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1. A construo da realidade.
A Cultura, espao das interpretaes no qual se d a relao do Ser Humano versus
Real, produz a atribuio de sentidos/significados para o mundo natural e social.
Esta definio de base simblica para mundo permite explicitao pela tica
conjunta da Biologia, Antropologia e outras Cincias, expressando que a Humanidade
nasce com pequeno arsenal gentico de orientaes intrnsecas para o comportamento,
de modo diferente dos animais no racionais. Tal fato lhe exige adaptao para utilizar
o ambiente em que vive e, em razo disto, o gnero humano realiza grande esforo na
tarefa de ajustar forma e sentido de vida, buscando alcanar como resultado a ordenao
e a significao do mundo, compondo o que se denomina existncia humana.
A criao de determinaes gerais para o comportamento, definidas pela
Humanidade ao longo da sua trajetria existencial, consiste na organizao de conjuntos
de regras que atuam como princpios orientadores para o pensamento e a ao da sua
vivncia/experincia. Envolvem a produo de conhecimentos e de tcnicas e, ainda,
estabelecem sistemas comuns aos grupos da sociedade. Estes sistemas, correspondentes
s diferentes reas de significao da realidade, firmam-se como modalidades de relaes
estabelecidas, os denominados domnios sociais do real, igualmente reconhecidos como
sistemas simblicos.
E constituindo conjuntos de significantes/significados apresentam-se sob a forma de
Arte, Lngua, Mito/Religio, e Cincia, implicando em relaes voltadas para ver e pensar
o real, o mundo como representao (CHARTIER, 1990, p. 23, 19), criando um sentido
imediato do mundo natural e social associados -- a Realidade. Ao fixar a concordncia
quanto ao significado dos signos e quanto ao significado do mundo (BOURDIEU, apud
MICELI, 1986, p. XII) determinam a construo do que se entende por imagem cultural.
* PPG-PMUS UNIRIO/MAST
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Este texto tomou como base o paper apresentado no Simpsio ICOFOM Museologia e Memria, organizado
pelo Comit Internacional de Museologia (ICOFOM)/Conselho Internacional de Museus (ICOM), realizado no
Rio de Janeiro em 1997.
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b) Representaes
modelos (VELHO; CASTRO, [197-], p. 19);
corpo explicativo e idias, valores (CHAU, 1991, p. 113);
discursos e pensamentos (CHARTIER, 1990, p. 66-67);
aspectos no materiais (SANTOS, [1992?], p. 41-42);
imagem e teoria (VELHO; CASTRO, [197-., p. 22]; CHAUI, 1991, p. 114.;
CHARTIER, 1990, p. 69; SANTOS, [1992?], p. 44).
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