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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação


das Bibliotecas Escolares

Outubro-Dezembro 2009  Turma 4


Ana Margarida Botelho da Silva

Sessão 2
Tarefa 2
Parte 2: Comentário

Introdução

Sem pretender dispersar o discurso, penso que não seria desperdício começar com uma
pequena reflexão sobre a tarefa que nos foi pedida.
Uma análise crítica é chamada de review, em inglês. Em tradução literal ler-se-ia revisão.
Entendamos então o conceito de revisão. Podemos pensar em exemplos do seu uso, como
o habitual contexto automóvel: revisão ≈ inspecção para a inspecção, ou seja, uma revisão
ou estudo geral das condições do automóvel, avaliação (i. e. apuramento dos pontos fortes
e das fraquezas) com vista ao conserto para posteriormente ele passar nos testes.

Como análise crítica que nos foi pedida, entendi uma revisão do estado da arte na área
[modelo(s) de avaliação de bibliotecas escolares], avaliação (através de apuramento de
pontos fortes e de fraquezas) e proposta de acções de melhoria com vista a uma aplicação
mais útil.
Nesta parte da tarefa, e tendo em consideração o contexto – formação – vejo igualmente o
fim do comentário como uma proposta de melhoria para uma efectiva aplicabilidade.

Comentário ao contributo de Jennifer Silva

Ana Marg.ª Botelho da Silva Página 1 de 4.


No texto que li e que ora comento, pude encontrar pontos comuns ao meu pensamento. De
facto, pela forma sucinta e personalizada do seu discurso, a Jennifer parece ter entendido a
generalidade da literatura proposta e a finalidade da tarefa.

O meu comentário incidirá sobre pontos que me parece merecerem atenção: o


entendimento dos conceitos, a revisão do estado da arte, o modelo em análise enquanto
estrutura, a sua aplicação à realidade da Escola e a noção das competências do professor
bibliotecário.

a. Os conceitos

O texto faz uma pequena ronda pelos conceitos implicados (como era pedido), embora os
trate por uma forma mais genérica (Ideias chave) e os designe por verbos Valorizar,
Avaliar, Reconhecer e identificar, Actuar (pp. 3, 4).

O estado da arte foi aflorado mais adiante, mas nesta parte do texto poderia ter sido
explorada, pois é um manancial de inspiração, tanto para nós como para os decision
makers. Neste particular, penso que o rol dos conceitos implicados poderia estar mais
completo (incluindo, por exemplo, os conceitos de evidence-based practice e de
investigação-acção), além disso, definição de valor parece-me demasiado concisa.

b. Revisão do estado da arte

Para melhor responder ao desafio, a Jennifer documentou-se em literatura actualizada e


especializada no campo que pisava – as bibliotecas escolares, a sua missão e a sua
avaliação –, embora de uma forma que se afigura um pouco superficial.

É feita referência a documentos orientadores como IFLA, UNESCO, IASL (p.5), embora os
documentos em si não sejam identificados, a Ross Todd, a Streffield Markless e ao Modelo
de Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares da Rede de Bibliotecas Escolares, sendo
citadas expressões basilares. No entanto o trabalho carece de referências às obras. Penso
que uma lista da bibliografia consultada seria útil para sabermos de onde emanam as ideias
citadas.

Ana Marg.ª Botelho da Silva Página 2 de 4.


c. O modelo de avaliação da biblioteca escolar enquanto estrutura

Nesta parte, a colega faz uma resenha da macro-estrutura do modelo de avaliação das
bibliotecas escolares em uso em Portugal.

De seguida, opina quanto ao conteúdo - A análise domínio a domínio tornar-se-ia muito


longa e fastidiosa, senti alguma dificuldade em distinguir claramente alguns indicadores,
algumas dúvidas surgem e dá a sensação que alguns pontos são coincidentes, documento
é um pouco exaustivo, Poderia ser (…) mais sintético – e quanto à forma, sugerindo
modelos diferentes para ciclos de ensino diferentes - Alguns indicadores não têm
aplicabilidade em todas as escolas, importante diferenciar o modelo tendo em conta o
nível/ciclo de ensino (p.7).

d) Aplicação à realidade da Escola

Nesta área a Jennifer revela mestria ao concentrar o seu pensamento na sua realidade
profissional. Ela problematiza a questão da falta de tempo da equipa e do professor
bibliotecário para dar resposta às exigências feitas à biblioteca - Os membros da Equipa
continuam a ter poucas horas de trabalho na BE e o Professor Bibliotecário é incapaz de,
sozinho, pôr em prática todas as tarefas inerentes à sua função (pp. 7, 8).

e) Competências do professor bibliotecário

É feita uma descrição/compilação das competências atribuídas ao professor bibliotecário,


apreendidas das leituras feitas, embora esta área pudesse ter sido mais polemizada, tendo
em consideração o que prometiam as frases supracitadas.

Conclusão

Como pontos fortes da análise crítica feita pela Jennifer, penso que há a destacar:
+ a capacidade de síntese e de simplificação do teor das leituras efectuadas,
+ o personalizar quando necessário, antevendo a aplicação do modelo em apreço à
sua realidade profissional,
+ o exercício de cidadania activa ao apontar algumas fraquezas do sistema.
Ana Marg.ª Botelho da Silva Página 3 de 4.
Como fraquezas da sua análise, destaco:
− alguma falta de rigor na referência a literatura consultada,
− pouco aprofundamento de algumas opiniões ou algum acanhamento na crítica,
sobretudo no último ponto e na conclusão.

E, aplicando o SWOT (fiquei fã), eu não poderia deixar de lado as oportunidades, pois sou
da opinião que este exercício poderá abrir caminho para:
 a lembrança da necessidade de referenciar bibliografia (ainda que de forma
resumida),
 o desenvolvimento de pensamento crítico,
 a realização mudança/melhoramentos no seu contexto profissional.

Para terminar, um desejo:


continuação de bom trabalho!

Ana Margarida Botelho da Silva


09/11/2009

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