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Doenças

Bucais

Alunas:
Nicolly Andrade
Bruna Kerolay
Ludmila Lopes
Kamila Vanessa
Laura Viana
Karla Santana

Professora:
Bárbara Lima Simioni Leite
Curso:
Odontologia

1 - Introdução:

A especialidade da Odontologia que tem como finalidade prevenir, diagnosticar e tratar


as doenças que se manifestam na cavidade da boca e no complexo maxilo-mandibular é
a estomatologia. Também é atribuição do estomatologista estar atento para o
diagnóstico, e o devido encaminhamento ao médico, de doenças sistêmicas que possam
apresentar manifestação na boca ou que possam exercer alguma influência ou interação
negativa com o tratamento odontológico. A doença periodontal e a cárie dentária são as
afecções mais prevalentes no que se refere a doenças bucais e apesar da prevenção e do
controle dessas doenças através da escovação, dieta, visitas ao dentista e aplicação de
fluoretos; um nível satisfatório no controle dessas doenças ainda não é alcançado.

2 - As principais doenças bucais são:

Afta

Câncer de boca

Cárie

Cândidíase Oral (sapinho)

Gengivite

Herpes

Halitose

Periodontite

2.1 – Afta
A afta também conhecida como estomatite aftosas ocorre na mucosa oral, labial e
raramente nas gengivas ou no céu da boca. Manifesta-se como um machucado pequeno
na mucosa, e é uma ferida considerada limpa, pois não é provocada por nenhum
microorganismo, como bactéria ou fungo.

Embora os especialistas ainda não conheçam ao certo a verdadeira causa da afta, sabe-se
que este problema envolve fatores hormonais, psicossomáticos, infecciosos e
hereditários. Assim como tensão pré-menstrual, deficiência nutricional ou sistema
imunológico e ainda a ação de todos eles. Não existe definição para a causa e nem
tratamento correto.
.

O ciclo da Afta:

 Começa com sensação de formigamento ou incômodo na mucosa da


boca

 De 24 a 48 horas depois, surge um ponto avermelhado

 Com o tempo, o núcleo da lesão vai ficando esbranquiçado e, quando


a afta está madura, surge a ferida no seu centro

 Normalmente, a afta desaparece em sete dias, sem que seja usado


tratamento algum.

Fotos:
2.2 - Câncer de Boca

O câncer oral pode se desenvolver em qualquer parte da boca e geralmente é achado nos
lábios, língua, na parte interna das bochechas, nas gengivas, no assoalho da boca e na
área atrás dos sisos. O câncer de lábio é o que registra maior ocorrência, acontecendo
mais freqüentemente no lábio inferior do que no superior.

As principais causas do câncer de boca são a falta de higiene bucal, dentes fraturados,
os hábitos de fumar, mascar tabaco e consumir álcool, o uso próteses dentárias mal
colocadas e a radiação solar. É o quinto mais freqüente entre homens no Brasil e atinge
principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade.

Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que
vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode
ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 50%. Uma das razões pelas
quais este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem
reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.

Sintomas:

 Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não
parece melhorar;
 Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua
 Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca;
 Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da
boca;
 Dificuldade para mastigar ou para engolir;
 Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta;Inchaço que
impede a adaptação correta da dentadura
 Mudança na voz
Fotos:
2.3 -  Cândidíase Oral

A candidíase oral se manifesta como lesões brancas de aspecto cremoso na


língua, parede interna das bochechas e no palato (céu da boca). O paciente se
queixa de ardência, diminuição do paladar e sensação de ter algodão na boca.
Quando o esôfago é acometido, o paciente se queixa de dificuldade e dor para
engolir. Se não forem tratadas adequadamente, as aftas podem se espalhar pela boca e
garganta, indo para esôfago e chegando até o estômago e pulmões.

A candidíase oral, também conhecida como sapinho, pode ocorrer em pessoas


imunocompetentes (com sistema imune normal), principalmente em crianças
pequenas.Porém, nestes casos a candidíase é restrita e provoca poucos
sintomas.

O uso de antibiótico colabora para a cura porque pode matar as bactérias benéficas e os
microorganismos infecciosos. As pessoas com anemia têm uma grande incidência de
candidíase oral pela falta de ferro. E o risco de contaminação aumenta para quem está
com o sistema imunológico baixo, seja pelo aspecto congênito, seja por infecção
do HIV ou por tratamento prolongado com corticosteróides. Além disso o sapinho pode
se desenvolver em pessoas obesas e diabéticas, com distúrbios hormonais, ou nas que
sofrem de boca seca (Xerostomia).

Sinais e sintomas:

 Lesões branca, bem delimitadas, semelhantes a leite coalhado


 Quando as lesões brancas são removidas deixam uma área avermelhadas
 Úlceras ou fissuras
 Recusa de mamar em decorrência de dor na boca
 Anorexia
 Irritabilidade
 Nos casos mais graves: ulceração e necrose
 Em crianças mais velhas pode surgir aumento dos gânglios linfáticos e febre
Fotos:
2.4 - Cárie

A cárie dental é infecciosa e causada por bactérias que aderem aos dentes formando
uma fina camada chamada de placa bacteriana. Esta se alimenta principalmente do
açúcar que ingerimos nos alimentos e se não for removida se desenvolve próximo à
gengiva. A placa bacteriana produz ácidos, que vão destruindo os dentes em um
processo muito lento.

A cárie começa com a descalcificação da estrutura dentária, caracterizada primeiro por


uma mancha branca e depois por um buraco. Este buraco pode se aprofundar se a cárie
não for detida, até atingir a polpa e o nervo do dente, provocando inflamação e dor. Em
fases mais avançadas, a cárie pode levar à perda do dente por sua destruição completa.

Segundo um levantamento, 88% dos brasileiros têm cáries. Entre as crianças na faixa de 18 a
36 meses, 38% têm pelo menos um dente cariado. O índice quase dobra em relação às
crianças de 5 anos — 60% têm o problema. Além disso, a média de dentes permanentes
cariados é de 2,8 nas crianças de 12 anos, 20,1 nos adultos e 27,8 nos idosos. Estes números
colocam a cárie como um problema de saúde pública.

Um leigo poderia perguntar porque na Etiópia, o país com a mais baixa renda per
capitamundial (l 10 dólares anuais), as crianças não têm cáries, enquanto que na
Alemanha Ocidental (10.940 dólares per capita) a doença causa tanto sofrimento a
resposta é simples. A cárie dental não é uma "doença da pobreza" como as
enfermidades transmissíveis e a desnutrição, por exemplo; e sim uma conseqüência do
desenvolvimento, o qual costuma apresentar como um dos seus efeitos perversos um
ativo incremento nos padrões de consumo de açúcar. O desenvolvimento econômico
também traz consigo os odontólogos, mas estes não são capazes de impedir a instalação
a expansão da doença porque se dedicam quase que exclusivamente à prestação
deserviços curativos e a atender a quem pode pagá-los

Fases da cárie:
Fotos:

Estágio inicial

Estágio avançado da cárie provocando a pulpite ( inflamação na polpa dentária)


2.5 - Gengivite

A gengivite é o tipo de periodontite mais branda. Começa da mesma maneira que a cárie
quando a placa bacteriana se adere ao dente, provocando inflamação na gengiva.
Existem outros fatores que podem contribuir para o aparecimento da doença como a
diabetes, alimentação inadequada, restaurações ou próteses, cigarro, puberdade,
gravidez, estresse, e medicamentos.

A gengivite evolui desta forma:

1 – Cálculo:

Com o tempo, a placa bacteriana se calcifica em certas áreas, formando o cálculo ou


tártaro. Se a placa não for removida, ela aumentará e penetrará entre os dentes e a
gengiva, causando inflamação. A gengiva inflamada caracteriza-se por excesso de
vermelhidão, inchaço e sangramento espontâneo ou à escovação

2 – Bolsa: 

Com a falta de higienização adequada e a não remoção do tártaro, aparecem bolsas entre
os dentes e a gengiva. As bolsas criam espaço para maior acúmulo de resíduos
alimentares e placas bacterianas junto das raízes dos dentes. Isto impede a escovação
adequada, a penetração do flúor e favorece as bactérias criando um ambiente adequado
para seu desenvolvimento. A placa bacteriana e o tártaro provocam um desvio da
gengiva, enfraquecendo as estruturas de apoio (ossos), podendo ocorrer até a perda do
dente.

Importante:

 A gengivite pode ser solucionada com uma escovação adequada e o uso do fio do
dental. Porém, quando surge o cálculo (tártaro), o tratamento deve ser feito com o
dentista. Este também deve ser procurado se acontecer sangramento freqüente da
gengiva, apesar de uma escovação apropriada. Diminua o consumo de frutas secas e
outras comidas pegajosas que se aderem facilmente aos dentes.
Fotos:

2.6 - Herpes
É uma doença provocada pelo vírus HVH que atinge a cavidade bucal de crianças e
adultos sob duas formas principais:

2.6.1 - GEHAP gengivo estomatite herpética aguda primária, que é a forma mais grave e
atinge principalmente as crianças.
2.6.2 - Herpes secundário ou recidivante, que atinge principalmente os adultos, que já
foram contaminados na infância.

Após o contágio o período de incubação dura de 1 a 6 dias e os sintomas que aparecem são
característicos das viroses: abatimento, agitação, febre, mal estar, perda de apetite, e as vezes
adenopatias submandibular e no pescoço, além de sintomas locais como mau hálito, ardência
na boca e excesso de salivação. Em seguida aparecem na boca numerosas vesículas
(bolhinhas), que rapidamente se rompem transformando-se em úlceras (pequenas
feridas),Quando tudo corre bem, a febre dura 4 a 7 dias, e as lesões desaparecem entre 1 a 2
semanas sem deixar cicatrizes.

A Herpes é muito contagioso porque dentro das bolhinhas existe um líquido muito rico repleto
de vírus, que provoca herpes bucal. Estas bolhinhas ao romperem, contaminam a saliva que é
o maior meio de contágio para outras crianças e para adultos.

A doença também pode se espalhar para o resto do corpo através dos dedos principalmente
para a face e para a pele.

Depois da primeira infecção, a pessoa carrega o vírus permanentemente e fica


vulnerável às infecções periódicas de herpes. Condições como:

 Febre
  Tensão
  Fadiga
  Menstruação
  Cigarro e bebidas alcoólicas em excesso
 calor e resfriado

O tratamento é à base de:

 Líquido, especialmente gelado para diminuir a dor, evitar a desidratação e acelerar a


cicatrização.

 Repouso.

 O tratamento alopático é feito com analgésico e antitérmico para alívio sintomático.


Pode ser utilizado também o VASA que é o violeta de genciana, anestésico, sacarina e
água, que pode ser associada à um antibiótico para evitar infecções.

 A limpeza bucal pode ser feita com : água boricada 10 volumes diluída em um quarto
de água, ou outra solução anti-séptica.
Fotos:
2.7 - Periodontia

É o estágio avançado da gengivite. Ocorre após o endurecimento da placa bacteriana


com a formação do tártaro. Pode-se formar o tártaro supra-gengival (na parte da coroa,
acima da gengiva) e tártaro sub-gengival (na porção interna da gengiva entre a gengiva
e o dente).

Sintomas:
• Sangramento gengival;
• Mau hálito persistente (halitose);
• Gengivas vermelhas, inchadas e sensíveis;
• Gengivas que se afastam dos dentes (retração).
• Pus entre a gengiva e o dente;
• Alteração no formato gengival;
• Freqüentemente indolor (assintomático);
• Mobilidade dentária.

O tratamento é feito com a remoção da placa bacteriana aderida através de


raspagem e alisamento das raízes dos dentes. Quando os instrumentos de
raspagem não atingem toda área da raiz comprometida, as cirurgias são
indicadas; para facilitar o acesso. A doença periodontal deixa como seqüelas
alterações estéticas como: deslocamento na posição do dente, retração
gengival com conseqüente aumento no comprimento do dente etc. Existem
procedimentos cirúrgicos e protéticos que podem miminizar esses defeitos

A sua prevenção pode ser feita unicamente removendo a placa bacteriana


através de limpeza bucal doméstica com fio dental e escova, mais limpezas
periódicas feitas pelo dentista.

Pesquisas mostram uma inter-relação entre doenças periodontais e


problemas sistêmicos, tais como problemas respiratórios, osteoporose e
nascimentos de crianças prematuras e com baixo peso. Também é
encontrado na literatura que pessoas com doenças periodontais são duas
vezes mais susceptíveis a sofrer doenças cardíacas.

Fotos:
2.8 - Halitose

 Existem casos de halitose tanto por razões fisiológicas ( que requerem apenas orientação )
como por razões patalógicas ( que requerem tratamento), por razões locais ( feridas cirúrgicas,
cárie, doença periodontal etc.) ou sistêmicas ( diabetes, uremia, prisão de ventre etc.).  Por
isso, pode-se concluir que todas as possíveis causas devem ser investigadas e que o
tratamento será direcionado de acordo com a causa identificada. No entanto, 96% ou mais dos
casos de halitose se devem a presença de saburra lingual, assim, devem ser tratados.

Saburra é um material viscoso e esbranquiçado ou amarelado, que adere ao dorso da língua


em maior proporção na região do terço posterior. A saburra equivale a uma placa bacteriana
lingual, em que os principais microorganismos presentes são do tipo anaeróbios proteolíticos,
os quais, conforme foi explicado para a halitose da manhã, produzem componentes de cheiro
desagradável no final de seu metabolismo.

Como se livrar do mau hálito


 Remoção mecânica da saburra por meio de limpadores linguais. Existem vários
modelos de limpadores linguais disponíveis no mercado americano; no Brasil,
encontramos um limpador lingual muito eficiente ( modelo de forma de "V ").
 Manutenção da superfície lingual o mais oxigenada possível, com o uso de oxidantes.
Existem vários oxidantes no mercado que podem ser úteis para esse fim; desde a água
oxigenada ( usada diluída ), o Amosan, até os de última geração ( geralmente
formulações com um componente antimicrobiano e um oxidante potente).
Provavelmente, em pouco tempo, encontraremos no mercado, à disposição apenas
dos profissionais, um desses produtos, com o nome de "Saud Bucal".
 Identificação da causa da redução do fluxo salivar para que se possa estabelecer o
tratamento adequado.

Conclusão:

Mesmo nos dias atuais, quando podemos obter informações sobre odontologia em
jornais, revistas, internet e outros meios de comunicação, ainda encontramos níveis altos
de doenças e alterações das condições ideais da saúde bucal em boa
parte da população

Quanto mais jovem for a faixa etária e quanto maior o nível de escolaridade, menores
são os riscos de se desenvolverem doenças bucais. Esse fato se deve provavelmente aos
programas de prevenção, melhoria da informação e orientação adequada sobre hábitos
de higiene bucal.

Certas moléstias podem causar problemas crônicos e cada vez mais complexos de serem
tratados. Por isso é importante que se atue na conscientização da população sobre a
necessidade de acompanhamento odontológico regular, com a finalidade de se evitar
que essas alterações evoluam para formas mais graves de doenças bucais que podem
culminar com a perda de elementos dentários, comprometendo, com isso, a função
mastigatória, a estética do indivíduo, entre outros

Fontes:

Banco de Dados de Saúde do Sistema FIRJAN (Cartão Saúde do

Trabalhador)

http://www.mdsaude.com/

http://www.dermatologia.net

www.google.com

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