Desenvolvimentos na cosmologia são muitas vezes utilizados para argumentar que a ciência contemporânea eliminou a necessidade de se apelar para um criador para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Livros como os de Stephen Hawking e Leonard Mlodinow [The Grand Design (2010)] e Lawrence Krauss [A universe from nothing. Why there is something rather than nothing (2012)] ilustram bem o tema de que a origem do universo (na verdade, a antiga questão filosófica de “por que existe algo ao invés do nada”) agora se encaixa no alcance explicativo da cosmologia e da física quântica. Hawking e Mlodinow negam a inteligibilidade de um “começo” para o universo, uma vez que o próprio tempo (time) emergiu no universo. Abraçando uma versão da hipótese do multiverso, eles concluem: “A criação espontânea é a razão por que existe algo ao invés de nada; é a razão por que o universo existe e por que existimos. Portanto não é necessário invocar a Deus para colocar o Universo em marcha…”. Notoriamente, eles observam que “a filosofia está morta”, e quando entrevistado por Larry king na CNN, Hawking opinou que “a teologia é irrelevante.”
Desenvolvimentos na cosmologia são muitas vezes utilizados para argumentar que a ciência contemporânea eliminou a necessidade de se apelar para um criador para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Livros como os de Stephen Hawking e Leonard Mlodinow [The Grand Design (2010)] e Lawrence Krauss [A universe from nothing. Why there is something rather than nothing (2012)] ilustram bem o tema de que a origem do universo (na verdade, a antiga questão filosófica de “por que existe algo ao invés do nada”) agora se encaixa no alcance explicativo da cosmologia e da física quântica. Hawking e Mlodinow negam a inteligibilidade de um “começo” para o universo, uma vez que o próprio tempo (time) emergiu no universo. Abraçando uma versão da hipótese do multiverso, eles concluem: “A criação espontânea é a razão por que existe algo ao invés de nada; é a razão por que o universo existe e por que existimos. Portanto não é necessário invocar a Deus para colocar o Universo em marcha…”. Notoriamente, eles observam que “a filosofia está morta”, e quando entrevistado por Larry king na CNN, Hawking opinou que “a teologia é irrelevante.”
Desenvolvimentos na cosmologia são muitas vezes utilizados para argumentar que a ciência contemporânea eliminou a necessidade de se apelar para um criador para explicar a origem e o desenvolvimento do universo. Livros como os de Stephen Hawking e Leonard Mlodinow [The Grand Design (2010)] e Lawrence Krauss [A universe from nothing. Why there is something rather than nothing (2012)] ilustram bem o tema de que a origem do universo (na verdade, a antiga questão filosófica de “por que existe algo ao invés do nada”) agora se encaixa no alcance explicativo da cosmologia e da física quântica. Hawking e Mlodinow negam a inteligibilidade de um “começo” para o universo, uma vez que o próprio tempo (time) emergiu no universo. Abraçando uma versão da hipótese do multiverso, eles concluem: “A criação espontânea é a razão por que existe algo ao invés de nada; é a razão por que o universo existe e por que existimos. Portanto não é necessário invocar a Deus para colocar o Universo em marcha…”. Notoriamente, eles observam que “a filosofia está morta”, e quando entrevistado por Larry king na CNN, Hawking opinou que “a teologia é irrelevante.”
Antes de discutirmos a Matemtica como uma linguagem, preciso nos
questionar sobre o que so alguns elementos bsicos da Matemtica. Voc j se perguntou o que nmero? Se algum lhe perguntasse sobre o que o nmero dois, o que voc responderia? Voc j viu um nmero dois andando por a? Provavelmente voc tentaria explicar fazendo uma associao com alguma coleo de dois objetos. Ento, talvez o nmero dois no exista por si s e no tenha um significado isolado. Talvez os nmeros sejam apenas ideias abstratas que usamos para expressar quantidades de objetos. Basicamente, uma das ideias de nmero para a atual Filosofia da Matemtica, compreende nmero como algo que caracteriza uma classe de classes das quais possuem um mesmo nmero de termos. Por exemplo, a ideia do nmero dois atribui a propriedade que caracteriza a todos os infinitos conjuntos de duplas. Mas ao mesmo tempo, necessrio especificar como dizer que dois conjuntos tem o mesmo nmero de termos, sem que para isso se use o termo nmero, pois afinal se quer definir o que nmero. Contornamos isso a partir da ideia de um-para-um, assim, se dois conjuntos possuem o mesmo nmero de termos, podemos expressar isso dizendo que para cada termo de um conjunto haver uma correspondncia um-para-um no outro conjunto. Por outro lado, e se algum lhe perguntasse o que um crculo? O que voc responderia? J viu algum crculo rolando por a? Por mais que voc tente explicar o que um crculo e, que para isso, faa o uso de objetos com forma circular, mesmo assim, esses objetos no so crculos! Assim, uma mesa com tampo redondo e razoavelmente plano, tambm no um crculo ela apenas nos representa a ideia do que seja um crculo. Nesse sentido, os objetos da geometria s possuem definies precisas no campo dos conceitos abstratos e idealizados como o ponto, a reta e o plano. Mas ento, qual o propsito prtico da Matemtica? A essa pergunta j surgiram vrias tentativas de resposta ao longo da histria da humanidade e no ser neste breve texto que tentaremos responder. Aqui nos limitaremos apenas a analisar a proposta de que a Matemtica fornece a linguagem precisa para descrever os fenmenos da natureza. Certa vez, o filsofo e cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) disse: A Matemtica o alfabeto com o qual Deus escreveu o Universo No vamos querer entrar aqui na discusso sobre a existncia ou no existncia de um Deus, mas vamos tentar analisar o que Galileu quis dizer. Dizer que a Matemtica o alfabeto com o qual foi escrito o Universo uma metfora que pe a Matemtica numa posio de linguagem. Quando os cientistas aplicam o Mtodo Cientfico para tentar entender o funcionamento das leis do Universo, eles esto tentando compreender os padres comportamentais que a natureza apresenta. Um fenmeno fsico, por exemplo, se analisado friamente, aplicando todas as etapas do Mtodo, geralmente apresentar determinados tipos de padres algo que possa vir a ser previsto em uma Teoria Cientfica. Por exemplo, quando Einstein props que energia e massa se relacionam por meio da equao E=mc2, ele modelou matematicamente um comportamento padro que pode ser observado na natureza. Este modelo expressa com preciso algo que pode ser testado e inclusive prev resultados de experimentos futuros. Mas agora voltemos ideia das abstraes matemticas. Mesmo que voc tenha dificuldades em definir os objetos da Matemtica, essas idealizaes permitem que sejam expressos com nitidez e preciso os fenmenos estudados pelas cincias naturais. No atoa ento que a linguagem matemtica contenha elementos, que mesmo abstratos, fornecem idealizaes gerais para objetos do mundo real. fascinante que um crculo no represente apenas um nico objeto, mas sim uma infinita famlia de objetos e, o mesmo vale para o nmero dois que caracteriza uma infinidade de duplas ou o nmero trs com os trios, e assim por diante. No entanto, vale mencionar aqui que mesmo os nmeros, tal como os entendemos hoje, mesmo que esses tenham sido uma inveno humana, ns no os compreendemos por completo. Ainda que mesmo um irracional como a raiz quadrada de dois possa caracterizar toda uma classe de classes como as medidas de diagonais de um quadrado, h ainda aspectos que no compreendemos nos nmeros. Por exemplo, o prprio comportamento dos nmeros primos que acarretam questes como a Conjectura de Goldbach. Entretanto, a proposta de nmero independe da capacidade ou existncia do ser humano lembremos que quando duas duplas de dinossauros se encontraram prximo a algum vulco h milhes de anos atrs, no havia ali um humano pra dizer que eram quatro dinossauros e mesmo assim havia quatro deles. Nesse sentido, ainda que no compreendamos os elementos matemticos por completo, do ponto de vista filosfico, faz todo sentido concordarmos que a Matemtica sim a Linguagem do Universo, pois apresenta um modo racional de concepo do mesmo.
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
[ 1 ] RUSSELL, B. Introduo Filosofia Matemtica. 4 ed. Trad.
Giasone Rebu. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 1966. [ 2 ] TARSKI, A. Introduccin a la Lgica: y a La metodologa de las ciencias deductivas. 4 ed. Madrid: Espasa-Cape, 1985. [ 3 ] DESCARTES, R. Discurso do Mtodo. 4 ed. So Paulo: Martins Fontes, 2003. [ 4 ] GARDNER, M. Is Mathematics for Real? In: DAVIS, P.; HERSH, R. The Mathematical Experience. p. 440. Boston: Birkhuser, 1981.