Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
anlise
das
polticas
de
sade,
2011.
p.20-51.
Disponvel
em:
DOCUMENTAO DE LEITURA
O autor Ruben Araujo de Mattos conduz o captulo fazendo uma reflexo
sobre cincia e mtodo cientifico, para servir de base ao restante da obra: Caminhos
para anlise das polticas de sade. No texto, mostra-se a imagem de cincia que o
senso comum possui, como uma estrutura que trabalha com verdades, sendo
objetiva e universal (seu conhecimento vlido para todos). Devido a pretenso
desse conceito de cincia, afirmado, que a mesma foi mistificada. De modo que,
muitas das dificuldades na produo cientificas so reflexos dessa imagem de
cincia (infalvel e omnipotente), um temor que poderia at se justificar caso a
cincia fosse realmente assim, mas no , e o texto caminha para advogar esta
nova definio.
Evocando o filsofo Karl Popper (em seu livro, O realismo e o objetivo da
cincia), o autor mostra-nos que no h O Mtodo Cientfico (em maisculo um
modo de conduo em etapas) e que isto j estava l em Popper. O que poder-se-ia
chamar de mtodo seria, mais propriamente, a crtica: autocrtica e crtica de outrem.
Aps Popper, o processo argumentativo do texto leva-nos a Thomas Kuhn.
Nele, a produo do conhecimento cientfico apresentado como uma prtica social,
de modo que a crtica desenvolvida por comunidades de cientistas, que um ao
outro submetem seus trabalhos para serem aprovados ou impugnados. Para
funcionar, os membros de certa comunidade necessitariam estar assentados sobre
um mesmo paradigma, e pela crtica progressiva de pontos especficos iriam
refinando-se e produzindo novos conhecimentos. Este processo se denominaria
cincia normal. Quando houvesse o surgimento de um novo paradigma, h a uma
revoluo cientfica, que ir iniciar outro ciclo de cincia normal.
A materialidade deste paradigma, que criado por conveno por
determinada comunidade de cientistas, o faz mencionar a sociloga Karen Knorr-
alcanar e obter um fim prtico. Que para o autor, parafraseando Jurandir Costa,
[...] uma vida mais bela e mais feliz! (p. 38)