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a AFO ¢ Direito Financeiro p/ TCM-RJ 5] fEstratégia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 SUMARIO JAPRESENTACAO DO TEMA... 1, CLASSIFICAGAO QUANTO A FORMA DE INGRESSO.. 2. CLASSIFICAGAO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS). 3. CLASSIFICACAO POR FONTES (OU POR DESTINACAO DE RECURSOS) 4. CLASSIFICAGAO POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMARIO.. 5. CLASSIFICACOES DOUTRINARIAS... 6. DIVIDA ATIVA.... MAIS QUESTOES DE CONCURSOS ANTERIORES ... MEMENTO V ... LISTA DE QUESTOES COMENTADAS NESTA AULA .. GABARITO. Old amigos! Como é bom estar aqui! Motivacéo € quando se tem uma razao para agir. Ter motivacéio significa ter um desejo por trés de suas acdes. Ela é responsével pela persisténcia de uma pessoa para atingir uma meta. Ha casos em que a motivacgo existe de forma facil e natural no aluno. Ela pode surgir pela propria curiosidade ou pela vontade de se progredir na vida. Entretanto, para muitos, manter-se motivado é um desafio. Uma excelente forma de motivagao é através da visualizac&o. Visualizar seu objetivo e sentir as sensacdes do sucesso — como se ele ja tivesse acontecido — faz com que vocé se torne mais confiante. Se o seu objetivo é passar em um grande concurso, imagine vocé sendo aprovado, depois de tanto esforco e dedicagao. Sinta a emog&o como se vocé tivesse acabado de ver o seu nome na lista de aprovados. Outra maneira de obter motivacg&o é mantendo contato com pessoas com os mesmos sonhos e ideais que o seu. Criar grupos de estudo com pessoas otimistas e animadas — um incentivando e ajudando o outro — faz com que todos se mantenham ativos e estudando de forma eficiente. (extraido de texto da Simplus, com adaptacées). Vamos la! Mantenha a motivacgao! Vamos estudar nesta aula a Receita Publica. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 1de 8s BE stratégia AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ eee Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 A palavra receita é utilizada em todo o mundo pela contabilidade para evidenciar a variagéo positiva da situac3o liquida patrimonial resultante do aumento de ativos ou da redugSo de passivos de uma entidade. A receita ptiblica pode ser definida em sentido amplo (/ato) e em sentido restrito (stricto). Receita publica em sentido amplo (/ato sensu) ou ingresso ptiblico: sao todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos a qualquer titulo, em certo periodo de tempo, que o Estado utiliza para financiar seus gastos, podendo ou no se incorporar ao seu patriménio e independente de haver contrapartida no passivo. Exemplos: receitas tributérias, operagdes de crédito, operagdes de crédito por antecipagdo de receita, caugées etc. Receita pdblica em sentido estrito (stricto sensu): sao todas as entradas ou ingressos de bens ou direitos, em certo periodo de tempo, que se incorporam ao patriménio publico sem compromisso de devolug&o posterior. Exemplos: alienacao de bens, receita de contribuic6es, receitas industriais etc. No processo orcamentario, é notdvel a relevancia da receita publica, cuja previsdo dimensiona a capacidade governamental em fixar a despesa publica e, no momento da sua arrecadacao, torna-se instrumento condicionante da execucdo orcamentaria da despesa. A receita esté envolvida em situages singulares na Administrag&o Publica, como a sua distribuigao e destinagao entre as esferas governamentais e 0 estabelecimento de limites legais impostos pela lei de responsabilidade fiscal. Dessa forma, assume fundamental importancia ao permitir estudos e andlises acerca da carga tributaria suportada pelos diversos segmentos da sociedade. © conhecimento dos conceitos e da classificagdo da receita possibilita a cidadania no processo de fiscalizacéo da arrecadacéo, bem como 0 efetivo controle social sobre as contas dos Governos Federal, Estadual, Distrital Municipal. Da mesma forma, do lado dos servidores publicos, 0 conhecimento das receitas publicas, principalmente em face da LRF, contribui para a transparéncia das contas publicas e para o fornecimento de informacdes de melhor qualidade aos diversos usuarios. As classificacdes orcamentérias de receitas e despesas séo de fundamental importancia para a transparéncia das operagdes constantes de um orgamento. Toda a informagao orgamentéria € organizada e veiculada segundo um tipo de classificacéo. Ademais, 6 por meio das varias classificagées, ainda, que se implementam planos, que se explicitam os objetivos e prioridades da agdo publica, orgamento e gest&o das organizagdes do setor publico, ilustrando, desse modo, o direcionamento politico da acéo governamental. Nesta aula abordaremos as classificagées da Receita Publica. Na seguinte, trataremos das classificages da Despesa Publica. Em ambos falaremos bastante do que esta previsto no atual Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Ptiblico -MCASP,no atual Manual Técnico de Orcamento - MTO e nas Portarias que regem as classificagdes. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 2de ss AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 1, CLASSIFICAGAO QUANTO A FORMA DE INGRESSO Quanto a forma de ingresso, as receitas podem ser: * Orgamentérias: sdo entradas de recursos que o Estado utiliza para financiar seus gastos, transitando pelo patriménio do Poder Publico. Segundo o art. 57 da Lei 4.320/1964, serdo classificadas como receita orcamentéria, sob as rubricas préprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operagdes de crédito, ainda que néo previstas no orgamento. A receita pilblica pode ser considerada orcgamentaria. mesmo se nao estiver incluida na lei orcamentaria anual. Sao chamadas também de ingressos orcamentarios. PRESTE Receita orgamentaria « Extraorcamentarias: tais receitas ndo integram o orcamento puiblico e constituem passivos exigiveis do ente, de tal forma que o seu pagamento ndo esta sujeito & autorizacao legislativa. Isso ocorre porque possuem caréter temporario, n&o se incorporando ao patriménio ptblico. Sao chamadas de ingressos extraorgamentarios. So exemplos de receitas extraorcamentdrias: depdsito em caug&o, antecipacéo de receitas orgamentarias - ARO, consignagées diversas, cancelamento de restos a pagar, emisso de moeda e outras entradas compensatérias no ativo e passivo financeiros. operacées de crédito # operacées de crédito por ARO As operacées de crédito sao receitas orcamentérias e as operagées de crédito por antecipagdo de receita sao receitas extraorcamentarias. Observacao: uma receita extraorcamentaria pode se tornar orcamentaria. Por exemplo, pode ser exigido de um licitante um depésito em caugao para a participacéio em uma licitagdo. O depdsito em caucdo é uma receita extraorgamentiria do érg&o, sujeita a devolugdo. Se o licitante der um lance vencedor e n&o honré-lo no prazo previsto, perderé a caucdo em favor do Erdrio, que a incorporara como receita orgamenta Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 3deas — AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Téenico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 Varios autores utilizam o termo “natureza” nessa classificagdo. Atente para ndo confundir com a classificag&o por natureza da receita. Entendo que o termo “forma de ingresso” é o mais apropriado neste caso. Segundo o MTO, a classificacéio da receita orcamentéria, a exemplo do que ocorre na despesa, é de utilizac&o obrigatéria por todos os entes da Federacao, sendo facultado © seu desdobramento para atendimento das respectivas necessidades. Sobre 0 assunto, as receitas orcamentdrias sao classificadas segundo os seguintes critérios: 1. natureza de receita; 2. indicador de resultado primério; 3. fonte/destinac&o de recursos; € 4. esfera orgamentaria’. CAIU na prova! 1) (CESPE - Analista Judiciario - Administrativo - TRE/GO — 2015) Os| ingressos extraorcamentérios, que integram o fluxo financeiro das receitas ptiblicas, néo tém impacto no patrimé: liquido nem sdo| lobjeto de programacao orcamentéria. As receitas extraorcamentérias nao integram o orcamento publico e constituem passivos exigiveis do ente, de tal forma que o seu pagamento néo esta sujeito a autorizagdo legislativa. Isso ocorre porque possuem caréter temporério, ndo se incorporando ao patriménio publico. S&éo chamadas de ingressos| lextraorcamentarios. Resposta: Certa 2) (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) Os ingressos extraorcamentarios, tais como os oriundos de depésitos em caugéo, tém carater tempordario e representam passivos exigiveis do Estado, sendo sua restituicdo independente de autorizacao legislativa. As receitas extraorcamentérias nao integram 0 orcamento ptblico e constituem passivos exigiveis do ente, de tal forma que o seu pagamento néo esté sujeito JA autorizacao legislativa. Isso ocorre porque possuem carater tempordrio, no se incorporando ao patriménio publico. So chamadas de ingressos extraorcamentarios. Séo exemplos os depésitos em caucao. Resposta: Certa 14 classificagéo por esfera ¢ uma classificacéo tanto da receita como da despesa. Sera estudadaem uma das aulas sobre classificagao da despesa publica. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 4de as — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 2. CLASSIFICACAO POR NATUREZA DA RECEITA (POR CATEGORIAS) As naturezas de receitas orgamentarias procuram refletir 0 fato gerador que ocasionou o ingresso dos recursos aos cofres publicos. E a menor célula de informag&o no contexto orgamentério para as receitas publicas, devendo, portanto, conter todas as informagées necessérias para as devidas vinculac6es. Em face da necessidade de constante atualizacéo e melhor identificagdo dos ingressos aos cofres publicos, o esquema inicial de classificag&o foi desdobrado em niveis, que formam o cédigo identificador da natureza de receita: 1.© Nivel: Categoria Econémica * 2.9 Nivel: Origem * 3.9 Nivel: Espécie * 4.° Nivel: Rubrica * 5. Nivel: Alinea « 6.° Nivel: Subalinea ESTACAL na prova! x Y Zz w 7 KK Categoria | origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea Econémica 1.2 nivel - Categoria econémica da receita x Y Zz w 1T KK Categoria s " m Econamica | Origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea Este nivel da classificagéo por natureza obedece ao critério econémico. £ utilizado para mensurar o impacto das decisées do Governo na economia nacional (formacao de capital, custeio, investimentos etc.). E codificado e subdividido da seguinte forma: * 1. Receitas correntes. 2. Receitas de capital. 7. Receitas correntes intraorgamentérias. 8. Receitas de capital intraorgamentarias. Vamos a elas: Receitas correntes: classificam-se nessa categoria aquelas receitas oriundas do poder impositive do Estado - tributéria e de contribuiges; da exploragao de Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br Sdeas — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 seu patriménio - patrimonial; da explorac&o de atividades econémicas - agropecuaria, industrial e de servigos; as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito publico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificdveis em despesas correntes - transferéncias correntes; e as demais receitas que ndo se enquadram nos itens anteriores - outras receitas correntes. Receitas de capital: sdo as provenientes da realizagdo de recursos financeiros oriundos de constituicéo de dividas; da conversdo, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito piiblico ou privado, destinados a atender despesas classificdveis em despesas de capital e, ainda, o superdvit do orgamento corrente. Em geral, as receitas de capital sio representadas por mutaces patrimoniais que nada acrescentam ao patriménio ptblico, s6 ocorrendo uma troca de elementos patrimoniais, isto é, um aumento no sistema financeiro (entrada de recursos financeiros) e uma baixa no sistema patrimonial (saida do patriménio em troca de recursos financeiros). Na Lei 4320/1964: Art. 11 - A receita classificar-se-4 nas seguintes categorias econémicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1° - S80 Receitas Correntes as receitas tributéria, de contribuigdes, patrimonial, agropecudria, industrial, de servigos e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito piblico ou privado, quando destinadas a atender despesas classificdveis em Despesas Correntes. § 20 - S80 Receitas de Capital as provenientes da realizacéo de recursos financeiros oriundos de constituigao de dividas; da conversdo, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito publico ou privado, destinados a atender despesas classificdveis em Despesas de Capital e, ainda, o superdvit do Orcamento Corrente. Segundo a Lei 4.320/1964, o superdvit do orgamento corrente resulta do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, porém néo constituira item de receita orcamentéria. Isso ocorre para evitar a dupla contagem, porque ela jé foi considerada no orcamento corrente. Por exemplo, ao final de 2014, em determinado ente, a diferenga entre as receitas correntes arrecadadas, no valor de R$ 10 bilhdes, e as despesas correntes realizadas, de R$ 8 bilhdes, é considerada superdvit do orgamento corrente e receita de capital. O superavit do orgamento corrente é receita de capital, porém nao receita orcamentari Opa egadinha Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 6deas a AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Téenico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 Receitas intraorgamentarias: s&o receitas oriundas de operages realizadas entre érgéos e demais entidades da Administracéo Publica integrantes do orgamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de governo. Séo chamadas também de ingressos intraorgamentarios. Tém a finalidade de discriminar as receitas referentes as operacées entre drgdos, fundos, autarquias, fundacées publicas, empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes do orgamento fiscal e da seguridade social. O elemento motivador da criacéo dessas receitas foi a inclusdo, na Portaria Interministerial STN/SOF 163, de 4 de maio de 2001, da modalidade de aplicagéo "91 - Aplicac&io Direta Decorrente de Operagao entre Orgdos, Fundos e Entidades Integrantes dos Orgamentos Fiscal e da Seguridade Social”. ‘As receitas intraorcamentarias sao _receitas oriundas de operacées realizadas entre orgéos e PRRETE demais entidades da Administracéo Publica 5 integrantes do Orcamento Fiscal e da Seguridade Social de uma mesma esfera de governo. N&o inclui o Orgamento de Investimento das Estatais. Receitas Intraorcament As novas naturezas de receitas intraorgamentérias s&o constituidas substituindo-se o primeiro nivel (categoria econémica “1” ou 2") pelos digitos “7”, se receita corrente intraorgamentédria, e “8”, se receita de capital intraorcamentéria, mantendo-se o restante da codificacao. a A area As classificagées incluidas n&o constituem novas categorias econémicas de receita, mas sim meras especificagées das categorias corrente e de capital, a fim de possibilitar a identificaco das respectivas operacdes intraorcamentérias e, dessa forma, evitar a dupla contagem de tais receitas. iD CAIU na prova! 3) (CESPE - Administrador - FUB - 2015) De acordo com a categoria econémica, o superavit do orcamento corrente é considerado fonte de receita corrente do Estado. Sao Receitas de Capital as provenientes da realizacio de recursos financeiros oriundos de constituicéo de dividas; da converséo, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito publico ou privado, Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 7de 85 BE stratégia AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ ee: Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 destinados a atender despesas classificaveis em Despesas de Capital e, ainda, o superavit do Orgamento Corrente (art. 11, § 2°, da Lei 4320/1964). Resposta: Errada © nivel_Origem x is z w 1 KK Categoria Econamica | Ofigem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea E a subdiviséo das categorias econémicas que tem por objetivo identificar a origem das receitas no momento em que estas ingressam no_patriménio publico. Identifica a procedéncia dos recursos publicos, em relag&o ao fato gerador dos ingressos das receitas (derivada, origindria, transferéncias e outras). No caso das receitas correntes, tal classificacéo serve para identificar se as receitas s&o compulsérias (tributos e contribuices), provenientes das atividades em que o Estado atua diretamente na produgéo (agropecuérias, industriais ou de prestac&o de servicos), da exploragdo do seu préprio patriménio (patrimoniais), se provenientes de transferéncias destinadas ao atendimento de despesas correntes, ou, ainda, de outros ingressos. No caso das receitas de capital, distinguem-se as provenientes de operacdes de crédito, da alienagéo de bens, da amortizacéo dos empréstimos, das transferéncias destinadas ao atendimento de despesas de capital, ou, ainda, de outros ingressos de capital. Os cédigos da origem para as receitas correntes e de capital sdo: tee Kdecore! ORIGENS DAS RECEITAS RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 1. Receita Tributaria 2. Receita de Contribui 3. Receita Patrimonial 4. Receita Agropecuaria 5, Receita Industrial 6. Receita de Servicos 7. Transfer€ncias Correntes 9. Outras Receitas Correntes Operagées de Crédito . Alienacéo de Bens . Amortizagéo de Empréstimos . Transferéncias de Capital . Outras Receitas de Capital BONE Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br Bde as — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ si Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 2.1 Origens das receitas correntes 2.1.1 Receitas tributarias Para que o Estado possa custear suas atividades, so necessérios recursos financeiros. Uma de suas fontes é 0 tributo, o qual € definido pelo art. 3° do Cédigo Tributério Nacional - CTN: “art. 3° Tributo é toda prestag&o pecuniéria compulséria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que nao constitua sangao de ato ilicito, instituida em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Apresento também o conceito da Lei 4320/1964, pois pode aparecer em prova cobrando a literalidade do dispositivo: Tributo é a receita derivada instituida pelas entidades de direito publico, compreendendo os impostos, as taxas e contribuigdes nos termos da constituigéo e das leis vigentes em materia financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas entidades (art. 9° da Lei 4320/1964). Independentemente do nome ou da destinag&o, 0 que vai caracterizar o tributo é 0 seu fato gerador, o qual é a situacSo definida em lei como necesséria e suficiente 4 sua ocorréncia. Assim, séo irrelevantes sua denominagao e a destinacao legal do produto de sua arrecadacaio. © art. 5° do CTN define que as espécies de tributos so impostos, taxas e contribuigdes de melhorias: + Imposto: conforme o art. 16, “imposto é 0 tributo cuja obrigagdo tem por fato gerador uma situacéo independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte’. Sempre que possivel, os impostos terdo cardter pessoal e seréio graduados segundo a capacidade econémica do contribuinte, facultado @ Administracéo Tributéria, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patriménio, os rendimentos e as atividades econédmicas do contribuinte. * Taxa: de acordo com o art. 77, “as taxas cobradas pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no ambito de suas respectivas atribuigdes, tém como fato gerador o exercicio regular do poder de policia, ou a utilizagao, efetiva ou potencial, de servico puiblico especifico e divisivel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposic&o”. As taxas n&o poderéo ter base de calculo prépria de impostos. * Contribuiggo de methoria: segundo o art. 81, “a contribuigdo de melhoria cobrada pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municipios, no Ambito de suas respectivas atribuigées, é instituida para fazer face ao custo de obras publicas de que decorra Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br Ode as PbEstratégia AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ eee Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 valorizagéo imobilidria, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual 0 acréscimo de valor que da obra resultar para cada imével beneficiado”. ee Nas classificagdes orgamentérias, os impostos, taxas e contribuigdes de melherias sao receitas tributarias. 4 DES TENGE As demais contribuigées so receitas de Le contribuigSes. Contribuicao de melhoria 2.1.2 Receitas de contribuicées As receitas de contribuigdes correspondem ao ingresso proveniente de contribuigdes sociais, de intervencdo no dominio econémico e para o custeio de servigo de iluminago publica, como instrumento de intervengdo nas respectivas reas. Exemplos: contribuigio para 0 salario-educacSo, contribuigdes sobre a receita de concursos de progndsticos (loterias), contribuig3o para o fundo de satide das Forcas Armadas etc. Apesar da controvérsia doutrindria sobre o tema, suas espécies podem ser definidas da seguinte forma: * Contribuigées sociais (1210.00.00): destinadas ao custeio da seguridade social, que compreende a previdéncia social, a sade e a assisténcia social. * Contribuig6es de Intervencdo no Dominio Econémico (1220.00.00): a CIDE é classificada no orgamento piblico como uma espécie de contribuig&o que atinge um determinado setor da economia, com finalidade qualificada em sede constitucional, instituida mediante um motivo especifico. Essa intervengdo se dé pela fiscalizagdo e por atividades de fomento, como, por exemplo, desenvolvimento de pesquisas para crescimento do setor e oferecimento de linhas de crédito para expansdo da producdo. Um exemplo de CIDE é 0 Adicional sobre Tarifas de Passagens Aéreas Domésticas, voltado a suplementag’o tarifaria de linhas aéreas regionais de passageiros, de baixo e médio potencial de trafego. * Contribuicéo para o Custeio de Servico de Iluminacao Publica (1230.00.00): sob a ética da classificagSo orcamentéria, também é espécie da origem Contribuigdes, que integra a categoria econémica Receitas Correntes. Foi instituida pela Emenda Constitucional n° 39, de 19 de dezembro de 2002, que acrescentou o art. 149-A a CF/1988, e possui a finalidade de custear o servico de iluminagéo publica. A ‘competéncia para instituigao é dos Municipios e do Distrito Federal. As Contribuig6es de Interesse das Categorias Profissionais ou Econémicas se caracterizam por atender a determinadas categorias Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 85 AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ Estrategia Téanico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 profissionais ou econémicas, vinculando sua arrecadagao as entidades que as instituiram. Nao transitam pelo orgamento da Unido. Essas contribuicées so destinadas ao custeio das organizacdes de interesse de grupos profissionais, como, por exemplo, Ordem dos Advogados do Brasil — OAB, Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, Conselho Regional de Medicina - CRM, entre outros. 2.1.3 Demais origens . Receita patrimonial: é 0 ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos do ativo permanente, de aplicagées de disponibilidades em operacées de mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. Por exemplo, temos as receitas de arrendamentos, como 0 que acontece quando se arrenda os terrenos da Unido, em que 0 Poder Publico concede a outra parte o gozo temporario de um terreno mediante retribuig&o. Tal retribuigfo se torna receita patrimonial. Outros exemplos: aluguéis, foros e laudémios, taxas de ocupacg&o de iméveis, juros de titulos de renda, dividendos, participagdes, bonus de assinatura de contrato de concessdo, remuneracdo de depésitos bancérios, remuneracéo de depésitos especiais e remuneracdo de saldos de recursos néo desembolsados. Receita agropecudria: é o ingresso proveniente da atividade ou da ‘exploragao agropecudria de origem vegetal ou animal. Incluem-se nessa classificagéio as receitas advindas da exploragéio da agricultura (cultivo do solo), da pecudria (criag&o, recriag&o ou engorda de gado e de animais de pequeno porte) e das atividades de beneficiamento ou transformac3o de produtos agropecudrios em instalagées existentes nos proprios estabelecimentos. Receita industrial: é 0 ingresso proveniente da atividade industrial de extragio mineral, de transformagéo, de construgéo e outras, provenientes das atividades industriais definidas como tal pela Fundagao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE. Receita de servicos: é 0 ingresso proveniente da prestacdo de servicgos de transporte, satide, comunicac3o, portudrio, armazenagem, de inspegdo e fiscalizagSo, processamento de dados, vendas de mercadorias e produtos inerentes a atividade da entidade e outros servicos. Transferéncia corrente: é 0 ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condigdes preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigéncia, desde que 0 objetivo seja a aplicacéio em despesas correntes. Outras receitas correntes: sao os ingressos correntes provenientes de outras origens n&o classificdveis nas anteriores. Exemplos: recebimento de divida ativa, multas em geral, restituicdes etc. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 rave \Eqlatento Das “demais origens”, a mais cobrada em provas é a receita patrimot az Curiosidade Masafinal o que ¢ laudémio? Para responder a pergunta tema desta pagina é necessério fazermos um breve esclarecimento sobre o instituto da enfiteuse, também conhecido pelo nome de aforamento, pois o laudémio advém desse instituto que é 0 mais amplo dos direitos reais sobre coisa alheia. Para que todos possam entender a enfiteuse, quando dizemos "todos" incluimos os que n&o sao operadores do direito, citemos um simples contrato de locacgéo de imével como exemplo para uma analogia. No contrato de locacao de imével temos o "locador", proprietario, e "locatério", pessoa que alugou o imével para fins residenciais ou comerciais, obrigando-se a pagar um aluguel aquele. No contrato de enfiteuse temos o "senhorio direto", proprietdrio, e o “enfiteuta” (ou "foreiro"), este pessoa que adquiriu 0 dominio util do imével e se obrigou a pagar uma penséo anual (foro) Aquele. Fazendo uma analogia entre os dois contratos, no de locagSo o prazo é determinado, no de enfiteuse é perpétuo, no de locacao o locatario no pode alienar (vender) os direitos que exerce sobre a propriedade, j4 no de enfiteuse 0 enfiteuta pode alienar o dominio util do imével. A vista da analogia acima feita entre os dois contratos, observamos que o enfiteuta pode alienar os seus direitosporque adquire uma parte do dominio do imével chamada de titil, que significa, de forma simploria, o direito de usufruir 0 imével do modo mais completo. O senhorio direto conserva uma outra parte para si do imével denominada dominio direto. Pois bem, unindo-se o dominio direto com o util temos o dominio pleno, que é exatamente o tipo de dominio que permanece com o locador no contrato de locacao. A partir deste ponto, deixemos de lado 0 contrato de locac&o. Pois bem, para o enfiteuta alienar 0 seu dominio util deveré primeiramente consultar 0 senhorio direto, pois este tem preferéncia na compra. Uma vez que o senhorio declina no seu direito de preferéncia e deixa de consolidar o dominio pleno do imével em suas maos, surge a obrigacdo do enfiteuta de pagar o LAUDEMIO. O mesmo € devido somente nas transagées onerosas, portanto, nas transagdes no onerosas inexiste 2 obrigacéo do pagamento de laudémio. Os foreiros ou ocupantes de imével da Unido com renda familiar inferior ou igual a cinco saldrios minimos, podem requerer a iseng&o do pagamento. © laudémio néo é tributo, portanto, néo é imposto. Trata-se de uma contraprestac&o pecunidria em que se obrigou o particular (foreiro) quando Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br Ide 85 bEstratégia AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RI eee Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 firmou o contrato de enfiteuse com o proprietario (senhorio direto) do imével. A obrigag&o nao nasce diretamente da lei como no caso do tributo, tem origem numa relacéo contratual. O mesmo diga-se do ocupante de terra que foi autorizado a ocupar. Fonte: ENTENDA O QUE £ LAUDEMIO. Desenvolvido por Rodrigo Marcos Antonio Rodrigues. Esclarecimentos sobre a cobranca de laudémio. Disponivel em: http://www.laudemio.com.br. Acesso em: 09/11/2012. 2.2 Origens das receitas de capital + Operagées de crédito: s&o os ingressos provenientes da colocacdo de titulos publicos ou da contratacéo de empréstimos e financiamentos internos ou externos obtidos junto a entidades estatais ou privadas. Para efeitos de classificacéo orcamentéria, os empréstimos compulsérios também séo clasificados como operagées de crédito. + Alienacéo de bens: é o ingresso proveniente da alienacéo de bens méveis ou iméveis de propriedade do ente. Exemplos: privatizacdes, venda de um prédio publico etc. * Amortizacéo de empréstimos: é 0 ingresso referente ao recebimento de parcelas de empréstimos ou financiamentos concedidos em titulos ou contratos, ou seja, representam o retorno dos recursos anteriormente emprestados pelo poder publico. + Transferéncias de capital: € 0 ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condigdes preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigéncia, desde que 0 objetivo seja a aplicacéo em despesas de capital. + Outras receitas de capital: sdo os ingressos de capital provenientes de outras origens nao classificdveis nas anteriores. Exemplos: integralizagéo de capital de empresas estatais, resultado positivo do Banco Central e remuneracfio das disponibilidades do tesouro. > resumindo énci éncii ital. Oque interessa para diferenciar as transferéncias é a aplicagaéo da receita e nao a sua procedén Se for aplicada em despesas de capital, sera transferéncia de capital; se for aplicada em despesas correntes, sera transferéncia corrente. ’ CAIU na prova! ‘4) (CESPE — Auditor — FUB - 2015) Sob a otica economica, as receitas estéo divididas em receitas correntes e de capital, abrangendo estas Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 85 ies AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 Ultimas as operagées de crédito, a alienacio de bens, a amortizacao de empréstimos, as transferéncias de capital e outras receitas de capital. © 19 nivel da classificagéo por natureza obedece ao critério econémico. A receita classificar-se-4 nas seguintes categorias econdmicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. Sao receitas de capital: operacdes de crédito, alienagdo de bens; amortizagéo de empréstimos, transferéncias de capital e outras receitas de capital. Resposta: Certa 5) (CESPE - Auditor Federal de Controle Externo - TCU - 2015) O ingresso proveniente de outros entes da Federacdo, efetivado mediante condicgées preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigéncia, deve ser classificado como outras receitas correntes. © ingresso proveniente de outros entes ou entidades, referente a recursos pertencentes ao ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade transferidora, efetivado mediante condicées preestabelecidas ou mesmo sem qualquer exigéncia, desde que o objetivo seja a aplicagdo em despesas correntes, é classificado como transferéncia corrente. Caso o objetivo seja a aplicac&o em despesas correntes, sera transferéncia de capital. Resposta: Errada 6) (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) O registro do ingresso financeiro resultante da venda a vista de um imével de propriedade da Unido deve ser tratado contabilmente como receita corrente, enquanto o ingresso financeiro decorrente do aluguel a terceiros de imével de propriedade da Unido deve ser tratado como receita de capital. © registro do ingresso financeiro resultante da venda a vista de um imével de propriedade da Unido deve ser tratado como receita de capital de alienacdo de bens, enquanto o ingresso financeiro decorrente do aluguel a terceiros de imével de propriedade da Unio deve ser tratado como receita corrente patrimonial. Resposta: Errada Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 14de 85 a AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry fEstratégia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 ispécie © nivel x Y Zi w 7 KK Categoria gcr'@ | Origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea Econémica E © nivel de classificagdo vinculado & origem, composto por titulos que permitem qualificar com maior detalhe 0 fato gerador dos ingressos de tais receitas. Por exemplo, dentro da origem receita tributéria (receita proveniente de tributos) podemos identificar as suas espécies, tais como impostos, taxas € contribuigdes de melhoria (conforme definido na CF/1988 e no CTN), sendo cada uma dessas receitas uma espécie de tributo diferente das demais. 4.° nivel - Rubrica x ¥ z w 7 KK Categoria Econamica | Origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea E 0 detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificacdo mais especifica. Agrega determinadas receitas com caracteristicas proprias e semelhantes entre si. 5.2 nivel - Alinea x ¥ Zz w T KK Categoria if Econémica Origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea Funciona como uma qualificacéo da rubrica. A alinea é 0 nivel que apresenta o nome da receita propriamente dita e que recebe o registro pela entrada de recursos financeiros. &.° nivel - Subalinea x ¥. z w TT KK Categoria | origem | Espécie | Rubrica | Alinea | Subalinea Econdmica Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 85 — AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Téenico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 Constitui 0 nivel mais analitico da receita, 0 qual recebe o registro de valor, pela entrada do recurso financeiro, quando houver necessidade de maior detalhamento da alinea. Detalhamento de cédigo Para atender as necessidades internas, a Unido, os estados, o Distrito Federal e 0s municipios poderao detalhar as classificacées orgamenterias a partir do nivel ainda nao detalhado, sendo que, se o detalhamento ocorrer no nivel de alinea (quinto e sexto digitos) ou subalinea (sétimo e oitavo digitos), deveré ser a partir do 51. A administracao dos niveis jé detalhados cabe & Unido. Poderé haver um sétimo nivel (nono e décimo digitos), denominado de detalhamento facultativo, a ser criado, opcionalmente, pelo ente. Exemplo de uma estrutura completa da natureza da receita:1112.04.10 1 - Categoria Econdmica: Receitas Correntes 1 - Origem: Receitas Tributarias 1 ~ Espécie: Impostos a 2 ~ Rubrica: Impostos sobre o Patriménio e a 1412 i Bends | — 04 - Alinea: Imposto sobre a Renda e gusts aires Rade Pormessde Doiperitewen| | Proventos de Qualquer Natureza spout brass ine : a ae 10 - Subalinea: Pessoas Fisicas seed Detalhamento de cédigo: nao ha. Fonte MCASP mg CAIU na prova! 7)(CESPE — Analista Técnico-Administrativo - MDIC — 2014)Os cédigos correspondentes as rubricas devem ser utilizados quando se fizer necessério discriminar os tipos de receita agrupados em determinada espécie. A tubrica é 0 detalhamento das espécies de receita. A rubrica busca identificar dentro de cada espécie de receita uma qualificacéo mais especifica. Agrega determinadas receitas com caracteristicas préprias e semelhantes entre si. Resposta: Certa Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 3. CLASSIFICACAO POR FONTES (OU POR DESTINACAO DE RECURSOS) E uma classificaggo tanto da receita como da despesa. Vimos que a classificacéo por natureza da receita busca a melhor identificacao da origem do recurso Segundo seu fato gerador. No entanto, existe a necessidade de classificar a receita conforme a destinagdo legal dos recursos arrecadados. As fontes de recursos constituem-se de determinados agrupamentos de naturezas de receitas, atendendo a uma determinada regra de destinagdo legal, e servem para indicar como sao financiadas as despesas orgamentarias. E a individualizacéio dos recursos de modo a evidenciar sua aplicagéo segundo a determinacao legal, sendo, ao mesmo tempo, uma classificag&o da receita e da despesa. Por meio da classificag’o por fontes, possibilita-se 0 atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: ‘Os recursos legalmente vinculados a finalidade especifica serao utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculacgo, ainda que em exercicio diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8°, paragrafo Ginico, da LRF); + A disponibilidade de caixa constara de registro préprio, de modo que os recursos vinculados a érgao, fundo ou despesa obrigatéria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). A classificag&o por fontes de recursos consiste em um cédigo de trés digitos, sendo que o primeiro indica 0 grupo de fontes de recursos, e o segundo e terceiro, a especificagao das fontes de recursos. O grupo de fontes de recursos identifica se 0 recurso € ou no originario do Tesouro Nacional e se pertence ao exercicio corrente ou a exercicios anteriores 1.° DIGITO: GRUPO DE FONTES DE RECURSOS 1 - Recursos do Tesouro ~ Exercicio Corrente 2 - Recursos de Outras Fontes - Exercicio Corrente 3 - Recursos do Tesouro ~ Exercicios Anteriores 6 - Recursos de Outras Fontes - Exercicios Anteriores 9 - Recursos Condicionados Definicées: * Recursos do Tesouro: sdo aqueles geridos de forma centralizada pelo Poder Executivo, que detém a responsabilidade e o controle sobre as disponibilidades financeiras. Essa gestéo centralizada se dé, normalmente, por meio do Org&o Central de Programagdo Financeira, a Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 8s AFO e Direito Financeiro p/ TCM-RJ Estrategia Téanico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 STN, que administra o fluxo de caixa, fazendo liberacées aos érgiios e entidades, de acordo com a programagdo financeira e com base nas disponibilidades e nos objetivos estratégicos do Governo. Recursos de outras fontes: s&o aqueles arrecadados e controlados de forma descentralizada e cuja disponibilidade esté sob a responsabilidade desses drgéios e entidades, mesmo nos casos em que dependam de autorizagao do Orgdo Central de Programacdo Financeira para dispor desses valores. De forma geral, esses recursos tém origem no esforco proprio das entidades, seja pelo fornecimento de bens, prestagdo de servigos ou exploragéo econdmica do patriménio proprio. Exercicio corrente e exercicios anteriores: corresponde a4 segregac&o entre recursos arrecadados no exercicio corrente daqueles arrecadados em exercicios anteriores, informac&o importante, uma vez que os recursos vinculados deverSo ser aplicados no objeto para o qual foram reservados, ainda que em exercicio subsequente ao ingresso (art. 8° da LRF). Ressalta-se que os cédigos 3 e 6 deverdo ser utilizados para registro do superdvit financeiro do exercicio anterior, que servird de base para a abertura de créditos adicionais, respeitando as especificacées das destinacdes de recursos. Recursos condicionados: sao aqueles incluidos na previs&o da receita orcamentdria, mas que dependem da aprovacao de alteragdes na legislagéio para a integralizagéio dos recursos. Quando confirmadas tais proposigdes, os recursos séo remanejados para as destinacdes adequadas e definitivas. Os digitos seguintes so bastante variados. O estudante deve saber que a fonte de recursos é composta por 3 digitos e quais s&o os grupos do 1.° digito. Exemplos de fontes: . Fonte 100: Recursos do Tesouro - Exercicio Corrente (1); Recursos Ordindrios (00); Fonte 152: Recursos do Tesouro — Exercicio Corrente (1); Resultado do Banco Central (52); Fonte 150: Recursos do Tesouro - Exercicio Corrente (1); Recursos Préprios Nao Financeiros (50); Fonte 250: Recursos de Outras Fontes - Exercicio Corrente (2); Recursos Préprios Nao Financeiros (50); Fonte 300: Recursos do Tesouro - Exercicios Anteriores (3); e Recursos Ordinarios (00). © MCASP traz algumas observacées importantes: Como mecanismo integrador entre a receita e a despesa, 0 cédigo de destinacéo/fonte de recursos exerce um duplo papel na execugéo orcamentaria. Para a receita orgamentaria, esse cédigo tem a finalidade de indicar a destinacdo de recursos para a realizagdo de determinadas Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 despesas orgamentarias. Para a despesa orcamentéria, identifica a origem dos recursos que estéo sendo utilizados. Assim, o mesmo cédigo utilizado para controle das destinages da receita orcamentéria também é utilizado na despesa, para controle das fontes financiadoras da despesa orcamentaria. + A destinacio de recursos é 0 processo no qual os recursos puiblicos so correlacionados a uma aplicagio, desde a previsdo da receita até a efetiva utilizacéo dos recursos. A destinagao pode ser classificada em destinagdo vinculada e destinacéo ordinéria. A destinacdo vinculada é 0 processo de vinculagéo entre a origem e a aplicagdo de recursos, em atendimento as finalidades especificas estabelecidas pela norma. J4 a destinaco ordinaria é 0 processo de alocacdo livre entre a origem e a aplicagao de recursos, para atender a quaisquer finalidades. + O argumento utilizado na criagéo de vinculacées para as receitas é o de garantir 2 despesa correspondente, seja para fungdes essenciais, seja para entes, drgéos, entidades e fundos. Deve ser pautado em mandamentos legais que regulamentam a aplicag&o de recursos. Outro tipo de vinculagéo é aquela derivada de convénios e contratos de empréstimos e financiamentos, cujos recursos s&o obtidos com finalidade especifica. + Na execuco orgamentéria, a codificaco da destinago da receita indica a vinculagéio, evidenciando, a partir do ingresso, as destinagées dos valores. Quando da realizacio da despesa, deve estar demonstrada qual sua fonte de financiamento (fonte de recursos), estabelecendo-se a interligac&o entre a receita e a despesa. * Assim, no momento do recolhimento/recebimento dos valores, é feita classificagéo por natureza de receita e destinagdo de recursos, sendo possivel determinar a disponibilidade para alocacéo discricionaria pelo gestor piblico, e aquela reservada para finalidades especificas, conforme vinculagdes estabelecidas. * Portanto, © controle das disponibilidades financeiras por fonte de recursos deve ser feito desde a elaboragdo do orcamento até a sua execug&o, incluindo 0 ingresso, 0 comprometimento e a safda dos recursos orcamentérios. CAIU na prova! 8) (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCDF - 2014) A classificagao da receita por fonte de recurso atende a necessidade de vinculagio de receitas e despesas estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Por meio da classificagéo por fontes, possibilita-se 0 atendimento dos seguintes dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal: Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Téenico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 _ Os recursos legalmente vinculados a finalidade especifica serao utilizados exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculagéo, ainda que em exercicio diverso daquele em que ocorrer o ingresso (art. 8°, pardgrafo unico, da LRF); A disponibilidade de caixa constard de registro préprio, de modo que os recursos vinculados a érgéo, fundo ou despesa obrigatéria fiquem identificados e escriturados de forma individualizada (art. 50, I, da LRF). Resposta: Certa 4. CLASSIFICACGAO DA RECEITA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMARIO A receita é classificada, ainda, como priméria (P), quando seu valor é incluido na apurac&o do resultado primério e n&o priméria ou financeira (F), quando no é incluida nesse calculo. As receitas financeiras surgiram com a adocdo, pelo Brasil, da metodologia de apuragao do resultado primério, oriundo de acordos com o Fundo Monetario Internacional - FMI. Desse modo, passou-se a denominar como receitas financeiras aquelas receitas que nao sao consideradas na apuracdo do resultado primério, como as derivadas de aplicacées no mercado financeiro ou da rolagem e emissdo de titulos publicos, assim como as provenientes de privatizagées, entre outras. Outro bom exemplo sao as receitas oriundas de operacdes de crédito. As demais receitas, provenientes dos tributos, contribuigées, patrimoniais, agropecuarias, industriais e de servicos, sao classificadas como primarias. CAIU na prova! [9) (CESPE -Analista Técnico-Administrativo - CADE - 2014) A classificagao da receita por identificador de resultado receitas ptblicas entre aquelas relacionadas com o resultado fiscal e jas relacionadas com o resultado operacional. A classificacio da receita por identificador de resultado divideas receitas publicas entre primérias e financeiras. Resposta: Errada Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry fEstratégia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes ~ Aula 05 5. CLASSIFICAGOES DOUTRINARIAS Segundo a doutrina, ou seja, consoante os estudiosos do direito financeiro, a receita publica pode ainda _ ser classificada nos —_seguintes aspectos:coercitividade ou procedéncia, poder de tributar, afetacéio patrimonial e regularidade: Coercitividade ou Procedén: * Originarias: denominadas também de receitas de economia privada ou de direito privado. Correspondem aquelas que provém do préprio patriménio do Estado. So resultantes da venda de produtos ou servicos colocados a disposicaéo dos usudrios ou da cessdo remunerada de bens e valores. « Derivadas: denominadas também de receitas de economia publica ou de direito ptiblico. Correspondem aquelas obtidas pelo Estado mediante sua autoridade coercitiva. No nosso ordenamento juridico se caracterizam pela exigéncia do Estado para que o particular entregue de forma compulsoria uma determinada quantia na forma de tributes, de contribuigées ou de multas. Poder de tributar: classifica as receitas de acordo com o poder de tributar que compete a cada ente da Federaco, considerando e distribuindo as receitas obtidas como pertencentes aos respectivos entes, quais sejam: Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal e Municipal. Afetac4o patrimonial: * Efetivas: contribuem para o aumento do patriménio liquide, sem correspondéncia no passivo. Sao efetivas todas as receitas correntes, com excegéo do recebimento de divida ativa, que representa fato permutativo e, assim, € ndo efetiva. + Néo efetivas ou por mutagdo patrimonial: nada acrescentam ao patriménio publico, pois se referem as entradas ou alteragdes compensatérias nos elementos que o compdem. Séo néo efetivas todas as receitas de capital, com excegdo do recebimento de transferéncias de capital, que causa acréscimo patrimonial e, assim, é efetiva. Reqularidade ou periodicidade: * Ordindrias: compostas por ingressos permanentes e estdveis, com arrecadag&o regular em cada exercicio financeiro. Assim, s8o perenes e possuem caracteristica de continuidade, como a maioria dos tributos: IR, ICMS, IPVA, IPTU etc. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 « Extraordindrias: nao integram sempre o orcamento. Séo ingressos de caréter n&o continuado, eventual, inconstante, imprevisivel, como as provenientes de guerras, doacées, indenizacdes em favor do Estado etc. CAIU na prova! 10) (CESPE - Técnico Federal de Controle Externo - TCU - 2015) A operacao de crédito, que € um exemplo de receita orgamentaria nado efetiva, constitui fato contabil permutativo, néo afetando a situacao patrimonial liquida do Estado quando do reconhecimento contabil do crédito. As operaces de crédito so uma das origens das receitas de capital, as quais, via de regra, s&o receitas orgamentérias nao efetivas, pois constituem fatos contabeis permutativos, ndo afetando a situagao patrimonial liquida do Estado quando do reconhecimento contébil do crédito. Resposta: Certa Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 Z' inno Rx fundo Samula 545 do Supremo Tribunal Federal:Precos de servicos publicos e taxas n&o se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, séo compulsérias e tém sua cobranga condicionada a prévia autorizaco orgamentaria, em relaco a lei que a instituiu. Distinco entre Taxas e Tarifas (Precos Publicos) © preco publico ou tarifa é uma receita origindria empresarial, pois é proveniente da intervengdo do Estado na atividade econémica. Por meio de empresas associadas concessionarias ou permissionérias de servicos pUblicos federais, estaduais e municipais, as tarifas sao cobradas para permitir o melhoramento e a expansdo dos servicos, a justa remuneracdo do capital e Jassegurar 0 equilibrio econémico e financeiro do contrato. E uma contraprestagéo de servicos de natureza comercial ou industrial, cujo| pagamento deve ocorrer somente se existir a utilizagéo do servico. Por essa ética, © pagamento € considerado voluntério e facultative. O prego ptblico geralmente visa ao lucro. S&o competéncias do Poder Executivo a fixagdo e a alteracao de tarifas, as quais podem ser efetivadas a qualquer data com cobranca no mesmo exercicio financeiro. No entanto, tal ato esta vinculado as leis e regulamentos que disciplinam o servico. Ainda, a isencéio de tarifa sé pode ser estabelecida em lei ida entidade estatal que realiza ou delega o servico. De acordo com o art. 77 do CTN, “as taxas cobradas pela Unido, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municfpios, no Ambito de suas respectivas Jatribuig6es, tem como fato gerador o exercicio regular do poder de policia, ou ja utilizacao, efetiva ou potencial, de servico publico especifico e divisivel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposicéo”. A taxa é uma receita publica derivada, pois se integra em definitivo ao patriménio do Estado apés ser retirada de forma coercitiva do patriménio dos particulares. A taxa visa ao ressarcimento e esté submetida tanto ao principio tributério da anterioridade quanto ao da legalidade, previstos na Constituigéio Federal. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 85 — AFO € Direito Financeiro p/ TCM-RJ ry Estrategia Técnico de Controle Externo Teoria e Questées Comentadas Prof. Sérgio Mendes — Aula 05 6. DIVIDA ATIVA Neste tépico, selecionei os principais pontos do tema abordado no MCASP e na legislagéo que o rege. Sao varias paginas no Manual, mas a maior parte se refere aos langamentos contdbeis. Logo, serio abordadas as partes relacionadas & AFO/Direito Financeiro e que foram ou podem ser cobradas nas provas de nossa mate! No art. 39 da Lei 4.320/1964: Art. 39. Os créditos da Fazenda Publica, de natureza DESPENCA fibutéria ou no tributéria, sero escriturados como Na prova ‘eceita do exercicio em que forem arrecadados, nas respectivas rubricas orgamentérias. § 1° Os créditos de que trata este artigo, exigiveis pelo transcurso do prazo para pagamento, sero inscritos, na forma da legislacao prépria, como Divida Ativa, em registro préprio, apés apurada a sua liquidez e certeza, e a respectiva receita sera escriturada a esse titulo. § 2° Divida Ativa Tributéria é 0 crédito da Fazenda Publica dessa natureza, Proveniente de obrigagao legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas, e Divida Ativa néo Tributéria séo os demais créditos da Fazenda Publica, tais como os provenientes de empréstimos compulsérios, contribuicées estabelecidas em lei, multa de qualquer origem ou natureza, exceto as tributérias, foros, laudémios, aluguéis ou taxas de ocupacéo, custas processuais, precos de servicos prestados por estabelecimentos publicos, indenizagées, reposicdes, _restituiges, alcances dos —_ responséveis definitivamente julgados, bem assim os créditos decorrentes de obrigacées em moeda estrangeira, de sub-rogacao de hipoteca, fianga, aval ou outra garantia, de contratos em geral ou de outras obrigacées legais. § 3° O valor do crédito da Fazenda Nacional em moeda estrangeira seré convertido ao correspondente valor na moeda nacional 4 taxa cambial oficial, para compra, na data da notificac&o ou intimacao do devedor, pela autoridade administrativa, ou, 4 sua falta, na data da inscricéo da Divida Ativa, incidindo, 2 partir da conversao, a atualizacéo monetéria e os juros de mora, de acordo com preceitos legais pertinentes aos débitos tributérios. § 4° A receita da Divida Ativa abrange os créditos mencionados nos paragrafos anteriores, bem como os valores correspondentes a respectiva atualizacéo monetéria, 4 multa e juros de mora e ao encargo de que tratam o art. 1° do Decreto-lei n° 1.025, de 21 de outubro de 1969, e o art. 3° do Decreto-lei n° 1.645, de 11 de dezembro de 1978. Prof. Sérgio Mendes www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 85

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