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CUBO MÁGICO
Uma novela de
JOÃO PEDRO TUSSET
Direção
Ary Coslov e Marcelo Travesso
Direção Geral/Núcleo
Ricardo Waddington
Participações especiais:
PESSOAS DO VELÓRIO / CLIENTES DA JOALHERIA
Atenção
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CUBO MÁGICO CAPÍTULO 4 PÁG.: 2
CENA 0/INTRODUÇÃO:
CORTA PARA:
HELENA – Mas por qual motivo? Pelo que eu me lembre vocês não
tinham relação nenhuma, não se falavam, não eram amigos e
nem parentes.
HELENA – Claro, tudo é armação sua né Nicole? Incitou ela a vir aqui
só pra me afrontar. (APONTA) Você não sabe onde tá se
metendo!
NICOLE – Por tudo que a Solange passou e viveu com o Alberto ela
merece essa despedida! Você é que não merece nada aqui.
SOLANGE – Você não vai conseguir plantar mais essa mentira Helena. O
seu marido, como você gosta de enfatizar, está morto, não
pode falar nada agora. Mas ele me amou sim, e muito!
HELENA – Se ele te amasse tanto quanto você pensa, não seria comigo
que ele teria ficado! (DECIDIDA) Agora saia Solange, ou eu
chamo a segurança pra te colocar na rua.
NICOLE – Como você pode ser tão fria e pérfida desse jeito Helena?
Como!
CORTA PARA:
CORTA PARA:
CORTA PARA:
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 4 PÁG.: 7
RENATO – Anda logo Branca, eu não tenho que ficar aqui esperando!
HELENA – (RELAXA) Meu filho, graças a Deus que tudo isso acabou.
Não agüentava mais ter que fingir tristeza na frente de toda
essa gente.
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 4 PÁG.: 8
HELENA – Aquele lá deve estar feliz pela morte do pai, nesse momento
deve estar fazendo sexo com aquela mulher que ele arrumou.
HELENA – Pode esperar uma capa sobre nós amanhã na revista deles.
Gentalha! Não perdem a chance de tentar arranhar a nossa
imagem.
CORTA PARA:
O CASAL CHEGA EM CASA, DÉBORA VAI LOGO TIRANDO SEU CASACO PRETO E
SUAS JÓIAS. PÉRICLES VAI PRO BAR FAZER UM DRINK.
DÉBORA – Péricles, toma cuidado. Não se envolve demais que ele deve
ter muitos podres e você vai se prejudicar.
PÉRICLES – Sabe, eu acho sim que ele possa estar envolvido com o
crime do Alberto.
CORTA PARA:
DALVA – Essa casa vai virar de pernas pro ar, aliás, já tá minha gente.
FAUSTO – Dalva eu já se disse pra não ficar falando assim, vai que a
dona Helena escuta?
RUTH – Mas sabe que a tua mãe fez certo Maurício? Eu não duvido
que a dona Helena tenha roubado o seu Alberto dela.
MAURÍCIO – Minha mãe não tá certa em vir aqui não, ela sabia que a
Helena não ia gostar. Não sei nem com que cara vou olhar pro
pessoal dessa casa.
HELENA – (INTROMETE) Você vai olhar com essa cara que você
tem. A cara da pobreza.
FAUSTO BAIXA A CABEÇA E SAI PELA PORTA DOS FUNDOS. DALVA FAZ SINAL
PRA RUTH E AS DUAS SAEM EM DIREÇÃO À SALA.
HELENA – Muito bem. Acho que eu não preciso mais dizer nada.
Mantenha a Solange longe, só isso.
CORTA PARA:
ANTÔNIA – Mas nem morta que eu te deixo brincar com essas crianças
daqui. Meu filho, elas tem piolhos, pulgas, carrapatos, a
marginalidade das ruas! Tudo de ruim pra te influenciar.
NUNO – (TRISTE) Eu não acho isso deles, acho eles muito legais.
NUNO – Do jeito que ele demora, vai demorar pra eu fazer amigos.
CORTA PARA:
VITOR HUGO – Tava passando e te vi, você me chamou a atenção com essas
roupas pretas, esse cabelo.
VITOR HUGO – Sabe que eu prefiro você assim do que aquele jeito meio de
patricinha de antes?
VITOR HUGO – Enfim, você tá gata Elisa! (PENSA) Que tal a gente dar
uma volta ai pelo shopping, tomar um suco?
ELISA – Fica pra outra hora Vitor, falou mano? (ERGUE A MÃO,
COM O PUNHO FECHADO) Falou?
ELISA SORRI E SAI DA LOJA. VITOR HUGO NÃO ACREDITA NO QUE VIU. LUÍSA
SE APROXIMA DO IRMÃO.
VITOR HUGO – Se não tá, vai começar logo logo. Mina maluca véio! Fui
elogiar e levei um toco.
LUÍSA – Ossos do ofício Vitor, você vai ter que suar pra ter essa daí
viu?
CUBO MÁGICO CAPÍTULO 4 PÁG.: 14
CORTA PARA:
CORTA PARA:
ARMANDO – Quase que eu morro de susto com essa sua cara roxa! Cada
coisa que as mulheres fazem pra ficar jovens.
NICOLE – Vem cá, o que você quer aqui hein? Não me pede dinheiro
por que o Alberto morreu e eu nem sei a quantas minhas
ações vão andar.
ARMANDO – É questão de tempo Nick, você vai ficar comigo! Eu sei que
você me ama.
ARMANDO – Eu vou Nick, mas eu volto! Não pensa que eu vou desistir
de você assim tão fácil. (MANDA BEIJO)
CORTA PARA:
RENATO – Posso entrar mãe? A Dalva disse que você queria falar
comigo.
HELENA – Meu filho, nós sempre fomos aliados, você sabe disso. Por
isso, quero que você me responda com toda a sinceridade.
Você tem alguma coisa haver com a morte do Alberto?
CORTA PARA:
CORTA PARA:
SOLANGE – Boa tarde meu filho. Achei que você fosse voltar tarde.
Cadê a Stephanie?
SOLANGE – Que trabalho misterioso é esse que você tem hein meu filho,
pra conseguir tanto dinheiro assim?
SOLANGE – Se pelo menos esse seu dinheiro ajudasse nas contas daqui
de casa, seria muito gratificante!
ANDRÉ – Pra que? O seu filho preferido não é o Maurício? Não é ele
que se disponibiliza a ajudar em tudo?
SOLANGE – O seu irmão é bom André, ele faz isso porque ele gosta de
ajudar! Ninguém te impede de nada aqui, você é que é
ignorante com todo mundo.
ANDRÉ – Ok, ok, eu vou sair. Mas que eu ainda descubro esse
segredo, ah eu descubro!
CORTA PARA:
RENATO – Mamãe... eu não acredito que você possa pensar uma coisa
dessas de mim, sinceramente.
HELENA – Renato, eu sou macaca velha meu querido, sei muito bem
que você pode ter sido o autor desse assassinato. Você tinha
tudo pra cometer esse crime. O ódio pelo Alberto é um
indício.
RENATO – Tudo que o Alberto fez pra mim a vida toda foi horrível sim
mamãe, mas eu jamais seria capaz de assassinar alguém.
HELENA – Então se não foi você, quem foi? Não existe nenhum
assassino por enquanto Renato, a polícia está mais perdida
que cego em tiroteio.
RENATO – (VINGATIVO) Você sim que pode ter acabado com vida
daquele pobre coitado infeliz.
RENATO – Claro dona Helena! Matou o Alberto pra ficar com a grana
dele.
RENATO – Talvez você não tenha dado o tiro, mas tenha mandado
alguém cometer o serviço sujo!
HELENA – Nós temos que tomar muito cuidado meu filho, agora nessa
disputa pela herança. Quem matou o Alberto deve ter um
motivo forte e não vai desistir tão fácil.
RENATO – Você tem medo que ele possa matar mais pessoas?
CORTA PARA:
CORTA PARA:
MIMI – (CONT.) Por isso eu queria MUITO pedir que você não
coloque foto nenhuma da minha mãe na capa da revista de
amanhã. Seria muito vergonhoso para a minha família.
CÁSSIO – Falem bem, falem mal, falem de mim! Diga isso pra sua
mãe, ela vai gostar.
CORTA PARA:
CORTA PARA:
CORTA PARA:
CORTA PARA:
PERTO DELA, MESMO SEM VER SEU ROSTO, POIS O CABELO PRETO ESTÁ O
OCULTANDO.
MAURÍCIO – Moça, o que tu tá fazendo aqui? Olha essa chuva, vai pegar
uma gripe!
A MOÇA NÃO RESPONDE NADA E ERGUE SEU ROSTO PRA ELE: É UMA PESSOA
IDENTICA À PALOMA, COM CABELOS PRETOS E OLHOS AZUIS. MAURÍCIO E
ELA FICAM SE OLHANDO ENQUANTO A CHUVA AUMENTA. A IMAGEM
CONGELA E FORMA AS FACES DE UM CUBO MÁGICO. UMA MÃO “PEGA” O
CUBO DA TELA E COMEÇA A ORGANIZAR OS LADOS.
CORTA.
(FINAL DO CAPÍTULO)