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prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos negócios jurídicos


;.
divisão do contencioso geral

exmo. sr. dr. juiz de direito da terceira vara cível da comarca de sorocaba/sp.
p.a. no

processo n° 986/04

secretÁrio municipal de finan.Ças,.-fernando mitsuo


furukawa, brasileiro, portador do rg 4.120.807 -e cie: 282.947.508-91, com
endereço comercial na avenida engo. carlos reina ido mendes no 3.041, palácio
dos tropeiros, alto da boa vista, soroca
ba/sp; vem respeitosamente à presença de vossa excelência, pelo.s autos.
do mandado de seguranÇa impetrado por giancarlo parini me, em atenção ao
disposto no artigo 7°, inciso l, da lei no 1.533/51, prestar as devidas informações,
consubstanciadas nas razões de fato e direito que a. seguir passa a expor:

i - das disposições iniciais:


a impetrante ingressou com a presente ação mandamental
objetivando a obtenção de ordem judicial para suspender os efeitos do auto de
infração no 2.127 e a ameaça de interdição do estabeleci
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mento comercial e, ainda, garantia de funcionamento com utilização de música


ao vivo ou mecanizada, em face da impossibilidade de ap~icaç-ão da lei
municipal no 4.913/95.

ii - do mérito:
da decadência
inicialmente, há de se consignar a decadência do direito à
impetração do mandamus, eis que os pedidos formulados. são- decor:rentes da
javratura do auto de infração no 2.127, tendo sido notificada a impetrante em 22
de novembro de 2003 (fls. 16).

em sendo assim, o direito a impetração do mandamus


teve seu termo a quo em 23 de novembro de 2003, expirando..................se...em
23 de março de 2004. isto porque, determina o artigo 18" da let nacional no
1.533/51, que "o direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á
decorridos cento e vinte dias contados da ciência, pelo interessado, do ato
impugnado."

assim, considerando que a impetração deste mandamus


ocorreu em 06 de abril de 2004, é incontestável a ocorrência.da decadên...
cia do direito de requerer mandado de segurança.

há de se ressaltar, por oportuno, que a carta da república de


1988 não derrogou a norma do artigo 18 da lei nac~ooa-i. n-0 1.533/51. esse
preceito, que delimita o âmbito temporal de impetração do mandado de
segurança, não ostenta qualquer eiva de
inconstitucionalidade. foi por essa razão que o supremo tribunal federal
reconheceu que essa norma legal foi recebida pela vigente constituição da
república (rtj 142/161 - rtj 156/506): "não ofende a constituição a norma
legal que estipula prazo para a impetração do mandado de
segurança. a circunstância de a constituição da república nada dispor sobre a
fixação de prazo para efeito de ajuizamento da ação mandamental não inibe o
legislador de definir um lapso de. ordem temporal em cujo âmbito o writ deve
ser oportunamente impetrado. " (rtj 145/186, rei. min. celso de mello). e no
mesmo sentido: stf-rt 712/307 e stf-rt 691/227).

isto posto, requer-se a extinção do feito com julga


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.,
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mento comercial e, ainda, garantia de funcionamento com utilização de música


ao vivo ou mecanizada, em face da impossibilidade de apücação da lei municipal
no 4.913/95.

ii - do mérito:
da decadência
inicialmente, há de se consignar a decadência do direito à
impetração do mandamus, eis que os pedidos formulados.. são- deco.t=rentes da
lavratura do auto de infração no 2.127, tendo sido notificada a impetrante em 22
de novembro de 2003 (fls. 16).

em sendo assim, o direito a impetração do mandamus


teve seu termo a quo em 23 de novembro de 2003, expirando...................se..em
23 de março de 2004. isto porque, determina o artigo 18 der ler nado;;. nal no
1.533/51, que "o direito de requerer mandado de segurança extinguir-se-á
decorridos cento e vinte dias contados da ciência, pelo interessado, do ato
impugnado."

assim, considerando que a impetração deste mandamus


ocorreu em 06 de abril de 2004, é incontestável a ocorrência da decadên..,-
cia do direito de requerer mandado de segurança.

há de se ressaltar, por oportuno, que a carta da república de


1988 não derrogou a norma do artigo 18 da lei naciooal-n-° 1.533/51. esse
preceito, que delimita o âmbito temporal de impe1ração do mandado de
segurança, não ostenta qualquer" eiva de
inconstitucionalidade. foi por essa razão que o supremo tribunal federal
reconheceu que essa norma legal foi recebida pela vigente constituição da
república (rtj 142/161 - rtj 156/506): "não ofende a constituição a norma legal que
estipula prazo para a impetração do mandado de
segurança. a circunstância de a constituição da república nada dispor sobre a
fixação de prazo para efeito de ajuizamento da ação mandamental não inibe o
legislador de definir um lapso de. ordem. temporal em cujo âmbito o writ deve
ser oportunamente impetrado. " (rtj 145/186, rei. min. celso de mello). e no
mesmo sentido: stf-rt 712/307 e stf-rt 691/227).

isto posto, requer-se a extinção do feito com julga


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mento do mérito, em face da decadência do direito de ação, com fulcro no artigo


269, inciso iv, do cpc.

dos fatos
em 13 de outubro de 2003, a impetrante, giancarlo parini me,
pretendendo estabelecer-se na avenida dr. afonso vergueiro no 1.231, centro, no
ramo de atividade de bar com salão de festas./-pleiteou a municipalidade a
análise da viabilidade do local para -q-- exploração dessa atividade comercial1

considerando que o local pretendido localiza-se na zcp (artigo


10, da lei municipal no 5.609/98), com base na lei municipal no 1.541/68, a
municipalidade declarou como viável a instalação e exploração da referida
atividade comercial, no endereço apontado-.2

apresentada a documentação exigida por lei, a inscrição


municipal foi deferida sob no 130.590, em 06 de novembro de 2003, para
instalação e exploração da atividade comercial indicada pela impétrante, ou
seja, bar com salão de festas.3

que a fiscalização municipal constatou que a impetrante,


desvirtuando o ramo de atividade comercial declarada ao município, instalou no
local uma danceteria, com funcionamento após as -24-:-00
horas e com a utilização de som ao vivo ou mecânico. assim, em 08 de
novembro de 2003, através das notificações nos.: 4.341 e 4.404, notiflcou a
impetrante a providenciar, respectivamente, a inscrição municipal adequada para
o seu ramo de atividade e o certificado de uso para utilização de som.4

contudo, a impetrante quedou-se inerte com relação as


providências administrativas necessárias à exploração de sua atividade comercial
e, em 14 de novembro de 2003, a fiscalização constatou-que -a mesma
continuava explorando a atividade comercial de danceteria, após às 24:00
horas e com uso de som ao vivo em alto volume. s

1 fls. 02 do processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo. 2 fls. 06


do processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo. 3 fls. 07 do
-
processo administrativo no 18.680/03 cópia inteiro teor em anexo.
-
4 fls. 10/11 do processo administrativo no 18.680/03 cópia inteiro teor em anexo. 5 fls. 09
-
do processo administrativo no 18.680/03 cópia inteiro teor em anexo. 3
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em 19 de novembro de 2003, a impetrante foi notificada a


comparecer na seção de fiscalização de atividades, no prazo de 48 horas, para
tratar de assunto a respeito da atividade com e rcia.1 exer.cida (fls. 18 do
processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo). diante de
seu silêncio, em 22 de novembro de 2003, lavrou-se a notificação no 4.885 para
que a impetrante encerrasse suas atividades às
24:00 horas, nos termos da lei municipal no 6.802, de 08 de abril de2003, sob
pena de autuação, nos termos da lei municipal no 3.444/90, com redação dada
pelas leis municipais nos.: 4.985/98 e 5.793/98.6

ante ao descumprimento da notificação, e a persistência em


manter a atividade comercial após as 24:00 horas, com -a utuizaçoo. de som,
inclusive sem o certificado de uso, lavrou-se o aüto de infração no 2.127.7

após a autuação retro mencionada, e que deu causa ao pedido


deste writ, a impetrante pleiteou, na esfera adminlstrat~va-r autorização para
funcionamento no horário das 22:00 horas às 4:00- horas-'da manhã, as sextas-
feiras e aos sábados; bem como, alteração da 'viabili
dade de local para uso de som mecânico, apresentando para tanto- ~ça'" mento
de isolamento acústico para danceteria.8

o pedido de alteração de viabilidade do local foi indeferido


pela secretaria de edificações e urbanismo e serviços públicos co.m.. base no
seguinte parecer:
"inicialmente foi autorizado bar com salÃo de festas. o bar está
funcionando.
contudo ° salÃo de festas mascara uma 'danceteria'. com °
problema do som nossa fiscalização em sua- atuação constatou a
atividade de danceteria e ° estabelecimento foi autuado (fis. 20)
depois de devidamente notificado.
agora segue às fis. 24/30 viabilidade para bar com salÃo de festas
e uso de som, bem como horário especial e
prazo p/ adequações das instalações a lei do som.
smj o pedido deve ser indeferido por dois motivos:
1)- desvirtuamento de uso de salÃo de festas p/ danceteria.

fls. 20 do processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo. 7 fls. 21


-
6
do processo administrativo no 18.680/03 cópia inteiro teor em anexo.
s fls. 25/28 do processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo.
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2)- falta de adequações das instalações, que deverá ser precedido


de sua aprovação e certidão de vistoria de conclusão. depois das
instalações adequadas e seu pedido corrigido poderíamos expedir
a viabilidade.
É nosso parecer 'sub-censura'." 9

a impetrante foi notificada, notificação no 5.945, a encerrar


suas atividades face ao indeferimento do pedido de a~teração" da viabilidade do
local, sob pena de autuação, nos termos da lei municipàl no 3.444/90, com
redação dada pelas leis municipais nos.: 4.985/95 e 5.793/98. 10

do direito
É princípio constitucional o livre exercício de atividade
econômica, mas sempre delimitado, conforme o interesse sactal altás-, não
poderia ser diferente, já que os princípios de um sistema jurídico para se
relacionarem e terem coerência, não podem ter--amp.utude~tada, sob pena de se
tornarem incompatíveis. É por'""isso que tbd'o princípio apresenta: a) uma regra
de vital importância; b) e seu limite. prova do que está se dizendo, pode ser
abstraída da regra do"-parág.rafo-únic~, do artigo 170, da constituição federal:
"É assegurado a todos o livre exercício de qualqueratiyidade
econômica, independentemente de autorização de órgãos públi-..
cos, salvo nos casos previstos em lei." (grifo nosso) .

ora, salvo no casos previstos em lei, é a exceção ao princípio


do livre exercício da atividade econômica, que insista-se7 pode ser limitado por
lei. neste aspecto, celso ribeiro bastos ao comentar o artigo constitucional em
destaque, acrescenta:
É aceitável, pois, que dependam de autorização certas atividades
sobre as quais ° estado tenha necessidade de exercer uma tutela,
quanto ao seu desempenho no atinente {segurança, à salubridade
pública etc."ll

na realidade, o poder público para limitar determinadas


fls. 31/verso e 32 do processo administrativo no 18.680/03 - cópia inteiro teor em anexo. 10 fls. 35 do
-
9
processo administrativo no 18.680/03 cópia inteiro teor em anexo.
11 in comentários à constituição do brasil, saraiva, 70 v. p. 39.
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condutas utiliza-se do poder de polícia, com base em lei. neste sentido bastante
elucidativa é a lição de hely lopes meirelles:
"atuando a polícia administrativa de maneira preferencialmente
preventiva, ela age através de ordens e proibições, mas, é sobre-
tudo por meio de normas limitadoras e condicionadoras da con-
duta daqueles que utilizam bens ou exercem atividade que pos-
sam afetar a coletividade, estabelecendo as denominadas limita-
ções administrativas. para tanto, o poder público edita leis e os
órgãos executivos expedem regulamentos e instruções fixando as
condições e requisitos para o uso da propriedade e o exercício
das atividades que devem ser policiadas, e, após as verificações,
é outorgado o respectivo alvatá de licença ou autorização, ao
qual se segue a fiscalização competente." 12

o que se pretende fixar, desde o início, é que o exercício


de atividade comercial, definitivo ou transitório, embora livre, é limitado pela lei.
a lei fixa os limites para o exercício de qualquer atividade e. o uso de bens. e o
poder público, evidentemente, pode aquilatar .sob.re a viabilidade ou não de
autorização ou licença para determinada--ativid-ade.

essa questão é importantíssima, na medida em que o


preponderante interesse público é um primado que não pode ser desprezado. a
instalação de uma atividade comercial, provisória ou definitiva, que é um
interesse particular e individual, não pode se sobrepor ao interesse público de
segurança, higiene, urbanismo, meio ambiente etc.

assim, por exemplo, a questão da saúde, afeta a vigilância


sanitária, é importantíssima e, não observada pode conduzir-a si
tuações bizarras e de alto risco. outra questão ainda, a -ser veriftcadã, ése a lei de
urbanismo municipal permite a exploração dessa atividade no local pretendido.

daí se vê, como ressalta josÉ nilo de castro '4ue-a razão do


poder de polícia repousa na necessidade da proteção do interesse coletivo,
figurando-lhe o fundamento na prevalência do interesse geral do poder público
sobre o interesse particular, um dos princípios basilares de nosso direito
administrativo."

12 in direito municipal brasileiro, malheiros, 6a ed. p. 346.


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e conclui o ilustre professor de direito municipal:


"exercita-se o poder de polícia administrativo nas matérias e as-
suntos de interesse local, tais como: proteção à saúde, aí incluÍ-
das a vigilância e fiscalização sanitárias; proteção ao meio ambi-
ente, ao sossego, à higiene, à funcionalidade; disciplinam-se as
edificações e as posturas municipais, em toda a amplitude local
como a regulamentação de: horário de funcionamento do comér-
cio local, de indústria, de prestação de serviços (salvo atividades
bancárias e financeiras); tráfego e trânsito no perímetro urbano e
\ '--" nas vias públicas municipais; proteção ecológica da fauna e
flora; localização, nas áreas urbanas e nas proximidades de
culturas mananciais, de substâncias potencialmente perigosas;
estética urbana e guarda municipal." 13

disso se conclui que o particular não pode simplesmente


exercer a atividade comercial que pretende, sob pena de por em risco valores
superiores, de interesse social, que se protegeu em patamar acima dos
direitos individuais. a vida, a segurança, a saúde, o bem estar., não
podem ficar relegados, como valores subordinados ao capitalismo. o sistema
jurídico brasileiro, isto não permite, e por isso se criou o princípio da primazia
do interesse público. comentando essa questão o professor celso antÔnio
bandeira de melo destaca:

"o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse


privado é princípio geral de direito inerente a qualquer sociedade. É a
\'-'
própria condição de sua existência." 14

nem mesmo eventual omissão do poder público, não


poderia implicar na possibilidade da impetrante conseguir autorização para o
exercício da mercancia, sem cumprir as regras ditadas pelo interesse social.
veja-se que o conflito é entre normas de interesse individual e normas de
interesse geral. e para compor esse conflito, evidentemente, a solução deve
ser compatível com o interesse social.

há de se frisar ainda, que a constituição federal atribuiu aos


municípios a competência para legislar sobre assuntos de interesse local;
promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupa

13 in direito municipal brasileiro, livraria dei rey, p. 239/240


14 in elementos de direito administrativo, revista dos tribunais, 2a ed. p. 50.
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ção do solo urbano; e ainda, suplementar a legislação federal e a estadual, no


que couber. is

seguindo a estrutura estatal delineada pela constituição


federal, a lei orgânica do município de sorocaba, estabeleceu que com,.. pete
ao município conceder licença para localização, instalação e funcionamento
de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços; 16.bem como,
conceder licença para exercício de comércio eventual ou ambulante. 17

de maneira que, dentro dos limites territoriais do município,


é de sua exclusiva competência a concessão de licença de localização,
instalação e funcionamento de estabelecimentos industriais,c-ome-rciais e de
serviços, e licença para exercício de comércio eventual ou ambulante.

vale lembrar mais uma vez a lição do mestre hely lo


pes meirelles:
"a polícia administrativa municipal deve estender-se a todos os
locais públicos ou particulares abertos à freqüência coletiva, me-
diante pagamento ou gratuitamente, bem como aos veículos de
transporte coletivo"

nesses lugares a administração municipal dispõe de amplo poder


de regulamentação, colimando a segurança, a higiene, o
conforto, a moral, a ética e demais condições convenientes ao
bem estar do público". 18

e arremata com conclusão preciosíssima a respeito do


tema:

"além dos vários setores específicos que indicamos precedente-


mente, compete ao município a polícia administrativa das ativi-
dades urbanas em geral, para a ordenação da vida da cidade. esse
policiamento se estende a todas as atividades e estabelecimentos
urbanos, desde a sua localização até a instalação e funci-
onamento, não para o controle do exercício profissional e do
ls artigo 3d, incisos 1, ii e viii, da cf.
16 artigo 40, inciso xxii, alínea a, da lei orgânica municipal
17 artigo 40, inciso xxii, alínea c, da lei orgânica municipal. 18
obra citada, p. 363/364.
8
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rendimento econômico, alheios à alçada municipal, mas para a


verificação da segurança e higiene do recinto, bem como a pró-
pria localização do empreendimento (escritório, consultório,
banco, etc...) em relação aos uso permitidos nas normas de zone-
amento da cidade". 19

portanto, resta evidente a competência do município para


legislar sobre a matéria, em razão do exercício de seu poder de pot~cia
administrativa.

e, no exercício do poder de polícia administrativa, primando


pela supremacia do interesse da coletividade sobre interesses-individuais, o
município de sorocaba, através da lei municipal no 6.802, de 08 de abril de 2003,
estabeleceu o horário das 8:00 às 24:00 horas para o funcionamento de
estabelecimentos comerciais, como bares, lanchor-etes, restaurantes e quadras
poliesportivas. e mais, disciplinou que a utilização de música ao vivo ou som
ambiente por esses estabelecimentos comerciais depende do cumprimento das
disposições legais pertinentes e da observância do direito de vizinhança.20

e mais uma vez, atento ao interesse público, zeloso que é com


a saúde pública, o município de sorocaba, através- da le~- mun~dpa~ no 4.913,
de 04 de setembro de 1995, disciplinou o controle e -a fiscahzação das atividades
que geram poluiçã-ü sonora. ou 'seja, estabeleceu re
gras para o controle da poluição sonora produzida. por. estabelecimen.tos
comerciais visando garantir o meio ambiente ecologicamente-e-qui1tbrado, bem
de uso comum do povo e essencial à sadia quãlidade de vida, cumprindo, assim,
mais um mandamento.- const.tuciona~de.-re~evante- ~nterey. se público. 21

diz a impetrante, que "a lei municipal no 4.913/95, não foi


regulamentada pelo órgão competente, no prazo estabeleddo 00 cof'poda própria
lei, tornando-a letra morta ...//

diz hely lopes meirelles:

"o poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os chefes

19 obra citada, p. 370/371.


20 artigo 10 e parágrafo único, da lei municipal no 6.802/03.
21 artigo 225, da cf.
9
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de executivo (presidente da república, governadores e prefeitos)


de explicar a lei para sua correta execução.22

e ainda:

"atos administrativos normativos são aqueles que contêm um


comando geral do executivo, visando à correta aplicação da lei. o
objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser
observada pela administração e pelos administrados. esses atos
expressam em minúcia o mandamento abstrato da lei e o fazem
com a mesma normatividade da regra legislativa, embora sejam
manifestações tipicamente administrativas." 23

com efeito, existem situações em que a norma legal, pela


sua complexidade, precisa ser explicada para sua correta aplicação e
execução. entretanto, se a norma legal é precisa, clara em seus termos e
dispositivos, não precisará ser regulamentada a posteriori; bastando apenas
que seja sancionada, promulgada e publicada, para produz.~r seus efeitos
concretos e imediatos (ex nunc).

a lei municipal no 4.913/95 se encaixa nesse tipo. .É clara,


objetiva, precisa, estando formalmente perfeita -e exata em seu conteúdo. o fato
de que ad cautelam nela se consignou que seria regulamentada, não significa que
não seja ela auto-executável e de e-feit{)s concretos.

É da doutrina:
"no direito brasileiro o poder regulamentar destina-se a explicar
o teor da leis, preparando sua execução, completando-as, se for o
caso. 24

ou seja, nem sempre é necessário regulamentar a lei, e a falta


de regulamentação não implica que a lei não seja executável. segundo, ainda,
hely lopes meirelles:
"mas, quando a própria lei fixa o prazo para sua regulamentação,

22 in direito administrativo brasileiro, malheiros, 22a ed. p. 112.


23 obra citada, p. 161.
24 medauar, odete. direito administrativo moderno. revista dos tribunais. p. 128.
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de executivo (presidente da república, governadores e prefeitos)


de explicar a lei para sua correta execução.22

e ainda:

"atos administrativos normativos são aqueles que contêm um


comando geral do executivo, visando à correta aplicação da lei. o
objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser
observada pela administração e pelos administrados. esses atos
expressam em minúcia o mandamento abstrato da lei e o fazem
com a mesma normatividade da regra legislativa, embora sejam
manifestações tipicamente administrativas." 23

com efeito, existem situações em que a norma legal, pela


sua complexidade, precisa ser explicada para sua correta aplicação e
execução. entretanto, se a norma legal é precisa, clara em seus termos e
dispositivos, não precisará ser regulamentada a posteriori; bastando apenas
que seja sancionada, promulgada e publicada, para produz.~r seus efeitos
concretos e imediatos (ex nunc).

a lei municipal no 4.913/95 se encaixa nesse tipo. .É clara,


objetiva, precisa, estando formalmente perfeita -e exata em seu conteúdo. o fato
de que ad cautelam nela se consignou que seria regulamentada, não significa que
não seja ela auto-executável e de efeit{)s concretos.

É da doutrina:
"no direito brasileiro o poder regulamentar destina-se a explicar
o teor da leis, preparando sua execução, completando-as, se for o
caso. 24

ou seja, nem sempre é necessário regulamentar a lei, e a


falta de regulamentação não implica que a lei não seja executável. segundo,
ainda, hely lopes meirelles:

"mas, quando a própria lei fixa o prazo para sua regulamentação,

22 in direito administrativo brasileiro, malheiros, 22a ed. p. 112.


23 obra citada, p. 161.
24 medauar, odete. direito administrativo moderno. revista dos tribunais. p. 128.
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decorrido este sem a publicação do decreto regulamentador, os


destinatários da norma legislativa podem invocar utilmente os
seus preceitos e auferir todas as vantagens dela decorrentes, des-
de que possa prescindir do regulamento, porque a omissão do
executivo não tem o condão de invalidar os mandamentos legais
do legislativo." 2s

na obra: a lei de introdução ao código civil brasileiro, eduardo


espinola e eduardo espinola filho, preceituam:
lia executoriedade da lei, mediante a promulgação. - existente,
como preceito jurídico, a lei precisa tomar-se executória, para
que esteja em condições de ser obedecida e cumprida.
É a promulgação, que lhe dá essa executoriedade.
a promulgação é um ato, que compete, obrigatoriamente, ao
chefe do estado, mediante o qual este dá força executória às leis,
que tenha sancionado. 1126

por conseguinte, a promulgação introduz a lei na ordem


jurídica. através desse ato, ela se reveste de executoriedade, permitindo que a
administração, imediatamente, providencie os atos subsequentes, necessários à
sua fiel execução.

in casu, repita-se, à exaustão, a lei municipal em testilha


está perfeita, na forma e conteúdo, sendo clara, precisa e objetiva,- e
independe de regulamento para sua execução e para operar seus efeitos. o
fato de constar que seria regulamentada não retira a sua executoriedade.

por outro lado, a ninguém é dado o direito de não cum-


prir a lei, alegando que não a conhece (artigo 3° da lei de introdução ao
código civil brasileiro).

na obra "atividade legislativa do poder executivo no estado


contemporâneo e na constituição de 1988", diz o. prof. clemerson merlin cleve:
"para se tomar obrigatória, todavia, perante terceiros, deve a lei

25 obra citada, p. 113. 26


renovar, p. 37. 11
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passar pelo mecanismo da publicidade. o estado de direito exige


a publicidade dos atos normativos como condição de sua eficá-
cia. ninguém pode ignorar a lei, todavia, para vigorar referido
princípio, há a necessidade de a lei ser levada ao conhecimento
dos cidadãos. a publicidade é uma conseqüência da promulga-
ção, já que esta contém uma ordem de publicação. ,,27

mayr godoy, em sua obra "técnica constituinte e técnica


legislativa", explica:

"a promulgação da lei, como da resolução e do decreto legislati-


vo acarretam o conhecimento do texto, pela administração e pelo
seu corpo legislativo, aos quais se impõem como norma vigente
antes e mesmo sem publicação, em determinados casos. no en-
tanto, é da publicação que se irradia a vigência do direito novo,
consoante as disposições da cláusula de vigência e a lei de in-
trodução ao código civil." 28

da doutrina retro colacionada, conclui-se que a lei municipal


no 4.913/95 é auto-executável, sendo obrigatório o seu cumprimento pela
administração pública a partir da promulgação, e para -os ddadãos, a partir da
sua publicação. e mais, a não regulamentação da' tet pelo poder executivo não
tem o condão de revogar o ato legjslativo, material e formalmente,
constitucional.

esse também o entendimento jurisdicional. a resp.e.ito da


referida lei municipal, a terceira câmara de direito público do tf~bu.mi. de justiça
do estado de são paulo, no voto em que foi relato r o desembargador viseu júnior,
assim se manifestou:
"mandado de seguranÇa - fechamento de estabelecimento que
funciona em desacordo com a lei municipal sobre poluição
sonora. exercício do poder de polícia, como atuação estatal
demarcadora do conteúdo de direitos privados, impondo freios à
atividade individual, assegurando a paz pública e o bem estar
social. recurso não provido." 29
i
esclarece o referido acórdão que:
iiii

27 revista dos tribunais, 1993. p. 115.


28 universitária de direito, 1987. p. 80j81.
29 apelação cível no 191.345.5/2-00, sorocaba, sant'ana atlético club x secretário de finanças do município de sorocaba. i

julgado em 08/06/2004, votação unânime.


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prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
negócios jurídicos
divisão do contencioso geral.

"a lei municipal n° 4.913/95, que exige o certificado de uso, é


auto-executável e, ao dispor sobre o controle e fiscalização das
atividades que geram poluição sonora, determinou ao poder
público o dever de cientificar os estabelecimentos que
estivessem em perfeito funcionamento, dando prazo de 180 dias
para a devida adequação.

ocorre que o estabelecimento em questão estava funcionando de


forma irregular, sem atender a lei em apreço. a possibilidade de
fechamento faz parte do poder de polícia da administração.
'---o
a constituição federal, no arte 225, elevou o meio ambiente à
condição jurídica de bem de uso comum do povo e atribuiu à
coletividade e ao próprio poder público o dever de zelar por sua
proteção e preservação. um dos principais instrumentos para
viabilizar tal tarefa é o poder de polícia.

assim, o poder de polícia é exercido para assegurar a paz pública


e o bem estar social, dirigindo-se à liberdade individual e à
propriedade privada, fixando marcos para o exercício desses
direitos.

se o estabelecimento funciona de modo irregular, em conflito


com a legislação sobre poluição sonora, é coerente a de-
terminação de encerramento da atividade ou fechamento
administrativo." jt

a impetrante obteve, em 06 de novembro de 2003, a inscrição


municipal no 130.590 para a exploração de atividade comerc~al no ramo de bar
com salão de festas, porque, nos termos da lei municipal no 1.541/68 (código de
zoneamento), é permitida a exploração dessa atividade comercial no local
apontado, qual seja avenida dr. afonso vergueiro.

contudo, a fiscalização municipal constatou que a impetrante,


desvirtuando o ramo de atividade comercial declarada ao muni"" cípio, instalou
no local uma danceteria, com funcionamento após as 24:00 horas e com a
utilização de som ao vivo ou mecânico.

30 cópia em anexo.
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prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
negócios jurídicos divisão do contencioso geral

como já minuciosamente relatado, a administração pública


municipal notificou a impetrante várias vezes, dando-lhe a- oportuni.da de de
adequar a inscrição municipal ao ramo de atividade realmente explorado,
inclusive para providenciar o certificado de uso para utiuzqção
de som. mas, ante ao descumprimento- da notificação., e a- persistência. em.
manter a atividade comercial após as 24:00 horas, com'."a utnização "de som,
inclusive sem o certificado de uso, lavrou-se, em 22 de novembro de 2003, o
auto de infração no 2.127, objeto de discussão neste mandado de segurança.

o certo é que, somente após a autuação, a impetrante


pleiteou, na esfera administrativa, autorização para fuocionamento- nq. horário
das 22:00 horas às 4:00 horas da manhã, as sextas-feiras- e aos sábados; bem
como, alteração da viabilidade de local para uso de som
mecânico, apresentando para tanto orçamento de iso~mento acústico
para danceteria. contudo, ignorou todas as disposições da ler municipaf no
4.913/95, principalmente no que se refere a documentação relacionada no artigo
40, imprescindível para instruir pedido de certificado.. de uso.. tanto que, ao
invés de apresentar um laudo técnico comprobatório de tratamento acústico
apresentou tão somente um orçamento.

os pedidos foram indeferidos com base no parecer da


secretaria de edificações e urbanismo e serviços públicos, acostado às fls.
31/verso e 32 do processo administrativo no 18.680j.03 (cópia-i-rte+r-o teor em
anexo), que considerou dois motivos para tanto: o desvirtuamento do uso e a
falta da conclusão das adequações das instalações.

a impetrante foi notificada, notificação no 5.945, a encerrar


suas atividades face ao indeferimento do pedido--de alt-eração--da viabilidade
do local, sob pena de autuação, nos termos da lei municipal no 3.444/90, com
redação dada pelas leis municipais nos.: 4.985/95 e 5.793/98.

essas notificações e autuações foram lavradas com ob-


servância aos procedimentos ditados na lei municipal n9 3.444/90, que dispõe:
artigo 10 - fica instituída a taxa de fiscalização de instalação e
de funcionamento que incide sobre o exercício por pessoa fisica
ou jurídica de atividade comercial, industrial, imobiliária em ge-
ral, agropecuária e de prestação de serviços em geral, e será co
1
4
prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
. negócios jurídicos divisão do contencioso geral

brada em decorrência das atividades municipais de fiscalização e


de ocupação do solo urbaqo.
parágrafo único - a taxa não incide nas hipóteses previstas na
constituição federal, observado, sendo o caso, o disposto na le-
gislação complementar.

artigo 8° - a inscrição será efetuada antes do início da atividade e


alterada pelo sujeito passivo dentro do prazo de até 30 (trinta)
dias, contado a partir da data da ocorrência de fatos ou circuns-
tâncias que impliquem sua modificação.
parágrafo único - o poder público municipal poderá promover, de
oficio, inscrição ou alterações cadastrais sem prejuízo da apli-
cação das penalidades cabíveis, quando não efetuadas pelo su
jeito passivo ou, em tendo sido, apresentarem erro, omissão ou
falsidade.

artigo 14 - tendo o fisco municipal apurado a ocorrência de


infração às disposições contidas nesta lei, serão adotados os se-
guintes procedimentos, de forma sucessiva:
i - notificação ao infrator, cientificando-o da necessidade de
regularização de sua situação, sob pena de autuação;
ii - perdurando a infração, autuação e notificação, cientificando
da sujeição à nova autuação, em dobro, caso não regularize a
situação;
m - ainda perdurando a infração, autuação e notificação, cien-
tificando da necessidade de encerramento das atividades, sob
pena de lacração do estabelecimento;
iv - não cessando as causas que deram origem às autuações e não
atendidas as notificações, lacração do estabelecimento;
§ 1 ° - não será iniciado novo procedimento antes de quinze dias
contados da ação anterior, sendo este o prazo de recurso contra a
ação fiscal levada a efeito.
§2° - eventualmente, o fisco municipal poderá ser instado a
proceder a lacração de estabelecimento. (redação dada pela lei
municipal n° 4.989, de 13 de novembro de 1995)

artigo 15 - as infrações às disposições contidas nesta lei serão


punidas com os seguintes valores:
a) multa de 200 (duzentas) ufir's aos que deixarem de efetuar, nos
prazos fixados no artigo 8°., a inscrição inicial, as alterações de
dados cadastrais ou o encerramento de atividade. (redação dada
pela lei municipal no 5.793, de 26 de outubro de 1998).
b) multa de 250 (duzentas e cinquenta) unidades fiscais do muni-
cípio se sorocaba, aos contribuintes que promoveram alterações
de dados cadastrais ou encerramento de atividade, quando fica-
rem evidenciadas não terem ocorrido as causas que ensejaram
es
1
5
qo
prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
negócios jurídicos divisão do contencioso geral

sas modificações cadastrais. (redação dada pela lei municipal no


4.989, de 13 de novembro de 1995)

destarte, como demonstrado, todos os atos administrativos


relatados nesta ação mandamental, em especial o auto de infração no 2.127,
foram praticados em estrita observância ao ordenamento-j.u.rídico vigente, sem
violação ao princípio da legalidade, nem -tão pouco configurando abuso de
poder.

na certeza de ter prestado todas as informações im-


prescindíveis ao deslinde da causa, e colocando-se a inteira.d~s.pos~ção. desse r.
juízo para os esclarecimentos que se fizerem necessários, espera o impetrado a
denegação do mandamus, em fâce -da legalidade dos atos impugnados.

termos em que,
pede deferimento.
sorocaba, 27 de outubro de 2004.

p.p.
:
fernand~ furukawa secretário municipal
de finanças

joÃo benedito martins


procurador municipal
oab no 65.529

1
6
prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
negócios jurídicos divisão do contencioso geral

relaÇÃo de documentos

1. instrumento de mandato

2. processo administrativo n° 18.680/03 - cópia inteiro teor

3. lei municipal no 5.609, de 19 de março de 1998.

4. lei municipal no 4.913, de 04 de setembro de 1995.

5. lei municipal no 6.802, de 08 de abril de 2003.

6. lei municipal no 3.444, de 3 de dezembro de 1990.

7. lei municipal no 4.989, de 13 de novembro de 1995.

8. lei municipal no 5.793, de 26 de outubro de 1998.

9. acórdão proferido na apelação cível n° 191.345-5/2-00, em votação


unânime pela terceira câmara de direito público do trtbunat de- justiça" do
estado de são paulo.

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prefeitura municipal de sorocaba secretaria dos
negócios jurídicos divisão do contencioso geral

relaÇÃo de documentos

1. instrumento de mandato

2. processo administrativo n° 18.680/03 - cópia inteiro teor

3. lei municipal no 5.609, de 19 de março de 1998.

4. lei municipal no 4.913, de 04 de setembro de 1995.

5. lei municipal n° 6.802, de 08 de abril de 2003.

6. lei municipal no 3.444, de 3 de dezembro de 1990.

7. lei municipal no 4.989, de 13 de novembro de 1995.

8. lei municipal no 5.793, de 26 de outubro de 1998.

9. acórdão proferido na apelação cível no 191.345-5/2-00, em votação unânime


pela terceira câmara de direito público do trtbunat de- justiçado estado de são
paulo.

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