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Em 1912 Carlos José de Sousa Júnior solicitou à Câmara um subsídio para "fundar e
estabelecer um hotel na Vila com funcionamento regular". A decisão da Câmara é
favorável "com as condições de alojar os oficiais da Junta de Inspecção debaixo do
mesmo subsídio". Deste modo deveria alojar os oficiais e sargentos do destacamento
militar, para além de se comprometer em "receber e tratar convenientemente os
hospedes". Note-se que nesta altura era reduzido ou quase nulo o apoio concedido aos
visitantes. Assim para além da casa do Caramujo apenas se situa na vila a Casa
Gonçalves junto da igreja, ficando o serviço de apoio aos transeuntes em Ponta Delgada
e Boaventura dependente da disponibilidade dos párocos.
Em 1947 eram duas as pensões existentes na Vila e continuou assim por muito mais
tempo. Todavia era cada vez mais evidente a valorização da encosta norte em termos de
turismo. O Chão dos Louros, um dos ex-libris do concelho, foi declarado como espaço
de lazer desde 1937 altura em que se mandou roçar o mato. Na década de sessenta
tornou-se num importante pólo de atracção e diversão. Em 1964 João Fernandes de
Castro, de Santo António, manifestou interesse à Câmara de aí colocar um pré-fabricado
para explorar por 20 anos como restaurante bar e residência. Já em 1969 é a extensão do
arraial de Ponta Delgada a este local, com os pedidos de Manuel de Gouveia Brazão e
Agostinho Gonçalves para aí instalarem, nos dias 6 e 8 de Setembro, barracas de
bebidas. Nesta altura já existia a casa da Encumeada que foi obra de António Francisco
dos Reis e Agostinho Abreu Paulino, de Serra de Água, autorizada pela Câmara em
1969. A construção da piscina de Ponta Delgada enquadra-se dentro deste espírito. A
sua realização foi sugerida à câmara por uma comissão criada para o efeito que
arrecadou 20 contos A obra só foi adjudicada em 1958 à firma Leacock e Cº Lda por
60.486$90. Em 1961 construiu-se um bar e estabeleceu-se como tarifa de entrada um
escudo.