Vanguardas Europeias

Futurismo

O movimento Futurista nasceu no ano de 1909, com a publicação do Manifesto

Futurista pelo poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. Foi um movimento
engajado, afetando tanto a literatura quanto as artes plásticas. Os futuristas eram
absolutamente contra o moralismo e o passado, e suas obras estavam voltadas para os
avanços tecnológicos e industriais da época. Exaltavam as máquinas, a velocidade, o design, a
propaganda, as onomatopeias, a tecnologia, o barulho, o movimento. O futurista não estava
interessado em simplesmente pintar um carro, mas sim em retratar a sua velocidade no
espaço. Os futuristas procuram registrar a velocidade, o movimento e o barulho, frutos das
inovações tecnológicas que surgiam na época. Seus principais artistas foram, além de Filippo
Marinetti: Giacomo Balla, Carlo Carrà, Umberto Boccioni, Luigi Russolo e Gino Severini. O
futurismo influenciou e continua influenciando vários artistas mundo afora. No Brasil, os
principais artistas influenciados por esse movimento foram Oswald de Andrade e Anita
Malfatti.

Cubismo

O cubismo, assim como os outros movimentos de vanguarda, não representava a

realidade com fidelidade, decompondo os objetos. Ocorreu entre os anos de 1907 e 1914 e
seus fundadores foram Pablo Picasso e Georges Braque. Os cubistas davam valor à geometria e
aos conceitos matemáticos, representando os objetos em três dimensões, no mesmo plano,
com a predominância de linhas retas e dando formas geométricas a eles. Assim as imagens
tinham forma de cones, cilindros, triângulos, quadrados, etc. Outras características
importantes do movimento eram a desvalorização do jogo de luz (claro-escuro) e o uso de
cores austeras (branco, ocre, cinza, etc). Seus principais artistas formam: Pablo Picasso,
Georges Braque, Juan Gris, Robert Delaunay, Tarsila do Amaral, entre outros menos
conhecidos.

Surrealismo

Surgiu em Paris nos anos 20. É a vanguarda do abstrato, do irreal e do inconsciente.

Para os surrealistas, a arte deve se desprender da lógica e da razão, devendo representar o
mundo por meio do inconsciente e dos sonhos. Eram absolutamente contrários à arte realista,
à lógica e às classificações e generalizações do conhecimento. Nas palavras de André Betron,
no Manifesto Surrealista de 1924: “A mania incurável de reduzir o desconhecido ao conhecido,
ao classificável, só serve para entorpecer cérebros.” Exaltavam os sonhos, a infância e a
liberdade. Seus principais artistas foram: Vito Campanella, Salvador Dalí, Juan Miró, Pablo
Picasso, René Magritte, Max Ernest (pintores), Jacques Prévert, Louis Aragon, Benjamin Peret
(escritores) e Alberto Giacometti (escultor).
Abstracionismo

A arte abstrata tem como principal característica representar objetos imaginários, fora
da realidade concreta. O abstracionismo foi um movimento de reação aos acontecimentos que
marcaram o início do século XX, principalmente a primeira guerra mundial. A inspiração da
arte abstrata surge de uma necessidade interior do artista. Na pintura, o significado do quadro
baseia-se tão somente nas cores e formas e nas sensações sugeridas por elas, sem nenhum
vínculo com a realidade visível. Há duas correntes no abstracionismo: o abstracionismo
geométrico, baseado na análise intelectual e científica, e o abstracionismo lírico, voltado para
as necessidades interiores do artistas, baseado no instinto e no inconsciente. Os principais
artistas abstracionistas foram: Piet Mondrian e Kazemir Malevitch.

Expressionismo

Surgiu na Alemanha, no século XX. Os expressionistas estavam mais interessados em

mostrar o mundo interior do artista e procuravam projetar na arte uma reflexão individual e
subjetiva, dando pouca importância ao mundo exterior.