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Sugestão de Leitura Da Aula 13 - Apostila Fator Potencia
Sugestão de Leitura Da Aula 13 - Apostila Fator Potencia
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UERJ
JUL/2007
SUMÁRIO
1. CONCEITOS BÁSICOS............................................................................................................................................3
2. FORNECIMENTO DE ENERGIA REATIVA - REGULAMENTAÇÃO...............................................................8
3. CAUSAS DO BAIXO FATOR DE POTÊNCIA.....................................................................................................12
4. LOCALIZAÇÃO DOS CAPACITORES................................................................................................................16
5. A CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA........................................................................................................19
6. TIPOS DOS CAPACITORES..................................................................................................................................25
7. ESPECIFICAÇÃO DOS CAPACITORES DE BAIXA TENSÃO.........................................................................26
8. ESPECIFICAÇÃO DOS CAPACITORES DE ALTA TENSÃO...........................................................................28
9. REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................................32
1. CONCEITOS BÁSICOS
A potência ativa é transformada em trabalho útil (produção de movimento, calor, luz e etc...).
A potência reativa é uma componente da potência total que não pode ser transformada em
trabalho, mas que está sempre presente nos circuitos elétricos, associada à criação e manutenção de
campos eletromagnéticos em diversos componentes do sistema, tais como nos transformadores,
motores, condutores, reatores de lâmpadas de descarga e etc...
A energia reativa (kvarh) que transita pelos sistemas elétricos, desde as usinas geradoras até as
instalações consumidoras, exige o aumento da potência dos geradores e transformadores e reduz a
capacidade de condução de corrente dos sistemas de transmissão e de distribuição.
A energia reativa não é tarifada pelas concessionárias, uma vez que a utilização de energia é
avaliada apenas pela energia ativa (kWh) e demanda de potência ativa (kW), no entanto, se a energia
reativa consumida pela instalação consumidora não se mantiver dentro do limite de referência do
fator de potência estabelecidos nas “Condições Gerais de Fornecimento de Energia Elétrica”,
Portaria Nº 456 de 29/11/2000 editada pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, o
consumidor pagará valores adicionais denominados como “excedentes” de consumo reativo e de
demanda de potência reativa.
Convém registrar que segundo o decreto N° 81.621 de 03/05/78, que aprova o Quadro Geral
de Unidades de Medida, o nome e o símbolo da grandeza “potência reativa” é o var, ambos grafados
em letras minúsculas, sendo definida como: “potência reativa de um circuito percorrido por uma
corrente alternada senoidal com valor eficaz de 1 Ampère, sob uma tensão elétrica com valor eficaz
de 1 Volt, defasada de π/2 radianos em relação à corrente”.
P = Potência Ativa
ϕS
= Q = Potência Reativa
=
=
S = P2 + Q2 = Potência=Aparente
=
O fator de potência pode ser expresso como sendo o cosseno do ângulo ϕ do triângulo de
potências.
O fator de potência pode ser também calculado a partir dos consumos de energia ativa (kWh)
e reativa (kvarh), através das expressões:
kWh
FP = 2 2
(kWh) + (kvarh)
kvarh
FP = cos arctg
kWh
fp capacitivo fp indutivo
1
0,92 0,92
0 0
~ CARGA=P+jQ
~ CARGA=P+jQ
(kW) D
Pinst.
Dmáx
Dméd
(horas)
6 12 18 24
O fator de potência de referência estabelecido como limite para cobrança de energia reativa
excedente, por parte da concessionária passou de 0,85 para 0,92, independente do sistema tarifário, a
partir dos faturamentos correspondentes às leituras efetuadas no mês de abril de 1994.
A energia reativa capacitiva passou, a critério da concessionária, a ser medida e faturada. Pela
legislação regulamentadora anterior (Portaria DNAEE nº 222), apenas a energia reativa indutiva era
passível de verificação e faturamento.
A energia reativa indutiva deve ser medida ao longo das 24 horas do dia. Se a concessionária
decidir medir também a energia reativa capacitiva, deverá fazê-lo de 00:00 a 06:00 horas ficando,
nesse caso, a medição da energia reativa indutiva limitada ao período de 06:00 a 24:00 horas.
A revisão da regulamentação foi elaborada com base em alguns princípios que revisaram a
sistemática de avaliação da energia reativa circulante no sistema elétrico, conforme caracterizado a
seguir:
a energia reativa indutiva sobrecarrega o sistema elétrico, principalmente nos períodos do
dia em que é mais solicitada (cargas média e pesada);
a energia reativa capacitiva é prejudicial nos períodos de carga leve, provocando elevação da
tensão, e a conseqüente necessidade de instalação de equipamentos corretivos e a realização
de manobras no sistema;
a necessidade de liberação de capacidade do sistema elétrico;
a promoção do uso racional da energia elétrica;
a criação de condições para que os custos de expansão do sistema elétrico sejam distribuídos
de forma mais justa;
a legislação do fator de potência não visa aumento de receita da concessionária.
FDR = UFDR × R$ / kW .
A demanda de potência ativa reprimida UFDR e o montante de energia ativa reprimida UFER
são calculados através de fórmulas definidas em portaria para a avaliação mensal e para a avaliação
horária.
No caso de aplicação de tarifas horo-sazonais, estes deverão ser diferenciados de acordo com
os respectivos postos horários.
0,92
UFDR = DM × − DF , onde:
fm
DM - demanda máxima ativa registrada no ciclo de faturamento, através de integralização de
15 minutos;
DF - demanda faturável no ciclo de faturamento (maior valor da demanda, dentre a medida
ou a contratada); e
fm - fator de potência médio mensal.
0,92
UFER = CA × − 1 , onde
fm
CA - consumo ativo no ciclo de faturamento;
Com base nos dados de kWh e de kvarh obtidos pelos equipamentos de medição, o sistema
de faturamento determina os valores de fm, UFDR e UFER e efetua ainda os faturamentos FDR e
FER.
n 0,92
UFER = ∑ CAi × fi
− 1 , onde:
i=1
Cai - consumo ativo registrado de hora em hora.
O registrador digital determina a cada hora o valor de fi em função dos montantes de kWh e
de kvarh. Se esse valor for menor que o valor de referência (0,92) o registrador acumula o valor
correspondente de UFER, calculando ainda o valor de DMCR. No final do ciclo de faturamento o
registrador fornece um total acumulado de UFER e o valor máximo de DMCR. Com base nesses
valores, o sistema de faturamento calcula o valor de UFDR e os faturamentos FDR e FER.
Cabe registrar que a Portaria Nº 456, prevê que para as unidades consumidoras do Grupo B
(baixa tensão), o faturamento da energia reativa será feito segundo a expressão:
0,92
FER = CA × − 1 × TCA , onde
fm
Nesta expressão o fator de potência da unidade consumidora será calculado com base em
dados verificados através de medição transitória, abrangendo um período mínimo de 7 (sete) dias
consecutivos. O faturamento de energia reativa excedente correspondente, ficará condicionado à
prévia notificação ao consumidor e será efetuado até que o mesmo comunique ao concessionário
ter corrigido o fator de potência de suas instalações.
Neste caso devem ser conduzidos estudos específicos para melhorar os níveis de tensão,
através da utilização de uma relação mais adequada de taps dos transformadores ou da tensão
nominal dos equipamentos.
Na prática observa-se que para motores operando com cargas abaixo de 50% de sua potência
nominal o fator de potência cai bruscamente. Nestes casos deve-se verificar a possibilidade, por
exemplo, de se substituir os motores por outros de menor potência, com torque de partida mais
elevado e mais eficiente.
(1)
Máxima potência capacitiva recomendada.
(2)
Redução percentual de corrente da linha, após a instalação dos capacitores recomendados.
100 20 7 25 10 25 11 25 11 30 12 45 17
125 30 7 30 9 30 10 30 10 30 11 45 15
150 30 7 30 8 30 8 30 9 30 11 60 15
200 30 7 30 6 45 8 60 9 60 10 75 14
250 45 7 45 5 60 8 60 9 75 10 90 14
300 45 7 45 5 75 8 75 9 75 9 90 12
350 45 6 45 5 75 8 75 9 75 9 90 11
400 60 5 60 5 60 6 90 9 90 9 90 10
450 75 5 60 5 75 6 90 8 90 8 90 8
500 75 5 75 5 90 6 120 8 120 8 120 8
600 75 5 90 5 90 5 120 7 120 8 135 8
700 90 5 90 5 90 5 135 7 150 8 150 8
800 90 5 120 5 120 5 150 7 150 8 150 8
Tabela 3.3: capacitores para motores de média tensão.
(1)
Máxima potência capacitiva recomendada.
(2)
Redução percentual de corrente da linha, após a instalação dos capacitores recomendados.
O consumo de energia reativa por parte dos transformadores pode ser obtido através de
medidores (analisadores de energia) ou determinados por cálculos necessitando-se neste caso, obter
dos fabricantes os valores da potência reativa média de transformadores a vazio.
Na falta deste valor, pode-se obter através da Tabela 3.4, a potência reativa média a vazio de
transformadores até 1000kVA.
Desta maneira, a energia reativa absorvida por um transformador operando em vazio ou com
baixa carga pode ser obtida multiplicando-se o valor indicado na Tabela 3.4, da carga reativa, pelo
número de horas do período em que se configura esta operação em vazio.
Sempre que possível os capacitores devem ser instalados o mais próximo possível das cargas,
para que os benefícios devido a sua instalação se reflitam em toda a rede elétrica.
AT
A
BT
M M M M
C D
A) na alta-tensão
B) na baixa-tensão
C) em grupos de motores
D) em motores individuais
E) em ramais de baixa-tensão
Quando os valores reais da corrente de magnetização não forem disponíveis, as Tabelas 3.2 e
3.3, fornecem os valores de potência dos capacitores a serem instalados nos terminais dos motores
de indução, tipo gaiola da classe B, de torque e corrente de partida normais.
Para que se possa redimensionar o relé térmico do motor, as Tabelas 3.2 e 3.3 fornecem,
ainda, os valores percentuais de redução da corrente de carga dos referidos motores.
Este tipo de instalação, pela utilização do fator de demanda, permite ao consumidor obter uma
apreciável redução dos custos em relação a correção feita individualmente junto as cargas.
Nestes casos deve-se estudar a necessidade também de se instalar bancos automáticos para
evitar que ao se desligar um bloco grande de cargas, a carga restante permaneça conectada a um
grande banco de capacitores.
k v ar × ca p
kV A Z
∆V% = (% )
tra fo
tra fo
Convém ainda registrar, que a potência gerada pelo capacitor varia diretamente com o
quadrado da tensão no ponto, conforme a expressão:
kVAr = potência nominal do capacitor; e
cap
V = tensão aplicada ao capacitor em pu.
Considerando o exemplo anterior e supondo que a tensão no ponto, após a instalação do
capacitor, se situe em 1,014 pu, a potência reativa gerada pelo capacitor será de 205,6kVAr.
Neste método se usufrui da diversidade das cargas, para reduzir a potência do banco de
capacitores e aliviar o circuito alimentador do CCM.
Os mesmos cuidados mencionados nos itens anteriores devem ser observados para se evitar
problemas transitórios e sobretensões quando do desligamento das cargas.
5.1 GENERALIDADES
Não existe uma regra geral para se corrigir o fator de potência de uma instalação. Cada caso
exige uma análise criteriosa da utilização da demanda e energia reativas e das condições
operacionais.
Para ilustrar como se corrige o fator de potência, num caso simples, vamos considerar uma
instalação de 80kW, que tenha um fator de potência médio igual a 80% e se queira corrigi-lo para
90%. Pede-se a determinação da potência reativa a ser ligada a esta instalação para se obter o
resultado desejado.
Solução:
Para uma melhor visualização vamos utilizar o método de resolução que utiliza o triângulo de
potências:
ϕ2
ϕ1
kW = 80
80
kVA = = 100
0,8
2 2
kvar = (100) - (80) = 60
Assim:
kvar neces sarios = 60 - 38,7 = 21,3
Para ilustrar o uso da tabela 5.1, o exercício acima seria resolvido da seguinte maneira:
Da tabela 5.1, obtém-se o valor 0,266 para o multiplicador, que devemos aplicar sobre a
potência ativa (kW) da instalação, para obter a correção de 0,80 para 0,90.
Os valores de tgϕ1 e de tgϕ2 podem ser obtidos também através da tabela 6.2 que ilustra as
tangentes trigonométricas para vários valores de fator de potência, contendo até algarismos dos
milésimos do fator de potência, que permitem maior precisão na determinação dos kvar necessários.
A título de exemplo pode-se determinar os kvar necessários para corrigir o fator de potência
de uma carga de 100kW, de 0,836 para 0,932, a partir da tabela 5.2:
0,50 1,112 1,139 1,165 1,192 1,220 1,248 1,276 1,306 1,337 1,369 1,403 1,440 1,481 1,529 1,589 1,732
0,51 1,067 1,094 1,120 1,147 1,175 1,203 1,231 1,261 1,292 1,324 1,358 1,395 1,436 1,484 1,544 1,687
0,52 1,023 1,050 1,076 1,103 1,131 1,159 1,187 1,217 1,248 1,280 1,314 1,351 1,392 1,440 1,500 1,643
0,53 0,980 1,007 1,033 1,060 1,088 1,116 1,144 1,174 1,205 1,237 1,271 1,308 1,349 1,397 1,457 1,600
0,54 0,939 0,966 0,992 1,019 1,047 1,075 1,103 1,133 1,164 1,196 1,230 1,267 1,308 1,359 1,416 1,559
0,55 0,899 0,926 0,952 0,079 1,007 1,035 1,063 1,093 1,124 1,156 1,190 1,227 1,268 1,316 1,376 1,519
0,56 0,860 0,887 0,913 0,940 0,968 0,996 1,024 1,054 1,085 1,117 1,151 1,188 1,229 1,277 1,337 1,480
0,57 0,822 0,849 0,875 0,902 930 0,958 0,986 1,016 1,047 1,079 1,113 1,150 1,191 1,239 1,299 1,442
0,58 0,785 0,812 0,838 0,865 0,893 0,921 0,949 0,979 1,010 1,042 1,076 1,113 1,154 1,202 1,262 1,405
0,59 0,749 0,776 0,802 0,829 0,857 0,885 0,913 0,943 0,974 1,006 1,040 1,077 1,118 1,166 1,226 1,369
0,60 0,713 0,740 0,766 0,793 0,821 0,849 0,877 0,907 0,938 0,970 1,004 1,041 1,082 1,130 1,190 1,333
0,61 0,679 0,706 0,732 0,759 0,787 0,815 0,843 0,873 0,904 0,936 0,970 1,007 1,048 1,096 1,156 1,299
0,62 0,646 0,673 0,699 0,726 0,754 0,782 0,810 0,840 0,871 0,903 0,937 0,974 1,015 1,063 1,123 1,266
0,63 0,613 0,640 0,666 0,693 0,721 0,749 0,777 0,807 0,838 0,870 0,904 0,941 0,982 1,030 1,090 1,233
0,64 0,581 0,608 0,634 0,661 0,689 0,717 0,745 0,775 0,806 0,838 0,872 0,909 0,950 0,998 1,058 1,201
065 0,49 0,576 0,602 0,629 0,657 0,685 0,713 0,743 0,774 0,806 0,840 0,877 0,918 0,966 1,026 1,169
0,66 0,518 0,545 0,571 0,598 0,626 0,654 0,682 0,712 0,743 0,775 0,809 0,846 0,887 0,935 0,995 1,138
0,67 0,488 0,515 0,541 0,568 0,596 0624, 0,652 0,682 0,713 0,745 0,779 0,816 0,857 0,905 0,965 1,108
0,68 0,458 0,485 0,511 0,538 0,566 0,594 0,622 0,652 0,683 0,715 0,749 0,786 0,827 0,875 0,935 1,078
0,69 0,429 0,456 0,482 0,509 0,537 0,565 0,593 0,623 0,654 0,686 0,720 0,757 0,798 0,846 0,906 1,049
0,70 0,400 0,427 0,453 0,480 0,508 0,536 0,564 0,594 0,625 0,657 0,691 0,728 0,769 0,817 0,877 1,020
0,71 0,372 0,399 0,425 0,452 0,480 0,508 0,536 0,566 0,597 0,629 0,663 0,700 0,741 0,789 0,849 0,992
0,72 0,344 0,371 0,397 0,424 0,542 0,480 0,508 0,538 0,569 0,601 0,635 0,672 0,713 0,761 0,821 0,964
0,73 0,316 0,343 0,369 0,396 0,424 0,452 0,480 0,510 0,541 0,573 0,607 0,644 0,685 0,733 0,793 0,936
0,74 0,289 0,316 0,342 0,369 0,397 0,425 0,453 0,483 0,514 0,546 0,580 0,617 0,658 0,706 0,766 0,909
0,75 0,262 0,289 0,315 0,342 0,370 0,398 0,426 0,456 0,487 0,519 0,553 0,590 0,631 0,679 0,739 0,882
0,76 0,235 0,262 0,288 0,315 0,343 0,371 0,399 0,429 0,460 0,492 0,526 0,563 0,604 0,652 0,712 0,855
0,77 0,209 0,236 0,262 0,289 0,317 0,345 0,373 0,403 0,434 0,466 0,500 0,537 0,578 0,626 0,680 0,829
0,78 0,182 0,209 0,235 0,262 0,290 0,318 0,346 0,376 0,407 0,439 0,473 0,510 0,551 0,599 0,659 0,802
0,79 0,156 0,183 0,209 0,236 0,264 0,292 0,320 0,350 0,381 0,413 0,447 0,484 0,525 0,573 0,633 0,776
0,80 0,130 0,157 0,183 0,210 0,238 0,266 0,294 0,324 0,355 0,387 0,421 0,458 0,499 0,547 0,609 0,750
0,81 0,104 0,131 0,157 0,184 0,212 0,240 0,268 0,298 0,329 0,361 0,395 0,432 0,473 0,521 0,581 0,724
0,82 0,078 0,105 0,131 0,158 0,186 0,214 0,242 0,272 0,303 0,335 0,369 0,406 0,447 0,495 0,555 0,698
0,83 0,052 0,079 0,105 0,132 0,160 0,188 0,216 0,246 0,277 0,309 0,343 0,380 0,421 0,469 0,529 0,672
0,84 0,026 0,053 0,079 0,106 0,134 0,162 0,190 0,220 0,251 0,283 0,317 0,354 0,395 0,443 0,503 0,646
0,85 0,000 0,027 0,053 0,080 0,108 0,136 0,164 0,194 0,225 0,257 0,291 0,328 0,369 0,417 0,477 0,620
0,86 0,000 0,026 0,053 0,081 0,109 0,137 0,167 0,198 0,230 0,264 0,301 0,342 0,390 0,450 0,593
0,87 0,000 0,027 0,055 0,083 0,111 0,141 0,172 0,204 0,238 0,275 0,316 0,364 0,424 0,567
0,88 0,000 0,028 0,056 0,084 0,114 0,145 0,177 0,211 0,248 0,289 0,337 0,397 0,540
0,89 0,000 0,028 0,056 0,086 0,117 0,149 0,183 0,220 0,261 0,309 0,369 0,512
0,90 0,000 0,028 0,058 0,089 0,121 0,155 0,192 0,233 0,281 0,341 0,484
0,91 0,000 0,030 0,061 0,093 0,127 0,164 0,205 0,253 0,313 0,456
0,92 0,000 0,031 0,063 0,097 0,134 0,175 0,223 0,283 0,426
0,93 0,000 0,032 0,066 0,103 0,144 0,192 0,252 0,395
0,94 0,000 0,034 0,071 0,112 0,160 0,220 0,363
0,95 0,000 0,037 0,079 0,126 0,186 0,329
FATOR
TANGENTES TRIGONOMÉTRICAS
DE ALGARISMOS DOS MILÉSIMOS NO FATOR DE POTÊNCIA
POTÊNCIA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1,00 - - - - - - - - - -
0,99 0,143 0,135 0,127 0,119 0,110 0,100 0,090 0,078 0,063 0,045
0,98 0,203 0,198 0,192 0,187 0,181 0,175 0,169 0,163 0,156 0,150
0,97 0,251 0,246 0,242 0,237 0,233 0,228 0,223 0,218 0,213 0,208
0,96 0,292 0,288 0,284 0,280 0,276 0,272 0,268 0,264 0,259 0,255
0,95 0,329 0,325 0,322 0,318 0,314 0,310 0,307 0,303 0,299 0,296
0,94 0,363 0,360 0,356 0,353 0,350 0,346 0,343 0,339 0,339 0,332
0,93 0,395 0,392 0,389 0,386 0,383 0,379 0,376 0,373 0,370 0,366
0,92 0,426 0,423 0,420 0,417 0,414 0,411 0,408 0,405 0,402 0,398
0,91 0,456 0,453 0,450 0,447 0,444 0,441 0,438 0,435 0,432 0,429
0,90 0,484 0,482 0,479 0,476 0,473 0,470 0,467 0,464 0,461 0,459
0,89 0,512 0,510 0,507 0,504 0,501 0,498 0,495 0,493 0,490 0,487
0,88 0,440 0,537 0,534 0,532 0,529 0,526 0,523 0,521 0,518 0,515
0,87 0,567 0,564 0,561 0,559 0,556 0,553 0,551 0,548 0,545 0,543
0,86 0,593 0,591 0,588 0,585 0,583 0,580 0,577 0,575 0,572 0,569
0,85 0,620 0,617 0,615 0,612 0,609 0,607 0,604 0,601 0,599 0,596
0,84 0,646 0,643 0,641 0,638 0,636 0,633 0,630 0,628 0,625 0,622
0,83 0,672 0,669 0,667 0,664 0,662 0,659 0,656 0,654 0,651 0,649
0,82 0,698 0,695 0,693 0,690 0,688 0,685 0,682 0,680 0,677 0,675
0,81 0,724 0,721 0,719 0,716 0,714 0,711 0,708 0,706 0,703 0,701
,
0,80 0,750 0,747 0,745 0,742 0,740 0,737 0,734 0,732 0,729 0,727
0,79 0,776 0,774 0,771 0,768 0,766 0,763 0,760 0,758 0,755 0,753
0,78 0,802 0,800 0,797 0,794 0,792 0,789 0,787 0,784 0,781 0,779
0,77 0,829 0,826 0,823 0,821 0,818 0,815 0,813 0,810 0,808 0,805
0,76 0,855 0,853 0,850 0,847 0,845 0,842 0,839 0,837 0,834 0,831
0,75 0,882 0,879 0,877 0,874 0,871 0,869 0,866 0,863 0,861 0,858
0,74 0,909 0,906 0,904 0,901 0,898 0,895 0,893 0,890 0,887 0,885
0,73 0,936 0,934 0,931 0,928 0,925 0,923 0,920 0,917 0,914 0,912
0,72 0,964 0,961 0,958 0,956 0,953 0,950 0,947 0,945 0,942 0,939
0,71 0,992 0,989 0,986 0,983 0,981 0,978 0,975 0,972 0,970 0,967
0,70 1,020 1,017 1,015 1,012 1,009 1,006 1,003 1,000 0,997 0,995
0,69 1,049 1,046 1,043 1,040 1,037 1,035 1,032 1,029 1,026 1,023
0,68 1,078 1,075 1,072 1,069 1,067 1,064 1,061 1,058 1,055 1,052
0,67 1,108 1,105 1,102 1,099 1,096 1,093 1,090 1,087 1,084 1,081
0,66 1,138 1,135 1,132 1,129 1,126 1,123 1,120 1,117 1,114 1,111
0,65 1,169 1,166 1,163 1,160 1,157 1,154 1,151 1,148 1,144 1,141
0,64 1,201 1,197 1,194 1,191 1,188 1,185 1,182 1,179 1,175 1,172
0,63 1,233 1,230 1,226 1,223 1,220 1,217 1,213 1,210 1,207 1,204
0,62 1,266 1,262 1,259 1,256 1,252 1,249 1,246 1,243 1,239 1,236
0,61 1,299 1,296 1,292 1,289 1,286 1,282 1,279 1,275 1,272 1,269
FATOR
TANGENTES TRIGONOMÉTRICAS
DE ALGARISMOS DOS MILÉSIMOS NO FATOR DE POTÊNCIA
POTÊNCIA 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0,60 1,333 1,330 1,326 1,323 1,320 1,316 1,313 1,309 1,306 1,302
0,59 1,369 1,365 1,361 1,358 1,254 1,351 1,347 1,344 1,340 1,337
0,58 1,405 1,401 1,397 1,394 1,390 1,386 1,383 1,379 1,376 1,372
0,57 1,442 1,438 1,434 1,430 1,427 1,423 1,419 1,416 1,412 1,408
0,56 1,480 1,476 1,472 1,468 1,464 1,460 1,457 1,453 1,449 1,445
0,55 1,519 1,515 1,511 1,507 1,503 1,499 1,495 1,491 1,487 1,483
0,54 1,559 1,555 1,551 1,547 1,542 1,538 1,534 1,530 1,526 1,523
0,53 1,600 1,596 1,592 1,588 1,583 1,579 1,575 1,571 1,567 1,563
0,52 1,643 1,638 1,634 1,630 1,626 1,621 1,617 1,613 1,608 1,604
0,51 1,687 1,682 1,677 1,673 1,669 1,665 1,660 1,656 1,651 1,647
0,50 1,732 1,727 1,723 1,718 1,714 1,709 1,705 1,700 1,696 1,691
0,49 1,779 1,774 1,770 1,765 1,760 1,755 1,751 1,746 1,741 1,737
0,48 1,828 1,823 1,818 1,813 1,808 1,803 1,798 1,794 1,789 1,784
0,47 1,878 1,873 1,868 1,863 1,858 1,853 1,848 1,843 1,838 1,833
0,46 1,930 1,925 1,920 1,914 1,909 1,904 1,899 1,894 1,888 1,883
0,45 1,985 1,979 1,974 1,968 1,963 1,957 1,952 1,946 1,941 1,936
0,44 2,041 2,035 2,030 2,024 2,018 2,012 2,007 2,001 1,996 1,990
0,43 2,100 2,094 2,088 2,082 2,076 2,070 2,064 2,058 2,052 2,047
0,42 2,161 2,155 2,148 2,142 2,136 2,130 2,124 2,118 2,112 2,106
0,41 2,225 2,218 2,212 2,205 2,199 2,192 2,186 2,180 2,173 2,167
0,40 2,291 2,185 2,278 2,271 2,264 2,258 2,251 2,244 2,238 2,231
0,39 2,361 2,354 2,347 2,340 2,333 2,326 2,319 2,312 2,305 2,298
0,38 2,434 2,427 2,419 2,412 2,405 2,397 2,390 2,383 2,375 2,368
0,37 2,511 2,503 2,495 2,488 2,480 2,472 2,464 2,457 2,449 2,442
0,36 2,592 2,583 2,575 2,567 2,559 2,551 2,543 2,535 2,527 2,519
0,35 2,676 2,668 2,659 2,651 2,642 2,633 2,625 2,617 2,608 2,600
0,34 2,766 2,757 2,748 2,739 2,730 2,721 2,712 2,703 2,694 2,685
0,33 2,861 2,851 2,841 2,832 2,822 2,813 2,803 2,794 2,784 2,775
0,32 2,961 2,950 2,940 2,930 2,920 2,910 2,900 2,890 2,880 2,870
0,31 3,067 3,056 3,045 3,034 3,024 3,013 3,002 2,992 2,981 2,971
0,30 3,180 3,168 3,157 3,145 3,134 3,122 3,111 3,100 3,089 3,078
0,29 3,300 3,288 3,275 3,263 3,251 3,239 3,227 3,215 3,203 3,191
0,28 3,429 3,415 3,402 3,398 3,376 3,363 3,351 3,338 3,325 3,313
0,27 3,566 3,552 3,538 3,524 3,510 3,496 3,483 3,469 3,455 3,442
0,26 3,714 3,699 3,683 3,668 3,653 3,639 3,624 3,610 3,595 3,580
0,25 3,873 3,857 3,840 3,824 3,808 3,792 3,776 3,761 3,745 3,729
0,24 4,045 4,027 4,009 3,992 3,975 3,957 3,940 3,923 3,906 3,890
0,23 4,231 4,212 4,193 4,174 4,155 4,136 4,118 4,099 4,081 4,063
0,22 4,434 4,413 4,392 4,372 4,351 4,330 4,310 4,291 4,270 4,251
0,21 4,656 4,632 4,610 4,587 4,565 4,542 4,520 4,499 4,477 4,456
0,20 4,899 4,873 4,848 4,824 4,799 4,775 4,750 4,726 4,703 4,679
Levantadas as informações, inicia-se o estudo com a análise das causas, para em seguida se
proceder a um diagnóstico que as identifique e indique as melhores soluções.
É bom lembrar, que a correção do fator de potência, pode ser feita, até certo ponto,
corrigindo-se as causas, o que levará à utilização de equipamentos de correção com menor potência.
Posteriormente, deverão ser feitas avaliações, sobre a melhor localização dos equipamentos de
correção, levando-se em conta, os aspectos econômicos.
Finalmente, os resultados dos cálculos são analisados em conjunto, para que através de uma
avaliação econômica das alternativas levantadas, se façam as recomendações finais.
Antes de encerrar este capítulo, é oportuno observar que para as instalações de grande porte, o
Estudo de Fluxo de Carga, que faz uso de programa computacional específico, pode se apresentar
como ferramenta auxiliar poderosa na pesquisa das causas e na análise das medidas a serem
recomendadas para a correção do fator de potência.
Convém registrar que as diferenças técnicas entre os diversos tipos de capacitores não se
resumem, apenas à questão de impregnação ou não do óleo, devendo-se principalmente à composição
dos materiais para a formação da parte ativa do capacitor (placas e dielétrico), que determinarão a real
durabilidade dos capacitores, em condições adversas de operação.
Desta forma os capacitores (ou transformadores de potência) ainda em operação, devem ser
recolhidos e incinerados segundo procedimentos específicos. Estes procedimentos envolvem o
recolhimento do óleo ascarel em tambores e o retalhamento dos capacitores que posteriormente são
incinerados em fornos a uma temperatura de 1.000°C, sendo os gases tóxicos resultantes da combustão
tratados e filtrados antes de serem liberados para a atmosfera.
As unidades capacitivas de alta tensão são monofásicas e constituídas por armadura de alumínio
e filme de polipropileno impregnados com óleo biodegradável, sendo formadas pela associação
série/paralelo de células capacitores.
7.1 NORMA
A norma adotada para capacitores de baixa tensão (até 1000V) é a IEC 831-1 Shunt power
capacitors of the self-healing type for ac systems having a rated voltage up to and including 1000V
(1996).
7.2 TENSÃO
A tabela 7.1, extraída da NBR 5282/88, apresenta os valores de tensão máxima de longa
duração (regime permanente), suportadas pelos capacitores de tensão nominal acima de 1.000V.
Freqüência nominal
mais Valor tal que a corrente não exceda a 1,3 In
harmônicos
Tabela 7.1: tensões de longa duração
Notas
a) As sobretensões indicadas na tabela 18.1 foram assumidas considerando que valores
superiores a 1,15 Vn não ocorrem mais que 200 vezes durante a vida do capacitor.
7.3 CORRENTE
Com relação à corrente máxima permissível a norma IEC 831-1, registra que as unidades
capacitivas devem ser capazes de suportar continuamente uma corrente de valor eficaz igual a 1,3 In,
excluindo os transitórios.
Em função do valor real da capacitância, que pode ser no máximo igual a 1,15 vezes a
capacitância nominal, a máxima corrente permissível pode alcançar 1,5 In.
8.1 NORMAS
As normas da ABNT, a serem utilizadas para a especificação, instalação e operação de
capacitores em tensões superiores a 1000V, são relacionadas a seguir:
NBR 5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de Potência (julho/77).
NBR 5282 - Capacitores de Potência em Derivação para Sistema de Tensão Nominal acima
de 1000V (maio/88).
8.2 TENSÃO
A tabela 7.1, extraída da NBR 5282/88, apresenta os valores de tensão máxima de longa
duração (regime permanente), suportadas pelos capacitores de tensão nominal acima de 1.000V.
Freqüência nominal
mais Valor tal que a corrente não exceda a 1,31 In
harmônicos
Tabela 7.1: tensões de longa duração
Notas:
b) Para valores de tensão compreendidos entre 1,00 e 1,10 Vn, a duração da sobretensão
devida, por exemplo, à queima de unidades, deve ser limitada ao tempo necessário para a
reposição das condições normais de funcionamento, conforme nota b).
c) A amplitude da sobretensão que pode ser tolerada sem significativa deterioração do
capacitor depende da sua duração, do número total de sobretensões e da temperatura do
capacitor.
d) As sobretensões indicadas na tabela 18.1 foram assumidas considerando que valores
superiores a 1,15 Vn não ocorrem mais que 200 vezes durante a vida do capacitor.
e) Os capacitores projetados, conforme a NBR 5282, podem operar até 12hs por período de
24 hs com até 110% da tensão nominal, desde que a tensão de crista, incluindo todos os
harmônicos não exceda 1,2 2 vezes Vn, e a potência máxima não exceda a 144% da
potência nominal.
8.3 CORRENTE
Com relação à corrente máxima permissível a NBR 5282/88, registra que as unidades
capacitivas devem ser capazes de suportar continuamente uma corrente de valor eficaz igual a 1,31
In, excluindo os transitórios.
Em função do valor real da capacitância, que pode ser no máximo igual a 1,10 vezes a
capacitância nominal, a máxima corrente permissível pode alcançar 1,44 In
Esta situação torna-se ainda mais crítica quando um banco de capacitores é energizado, com
outros bancos de capacitores já operando em paralelo, esta situação é conhecida como energização
“back-to-back”.
E XC
Im a x = 1 +
−
XC XL XL
XC
f m a x= 6 0×
XL
onde,
E = tensão fase-terra do sistema em kV;
XC = reatância capacitiva do banco por fase em Ω;
XL = reatância indutiva do sistema, vista do ponto de instalação do banco, por fase em Ω;
Imax = valor máximo da corrente de ligamento em kA; e
fmax = valor máximo da freqüência da corrente de ligamento em Hz.
( kV )
2
X C
=
M var
( kV )
2
X L
=
MVAcc
onde,
kV = tensão fase-fase do sistema;
Mvar = potência trifásica do banco de capacitores; e
MVAcc = potência de curto-circuito do sistema.
Lo
C=
CC 1 2
C +C1 2
C1 C2
A indutância Lo possui valor baixo, dependendo basicamente da distância entre dois bancos de
capacitores adjacentes. A tabela 7.2 apresenta alguns valores típicos de indutância, que podem ser
utilizados na falta de informações mais precisas.
ITEM INDUTÂNCIA
Os valores máximos de corrente de ligamento se situam em uma faixa de 20 até 250 vezes a
corrente nominal. Esse valor deve ser sempre verificado para que se assegure que a chave ou
disjuntor sejam capazes de suportá-lo.
9. REFERÊNCIAS
IEEE Std. 141/93 - IEEE Recommended Practice for Electric Power Distribution for
Industrial Plants;
IEC 831-1 Shunt power capacitors of the self-healing type for ac systems having a rated
voltage up to and including 1000V (1996);
NBR 5060 - Guia para Instalação e Operação de Capacitores de Potência;
NBR 5282 - Capacitores de Potência em Derivação para Sistema de Tensão Nominal acima
de 1000V;
NBR 8371 - Ascarel para Transformadores e Capacitores - Características e Riscos
(junho/97
Manual INDUCON - Capacitores de Potência;
Regulamentação sobre Fator de Potência - Legislação e Tecnologia para Correção, Palestra
Técnica da Câmara Especializada de Engenharia Elétrica do CREA/RJ, Eng° Roberto Cunha
de Carvalho; e
Correção do Fator de Potência e Interferência Harmônica, Palestra Técnica da Câmara
Especializada de Engenharia Elétrica do CREA/RJ, Eng° Roberto Cunha de Carvalho e
Fabio Lamothe Cardoso, Agosto/2000.