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Interagir com outras pessoas é essencial para o bem-estar, segundo
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Para tratar o problema, em casos mais amenos, o acompanhamento
psicológico pode ajudar. Se o individuo já estiver em um nível mais
crônico, apresentando um quadro depressivo, por exemplo, pode
necessitar de medicamentos. Isso porque, de acordo com a pesquisa
apresentada no livro, os seres humanos são muito mais entrelaçados e
interdependentes – em termos fisiológicos e psicológicos – do que se
supõe. “O ser humano precisa do contato social, pois isso é benéfico
para ele perceber seu potencial, aprender, crescer e trocar experiências”,
diz Margareth.
Dificuldade de interagir
No entanto, cada vez mais a conectividade está sob risco. “Há uma
enorme oferta de atividades, porém existe uma superficialidade nos
relacionamentos”, alerta Margareth. Para ela, quem vive nas grandes
metrópoles sofre ainda mais com isso. “As pessoas não conseguem se
identificar com as outras, estão sempre reclamando de falta de tempo,
vivem na correria e usam isso para justificar a dificuldade de interagir”,
acrescenta a psicóloga. Além disso, segundo ela, existem as redes
sociais na Internet que conquistam cada vez mais seguidores e, muitas
vezes, criam uma ilusão. “Há pessoas que têm uma rede de contato
extensa, mas não têm intimidade com ninguém. Se quiser uma
companhia para ir ao cinema, por exemplo, não consegue contar com
alguém desta lista virtual”, condena Margareth.
A versão positiva
John Cacioppo explica em seu estudo que, para um ser da nossa
espécie, a saúde e o bem-estar requerem que o indivíduo esteja
satisfeito e seguro em seus laços com outras pessoas. Seria uma forma
de ‘não se sentir só’. E Margareth acrescenta que um indivíduo solitário
não pode se deixar cair nessa rotina empobrecida, de isolamento e
confinamento de vida. “Se não reagir logo, a pessoa pode ficar
depressiva e indisposta para reverter o caso”, avalia. “Nada substitui a
presença de alguém, o contato”, afirma Margareth.