Você está na página 1de 8

Nome do autor: Ilse Losa

Título: O Mundo em que Vivi

Espaço:
Alemanha

Tempo:
Finais da 1ª Guerra Mundial

Género Literário:
Romance

Data da Publicação:
1949

Tema:
O romance com características narrativas, baseia-se no confronto entre o olhar de uma
criança e a imagem de um mundo dividido, por motivos raciais (judeus).

Critica:
O livro “O Mundo em que vivi” retrata a época da ascensão de Hitler ao poder e da
sua perseguição aos judeus, sendo que a história é baseada na vida de Ilse Losa, que
teve, tal como Rose, de abandonar o seu país por ser judia.
Conclusão:
A religião das pessoas vai influenciar as suas vidas, as suas crenças, os seus valores, e a
sua forma de estar perante o Mundo que as rodeia.

Concluindo então, que neste caso do livro o facto de serem judeus vai prejudicar ,
“Rose” que foi forçada a abandonar o seu país para que não fosse encontrada.

Biografia
Nascida a 20 de Março de 1913, na Alemanha, e falecida a 6 de Janeiro de 2006.

Frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim e depois um instituto comercial em


Hannover.

Devido ao facto de ser judia foi ameaçada pela Gestapo de ser enviada para um
campo de concentração, tendo que abandonar o seu país natal em 1930.

Principais Obras:
1949 – O Mundo em que Vivi;

1950 – Histórias Quase Esquecidas;

1952 – O Rio sem Ponte;

1955 – Aqui Havia uma Casa;

1962 – Sob Céus Estranhos;

1964 – Encontro no Outono;

1979 – O Barco Afundado;

1984 – Estas Searas;

1991 – Caminhos sem Destino.


Premios:
Em 1982 recebeu o Prémio Gulbenkian de texto: “As Cerejas”;

Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, premiando o conjunto da sua obra


para crianças e jovens;

Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de


Escritores pelo texto; “A Flor do Tempo”.

Outros Acontecimentos Revelantes:

Em 1990 são lançados na Alemanha os seus romances: “O Mundo em que Vivi” e


“Sob céus Estranhos”;

Em 1992 é lançado na Alemanha um dos seus livros de contos: “Caminhos sem


destino;
Rose , uma menina frágil

De cabelos loiros

Com uma forte adoração pelo Markus

Seu avô

Uma criança diferente das outras

Porquê?

Judia

Judia, que é isso?

Uma raça perseguida na 2ª guerra Mundial

Para Rose quando criança

Via o mundo sem perigos ou dificuldades

Até ao dia que teve de fugir

Tinha apenas 5 dias para deixar o seu país

Para não morrer ou ser presa

Tudo isto por ter raça diferente

Judia
Resumo sintético:

Rose é narradora autodiegética de “O Mundo em que Vivi”, texto


publicado em 1949. A evocação autobiográfica de Rose remonta há
primeira infância, numa aldeia conturbada da Alemanha, pelos finais da
Primeira Guerra Mundial, e desenvolve-se até ao segundo conflito
mundial, descrevendo alguns dos momentos mais críticos desses anos
difíceis, desde a crise económica e social até à ascensão do nazismo.

A memória da infância dessa menina frágil, de cabelo loiro, de feições


infantilmente lisas é marcada pelo amor e admiração que tinha pelo avô
“Markus”, mas também por questões sem resposta como os motivos
que levam os adultos a envolverem-se em guerras.

O crescimento de Rose, é marcado pela impressão de que era uma


criança diferente das outras por ser judia, mas como tantas outras na
sua maneira de ser, na perspectiva que tinha acerca do Mundo que a
rodeava, apenas o que a diferenciava era mesmo ser judia. Rose, sendo
então uma criança como tantas outras, caracterizava-se pela sua
curiosidade, imaginação, ingenuidade e sensibilidade. As crianças
vêem o Mundo de uma forma muito particular, sem pensar em perigos
ou dificuldades, por isso a perspectiva que têm é ingénua. A
curiosidade de Rose revela-se pelo desconhecimento que tem do
mundo em geral e da guerra em particular. Além disso, é muito curiosa,
querendo conhecer os membros da família que vê nos álbuns, tentando
também perceber por que razão não usa meias como as dos colegas ou
qual o problema de ser judia, entre outros aspectos.

A sensibilidade de Rose está intimamente ligada aos seus avós, tendo


dois irmãos, que não viviam com ela mas com os seus pais (“Bruno” e
“Rudi”). A relação que estabelece com eles é diferente. Para ela, o avô
é uma figura terna, paterna, que lhe dá força e ânimo, que lhe dá
mimos, que lhe faz surpresas, ou seja, o avô é o adulto que mais
importância tem na sua vida. Verifica-se que tem uma dependência
afectiva do seu avô. O avô para Rose representa conforto. Por outro
lado, Rose associa a avó “Ester” à figura de autoridade pois ela é
bastante rigorosa, é ela que castiga e que repreende, sendo por essa
razão que Rose age com timidez muitas das vezes que fala sobre algo
ou em algumas circunstâncias em que se relaciona com a avó.

Todavia, a sua vida é marcada pela diferença. Rose não vive com os
pais, a família é afectada pela guerra e, acima de tudo, pelo facto de ser
judia. A religião desempenha um papel fundamental na sua vida devido
às regras e princípios que ela e os avós têm de seguir. Congregam-se
numa igreja diferente (sinagoga), o dia do culto religioso é o sábado
(sabat) e há vários rituais que têm de cumprir.

Rose vivia numa aldeia bastante pequena, tão pequena que nem sequer
estava assinalada no mapa. Comparando-a com Nova Iorque onde os
seus tios viviam (tia “Jertrud” e tio “Josef”), era como uma mosca em
relação com um elefante: era insignificante. Tinha apenas três ruas
principais.

O espaço atrás da casa continha pereiras, macieiras e entre elas um


poço onde vivia a ninfa “Raquel” amaldiçoada por “Stefanie Kahn”.
Ao lado do poço havia um lavadouro onde a avó de Rose lavava a
roupa às quartas-feiras, e por detrás do lavadouro, havia um salgueiro
com os ramos pendentes sobre o ribeiro, sendo aí o lugar preferido de
Rose.

Rose imaginava Kaiser, num castelo azul, numa sala azul, com mobília
azul, no seu trono azul segurando um ramo de miosótis e, por isso, ela
não conseguia associa-lo a guerras. Mas pouco tempo depois, passou a
vê-lo como um fugitivo, no seu cavalo preto, galopando por florestas
negras, sendo extremamente fácil de o associar a prantos e matanças,
devido à sua face torcida e desfigurada.

Rose via as guerras como jogos para onde os soldados eram obrigados
a ir, onde se podia matar sem se ser castigado. Mais tarde, ainda
reforçou mais a ideia que já tinha anteriormente, associando as guerras
a um jogo por se poder ganhar ou perder.

O pai de Rose estava doente, conseguindo a doença do pai “Leo”


quebrar a dificuldade de comunicação, a tristeza dominava-a por
completo. Havia falta de amor entre Rose e os seus pais (pai “Leo” e
mãe “Selma”), tendo em conta que passou a maioria da sua infância
com os seus avós, estando muito ligada a eles. Não tinha muita
intimidade com o pai embora ele lhe “comprasse o carinho”: o pai de
Rose comprava presentes para os seus filhos para compensar o tempo
perdido no seu trabalho.

Mais tarde, após a morte dos avós, do pai e de outros familiares e


amigos, desfeito o sonho de poder tirar um curso, tendo em conta que
as suas qualidades financeiras não o permitiam, Rose vai trabalhar para
Berlim, onde consegue uma colocação modesta numa companhia de
seguros, mantendo viva a lembrança daquele que foi o seu primeiro
amor, “Paul”. Aceitou esse emprego para ter uma vida melhor e para a
sua mãe não ter que trabalhar tanto, ajudando-a assim, a sustentar a
família. É então que, ao ver-se procurada por dois polícias da
G.E.S.T.A.P.O. com o objectivo de a questionarem acerca do seu chefe
de trabalho, abandona assim o seu país rumo a um longo exílio da terra
natal e um tempo de felicidade ensombrada, com medo de matarem ou
de prenderem, devido ao facto de ser judia.

Rose uma criança meiga


Com olhos azuis e de cabelo louro

Mas a sua religião, judia

Mas para ela isto não passava de jogos

Fez com que ela tivesse de fugir

Fugir porquê?

Onde a perseguição aos judeus

Foi uma constante

Até um dia

Que teve apenas 5 dias para abandonar

O país que a viu nascer

Você também pode gostar