Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Bioquímica e Biofísica
DNA
&
RNA
AC Santos - 2008/2009
DNA é Material Genético?
Griffith, 1928
Conclusão: o DNA é o material genético! Uma vez aceite esta ideia como
verdade científica foi preciso explicar como podia uma simples molécula de
DNA representar a nossa informação genética…
Estrutura do DNA
- WH Bragg e WL Bragg (pai e filho),
inventaram em 1912 a cristalografia.
O Inglaterra era o centro desta técnica
no séc. XX e WL Bragg era o director da
Medical Research Division dos Cavendish
Laboratories de Cambridge em 1950.
As bases são como degraus de uma escada, com a Adenina ligada à Timina
e a Guanina à Citosina.
O espaçamento do monómero é de 0,34 nm; o passo de volta helicoidal é 3,4
nm (10 pares de bases).
As duas cadeias de DNA da dupla hélice são antiparalelas.
Histonas primitivas
As histonas H2A, H2B, H3 e H4 são designadas core histones, juntam-se para
formar o nucleosoma (centro da partícula octamérica) envolvendo 146 pares de
bases do DNA à volta da “mola” proteica em 1,65 super-hélices de enrolamento
levógiro. A histona espaçadora H1 liga o nucleosoma aos locais de entrada e
saída do DNA, bloqueando o DNA no seu lugar e permitindo a formação de
estruturas + complexas.
Durante a meiose, através da combinação de interacções do nucleosoma com
outras proteínas, o cromosoma é montado. As histonas + o DNA designam-se
cromatina.
Replicação do DNA
Colocaram E. coli a crescer com 15N (isótopo pesado). Mudaram para 14N (isótopo
leve) e após 1, 2 e 3 gerações retiraram amostras de DNA
Misturaram depois com cloreto de césio e separaram o DNA “leve” e o “pesado”.
O DNA de densidade leve, pesada e intermédia pode ser separado por centrifugação.
Resultados da experiência
Conclusões
Os resultados mostram que após 1 geração a dupla hélice de DNA é 1/2
pesada (da molécula mãe) e 1/2 leve (sintetizada de novo). Este resultado é
previsto pela replicação semiconservativa.
Tal como o previsto por Watson e Crick as cadeias de DNA servem como
molde pra a sua própria replicação.
Replicação do DNA
O molde de DNA com síntese da nova cadeia ocorre na direcção 5‘
=> 3'.
O trifosfato 5' só pode ser adicionado a um 3' livre da desoxiribose.
As duas cadeias antiparalelas são replicadas em simultâneo.
Usam-se primers de RNA para iniciar uma nova cadeia.
A cadeia mãe, na extremidade 3', determina a cadeia filha ou cadeia
codante na replicação contínua.
A cadeia mãe, na extremidade 5‘, produz a cadeia não codante como pequenos pedaços
de DNA (100-200 nucleótidos nos eucariotas e um pouco + maiores nos procariotas).
Estes pedaços foram descobertos por Reiji Okazaki, chamando-se fragmentos de
Okazak.
Os primers de RNA são removidos e os fragmentos juntam-se através da ligase do DNA.
Conclusões
A estrutura do DNA prediz que a sequência de bases determina a replicação
do DNA.
Se a sequência contém informação, então as bases A,T,G, e C têm de algum
modo de determinar a sequência de aa nas proteínas.
Mutações no DNA são devidas a alterações na sequência das bases.
Será que os genes especificam sequências de aa nas proteínas?
As sequências de bases no DNA são
convertidas a RNA através da Transcrição.
Os genes determinam o fenótipo através da
síntese das proteínas.
A teoria de Garrard da existência de
enzimas determinantes de genes foi
continuada por Beadle e Tatum estudando
mutantes em Neurospora crassa (bolor do
pão) (1940's).
O tipo selvagem cresce em meio pobre.
Usando raios X, que causam quebras do
DNA e mutações, produzem-se alguns
mutantes sobreviventes (auxotró-ficos) que
crescem em meios ricos mas não em meios
pobres.
Conclusões
Nutrientes adicionados, tais como aa
ou vit, podem fazer crescer os
auxotrofos.
Mutações no DNA causam perca de
enzimas que codificam genes.
Transcrição
Síntese de RNA a partir de um molde de DNA.
Requer 1 polimerase RNA dependente de DNA + os 4 nucleótidos (ATP, GTP.
CTP e UTP).
A síntese começa num local de iniciação no DNA.
A cadeia molde é lida de 3' => 5' e o mRNA é sintetizado de 5' => 3‘.
Tipos de RNA
RNA de transferência
Iniciação
Formação do complexo de iniciaçao entre o mRNA, tRNA “carregado” e o
ribosoma.
A tradução começa com um codão específico: o codão de iniciação (AUG).
Alongamento
A cadeia polipeptídica crescente é ligada a 1 aa no local P. O próximo codão
a ser lido está presente sob o local A.
O tRNA que tem o aa seguinte entra no local A.
Forma-se 1 lig. peptídica entre o novo aa e a cadeia crescente, transferindo-a
para o tRNA no local A.
O ribosoma move-se 1 codão, levando o peptídeo-tRNA para o local P e o
ciclo repete-se.
Como pode 1 alfabeto só com 4 letras (A, T, C, G) ser traduzido para proteínas
com 20 aa?
Só existem 4 bases para os 20 aa. 1 código de 2 nucleótidos pode especificar
apenas 16 aa diferentes (4 x 4 = 16 combinações possíveis).
Grupos de 3 nucleótidos seriam suficientes (4 x 4 x 4 = 64 combinações
possíveis).
Nirenberg e Matthaei
Desenvolveram 1 mét para síntese proteica in vitro com adição de mRNA.
Lab Khorana e Nirenberg sintetizaram polímeros de RNA.
Poly "U" ou UUUUUUUUUUU codifica para 1 proteína contendo só
fenilalanina.
Poly "CA" codifica para polipeptídeos que alternam histidina-treonina.
Poly "CAA" codifica para 3 polipeptídeos; poliglutamina, politreonina ou
poliasparagina.
A determinação completa do código obteve-se quando se observou que 1 aa-
tRNA só ligava a código sintético na presença de ribosomas.
O código genético
Tripletos são como palavras de código, não são sobreponíveis.
- Degenerado (+ do que 1 tripleto codifica para alguns aa) mas não
ambíguo (cada palavra de código especifica só 1 aa).
- Universal – todos os organismos (excepto algumas mitocôndrias).
AUG - metionina e o código começa
UAA, UAG, UGA – codões de stop