimo de potência utilizada. Uma figura de mérito útil para se fazer
esta avaliação é o produto velocidade-potência, que é o produto do atraso de propagação pela
dissipação de potência de uma porta.
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XD201 – Eletrônica Digital 53
IIH (mínimo) – Corrente de entrada correspondente ao nível lógico alto. Valor da corrente
que circula na entrada de um circuito digital, quando um nível lógico alto é aplicado em tal
entrada. Note que os valores de IIL são negativos, pois se convencionou que a corrente que entra
na porta tem sinal positivo; Estando a entrada em 0, a corrente sai da porta, portanto o sinal “-“
denota o sentido contrário.
• Correntes de saída:
Quando temos a saída de um circuito TTL indo ao nível zero (ou baixo), flui uma
corrente da ordem de 16 mA. Isso mostra que uma saída TTL no nível zero ou nível baixo pode
drenar de uma carga qualquer ligada a ela uma corrente máxima de 16 mA. Por outro lado,
quando a saída de uma função TTL está no nível 1 ou alto, ela pode fornecer uma corrente
máxima de 400 μA. Veja então que podemos obter uma capacidade muito maior de excitação de
saída de uma porta TTL quando ela é levada ao nível zero do que ao nível um. Isso justifica o
fato de que em muitas funções indicadoras, em que ligamos um LED na saída, fazemos com que
ele seja aceso quando a saída vai ao nível zero (e, portanto, a corrente é maior) e não ao nível
um.
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• Margem de Ruído
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Como já visto, a família TTL opera com uma tensão de alimentação de 5V, todas as
tensões em um sistema TTL estão no intervalo de 0 a 5V. Quando uma porta lógica não estiver
carregada pela ligação a entradas de outras portas, sua tensão de corresponde ao nível lógico
zero, onde o valor pode ser 0,1 V ou até menor para a série 54/74. A tensão alta, correspondente
ao nível lógico um, fica em tomo de 3,4 V. Quando a saída for de nível lógico baixo, a porta
acionadora deve permitir o fluxo de corrente da porta acionada para si própria. A porta
acionadora é descrita como absorvedora de corrente da carga. Quando a saída estiver no nível
alto, a porta acionadora servirá como fonte de corrente para a carga e é descrita como fornecendo
corrente. No nível de saída de nível lógico baixo, a corrente drenada eleva a tensão de saída e no
nível de saída no nível lógico alto a corrente suprimida diminui a tensão de saída.
Para a série 54/74, o fabricante garante que, mesmo que uma porta esteja carregada até
sua capacidade máxima de saída, a tensão de saída baixa não sobe acima de 0,4 V e a tensão de
saída de nível lógico alto não desce abaixo de 2,4 V. O fabricante também garante que uma
tensão igual ou menor que 0,8V sempre será interpretada por uma porta que está sendo acionada
como correspondendo a tensão baixa (nível lógico zero) e que uma tensão de entrada maior que
2V sempre será interpretada como tensão alta (nível lógico um). As duas tensões de saída e as
duas tensões de entrada são representadas pelos símbolos VOH, VOL, VIH e VIL e são definidas
como:
VOH: A tensão de saída mínima que uma porta fornece quando sua saída estiver
no nível alto.
VOL: A tensão de saída máxima que uma porta fornece quando sua saída estiver
no nível baixo.
VIH: A tensão mínima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e
reconhecida como nível alto.
VIL: A tensão máxima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e
reconhecida como nível baixo.
Para as séries 54 ou 74, estas tensões são as especificadas abaixo. Quando a tensão de
entrada VI estiver no intervalo de 0 a 0,8V ou no intervalo acima de 2,0 Volts, a saída VO é
constante e vale 2,4 ou 0,4 Volts, respectivamente. Para VI no intervalo de 0,8 a 2,0 Volts, a saída
varia de seu nível alto de 2,4V até seu nível baixo de 0,4V.
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• Velocidade
Os circuitos eletrônicos possuem uma velocidade limitada de operação que depende de
diversos fatores. No caso dos circuitos TTL, temos ainda que considerar sua construção que pode
apresentar indutâncias e capacitâncias parasitas que influem na sua velocidade de operação das
suas portas lógicas.
Assim, levando em conta a configuração típica de uma porta, veremos que se for
estabelecida uma transição muito rápida da tensão de entrada, a tensão no circuito não subirá
com a mesma velocidade porque esta tensão terá que carregar capacitâncias parasitas existentes
na porta. Isto causará um aumento gradual da tensão de entrada, levando tempo que não deve
ser desprezado. Da mesma forma, à medida que o sinal vai passando pelas diversas etapas do
circuito, temos de considerar os tempos que os componentes demoram a comutar justamente em
função das capacitâncias e indutâncias parasitas existentes.
O resultado disso é que para os circuitos integrados TTL existe um retardo entre o
instante em que o sinal passa do nível zero para um na entrada e o instante em que o sinal na
saída responde a este sinal. Da mesma forma, existe um retardo entre o instante em que o sinal
de entrada passa do nível um para o zero e o instante em que o sinal de saída passa do nível zero
para o um, no caso de um inversor. Observe que estes tempos são determinantes quando se
trabalha com sistemas de alta velocidade.
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Figura 4.9. Efeito do nível lógico baixo e alto num Totem Pole.
Todavia, existe uma possibilidade de elaborar circuitos em que as saídas das portas sejam
ligadas entre si. Este método é obtido pela utilização do Open Collector ou coletor aberto. Os
circuitos TTL que tem esta configuração são indicados como “open collector” e quando são
usados, exigem a ligação de um resistor externo denominado “pull-up” com aproximadamente
2000 ohms.
Este tipo de método significa que o transistor interno da porta lógica está com o “coletor
aberto” (open collector), necessitando de um resistor de polarização. A vantagem desta
configuração está na possibilidade de interligarmos portas diferentes num mesmo ponto e a
desvantagem está na diminuição de velocidade do circuito lógico, ficando mais lento com o uso
do resistor, pois ele influencia o circuito alterando sua impedância.
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Seus componentes integrados mais simples são na maioria das vezes, encapsulados em
um invólucro (contêiner ou pastilha) DIP ou DIL, podendo ter diversas
diversas portas ou “pernas”,
possui o formato retangular como abaixo.
Abaixo segue a descrição de algumas portas mais comuns da família TTL, com uma
breve descrição do que elas são e seu consumo.
• 7400 - Quatro
ro Portas NÃO-E
NÃO de duas entradas:
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De uma forma geral, podemos dizer que existem aplicações em que é mais vantajoso usar
um tipo, e aplicações em que o outro tipo é melhor. Os transistores de efeito de campo usados
nos circuitos integrados CMOS ou MOSFET’s têm sua composição elementar vista a seguir onde
também aparece seu símbolo. Vemos que o ponto de controle é a comporta ou gate (g) onde se
aplica o sinal que deve ser amplificado ou usado para chavear o circuito. É aqui que teremos a
entrada da porta lógica. O transistor é polarizado de modo a haver uma tensão entre a fonte ou
source (s) e o dreno ou drain (d). Fazendo uma analogia com o transistor bipolar, podemos dizer
que a comporta do MOSFET equivale à base do transistor bipolar, enquanto que o dreno
equivale ao coletor e a fonte ao emissor.
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• Consumo e velocidade:
Para que possamos analisar o consumo e velocidade desta família, vamos tomar
um circuito inversor como base para entendermos.
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praticamente não circule corrente alguma entre o Vdd e o terra (0 V). A única corrente circulante
será de um circuito externo alimentado a saída lógica. Isso significa um consumo extremamente
baixo para este par de transistores em condições normais, já que na entrada a impedância é
elevadíssima e praticamente nenhuma corrente circula. Este consumo é da ordem de dez
nanowatt.
Contudo, na prática temos alguns fatores que tornam este consumo maior, como por
exemplo, eventuais fugas ou a necessidade de outro componente que precise de uma maior
corrente. Mas como dito antes, ele não é só cheio de qualidades. Como problema podemos citar
que, ao aplicarmos um sinal de controle a este circuito, a tensão não sobe imediatamente até o
valor desejado, precisando de certo tempo para carregar o “capacitor” existente na composição
do transistor.
Este atraso nada mais é do que a diferença de tempo entre o instante em que aplicamos o
sinal na entrada e o instante em que ele estará disponível na saída. Nos circuitos integrados
CMOS típicos como os usados nas aplicações digitais, como um inversor, este atraso é da ordem
de três nanossegundos (3 ns). Isso pode parecer pouco nas aplicações comuns, mas se um sinal
tiver de passar por centenas de portas antes de chegar onde ele é necessário, podemos ter um
atraso acumulativo relativamente alto.
Entretanto, este problema pode ser contornado com a elevação de tensão de alimentação.
Assim, com mais tensão, a carga dos elementos capacitivos é mais rápida e isso nos leva a uma
característica muito importante dos circuitos CMOS digitais que deve ser levada em conta em
qualquer aplicação: com maior tensão de alimentação, os circuitos integrados CMOS são mais
rápidos. E isso fica mais fácil de obter do que na família TTL porque eles trabalham num valor
de tensão fixo enquanto os circuitos CMOS trabalham numa faixa de tensão mais ampla.
• Sensibilidade ao manuseio:
Devido à composição dos transistores usados na tecnologia CMOS, ele é extremamente
sensível a descargas elétricas tornando-os dispositivos muito delicados. De fato, a própria carga
elétrica acumulada nas nossas ferramentas ou em nosso corpo quando caminhamos num tapete
num dia seco ou ainda atritamos objetos em nossa roupa pode ser suficiente para danificar de
modo irreversível os componentes CMOS. Para que se possa ter uma idéia, caminhando num
carpete num dia seco, seu corpo pode acumular uma carga estática que atingem até 10000 V. Se
você tocar num objeto metálico aterrado, a descarga de seu corpo neste percurso de terra pode lhe
causar um forte choque. Ainda, da mesma forma, você tocar num terminal de um dispositivo
CMOS, a carga do seu corpo que escoa por este dispositivo facilmente destruirá a finíssima
camada de óxido que separa o gate do substrato e o componente estará inutilizado. Em outras
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XD201 – Eletrônica Digital 67
palavras, os dispositivos que usam transistores CMOS são extremamente sensíveis a descargas
estáticas. De qualquer forma, para evitar o problema, nunca toque com os dedos nos terminais de
componentes CMOS sejam eles circuitos integrados ou transistores.
• Corrente de saída:
Diferentemente dos circuitos integrados TTL em que temos uma capacidade maior de
drenar corrente na saída do que de fornecer, para os circuitos integrados CMOS a capacidade de
drenar e de fornecer corrente de saída é praticamente a mesma. Assim, para uma alimentação de
5 V as saídas podem fornecer (quando no nível alto) ou drenar (quando no nível baixo) uma
corrente de até 1mA e essa corrente sobe para 2,5 mA quando a alimentação é de 10 V. Estas
correntes são designadas por IOL e IOH nas folhas de especificações dos circuitos integrados
CMOS.
• Potência:
Os circuitos integrados CMOS consomem muito menos energia que os circuitos
integrados TTL. Para os tipos comuns a corrente de alimentação Idd é normalmente da ordem de
1 nA tipicamente com um máximo de 0,05 µA para alimentação de 5 V, o que corresponde a
uma dissipação de 5 nW em média para alimentação de 5 V e 10 nW para alimentação de 10 V.
• Velocidade:
Os tipos comuns CMOS são muito mais lentos que os TTL, mas famílias especiais estão
aparecendo com velocidades cada vez maiores e em muitos casos estas se aproximam dos mais
rápidos TTLs. As freqüências máximas, conforme já explicamos, dependem das tensões de
alimentação e das funções, já que maior número de componentes para atravessar significa um
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atraso maior do sinal. Assim, nos manuais encontramos a especificação de velocidade dada tanto
em termos de freqüência quanto em termos de atraso do sinal. Para o caso do atraso do sinal,
observamos que ele pode estar especificado para uma transição do nível alto para o nível baixo
ou vice-versa e em alguns circuitos ou tensões de alimentação podem ocorrer diferenças.
As duas portas NÃO-E de quatro entradas deste circuito integrado podem ser usadas de
forma independente.
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É importante saber deste detalhe porque esta função pode ser facilitadora em muitos
projetos, pois consegue simular a operação de diversas combinações de outros circuitos
integrados CMOS. Internamente, o 4048 é bastante complexo contendo 32 funções
independentes programadas, definidos pelos níveis lógicos nas entradas correspondentes.
tipos. Há duas possibilidades de interfaceamento entre circuitos digitais TTL e circuitos digitais
CMOS.
Isso significa que é necessário garantir que a entrada CMOS reconheça o nível alto TTL,
o que é conseguido com a adição de um resistor externo de pull-up
pull (conceito visto
anteriormente),
ente), observe a figura abaixo. Este resistor de 22K μμé ligado ao positivo da
alimentação de 5 V.
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As portas
tas E, OU e NÃO são exemplos de circuitos combinatórios simples. Uma restrição
importante dos circuitos combinatórios é que não precisam de nenhum retorno (feedback), isto é,
uma entrada para uma porta não pode ser um resultado de uma função que dependa da saída
desta mesma porta.
Isto significa que não é possível obter loops em circuitos combinatórios. Um decodificador
(será visto com detalhes adiante) é um bom exemplo de um circuito combinatório. É um circuito
que produz uma saída específica (geralmente zero) quando um valor específico ou um conjunto
de valores específicos aparece nas suas entradas.
Outro conjunto de circuitos combinatórios que deve ser citado são as portas E e OU de
várias entradas. Por exemplo, se quisermos calcular o E lógico de três entradas, podemos colocar
duas portas E em cascata conforme abaixo.
Figura 5.1. Porta E de três entradas a partir de duas com duas entradas.
De forma semelhante, podemos construir uma porta E de quatro entradas ou combinar
três portas E de duas entradas
entradas e assim por diante. As portas OU de várias entradas podem ser
feitas o mesmo princípio descrito acima. Como portas E e OU com mais de duas entradas são
muito comuns, usaremos um único símbolo para representar portas de N entradas.
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Como já vimos no capitulo três, quando lidamos com um problema com várias entradas
possíveis é claro que será necessária uma combinação de portas lógicas para que se obtenha uma
saída condizente com o resultado esperado.
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Os diversos sinais de entrada aplicados a uma função lógica, com todas as suas
combinações possíveis e a saída correspondente podem ser colocados numa tabela. Então, para
que see possa ter uma visão do problema como um todo, é necessário construir esta tabela,
chamada de tabela verdade com o objetivo de obter as equações pertinentes à solução do mesmo.
A B C S1 S2 S3 S
0 0 0 0 1 0 1
0 0 1 0 0 0 1
0 1 0 1 1 1 0
0 1 1 1 0 0 1
1 0 0 1 1 1 0
1 0 1 1 0 0 1
1 1 0 1 1 1 0
1 1 1 1 0 0 1
Tabela 5.2. Tabela verdade do circuito combinacional da figura 5.3.
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Para elaborar a tabela verdade para este circuito combinacional e com isso determinar
todas as saídas possíveis em função das entradas, deve levar em conta que ele é formado por três
etapas.
Então temos que levar em consideração estas saídas na elaboração da tabela verdade que
terá no seu topo todas as variáveis de entrada, as saídas parciais e a saída final. Podemos
identificar as variáveis A,B e C como as entradas dos circuitos. S1, S2 e S3 são pontos
intermediários do circuito que precisam ser analisados para a obtenção de S, que é saída final do
circuito.
Outro detalhe que deve ser considerado é que esta tabela verdade não é única. Podemos
ter várias outras combinações lógicas que representariam à mesma tabela. Ainda poderíamos
evitar o uso de portas como a porta inversora ligada a S, se utilizasse uma porta NÃO E ao invés
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XD201 – Eletrônica Digital 78
de uma porta E. Note que o projeto de circuitos combinacionais tem uma série de formas de
serem feitas, contudo, para que o aluno não fique perdido entre qual forma adotar, seguiremos a
regra apresentada aqui.
Agora vamos atuar de forma reversa, sendo esta forma mais utilizada para criação de
projetos porque geralmente tem que se construir um equipamento dependendo das suas entradas
e saídas, fazendo assim a expressão lógica e depois o circuito que a representa. Para exemplificar,
a tabela 5.2 foi dada para se verificar qual é a equação lógica que corresponde a ela.
Primeiramente, temos que ver quais colunas serão usadas para criar esta tabela. Como o
que nos interessa são sempre as entradas e as saídas, usaremos as colunas A, B, C e S. Depois
temos que verificar quais linhas geram saídas com nível lógico um, pois são elas necessárias para
a montagem da equação lógica. As saídas com nível um representam que as entradas geram um
valor um na saída, contudo, vemos que várias linhas causam também este tipo de saída. Isso quer
dizer que a tabela 5.3 é o resultado da operação OU entre as tabelas que só possuem uma saída
com nível um.
Esta equação representa na forma da simbologia lógica a tabela verdade acima, significa
que se nesta equação tivermos o valor de entrada semelhante ao da tabela acima, sempre terá a
saída respectiva. Agora baseado nesta equação, nós teríamos o seguinte circuito lógico
equivalente:
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Para a segunda afirmativa, existe o método que permite simplificar as expressões lógicas
fazendo com que elas tenham equivalentes menores. Esta redução é obtida através do uso dos
mapas de Karnaugh já vistos aqui. Para se fazer a simplificação deste circuito, vamos transportar
as informações da tabela verdade para o mapa.
S = A⋅ B + C
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Atendo-nos
nos somente ao nosso problema vemos que precisamos de pelo menos uma porta
E e uma porta OU, conforme nosso desenho. Entretanto, podemos ainda verificar que esta porta
E não tem um equivalente comercial, com suas entradas “barradas”, pode precisar
p de um outro
símbolo lógico bem conhecido. Este símbolo seria a porta inversora, fazendo com que a
montagem real desta expressão lógica fosse:
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Vemos que na montagem da figura 5.10, baseada no circuito da figura 5.8, a quantidade
de componentes integrados foi diminuída a dois terços do circuito anterior e ainda utilizou-se um
maior número de portas lógicas por componente integrado, fazendo com que o projeto tivesse
uma menor utilização de espaço e reduzindo os custos de fabricação.
Devemos fazer algumas observações com relação ao uso real dos componentes, por
exemplo, devemos usar capacitores de desacoplamento na alimentação e ainda devemos ligar à
terra todas as entradas não usadas.
No nosso estudo vemos a partir de agora como essas associações são importantes para
dar as portas lógicas funções úteis que manipulam os bits conforme necessário.
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XD201 – Eletrônica Digital 83
6 Multiplexadores e codificadores
Depois de vermos os conceitos mais simples da lógica binária, suas portas lógicas básicas
e seus principais equacionamentos, estamos prontos para estudar a utilização prática da
eletrônica digital. Isto consiste na implementação destes componentes lógicos para executarem
ações que proporcionem utilidade prática.
6.1 Codificadores/Decodificadores
As informações que os circuitos digitais produzem estão na forma binária ou em outras
formas que não são compreendidas facilmente pelo usuário, ou ainda que não possam ser
utilizadas pelos circuitos seguintes do equipamento. Isso implica na necessidade de se ter
circuitos que processem uma informação codificada de modo a transformá-la em outra que
possam ser usada por dispositivos ou circuitos.
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XD201 – Eletrônica Digital 84
Figura 6.1. Decodificador com quatro saídas a partir de dois bits de endereço.
A B S1 S2 S3 S4
0 0 0 1 1 1
0 1 1 0 1 1
1 0 1 1 0 1
1 1 1 1 1 0
Tabela 6.1. Tabela verdade da figura 6.1.
Observe que no seu funcionamento segundo a tabela verdade, a saída ativada vai ao nível
baixo quando o valor binário correspondente é aplicado à entrada. Quando estiver
desenvolvendo circuitos decodificadores na prática, não será preciso programar circuitos
decodificadores como este a partir de portas lógicas, pois existem circuitos integrados que já
realizam estas funções.
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Este tipo de circuito decodificador conta com quatro entradas, por onde entra a
informação BCD e sete saídas que correspondem aos sete segmentos do display que mostrará o
dígito correspondente. A combinação de níveis lógicos aplicados às entradas produzirá níveis
lógicos de saída que, aplicados aos segmentos de um display fazem aparecer o dígito
correspondente.
Um display é um dispositivo que apresenta uma informação numa forma que possa ser
lida por uma pessoa usuária daquele equipamento. Podemos ter displays simples que operam na
forma digital como seqüências de LEDs, displays que apresentam números (numéricos) e
displays que apresentam também símbolos gráficos (letras e sinais) denominados alfa-numérico.
Alguns mais sofisticados podem até apresentar imagens de objetos ou formas, como os usados
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XD201 – Eletrônica Digital 86
em equipamentos informatizados. O tipo mais comum de display usado nos projetos básicos de
digital é o numérico de sete segmentos, conforme o estudado a pouco.
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XD201 – Eletrônica Digital 87
A B C D a b c d e f g
0 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0
1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
2 0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
3 0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
4 0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
5 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
6 0 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1
7 0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
8 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
9 1 0 0 1 1 1 1 1 0 1 1
Tabela 6.2. Tabela dos leds do display de sete segmentos.
Eletrodos transparentes ao serem excitados eletricamente pelo sinal do circuito fazem
com que o líquido com que ele está em contato torne-se opaco, deixando assim de refletir a luz.
Desta forma, o fundo branco do material deixa de ser visto, aparecendo em seu lugar uma região
preta. As regiões formam os segmentos conforme sua combinação tem o aparecimento dos
dígitos. No entanto, é mais difícil trabalhar com estes mostradores, pois eles exigem circuitos de
excitação especiais que também são mais caros.
6.1.3 Codificador
Este circuito executa a função inversa do codificador, ou seja, produz um código diferente
em suas saídas para cada entrada diferente ativada. Podemos analisar o projeto do circuito
através de uma tabela verdade construída a partir da sua definição.
I3 I2 I1 I0 A B
0 0 0 1 0 0
0 0 1 0 0 1
0 1 0 0 1 0
1 0 0 0 1 1
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A tabela verdade pode parecer um pouco estranha, pois apesar de ter quatro variáveis de
entrada não tem a esperadas dezesseis linhas. O problema é que as quatro entradas só podem ser
ativadas uma de cada vez e com isso temos que eliminar todas as outras combinações possíveis
para elas, mas para resolvermos o circuito através dos mapas de Karnaugh teremos que ter todas
as linhas. Vamos então introduzir o conceito de irrelevância:
Em alguns casos de circuitos combinacionais temos situações que nunca acontecem e,
portanto não nos importaremos com os valores das entradas destes casos. Dizemos então que são
casos irrelevantes, ou seja, tanto faz as entradas terem nível lógico um ou nível lógico zero. A
grande vantagem desta situação é que para resolvermos os mapas de Karnaugh destes circuitos
podemos considerar os níveis lógicos como um ou como zero levando em consideração apenas
nos for mais conveniente para conseguirmos um maior enlace do mapa sem nos esquecer das
regras que regem esses enlaces. Analise então como fica o projeto deste codificador:
I3 I2 I1 I0 A B
0 0 0 0 X X
0 0 0 1 0 0 I0
I2 I I1 00 01 11 10
0 0 1 0 0 1 3
00 X 1 X 1
0 0 1 1 X X
01 0 X X X
0 1 0 0 1 0
11 X X X X
0 1 0 1 X X I0 B
10 0 X X X
0 1 1 0 X X
I1
0 1 1 1 X X I2
A = I 2 + I3
1 0 0 0 1 1 A
I3
I0
1 0 0 1 X X
I2 I I 1 00 01 11 10
3
1 0 1 0 X X
00 X 0 X 1
1 0 1 1 X X
01 0 X X X
1 1 0 0 X X
11 X X X X
1 1 0 1 X X
10 1 X X X
1 1 1 0 X X
1 1 1 1 X X
B = I1 + I3
Veja que um codificador com sete saídas pode ter 128 entradas. Isso significa que
podemos transmitir por uma via de sete fios 128 valores diferentes, onde cada valor representa
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uma tecla. O circuito responsável pela codificação de teclados dos computadores atuais é mais
complexo que este estudo, mas o princípio de funcionamento é o mesmo.
6.2 Multiplexadores/Demultiplexadores
6.2.1 Demultiplexador ou DEMUX
A configuração lógica estudada no item 6.1.1 pode ser usada para realizar uma função
muito interessante e útil: o direcionamento de dados num circuito. O fluxo de informações (tanto
analógicas como digitais) aplicado a uma entrada pode ser direcionado para qualquer uma das
saídas, conforme o comando aplicado à linha de seleção de dados.
Por exemplo, se na linha de seleção de dados ou controle for aplicado o valor 10(2), os
dados de entrada serão encaminhados para a terceira linha de saída. Na figura 6.6 mostramos um
circuito deste tipo implementado com portas TTL e que, portanto, só funciona com dados
digitais. Neste DEMUX os dados aplicados na entrada DADOS (DATA) são encaminhados
para uma das saídas (S1 a S4), conforme o “endereço” aplicado nas entradas A e B. No entanto,
os dados só podem “passar” no momento em que a entrada de habilitação EN (de enable) for
levada ao nível alto.
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saída o valor de qualquer das variáveis de entrada dependendo do valor que introduzir no
controle.
Parece complicado? Imagine uma central telefônica moderna, todas as informações que
trafegam por ela são compostas de bits zero e um. Algumas dessas centrais utilizam um forma de
multiplexação no tempo para que numa mesma saída (comumente chamado de canal), eu tenha
os sinais de entrada cada um no seu tempo. Com isso, temos
temos partes do tempo em que a saída
ficará com uma entrada, e depois com outra e outra, fazendo a multiplexação das entradas em
uma só saída. Circuitos multiplexadores são empregados nos circuitos digitais sempre que se
deseja usar o mesmo condutor elétrico
elétrico (ou o mesmo barramento) para transportar, de cada vez,
um dentre diversos sinais possíveis. Observe abaixo o seguinte circuito multiplexador
Por exemplo, imagine que você seja o responsável pela segurança de um prédio com oito
andares. Para melhor observar quem circula pelos corredores, instalou em cada andar uma
câmara de vídeo. Mas, em vez de instalar oito monitores em sua sala, resolveu trabalhar com um
único monitor, que mostrará na tela a imagem de uma câmera de cada vez, dependendo de sua
escolha.
Para isso você instalou um circuito multiplexador com oito entradas (cada uma captando
o sinal de uma câmara), uma saída (que será encaminhada ao único monitor) e um controle no
qual você pode entrar com valores que variam de zero a sete, capaz de selecionar, portanto
qualquer uma das oito câmaras (não esqueça que o térreo é o pavimento “zero”).
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Digamos que você quer ver o que se passa no térreo: basta entrar com “zero” no
dispositivo de controle que o circuito multiplexador enviará para o monitor o sinal da câmara de
número “0”, exibindo a imagem do corredor do andar térreo. Se desejar verificar o que se passa
no sexto andar, entre com “6” no controle e o sinal da câmara instalada no sexto andar será
encaminhado ao monitor. E assim por diante.
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7 Circuitos Aritméticos
Um circuito combinacional aritmético executa operações aritméticas como adição,
subtração, multiplicação e divisão com números binários. A operação aritmética mais simples é a
adição de dois dígitos binários, que consiste de quatro possíveis operações elementares.
Estes nomes decorrem do fato de que com dois meio-somadores pode-se implementar um
somador completo. O somador completo é um circuito aritmético básico a partir do qual todos os
outros circuitos aritméticos são construídos.
Repare que no último caso acima, o resultado da adição é o valor dois, que em binário
necessita de dois dígitos para ser representado (10(2)). No caso, um circuito lógico aritmético para
realizar a adição de dois bits deve operar corretamente para qualquer combinação de valores de
entrada. Isso significa que o circuito para a adição de dois bits deve possuir duas entradas e duas
saídas, conforme ilustrado na figura 7.1.
também é conhecido por transporte de saída (carry out, em inglês). Uma vez que ele assume valor
um somente quando o resultado da soma de A e B não pode ser representado num único dígito.
A fim de se projetar o circuito do meio somador, devemos montar uma tabela verdade
para as saídas S e C utilizando-se os valores que resultam da adição de dois dígitos binários, da
forma a seguir:
A B S C
0 0 0 0
0 1 1 0
1 0 1 0
1 1 0 1
Tabela 7.1. Tabela verdade de um meio somador.
Note que a saída S nada mais é do que uma operação OU - Exclusivo entre A e B. Já a
saída C é o E entre A e B. Então, um circuito para o meio somador usa apenas uma porta OU -
Exclusivo de duas entradas e uma porta E de duas entradas.
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C n A B S Cn+1
0 0 0 0 0
Cn Cn
0 0 1 1 0 AB 0 1 AB 0 1
0 1 0 1 0 00 0 1 00 0 0
0 1 1 0 1 01 1 0 01 0 1
1 0 0 1 0 11 0 1 11 1 1
1 0 1 0 1 10 1 0 10 0 1
1 1 0 0 1 __ _ _ _ _
S = C n AB + C n AB + C n AB + C n AB C n+1= C n B + AB + Cn A
1 1 1 1 1
S Cn+1
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Este circuito lógico representa um somador completo sendo representado por portas
lógicas simples. Esta soma é de somente dois bits, entretanto seria inviável se toda vez que fosse
fazer um circuito somador de 4 bits fosse necessário o uso de tantas portas lógicas. Com isso,
depois de aplicar a tabela verdade do circuito no mapa de karnaugh, podemos ver que o seu
circuito fica simplificado.
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Observe também que, uma vez que um novo par de valores A e B é fornecido ao circuito
somador, as últimas duas saídas a se estabilizarem são S3 e o Cout mais a esquerda, uma vez que
estas dependem de Cout do anterior, sendo este dependente da estabilização de Cout do seu
anterior e assim por diante. Desta forma, pode-se aproximar o atraso deste somador como sendo
proporcional ao número de estágios (número de somadores completos em cascata). Com efeito, a
propagação do transporte ou carry ao longo da cadeia de somadores é o ponto fraco deste tipo de
somador. Existem outros tipos de somadores capazes de operar mais rapidamente, mas que não
serão abordados aqui.
A construção de um somador para operar dois números binários de n bits requer o uso de
n somadores completos, conectados segundo a mesma topologia mostrada na figura 7.5. É
importante ressaltar que tal somador pode operar dois números inteiros quaisquer, positivos ou
negativos, desde que ambos estejam representados em complemento de 2.
7.2 Somador/Subtrator
A subtração de dois números inteiros em binário pode ser feita utilizando-se a seguinte
fórmula:
S = A − B = A + B +1,
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Em primeiro lugar, a verificação de que dois valores são iguais é feita usando a
propriedades da por ta não-ou-exclusiva. Conforme pode ser observado na tabela abaixo, quando
os dois bits de entrada são iguais, a saída é ‘1’.
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
Assim sendo, para comparar dois valores basta aplicar os bits correspondentes das duas
palavras em portas não-ou-exclusivas e aplicar o resultado de todas as portas em uma porta “E”.
Abaixo temos um exemplo de circuito para comparar se dois valores de 4 bits (A e B) são iguais,
apresentando ‘1’ na saída “A=B” caso sejam.
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Já para identificar qual dentre dois valores A e B de 4 bits é maior, usa-se o seguinte
raciocínio:
Esse mesmo raciocínio pode ser aplicado para quantos bits se queira comprar e pode ser
implementado através de circuitos combinacionais.
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Unit). Por esse nome também se designa o blocos interno responsável por operações lógicas e
aritméticas em processadores e microcontroladores.
Uma ULA tipicamente tem duas palavras de entrada (4 ou 8 bits) e uma palavra de saída
(4 ou 8 bits, respectivamente). A seleção da operação a ser realizada é feita através de entradas
com esses fins. Adicionalmente, podem ser encontrados saídas que indicam se o resultado é igual
a zero, se ouve estouro da capacidade de representação, comparação se os valores de entrada são
iguais, qual o maior, etc...
Como exemplo de circuito integrado ULA, temos a 74181, capaz de realizar operações de
soma, subratração, OU, E, OU-Exclusivo, complemento (inversão dos bits) com palavras de 4
bits. Além disso o componente também informa se as duas palavras de entrada são iguais, se
houve estouro da capacidade de representação e possui entrada e saída de carry (para ligação em
cascata).
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8.1 Flip-Flop RS
O Flip-Flop RS (de Reset e Set) tem sua configuração com transistores mostrada na figura
8.1 e funciona da seguinte maneira: Quando alimentamos o circuito, dada às poucas diferenças
que podem existir entre as características dos dois transistores, um deles conduzirá mais do que o
outro. Supondo que este transistor seja Q1, há uma queda de tensão no seu coletor que reduz em
conseqüência a corrente que polariza a base de Q2 via R2. Nestas condições, a tensão do coletor
de Q2 se mantém alta, realimentando a base de Q1 via R3 e a situação final do circuito é
estabelecida: Q1 satura e Q2 fica no corte. O flip-flop encontra seu estado estável inicial. O flip-
flop R-S tem duas saídas representadas por Q e Q , assim, na condição inicial estável, com Q1
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Com o corte, a tensão na base de Q2 sobe via polarização de R2 e mesmo que o pulso de
disparo desapareça, o circuito se mantém no novo estado graças à realimentação. Sua saída Q vai
ao nível (1) e a saída Q vai ao nível (0). Para trocar novamente de estado o flip-flop
flip R-S,
aplicamos um pulso positivo na entrada RESET, levando Q1 à saturação e Q2 ao corte, situação
que se firma mesmo depois de desaparecido o pulso graças à realimentação proporcionada pelos
resistores.
Veja que um pulso aplicado à entrada SET, correspondendo a um bit 1, faz com que a
saída Q que estava em zero passe a um, armazenando este
es bit. O flip-flop
flop funciona realmente
como uma memória para este bit.
Da mesma forma como utilizamos transistores bipolares NPN para obter um flip-flop,
flip
podemos também empregar outros tipos de componentes em configurações semelhantes
podemos elaborar flip-flop’s
flop’s usando transistores PNP, caso em que a polaridade dos sinais de
disparo vai ser invertida. Da mesma forma, podemos usar transistores de efeito de campo, tanto
de canal N como canal P (bipolares ou JFET’s) como também transistores de efeito de campo
camp
MOS com os dois tipos de canal (N ou P). O que mudará em cada caso é o sentido de circulação
das correntes e as polaridades dos sinais aplicados.
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Levando em conta as tabelas verdade das portas NÃO-E vemos que a saída da primeira
porta realimenta a segunda e vice-versa, garantindo assim a continuidade dos estados obtidos
quando o flip-flop comuta. No entanto, a comutação deste circuito ocorre quando as entradas
passam do nível alto para o baixo, ou seja, de um para zero. Esta condição é indicada pelos
símbolos R’ e S’ nas entradas.
Então, quando as entradas estão ambas no nível baixo, o flip-flop se mantém no estado
em que foi colocado por ser ligado ou por uma comutação anterior. Por outro lado, se as
entradas forem levadas simultaneamente ao nível alto, o flip-flop irá para um estado
indeterminado que deve ser evitado. Na prática, a aplicação de níveis altos nas duas entradas
pode destruir o dispositivo.
Tudo isso pode ser representado por uma tabela verdade, da mesma forma que fazemos com
as funções lógicas. Nesta tabela temos algumas nomenclaturas que devemos nos familiarizar e
que são amplamente usadas, a saber:
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Primeira possibilidade: Qn-1 = representa o estado da saída Q ANTES da aplicação dos sinais. Qn
= representa o estado da saída Q DEPOIS da aplicação dos sinais.
Segunda possibilidade: Q = representa o estado da saída Q ANTES da aplicação dos sinais. Qn+1
= representa o estado da saída Q DEPOIS da aplicação dos sinais.
Os dois tipos de representação são usados. Nas colunas e linhas em que são colocados os
níveis lógicos zero e um, quando aparece o termo Qn ou Qn significa que a saída vai para um
estado indeterminado.
R S Qn + 1 Qn + 1
0 0 Qn Qn
0 1 1 0
1 0 0 1
1 1 X X
Tabela 8.1. Tabela verdade do Flip-Flop RS.
Temos ainda que ver que a ultima condição não é aceita pois poderia danificar o
equipamento. Ainda, igualmente com o que fizemos na representação dos somadores, existe uma
forma de representar este tipo de circuito lógico através de uma figura simples.
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Quando a entrada de clock passar para o nível lógico zero, a saída do flip-flop
flip mestre será
levada para o escravo. Isso significa que o flip-flop
flip flop em seu todo não é sensível
sensíve ao nível do sinal de
clock, ou seja, se ele é zero ou um, mas sim à sua transição. As saídas Q e Q só vão mudar de
estado no instante em que ocorrer a transição do sinal de clock do nível alto para o nível baixo.
Com esta configuração é possível garantir que só vai ocorrer uma mudança de estado na presença
de um pulso de clock. Os flip-flop’s
flip flop’s que funcionam desta forma são denominados “Edge
Triggered” ou “Disparados pela borda”.
Neste tipo de circuito é muito importante levar em conta, num projeto de maior
velocidade, o tempo gasto para todo o processo, porque temos que levar em consideração o
tempo que o circuito demora para sair de um nível lógico e ir para outro. Assim, partindo
par do
diagrama de tempos da figura 8.8, vemos que a saída do flip-flop
flip flop só completa sua mudança de
estado depois de certo tempo, do pulso de clock ter sido aplicado. Dois tempos são importantes
neste tipo de circuito.
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É importante observar que estas duas entradas não podem ser ativadas ao mesmo tempo,
pois isso levaria o circuito a um estado indeterminado que inclusive poderia causar problemas
aos seus componentes.
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Ao construirmos a tabela verdade para este circuito, teremos três novos símbolos que são
normalmente usados em representações de eletrônica digital. “X”
“ representa uma condição
irrelevante qualquer que ela seja não haverá influência no que ocorre na saída. A seta para cima
indica a transição do nível baixo para o nível do sinal na entrada ou saída representadas. Já a seta
apontando para baixo indica uma transição do nível baixo para o nível alto do sinal
correspondente.
8.3 O flip-flop
flop JK Mestre-Escravo
Mestre
O flip-flop
flop JK mestre-escravo
mestre ou “master-slave”” pode ser implementado por funções
lógicas comuns, adquirindo a configuração básica mostrada abaixo.
J=0 e K=0: Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa do sinal,
o flip-flop
flop mantém sua condição original, ou seja,
se não muda de estado.
J=1 e K=0: Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa, o flip-
flip
flop é “setado”. Se já estiver setado, ele permanece nesta condição.
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J=0 e K=1: Quando a entrada de clock (CLK) passa por uma transição negativa, o flip-
flop é “resetado”. Se já estiver nesta condição, ele permanece.
J=1 e K=1: Nesta condição, ao receber uma transição negativa na entrada de clock
(CLK), o flip-flop muda de estado (TOGGLE). Se estiver setado, ele reseta e se estiver resetado,
ele é setado.
Podemos elaborar a tabela verdade para indicar o que ocorre com este flip-flop. Observe o
uso das setas para indicar as transições de sinal na entrada de clock que comandam o
funcionamento deste tipo de circuito. Da mesma forma que nas outras configurações estudadas,
podemos também incluir as entradas de PRESET e CLEAR neste circuito.
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• Neste instante CLR e PR estão no nível baixo, Q e Q’ estão no nível alto, que é
uma condição não permitida;
• Aplica-se então o sinal PR, que indo ao nível alto, faz com que o flip-flop seja
resetado;
• A aplicação de um pulso na entrada CLR que vai ao nível alto, e a ida de PR ao
nível baixo fazem agora com que o flip-flop seja setado;
• CLR e PR são mantidos no nível alto a partir deste instante. Com J=0 neste
trecho e K indo ao nível alto, o flip-flop será resetado na próxima transição
negativa do sinal de clock;
• Ainda com CLR e PR no nível alto (esta condição se manterá daqui por diante) e
a saída J=0 e k=1, o flip-flop permanecerá resetado;
• Com J=1 e K=0, o flip-flop é setado na transição seguinte do pulso de clock;
• Com J=1 e K=0, não ocorrem mudanças de estado;
• Com J=1 e K=1 na transição seguinte do pulso de clock, o flip-flop muda de
estado (complementa ou “toggle”). Se estiver resetado, como neste caso, ele é
setado;
• Mantendo J=1 e K=1 com nova transição do pulso de clock, o flip-flop muda de
estado outra vez, ou seja, complementa. Veja que quando as entradas J e K estão
no nível alto, o circuito se comporta como um disparador, mudando de estado a
cada transição negativa do pulso de clock.
D Qn+1
0 0
1 1
Tabela 8.2. Tabela verdade do flip-flop D.
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dois. Usando quatro flip-flop, podemos dividir a freqüência por 2, 4, 8 e 16. Este tipo de divisor
de freqüência é muito usado, existindo até circuitos integrados que possuem seqüências de mais
de dez flip-flop ligados desta forma. Na prática não temos os flip-flop tipo T como componentes
prontos para uso. Estes flip-flop’s podem ser obtidos a partir de outros.
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tabelas verdade dos flip-flop’s estudados às tabelas verdade das portas agregadas, considerando os
sinais de realimentação.
De outra forma também podemos obter flip-flop’s tipo D e T a partir de flip-flop’s do tipo
JK. Veja que a simples conexão da entrada K ao J no flip-flop do tipo J-K o transforma em um
flip-flop tipo T. Esta possibilidade é muito interessante, já que flip-flop’s J-K são disponíveis em
tecnologia TTL e CMOS e podem ser usados em circuitos divisores de freqüência.
PC que devem operar com velocidades menores que a fornecida pelo clock principal. É o caso
dos barramentos onde são ligados as placas de expansão, os modems e as saídas de dados paralela
e serial. Assim, em lugar de usar um clock para cada freqüência desejada, o que se faz é empregar
um clock único e dividir sua freqüência conforme as exigências de freqüências mais baixas,
conforme na figura 8.16.
Conforme se pode imaginar, vimos que os flip-flop’s são blocos muito importantes da
eletrônica digital, eles podem ter diversos tipos de comportamento e que, quando reunidos,
poderiam apresentar comportamentos interessantes como, por exemplo, a capacidade de dividir
freqüências, de armazenar informações (bits), além de outras.
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XD201 – Eletrônica Digital 117
9 Contadores
Quando usamos a eletrônica digital, devemos separar os circuitos lógicos sem
sincronismo daqueles que possuam algum tipo de sincronismo externo, ou seja, que usam um
sinal de CLOCK. Existem aplicações em que tudo o que importa para o circuito é fazer uma
operação com determinados níveis lógicos aplicados à sua entrada, quando eles estão presentes,
não importando quando isso ocorra. Tais circuitos não precisam de sincronismo algum e são
mais simples de serem utilizados.
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Clock Qc Qb Qa
0 0 0 0
1 0 0 1
2 0 1 0
3 0 1 1
4 1 0 0
5 1 0 1
6 1 1 0
7 1 1 1
Tabela 9.1. Tabela verdade de um contador assíncrono.
Veja que a seqüência de valores obtidos 000, 001, 010, 011, 100, 101, 110 e 111
corresponde justamente à contagem em binário dos pulsos de zero até sete. Isso significa que este
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circuito conta os pulsos de entrada e fornecem saídas que é a representação binária desta
contagem.
Veja também que ele faz a contagem crescente, ou seja, de zero até sete. Se, em lugar de
três flip-flops, usarmos quatro, teremos a contagem de 0000 a 1111, ou seja, uma contagem
crescente de zero a quinze pulsos. Oito desses flip-flops ligados em série podem contar até 256
pulsos e com isso fornecer uma saída de 8 bits ou 1 byte.
Vamos supor agora que em lugar de usarmos como saídas de contagem as saídas Q de
todos os flip-flop, usássemos as saídas complementares Q’. É fácil perceber que, partindo da
situação em que todos os flip-flops estejam resetados, a tabela verdade obtida terá nas saídas os
complementos da tabela anterior. Esta tabela será:
Um problema que ocorre com este tipo de flip-flop é que cada um precisa de certo tempo
para mudar de estado. Isso significa que à medida que usamos mais flip-flop’s em seqüência num
contador, os tempos de mudança de estado são somados e o conjunto precisa cada vez de mais
tempo para chegar ao estado final desejado. Se aplicarmos um novo pulso de clock para
contagem à entrada do circuito, antes de ocorrer a mudança de estado do conjunto, pode ocorrer
um funcionamento errático. Assim, a freqüência máxima de operação de um contador é dada
pelo tempo necessário para cada estágio mudar de estado multiplicado pelo número de estágios
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usados no contador.
Clock Qc Qb Qa
0 0 0 0
1 0 0 1
2 0 1 0
3 0 1 1
4 1 0 0
5 1 0 1
6 (Estado Instável) 0 0 0
Tabela 9.3. Tabela verdade de um contador modulo cinco.
No sexto pulso que corresponde ao estado 110(2), o circuito vai a um estado que ativa a
entrada clear e leva todos os flip-flop’s a serem resetados.
Para este circuito a solução é simples. Veja que a situação em que devemos ter a volta à
zero da contagem e, portanto, a ativação da linha CLR (clear) ocorre com uma única combinação
de sinais: QC e QB no nível alto. Se usarmos flip-flop’s que tenham entradas “clear” ativadas pelo
nível alto, basta usar uma porta AND de duas entradas com as entradas ligadas nas saídas QB e
QC e a saída na linha comum de CLEAR de todos os flip-flop’s, conforme abaixo.
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Se os flip-flop’s usados tiverem um clear ativado no nível baixo, basta usar uma porta
NÃO-E em lugar de E. Se quiséssemos um contador até quatro, por exemplo, o estado em que
deveria ocorrer a ativação da entrada clear ocorreria com a quinta combinação de saídas, 101(2), o
que significa QC=1 e QA=1. Bastaria então ligar as entradas da porta E nessas saídas, conforme
a figura.
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XD201 – Eletrônica Digital 123
Pulsos Qc Qb Qa
0 0 0 0
1 0 0 1
2 0 1 0
3 0 1 1
4 1 0 0
5 1 0 1 O Preset é acionado
- x x x Volta a Zero na transição de clock
6 0 0 0
7 0 0 1
Tabela 9.4. Tabela verdade de um contador de módulo usando preset.
Veja que a detecção da condição de produção do pulso de “preset” deve ser reconhecida
com os níveis 101(2) nas saídas dos estágios dos contadores e com o pulso indo ao nível alto na
entrada de contagem. Para obtermos a configuração 1111(2) que nos permitiria usar uma porta E
de quatro entradas, basta levar em conta a saída QB’ em lugar de QB. Assim, basta usar a porta E
e ligá-la nas entradas de “preset” dos flip-flop’s. Se as entradas forem ativadas no nível baixo
(PR’), basta trocar a porta E por uma porta NÃO-E de quatro entradas.
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XD201 – Eletrônica Digital 124
Em outras palavras, cada estágio precisa esperar o anterior completar a operação antes de
iniciar a sua. Usando lógica sincronizada, ou seja, um contador em que todos os estágios são
sincronizados por um clock único, este problema não existe
existe e podemos ter contadores muito
mais rápidos, na verdade, contadores cuja velocidade independe do número de etapas.
Para mostrar como isso pode ser feito, vamos tomar como exemplo o circuito da figura
9.5. Este circuito utiliza flip-flops
flip tipo JK ligadoss de uma forma denominada PARALLEL
CARRY. Nesta forma de ligação, J e K do primeiro flip-flop
flip flop são mantidas no nível alto por meio
de um resistor ligado ao positivo da alimentação (Vcc). Assim, o primeiro flip-flop
flip muda de
estado a cada pulso de clock. No entanto,
e J do segundo flip-flop
flop está ligado à saída Q do
primeiro.
Isso significa que o segundo flip-flop só mudará de estado quando o primeiro flip-flop for
resetado, ou seja, a cada dois pulsos de clock. Da mesma forma, com o uso de uma porta E, o
terceiro flip-flop só vai mudar de estado quando as saídas Q do primeiro e segundo flip-flop
forem ao nível um, ou seja, a cada quatro pulsos de clock.
Para quatro bits, utilizando quatro estágios podemos ter um problema que ocorre com
este tipo de configuração, pois é que a partir de três estágios, a cada estágio que acrescentamos no
contador devemos adicionar uma porta E cujo número de entradas vai aumentando. Assim, para
quatro estágios, a porta deve ter três entradas, para cinco estágios, quatro entradas e assim por
diante. Uma maneira de não termos este problema consiste em usar uma configuração diferente
de contador apresentada abaixo e denominada RIPPLE CARRY.
Neste circuito as portas usadas sempre precisam ter apenas duas entradas, o que é
importante para a implementação prática do contador. No entanto, como desvantagens deste
circuito, têm uma limitação da velocidade de operação, pois como o sinal para os estágios vem
da porta anterior, temos de considerar seu atraso.
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XD201 – Eletrônica Digital 126
10 Registradores de deslocamento
Um registrador de deslocamento ou “shift-register” no inglês, consiste num conjunto de
flip-flop’s que podem ser interligados de diversas formas, algumas delas são mostradas na figura
10.1. Estes circuitos podem deslocar uma informação (bit) aplicada na entrada de uma posição a
cada pulso de clock.
Na configuração mostrada na figura 10.1, todos os flip-flop tipo D têm sua saída
conectada à entrada do flip-flop seguinte e todos eles são controlados pelo mesmo clock. Para
entender como funciona este circuito, vamos partir da situação inicial em que todos eles estejam
desativados ou com suas saídas Q no nível baixo. Inicialmente vamos aplicar à entrada de dados
um nível alto (1).
Conforme podemos ver, esta entrada é feita pela entrada J do primeiro flip-flop (FF1).
Com a chegada do pulso de clock a este flip-flop, ele muda de estado e com isso “armazena” o
pulso aplicado à entrada, o qual aparece em sua saída depois de um curto intervalo de tempo.
Veja que este sinal é armazenado com o flanco positivo do sinal de clock, quando então o
nível alto deve estar presente na entrada do flip-flop. O intervalo de tempo que decorre entre a
aplicação do sinal na entrada de dados e seu aparecimento na saída do flip-flop é da ordem de
alguns nanossegundos nos integrados das famílias lógicas comuns, mas é importante que em
muitas aplicações mais rápidas ele seja levado em conta.
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XD201 – Eletrônica Digital 127
No próximo pulso de clock, a entrada do primeiro flip-flop já não tem mais o nível alto, e,
portanto FF1 não muda de estado. No entanto, na saída de FF1, temos nível alto, e esta saída
está ligada à entrada do segundo flip-flop (FF2). Com isso, a chegada do segundo pulso de clock,
o nível lógico a saída do primeiro se transfere para a saída do segundo depois de um pequeno
intervalo de tempo.
A seqüência de bits aplicados à entrada aparece na saída depois de certo número de clock.
Isso significa que o bit um aplicado na entrada se “deslocará” mais um pouco no circuito,
passando para a saída do segundo flip-flop. É claro que, se nessa segunda passagem, tivermos
aplicado um novo nível um na entrada do circuito, ao mesmo tempo em que o primeiro se
transfere para o segundo flip-flop, o segundo se transfere para a saída do primeiro flip-flop.
Chegando agora um terceiro pulso de clock, teremos nova transferência e o nível alto ou
bit um se transfere para a saída do flip-flop seguinte, ou seja, FF3. Em outras palavras, a cada
pulso de clock, os níveis existentes nas saídas dos flip-flop’s, sejam eles zero ou um, se transferem
para o flip-flop seguinte. Assim, supondo que apliquemos em seqüência, na entrada de um shift-
register como o indicado, os níveis 0101, teremos a seguinte seqüência de condições de saída para
um shift-register que use quatro deles:
Veja então que no quinto pulso de clock, o primeiro pulso de clock, o primeiro nível
lógico, aparece na saída do último flip-flop (FF4) e se lermos a saída dos flip-flop’s teremos
registrado os níveis aplicados na entrada: 0101(2).
Com isso, vemos que aplicando um dado binário num shift-register, depois do número
apropriado de pulsos de clock, ele pode armazenar este dado. Para retirar a dada em seqüência,
basta continuar aplicando pulsos de clock ao circuito.
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XD201 – Eletrônica Digital 128
Veja então que para armazenar um dado de quatro bits num registrador devemos aplicar
quatro pulsos de clock e para ler em seqüência, mais quatro pulsos de clock. Para “apagar” os
dados registrados num shift-register, como o indicado, basta aplicar um pulso na entrada CLEAR.
Todos os flip-flop’s terão suas saídas levadas ao nível baixo ou zero.
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XD201 – Eletrônica Digital 129
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Observa-se que o sentido de deslocamento é determinado por uma entrada que atua sobre portas
que modificam o ponto de aplicação dos sinais em todos os flip-flop’s, exatamente como visto
nos contadores up e down anteriores. Com a aplicação de um nível lógico conveniente na entrada
LEFT/ RIGHT, podemos determinar o sentido de deslocamento dos dados no circuito.
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XD201 – Eletrônica Digital 131
O número de níveis de tensão possíveis em um conversor D/A é definido pelo número de bits
desse conversor. Um conversor de n bits é capas de expressar 2n valores analógicos diferentes. Esses
valores estarão uniformemente distribuídos entre dois limites, chamados de referencia superior e
inferior. Por exemplo, um D/A de 8 bits, com referência inferior em 0V e superior em 5V pode gerar
256 níveis de tensão diferente dentro dessa faixa.
Existem vários tipos de conversor D/A. A seguir são apresentados alguns dos mais comuns.
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XD201 – Eletrônica Digital 132
D C B A Vout
0 0 0 0 0
0 0 0 1 -0.625
0 0 1 0 -1,250
0 0 1 1 -1,875
0 1 0 0 -2,500
0 1 0 1 -3,125
0 1 1 0 -3,750
0 1 1 1 -4,375
1 0 0 0 -5,000
1 0 0 1 -5,625
1 0 1 0 -6,250
1 0 1 1 -6,875
1 1 0 0 -7,500
1 1 0 1 -8,125
1 1 1 0 -8,750
1 1 1 1 -9,375
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XD201 – Eletrônica Digital 133
O conversor R/2R recebe esse nome porque é composto por uma rede de resistores com
valores intercalados de uma resistência (R) e o dobro dessa resistência (2R). Equacionando essa
malha concluímos que o valor da resistência não importa, desde que seja sempre mantida a relação
R/2R. Posto isso, cada ramo da resistência pode ser ligado a terra ou a Vref (tensão de referência
superior) conforme a palavra binária, gerando em sua saída uma tensão correspondente.
O fato de usar apenas dois valores de componente próximos torna esse tipo de conversor
mais fácil de construir e muito mais preciso.
No entanto, a maioria dos equipamentos modernos que fazem a aquisição de dados destes
sensores, trabalha com técnicas digitais. Isso significa que o dado analógico, preciso ser convertido
para a forma digital. Para fazer esta conversão são utilizados circuitos denominados conversores
analógico-digital, ou simplesmente A/D, como seu próprio nome indica, realiza a conversão de sinais,
cuja amplitude varia continuamente em sinais digitais correspondentes à amplitude do sinal original.
Desta forma os circuitos A/D devem preencher certos requisitos importantes quanto ao seu
desempenho que são:
Quantização;
Taxa de Amostragem e;
Linearidade.
11.2.1 Quantização
Entre os dois valores extremos da escala de valores analógicos que devem ser convertidos para
a forma digital existem infinitos valores intermediários, o que justamente caracteriza uma grandeza
que varia de forma análoga ou analógica.
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XD201 – Eletrônica Digital 134
Entretanto, quando passamos um valor qualquer entre os dois valores extremos incluindo-os,
não podemos representar qualquer quantidade, pois precisaríamos para isso de um número infinito
de bits.
Evidentemente, tanto maior é a precisão na conversão mais bits serão utilizados pelo
conversor.
Tipos com 8 a 16 bits são comuns nas aplicações industriais e em medidas, dependendo da
quantidade de "passos" desejados na conversão ou a resolução.
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XD201 – Eletrônica Digital 135
Os conversores A/D podem ser encontrados em tipos que têm freqüências de amostragem
numa ampla escala de valores. Os tipos mais rápidos têm suas velocidades especificadas em MSPS
(Mega Samples Per Second ou Mega Amostragens Por Segundo).
Uma máquina industrial ou um instrumento de uso geral como um multímetro pode usar
conversores A/D relativamente lentos com taxas ou velocidades de amostragens de até algumas
unidades por segundo. Um multímetro digital comum, por exemplo, faz de 1 a 10 amostragens por
segundo apenas, dependendo do tipo. Todavia, um osciloscópio digital ou virtual que precise
observar uma forma de onda de 10 MHz, deve, para ter uma definição razoável, realizar pelo menos
100 milhões de amostragens por segundo (10 pontos por ciclo).
11.2.3 Linearidade
A curva de conversão da grandeza analógica para a forma digital deve ser linear para um bom
conversor. Isso significa que não existem desvios na correspondência entre o valor analógico e a
saída digital ao longo da escala de valores em que o conversor deve trabalhar.
No entanto, na prática podem ocorrer pequenos desvios, de acordo com o que mostra a figura
53.
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XD201 – Eletrônica Digital 136
11.2.4 Desenvolvimento
Para fazer uma conversão de sinais analógicos para a forma digital existem diversas técnicas
que são empregadas nos circuitos comerciais, muitas delas encontradas em circuitos integrados que
são "embutidos"(embedded) em aplicações mais complexas, os quais fazem o controle de máquinas
e equipamentos.
Analisamos as tecnologias mais empregadas para esta finalidade começando com o bloco
comum a todos os conversores, que é o circuito de amostragem e manutenção (sample and hold).
O valor dos sinais analógicos que devem ser convertidos para a forma digital corresponde a um
determinado instante, cuja duração, em alguns casos, não vai além de alguns milionésimos de
segundo.
Assim, um primeiro bloco importante do conversor é um circuito que lê o valor do sinal a ser
convertido num determinado instante e o armazena de modo que, mesmo que o sinal varie depois,
os circuitos que fazem a conversão têm numa memória seu valor. Este circuito é ilustrado em blocos
na figura 54.
O sinal a ser amostrado é amplificado por um buffer de entrada cuja finalidade é não carregar
o circuito externo, e ao mesmo tempo proporcionar isolamento do circuito de conversão.
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XD201 – Eletrônica Digital 137
Na saída deste circuito temos uma chave eletrônica ou chaveador, que determina o instante
exato em que a leitura do sinal deve ser feita. A chave fecha então por uma fração de segundo (numa
freqüência que depende da velocidade de amostragem) permitindo que o sinal carregue o capacitor
C.
Assim, quando a chave abre, esperando a leitura seguinte, o capacitor tem armazenado o valor
da grandeza analógica a ser convertida. Esta tensão no capacitor é mantida no circuito conversor
através de um buffer de saída durante o tempo que ele necessita para isso.
Na figura 55. temos um gráfico que indica de que modo à tensão de entrada varia e o circuito
de amostragem e retenção mantém a saída constante durante os intervalos de conversão (que
correspondem aos "degraus").
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11.2.5 Aplicação
Desenvolvendo um pequeno programa no Matlab 6.0 podemos exemplificar melhor toda esta
teoria aqui mostrada. A onda fundamental tem uma freqüência de 120 Hz e está defasada em 60o,
atribuímos valores de quantização de: 4, 8 e 12 Bits e taxa de amostragem de: 240, 600 e 1000 Hz
(respeitando a freqüência de Nyquist).
Primeiramente o nosso programa vai marcar os tempos que serão armazenados com seus
respectivos valores analógicos para posteriormente serem quantizados e assim aplicando a
transforma discreta de Fourier reconstituir o sinal amostrado.
Nos gráficos abaixo, podemos verificar que em um sinal digital não existe valores negativos na
quantização, o que pode ocorrer é que vemos em multímetros digitais ou outros aparelhos, um bit a
mais inserido posteriormente a quantização para sinalização. Se aquele valor corresponde a um valor
negativo ou positivo, este fato não interfere em nada na conversão, como mencionado, é apenas
uma sinalização para o usuário.
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O Sigma-Delta é uma das importantes técnicas de conversão A/D, utilizada em que se deseja
uma altíssima velocidade de conversão, como nos DSPs (Digital Signal Processing).
Portanto, vimos que a conversão do sinal analógico para o digital sempre existe uma perda de
informação seja ela de amplitude - característica da quantidade de bits utilizados - ou de fase do sinal
- característica da taxa de amostragem empregada.
Vimos que o erro máximo que pode ocorrer na quantização é de metade do valor de nível da
quantização assim sendo quanto maior for o número de bits do conversor menor será o seu erro.
O erro de "Aliasing" é facilmente evitado utilizando o teorema da amostragem que "Para que
uma determinada freqüência f1 do sinal analógico seja ou possa ser completamente reconstituída a
taxa amostral, no processo de digitalização, deve ser no mínimo igual a 2*f1"
Conhecidas as imperfeições da conversão podemos então saber quais os fatores que influem
na escolha de um conversor A/D e assim prever melhor os ajustes que sistema deverá sofrer, pois já
é conhecida as suas fraquezas.
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A principal deficiência desse tipo de conversor é que o tempo de conversão (tempo entre o
início da conversão e momento em que o resultado é apresentado) depende da tensão, de forma
que quanto maior a tensão de entrada maior o tempo de conversão.
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Como vantagem, esse tipo de A/D tem o menor tempo possível de conversão. Em
contrapartida sua construção é de grande complexidade, já que cada faixa de quantização necessita
de um comparador. Por exemplo, um comparador de 10 bits precisa de 1024 comparadores.
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Vࢇ C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C B A
0-1V 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0
1-2V 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
2-3V 0 0 1 1 1 1 1 0 1 0
3-4V 0 0 0 1 1 1 1 0 1 1
4-5V 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0
5-6V 0 0 0 0 0 1 1 1 0 1
6-7V 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0
>7V 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
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12.1 Barramento
Há situações onde se deseja conectar diversos dispositivos entre si, de forma que apenas
dois deles troquem informações por vez. Nestes casos, pode ocorrer de um dispositivo escrever
em vários outros, um dispositivo ler vários outros ou existir acesso bidirecional em vários
dispositivos. O meio de união geral por onde trafegam os dados de controle e informação é
denominado de Barramento.
12.2 Buffer
Como já foi visto, existem componentes com a função de buffer tri-state, isto é, o driver
de saída do dispositivo pode ser desligado por um pino de controle. Dessa maneira, o sinal
presente na entrada do buffer é transferido para a saída se o controle estiver ativo ou a saída
permanece em estado de alta impedância (Hi-Z) se controle se estiver desativado. Isso nos
permite ligar diversas saídas entre si e acionar apenas uma por vez, por operar em estado de alta
impedância (Hi-Z) estão asseguradas as interconexões elétricas de vários dispositivos no mesmo
barramento. A figura abaixo demonstra essa idéia.
12.3 Latch
Denomina-se latch o componente formado por flip-flop´s tipo D que retém em sua saída
o estado encontrado em sua entrada a partir da ultima atualização. Esse dispositivo é comumente
utilizado como meio de acesso controlado ao barramento, podendo ter suas entradas interligadas
a demais outros dispositivos, sendo que pode controlar-se o dispositivo a ser acionado, ressalta
ainda o efeito memória apresentado por esse dispositivo que manterá o ultimo valor assumido até
a próxima atualização. Sua aplicação no barramento é como porta de acesso ao meio de
comunicação, em outras palavras porta de leitura de dados.
E
Figura 13.2– Esquema de ligação do Latch tipo D
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13 Memórias
13.1 Introdução
Memórias são dispositivos semicondutores usados para armazenar dados. Esses dados
geralmente encontram-se organizados em palavras de 4, 8, 16 ou 32 bits, não havendo restrições
para outros formatos de organização. Cada palavra de informação ocupa um “endereço” dentro
da memória, de forma que é possível referenciar o dado a ser acessado.
As memórias podem ser classificadas por dois modos distintos devido ao tipo de
armazenamento de dados, são eles o tipo ‘volátil’ e o tipo ‘não volátil’.
Todas as vezes que a memória for acessada, para escrita ou para leitura, cada célula dessa
memória é atualizada. Se ela tem nível lógico 1 armazenado, sua “bateria” será recarregada; se
ela tem 0 lógico, a “bateria” será descarregada. Este procedimento é chamado de refresco de
memória, em inglês, refresh.
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XD201 – Eletrônica Digital 148
devido ao nome adotado em inglês Randomic Acess Memory (Memória de acesso randômico), que
nos garante acesso aos dados armazenados a partir de qualquer endereço.
As memórias somente para leitura, do tipo ROM (sigla de Read Only Memory),
permitem o acesso aleatório e são conhecidas pelo fato de o usuário não poder alterar o seu
conteúdo, uma vez gravada o usuário não terá acesso a possibilidade de fazer alterações nos
dados ali contidos.
Para gravar uma memória deste tipo são necessários equipamentos específicos
conhecidos como gravadores de memória, que devem levar em consideração o tipo de tecnologia
empregada na construção da memória, o tamanho e o fabricante. Dentre as memórias do tipo
ROM destacam-se as seguintes:
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XD201 – Eletrônica Digital 149
PROM Programable Read Only Memory Gravada pelo usuário uma única vez.
(memória programável somente de leitura)
EPROM Erasable Programable Read Only Memory Pode ser gravada ou regravada por meio
(memória programável e apagável somente de de um equipamento que fornece as
leitura) voltagens adequadas em cada pino. Para
apagar os dados nela contidos, basta
iluminar o chip com raios ultravioleta. Isto
pode ser feito através de uma pequena
janela de cristal presente no circuito
integrado.
EEPROM Electrically Erasable Programable Read Only Pode ser gravada, apagada ou regravada
Memory utilizando um equipamento que fornece as
(memória programável e apagável voltagens adequadas em cada pino.
eletronicamente somente de leitura)
E
An 2n
C
Endereços . .
O
. .
D
CE WR
Controle
OE
Dados
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XD201 – Eletrônica Digital 150
A capacidade de uma memória indica quantos bits ela é capaz de armazenar e é dado
pela expressão:
Sendo:
Exemplos:
1. Uma memória com 10 bits de endereço organizada em palavras de 8 bits tem 8kb (8
kilobits ou 8192 bits);
2. Uma memória com 12 bits de endereço organizada em palavras de 16 bits tem 64kb
(64 kilobits ou 65536 bits);
3. Uma memória com 16 bits de endereço organizada em palavras de 8 bits tem 512 kb
(512 kilobits ou 524288 bits)
Observações:
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4. A unidade para indicar bits é “b” (minúsculo) enquanto para indicar byte é “B”
(minúsculo). Assim, 8kb = 1kB.
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Glossário
Buffer/Driver: Circuito projetado para fornecer uma corrente de saída alta e/ou tensão também
alto se comparadas aos parâmetros normalmente associados aos circuitos lógicos comuns;
CIs bipolares: Circuitos Digitais integrados nos quais transistores PNP ou NPN são os principais
formadores do circuito;
CIs Unipolares: Circuitos Integrados digitais nos quais um transistor unipolar por efeito de
campo (MOSFET) é o principal elemento para a construção dos circuitos;
Dispositivo Lógico Programável (PLD): Circuito integrado que contém um grande número de
funções lógicas interconectadas. O usuário pode programar o CI para uma função específica,
abrindo as conexões apropriadas;
Entrada flutuante ou em flutuação: Sinal em alta impedância, apresentado como entrada de um
circuito digital. Atua como se estivesse logicamente desconectado ao circuito;
Lógica absorvedora de corrente: Família lógica na qual a saída de um circuito lógico drena
corrente da entrada de um outro circuito lógico;
Lógica acoplada pelo emissor (ECL): Também conhecida como lógica em modo de corrente;
Lógica fornecedora de corrente: Família lógica na qual a saída de um circuito lógico fornece
corrente para a entrada de um outro circuito lógico;
Saída a coletor aberto: Tipo de estrutura de saída de alguns circuitos TTL (Transistor-Transistor
Logic), no qual só é usado um transistor com seu coletor em flutuação;
Saída de três estados (tristate): Tipo de estrutura que permite que uma saída seja colocada em
um dos três estados: alto, baixo ou alta impedância;
Saída totem-pole: Termo usado para descrever a forma na qual dois transistores bipolares são
ligados na saída de alguns circuitos TTL;
Resistor de pull-up: Assegura em uma entrada (que pode ser compartilhada) de uma porta lógica
o nível lógico 1;
Resistor de pull-down: Assegura em uma entrada (que pode ser compartilhada) de uma porta
lógica o nível lógico 0;
Spike: Mudança momentânea e espúria em um nível de tensão;
Strobing: Técnica utilizada para eliminação de spikes;
Substrato: Pedaço de material semicondutor, onde são colocados os componentes eletro-
eletrônicos de um circuito integrado;
Transientes de corrente: Picos de corrente gerados pela saída totem-pole de um circuito TTL.
Causados quando ambos os transistores conduzem simultaneamente;
“Unasserted” : Termo usado para descrever o estado de um sinal lógico, sinônimo de inativo;
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XD201 – Eletrônica Digital 153
7406: Seis Buffer/Driver inversores com saídas de 30V com coletor aberto
7416: Seis Buffer/Driver inversores com saídas de 15V com coletor aberto
7426: Quatro portas NAND de duas entradas com saídas de 15V com coletor aberto
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7433: Quatro portas NOR buffer de duas entradas com coletor aberto
7446: Decodificador BCD para 7 segmentos com saídas de 30V com coletor aberto
7447: Decodificador BCD para 7 segmentos com saídas de 15V com coletor aberto
7470: Flip-Flop J-K com Preset e Clear com porta AND ativado por borda de subida
74L71: Flip-flop RS mestre escravo com Preset e Clear com porta AND
7472: Flip-Flop JK mestre escravo com Preset e Clear com porta AND
7474: Dois Flip-Flops tipo D com Preset e Clear ativos por borda de subida
7475: Latch biestável de 4-bits 7476: Dois Flip-Flops JK com Preset e Clear
74H78, 74L78: Dois Flip-Flops JK com Preset, Clear comum e Clock comum
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XD201 – Eletrônica Digital 155
74LS78A: Dois flip-flops JK com Preset, Clear comum e clock comum ativos por borda de
descida
7491: Registrador de deslocamento de 8 bits com entrada serial, saída serial e entradas com
disparo
7492: Contador divisor por 12 (seções divide por 2 e divide por 6 separadas)
7493: Contador binário de 4 bits (seções divide por 2 e divide por 8 separadas)
7496: Registrador de deslocamento com entrada paralela, saída paralela e Preset assíncrono
74101: Flip-Flop JK ativo por borda de descida com Preset e com disparo por porta AND-OR
74102: Flip-Flop JK ativo por borda de descida com Preset e Clear com disparo por porta AND
74106: Dois Flip-Flops JK ativos por borda de descida com Preset e Clear
74108: Fois Flip-Flops JK ativos por borda de descida com Preset, Clear comum e Clock comum
74109: 8Dois Flip-Flops J-Not-K ativos por borda de subida com Preset e Clear
74110: Flip-Flop JK Mestre Escravo com disparo por porta AND com trava de dados
74112: Dois Flip-Flops JK ativos por borda de descida com Clear e Preset
74114: Fois Flip-Flops JK ativos por borda de descida com Preset, Clock comum e Clear
74125: Quatro buffers com saídas tristate, ativos por sinal negativo
74126: Quatro buffers com saída tristate, ativos por sinal positivo
74130: Quatro portas AND de duas entrada buffers com saídas de 30V com coletor aberto
74131: Quatro portas AND de duas entrada bubbers com saídas de 15V com coletor aberto
74136: Quatrp portas XOR (ou exclusivo) de duas entradas com coletor aberto
74144: Contador de década/latch/decodificador/ excitador com saída de 15V com coletor aberto
74156: Dois demultiplaxadores de 2 linhas para quatro linhas com coletor aberto
74157: Dois multiplexadores/seletores de dados de 2 linhas para 1 linha sem inversão de saída
74158: Dois seletores de dados/multiplaxadores de 2 linhas para 1 linha com inversão de saída
74164: Registrador de deslocamento em série de 8 bits com saída paralela com clear assíncrono
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XD201 – Eletrônica Digital 158
74172: Banco de registradores com portar múltiplas de 16 bits com saídas tristate
74175: Quatro flip-flops D ativos por borda com saídas complementares e clear assíncrono
74179: Registrador de deslocamento de 4 bits com acesso paralelo, clear assíncrono e saídas
complementares
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XD201 – Eletrônica Digital 159
CADERNO DE
EXPERIÊNCIAS
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XD201 – Eletrônica Digital 160
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Não há
Questionário:
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1011011011 1001110101
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XD201 – Eletrônica Digital 162
Objetivos:
Referências:
3. Álgebra de Boole
Material Necessário:
Módulo XDM01;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
George Boole foi um matemático inglês, desenvolveu uma teoria inovadora nos meados
do século XIX, baseada em uma série de postulados e simples operações para resolver
inúmeros problemas. A álgebra de Boole, nome dado a sua teoria, pode resolver
problemas práticos de controle e fabricação de produtos mesmo numa época que não
havia Eletrônica e nem as máquinas eram suficientemente avançadas para utilizar seus
princípios.
Entretanto, as regras que Boole criou tornaram-se importantes com o advento da
Eletrônica, especificamente, da Eletrônica Digital, que gerou os atuais e cada vez mais
potentes computadores. Boole estabelece em sua teoria que só existem duas condições
possíveis ou estados possíveis para qualquer coisa que se deseje analisar e estes dois
estados são opostos.
Questionário:
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XD201 – Eletrônica Digital 163
3. Qual é a função lógica básica que pode representar todas as outras funções lógicas
básicas?
• Monte no KIT o circuito abaixo, e determine sua expressão lógica, simplificando
se possível:
Exercícios:
b)
c)
d)
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XD201 – Eletrônica Digital 164
e)
c) ( A + B ) ⋅ (C + E ) ⋅ ( B ⋅ E ) ⋅ ( A ⋅ D )
d) (A + B) ⋅ (C .D + C ⋅ D) ⋅ ( A ⋅ D + A ⋅ D )
Exercícios Propostos:
1. Monte todas as portas lógicas básicas a partir da porta “NAND”, faça a tabela da
verdade para cada porta.
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 165
3. Usando somente portas NOR, construa uma porta inversora e uma porta “AND”
e monte a tabela da verdade para as equações:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 166
Objetivos:
Referências:
6.1. Codificadores/decodificadores
Material Necessário:
Módulo XDM02;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 167
Exercícios:
Exercício Propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 168
Objetivos:
Referências:
6.1. Codificadores/Decodificadores
Material Necessário:
Módulo XDM02;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
1. Como é denominado um circuito que joga o sinal de uma entrada em uma de quatro
saídas?
2. Que tipo de decodificador tem apenas uma de dez saídas ativadas a partir de sinais
BCD de entrada?
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 169
2. Altere as chaves BCD por chaves lógicas repita a operação acima e obtenha a tabela
da verdade.
Exercícios Propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 170
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM03;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
Exercícios:
Exercícios Propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 172
Objetivos:
Referências:
6.2. Multiplexadores/Demutiplexadores
Material Necessário:
Introdução:
Questionário:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 173
Exercícios:
Y7
Y6
Y5
Y4
DEMUX IN Y3
Y2
Y1
Y0
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 174
Objetivos:
Referências:
7. Circuitos Aritméticos
Material Necessário:
Módulo XDM04;
Fios e cabos para conexão.
Introdução:
Uma ULA tipicamente tem duas palavras de entrada (4 ou 8 bits) e uma palavra de saída
(4 ou 8 bits, respectivamente). A seleção da operação a ser realizada é feita através de
entradas com esses fins. Adicionalmente, podem ser encontrados saídas que indicam se o
resultado é igual a zero, se ouve estouro da capacidade de representação, comparação se
os valores de entrada são iguais, qual o maior, etc...
Questionário:
Exercícios
iii) 5 + 4 =
d) Ou-Exclusivo: A xor B
i) 3 – 2 =
ii) 2 – 3 =
iii) 7 – 7 =
2. Utilizando o comparador de magnitude do módulo XDM04 (74LS82) realize a
comparação entre os valores a seguir, anotado o resultado de P>Q e P=Q e
interpretando se A>B, A<B ou A = B.
A (Q) B (A) P>Q P=Q Interpretação
00 00
03 04
4f 2F
CD F0
Exercícios Propostos
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 177
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM07.
Módulo XDM01
Cabos e fios para conexão.
Introdução:
Existem distintos tipos de memória, porém, a lógica de todas elas está associada a
circuitos oscilantes, chamados de flip-flop, que podem alternar sua saída (estados flip ou
flop, p.e.) em função dos parâmetros de entrada e do tempo decorrido. O conceito de
tempo está associado a pulsos de um relógio (clock), que vai alternar estados entre zero e
um, com uma freqüência pré-determinada, e será utilizado na propagação temporal da
informação. O objetivo fundamental desta aula é entender como podemos armazenar
informação em uma estrutura eletrônica, e como retransmitir esta informação em tempos
(pulsos de clock) posteriores.
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XD201 – Eletrônica Digital 178
Questionário:
Exercícios:
b) Flip-flip
p RS Síncrono
Síncron
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XD201 – Eletrônica Digital 179
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 180
b) Flip-Flop T
c) Flip-Flop D
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 181
Objetivos:
Referências:
9. Contadores
Material Necessário:
Módulo XDM05;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 182
Exercícios:
Exercícios propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 183
Objetivos:
Referências:
9. Contadores
Material Necessário:
Módulo XDM05;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Contadores integrados são constituídos de flip-flops como qualquer outro contador, mas
a possibilidade de ter esse mesmo dispositivo integrado em um só chio vem a simplificar
o circuito, bem como diminuir custos.
Desse modo se torna importante entender à diferenciação destes dispositivos bem como
seu funcionamento, modos de associação em série e outras possibilidades.
Questionário:
Exsto Tecnologia
XD201 – Eletrônica Digital 184
Exercícios propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 185
Objetivos:
Referências:
9. Contadores
Material Necessário:
Módulo XDM11;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
Exercícios:
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 187
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM03;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Questionário:
Exercícios Propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 189
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM09;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Além de áudio podemos ter conversões de temperatura, pressão, vazão, posição e outros
circuitos, bem como diminuir custos.
Questionário:
1. Qual a resolução alcançada com um conversor de 10 bits que opera em uma faixa de
0v a 3,3v.
2. Calcule as tensões obtidas a partir das seguintes palavras digitais.
a) 11.0110.1010
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XD201 –Eletrônica Digital 190
b) 01.1001.1110
c) 00.0101.1111
d) 10.1110.0001
e) 00.0011.1010
f) 00.0001.1100
Exercícios:
Exercícios propostos:
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 191
D7 D6 D5 D4 D3 D2 D1 D0
0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 0 0
0 0 1 0 0 0 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0
0 1 0 0 0 0 0 0
0 1 0 1 0 0 0 0
0 1 1 0 0 0 0 0
0 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 0 0 0 0
1 0 0 1 0 0 0 0
1 0 1 0 0 0 0 0
1 0 1 1 0 0 0 0
1 1 0 0 0 0 0 0
1 1 0 1 0 0 0 0
1 1 1 0 0 0 0 0
1 1 1 1 0 0 0 0
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 192
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM09;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Além de áudio podemos ter conversões de temperatura, pressão, vazão, posição e outros
circuitos, bem como diminuir custos.
Questionário:
1. Qual a resolução alcançada com um conversor de 8 bits que opera em uma faixa de
0v a 5v.
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 193
Exercícios:
1. Utilizando o módulo MD09 no Kit, conecte nos dois canais de entrada sinais
ajustáveis a partir de dois potenciômetros alimentados com5v, como na figura abaixo.
Conecte o sistema de controle de canal em duas chaves lógicas e as saídas digitais
deverão estar conectadas aos leds de visualização.
Exsto Tecnologia
XD201 –Eletrônica Digital 194
Exercícios propostos:
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 195
Objetivos:
Referências:
Material Necessário:
Módulo XDM06;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Há situações onde se deseja conectar diversos dispositivos entre si, de forma que apenas
dois deles troquem informações por vez. Nestes casos, pode ocorrer de um dispositivo
escrever em vários outros, um dispositivo ler vários outros ou existir acesso bidirecional
em vários dispositivos. Nesta situação são criados barramentos com a ajuda de buffer´s
tri-state e latch´s.
Como já foi visto, existem componentes com a função de buffer tri-state, isto é, o driver
de saída do dispositivo pode ser desligado por um pino de controle. Dessa maneira, o
sinal presente na entrada do buffer é transferido para a saída se o controle estiver ativo ou
a saída permanece em estado de alta impedância (Hi-Z) se controle se estiver desativado.
Isso nos permite ligar diversas saídas entre si e acionar apenas uma por vez.
Questionário:
Exercícios
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 196
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 197
Objetivos:
Referências:
13. Memórias
Material Necessário:
Módulo XDM10;
Fios e cabos para conexões;
Introdução:
Memórias são dispositivos semicondutores usados para armazenar dados. Esses dados
geralmente encontram-se organizados em palavras de 4, 8, 16 ou 32 bits, não havendo restrições
para outros formatos de organização. Cada palavra de informação ocupa um “endereço” dentro
da memória, de forma que é possível referenciar o dado a ser acessado.
Questionário:
1. Quais as diferenças entre memória volátil dinâmica, volátil estática e não volátil?
Exercícios:
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 198
Exercícios propostos:
1. Faça a gravação e a leitura de uma data na memória. Sendo que Dia, Mês e Ano
devem ficar cada um em endereços diferentes.
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 199
MANUAL DE OPERAÇÃO
E MANUTENÇÃO
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 200
1 Introdução
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 201
Visão da placa:
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 202
2 Conteúdo do Kit:
Depois de retirar o seu kit da embalagem, verifique se o mesmo possui os seguintes
itens:
Cabo de alimentação;
Bastidor de suporte do kit;
Placa de suporte aos módulos operacionais e de aplicação;
CD com os manuais, esquemas elétricos e apostilas.
Módulos
o XDM01 – Portas Lógicas Básicas
o XDM02 – Encoder e Decoder
o XDM03 – Registro de deslocamento/Decodificador 7 segmentos
o XDM04 – ALU e comparador de magnitude
o XDM05 – Contadores a flip-flop e circuito integrado
o XDM06 – Buffers e Latchs
o XDM07 – Flip-flop
o XDM08 – Multiplexadores e Demutiplexadores
o XDM09 – ADC e DAC
o XDM10 – Memória
o XDM11 – Código Gray
Caso ocorra a falta de algum destes itens ou defeito, consulte a Exsto Tecnologia
para esclarecimentos.
2.1 Conteúdo do CD
Ao inserir o CD no drive ele deve executar automaticamente um aplicativo que dá
acesso ao conteúdo do CD. No CD estão software relevante, manuais de componentes
do kit, esquemas elétricos e este documento.
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XAM02 –Eletrônica Digital 203
3 Instalações
3.1 Instalação do Hardware
Após a verificação se todos os componentes que acompanham o kit conferem,
ligue o equipamento na tomada e verifique os seguintes itens:
Agora vamos para um segundo passo que é testar os outros módulos do kit de
eletrônica digital. Vamos iniciar pelo o módulo de LEDS que fica na parte central
superior do kit. Para testá-lo é só usar um fio metálico comum e ligar o +5V do modulo
da fonte em cada entrada do mesmo, fazendo com que o LEDS correspondente acenda.
Se todos acenderem significa que o módulo está OK.
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XAM02 –Eletrônica Digital 204
ser testado facilmente através da ligação de suas saídas a um LED e depois pressionando
as chaves tácteis correspondentes.
Para o teste do gerador de freqüência ser feito de forma precisa, é necessário ter
um osciloscópio para verificar se a freqüência de cada pino corresponde à serigrafia. Mas
um teste que pode ser feito para as freqüências mais baixas é ligá-la em um LED e
verificar se ele está piscando, contudo, é uma medida muito imprecisa e não
recomendada.
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XAM02 –Eletrônica Digital 205
4 Hardware
O kit de eletrônica digital é dividido vários módulos, visando facilitar o aprendizado
através da visualização imediata dos blocos eletrônicos. A seguir temos a descrição de
cada um deles em detalhes:
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XAM02 –Eletrônica Digital 206
Ainda temos para cada chave um capacitor de amortecimento para evitar o ruído
gerado pelas chaves quando mudam de estado.
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XAM02 –Eletrônica Digital 207
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 208
Com isso temos quatro displays independentes que nos permitem colocar nas suas
entradas a palavra BCD diretamente. Entretanto sua contagem é feita de zero a nove,
pois para qualquer valor BCD diferente deste o display fica apagado.
A entrada
trada para cada pino BCD de cada display é composta de dois pinos em curto
para serem usados em conjunto.
0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 0 1 1 0 1
0 0 1 1 1 1 1 1 0 0 1
0 1 0 0 0 1 1 0 0 1 1
0 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1
0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1
0 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0
1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1
1 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1
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XAM02 –Eletrônica Digital 209
5 Módulos
Nos módulos de experiências apresentados a seguir são indicadas a função dos conectores
disponíveis.
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XAM02 –Eletrônica Digital 210
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XAM02 –Eletrônica Digital 211
5.2.1 ENCODER
SINAL TIPO DIREÇÃO FUNÇÃO
1 DIGITAL ENTRADA
2 DIGITAL ENTRADA
3 DIGITAL ENTRADA
4 DIGITAL ENTRADA
7 DIGITAL ENTRADA
8 DIGITAL ENTRADA
9 DIGITAL ENTRADA
A DIGITAL SAÍDA
B DIGITAL SAÍDA
Saídas do Encoder
C DIGITAL SAÍDA
D DIGITAL SAÍDA
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XAM02 –Eletrônica Digital 212
5.2.2 DECODER
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XAM02 –Eletrônica Digital 213
A1 DIGITAL ENTRADA
B1 DIGITAL ENTRADA
C1 DIGITAL ENTRADA
D1 DIGITAL ENTRADA
Entradas paralelas
A2 DIGITAL ENTRADA
B2 DIGITAL ENTRADA
C2 DIGITAL ENTRADA
D2 DIGITAL ENTRADA
QA1 DIGITAL SAÍDA
QB1 DIGITAL SAÍDA
QC1 DIGITAL SAÍDA
QD1 DIGITAL SAÍDA
Saídas paralelas
QA2 DIGITAL SAÍDA
QB2 DIGITAL SAÍDA
QC2 DIGITAL SAÍDA
QD2 DIGITAL SAÍDA
CLOCK DIGITAL ENTRADA CLOCK DO CIRCUITO
SLSER DIGITAL ENTRADA Entrada Serial pela
esquerda
SRSER DIGITAL ENTRADA Entrada serial pela direita
CLR DIGITAL ENTRADA Clear
S0 DIGITAL ENTRADA
Seleção de função
S1 DIGITAL ENTRADA
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XAM02 –Eletrônica Digital 214
A DIGITAL ENTRADA
B DIGITAL ENTRADA
Entradas do decodificador
C DIGITAL ENTRADA
D DIGITAL ENTRADA
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 215
Chave FUNÇÃO
P=Q P>Q
B>A 1 0
B< A 1 1
B=A 0 X
Obs.: saídas baixo ativas
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XAM02 –Eletrônica Digital 216
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 217
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 218
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 219
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 220
5.8.1 MUX
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 221
5.8.2 DEMUX
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 222
5.9.1 ADC
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 223
5.9.2 DAC
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 224
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 225
5.11 XDM11
Exsto Tecnologia
XAM02 –Eletrônica Digital 226
6 Resolvendo Problemas
6.1 Errata
Algumas informações da serigrafia dos módulos listados abaixo apresentam informações incorretas.
6.1.1 XDM01
A figura da porta lógica sobre o 7402 (U2) tem suas portas ligadas de forma incorreta:
6.1.2 XDM02
Os pinos de saída do encoder ligados aos bornes de 2mm estão com a serigrafia invertida.
6.1.3 XDM09
Na indicação dos bits no conector CN14 a seqüência dos bits está invertida.
7 Garantia
O Kit tem garantia total contra defeitos de fabricação pelo período de 1 (hum) ano. Não
estão cobertos quaisquer danos causados pelo ou ao kit por mau uso do mesmo.
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