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Fase 1- Os íons sódio (Na+) entram passivamente na célula, através do gradiente de concentração.
Fase 2 - A célula expulsa esses íons (Na+) ativamente, ao mesmo tempo que introduz, também ativamente, um íon potássio (K+) .
Fase 3 - O íon potássio (K+ ) tem grande mobilidade e volta passivamente, para o lado externo da membrana, conferindo-lhe carga
positiva. Do lado interno, íons fosfato e especialmente proteínas aniônicas fornecem carga negativa.
O íon Cl- acompanha, por atração elétrica o íon Na+ , e diminui o potencial elétrico, ficando a célula polarizada.
A inibição da bomba de sódio e potássio leva a um alto nível de sódio dentro da célula resultando em uma extrusão mais lenta dos íons
cálcio pelo trocador sódio/cálcio. O aumento da concentração de cálcio por sua vez aumenta a contratilidade do músculo cardíaco.
Tipos de estímulos
- sublimiares: estímulos incapazes de gerar PAs. Geram apenas pequenas respostas locais não-propagaveis. limiares: menor
estímulo capaz de gerar um PA- supralimiares: desencadeiam PAs que possuem a mesma amplitude dos potenciais gerados pelos
estímulos limiares.
Excitabilidade celular
É a propriedade que a célula possui de alterar o seu PR quando submetida a estímulos eficazes.
Velocidade da condução
A velocidade de condução é maior quanto maior for o diâmetro da fibra nervosa. Em neurônios mielinizados a condução é mais rápida
que nos não-mielinizados. Basicamente, as fibras nervosas podem ser divididas em 3 grupos:
- tipo A: mielinizados com grande diâmetro. Condução mais rápida.
- tipo B: mielinizados com diâmetro pequeno
- tipo C: amielinizados com diâmetros pequenos e discretos. Condução mais lenta.
Tipos:
- inibitórios: GABA, glicina, dopamina, serotonina
- excitatórios: ác. butâmico, encefalinas, endorfinas, epinefrinas, nor-epinefrinas
- dependentes dos receptores: acetilcolina, adrenalina, nor-adrenalina,histamina,
bradicimina; podem provocar PPSE ou PPSI.
).
Transporte passivo: transporte possibilitado por uma diferença de concentração (para
substâncias sem carga) ou por uma diferença de concentração e de potencial eléctrico (para
substâncias com carga). Este tipo de transporte tende a dissipar as diferenças que lhe deu
origem e a distribuição final entre a célula e o meio será a de um estado de equilíbrio.
Pressão osmótica: é igual à pressão hidrostática necessária para interromper a passagem da
água. A pressão osmótica e tanto menor quanto o número de partículas de soluto. T = RT(C),
em que T é a pressão osmótica do soluto; R constante dos gases ideais; T temperatura
absoluta em Kelvin e C concentração do soluto em moles/litro (molaridade). Para solutos que
se dissociam deve ser multiplicada pelo número de partículas da molécula dissociada, a
osmolaridade da solução. 1 osmol de uma substância é a massa desta que proporciona em
solução o mesmo número de partículas que 1 mol de uma substância não dissociada. 1 osmol
glucose = 1 mol de glucose; 1 osmol NaCl = 0,5 mol de NaCl. Geralmente a pressão osmótica
da célula é idêntica à pressão osmótica do meio que a rodeia. Contudo, a membrana biológica
pode ser muito permeável a alguns solutos. A pressão osmótica ou osmolaridade efectiva é
aquela determinada pelos solutos que são incapazes de atravessarem a membrana ou fazem-
no com uma velocidade menor do que a água.
Equação de Nernst: permite para qualquer ião de carga conhecida, distribuído entre a célula e
o meio, determinar: 1) conhecendo-se a relação de concentração, a diferença de potencial
necessária para manter aquela relação em equilíbrio e 2) conhecendo-se a diferença de
potencial, a diferença de concentração que corresponde a uma distribuição em equilíbrio.
Nas células, a maior parte dos iões negativos intracelulares são proteínas incapazes de
atravessarem a membrana, enquanto que os iões positivos (nomeadamente o K+) podem
difundir. Em consequência, as células possuem uma diferença de potencial em relação ao
exterior, que se aproxima do valor experimental da relação de concentração entre o K+ intra e
extracelular, isto é o potencial da membrana ou o potencial de repouso.
Equilíbrio de Gibbs-Donnan: os aniões só se difundem para dentro da células. Os catiões
difundem-se para dentro e para fora da célula. Todas as células contém iões negativos
incapazes de atravessar a membrana enquanto que os iões negativos e positivos do meio o
podem fazer. Se a distribuição dos iões se realiza apenas por transporte passivo, na situação
de equilíbrio devem igualar-se os produtos das concentrações dos iões disponíveis em ambos
os lados da membrana [K]int. [Cl]int. = [K]ext. [Cl]ext.
Este equilíbrio está portanto necessariamente associado a uma diferença de pressão
osmótica entre os compartimentos em que se estabelece e a que se dá o nome de pressão
osmótica ou coloidosmótica. Como esta levaria à entrada de água para o interior da célula,
deve concluir-se que a distribuição de iões em equilíbrio entre a célula e o meio é incompatível
com a sobrevivência celular. Resulta daqui a necessidade de outro tipo de transporte iónico
além do passivo, que torne possível a sobrevivência celular, que será dependente do
metabolismo da célula, única fonte de energia para transportes não passivos.
Difusão simples: depende do número de choques da substância com a membrana, o
movimento resultante ocorrendo sempre no sentido da diferença de concentração ou potencial;
depende da presença de poros hidrofílicos (proteínas) nas membranas, permitindo que a sua
permeabilidade para substâncias hidrofílicas fosse maior do que nas membranas artificiais de
fosfolípidos. Estes poros descriminam a passagem com base no tamanho e na carga eléctrica
da substância. São geralmente impermeáveis para solutos hidrofílicos com diâmetro molecular
maior do que 7 armstrongs; são geralmente impermeáveis para solutos com carga idêntica à
sua parede, mas a densidade de carga do poro pode regular a passagem de iões com a
mesma carga (ex. K+ tem permeabilidade 10X maior do que Na+ para carga e tamanhos
idênticos); e a conformação das proteínas dos poros, alterando a densidade da carga podem
regular a permeabilidade iónica.
Difusão facilitada: quando a substância a ser transportada passivamente se deve combinar a
um componente de membrana denominado transportador. A velocidade da passagem é
proporcional, não à concentração da substância, mas à quantidade dos complexos
transportadores, ou seja, a velocidade de difusão não é descrita pela Lei de Fick (directamente
proporcional ao gradiente de concentração), mas obedece à cinética descrita pela equação de
Michaelis-Menten. Assim, a difusão facilitada é um transporte passivo, é específico para
determinada substância e é saturável, ou seja, é limitado pelo número de transportadores,
fazendo-se a velocidade constante a partir de certo valor.
Transporte activo: é um transporte que se efectua contra uma diferença de concentração ou
de potencial eléctrico, implicando a introdução da energia necessária e que cessa com a
interrupção do metabolismo celular. A diferença de concentração gerada pelo transporte activo
tende a dissipar-se com um movimento passivo em direcção oposta. A distribuição final de um
soluto submetido a transporte activo é uma distribuição em estado estacionário distinta da
distribuição em estado de equilíbrio dos transportes passivos. As concentrações intracelulares
de K+ (150 mM) e de Na+ (15mM)
São respectivamente superiores e inferiores às esperadas, se estivessem em estado de
equilíbrio com o meio extracelular. Isto deve-se à capacidade da célula transportar activamente
o Na+ para fora e o K+ para dentro da célula. Esta expulsão activa de Na+ vai permitir
compensar o excesso de osmolaridade intracelular gerado pela tendência dos iões que
distribuem em equilíbrio de Gibbs-Donnan. É assim indispensável para a manutenção do
volume celular e sobrevivência da célula. É resultante das propriedades de certas unidades de
membrana. É um fenómeno saturável e assimétrico. O transporte activo de Na+ para fora está
acoplado ao transporte activo de K+ para dentro, saindo 3 iões de Na+ para 2 de K+ que entram,
ou seja, tem um efeito electrogénico, aumentando a electronegatividade intracelular. A fonte de
energia provém da hidrólise de ATP, sendo 1 molécula de ATP consumida por 3 Na+ e 2 K+
transportados. O sistema de transporte activo transforma a energia metabólica em energia
acumulada na diferença de potencial electroquímico gerada pelo gradiente Na+, K+ entre a
célula e o meio. Esta energia pode ser utilizada para impulsionar o transporte activo de outras
substâncias chamadas transportes activos secundários. Por exemplo, a entrada de
aminoácidos em certas células, a passagem de glucídos através da parede intestinal, ou a
expulsão de Ca2+ no nervo e músculo e geração e propagação do potencial de acção nas
células excitáveis.