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22 de Novembro: Santa Cecília, Virgem e Mártir

História[1]

É uma das Mártires mais célebres e venerada da Igreja de Roma. O seu corpo,
encontrado perto da sepultura dos Papas, numa cripta do Cemitério de Calisto,
foi trasladado no século XI para a basílica titular de Santa Cecília no
Transtever. Quando em 1559 reconheceram solenemente as relíquias, toda a
Roma desfilou comovidamente diante da Santa, ainda revestida das brilhantes
vestes patrícias. Sabemos da sua história pelas Atas do seu martírio.
Consagrada ao Senhor pelo voto de castidade e prometida ao mesmo tempo
em casamento a um jovem patrício pagão, chamado Valeriano, Cecília advertiu
o marido na noite das núpcias de que pertencia totalmente a Deus e de que
um Anjo velava por ela. À declaração de Valeriano de que acreditaria se visse o
Anjo, Cecília mandou-o encontrar-se com o Papa Urbano que se escondia nas
catacumbas. Deste encontro resultou a conversão de Valeriano, que recebeu o
Batismo e viu depois o Anjo de Cecília. Tibúrcio, irmão de Valeriano, quis
igualmente receber o Batismo. Pouco tempo depois sofriam os dois irmãos o
martírio, e Cecília era decapitada na sua própria casa. Os pormenores desta
narração não oferecem infelizmente aquela garantia de autenticidade que era
para desejar, e é muito difícil precisar com exatidão os fatos. Querem uns que
fosse no tempo de Marco Aurélio (161-180); outros que no de Severo (222-
235). O certo é que a Santa foi martirizada e o seu culto data já do século III.

Oração: Ó Deus, que nos alegrais com a solenidade anual da bem-aventurada


Cecília, Vossa Virgem e Mártir, fazei que, venerando-a com as nossas
homenagens, imitemos o exemplo da sua santa vida. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo.

Padroeira da Música Sacra[2]

Santa Cecília pertencia à nobreza de Roma. Desde menina foi cristã e trazia em
seu peito escondido as doutrinas do Evangelho de Jesus Cristo e não cessava
de dia nem de noite de orar e de se conservar unida com Deus,
encomendando-lhe sua virgindade. Foi desposada com um moço nobre
chamado Valeriano. Vindo o dia do Casamento e soando os órgãos e outros
instrumentos músicos, rezava ela em seu coração: “Seja, Senhor, o meu
coração e o meu corpo sem mácula”. Com a promessa de lhe mostrar
visivelmente o anjo da guarda, conseguiu Cecília que Valeriano fizesse a sua
vontade conservando-lhe a virgindade e deixando-se batizar. Valeriano não só
viu o anjo, mas mereceu igualmente a palma do martírio.

Santa Cecília foi proclamada padroeira da Música Sacra, porque já em vida


aproveitou-se desta arte sublime somente para elevar a mente a Deus.

Aprendamos a usar da música e de todas as belas artes, não para afastar, mas
para aproximar-nos de Deus.

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[1] Dom Gaspar Lefebvre. Missal Quotidiano e Vesperal. Hino, IIª Vésperas 2 de outubro.
Bélgica: Abadia de Santo André, 1955, p.1738-1739.
[2] Manual da Paróquia. Petrópolis: Vozes, 1950, p. 570-571.

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