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Introdução

Introdução às
às Estruturas
Estruturas Mistas
Mistas de
de Aço
Aço ee
Concreto
Concreto

Modelagem estrutural e projeto de


estruturas mistas

Profa. Dra. Silvana De Nardin 1

Concepção
Concepção estrutural
estrutural Introdução

ƒ Estrutura de uma edificação:


Função:
Manter sua forma preservada enquanto desempenha a
função a que se destina.
Algumas partes do edifício, em conjunto, têm capacidade
resistente;
conjunto RESISTENTE → ESTRUTURA / SISTEMA
ESTRUTURAL
Sistema estrutural → oferece TRAJETÓRIAS às cargas
atuantes na edificação, observando-se requisitos básicos
de durabilidade, resistência e limitação de
deslocamentos.
ƒ Função do engenheiro
planejar intelectualmente uma estratégia exeqüível para
as cargas, que constitui o PROJETO ESTRUTURAL

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Sistema estrutural:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Integridade e subdivisão

ƒ Modelando os pórticos e as ligações:


Na definição dos pórticos é necessário distinguir entre as
várias formas de comportamento da ligação, que podem ser
usados na análise global.

Pórticos simples: as descontinuidades devem ser


consideradas. Os nós são assumidos como rótulas,
desprezando sua resistência a momento fletor.

Pórticos contínuos: as descontinuidades podem ser


desprezadas, assumindo os nós como rígidos e o pórtico pode
ser analisado como contínuo.

Pórticos semicontínuos: as descontinuidades nas ligações


podem ser consideradas utilizando um modelo de nó semi-
rígido e o comportamento momento-rotação tem de ser
avaliado com rigor.

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Sistema estrutural:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Integridade e subdivisão

ƒ Principais elementos de um pórtico:


Lajes mistas
Vigas mistas
Pilares de aço ou Pilares mistos

Laje mista

Viga mista
Pilar misto piso= viga + laje

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Sistema estrutural:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Integridade e subdivisão

ƒ Pórticos mistos
A redução de um pórtico tridimensional para pórticos planos é um
princípio geral da modelagem estrutural, facilmente aplicado a
estruturas de aço, mas requer atenção especial para os edifícios
em elementos mistos.
A razão para isso é a presença, em cada pavimento, de lajes
mistas bidimensionais.

ƒ Para superar essa dificuldade:


A laje é assumida como apoiada em uma direção principal e
projetada adequadamente para tal.
A estrutura 3D é então reduzida a pórticos planos que são
analisados independentemente.
Para permitir a separação em pórticos planos é introduzido o
conceito de LARGURA EFETIVA DE LAJE.
Desta forma, a viga mista é constituída por um perfil de aço e uma
laje efetiva, sendo seus componentes ligados por conectores de
cisalhamento.

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Análise
Análise estrutural
estrutural

ƒTipos de análise

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Análise
Análise estrutural
estrutural Tipos de análise

ƒ Item 4.9 do PR-NBR 8800:2008

ƒ Classificado de acordo com:


Material
Efeitos dos deslocamentos da estrutura

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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto ao material

ƒ Esforços internos em função do comportamento


dos materiais:
Análise global elástica:
diagrama tensão-deformação elástico-linear

Análise global plástica:


diagrama tensão-deformação rígido-plástico, elasto-
plástico perfeito ou elasto-plástico não-linear.

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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto ao material

ƒ Análise global elástica


Diagrama tensão-deformação elástico-linear
Validade da Lei de Hooke
Propriedades da seção bruta
Mais empregada para verificar Estados Limites de Serviço
Linearidade do material: considerada de forma indireta
Região de momento negativo:
seção formada pelo perfil de aço e pela armadura contida na
largura efetiva da laje de concreto
Tensão

0,15L1 0,15L2 0,15L3

Deformação L1 L2 L3

EI1
I ef = I a +
∑ QRd (I − I ) a) Seção nao fissurada
tr a
Fhd
EI1 EI2 EI1 EI2 EI1
Região de M positivo
b) Seção fissurada
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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto ao material

ƒ Análise global plástica


diagramas tensão-deformação com plastificação
Tensão
Vigas de seção compacta
Sem ocorrência de FLD
EPF
Pontos de formação de rótulas plásticas devem ser
Deformação
contidos lateralmente
Análise independe de tramos somente se:
Tensão

RPF
L 1= 1,15 L2 L 2 = 1,5 L 1 L 3 = 1,15 L 2
Deformação L1 L2 L3

Tensão
Este método admite que o comportamento de uma barra
submetida a momento é:
EPNL
– Perfeitamente rígido (sem deformação); ou
Deformação
– Perfeitamente elástico (relação rotação/momento constante)

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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto aos deslocamentos

ƒ Esforços internos em função dos deslocamentos:


Análise linear:
Efeito dos deslocamentos sobre os esforços internos é
desconsiderado
Vale a teoria de primeira ordem → geometria indeformada da
estrutura.

Análise não-linear ou de 2ª. ordem:


DESLOCAMENTOS tem efeito significativo sobre os
esforços internos
Equilíbrio da estrutura na posição deslocada.

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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto aos deslocamentos

ƒClassificação das estruturas


quanto à sensibilidade aos
deslocamentos horizontais

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Tipos de análise:
Análise
Análise estrutural
estrutural Quanto aos deslocamentos

ƒ Análise não-linear ou de 2ª. ordem:

DESLOCAMENTOS horizontais

Efeitos globais de segunda ordem: deslocamentos dos nós


da estrutura → efeito P-
P-Δ

Efeitos locais de segunda ordem: deslocamentos devidos a


não-retilinilidade dos eixos das barras → efeito P-
P-δ

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Classificação das estruturas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Deslocamentos horizontais

ƒ Sensibilidade aos deslocamentos horizontais


Estruturas de pequena deslocabilidade
Quando, em todos os andares, a relação entre os
deslocamentos laterais das análises de 2ª. e de 1ª. ordem é:
≤ 1,10
Estruturas de média deslocabilidade
Quando, em todos os andares, a relação entre os
deslocamentos laterais das análises de 2ª. e de 1ª. Ordem
for:
>1,10 e ≤ 1,40
Estruturas de grande deslocabilidade
Quando, em todos os andares, a relação entre os
deslocamentos laterais das análises de 2ª. e de 1ª. ordem
for:
> 1,40

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Classificação das estruturas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Deslocamentos horizontais

ƒ Sensibilidade aos deslocamentos horizontais


Razão entre os deslocamentos em segunda e primeira δ
ordem para cada pavimento. B2 = 2a
δa
1
Em todos os pavimentos.
Os efeitos de 2ª ordem podem ser desconsiderados se
as forças axiais de cálculo nas barras que participam do
sistema de estabilidade lateral não superam 50% da força B2 ≤ 1,1
axial de plastificação. Além disso, as imperfeições
geométricas iniciais devem ser sempre incluídas na
análise.
Em pelo menos 1 pavimento.
Admite-se análise de 2ª ordem simplificada utilizando os
parâmetros B1 e B2; que devem ser calculados com a 1,1 < B2 ≤ 1,4
rigidez da estrutura reduzida para considerar as
imperfeições de material.
Em pelo menos 1 pavimento.
Deve ser feita análise de 2ª ordem rigorosa incluindo B2 > 1,4
imperfeições geométricas e de material.

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Classificação das estruturas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Deslocamentos horizontais

ƒ Sensibilidade aos deslocamentos horizontais

Para determinar a sensibilidade da estrutura, deve ser


considerada a combinação última de ações que gere,
além da maior resultante horizontal, a maior resultante
de carga gravitacional.

Não é necessário considerar as imperfeições iniciais


dos materiais na análise da sensibilidade da estrutura.

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Análise
Análise estrutural
estrutural

ƒPR-NBR 8800:2008
Anexo D: Método da
amplificação dos esforços
solicitantes

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Método da amplificação dos esforços solicitantes


Esforços finais (momento fletor e força normal) com
efeitos de 2ª. ordem locais e globais
São necessárias 2 análises de 1ª. ordem

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Método da amplificação dos esforços solicitantes


Análise elástica aproximada dos efeitos de 2ª. Ordem
Efeitos local e global: P-Δ e P-δ
Esforços finais (momento fletor e força normal) com
efeitos de 2ª. ordem locais e globais:
MSd = B1 × Mnt + B2 × Mlt

NSd = Nnt + B2 × Nlt

Mnt: Momento de 1ª ordem devido às combinações de ações adequadas, com os


deslocamentos horizontais na estrutura impedidos por apoios fictícios.
Mlt: Momento de 1ª. ordem causado pelas reações dos apoios fictícios utilizados
para o cálculo de Mnt.

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Método da amplificação dos esforços solicitantes


Coeficiente B1
coeficiente de amplificação dos efeitos de 2ª. ordem locais
Cm
B1 = ≥ 1,0
NSd1
1−
Ne

M1
c m = 0,60 − 0,40 ×
M2

Ne:força axial que provoca a flambagem elástica na barra, calculada com K=1
NSd1: força solicitante axial de compressão na barra considerada, para análise de 1ª.
ordem (Nnt + Nlt)
Cm: coeficiente de uniformização do diagrama de momentos
M1 e M2: menor e maior momentos fletores solicitantes de cálculo, na estrutura nt, no
plano de flexão, nas extremidades apoiadas da barra. Positiva para curvatura
reversa e negativa para curvatura simples

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Método da amplificação dos esforços solicitantes


Coeficiente B1: efeitos de segunda ordem locais

M1

M2

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Anexo D: Método da amplificação dos esforços


solicitantes
Coeficiente B2
coeficiente de amplificação para os efeitos de segunda
ordem globais

1
B2 = ≥ 1,0
1−
1 Δh
× ∑ NSd
Rs h ∑ HSd

ΣNSd: carga gravitacional total atuando no andar considerado, incluindo as cargas


nas subestruturas de contraventamento e nos demais elementos
Rs: coeficiente de ajuste:
0,85: sistema resistente a ações horizontais é formado apenas por subestruturas de
contraventamento formadas por pórticos nos quais a estabilidade é dada pela rigidez
das barras e pela transmissão de momentos das ligações
1,0: nas demais estruturas

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Anexo D: Método da amplificação dos esforços


solicitantes
Coeficiente B2
coeficiente de amplificação para os efeitos de segunda
ordem globais

1
B2 = ≥ 1,0
1−
1 Δh
× ∑ NSd
Rs h ∑ HSd

Δh: deslocamento horizontal relativo entre os níveis


superior e inferior (deslocamento interpavimento) do
andar considerado obtido da análise de 1ª. ordem, na
estrutura original ou na estrutura lt

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Anexo D: Método da amplificação dos esforços


solicitantes
Coeficiente B2
coeficiente de amplificação para os efeitos de segunda
ordem globais

1
B2 = ≥ 1,0
1−
1 Δh
× ∑ NSd
Rs h ∑ HSd

ΣHSd: força cortante no andar, produzida pelas forças


horizontais de cálculo atuantes, usadas para determinar
Δh e obtida na estrutura original ou na estrutura lt
h: altura do pavimento

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Anexo D:
Análise
Análise estrutural
estrutural Amplificação dos esforços

ƒ Anexo D: Método da amplificação dos esforços


solicitantes
Força cortante
análise elástica de 1ª. ordem ou seja, igual à da estrutura
original ou igual a da estrutura lt
VSd = Vnt + Vlt

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Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Conceitos

ƒModelagem estrutural

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Conceito:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Largura efetiva

ƒ Conceito de largura efetiva

σ
b
σ m ax

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Conceito:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Homogeneização da seção

ƒ Razão modular αE
Para a seção transversal mista, deve ser utilizado um
MÓDULO DE ELASTICIDADE EQUIVALENTE, ou seja, a
seção mista é transformada em uma seção equivalente
de aço para fins de cálculos elásticos.

Ea
αE =
Ec

Ea: módulo de elasticidade do aço


Ec: módulo de elasticidade do concreto

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Conceito:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Homogeneização da seção

Ea
ƒ Razão modular αE =
Ec

bef btr btr


Ac Actr εc
tc
εs
hF As As
LNE
d h x x
Aa, Ia Aa, Ia M
ya ytr
εa
Seção mista Seção equivalente Deformações

bef A a ⋅ y a + A ctr ⋅ (d + 0,5t c + hF )


E c = 4760 ⋅ fck b tr = A ctr = b tr ⋅ t c y tr =
αE A a + A ctr

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Conceito:
Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Homogeneização da seção

ƒ Inércia da seção homogeneizada

LNE na laje de concreto


btr ytr > d

tc da b tr a 3 2
⎛ a ⎞
hF a Itr = Ia + A a (y tr − y a ) +
2
+ b tr a⎜ d + t c − − y tr ⎟
12 ⎝ 2 ⎠
LNE

d tw
ya ytr LNE na viga de aço
ytr ≥ d
tf

bf b tr t 3c
2
⎛ t ⎞
Itr = Ia + A a (y tr − y a ) +
2
+ A ´c ⎜ d + c − y tr ⎟
12 ⎝ 2 ⎠

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Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Roteiro para projeto

ƒ Roteiro para projeto

PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Elementos estruturais
(pilares, vigas, lajes, ligações)

ANÁLISE ESTRUTURAL
Forças internas e deslocamentos

VERIFICAÇÕES
ELU e ELS

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Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Roteiro para projeto

ƒ Critérios para Estado Limite de Serviço - ELS


Controle de:
Flecha máxima em vigas mistas
Fissuração do concreto
Vibrações, especialmente para grandes vãos

ƒ Simplificações:
A influência da retração do concreto sobre os deslocamentos
de vigas é levado em consideração somente em vigas bi-
apoiadas com relação VÃO/ALTURA MAIOR QUE 20 e onde as
deformações por retração não superam 4 x 10-4 (0,0004)

Isso permite simplificar a análise elástica, adotando uma


única razão modular “n” para o concreto, incluindo a
deformação lenta e os efeitos de ações de curta e longa
duração.

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Modelagem
Modelagem estrutural
estrutural Roteiro para projeto

ƒ Verificações para o Estado Limite Último - ELU


Capacidade resistente das ligações
Capacidade resistente das lajes
Estabilidade e Capacidade resistente dos pilares

Verificações específicas para o projeto de vigas mistas


Resistência da seção crítica definida nos seguintes pontos
– Momento máximo (seção I-I)
– Cortante máximo (seção II-II e apoios externos)
– Combinação momento e cortante (seções III-III)
Mudanças bruscas de seção e/ou material

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Roteiro
Roteiro para
para projeto
projeto Verificações

ƒ Verificações para o Estado Limite Último - ELU


Verificações para o projeto de vigas mistas -
resistência da seção crítica definida nos seguintes
pontos
Momento máximo (seção I-I)
Cortante máximo (seção II-II e apoios externos)
Combinação momento e cortante (seções III-III)
P
d

II I III III
V IV

II I III III

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Roteiro
Roteiro para
para projeto
projeto Verificações

ƒ Verificações para o Estado Limite Último - ELU


Verificações para o projeto de vigas mistas -
resistência da seção crítica definida nos seguintes
pontos
Resistência do conector de cisalhamento (linha IV-IV)
Resistência da laje ao cisalhamento transversal (linha V-
V e VI-VI)
Resistência a flambagem lateral com torção, com
deslocamento lateral da mesa inferior da seção de aço
(flambagem VII)
VI VI

VI V V VI

VII

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Vigas
Vigas mistas
mistas

ƒAnálise estrutural de vigas


contínuas e semicontínuas

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Análise
Análise estrutural
estrutural Vigas contínuas e semicontínuas

ƒ Ligação rígida e de resistência total


Tipos de análise
análise elástica-linear: Seção fissurada ou Seção não
fissurada
análise rígido-plástica ou método das rótulas plásticas:
– somente vigas compactas
Análise global Elástica-linear
Modelo não fissurado e fissurado
Modelo não-fissurado: homogeneização da seção
rigidez à flexão constante ao longo da viga (EΙ1),
– I1: momento de inércia da seção mista transformada
– Concreto tracionado não fissurado: espessura total da laje
EI1

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Análise
Análise estrutural
estrutural Vigas contínuas e semicontínuas

ƒ A continuidade

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Análise
Análise estrutural
estrutural Vigas contínuas e semicontínuas

ƒ Resposta da estrutura:
deslocamentos
esforços internos
ƒ Comparada a:
deslocamentos limites (verificação de E.L.S.)
cálculo de flechas
fissuração do concreto (se necessário)
Vibração excessiva (se necessário)
esforços resistentes (verificação de E.L.U.)

ƒ Vigas mistas com continuidade nos apoios:


COMPLEXA:
sistemas estaticamente indeterminados
variação de inércia devido à fissuração da laje
função do sistema e da seqüência construtiva

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Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Esforços solicitantes

ƒ As vigas mistas de alma cheia podem ser:


Biapoiadas: apoios podem ser considerados
ROTULADOS
Contínuas: perfil de aço e armadura da laje têm
continuidade nos apoios internos. Ligações podem
ser entre os elementos metálicos ou mistas (com a
laje participando da ligação).

Semicontínuas: ligação metálica ou mista, semi-rígida


ou de resistência parcial.

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Esforços solicitantes

ƒ Regiões de momento negativo podem atingir


grandes trechos de vão na fase construtiva

M negativo M negativo

Do grau de continuidade assumido, depende o modelo


de dimensionamento

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Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Esforços solicitantes

ƒ Tipos de análise:
Análise elástica-linear
Aplicação: todos os estados limites e classes de seção
Seção fissurada
Seção não fissurada

ƒ Análise rígido-plástica ou método das rótulas plásticas


Aplicação: somente a vigas de seção compacta
Sem FLT e FLD

Em cada ponto de formação de rótulas plásticas:


A seção transversal do perfil de aço deve ser simétrica em
relação ao plano da alma e possuir contenção lateral
adequada;
Capacidade de rotação: deve ser suficiente para permitir a
formação de rótula plástica e, conseqüentemente, a
redistribuição de momentos.

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Modelos
Não fissurado
Fissurado

ƒ Modelo não-fissurado: homogeneização da seção


rigidez à flexão constante ao longo da viga (EI1),
I1: momento de inércia da seção mista transformada
Concreto tracionado não fissurado: espessura total da
laje
EI1

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Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Modelo fissurado
rigidez à flexão EI2 na região dos apoios
Rigidez EI1 nas demais regiões
I2: momento de inércia da seção mista transformada
resistência à tração do concreto é desprezada
armadura longitudinal na largura efetiva é considerada.

0,15L1 0,15L2 0,15L3


L1 L2 L3

EI1
a) Seção nao fissurada

EI1 EI2 EI1 EI2 EI1


b) Seção fissurada

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Modelo fissurado
Região de Momento positivo:
Homogeneização da seção
Região de Momento negativo:
Seção resistente: armadura da laje + perfil de aço

90 90 90 90 90 90
600 600 600 600

I1=6141 IA2=1925 I2=5969 IA3=1844 I2=5969 IA2=1925 I1=6141

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Análise
Análise estrutural
estrutural

ƒVigas contínuas e
semicontínuas
Análise elástica-linear

Profa. Dra. Silvana De Nardin 46

23
Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise elástica-linear

Redistribuição:
Redistribuir os momentos resultantes da análise elástica
para considerar, de maneira simplificada:
fissuração do concreto
não linearidade dos materiais

Procedimento:
Redução dos momentos negativos
Aumento dos momentos positivos
Manter o equilíbrio entre ações e esforços

Profa. Dra. Silvana De Nardin 47

Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise elástica-linear
Redistribuição:
Porcentagens limites para redução de momentos negativos

Classe da seção mista Compacta Semicompacta


Modelo não fissurado 30% 20%
Modelo fissurado 15% 10%

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise elástica-linear – síntese do procedimento


Calcular largura efetiva da laje para trecho de
momento
Considerar combinação última normal de ações
q=1,35*G+1,5*Q

Obter diagrama de Momentos solicitantes


Momentos devido às ações de cálculo (q)

Obter momento fletores resistentes


Momento positivo
Momento negativo
Fazer a redistribuição de momentos solicitantes
Comparar esforços solicitantes e resistentes
Profa. Dra. Silvana De Nardin 49

Análise
Análise estrutural
estrutural

ƒVigas contínuas e
semicontínuas
Análise rígido-plástica

Profa. Dra. Silvana De Nardin 50

25
Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise rígido-plástica
Permite explorar melhor a capacidade de resistência
das vigas contínuas e semicontínuas → soluções
mais econômicas
Somente para vigas de seção compacta:
aptas a atingir a plastificação total
capacidade de rotação suficiente para permitir a formação
de rótulas

Limitações para a análise rígido-plástica:


Sem flambagem com distorção da viga mista junto à ligação
Capacidade de rotação das ligações mistas: ≥ à capacidade
de rotação necessária, no caso de vigas semicontínuas;
Contenção lateral nos pontos de formação de rótulas
plásticas.

Profa. Dra. Silvana De Nardin 51

Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Limitações para a análise rígido-plástica


Relação entre vãos para que os tramos possam ser
analisados independentemente

l1≤ 1,15 l2 l2≤1,5l1 l3≤1,5l3 l4≤ 1,15 l3

ƒ Esforços solicitantes de cálculo


MSd = MSd,q − M−Rd,esq ⋅
(L − z) − M− ⋅
z
Rd,dir
L L

M−Rd,esq − M−Rd,dir
VSd = VSd,q +
L

Profa. Dra. Silvana De Nardin 52

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Esforços solicitantes de cálculo


Sendo:

MSd: momento fletor solicitante de cálculo na viga biapoiada, f(z)

M-Rd, esq: momento resistente na extremidade esquerda, em módulo,


da viga mista sujeita a momento negativo no caso de vigas
contínuas, ou da ligação mista, no caso de vigas semicontínuas

z: abscissa da seção, a partir do apoio esquerdo

M-Rd, dir: momento fletor resistente de cálculo na extremidade


direita, em módulo, da viga mista sujeita a momento negativo no
caso de vigas contínuas, ou da ligação mista, no caso de vigas
semicontínuas

VSd,q: Força cortante solicitante de cálculo na viga biapoiada, f(z)

Profa. Dra. Silvana De Nardin 53

Vigas contínuas e semicontínuas:


Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise rígido-plástica
Esforços solicitantes de cálculo
Determinar momento nos tramos internos, devido às ações
de cálculo → MSd,q

Momento máximo positivo


M Rd,v M Rd,v
q
MSd = MSd,q − MRd,v ⋅
(L − z ) − M ⋅
z
z L
Rd,v
L
L

Determinar momento nos tramos externos


MRd,v
q
L

Profa. Dra. Silvana De Nardin 54

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Vigas contínuas e semicontínuas:
Análise
Análise estrutural
estrutural Modelos de análise

ƒ Análise rígido-plástica
Esforços solicitantes de cálculo
MRd-ve MRd-vdir MRd-ve MRd-vdir MRd-ve MRd-vdir

Determinar:
Momentos fletores solicitantes de cálculo
Inércia da seção mista (fissurada ou não fissurada)
Momentos resistentes positivos
Momentos resistentes negativos
Capacidade resistente da viga:
– momento resistente negativo da viga (MRdv) ou
– momento resistente negativo da ligação mista
Esforços solicitantes (valores de cálculo)
Comparar esforços solicitantes com capacidade resistente
Profa. Dra. Silvana De Nardin 55

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