Você está na página 1de 18

RECADO AOS

MÉDIUNS
Quando os sinais de mediunidade se
revelam entre as criaturas, nem
sempre apresentam as mesmas
características aos seus portadores.
Cada médium sente e pressente a
presença dos espíritos à sua volta,
com as peculiaridades inerentes à
sensibilidade de cada um.
Enquanto, para alguns, a
comunicação mediúnica, qualquer que
seja a sua natureza, encontra muitas
barreiras para poder estabelecer-se,
em outros esta comunicação acontece
com certa facilidade, sem grandes
esforços, aparentemente, de ambas as
partes.
Enquanto, para alguns, o fluido das
entidades aflitas e sofredoras
demoram para dispersarem-se,
causando grande mal-estar para os
médiuns, em outros os fluidos
desaparecem com facilidade, sem
deixar vestígios, mesmo que tenham
vindo de entidades ignorantes e
infelizes.
Tais ocorrências se dão, não apenas em
função das predisposições orgânicas dos
medianeiros, mas também deve-se levar em
consideração o grau de compreensão e
conhecimentos, a naturalidade com que se
lida com a mediunidade, o temor ou receio
que se cultive no intercâmbio com os
chamados “mortos”, as lendas e fantasias
disseminadas por algumas religiões, ainda
existentes no inconsciente das criaturas,
sejam elas médiuns ou não.
Tudo isto ainda faz parte da realidade
diária vivida pela grande maioria dos
médiuns, que se mostram geralmente
avessos aos estudos da mediunidade,
através de um conhecimento sistematizado
das obras da Codificação e também de
leituras complementares e literatura
especializada, escrita por estudiosos e
pesquisadores da doutrina espírita, que
repletam as livrarias e bibliotecas
existentes.
Muitos médiuns que culturalmente não
foram habituados à leitura preferem
receber e aceitar as orientações vindas
diretamente de seus Guias e Mentores,
negando crédito e valor às obras escritas
por especialistas e estudiosos, recusando-
se a atender a recomendação de Paulo de
Tarso para “examinarem de tudo e
reterem o que for bom.”
É necessário compreender que os
escritores, estudiosos e pesquisadores
também são espíritos em marcha
evolutiva, que mostram através de
seus trabalhos o grau de
conhecimento que alcançaram,
diferindo dos espíritos Guias tão
somente pelo fato de encontrarem-se
vestindo a indumentária carnal.
Além disso, não se deve esquecer a
recomendação kardequiana, que o
teor da mensagem é que confere ou
não crédito ao seu conteúdo.
Da mesma forma, os médiuns também
devem entender que não existem
fronteiras físicas separando
encarnados de desencarnados, ou seja,
médiuns de espíritos, e, em virtude
dessa realidade, não se consegue ser
médium somente nas horas em que se
encontra nas casas espíritas.
Entretanto, deve-se entender que nas
casas e centros espíritas o ambiente se
encontra convenientemente preparado, as
comunicações mediúnicas tendem a
acontecer de maneira equilibrada e
harmoniosa, debaixo de rigorosa
disciplina mantida sob controle pela
equipe espiritual responsável pela
condução das tarefas.
O mesmo não se pode dizer nas demais
horas e locais, onde os médiuns
normalmente transitam, onde circulam
os mais diversos espíritos portando as
qualidades e defeitos de que se fazem
possuidores e envergando os vícios ou
virtudes que ainda trazem dentro de si.
Assim, todo e qualquer tarefeiro da
Seara Espírita, seja médium já
engajado no trabalho ou não, deve
preparar-se convenientemente, ao
sentir as primeiras manifestações de
mediunidade acontecerem.
Deve buscar conhecimento através de
leituras sobre o assunto, da frequencia às
palestras doutrinárias, dos cursos, grupos
de estudos e seminários promovidos pelos
Centros Espíritas e Entidades do
Movimento de divulgação doutrinária,
equipando-se de subsídios, aumentando o
conteúdo do próprio saber através dos
esclarecimentos acumulados.
Portanto embasar os conhecimentos acerca
do assunto deve ser preocupação constante
no roteiro preparatório para as tarefas da
mediunidade, pois sem essa preparação,
como podem os médiuns discernir entre o
verdadeiro do falso, a ilusão da realidade,
o engano da verdade, o erro do acerto, o
joio do trigo e a luz real das sombras
fantasiosas.
Para se conduzir com bom
senso e discernimento é
indispensável o cabedal de
argumentos preparados
anteriormente.
Créditos

Mensagem retirada do Livro “Recado aos


Médiuns” de Jean Marie Lachelier psicografado
por José Maria de Medeiros Souza

Imagens e música obtidas na Internet

Formatação: Wania Regina – Centro Espírita


Fraternidade de Luz - 2009

Você também pode gostar