Um arco-íris forma-se devido à luz solar quando separada no espectro das
suas cores visíveis e dirigida ao olho do observador como efeito das gotas de água. (WRH, 2004) O efeito arqueado resulta do facto do arco-íris ser um grupo de arcos coloridos quase circulares com um centro em comum. Geralmente, só se consegue ver uma porção de toda a circunferência, dando-lhe Ilustração 1 – Esquema da passagem de um raio de luz numa gota de chuva um aspecto de arco (WRH, 2004). A formação deste fenómeno visual pode-se compreender pela passagem da luz solar através de uma gota de chuva redonda. (WRH, 2004). À medida que a luz entra na gota, esta é refractada, ou seja, a sua passagem é desviada para um ângulo diferente. Alguma desta é reflectida pela superfície interna da gota que funciona como um espelho devido à sua curvatura para ser novamente refractada para o exterior da gota na direcção do observador. (WRH, 2004) A ilustração um representa a passagem de um raio de luz que entra na gota de chuva num ponto A. Enquanto a luz penetra na superfície desta é um pouco refractada e, ao invés de prosseguir para o ponto D (como o faria se não fosse refractada), prossegue para o ponto B na superfície interior da gota onde é reflectida para o ponto C. Quando emerge da gota de chuva, esta é refractada de novo na direcção E, sendo que o ângulo criado no ponto D é de 42º. (WRH, 2004) O raio de luz desenhado no esquema é significante, dado que este representa o raio com menor ângulo de desvio de todos os que podem penetrar na gota de chuva. É denominada de raio de arco-íris. (WRH, 2004) Visto que as várias cores que constituem a luz branca variam nos seus comprimentos de onda, cada cor torna-se ligeiramente separada das outras à medida que o raio de luz é refractado e reflectido. Aquelas que entram na gota a um ângulo de incidência de 42º, tendem a resultar num feixe cujas luzes estão claramente separadas. Isto origina o efeito de bandas de luz do arco-íris, com o azul na parte mais interna e o vermelho na externa. (WRH, 2004) Uma vez que a gota de chuva é circular, a reflexão que esta cria também o é. Não é comum ver um arco-íris circular pois a Terra está no seu trajecto. Quanto menor for o ângulo do Sol em relação à linha do horizonte da Terra, maior será a porção da circunferência que será possível observar. (WRH, 2004) Aquando do pôr-do-sol, ver-se-ia um semi-círculo completo do arco-íris com o topo do seu arco a 42º acima do nível do horizonte. Quanto maior for o ângulo do Sol em relação ao mesmo, menor será o arco do arco-íris acima do nível do horizonte. Se o Sol se posicionar a mais de 42º acima do horizonte não se verá o arco-íris. (WRH, 2004) Por vezes, consegue-se visualizar dois arco-íris em simultâneo. Já foi explicado o percurso do raio de luz quando este entra e é reflectido na gota de chuva mas nem toda a energia deste raio desaparece da mesma após ser reflectida uma vez. Uma parte desta é reflectida outra vez, percorrendo outro percurso dentro da gota para emergir num ângulo diferente. (WRH, 2004) Os arco-íris que maioritariamente se verificam são denominados de primários e são o resultado de uma reflexão interna. Os secundários originam- se de duas reflexões internas e o raio sai da gota, da segunda vez, num ângulo de aproximadamente 50º, ao invés dos 42º do primário. Tal causará a existência do efeito do arco-íris secundário com as cores invertidas do primário. É possível que a luz seja reflectida mais do que duas vezes, mas os arco-íris destas resultantes, em condições normais, são invisíveis. (WRH, 2004)
Sítiografia consultada:
→ WRH - National Weather Service, Western Region Headquartes, Salt
Lake City, 2004 http://www.wrh.noaa.gov/fgz/science/rainbow.php