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Introduo
II.
O oramento da educao pblica
O oramento nada mais do que o quanto de dinheiro o governo destina
e pretende gastar em um exerccio fiscal. Ele fixado, geralmente, pelo poder
legislativo. Era deste modo na provncia de Minas Gerais no perodo
considerado. O oramento, que inclua uma discriminao em rubricas dos
gastos, era fixado por lei, votada na Assemblei Provincial pelos representantes
eleitos.
A pesquisa na legislao mineira bastante elucidativa no que diz
respeito ao oramento com educao pblica no perodo estudado. Os grficos
abaixo acompanham a trajetria das principais rubricas das contas pblicas
mineiras, relativo ao oramento delas:
III.
Para a pesquisa dos gastos com educao na provncia, o ideal seria uma
pesquisa nos relatrios dos presidentes de provncia. Afinal, os gastos,
cumprimento e execuo do que foi fixado nos relatrios, eram de
responsabilidade do poder executivo, cujo chefe era o Presidente da provncia.
Contudo, uma pesquisa em tais fontes se revelou infrutfera. Os
Presidentes no tinham grande preocupao em explicitar os gastos com a
instruo pblica. Nem mesmo aps a instaurao de uma Inspetoria da
Educao, com o intuito de fiscalizar a instruo na provncia, tal discurso
mudou.
Nos relatrios de Presidente de provncia examinados (um total de
quarenta e mais algumas falas Assembleia), o que mais se viu foram leis de
carter normativo, com o intuito de regulamentar o que deveria ser ensinado
nas escolas, nomeaes, exoneraes e afastamentos alm de exaltaes
gesto da poca e frequentes insultos a gestes passadas.
Em alguns casos, h a especificao de obras a serem feitas, vagas a
serem criadas, repasses a colgios especficos, fixao de salrios e
vencimentos, abertura de vagas para contratao de novos professores. Mas
tudo muito vago, no h nmeros consolidados: diz que ir se realizar uma
obra de expanso de um colgio, mas no diz quanto ser o custo. Diz-se que
ir comprar 250 novos exemplares para a biblioteca de uma determinada
cidade, mas no diz a que custo. No relatrio de 1854 (U254, pgs. 9 e 10) so
mencionados diversos repasses a colgios especficos. Mas nenhum nmero
consolidado do gasto geral da provncia. Somente em um relatrio dito que
se compraro livros de geografia em uma importncia especfica, mas s
IV.
V.
Concluso