ano 8 edição 45 abril 2008

Sonhos
Reais A história daqueles
Robinson que não tiveram
Shiba medo de ir em busca
de seus sonhos e os
tornaram reais
abril 2008
edição 45

í n d i o s pa n k a r a r u : U m a l u ta pa r a m a n t e r a t r a d i ç ã o n o M o r u m b i


D O LC E M O R U M B I E D 45 A B R I L 2008

O MORUMBI DE TODOS NÓS

DIRETORIA Denise Gonçalves e Vania Ferreira
PUBLISHER Denise Gonçalves – denise@editorasupernova.com.br
DIREÇÃO DE ARTE Vania Ferreira – vania@editorasupernova.com.br Há vários motivos que me fazem gostar do Morumbi. Gosto, em
REDAÇÃO Francilene Oliveira – Mtb 47.074
editorial@editorasupernova.com.br
primeiro lugar, porque o Morumbi espelha literalmente um Brasil
PRODUÇÃO Roseli Gonçalves em miniatura, e vivenciar os desafios do nosso bairro nos ajuda,
pauta@editorasupernova.com.br
ARTE Alessandra Meira – arte@editorasupernova.com.br
também, a entender o país em que vivemos. O forte contraste
CAPA JAF social, os problemas com trânsito e violência, todas são questões que
ATENDIMENTO Paula Mozart
atendimento@editorasupernova.com.br nós, brasileiros, precisamos enfrentar a cada dia, e só encarando-
DEPARTAMENTO COMERCIAL os literalmente com a cara e a coragem, usando todos os recursos
Alice Cristina Gonçalves
comercial@editorasupernova.com.br disponíveis, é que as soluções podem começar a apontar em um
DEPARTAMENTO FINANCEIRO
Márcia Maria Gonçalves – administracao@editorasupernova.com.br horizonte ainda que distante. Por recursos disponíveis entenda-se,
ASSESSORIA JURÍDICA João de Paulo Neto – jpn.adv@aasp.org.br entre outros, o voto consciente e a participação ativa na busca de
JORNALISTA RESPONSÁVEL Jorge Fernando Jordão – Mtb 25.370
melhorias – quer seja através da organização da sociedade civil ou
COLABORARAM NESTA EDIÇÃO
Claudia Castellan, Floriano Serra, JAF (fotos, exceto as indicadas), por iniciativas particulares orientadas para o bem comum.
Leandro Linhares, Lívio Giosa, Paulo Roberto Amaral, Renato
Corrêa, Rosa Richter, Roseli Gonçalves (revisão), Silvia Utsch e
Thais Narkevitz (ilustrações) Mas não gosto do Morumbi apenas pela porção Brasil que ele
IMPRESSÃO CLY
representa. Gosto dele, principalmente, pelas suas oportunidades.
DISTRIBUIÇÃO Gratuita via courier para mailing VIP
TRÁFEGO Ronaldo Ferreira Gosto dele pelo que particularmente lhe pertence. Por ele comportar
REPRESENTANTES COMERCIAIS todos aqueles lugares bacanas que figuram até mesmo em alguns
Ana Paula Freitas e Fátima Lopes
TIRAGEM: 15 mil exemplares roteiros de city tour. Pelo seu crescimento econômico, que permite
cada vez maior independência em relação “ao lado de lá da ponte”.
REVISTA DOLCE MORUMBI é uma publicação da
Supernova Editora Ltda. A editora não se responsabiliza pelas Pelas pessoas que escolheram-no para viver, gente com grande
opiniões emitidas nos artigos assinados. Ninguém pode retirar
produtos nem quaisquer outros materiais em nome desta
publicação sem autorização expressa, por escrito, em papel
capacidade de realização, muitas delas fazendo a sua parte na
timbrado, da diretoria da Supernova.
formação da identidade deste bairro ainda tão complexo...
CARTAS PARA A REDAÇÃO
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 2309 B E alguém lá poderia querer oportunidade maior do que essa?
CEP 05640-004 – São Paulo – SP
atendimento@editorasupernova.com.br
Tel: (11) 3743-1556 / 3464-6600 - Fax: (11) 3464-6612

DOLCE APÓIA: Boa leitura e até o mês que vem.

Denise Gonçalves
www.reciclamorumbi.com.br www.escoladopovo.org
denise@editorasupernova.com.br

 10
26 32

10
18
capa Sonhos reais

agenda

21 de 1 a 10 Thais Fantauzzi

24 Risoto de pêra com gorgonzola &
Bem-casado

26
Contrafilé recheado com presunto defumado ao molho rôti

Lar doLce Lar Que tal um cineminha em casa?, por Silvia Utsch

28

tecnoLogia Turbine seu iPod, por Leandro Linhares

30 test drive 10ª geração do Corolla, por Renato Corrêa

44 32 moda Tendências inverno 2008... Para o trabalho, por Claudia Castellan

34 roteiro Ramon Urtiza x Nelson Gama

44 especiaL A tradição indígena Pankararu no Morumbi

50

vida profissionaL Leal ou profissional, por Lívio Giosa

52 em foco

58
cidadania Política: informações importantes em um
ano eleitoral, por Rosa Richter

60 pensata Quando a violência bate à porta, por Paulo Amaral

62 comunidade Banca do Futuro

66 especiaL educação

68 destaques

74 finaL feLiz Concessão ou não – Eis a questão, por Floriano Serra

tess




gente capa

Os sonhos, para se tornarem realidade, precisam passar

primeiro pelo campo da ação, campo este que revela
não somente várias incertezas, mas, principalmente,
a possibilidade da realização plena. Robinson Shiba
abandonou três consultórios de Odontologia para investir

Em
em uma idéia empreendedora. Ernesto Quissak, aos 38 anos,
deixou o escritório de advocacia para exercer a atividade
que realmente o inspirava, a pintura, e Alessandra Vieira

busca
de Mello, com cursos de extensão na Harvard University,
abdicou da carreira para se dedicar à família. Alguns
com dificuldades, outros em busca de sua essência, nossos

dos
personagens colocaram os sonhos em prática sem medo.
Hoje estão mais felizes e realizados.

por Francilene Oliveira fotoS JAF Caixa dos sonhos

Robinson Shiba não teve muitas dúvidas quando resolveu fazer Odontologia,
afinal seu pai, Jorge, já trabalhava na área. Ainda cursando, resolveu ir para os
Estados Unidos para adquirir mais experiência de vida. A viagem que duraria
apenas dois meses se prolongou por um ano. Robinson conseguiu emprego
como entregador de pizza e, logo depois, de lavador de pratos em um restau-
rante de entrega de comida chinesa. O que mais o impressionava eram os pe-
quenos restaurantes de Chinatown, em São Francisco. Ele ficou fascinado com
o sistema conhecido como take away, por meio do qual a comida era entregue
aos clientes em caixinhas de papelão branco, num balcão próximo à porta de
entrada dos restaurantes. No Brasil não havia nada parecido, e uma idéia, no
começo tímida, começou a tomar conta de seus pensamentos e a abalar sua
decisão de ser dentista.
Ao regressar, Robinson concluiu o curso de Odontologia em 1989 e clinicou
por três anos chegando a abrir três consultórios. Porém, a “idéia da caixinha”
permanecia presente e ele começou a alimentar o sonho de montar um negó-
cio de entrega de comida chinesa nesse tipo de embalagem.

10 dolce morumbi
A “idéia da caixinha” de
Shiba o transformou
em um “case” de
empreendedorismo

dolce morumbi 11
gente capa
Mesmo clinicando, Robinson fez pes-
quisas informais para identificar opor-
tunidades no setor e elas estavam
todas lá: os cardápios impressos eram
muito simples e sem ilustrações; as
pessoas tinham preocupações relacio-
nadas à limpeza e higiene, as amigas
de Shiba não pretendiam trabalhar em
casa, portanto o consumo delivery iria
aumentar; já havia penetração da co-
mida chinesa no hábito alimentar dos
brasileiros, e 80% dos clientes que iam
a restaurantes de comida oriental eram
compostos por ocidentais.
Robinson deixou de lado a Odontologia,
que lhe rendia uma confortável situação
financeira, e convenceu seu pai a vender
um apartamento por um terço do valor
a fim de investir na primeira loja China in
Box, em Moema, no ano de 1992. Shiba
tinha apenas 24 anos e inspirou-se no
take away de São Francisco, com algumas
adaptações: a cozinha ficava às claras, na
frente e não nos fundos do restaurante,
a comida era entregue por motoqueiros,
os folhetos eram coloridos e com foto e,
na fachada, brilhava um cartaz com o te-
lefone para os pedidos.
As primeiras barreiras surgiram, pois Shi-
ba não tinha experiência em comércio
varejista. Até então só entendia sobre
12 dolce morumbi
outra das grandes paixões de Shiba, além
dos negócios, é a música. ele toca guitarra na
banda Keep. Ao lado, com a guitarra modelo
lucille autografada por b.b King
“ser dentista”. A primeira foi
a abertura da empresa e sua
papelada, depois conseguir
crédito no mercado e elabo-
rar todo o projeto de entre-
ga de comida chinesa, que
não existia na época.
No dia da inauguração, o te-
lefone não demorou a tocar:
– Alô?! Vocês vendem boxes
para banheiros?
– Não é isso, não. Aqui é um restaurante
chinês. Temos frango xadrez e rolinho
primavera. A comida vai em caixinhas.
Por isso o restaurante se chama China in
Box, respondeu Shiba.
O empresário passou a se dedicar inte-
gralmente ao negócio e, mesmo com
dificuldades financeiras e de fidelização
do cliente, inaugurou, um ano depois,
a segunda unidade da rede. A “idéia da
caixinha” foi decisiva para o sucesso ini-
cial do negócio.
Em 1993, abriu mais quatro unidades em
sociedade com amigos. Quando Shiba
abriu o negócio com o pai e a irmã Helen,
não tinha a idéia de franqueá-lo. O mais
longe que conseguia enxergar como su-
cesso do empreendimento era ter no má-
ximo dez lojas China in Box. Só que as pes-
soas começaram a perguntar se se tratava
de franquia. A partir daí, viu uma oportuni-
dade de crescimento muito maior do que
as dez lojas que havia previsto. Em 1994
participou da primeira Feira de Franquias
e conseguiu franquear 35 lojas.
Shiba não se contentou apenas com o
China in Box e chegou a investir em mais
de 13 negócios diferentes, até descobrir
que estava perdendo o foco. Então se
concentrou apenas em seis: China in Box,
Gendai, Owan, Domburi, GrandVille e
Brevità. Em 1995, a mulher de Robinson,
Márcia, assumiu a parte administrativa
direcionando a empresa. Nessa época o
filho do casal, Rafael, tinha 5 anos. Hoje,
está com 18 e a filha, Sabrina, com sete, e
a família mora no Morumbi.
Para continuar à frente dos negócios, Shi-
ba, além da Odontologia, deixou de lado
outras ocupações, as quais vem retoman-
do, como a prática de tênis e a música. O
empresário chegou a tocar violão na facul-
dade, numa banda batizada “Jimi Denta-
dura e Suas Próteses Removíveis”. Há dois
anos reuniu alguns funcionários e forne-
cedores na formação da banda Keep, que
se apresenta de dois em dois meses em
barzinhos. Shiba toca guitarra e tem um
modelo Lucille autografado por B. B. King.
O que deixa Shiba realmente realizado
é saber que aquela “idéia da caixinha”
transformou não apenas a sua vida, mas
a de muitas pessoas. Sente-se feliz ao ver
que os franqueados realizaram seus so-
nhos a partir de um sonho dele. O China
in Box tem como principal objetivo não
mais o faturamento, mas o sucesso das
pessoas que fazem a marca e, por incrí-
vel que pareça, essa atitude só aumenta
a rentabilidade da empresa. Muitas fran-
quias foram formatadas e inauguradas
em sociedade com funcionários da rede,
como gerentes, cozinheiros e até moto-
boys. O cozinheiro da primeira loja em
Moema e criador das receitas da rede,
Geraldo de Souza, hoje tem quatro lojas,
inclusive a do Morumbi.
Hoje, são 130 unidades do China in Box,
a maior rede de comida chinesa do Bra-
sil. Shiba divide sociedade com 11 par-
ceiros e possui apenas
maria Júliauma
vai às que é só
compras
sua, a primeira, deusando
Moema, a “moeda nú-
sua ecobag
mero 1 do Tio Patinhas”, o lugar onde se
13
gente capa

Ernesto Quissak
Neto trabalha uma
exposição para mostrar a
importância do desenho
aliado à pintura

14 dolce morumbi
concretizou aquela idéia que começou
meio tímida, a “idéia da caixinha”.
“O gritO”
Quissak Neto concentra-se na recuperação
de uma tela de Antonio Rocco em seu ate-
liê no Morumbi. Uma luz tênue entra pela
janela enquanto a música clássica ecoa
pelo ambiente, livros de arte espalham-
se pelas estantes e em um canto, objetos
pertencentes ao avô Ernesto Quissak e ao
pai Quissak Júnior, ambos pintores, estão
sobre uma mesa; três Ernestos, três gera-
ções de pintores.
Desde criança, Ernesto brincava com tu-
bos de tinta enquanto seu pai pintava
quadros, geralmente da família. Foi na-
quele ambiente paternal que aprendeu a
emoldurar, limpar e envernizar trabalhos.
Assim foi até os 22 anos, quando o pai fi-
cou doente por intoxicação com tintas, de
forma que em 1985 parou de pintar. Sem
chão e sem ter mais a quem ajudar, Ernes-
to Neto entrou para o curso de Direito na
Faculdade Salesiana, em Lorena, próxima a
Guaratinguetá, sua cidade natal.
Depois de formado, Ernesto foi convida-
do para ser professor assistente de Direito
Romano na própria faculdade. Em 1995,
casou-se com Solange Rocco e veio para
São Paulo onde começou a dar aulas na
Central de Concursos, preparando can-
didatos à carreira de auditor fiscal, e abriu
o escritório Quissak Advocacia, na Sé, ao
lado do Tribunal de Justiça. Mais tarde,
seu irmão Sérgio Quissak, também forma-
do em Direito, veio trabalhar com ele no
escritório. Observando o amor do irmão
pela profissão, Ernesto percebeu que não
sentia a mesma sensação. Direito não era
o que realmente queria, por isso decidiu
transformar um quartinho que sobrava no
apartamento, nos Jardins, em um ateliê.
Quissak continuou dando aulas e ia ao es-
critório de vez em quando. Cada vez mais
dedicava seu tempo ao ateliê. Por conta
de sua dedicação à pintura, seus ganhos
também foram mudando; naturalmente
começou a ganhar menos porque, como
pintor em início de carreira, era difícil ga-
nhar dinheiro com a arte. Quando o pai
de Ernesto morreu, em 2002, ele defini-
tivamente entendeu que era hora de as-
sumir a pintura numa seqüência da obra
de seu avô e de seu pai, como se o bastão
tivesse sido passado para ele. Entregou o
escritório para o irmão Sérgio, abandonou
as aulas e, desde os 38 anos, se dedica in-
tegralmente à pintura, principalmente à
restauração, apesar de ter sacrificado um
pouco seu padrão de vida.
Solange Rocco deu apoio ao marido
porque quando o conheceu ele tra-
balhava com o pai no ateliê, então ela
entendeu sua decisão. Surpresa mes-
mo foi para os alunos e para a clientela,
para quem “de repente o Dr. Ernesto
havia virado um pintor!”.
O ex-advogado alçou vôo e sempre
brinca que não está pintando sozinho,
pois a genética é muito forte, é como se
seus antepassados estivessem ali com
ele, mas não foi uma decisão fácil, ela foi
amadurecida em conversas com Solan-
ge e com amigos, mas no fim é sempre
uma decisão solitária.
A substituição dos ateliês improvisados
por um mais profissional na Vila Maria-
na, e depois no Morumbi, marcou ainda
mais essa decisão. Ernesto focou seu tra-
balho na restauração, mas também pinta
para expressar sentimentos. Atualmente
está com uma série de estudos para uma
exposição, a ser realizada este ano, que
visa mostrar a importância da técnica do
desenho com base para a pintura. A idéia
é associar imagens com textos de poetas
e pensadores trazendo nesta fusão do
traço, da cor e da palavra o significado
último de cada obra.
Ernesto adora música, iniciou seus estu-
dos de piano aos seis anos e aos doze
anos encontrou seu instrumento musi-
cal definitivo, o violão clássico, sua pai-
xão até hoje. Ele se alimenta da música
para criar sua obra, como se a mensa-
gem musical se transformasse em um
quadro. A música tem, para ele, um sig-
nificado plástico.
dolcE morumbi 15
gente capa
Às vezes, quando comenta sua mudan-
ça, as pessoas exclamam: “Você é louco!”,
mas ele diz que loucura é deixar a vida
para depois. Desde criança Ernesto sa-
bia que a pintura era intrínseca a ele e
sonhava em trabalhar nessa área. Seu
caminho foi desviado pela advocacia,
mas ele resolveu retomar sua rota origi-
nal, entregando-se à Arte de um modo
intenso, total e urgente. De fato, a con-
vicção de Ernesto se reflete nele próprio
Apesar do currículo invejável, Alessandra abriu
mão de uma carreira promissora para se dedicar
aos filhos e marido em tempo integral
16 dolce morumbi
e em seus quadros, verdadeira explosão
de traços e cores sutilmente contida
dentro dos limites de uma tela, que no
entanto, transborda espaço afora, arre-
batando o olhar de quem vê.
Um novo olhar
Alessandra Vieira de Mello é formada em
Ciências Contábeis pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro, possui cursos
de Extensão pela Harvard University, ex-
periência em multinacional e fluência
em inglês e espanhol. Por mais que se
pareça com a descrição de uma execu-
tiva, não é nada disso, Alessandra é uma
bem-sucedida dona-de-casa.
Doce, de voz meiga, Alê está com Carlos
Relvas há 19 anos – incluindo namoro,
noivado e casamento. Juntos, tiveram
dois filhos, Guilherme, de sete anos e
Gustavo, de quatro. Por conta da pro-
fissão do marido, já morou em cidades
como Rio de Janeiro, Boston, Manaus,
México e São Paulo. Ainda que tenha
trabalhado nessas localidades, Alessan-
dra jamais hesitou em “fazer as malas” e
seguir seu sonho de criança, que era o
de constituir uma família e ver seus fi-
lhos crescerem.
“O mercado de trabalho pode esperar...
A oportunidade de vivenciar a infância
e o desenvolvimento dos meus filhos,
não”, é o que ela costuma dizer.
Apesar de ter sido uma escolha pessoal,
Alessandra sabe que caminha na con-
tramão da sociedade moderna, em que
a mulher cada vez mais conquista seu
espaço profissional. Segundo ela, as em-
presas ainda não oferecem uma estrutu-
ra para as mães, e nem pensou na pos-
sibilidade de sair de casa para trabalhar
e passar o dia inteiro sem ver os filhos.
Alessandra acorda cedo, leva os filhotes
à natação, brinca, leva-os à escola, ajuda
com o dever de casa. Aos finais de sema-
na, o programa continua familiar e, junto
com o marido Carlos, leva-os ao cinema,
lanchonetes e parques.
O sonho de formar uma família acabou
mostrando outras alternativas. Alessan-
dra descobriu um dom. Hoje, com 33
anos, pretende acompanhar um pouco
mais o desenvolvimento dos seus pim-
polhos para depois fazer Pedagogia e
continuar lidando com crianças. Como
já dizia Mário Quintana, “sonhar é acor-
dar-se para dentro”.
Nossos personagens do Morumbi aca-
baram movendo-se ao encontro de sua
essência e atenderam a um chamado
interno, quer seja uma veia empreende-
dora, uma arte, a maternidade... Eles fo-
ram adiante e se mostraram grandiosos,
do tamanho de seus sonhos.
17
agenda morumbi
CALENDáRiO
DO MORUMBi
De 9 a 25 De abril
Cursos Do shopping butantã
dia 9 Arrumação de armário de rouparia e
de banheiro
dia 10 Artesanato: porta-retrato
em cartão craft
dia 14 Culinária: bem-casado e bolo
decorado com flores
dia 16 Bordado: coração florido em ponto
torçaide
dia 17 Artesanato: curso ensina a fazer
porta-sapatos
dia 18 Artesanato: cartão com cerâmica
plástica para o Dia das Mães
dia 24 Beleza: cuidados com a pele e lábios
dia 25 Artesanato: cachepô
de madeira para violeta
LocaL: Shopping Butantã – Av. Prof.
Francisco Morato, 2718
Horário: 14h30
inForMaÇÕeS e inScriÇÕeS: 3723-3900
curSoS gratuitoS
De 11 De abril a 11 De junho
exposição lonas Com arte, de Jonas Lemes
LocaL: Centro Cultural Apsen, na Casa da
Fazenda do Morumbi
Av. Morumbi, 5594 – Estacionamento com
manobrista na Casa (R$ 10)
Horário: Ter a sáb das 12 às 20h, e aos
domingos das 12 às 18h
inForMaÇÕeS: 3739-5100
ViSitaÇão gratuita
14 De abril
evento: meDiDas sustentáveis para Converter
resíDuos em reCeita – Os palestrantes dividirão
suas experiências e, através de estudos de
caso, ilustrarão como encontram o norte para
os desafios de construir sem destruir, produzir
mais com menos e visionaram o lixo como
fonte de sustentabilidade.
Apoio cultural
18 dolce morumbi
LocaL: Hotel HB Ninety – Sala Monet
Al. Lorena, 521 – Jd. Paulista
Horário: das 8 às 18h
inForMaÇÕeS e inScriÇÕeS:
www.interaassessoria.com.br
Tels.: 3853-7475 / 9676-2584 com Andréa
16 De abril
poCket show – Choro Das 3
As três irmãs Corina, Lia e Elisa Meyer
lançam o CD Choro das 3 – Meu Brasil
Brasileiro (Som Livre). O repertório passa por
consagrados artistas do choro e inclui uma
música inédita.
LocaL: Fnac Morumbi
Morumbi Shopping, Piso Térreo e Piso Lazer
Av. Roque Petroni Júnior, 1.089
Horário: 20h
inForMaÇÕeS: 3206-2000
gratuito
até 19 De abril
exposição “brasil antigo” em shaDow art
Uma viagem pela nossa história apresentada
de forma especial por Mitiko Yanagui.
LocaL: Casa da Fazenda do Morumbi
Avenida Morumbi, 5594
Horário: De ter a dom das 11 às 21h
inForMaÇÕeS: Tel.: 3742-2810 – Curadoria:
Vagner Aniceto
24 De abril
poCket show – CPM 22, show do CD Cidade
Cinza (Universal). Além de uma performance
ao vivo, a banda fará sessão de autógrafos
ao final do evento.
LocaL: Fnac Morumbi – Morumbi Shopping,
Piso Térreo e Piso Lazer – Av. Roque Petroni
Júnior, 1.089
Horário: 19h
inForMaÇÕeS: 3206-2000
Distribuição de senhas 1 hora antes do evento
até 4 De maio
exposição a arte que banha o norDeste
Reúne obras de cerca de 30 artistas de
cinco estados e faz parte do projeto
Brasil Mostra a sua Arte.
LocaL: Palácio dos Bandeirantes,
Av. Morumbi, 4.500 – Portão 2
Horário: De seg a sex das 10 às 17h,
sempre em horas cheias. Sábados,
domingos e feriados, das 11 às 16h,
sempre em horas cheias
agendaMento eLetrônico:
www.acervo.sp.gov.br
Todas as visitas são acompanhadas por
monitores.
inForMaÇÕeS: Tel.: 2193-8282
gratuita
abril e maio
Cursos gratuitos na leroy merlin raposo
tavares – Os cursos serão ministrados pelos
parceiros Casa do Restaurador, Coral, Suvinil,
Sherwin Willians, Moral Color e HTH.
12/4 Textura (Sherwin Willians) –
das 14 às 15h30
18/4 Workshop Carimbo, Ferramentas e
Stencil (Casa do Restaurador) – das
10 às 13h e das 14 às 17h30 (turmas com
1 hora de duração)
19/4 Tratamento de Piscinas (HTH) –
das 14 às 15h
26/4 Textura (Suvinil) – das 11 às 12h30
5/5 Demonstração (Moral Color)
das 13 às 16h
10/5 Tratamento de Piscinas (HTH)
das 14 às 15h
LocaL: Leroy Merlin – Rodovia Raposo
Tavares, KM 14,5
25 vagas por curso
inScriÇÕeS: 3732-0800 ou
www.leroymerlin.com.br
apsen

19
fort house

20
gente entrevista

de 1 a 10
THAIS FANTAUZZI
Dona de um olhar expressivo e um sorriso conta-
giante, a atriz Thais Fantauzzi respira teatro por
todos os poros e faz disso sua vida – atua, ensina,
escreve, dirige, produz.
Ciente do desafio que é promover cultura no Bra-
sil inaugurou, dia 29 de março, um espaço pionei-
ro no país, onde é possível conciliar três grandes
prazeres: a arte, a boa gastronomia e o encontro
com amigos – o Espaço Casa Morumbi (veja nota
na seção Em Foco, pág. 55), que traz a peça De
Papo Pra Lua. A comédia, de sua autoria, é inspi-
rada na história real de um cidadão americano,
que após passar por seis profissões decide lotear em um banco e fazendo faculdade de economia),
a Lua e fica milionário. tomei a decisão de virar o jogo e prestar arte dra-
Thais considera seu curso de teatro seu maior mática na USP. Foi a minha sorte... E a do Brasil! Já
bem e acredita que o país possui matéria-prima pensou que economista eu seria?

farta e rica em termos profissionais, mas falta in-
vestidores capazes de apostar no novo e pessoas
que visualizem o projeto como um todo. Para o
futuro pretende se posicionar como empresária
artística empenhada na luta cultural.
2
No palCo da vida vale tudo para ser prota-
goNista?
Não, não vale tudo. Aliás, me incomo-
da muito esse jeito de levar as coisas. Sou uma
pessoa extremamente preocupada com a éti-
ca, o profissionalismo, a conduta para se con-
quistar um objetivo. Pra mim só vale a pena se

1
Como voCê Chegou ao teatro? for assim.
Fui uma criança que queria inventar um jei-

to de transformar a realidade em algo mais
divertido. Ficava pensando em alternativas para
escapulir de um mundo que me parecia monóto-
no. Aos dez anos vi minha irmã atuando em um
espetáculo amador e enxerguei aí uma boa saída.
Fiz teatro na escola, no clube, nos vizinhos, na calça-
da. Mais tarde, quando a vida me levou novamen-
te para o mundo cartesiano (estava trabalhando
3
viver do teatro No Brasil é uma arte?
E como... Ontem mesmo fui assistir a um
espetáculo com atores incríveis (um de-
les, uma atriz consagrada na televisão) em um
local alternativo. Como não havia infra-estrutura,
no meio da peça caiu a luz, vazaram sons... Inclu-
sive o jogo do Corinthians que era ouvido na sala
ao lado. Os artistas vão resistindo bravamente,
mas tudo tem um limite.

dolce morumbi 21
 gente entrevista

4
toda estréia dá um frio Na Barriga?
Claro que sim e é uma delícia. Dizemos que se não há
adrenalina não tem graça.

5
as téCNiCas de teatro podem ser apliCadas à vida?
Grande parte dos meus alunos procuram o teatro
não para seguir carreira e sim, para vencerem blo-
queios pessoais e sociais. Meu curso se propõe a ensinar as
técnicas do ator para pessoas comuns que querem melhorar
a comunicação, a voz, o desempenho em público ou sim-
plesmente desestressar. Nesse sentido, elas podem e devem
ser consideradas uma valiosa ferramenta para a vida.

6
Como é viver outras vidas sem perder sua essêNCia?
Aí é que está a grande magia. Poder vasculhar os sen-
timentos humanos de forma tão intensa e voltar a ser
você. É uma oportunidade ímpar. Quando se aprende a fazer
isso com técnica, não se corre este perigo.

7
para quem voCê daria a lua? e quem maNdaria pra lá?
Atualmente para meu grande amor. Seria o único jei-
to de agradecer todo o apoio e incentivo que ele me
dá. Quem eu mandaria?? Puxa... Acho que o cachorro do meu
vizinho... Mas mandaria uma cadelinha junto, coitado, ele não
tem culpa de latir assim!

8
voCê atua, eNsiNa, dirige. é multifuNCioNal tamBém
Na vida pessoal?
Multi, super, hiper. Frito peixe e olho o gato e ainda
decoro texto, namoro, faço supermercado, capto recursos
para os espetáculos, vejo o entupimento na pia, busco a filha
na balada e por aí vai...

9
qual foi o fato mais eNgraçado que aCoNteCeu eNtre
voCê e seus aluNos?
O mais engraçado foi uma aluna que incorporou de
verdade. Ela era espírita.

10
sua vida é feita de mais Comédias ou tragédias?
Como eNCara Cada uma delas?
Escrevi um livro de crônicas chamado “Vãs Filo-
sofias de uma Mulher Mandioca”, onde faço uma releitura
da minha existência neste planeta, transformando todos os
maus momentos, ou se preferir, os momentos trágicos, em
hilárias histórias. Fiquei surpresa com a quantidade de comé-
dia que existe na tragédia. É só mudar de ângulo.
22 dolce morumbi
23
DE BEM COM A VIDA GASTRONOMIA
BEM-CASADO
RISOTO DE PÊRA CONTRAFILÉ RECHEADO COM PRESUNTO
COM GORGONZOLA DEFUMADO AO MOLHO RÔTI
De origem italiana, o risoto, inicialmente chamado
de “sopa seca”, era considerado um prato popular.
Com o tempo ganhou a companhia de ingredientes
sofisticados, como açafrão, funghi, e tornou-se uma
charmosa opção para as melhores mesas. Chegou
ao Brasil por volta do século XIX trazido pelos imi-
grantes, onde pode ser saboreado das formas mais
diversificadas e criativas.
Por falar em diversificação e criatividade, uma boa dica
é saborear o risoto de pêra com gorgonzola acompa-
nhado pelo delicioso contrafilé recheado com presun-
to defumado ao molho rôti, do restaurante Naana.
A boa tradição italiana afirma que o risoto é um
prato que se basta, porém a combinação é perfei-
ta, pois casa a suavidade do risoto de pêra ao sabor
marcante da carne ao molho.
O risoto combina o frescor da pêra e a forte presen-
ça do gorgonzola, proporcionando ao paladar uma
leve sensação ácida e adocicada, já a carne oferece
24 DOLCE MORUMBI
um agradável sabor picante que vem do
presunto e do molho.
Para Ana Purim, proprietária do Naana,
que investe na diversificação e brasilida-
de de seus pratos sem perder o requinte,
os risotos são pratos práticos por serem
fáceis de preparar e muito saborosos por
isso têm lugar cativo no cardápio.
O Naana é um restaurante self-service com
menu variado e original e atendimento
personalizado. Como não possui cardápio
fixo, é possível apreciar o risoto de pêra nos
dias 16 e 28 de abril.
SERVIÇO:
Naana Buffet e Restaurante
Av. Dr. Guilherme Dumont Villares, 1269
Shopping Portal – Tel.: 3743-6273
Almoço – De seg a sex das 12 às 15h30 (sáb até 16h)
Chá-da-tarde – De seg a sex das16 às 19h
Valor do quilo: R$ 38,30 – buffet sáb. R$ 28,00
25
de bem com a vida lar, dolce lar Por Silvia Utsch

Que tal um cineminha

em casa?
Sentar atrás de um projetor na própria
casa foi durante anos o maior desejo de
milhares de cinéfilos. Mas, com o avan-
ço dos televisores de plasmas e LCDs
e seus tamanhos gigantescos, o sonho
de possuir uma tela gigante na sala se
fez realidade graças à alta definição.
Novas telas, capazes de exibir imagens
com pelo menos o dobro da qualidade
de antigamente, surgiram no mercado
e agora estão muito mais acessíveis.
Para tornar o cinema ainda mais com-
pleto, também já estão à venda no Brasil
os tocadores de HD-DVD e Blu-Ray. São
novos formatos de alta definição que
reproduzem a imagem perfeita. Para
completar, as mídias Blu-Ray estão pre-
sentes em filmes, shows e DVDs virgens
em várias lojas e locadoras do país.
Ao comprar uma tela de alta definição,
há duas opções: de plasma e de LCD.
As de plasma vêm em tamanhos maio-
res e têm excelente contraste, mas de- Já as telas de LCD consomem menos O novo televisor está equipado com o

mandam mais cuidado no uso e conso-
mem consideravelmente mais energia,
sem falar que algumas dissipam gran-
de quantidade de calor no ambiente.
SILVIA UTSCH é arquiteta e urbanista e moradora do Morumbi. e-mail: msutsch@ajato.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
energia. As inúmeras marcas existentes
no mercado oferecem modelos que
vão de R$ 3 mil a R$ 300 mil, depen-
dendo do tamanho e tipo da tela.
O HDMI é outra grande vantagem que
a alta definição traz às telas. Em inglês
significa interface de multimídia de
alta definição. Trata-se de um cabo que
transporta ao mesmo tempo sinais
100% digitais de áudio e vídeo. Além
da qualidade, o principal benefício é a
simplificação das conexões. Antes era
preciso conectar um monte de cabos
para ligar um aparelho na TV. Hoje um
cabo só resolve tudo.
fotos: divulgação
que há de mais avançado em qualida-
de e definição de imagem. Ele possui
um portfólio completo e diversificado
de soluções que proporcionam o má-
ximo de experiência e entretenimento,
levando ao ambiente doméstico a qua-
lidade do cinema de última geração ao
exibir imagens em altíssima resolução
que permitem a composição de cenas
quase reais, com maior nitidez e con-
traste de cores.
Agora, basta você rever seus conceitos,
embarcar na nova tecnologia, fazer
uma pipoquinha e curtir um delicioso
cineminha em casa.

26 dolce morumbi
27
 DE BEM COM A VIDA tecnologia
Turbine
seu iPod
Acredito que hoje a maioria das pessoas
possua um MP3 Player como companhei-
ro no seu dia-a-dia, e eu, claro, não poderia
deixar de ter esse brinquedo também. Dos
modelos existentes, o mais famoso é o iPod
da Apple (http://www.ipod.com); eu nadei
contra a maré e comprei o Zune, da Micro-
soft (http://www.zune.net), pois ele tem
uma tela maior, o que me permite assistir a
filmes com melhor qualidade. O fato é que
o iPod é um vencedor na quantidade de
usuários, e também na lista de acessórios.
São tantos que ficamos atordoados na es-
colha, então montei um “kit básico”.
Montei essa lista pensando nos modelos
mais vendidos que são o iPod clássico, o
iPod shuffle e o novo lançamento: o iPod
Touch. Divirta-se e boas compras. Se quiser
incrementar a lista, me envie um email.
Case: Essencial para proteção e maior“vida”
do seu iPod. Existem várias marcas, mate-
FOTOS DiVULGAçãO
Case de siLiCone
Cabo para tV
Carregador
28 dolce morumbi Leandro Linhares é consultor de informática. e-mail: linharesleandro@hotmail.com - cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
Por Leandro Linhares
riais e infinitas cores. Recomendo o de
silicone, pois é o mais prático de todos
e apresenta melhor custo-benefício. Mi-
nha marca favorita é a DLO (http://www.
dlo.com) – a qualidade e acabamen-
to são impecáveis. É possível comprar
em lojas no Brasil e existem para todos
os modelos. Sugiro também que você
compre um “screen shield” – plástico que
protege a tela contra riscos e arranhões.
A marca Belkin ganha de todas, o tama-
nho é exato, não sobram beiradas e ne-
nhum pedaço da tela fica desprotegido,
é totalmente transparente, garantindo
uma perfeita imagem.
Carregador: Não é uma chatice ter que co-
nectar o iPod no computador para recarre-
gá-lo? Um carregador facilita muito essa ta-
refa e permite que você o faça em qualquer
lugar. Para esse item, tem que ser do próprio
fabricante. Apple, apesar de caro, garante a
segurança de não “torrar” seu iPod.
Kit Carro: Os novos rádios já possuem um
conector USB – permite conectar direta-
mente o iPod. Porém, se você ainda tem
um modelo antigo, compre um transmis-
sor FM. Uma ponta é plugada no acende-
dor de cigarros e a outra no iPod. Você se-
Kit Carro
leciona uma faixa de rádio no aparelho e
sintoniza a mesma faixa no rádio do carro,
dessa forma o áudio é transmitido do iPod
para o rádio. Mas não compre o transmis-
sor simples, que não utiliza o acendedor
– seu sinal é muito fraco, e em uma cidade
como São Paulo a interferência é enorme,
então o sinal precisa ser mais forte. O que
possuo é da marca Griffin (http://www.gri-
ffintechnology.com), excelente aquisição.
Cabo para tV: Conecta o iPod no conector
A/V da TV (aquele de três pinos: amarelo,
vermelho e branco). Para esse item tam-
bém indico o do fabricante, pois precisa
ter uma garantia de isolamento de sinal,
então compre da Apple mesmo.
Caixa de som para Casa: É também conhe-
cida como “dock”, você encaixa o iPod em
uma base com alto-falantes que reprodu-
zem o som ambiente. Alguns modelos
possuem grande potência, mas acho des-
necessário, pois pode-se usar o mesmo
cabo de TV para ligar no seu Home Thea-
ter e ter um som de excelente qualidade.
Para esse item vale mais o gosto pessoal
do que a marca – o meu preferido, o Sony
iPod Clock Dock, é completo: tem rádio,
relógio e sincroniza músicas, porém outros
fabricantes, como Apple, Belkin, DLO e Logi-
tech, possuem modelos interessantes.
Essas marcas possuem a maioria dos
acessórios para outros modelos, como
SanDisk, Samsung, Sony e outros. Uma
dica importante: normalmente os “ge-
néricos” seguem as especificações dos
famosos e os acessórios são compatí-
veis. E se você tiver um Zune, como eu,
me envie um e-mail que passo a lista
de acessórios para ele.
mister tech

29
DE BEM COM A VIDA test drive
10ª Geração do Corolla
No ano em que a Toyota comemora 50
anos na fabricação de veículos no Brasil,
e dez anos depois de iniciada a venda
do Corolla brasileiro está à disposição no
mercado seu mais novo sucessor.
História e referência – Em 1961 a Toyo-
ta iniciou suas atividades com a fabricação
do Bandeirante, o utilitário que vendeu mais
de 100 mil unidades em 40 anos de muita
representatividade no mercado brasileiro.
Em um terreno de 1,5 milhão de metros
quadrados na cidade de Indaiatuba, no
interior de São Paulo, e com o investimen-
to de US$ 150 milhões, a Toyota do Brasil
construiu a partir de 1996 as instalações
de sua principal fábrica no País, destinada
à produção do Corolla, lançado em 98.
Em janeiro de 2003, como resultado do
êxito absoluto do Corolla, a Toyota do
Brasil elevou o volume de produção em
120%, para comemorar, um ano depois, a
produção acumulada de 100 mil unidades
do modelo. Foi também nesse ano que a
marca japonesa lançou a Fielder, derivada
do Corolla, que ressuscitou o mercado
nacional de station wagon, abandonado
pelas outras montadoras.
Em 2007 passou a comercializar os veícu-
los flex (bicombustível), Corolla e Fielder,
30 dolce morumbi
Por Renato Corrêa
e diante da demanda de seus produtos
ampliou a rede de distribuição chegando
a 122 revendas em 2008.
Em março foi apresentada a 10ª geração
do Corolla, o veículo mais vendido na his-
tória da indústria automobilística mundial
– mais de 33 milhões de unidades, desde
o seu lançamento.
O nOvO mOdelO – O desenho equilibra-
do não esqueceu a elegância. De frente o
novo Corolla lembra bastante o modelo
Camry, veículo que dita a tendência visual
dos sedãs da marca. Na traseira redese-
nhada sobressaem a tampa do porta-
malas e as novas lanternas. No interior a
principal mudança foi a adoção do assoa-
lho sem o incômodo túnel, aumentando,
assim, o espaço para os ocupantes do
banco traseiro.
mOtOr e transmissãO – O motor é o
consagrado 1.8 VVTi Flex de 16 válvulas
que, nesta geração, rende 136 cv de po-
tência máxima a 6.000 rpm, quando abas-
tecido só com álcool. Para atender à nor-
ma ambiental que passa a vigorar no Brasil
a partir de 2009, o motor do novo Corolla
recebeu um conversor catalítico mais efi-
ciente, reduzindo ainda mais os níveis de
emissões de poluentes na atmosfera.
Para o público com necessidades espe-
ciais, a Toyota disponibiliza uma versão
foto: divulgação
XLi, com câmbio automático e motor 1.6
16V VVTi a gasolina, com110 cv de potên-
cia a 6.000 rpm. O câmbio mecânico de
cinco velocidades está disponível nas ver-
sões XLi e XEi.
A maior novidade, entretanto, está na
transmissão automática de quatro veloci-
dades que recebeu o sistema Super ECT
(Controle Eletrônico de Transmissão), tec-
nologia que analisa as condições de uso
do veículo e, em função disso, seleciona e
mantém a marcha mais adequada para a
condição encontrada.
Entre as muitas novidades do novo Co-
rolla, além das já mencionadas, as que
mais se destacam são: porta-malas mais
espaçoso; acabamento e revestimento
interior sofisticados; acelerador eletrôni-
co; direção eletroassistida; acendimento
automático dos faróis; faróis de Xenon;
sensor de estacionamento; ar-condicio-
nado automático e digital; suspensão
recalibrada para aplicação no Brasil; nova
carroceria com reforço estrutural.
Preços: de R$ 62mil chegando a R$ 87 mil
para a versão topo de linha.
renato Corrêa – rcorrea@aclnet.com.br

DE BEM COM A viDA moda
Tendências
inverno 2008...
Para o
trabalho!
Todo ano, toda estação, a mesma dúvi-
da: o que é moda no momento? Ou “o
que me deixará com ar de ‘datada’, de
coleção passada?”
Qual mulher ainda não folheou uma
revista, foi a um desfile da marca prefe-
rida, assistiu a um programa, deu uma
espiadinha nas vitrines? Poucas, pou-
quíssimas, com certeza, porque a moda
nos encanta, sim, tem um mistério, um
poder que contagia, mas não o poder
de vítimas da moda, isto já está ultra-
michael
chanel
kors
32 dolce morumbi
passado. Hoje as pessoas buscam indi-
vidualidade, personalidade e coerência
com seu estilo, modo de vida, estado de
espírito, idade e silhueta.
Com tantas fontes de informação, é
inegável um estresse sobre o que ves-
tir. “Será que posso?” “É para mim?”, ou,
como diz aquela propaganda tão atual,
“Nem tudo é para todas”.
É por isso que resolvi não falar tanto das
tendências deste inverno, já que informa-
ção você terá por aí, mas falar de moda-
chanel louis vuitton
ralph
lauren
lita mortari
tendência para quem trabalha. Pode pa-
recer fácil, mas será que aquele coletinho
curto e certinho no corpo combina com
seu ambiente de trabalho? Certamente,
se você tem uns 40 anos, como eu, e é
executiva de uma grande empresa, me-
lhor deixar na vitrine, ou para sua filha
adolescente. Por quê? Porque uma “ves-
te” mais alongada, sem manga e acintu-
rada ficará muuuuito melhor e não te
deixará com ar infantilizado.
Se você quer parecer rejuvenescida,
moderna e mostrando ao mundo que
está por dentro, mas sabe ser coerente
nas suas escolhas, é preciso, e muito,
saber o que colocar no guarda-roupa
destinado ao trabalho.
Primeiro, deve ser enxuto, só com peças
coordenáveis, práticas e de fácil manu-
tenção, depois deve ter a sua cara (não
da chefe, da filha, da “gostosa” do lado...)
Personalidade é o único elemento ne-
cessário para se destacar, e em moda e
poder é a personalidade a chave para
o sucesso de ambos. No que se refere a
 tess
moda, é decisivo que se escolha entre
todas as propostas que a favoreça e que
se mesclem com estilo e naturalidade.
É indiscutível o poder que um bom traje
impecável, um belo par de sapatos e uma
bolsa perfeita fazem pela mulher, e sele-
cionar o melhor dentre as novidades faz
com que se tenha o armário definitivo.
Em moda para trabalho hoje, não apenas
o mais clássico e seguro abrigo ou casaco,
mas uma calça alinhada, um top elegan-
te, mas despretensioso, e novas meias
trabalhadas são o que fazem com que as
novas regras da moda (que é necessário
conhecer, nem que seja para romper de
vez em quando) dêem o poder que a mu-
lher procura. Os tempos mudaram e não
é mais preciso se vestir literalmente como
homem para mostrar esse poder.
Como refresCar o look trabalho seguindo
as tendênCias que apontam nas lojas?
Uma peça? Suéter de gola alta.
Um material? Jérsei ou cashmere.
Um look? Retrô anos 70.
tess
Volta o ConCeito “Vestida para o suCesso”
Um estilo que vai mais longe que o tweed
e se torna uma tendência, os tecidos de
alfaiataria masculina, como xadrezes, lãs
com ares de escola britânica, saias molen-
gas x lápis, mescla de cores e padrões.
quatro peças impresCindíVeis que formam o
melhor Companheiro para o trabalho Com
ares de moda e Vitória são básiCas Com bossa
e permitem infinitas Composições:
Vestes: são jaquetas com ou sem man-
gas, como coletes mais elaborados,
mais atuais e descolados que o tradicio-
nal paletó de meia-estação.
Calça alfaiataria: é a chave para o look
mais antenado da temporada. Xadrezes es-
tão em alta no momento, mas são eternos.
Peças em gola roulé: pode ser tricô
fino, malha de algodão, ou materiais di-
ferenciados.
Silhueta lápis: em saias e vestidos
retos e mais sequinhos (proibido para
quadris largos e pernas grossas).
tess
E sobre o poder que buscamos? É o
poder da alma, que colocamos nas cria-
ções, não importa qual a área. É o poder
do cargo que contribui para a justiça no
mundo. E por último, o poder que sem-
pre temos, de não abaixarmos a cabeça,
da rebeldia saudável, este sempre reina-
rá acima de todas as tendências...
Mas... Qual será a próxima?
Boas compras e sucesso no trabalho.
Mas com muito estilo!!!
onde enContrar
tess – r. dep. João s. hirata, 479 – tel.: 3742-9231
lita mortari – morumbi shopping – tel.: 5181-8811
daslu – av. chedid Jafet, 131 – tel.: 3841-4000
claudia castellan é consultora de imagem, consultora de private
label, especialista em marketing de moda, professora universitária e
do Senac , palestrante e autora de cursos na área de moda.
www.claudiacastellan.com.br. e-mail: claudiall@ig.com.br.
cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.
dolce morumbi 33
 dolce roteIro RAMON URTIZA X NELSON GAMA

O roteiro que Dolce escolheu para esta edição foi feito em duas ruas recheadas de variedades:

José Ramon Urtiza e Nelson Gama de Oliveira. Bem localizadas, as vias são vitrines de boas

opções e novidades voltadas para os mais diversos ramos. Ali se encontram três clínicas – Clínica

Odontológica Pincelli, Luiza Sato e o consultório da Dra. Claudia Mello Ferber –, espaços

sofisticados como a loja de decoração Ideall Design e o Stúdio Martha W. Farias, lugares práticos

como a lavanderia 5 à Séc e outros voltados à educação e aprendizagem como Wizard, Colégio

Visconde de Porto Seguro e Academia Gustavo Borges. O passeio termina de forma perfeita no

Temaki by Noru, apreciando um delicioso temaki de algas crocantes.

stÚdio martha w. Farias

amor À arte
Inaugurado no começo deste ano, o Stúdio
Martha W. Farias oferece aulas de arte para
adultos, crianças e pessoas com necessidades
especiais. O espaço trabalha com várias
técnicas atualizadas de pintura em tela,
madeira, cerâmica, além de arte têxtil. A
artista plástica Martha W. Farias se dedica à
pintura desde adolescente e recentemente
expôs seu trabalho “Baianas – Símbolos de
Fé” no Centro Cultural Apsen.
stÚdIo Martha farIas – escola de pIntura
Rua José Ramon Urtiza, 890, conj. 2
Tel.: 3772-0920 – De seg a sáb das 8 às 18 h
Estacionamento

34 dolce morumbi
 ideall design

Ideall para você

Com móveis para todos os ambientes de sua casa, a
Ideall Design trabalha com produtos de qualidade, preços
compensadores no custo benefício e honestidade na venda,
fidelizando seus clientes. A equipe oferece projetos de
decoração para quem está mudando bem como para quem
precisa apenas refazer alguns espaços.
Ideall desIgn – MóveIs
R. Nelson Gama de Oliveira, 277 – Tel.: 3507-4852 – Estacionamento
www.idealldesign.com.br

dolce morumbi 35
 Colégio VisConde de Porto seguro

um porto seguro
Em 130 anos, o Colégio Visconde de Porto Seguro,
conserva uma tradição bicultural (brasileira e alemã).
Com uma educação humanizada, considera não só
os aspectos intelectuais, mas também os emocionais
e morais. O Colégio incentiva intercâmbio cultural
com outros países e prepara os alunos para exames
internacionais em: Cambridge (inglês), ZDP e
Sprachdiplom (alemão) e DELE (espanhol), pois se
propõe a formar cidadãos do mundo.
colégIo vIsconde de porto seguro – unIdade III
educação InfantIl, ensInos MédIo e fundaMental
R. Itapaiúna, 1355 – Tel.: 3746-1600

portInho
educação InfantIl para crIanças
de uM ano e MeIo a 4 anos
R. Itapaiúna, 1350 – Tel.: 3779-7700
www.portoseguro.org.br

36 dolce morumbi
dolce morumbi 37
 dra. Claudia
e Fga. Karla

parcerIa de
sucesso
No Morumbi há sete anos, o
consultório da Dra. Claudia Mello
Ferber, especialista em pediatria e
homeopatia, oferece tratamentos
homeopáticos para crianças e
adultos utilizando conhecimentos
psicossomáticos no tratamento.
O consultório também conta com
o atendimento da fonoaudióloga
Karla Maffini Antoniazzi Rossi, que
trata problemas como alterações
da fala, motricidade oral, distúrbios
de leitura e escrita e alterações do
processamento auditivo central.

dra. claudIa Mello ferber e

fga. Karla antonIazzI rossI – clínIca
de pedIatrIa e fonoaudIologIa
R. Nelson Gama de Oliveira, 311 – cj. 86
Tels.: 3743-5244 / 9656-6743
De seg a sex das 7 às 20h. Estacionamento

aCademia
gustaVo Borges

o lugar
de seu
peIxInho
Bem-estar. Esta é a palavra-
chave utilizada pela Academia
Gustavo Borges, que desde
2004 oferece aulas de
natação para todas as idades,
fitness, atividades aquáticas,
programa para gestante,
judô, ballet infantil etc. Neste
ano, a principal novidade é a
expansão física da academia
que passará de 1.500 m²
para 2.300 m², ganhará mais
uma piscina, vestiário e maior
estrutura para o fitness.

acadeMIa gustavo borges

acadeMIa – R. José Ramon Urtiza,
901 – Tel.: 3744-1476
De seg a sex 6 às 22h e sáb 9 às 14h
Aceita Amex, Credicard e Visa
www.gbnatacao.com.br
38 dolce morumbi
 ClíniCa PinCelli

um belo
sorrIso
A Clínica Odontológica Pincelli conta
com a experiência de mais de 30 anos
do Dr. Narciso Pincelli e com uma equipe
formada por profissionais especializados
nos diferentes ramos da odontologia.
O espaço, equipado com modernos
aparelhos, presta aos pacientes o
melhor serviço em odontologia
estética e reparadora, além de possuir
estacionamento e elevador privativos.
clínIca pIncellI – odontologIa
R. Nelson Gama de Oliveira, 287
Tels.: 3772-4313 / 3743-4498
De seg à sex das 8 às 20h
Estacionamento – www.clinicapincelli.com.br

dolce morumbi 39
 l o studio

o seu estúdIo
de beleza
Especializado na área de beleza e com
instalações modernas, o LO Studio conta com
55 profissionais constantemente aprimorados,
dez salas de estética, área exclusiva para
manicure, jardim interno e coffee.
Para deixar homens e mulheres ainda mais
belos dispõe de excelentes serviços: cabelos,
manicure/pedicure, podologia, estética
facial e corporal, design de sobrancelhas,
maquiagens, depilações, dia da noiva etc.
l o studIo – cabeleIreIros – R. José Ramon
Urtiza, 1220 – Tels.: 3776-7280 / 3776-7282
De seg a sáb das 8 às 20h – Aceita Amex,
Mastercard e Visa – Estacionamento
www.lostudio.com.br

temaKi By noru

delícIas do Japão
Os apreciadores da culinária japonesa não ficam em dúvida em
se tratando de temakeria. No Noru podem degustar temakis
bem servidos, envoltos em alga crocante e cobertos com
ingredientes preparados na hora, especialmente elaborados por
seus sushimen. O cardápio lista ainda uma grande variedade de
sushis e combinados especiais.
teMaKI by noru – restaurante
R. José Ramon Urtiza, 975 – Open Mall Panamby – Tel.: 3743-4637
De dom a qua das 12 às 22h, qui a sáb das 12 às 23h

40 dolce morumbi
 shiatsu luiza sato

toque FemInIno
Logo na recepção, os sapatos são retirados.
O cansaço e o estresse ficam do lado de fora
da tradicional Clínica Luiza Sato, que prima
pela qualidade no atendimento. Antes mesmo
das sessões de shiatsu – técnica de massagem
milenar – reflexologia, acupuntura, drenagem
linfática, ofurô ou Pilates, as freqüentadoras
são servidas com sopa de missô, chá e biscoitos
do Japão. O efeito de todos esses cuidados é
extremamente relaxante.
shIatsu luIza sato – estétIca – R. José Ramon
Urtiza – Open Mall Panamby – Tel.: 3741-0822
De seg a sex das 7 às 20h e sáb das 9 às 18h
Estacionamento – www.luizasato.com.br

dolce morumbi 41
 wizard morumbi

prazer em aprender
Aberta em 1996, a Wizard Morumbi desenvolve um trabalho
voltado para atender às necessidades individuais dos alunos,
que, dos quatro anos até a fase adulta, ajustam suas aulas de
acordo com horários e dias da semana disponíveis. O grande
diferencial da Wizard Morumbi é ministrar todos os idiomas
disponíveis na unidade da rede como: Inglês, Espanhol,
Francês, Italiano, Português para estrangeiros, Japonês e
Mandarim, além de oferecer pacotes individualizados.
Wizard morumbi – eScoLa de idiomaS
R. José Ramon Urtiza, 608 – Tel.: 3742-1015 / 3742-5572
De seg a sex das 7 às 22 h, sáb das 9 às 13 h – Estacionamento
com manobristas – Aceita Mastercard e Visa
www.wizardmorumbi.com.br

5 à sec

Sua roupa em
boaS mãoS
Especializada no tratamento de
roupas, a 5 à Sec – a maior rede
de lavanderias do Brasil – utiliza
modernidade na limpeza de todas
as peças através da lavagem a
seco. Com 40 anos de experiência,
desde que surgiu a primeira loja na
França, a empresa busca facilitar
a vida de seus clientes oferecendo
sistema de delivery e parcelamento
em até 5x sem juros. Além das
peças de uso cotidiano, a empresa
oferece lavagem de edredons,
tapetes, cortinas etc.
5 à Sec – Lavanderia
R. José Ramon Urtiza, 762
Tel.: 3501-9596
Delivery no Morumbi 0800-7709589
De seg a sex das 8 às 18h30 e sáb das
9 às 13 h – Estacionamento – Aceita
todos os cartões de crédito e débito
www.5asec.com.br

42 dolce morumbi
FIcha técnIca
Rua Ramon Urtiza
5 à Sec – lavanderia – r. José ramon
urtiza, 762 – Tel.: 3501-9596 – delivery
0800-7709589
www.5asec.com.br
Ver matéria na página 42
AcAdemiA GUStAVo BoRGeS
Academia – r. José ramon urtiza, 901
Tel.: 3744-1476 – estacionamento
www.gbnatacao.com.br
Ver matéria na página 38
clínicA VeteRináRiA PAnAmBy
Veterinários – r. José ramon urtiza, 768
Tel.: 3743-8253
contoURS exPReSS – Academia
r. José ramon urtiza, 975 – open mall
Panamby – Tel.: 3776-7141
cVc – Viagens e Turismo – r. José ramon
urtiza, 975 – open mall Panamby
Tel.: 2117-2800 – www.cvc.com.br
HelP med – drogaria – r. José ramon
urtiza, 206 – Tel.: 3742-4365
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o roteIro
da edIção
dolce morumbi 43
 ESPECIAL

A tradição indígena
Pankararu
no Morumbi
Os primeiros índios Pankararus chegaram ao Morumbi na
década de 1950. Eles vieram da aldeia Brejo dos Padres
– próximo ao rio São Francisco, em Pernambuco – em pau-
de-arara atrás de oportunidades e devido à invasão de suas
terras. Demoraram, em média, 20 dias nas estradas e se
instalaram em um matagal situado próximo ao rio Pinheiros.
O local ficou conhecido como “favela da mandioca” devido
ao cultivo dessa raiz pelos índios.
Logo depois o nome mudou para favela do Real Parque,
que abriga hoje 580 Pankararus. Outros se instalaram em
diferentes lugares e ao todo somam 1.500 na cidade de São
Paulo, a maior população de índios dessa tribo fora da aldeia.

POR Francilene Oliveira FOTOS Paula Morgado

Sede da Ação
Cultural Indígena
Pankararu, na favela
Real Parque
Os índios Pankararus lutam
para manter sua cultura
ESPECIAL
Os Pankararus se cobrem da cabeça aos pés com uma fibra
encontrada no sertão, aumentando o mistério de seus rituais
Em busca de oportunidades, os Pankararus foram
trabalhar na construção civil – ajudaram a erguer
o prédio da Rede Bandeirantes, o Estádio do Mo-
rumbi, o Palácio do Governo e na implantação da
rede elétrica da cidade.
A cultura dos Pankararus é uma das mais fortes e tra-
dicionais de Pernambuco, e eles lutam para mantê-la
aqui na região, mas enfrentam barreiras, sendo a pri-
meira delas o espaço físico. Índio nasceu nas matas,
não está acostumado com asfalto e urbanização.
CULTURA E RELIGIÃO Os Pankararus, à primei-
ra vista, podem ser confundidos com qualquer
habitante, devido a séculos de contato com os
brancos, mas profundamente guardam seus ritos
e crenças. Eles acreditam nas entidades denomi-
nadas “Os Encantados”, espíritos protetores que
moram nas serras, nos rios e nas cachoeiras, que
se comunicam com o mundo através dos “praiás”
– homens que servem de intermediários entre o
mundo dos encantados e o mundo real. Os “praiás”
se apresentam com vestimentas, que os cobrem
da cabeça aos pés, confeccionadas com fibras do
curuá, uma palmeira existente no sertão. Para fa-
zerem a roupa, os índios vão para a mata procu-
rar o curuá, batem e lavam o material. Depois de
pronta, realizam uma festa de comemoração em
respeito pela roupa nova.
Nem todos os índios podem usar o traje e ser um
“praiá”. Eles precisam mostrar interesse e respeito.
Antes do ritual das festas, se concentram de oito a
quinze dias, não podem manter relações sexuais e
nem fazer nada que considerem errado. Somente os
homens podem usar a vestimenta. Durante as festas
as mulheres organizam toda a produção e distribui-
ção dos alimentos, e homens e mulheres, em pares,
participam da dança do toré no seu encerramento.
A festa mais tradicional dos Pankararus é a Festa da
Corrida do Imbu (ou umbu), que ocorre uma vez
46 DOLCE MORUMBI
por ano durante a época da fruta imbu. Esta festa
é realizada durante quatro finais de semana segui-
dos nos meses de fevereiro e março. A cada sába-
do à noite os “praiás” vão para o terreiro e dançam
embalados por um cantador que conhece as músi-
cas. No dia seguinte, domingo pela manhã, inicia-
se novamente a festa com os “praiás” percorrendo,
em fila indiana, a aldeia. Cantando ou tocando a
flauta, eles vão passando nas casas das pessoas
que oferecem uma cesta de alimentos para a festa.
A celebração termina no domingo à tarde, com a
cerimônia e a dança com a “cansanção”, espécie de
urtiga utilizada pelos participantes para esfregarem
no corpo como em um ato de flagelação coletiva a
fim de demonstrarem sua fé.
CRENÇAS A morte é vista como um renascimento
para o mundo dos encantados. As pessoas que mor-
rem vão procurar moradia nos lugares dos encanta-
dos, nas serras e nas cachoeiras.
As doenças podem ser tratadas através das interme-
diações dos “praiás”. Os curadores e benzedeiras es-
tão fortemente presentes na cultura Pankararu, eles
são os primeiros a serem chamados para cuidar das
doenças e conhecem as ervas que podem curá-los.
HIERARQUIA Na aldeia existem três autoridades:
pajé, cacique e chefe de posto. O chefe de posto
é o homem que trabalha para buscar as melhorias
para a aldeia. O pajé é portador de conhecimento
espiritual, e o cacique discute a organização dos ín-
dios. O pajé e o cacique são permanentes até che-
garem a uma certa idade e serem substituídos, pelos
mais velhos, por outras lideranças.
ÍNDIOS NO REAL PARQUE Os Pankararus que
moram no Real Parque encontram dificuldades
para manter suas tradições, principalmente por
falta de espaço, mas mantêm uma luta constante.
Já realizaram suas festas em quadras de escolas,
A pintura
na pele
do índio
Pankararu
representa
a paz

Aldeia Brejo
dos Padres, em
Pernambuco

igrejas, praças e até na Marginal Pinheiros. E preci-
sam começar os preparativos bem antes para terem
o espaço garantido.
Em 1994 fundaram a Associação SOS Pankararu, que
com a colaboração do CIMI (Conselho Indigenista
Missionário) estabeleceu parcerias com o Cursinho
pré-vestibular da Poli e com a PUC-SP (Pontifícia Uni-
versidade Católica), parceria que já rendeu a formação
de muitos índios. Esta experiência de organização co-
munitária, de luta por direitos de cidadania e de iden-
tidade cultural, levou em 2003 um grupo desta asso-
ciação à criação de uma outra entidade, agora uma
ONG, denominada “Ação Cultural Indígena Pankarau”,
presidida por Dimas do Nascimento.
Em 1995, fizeram a primeira qualificação de identifi-
cação de todos os índios de São Paulo e um trabalho
social com a comunidade a fim de chamarem a aten-
ção dos órgãos oficiais, pois eles lutam por uma área
grande para fazerem uma aldeia fora da cidade.
Em 2006 participaram do documentário “Do São Fran-
cisco ao Pinheiros,” dirigido por Paula Morgado e João
Cláudio de Sena, uma realização do LISA - Laboratório
de Imagem e Som em Antropologia da USP em parce-
ria com a ONG Ação Cultural Indígena Pankararu. Desde
então o LISA vem prestando apoio às atividades culturais
com a colaboração da antropóloga Paula Morgado.
Fontes:
• Athias, Renato: Espaço, Fecundidade e Reprodução entre os Pankararus, UFPE, 2002. • www.setor3.com.br/sitesolidario/pankararu • www.indiosonline.com.br • Documentário
“Do São Francisco ao Pinheiros”, gentilmente cedido pela TV Cultura • www.morgadodl.com.br/pankararu • Entrevista com Dimas Nascimento em 26 de março de 2008
Na Festa
Corrida do Imbu
os Pankararus
demonstram sua
fé esfregando
a urtiga
cansanção
no corpo
Uma das conquistas a serem contabilizadas é um am-
bulatório dos índios no Hospital São Paulo – a Funa-
sa fornece remédios e óculos, mas ainda falta muito
a construir. Os Pankararus sonham em manter uma
escola só para os índios – a fim de aprenderem os co-
nhecimentos do branco e do Pankararu.
O espaço da ONG está sendo reestruturado com
computadores, internet e telefone. Eles pretendem
se conectar com sua aldeia, em Pernambuco, atra-
vés do projeto “índios on line” para se fortalecerem
e trocarem informações. Os Pankararus do Real
Parque mantêm uma ligação muito forte com a al-
deia em Pernambuco. Na festa da “Corrida do Imbu”
deste ano saíram dois ônibus do local para a aldeia
Brejo dos Padres. Até hoje mantêm um fluxo cons-
tante com a “aldeia-mãe” e assim preservam seus
costumes. Os índios não esquecem sua tradição,
que é passada de pai para filho, e na comemoração
do Dia do Índio, 19 de abril, só pedem uma coisa:
mais atenção e espaço para manterem sua identi-
dade cultural.
CONTATO: Ação Cultural Indígena Pankararu
Rua Conde de Itaguaí, 148 – Real Parque
Tel.: 9958-7314 (Dimas do Nascimento)
cotidiano vida profissional Por Lívio Giosa

Leal ou
Profissional
O empresário brasileiro, em qualquer região, segmento ou
tamanho da sua atividade, percebe claramente que os ní-
veis contínuos de estabilidade econômica estão gerando
um aumento real de consumo e, com isto, levando a em-
presa a atingir novos
patamares de atuação.
?
até compatível para ambos os lados, tendo em vista as circuns-
tâncias desses períodos.
No entanto, agora, neste novo momento de concorrência
acirrada, a empresa se vê na condição de selecionar cola-
boradores à altura para
enfrentar o mercado.
O reflexo é imediato. Ao E aí, fica a pergunta: con-
acreditar no crescimento tinuar escolhendo pela
permanente, a empresa lealdade ou procurar
passa a adotar um pen- profissionais com expe-
samento estratégico pró- riência no enfrentamen-
prio, evoluindo nas suas to desses desafios?
práticas de gestão, pois Executivos ligados à área
vê na competitividade a de RH das companhias
razão para tornar-se cada têm nos revelado suas
vez mais competente no dúvidas e por qual lado
seu negócio. se definir. Nessas organi-
É sabido também que zações, a meritocracia é
a principal competên- a regra do caminhar pela
cia das organizações carreira, assim como o
está nas pessoas. Que cumprimento das metas
devem expressar a es- por área ou ir além delas.
sência do talento para O bom profissional, por-
conquistarem posição tanto, pode estar em alta?
de destaque no cenário Mas, e nas horas de cri-
em que atuam. se ou de situações de
A gestão das pessoas pressão? Ou mesmo em
nas empresas tem sido momentos em que a
um dos desafios mais confiança vale mais do
complexos, pois mexe que tudo nesta relação?
com a alma da organização, sua cultura e seu clima interno. A resposta, a meu ver, é muito simples para quem realmen-
Motivar essa gente reflete também a forma de a empresa en- te quer fazer carreira, ter um bom desempenho e ser re-
carar a carreira que quer construir com seus colaboradores. conhecido: seja profissional no limite da sua postura e co-
É aqui, então, que se inicia o novo momento das companhias. nhecimento e leal no limite da sua percepção e convivência
Muitas delas foram crescendo aos soluços, instáveis como a com a empresa.
economia anteriormente e, criando, com isso, uma relação de Aí, você se tornará irresistível e preparado(a) para novos e
lealdade com os seus executivos e funcionários, que se tornava grandes desafios.
Lívio Giosa é vice-presidente da advB associação dos dirigentes de vendas e Marketing do Brasil; coordenador Geral do ires – instituto advB de responsabilidade social; coordenador Geral do pnBe
– pensamento nacional das Bases empresariais e sócio-diretor da G,lM – assessoria empresarial
50 dolce morumbi
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O Viveiro Te Amo São Paulo, um projeto da Camargo
Corrêa Desenvolvimento Imobiliário em parceria
com a ONG Obra do Berço, foi inaugurado no dia
18 de março e já está em pleno funcionamento. O
objetivo do viveiro de plantas é produzir mudas para os
empreendimentos, desenvolver projetos de compensação
ambiental, paisagismo de áreas públicas e doações de
mudas. Tudo isso aliado à capacitação de jovens carentes
que vivem no entorno do bairro, que terão aulas de
paisagismo, empreendedorismo e gestão ambiental, além
de bolsa-auxílio e alimentação.
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1 2 3 4

Da esquerda para a direita: 1 renata de Camargo Nascimento, presidente da oNG obra do berço;
2 Francisco Azevedo, diretor executivo do instituto Camargo Corrêa; 3 Cássio Loschiavo, subprefei-
to de Campo Limpo, 4 rosa richter, presidente da Amo Jardim Sul

Da esquerda para a direita: roberto Perroni, diretor superintendente da CCDi, Ana

Lontra Jobim, viúva do compositor Tom Jobim, e benedito Abbud, paisagista e um
dos idealizadores do viveiro.

52 dolce morumbi
 EM FOCO

mais um
encontro
“em confraria”
A confraria feminina do morumbi chegou a
seu terceiro encontro no Clube Chalezinho.
As participantes se reuniram para descontrair,
conversar e manter laços de amizade. Na
oportunidade, Carla Fevereiro, do Boticário,
versou sobre notas olfativas e seus mistérios,
e a Chandon ofereceu uma degustação de
espumantes e proseccos. Os mimos oferecidos
pelo Boticário deixaram o ambiente ainda
mais perfumado.
Clube Chalezinho
rua Itapimirum, 8 – Tel.: 3501-9322
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54 dolce morumbi
 publieditorial

AlmA femininA
em foco
Lígia Lyra Freitas de Azevedo descobriu-se fotógrafa por acaso.
Administradora de empresas por formação, migrou para a área
de Propaganda e Marketing onde encontrou, enfim, a paixão de
sua vida: a fotografia. Sensível, Lígia passou a clicar o cotidiano
dos filhos, os encontros com os amigos, as cenas de viagem, até
que abraçou a fotografia como profissão. Fez cursos, participou de
workshops e seminários – inclusive no exterior –, foi assistente do
fotógrafo Caio Ferrari e buscou inspiração no trabalho de mestres,
como Cartier Bresson e Sebastião Salgado.
Depois disso,
chegou o momen-
to do vôo solo.
Lígia passou a
buscar um foco
FOTOS EDU CASTANHO

até perceber que

suas lentes sempre
tinham um alvo
recorrente: o uni-
verso feminino.
o espetáculo começou A família, as mu-
lheres grávidas,
O Morumbi sedia uma iniciativa pioneira elaborada as crianças, os
pela atriz Thais Fantauzzi: A Casa Espaço Morumbi. A jovens em sua in-
proposta une apresentações teatrais, todos os sábados, em timidade, em seu
um lugar acolhedor e, logo depois, a oferta de um jantar cotidiano, eram os
– cardápio elaborado pelo gil (do gil Bistrot) junto a temas preferidos.
um excelente vinho. O espaço também abrigará eventos E foi assim que
corporativos e culturais, além de curso livre de teatro. Mais chegou aqui, como
de 100 espectadores conferiram a inauguração no dia 29 de uma fotógrafa da
março onde Thais apresentou, radiante, sua peça “De Papo “alma feminina”,
Pra Lua”. (Confira entrevista na seção De 1 a 10 pág. 21.) cujas lentes têm o
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seu trabalho, em fotos sensuais, mas sem qualquer apelo erótico.
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AgrAdável sentear seus maridos ou namorados, como um item a mais no
jogo da sedução. O resultado dessa tática está no belo portfólio
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3. O clima de “esquenta” para a balada fica completo com uma
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uma vez por mês a mulherada se reúne para um papo divertido
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dolce morumbi 55
 EM FOCO
EM FOCO

open center

moda feminina
Na nova coleção outono-inverno da Benita, lançada no dia 27
de março, as cores fortes, como preto, cinza, marrom e vermelho,
são predominantes. Além disso, a malha cedeu espaço para tecidos
planos, de alfaiataria, valorizando as formas femininas. Dentre
outras marcas, a loja trabalha com a “Homem de Barro”, que
ganhou as passarelas do Fashion Rio, e incorporou nesta coleção as
peças da “Donna Doida”, garantindo sofisticação às clientes.
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páscoa divertida
Durante os dias 15 e 16 de março, o Shopping Open Center
realizou a “Páscoa divertida no Shopping Open Center”, onde
foram promovidas diversas atividades infantis, dentre elas:
oficinas de arte, esculturas de balões, contadores de estórias
e oficina de minibolo decorado. As crianças participaram
ativamente, um sucesso!
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56 dolce morumbi
casamento de sabores
O restaurante la Table, no morumbi Shopping, foi reinaugurado com
uma nova proposta. O cardápio privilegia a enogastronomia, pois os
vinhos têm uma influência direta no preparo e na escolha das receitas
desenvolvidas pelo premiado chef Paulo Barros. A carta de vinhos
se estende aos 900 rótulos disponíveis na vinoteca mondo Di Vino
– contígua ao restaurante e dos mesmos proprietários – onde se pode
passear entre as garrafas e escolher. O cliente tem a oportunidade de
degustar e descobrir novos vinhos a um custo atraente, pois a bebida
chega à mesa a preço de importador. Bom apetite!
la table – enogastronomia – morumbi Shopping – Piso lazer,
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domingos das 12 às 22h.

2 3

1 O cliente tem a
oportunidade de
passear entre as garrafas
e escolher o vinho para
degustar durante a
refeição
2 O chef Paulo Barros,
Marcelo Miguel e
Walter Coscia
3 Sílvio Lancellotti e
Álvaro Cézar Galvão

DoLCe morumbi 57
 cotidiano cIdAdAnIA Por Rosa Richter

POLÍTICA,
informações importantes
O dia do pleito será em 5 de outubro, primeiro domingo do
mês. O segundo turno, se houver, será disputado em cidades
com mais de 200 mil eleitores no dia 26 de outubro, último
domingo do mesmo mês.
Os comícios começam em 6 de julho; propaganda na TV e rádio,
em 19 de agosto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou em
30 de agosto de 2007 o calendário eleitoral para 2008. Na elei-
ção, serão escolhidos os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Partidos e candidatos
Um ano antes das eleições, os partidos políticos que preten-
dem lançar candidatos já devem ter obtido o registro de seus
estatutos no tribunal. Esse também é o prazo para que os can-
didatos regularizem a filiação partidária e o domicílio eleitoral
onde pretendem concorrer. A partir do dia 10 de junho estará
permitida a realização de convenções destinadas a deliberar
sobre coligações e a escolha de candidatos a prefeito, vice-pre-
feito e vereador. O prazo para que partidos e coligações apre-
sentem o pedido de registro de seus candidatos vence no dia
5 de julho, três meses antes das eleições.

Partidos políticos habilitados a concorrer nas próximas eleições

DEM – Democratas PMN – Partido da Mobilização Nacional
Presidente – Rodrigo Maia Presidente – oscar noronha Filho
1.000.338 filiados 184.878 filiados
PCB – Partido Comunista Brasileiro PP – Partido Progressista
Presidente – Zuleide Faria de Melo Presidente – Francisco dornelles
16.150 filiados 1.284.241 filiados
PC do B – Partido Comunista do Brasil PPS – Partido Popular Socialista
Presidente – Renato Rabelo Presidente – Roberto Freire
229.130 filiados 410.926 filiados
PCO – Partido da Causa Operária PR – Partido da República
Presidente – Rui costa Pimenta Presidente – Sérgio Tamer
3.219 filiados 726.229 filiados
PDT – Partido Democrático Trabalhista PRB – Partido Republicano Brasileiro
Presidente – carlos Roberto lupi Presidente – Vitor Paulo Araújo dos Santos
1.022.783 filiados 120.992 filiados
PHS – Partido Humanista da Solidariedade PRP – Partido Republicano Progressista
Presidente – Paulo Roberto Matos Presidente – ovasco Resende
103.406 filiados 80.291 filiados
PMDB – Partido do Movimento PRTB – Partido Renovador
Democrático Brasileiro Trabalhista Brasileiro
Presidente – Michel Temer Presidente – levy Fidélix
2.099.200 filiados 84.756 filiados

rosa richter é pedagoga; presidente do conseg Portal do Morumbi; presidente da Associação

cultural e de cidadania do Panamby; presidente da AMo Jardim Sul; vice-presidente do Instituto São
58 dolce morumbi
 EM FOCO

mais um
encontro
“em confraria”
A confraria feminina do Morumbi
chegou a seu terceiro encontro no Clube
Chalezinho. As participantes se reuniram
para descontrair, conversar e manter laços de
amizade. Na oportunidade, Carla Fevereiro,
do Boticário, versou sobre notas olfativas e
seus mistérios, e a Chandon ofereceu uma
degustação de espumantes e proseccos. Os
mimos oferecidos pelo Boticário deixaram o
ambiente ainda mais perfumado.
Clube Chalezinho
Rua Itapimirum, 8 – Tel.: 3501-9322
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54 dolce morumbi
em um ano eleitoral
eleitor
7 de maio de 2008, segundo o calendário do TSE, é o último
dia para o eleitor requerer inscrição eleitoral, transferência de
domicílio ou alterações em seu título eleitoral.
ProPaganda
A partir de 6 de julho, estará permitida a propaganda eleitoral. Os
candidatos ficarão liberados para realizar comícios e utilizar apare-
lhos de som. Já a partir de 19 de agosto, terá início a propaganda
eleitoral gratuita no rádio e na TV. O último dia para utilização de
propaganda, realização de comícios e debates é 2 de outubro.
Partidos Políticos
Hoje temos dez partidos em processo de Legalização e dez
ainda sem registros.
E temos, concorrendo às próximas eleições, 27 partidos regula-
rizados e aptos a concorrerem (veja box abaixo).
Para exigirmos nossos direitos temos que conhecer, votar
conscientemente e cobrar nossos políticos, aí sim estaremos
exercendo nossa CIDADANIA.
(Fontes: TSE – Globo.com – Wikipédia Lusófona – Política, de Voltaire Schiling)

PSB – Partido Socialista Brasileiro PT – Partido dos Trabalhadores

Presidente – eduardo campos Presidente – Ricardo berzoine
396.973 filiados 1.158.058 filiados
PSC – Partido Social Cristão PTB – Partido Trabalhista Brasileiro
Presidente – Victor nósseis Presidente – Roberto Jefferson
253.807 filiados 997.935 filiados
PSDB – Partido da Social PTC – Partido Trabalhista Cristão
Democracia Brasileira Presidente – daniel Tourinho
Presidente – Sérgio Guerra 138.280 filiados
1.199.436 filiados
PT do B – Partido Trabalhista
PSDC – Partido Social do Brasil
Democrata Cristão Presidente – luiz Henrique Rezende
Presidente – José Maria eymael 124.316 filiados
120.372 filiados
PSL – Partido Social Liberal PTN – Partido Trabalhista Nacional
Presidente – luciano bivar Presidente – José Masci de Abreu
158.136 filiados 90.680 filiados
P-SOL – Partido Socialismo e Liberdade PV – Partido Verde
Presidente – Heloísa Helena Presidente – José luiz de França Pena
28.340 filiados 244.344 filiados
PSTU – Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificados
Presidente – José Maria de Almeida
13.678 filiados

Paulo contra a Violência; conselheira e diretora de várias entidades na área de desenvolvimento social.
e-mail: rosarichter@gmail.com. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br
dolce MoRuMbI 59
 cotidiano pensata Por Paulo Roberto Amaral

QUANDO A VIOLÊNCIA
BATE À PORTA
O tema violência, sinceramente, não é dos meus preferidos, mas quando em
um mês você vê a criminalidade tão de perto o assunto fica “martelando” na
cabeça, e por mais que você queira fugir não consegue. Peço licença para usar
este espaço como desabafo:

O gOlpe da saidinha de bancO:

Abro o portão da garagem e saio de casa. Não ando nem dez metros e me
assusto com a correria na minha rua. São três homens em motocicletas cer-
cando um carro. O motorista abre a porta e sai correndo. É perseguido e do-
minado. A cena toda se passa no meu retrovisor. É um filme real, não de ação,
mas de terror urbano.
Ah! A vítima era o funcionário de uma obra que uma vez por semana saca
no banco o dinheiro para pagar os operários. Desta vez ele fez o saque e foi
seguido pelos motoqueiros.

assaltO e perseguiçãO:
Este outro caso eu vi da janela de casa. Acordei com o helicóptero da polícia
dando um vôo rasante sobre o meu prédio. Da sacada deu pra ver o policial
armado pendurado na porta à procura de fugitivos. Na rua, carros da polícia
andavam freneticamente de um lado para o outro. Ouvi uma freada brusca e
o barulho forte de uma batida. Depois tiros, gritos e correria.
Todo esse aparato policial foi montado para perseguir ladrões de um banco
na Giovanni que fugiram em direção ao Parque Burle Marx e se esconderam
nas matas da região.

tirOs nO shOpping:
Manhã de um sábado aparentemente tranqüilo. Sem muitos planos resolvi ir
cedo ao shopping para evitar tumulto. Ainda sonolento percebo a movimen-
tação estranha (quando você se depara com episódios freqüentes de violên-
cia parece que o cérebro já fica condicionado a reagir a qualquer mudança
na rotina). Eram dez e vinte da manhã quando ladrões bem armados tenta-
ram assaltar uma joalheria do Jardim Sul. O alarme foi acionado e os ladrões
abriram o caminho da fuga à bala. Atiraram contra portas de vidro e fugiram.
Não levaram nada, mas provocaram pânico entre os consumidores que, assim
como eu, estavam lá para fugir do tumulto.

Paulo roberto Amaral é morador do Morumbi e jornalista da Rede Globo de televisão, onde edita o Jornal sptV 2ª edição.
e-mail editorial@editorasupernova.com.br
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 cotidiano comunidade

Brincando
de Ler
fotos: divulgação

Em Paraisópolis, conhecida como a segunda maior favela de São Paulo, há

oito mil crianças fora das escolas, de acordo com a Diagonal Urbana. Ciente
desse fato, a União de Moradores e do Comércio de Paraisópolis inaugurou
no dia 14 de março a Banca do Futuro – uma banca de revistas adaptada para
servir de biblioteca para a comunidade. Localizada em frente à associação,
conta com um acervo de cerca de mil livros, mas tem capacidade para
receber doações de cinco mil títulos.
A “Banca do Futuro – Biblioteca dos Sonhos” surgiu de uma experiência piloto
na Bahia, em 2001, através da iniciativa da Supra RSC – Responsabilidade
Social Corporativa – e a Estação das Formas com o patrocínio da Avon.
Ela chegou a Paraisópolis para suprir a necessidade de mais bibliotecas
e espaços culturais nas escolas da comunidade e é fundamental para a
formação de leitores possibilitando o acesso à cultura e à educação de
maneira lúdica e divertida.

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 pro
security

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 cotidiano comunidade
As crianças, após fazerem um cadastro, podem levar emprestados os
livros para casa e recebem o “Certificado de Cidadão Leitor”. Além dos
empréstimos, todo fim de tarde há apresentação de fantoches que
estimulam a curiosidade das crianças contando parte das histórias,
pois para conhecer o final elas precisam pegar o livro. O espaço
também será utilizado para apresentação de teatro de bonecos,
contadores de histórias e para lançamento de livros.
Inicialmente o projeto está buscando parcerias com as oito
escolas públicas da região para que os alunos conheçam o
espaço, que fica aberto a todos que desejarem conferir e é
cuidado pelos próprios moradores.
O projeto é realizado através do PAC – Programa de Ação Cultural,
da Secretaria de Estado da Cultura, e leva aprendizado através de
divertimento. A leitura é uma janela para o conhecimento e para
formação do indivíduo como ser humano completo, capaz de
imaginar, questionar, informar-se. Mesmo na primeira infância é
importante que a criança tenha acesso a livros para que, através das
gravuras, possa perceber o enredo e estabeleça também uma forma
de leitura. As crianças de Paraisópolis, que ficam com os olhinhos
brilhando ao folhear as páginas coloridas, agradecem.
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Cultura ao alCanCe
De toDos
Como gente grande também precisa de cultura,
os moradores da comunidade criaram o “Sextas
Culturais”, um projeto que utiliza o espaço da
Banca para apresentações teatrais e musicais.
Para a estréia, que aconteceu dia 28 de março,
foram convidados os músicos baianos Iran
Ribeiro (violão), Ricardo Andrade (violoncelo)
e a cantora Silvane Rosa, que incluem em
seu repertório músicas dos mais celebrados
compositores da MPB, além de algumas peças
do maestro brasileiro Heitor Villa-Lobos.
“Todos os artistas da comunidade vão poder se
apresentar, e os que não são, mas que gostam
de levar o seu trabalho ‘aonde o povo está’,
estão convidados a se apresentar”, diz Gilson
Rodrigues, presidente da União dos Moradores e
do Comércio de Paraisópolis.
serviço: BAnCA dO FuturO
de seg a sex das 9 às 17h
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Validade 15/05/2008 Validade 31/05/2008 Validade 31/05/2008
final feliz Por Floriano Serra
CONCESSÃO OU NÃO
EIS A QUESTÃO
Na vida a dois, este é um dos temas
mais discutidos e, ao mesmo tempo,
um dos menos praticados. É comum
ouvirmos: “Quem vive a dois tem de
fazer concessões”, mas na prática a
teoria tem sido outra. A diferença
entre a teoria e a prática decorre
do fato de que, para muitos parcei-
ros, conceder é deixar o outro fazer
o que quiser, da forma que quiser.
Significa ceder, renunciar, abrir mão,
passivamente, da sua individualida-
de e do seu bem-estar em favor dos
caprichos do outro. Concessão não
é isso; quem pensa assim deve rever
seus conceitos – preferencialmente
junto com seu parceiro.
Na abordagem deste tema, há quatro posturas que podem
ajudar os parceiros em sua reflexão: Egocentrismo, Individuali-
dade, Troca e Negociação.
O parceiro que adota a postura do Egocentrismo costuma ter
o seguinte lema: “Eu sou assim mesmo. Quem me quiser tem
que me aceitar como sou!”. Portanto, está claro que as coisas
têm de ser e funcionar como ele quer e ponto final. A convi-
vência de duas pessoas que pensam dessa maneira certamen-
te não será muito pacífica... Por isso, para que as coisas andem
relativamente “bem”, esse tipo de parceiro costuma unir-se a
um outro submisso, com baixo nível de auto-estima.
Qual a diferença entre um parceiro que adota o Egocentrismo e
a Individualidade? O egocêntrico nada concede; o individua-
lista concede o que acha que não invade sua individualidade
ou sua comodidade. A questão é saber se a amplitude daquilo
que ele chama de ‘‘sua individualidade” ou “sua comodidade”
não é tão grande que deixe pouco espaço para o outro par-
ceiro. Há um limite além do qual a defesa da individualidade
passa a ser mero egoísmo. Quando se ama realmente, o ato de
fazer concessão perde toda a conotação negativa quando se
sabe que resulta no bem-estar do próprio casal.
Alguns casais utilizam a forma cômoda da Troca: o que deveria
ser uma concessão, é transformada numa “troca”, do tipo: ‘‘Tá
bom, eu concordo, mas só se você...” ou até de forma explícita:
“Certo, mas em troca eu quero...”. Às vezes como brincadeira,
dentro de certos limites e determinados contextos, isso até é
aceitável; mas estabelecer como regra na relação é impedir
o crescimento da própria relação, porque essa prática, muito
FLORIANO SERRA é psicólogo, autor do livro “Não Basta Amar Bastante” (ed. Gente, esgotado). e-mail: florianoserra@somma4.com.br. cartas para esta seção: editorial@editorasupernova.com.br.
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mais do que troca, vira manipulação. Na vida a dois, o dar não
deve estar compulsoriamente condicionado ao receber. São
atos independentes, praticados por amor, não por interesse,
troca ou manipulação. O verdadeiro retorno do dar afetivo é a
certeza do bem-estar do parceiro. Haverá troco melhor se am-
bos os parceiros pensarem e agirem assim?
As concessões são necessárias porque existem as diferenças
individuais. Por mais que duas pessoas se amem, são seres
com formação e personalidades diferentes. Se um dia decidem
viver juntos, espera-se de ambos uma adequada habilidade
de Negociação para que não sejam privados daquilo a que
tinham direito quando eram descompromissados. Quando um
parceiro se une a outro, o sentimento que deve prevalecer é o
de ganho, nunca o de perda; daí a necessidade de negociação
das diferenças. Negociar é administrar, de modo pacífico e com
resultados mutuamente satisfatórios, necessidades, diferenças
e interesses de cada parceiro, possibilitando sua convivência
sem conflitos. A verdadeira e sadia negociação afetiva se ca-
racteriza pelo estilo “ganho-ganha”. De algum modo, é sempre
possível um entendimento para que ambos os parceiros divi-
dam as alegrias e o afeto.
Esta é a essência da concessão: “Da forma como decidimos,
eu te faço feliz e também me sinto feliz”. Aqui, o sentimento é
real, ninguém engana, manipula, suborna ou ameaça o outro.
Ninguém tem o sentimento de perda, mas a consciência de
ter (con)cedido espontaneamente, para proporcionar, sentir e
receber alegria. Assim ambos “ganham”, ninguém “perde”, e o
amor é realimentado.
A propósito, qual é o estilo que o leitor mais freqüentemente
utiliza na relação com o seu parceiro?
brasilwagen

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 babbo
giovanni

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