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Interpretação - A Aia de Eça de Queirós – páginas 82 a 89

1.

Parte do texto Linhas Síntese do assunto


Situação inicial 1a9 Apresentação do rei e do seu
reino. Partida do rei para a
guerra, deixando sozinhos a
rainha, o filho e o reino.
Desenvolvimento 10 a 147 Comportamento das
personagens aquando da
morte do rei: a aia troca as
crianças quando pressente o
ataque ao palácio pelo
ambicioso e malvado tio e a
sua horda; morte do tio e do
escravozinho; reacção das
personagens à morte do
suposto principezinho.
Desenlace 148 a 152 Por amor ao filho, a aia
suicida-se.

2. Não existe referência a datas ou locais que permitam localizar a ação no tempo, mas no
entanto existem expressões textuais como “Era uma vez”, “A lua cheia” “noite de verão”,
“antes de adormecer”, “um dia” “na sua longa infância” que nos permitem ter uma ideia
temporal e espacial. Sabemos também que a ação decorre na Idade Média, uma vez que se
verifica a existência de reis, príncipes, aias e batalhas entre reinos, por exemplo. Quanto ao
espaço a ação está localizada em um reino grande e rico "abundante em cidades e searas”.

3.1- O rei parte para terras distantes para combater.

3.2 – A Lua pode ser considerada um símbolo do destino do rei pois quando ele inicia a sua
marcha a Lua está cheia, porém quando é anunciada a sua morte e uma derrota das suas
tropas a Lua começa a minguar.

3.3.1- O minguar da Lua, o aparecimento de um cavaleiro, “as armas rotas, o negro do sangue
seco e do pó dos caminhos” anunciavam a derrota da batalha e consequente morte do rei.

3.3.2- Após a morte do rei, a sua família ficou desamparada e ainda com a missão de
assegurar/ defender a sucessão do novo rei.

3.3.3- Os advérbios “magnificamente”, “desoladamente”, “ansiosamente” conferem valor


expressivo à comoção da rainha perante à morte do rei.

3.3.4- Suscita mais lágrimas na rainha o facto de o rei ter deixado um filho e o herdeiro ao
trono para criar no meio de tantos inimigos .

4.1- O diminutivo é utilizado para caracterizar o príncipe que ainda era um bébé , “ ainda vivia
no seu berço ”(linha 3).
5.1 – 1: a, c, e, g // 2: b, d ,f, h,i, j

5.1.1 - Não, as personagens têm um perfil psicológico oposto. Por um lado, o rei é valente,
alegre, rico, poderoso, sonhador, ambicioso. Já por outro lado temos o perfil psicológico do tio
do príncipe que é caracterizado como mau, terrível, cruel, ambicioso e selvagem.

6.1- Tanto o príncipe como o escravozinho nasceram na mesma noite de verão, dormiam ao
lado um do outro no mesmo quarto e eram criados pelo mesmo seio, isto é, pela aia e ambos
tinham os olhos reluzentes. O príncipe tinha cabelo louro e fino e dormia num berço de
marfim ao contrário do escravo, filho de aia, que tinha cabelo negro e crespo e dormia num
berço de verga.

7- A aia ficou desolada com a notícia da morte do rei no entanto, a sua crença religiosa de
certa forma a consolava.

7.1 e 7.1.1 – A aia acredita, tal como os seus senhores, numa outra vida para além da morte,
“que a vida da Terra se continua no Céu”, com as mesmas hierarquias, relações e atividades.
Ela acredita que após a sua morte encontrará não só o seu amo, mas também o seu filho
sacrificado que será de novo “feliz na sua servidão”.

7.2.1- A aia preocupa-se com o destino do principezinho, e são utilizados recursos expressivos
como a hipérbole (“face mais escura que a noite”) e o diminutivo (“principezinho”) para
acentuar esse cuidado.

7.3- Quanto ao relevo a aia é a personagem principal, já relativamente à composição, é uma


personagem redonda uma vez que o seu comportamento se altera ao longo da narrativa.

8.1- B/G/D/A/F/C/E

8.1.1- O processo de organização é encadeamento visto que as sequências seguem-se


cronologicamente.

9.1- As expressões que transmitem a “voz” da multidão são: “ Quem o salvara?”, “ Quem?”
“Serva sublimemente leal”.

10.1- A mãe ditosa refere-se à rainha pois teve sorte por ter o seu filho vivo já a mãe dolorosa
refere-se a aia uma vez que para conservar a vida do príncipe, mandara à morte o seu filho.

10.2- O facto de as personagens não terem nome próprio e de serem designadas apenas pela
sua condição social ("o rei", "a rainha", "a aia", "o príncipe", "o escravozinho", "o bastardo",
"um velho de casta nobre "), e pelas suas características psicológicas (" homem de rapina ","
mãe ditosa "," mãe dolorosa ") confere exemplaridade e universalidade à ação narrada.

11.1- “E de entre aquela multidão(…)veio uma nova ardente aclamação com súplicas de que
fosse recompensada, magnificamente, a serva admirável que salvara o rei e o reino.”

12.1- No meio de tantas riquezas que aia poderia escolher como recompensa pelo seu ato,
decidiu escolher o punhal cravejado de esmeraldas.

12.2- O “ suspense” é produzido em “Agarrara o punhal”(linha 148).


13- É uma narrativa fechada, uma vez que o seu desfecho não permite desenvolvimento/
continuação.

Página 88

1.1 O conto tem este título pois aia é a personagem principal, e o artigo definido é utilizado
para reforçar a sua importância e a sua singularidade.
1.2 Os artigos indefinidos são usados para determinar substantivos de modo vago e impreciso
como por exemplo em “ Era uma vez” ,conferindo assim um cunho de exemplaridade e
intemporalidade à história narrada.

2 e 2.1 – 1.metáfora

2.comparação, uma vez que os olhos do principezinho e do escravozinho são


comparados a pedras preciosas

3. hipérbole

4- antítese, pois são expressas duas ideias contrárias relativamente aos cabelos

5- hipálage

6.eufemismo,, é transmitida de forma suavizada a morte do rei

7- hipérbole, é intensificada/ exagerada a ideia relativa à face do tio cruel

8- enumeração

9- enumeração, são enumeradas as riquezas acumuladas do reino ao longo de vinte


séculos

3. Na seguinte frase está presente uma comparação.

4.1- 1. c 2. b 3. d 4. A

1. 1- e 2-d 3-g 4-a


2. A) “ A Lua cheia que vira marchar o rei “
B) “ atirou o principezinho para o pobre berço de verga”
C) “deito o escravozinho no berço real”

D)” o sonho iluminava toda a face”

E)” a aia foi assim conduzida para a câmara dos tesouros”

3. a) b) c)advérbio de predicado de modo

3.1, a) e c) grau normal


B) grau superlativo relativo de superioridade

3.1.1

4. a d e

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