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CORREÇÃO

DO 1.º TESTE DE PORTUGUÊS 2017



VERSÃO B


GRUPO I - COMPREENSÃO DE TEXTO


1. 1.g; 2.c; 3.f; 4.e

2. “Isso” refere-se à relação dos portugueses com o mar.

3.1. C
3.2. B
3.3. A
3.4. A
3.5. A

4.
a. F – os irmãos de Sõren é que morreram num naufrágio
b. V
c. F – Hans abandonou o Angus, que não pertencia a Hoyle
d. F – Hoyle acolheu Hans
e. V
f. V
g. V
h. F – Hans morreu velho, de uma doença não diagnosticada

Mãe Pai Tios de Hans
5.
Maria Sõren Niels Gustav
Pai adotivo
Hoyle

Irmã Mulher

Cristina HANS Ana


Filhos Sõren filho filho filho filha filha
filho


Neta

Joana

6. a. Hoyle b. perdão/desculpa c. fuga d. carta e. aceitaria f. Porto
g. Vig h. capitão /comandante i. perdoado

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7. As primeiras viagens que Hans faz como capitão dos barcos de Hoyle são as mais felizes da
sua vida porque são viagens de aventura rumo a novas paragens, a locais desconhecidos. Agora
que já é um homem de negócios estabelecido em terra, as viagens passam a ser para estudar os
mercados, fazer contratos e abrir sucursais.

8. Esse acontecimento foi a doença de Hoyle que o obriga a tomar conta dos negócios do inglês.

9. Após a morte de Hoyle, Hans faz várias coisas que são próprias de alguém estabelecido em
terra: casa-se, tem filhos, torna-se um burguês com negócios prósperos. Porém, o texto dá a
entender que, após saber que não regressará a Vig, aquilo que o vai fixar de vez naquela terra é
a compra de uma grande casa no Porto e a realização de grandes obras nessa casa: “Passados
alguns meses comprou uma quinta...”.

10. Esta frase mostra que Hans, depois de fugir de Vig para realizar o seu sonho de ser
marinheiro, acaba mais tarde por ter de se fixar em terra como homem de negócios. Assim, a
sua fuga não impediu que se sentisse frustrado, ainda mais porque nunca obteve o perdão do
pai e nunca mais pôde regressar a Vig com a aceitação da família que abandonara. 


11. Desde o início do conto, é visível o grande fascínio que Hans sente pelo mar, que o leva
inclusivamente a observá-lo nas condições mais adversas: durante uma tempestade. A sua fuga
de Vig é apenas motivada pelo desejo de estar próximo do mar. Após ficar sozinho na cidade do
Porto, Hans vive, graças a Hoyle, os seus momentos mais felizes em contacto com o mar,
realizando inúmeras viagens pelo mundo. Mais tarde, quando é obrigado a fixar-se em terra e
ser um homem de negócios, o apelo do mar continua, como se pode observar neste excerto do
texto. Assim, ele fica frequentemente a observar o mar muito pensativo, recordando com
muita saudade a azáfama do cais e o regresso dos marinheiros cheios de histórias para contar,
histórias sobre o mar.

12.
12.1 personificação (do destino)
12.2 metáfora
12.3 comparação (pela negativa)
12.4 adjetivação

GRUPO II - GRAMÁTICA
1.
NOME ADJETIVO
comum
comum comum não
próprio coletivo qualificativo relacional
contável contável
contável
ampla
varanda poente
Vig roseirais roucas marítimos
cais sal
frias
VERBO LOCUÇÃO ADVERBIAL

intransitivo transitivo direto transitivo indireto valor de tempo valor de lugar

estremecia
invadiam avançavam de súbito Em frente
desembarcavam

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2.
2.1. Tendo possuído barcos no passado, o pai de Hans vendeu-os devido à morte dos irmãos.
2.2. Depois disso, eles mudam-se para o interior da ilha.

2.3. Hans vivia, no entanto, com o sonho de se tornar marinheiro.

2.4. Assim que tiver oportunidade ele fugirá no Angus.
2.5. Não fugiria se o pai não contrariasse o seu desejo.

3.
Presente do indicativo mudam-se
Pretérito imperfeito do indicativo vivia
Pretérito imperfeito do conjuntivo contrariasse
Pretérito perfeito simples do indicativo vendeu-os
Futuro simples do indicativo fugirá
Futuro simples do conjuntivo tiver
Condicional simples fugiria
Gerúndio composto Tendo possuído



GRUPO III – ESCRITA

TEMA A
Sören, pai de Hans era dono de barcos e o mar fazia parte da sua vida. Porém, o
naufrágio de um barco seu, no qual morrem os seus irmãos, levam-no a afastar-se e a
revoltar-se contra este mar maldito. Compra então terras no interior da ilha e muda-se,
exigindo, inclusivamente, que o seu filho, Hans, não tenha uma vida ligada ao mar.
Hans, no entanto, é fascinado pelo mar. Sente com este espaço uma intensa comunhão
e procura-o a todo o momento, inclusivamente em dias de tempestade. Compreendendo a
impossibilidade de concretizar o seu sonho de se tornar marinheiro junto do pai, faz o
movimento inverso: afasta-se da família e embarca no “Angus”.
Já no Porto, e graças a Hoyle, concretiza o seu sonho de se tornar capitão de um navio.
Vive os seus momentos mais felizes a bordo, em viagens aventurosas por esse mundo fora.
Chega, no entanto, o momento de também ele deixar o mar. Não por estar revoltado ou
traumatizado com o mar, como o pai, mas pelas circunstâncias da vida, obrigações para com
Hoyle que está doente e lhe pede que fique com ele. Mais tarde, herdeiro de todos os bens do
inglês, Hans deixa de vez as viagens das sua juventude.
Embora ambos acabem por se afastar do mar, Sören corta definitivamente com esse
espaço, recusa-o e ignora-o, enquanto Hans fica sempre perto dele, observando-o da alta torre
que constrói para esse fim e nunca deixando de sentir saudade.










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TEMA B

Goa, 10 de agosto de 1845
Queridos pais e irmã,
Encontro-me neste momento a navegar no oceano Índico, já não muito longe
de terra. Escrevo-vos mais uma vez para vos dizer que não se passa um dia sem
que pense em vocês com saudade... Continuo arrependido de ter saído da vossa
vida de modo tão irrefletido, mas não via outra maneira de concretizar o meu
sonho. Não consigo viver sem este cheiro a mar a entrar constantemente pelas
minhas narinas, não seria feliz se tivesse outra vida...
Ontem desembarcámos numa praia para nos abastecermos de água potável
e obtermos alguns alimentos frescos. A paisagem era magnífica e o azul das
águas transparentes fez-me lembrar da cor dos olhos da mãe. Apanhei uns lindos
búzios que espero um dia levar-vos...
As noites mornas, o silêncio e o luar brilhante refletido no mar tão
tranquilo, fazem-me pensar ainda mais em vocês.
Na semana passada, em Mumbai, tive oportunidade de provar a comida indiana!
Gostava que também conhecessem o calor destes temperos, sentissem estes
aromas...
Tirando as saudades vossas, tudo na minha vida se tem encaixado de forma
perfeita. Hoyle continua a ser como um pai para mim e anda agora a insistir para
que me case, constitua família. Acho que ele sente pena por nunca ter tido uma.
Chego à conclusão de que todas as vidas têm algo de incompleto, de desejo
não cumprido... O meu desejo era poder regressar a Vig com a vossa plena
aceitação... Será isso ainda possível? Tenho esperanças de que sim...

Um abraço saudoso deste filho e irmão




Hans

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