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GENERALIDADES
Classificação de Métodos
Topografia I 1 / 11
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja – Engenharia Topográfica
Etapas de um Levantamento
Planeamento
R Estabelecimento de especificações de precisão e controle;
R Análise sobre documentos cartográficos preexistentes;
R Visita preliminar de inspecção;
R Selecção de métodos e instrumentos;
R Selecção dos métodos de cálculo (compensações);
R Selecção da forma de representação e apresentação.
Execução
R Implantação dos pontos necessários;
R Medições de campo com registo das observações;
R Poderá, eventualmente, haver adaptações do projecto, em função de
particularidades não detectados na fase de planeamento.
Cálculos/Conclusões/Relatórios
R Execução final dos cálculos e preparação dos dados para desenho;
R Redacção de relatório descrevendo todos os passos seguidos no
projecto, bem como resultados obtidos.
Erros Sistemáticos
São erros que ocorrem devido a condições conhecidas e que podem ser
evitados através de técnicas especiais ou formulação matemática
adequada.
O erro sistemático é aquele que apresenta a mesma intensidade e tendência e que,
portanto, se acumula a cada medida que é realizada.
Exemplo:
Uma régua em que o primeiro centímetro tem, na realidade, 1.1 cm.
Qualquer medição que for feita estará eivada deste erro.
Erros Acidentais
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Erros Grosseiros
Erros devidos à desatenção do observador (faz a leitura de 2º, por
exemplo, mas escreve no impresso 22º), ou erro na digitação de dados
(inversão de dígitos, por exemplo) podem causar distorção de uma medida
realizada. Os erros deste tipo são os chamados grosseiros (blunders).
Muitas vezes são facilmente identificáveis, devido ao valor completamente
disparatado, todavia em alguns casos, podem representar uma ameaça ao
trabalho realizado. Caso seja de pequena dimensão e, portanto não
perceptível à primeira vista, pode ser necessário um trabalho estatístico
para decidir da não inclusão duma certa medida eivada deste tipo de erro.
IRRADIAÇÃO
A
Figura 1 – Exemplo de irradiação
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α1
α2
α3
A definição dos pontos desejados será feita a partir da observação de ângulos entre
uma direcção origem e a direcção que intercepta o ponto a ser levantado, bem como a
distância ao mesmo. As medidas são SEMPRE a partir do ponto base da irradiação
(figuras 1 e 2).
α1 α2
N
α3
(P0P1) P1
P0
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Intersecção Directa
A partir de dois pontos de coordenadas conhecidas, ou seja, a partir de
uma base (distância) conhecida, são executadas medições angulares de
forma a determinar as coordenadas de um ponto (figura 4).
α1 α2
A B
Figura 4 – Exemplo de intersecção directa
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Onde:
§ A e B são pontos de coordenadas conhecidas
§ P ponto a determinar
§ α1 e α2 ângulos observados
Intersecção Lateral
É um método de levantamento idêntico à intersecção directa, todavia, um
dos pontos de coordenadas conhecidas não pode ser ocupado (figura 5).
P
As observações são feitas a partir dum
dos pontos de coordenadas conhecidas α1
e do ponto a ser determinado. Note-se
que na intersecção são medidos apenas
α2
ângulos.
A B
Figura 5 – Exemplo de intersecção lateral
A B
P’
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Cálculo de P
Será apresentada a seguir uma formulação para o cálculo de P. Não
considerando relevante o desenvolvimento matemático completo, será
apresentada apenas a expressão final das coordenadas de P.
P ( PB − PA ) + M A cot gα + M B cot gβ
MP =
cot gα + cot gβ
( M A − M B ) + PA cot gα + PB cot gβ
PP =
β α cot gα + cot gβ
A B
Figura 7 – Figura auxiliar para cálculo
C
A B
Figura 8 – Controle de uma intersecção
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Condições favoráveis
É latente (analisando as fórmulas) que em função das figuras da
triangulação, diferente será a subsequente propagação de erros. As
representações que permitem um ajustamento mais simples são as
seguintes:
§ Triângulo rectângulo em P;
§ O ângulo do vértice P (γ) próximo de 90º e α e β maiores que 30º;
§ Triângulos equiláteros;
§ γ, α e β maiores que 30º, sendo γ o maior;
§ Lados maiores que 300 metros.
Intersecção Inversa
M B
A
α β
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A B
Solução
indeterminada
β
α
Figura 10 – AMP e BMP
pertencentes ao mesmo círculo
P P
P
É importante ressaltar que na intersecção inversa, apesar de existirem três pontos de
coordenadas conhecidas, não há controle de medição.
À primeira vista é melhor fazer uma dupla intersecção do que uma intersecção inversa,
porém deve-se ressaltar que o tempo necessário para realizar uma dupla intersecção
seria bastante superior. Note que neste processo há vários deslocamentos a realizar
enquanto que naquele ocupamos, somente, um ponto.
Por outro lado, é extremamente difícil encontrar três pontos de coordenadas
conhecidas bons para executar as medidas. Portanto mais complicado será encontrar o
quarto ponto para se fazer o controle.
Aspectos Comparativos
Intersecção Intersecção
Irradiação
Directa Inversa
Origem
Informações 2 Pontos 3 Pontos
Direcção
1 distância
Observações 2 ângulos 2 Ângulos
1 ângulo
Ponto Estação 1 2 1
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POLIGONAL
Az
α2
1
α1 d3
d1 d2 α3
2
Figura 9 – Exemplo de poligonal
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3
Az α2
α1 1
d3
d1 d2 α3
2
Poligonal Aberta Poligonal Fechada
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