Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1º Horário
• Conceito de previdência social
• Beneficiários
• Limites de idade para filiação
• Dependentes
2º Horário
• Dependentes (continuação)
• Período de graça
• Período de carência
1º HORÁRIO
Seguridade social é mais ampla que Previdência Social, e trata de Saúde, Previdência Social e
Assistência Social.
Esse sistema protetor é contributivo; é o custeio da Previdência Social, regulado pela Lei
8.212/91.
O regulamento da Previdência Social foi aprovado pelo Decreto 3.048/99, que repete o conteúdo
das duas leis, mais leis extravagantes e outros regulamentos.
BENEFICIÁRIOS
b) Dependentes: filiação é relação jurídica que se estabelece entre a Previdência e pessoas que
para ela contribuem. Estar filiado é ter vinculo com a Previdência (art. 20 do Dec. 3.048). Para o
segurado obrigatório, ela decorre automaticamente do simples exercício de atividade remunerada,
fazendo surgir a obrigação de contribuir.
1
Os facultativos são os que se filiam por sua vontade. Diferentemente dos obrigatórios, isso ocorre
após sua inscrição e início de contribuição. Só após o pagamento da primeira contribuição é que
ele estará filiado.
A inscrição do Segurado está prevista no art. 18, e a do seu dependente, no art. 22 do Dec. 3.048.
O contribuinte obrigatório pode ser de cinco categorias (art. 9, Dec. 3.048): empregado,
empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.
Mínimo: como regra é aos 16 anos completos, exceto a partir dos 14 anos para o menor aprendiz
(que também é um segurado obrigatório; é um empregado). Essa regra vale tanto para os
obrigatórios quanto os facultativos.
Obs.: isso tudo não se aplica ao servidor público de caráter efetivo com Regime Próprio
(estatutário, que pode ser federal, estadual e municipal – art. 40, CF), que se contrapõe ao
Regime Geral (art. 201, CF). Mas ambos fazem parte da Previdência Pública (que é sempre
compulsória). É o Regime Geral que será estudado no curso.
Obs.: Art. 10 do Decreto 3.048 − se há um regime próprio, ele prevalece sobre o geral (não há
obrigação de contribuir com ambos, a não ser que exerça licitamente mais de uma atividade
remunerada, cada uma vinculada a um regime, quando então terá que pagar mais de uma
contribuição; futuramente receberá mais de um benefício – posição do STJ). Entretanto, não pode
haver dupla contribuição, como obrigatório e como facultativo, para a Previdência Pública
(vedação constitucional – art. 201, § 5º), mas pode ser feito por Previdência Privada.
Obs.: pode-se levar o tempo de contribuição do regime geral para o regime próprio, e vice-versa.
Nesse caso, ocorre a contagem recíproca, que é uma compensação financeira entre os sistemas.
DEPENDENTES
Obs.: o dependente de uma classe exclui o direito dos dependentes das demais classes
posteriores (não é mais possível designar um segurado determinado).
Obs. 2: havendo mais de um dependente dentro da mesma classe, o valor total da pensão será
dividido em partes iguais. Não há problema da cota individual ser inferior a um salário mínimo (o
valor total da pensão é que não pode ser). Não importa também se algum deles já recebe uma
renda proveniente de pensão alimentícia (persiste o vínculo previdenciário e é irrelevante para o
rateio, além de servir para comprovar a dependência econômica). Atenção para a súmula 336 do
STJ.
2
Obs. 3: com a perda da qualidade de dependente (vg. morte), a cota individual será redistribuída
para os demais.
Obs. 4: após a Lei 8.213, novo casamento não acarreta a perda da qualidade de beneficiário.
Obs. 7: A classe 1 tem dependência econômica presumida; para as demais classes, ela tem que
ser comprovada. Mas há uma exceção: é a figura do equiparado a filho, que é o enteado e o
menor sob tutela (concorrem na classe 1, mas precisam comprovar a dependência econômica).
Obs. 8: Menor sob guarda não é mais dependente previdenciário no regime geral (foi excluído
pela Lei 9.528/97, que é posterior ao ECA).
2º HORÁRIO
DEPENDENTES (continuação)
Obs. 9: concubinato está fora da classe 1, não tendo direito a benefício − STF (tem que ser união
estável).
Obs. 10: para o INSS a união homo-afetiva não se enquadra no conceito de companheiro. Mas,
por uma Ação Civil Pública do MPF/RS, o INSS é obrigado a pagar o benefício.
Esse período de graça sobe para 24 meses, para quem já tiver mais de 120 contribuições
mensais, desde que não tenha havido interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado
(podem ocorrer interrupções que não acarretem a perda da qualidade).
Ainda podem-se somar mais 12 meses (totalizando 36 meses), quando comprovar que está
desempregado (há duas formas de comprovar: cadastro no Sistema Nacional de Emprego ou
recebimento de seguro desemprego). Para o STJ, a comprovação do desemprego pode ocorrer
também por situação fática local (pessoa idosa em região em que há alto desemprego).
3
Inciso III, até 12 meses após a cessação de segregação compulsória. O período em que ficou
segregado também está abrangido pela graça.
Inciso IV, até 12 meses após o livramento do segurado detido ou recluso. Durante o período de
prisão, o período de graça abrange todo o tempo, independente do recebimento de auxílio
reclusão.
Inciso V, até 3 meses após o licenciamento para o segurado que foi servir às Forças Armadas
(abrange também todo o período em que ficou conscrito).
Inciso VI, até 6 meses após a cessação das contribuições, para o Facultativo.
Obs.: após a perda da qualidade de segurado, pode haver nova filiação. Se, após a nova filiação,
já tiver mais de um terço da carência exigida para o benefício pretendido, pode haver o resgate
das contribuições pagas antes da perda da qualidade de segurado.