Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MANAUS
2004
CINTHIA DA CUNHA MENDES
MANAUS
2004
M538i Mendes, Cinthia da Cunha.
Inteligência tecnológica: proposta de variáveis para
monitoramento ambiental em instituições de pesquisa
tecnológica/Cinthia da Cunha Mendes. – 2004.
126 f.; 27cm.
CDU: 659.2:378
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela sua presença ao meu lado, dando-me forças diante das dificuldades,
A minha irmã, Maria Cecília Mendes, por todo o suporte no tratamento dos dados,
pela força e estímulo constante,
Aos amigos Niomar Pimenta, pela indicação e o apoio incondicional e amiga Iamara
Antunes pela troca de conhecimentos, sobretudo, na fase de tratamento estatístico
dos dados coletados na pesquisa,
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 10
Tema e problema de pesquisa ...................................................................................... 10
Objetivos......................................................................................................................... 12
Motivações para o estudo.............................................................................................. 12
Organização do trabalho .............................................................................................. 14
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................... 17
1.1. Abordagem da gestão de instituições de pesquisa tecnológica ................................. 17
1.1.1. Breve contexto das instituições de pesquisa tecnológica no Brasil................................ 18
1.1.2. Práticas gerenciais em instituições de pesquisa tecnológica .......................................... 26
1.2. A inteligência competitiva nas organizações .............................................................. 31
1.2.1. O processo da inteligência.............................................................................................. 31
1.2.2. Abordagem de ferramentas de análise para a inteligência competitiva..........................36
1.2.3. Monitoramento do ambiente competitivo ......................................................................41
1.3. Sistemas de inteligência orientados para a concorrência ......................................... 44
1.3.1. Processos de coleta e tratamento da informação concorrencial .....................................44
1.3.2. Identificação de fontes de informação concorrencial .....................................................48
2. METODOLOGIA ........................................................................................................ 51
2.1. Tipo de pesquisa ........................................................................................................... 51
2.2. Perguntas de pesquisa .................................................................................................. 52
2.3. Definição operacional de termos ................................................................................. 52
2.4. Delineamento da pesquisa............................................................................................ 54
2.5. Objeto de estudo e elementos de investigação............................................................ 56
2.6. Tratamento dos dados da pesquisa ............................................................................. 59
2.6.1. Tipos de dados ................................................................................................................ 59
2.6.2. Instrumento de pesquisa .................................................................................................60
2.6.3. Procedimentos de coleta e análise de dados ...................................................................63
2.7. Limitações da pesquisa................................................................................................. 67
3. ANÁLISE DOS DADOS COLETADOS NA PESQUISA ......................................... 69
3.1. Caracterização da instituição de pesquisa em estudo ................................................ 69
3.2. Dimensão tecnológica da inteligência competitiva ..................................................... 72
3.3. Análise e interpretação dos dados coletados na instituição de ensino e pesquisa.... 76
4. PROPOSTA DE VARIÁVEIS PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL EM
INSTITUIÇÕES DE PESQUISA ................................................................................ 98
4.1. Variáveis para monitoramento dos movimentos da concorrência............................ 99
4.2. Variáveis para antecipação aos movimentos da concorrência ................................ 101
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................. 103
5.1. Conclusões .................................................................................................................... 103
5.2. Recomendações ............................................................................................................ 106
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 108
APÊNDICE ........................................................................................................................... 114
ANEXOS ........................................................................................................................................122
10
INTRODUÇÃO
levaram à escolha do tema, bem como a estrutura sob a qual o estudo foi organizado.
influência que essas mudanças exercem sob o ambiente organizacional, sobretudo quando do
processo de tomada de decisão diante de tantas incertezas. Cada vez mais, atitudes pró-ativas
É nesse momento que a Inteligência Competitiva (IC) vem agregar valor à dinâmica
gerenciais úteis à tomada de decisão. A IC, enquanto processo organizacional, atua desde o
competitiva.
diferencial de uma organização em relação aos seus concorrentes. Esse diferencial traduz-se
11
O fato das empresas buscarem evitar ser surpreendidas, confere à IC papel de destaque
prospecção de tendências entre outros. Dessa forma, o material coletado, bem como as
atividade de gestão empresarial. Por sua vez, essas bases são suportadas pela Tecnologia da
Tal abordagem, com raízes na Ciência da Informação, tende a centrar-se nas formas de
se um estudo com foco em uma das fontes de informação para suporte à gestão empresarial, a
captura e uso de variáveis oriundas do ambiente externo à organização como suporte à tomada
estudo, o ambiente externo refere-se a todos os fatores externos (fatos, eventos, tendências e
relações) que auxiliem aos gerentes quanto à definição de suas estratégias e que, por sua vez,
assim, a imensa massa de dados disponíveis no ambiente. É válido salientar que tais
12
elementos objetivam agregar valor aos bens e serviços oferecidos pela organização. Portanto,
Dessa forma, a questão que se coloca é que variáveis exógenas à organização devem
ser monitoradas para auxiliar a tomada de decisão. Dentro dessa perspectiva, a pergunta de
pesquisa que motiva o estudo é: que variáveis devem ser monitoradas no ambiente
Objetivos
instituição;
instituição;
tecnologias, aspectos legais entre outras, subsidiam, a todo o momento, o processo decisório,
13
organização.
estudem o meio ambiente ou ações de espionagem, mas atividade lícita a ser executada pelas
processos internos para diagnóstico, captura e análise dos dados do ambiente através da
pesquisa para a identificação de variáveis que permitam monitorar o ambiente externo em que
Com efeito, destaca-se ainda que, a escolha do segmento econômico deste estudo
decorre dos escassos trabalhos desenvolvidos quanto à gestão dos institutos de pesquisa
para o negócio da instituição de pesquisa tecnológica, quer pelo rastreamento das fraquezas
Sob uma visão prospectiva, destaca-se o estudo como uma importante contribuição
o estudo de caso analisado, constitui-se em uma lacuna a ser preenchida. Este fato, por si só,
Contudo, ratifica-se ainda sua importância, considerada a demanda por análises desse
Tecnologia e Inovação (CT&I) do país. Em síntese, trata-se de realizar uma pesquisa que
Organização do trabalho
que permite visualizar o setor através do tempo. Em seguida, registra-se uma abordagem da
terceira seção, o trabalho está orientado ao levantamento das fontes de informação, bem como
inteligência competitiva que intitula este trabalho. Nesse sentido, são descritas as informações
para monitoramento das ações da concorrência e ainda, para antecipação às ações dos
concorrentes.
1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
tecnológica no Brasil e das abordagens de práticas gerenciais adotadas por alguns institutos
dos seus processos e ferramentas, com destaque ao monitoramento ambiental, bem como as
concorrência. Nessa seção, realiza-se investigação das fontes de informação, bem como os
no país, considerando-se que este segmento econômico demanda por estudos mais
são desenvolvidos sob uma abordagem das instituições públicas, com destaque às políticas
que norteiam o sistema de CT&I. Desse modo, diante das limitações quanto à abordagem
desse segmento a partir do histórico do setor público, seu sistema de forte caráter burocrático
está voltada ao relato da evolução dessas instituições ao longo de sua existência. Uma
• Administração direta;
• Autarquias regulares;
sociedades civis).
Marcovitch (1978) apud Sousa e Sbragia (2002, p.42) apontam: análise, ensaios, testes e
Por exemplo, observam Sousa e Sbragia (2002) que a abertura econômica no Brasil representa
mercado em razão das demandas por tecnologia exigidas pela sociedade. A prestação de
As demandas sociais por tecnologia são atendidas, na visão de Longo (2000), pela
salientar que, o uso do conhecimento para fins econômicos, tendência emergente a partir da
Segunda Guerra Mundial, refere-se tanto a produtos (geração de energia, aparelhos eletro-
administrativo, logística, marketing, etc.). Esse fato evidencia que a tecnologia é elemento
estratégico nas modernas organizações, quer para melhoria dos processos quanto para geração
de novos produtos.
Ainda segundo Longo (2000, p.22), o sistema de CT&I é ampliado pela promoção de
suas atividades que objetivam, por sua vez, a geração de soluções tecnológicas para o
que se refere à demanda social e o seu pleno atendimento pelas instituições de os institutos
constante mudança. No Quadro 1, Sousa e Sbragia (2002, p.51) apresentam uma síntese sobre
Características do Estágio de
Objetivos das
Período desenvolvimento industrial desenvolvimento do
IPTEC’s
brasileiro Brasil
• Competitividade
• Esgotamento da substituição • Abertura de mercado industrial
Anos 90 das importações • Reorganização da • Preocupação com os
• Falência do Estado indústria rumos do setor
produtivo
Quadro 1 – Quadro-síntese do contexto (anos 90) dos Institutos de Pesquisa Tecnológica
Fonte: adaptado de Sousa e Sbragia (2002, p. 51).
ocorrida na década de noventa trouxe, conforme Maculan e Furtado (2000, p.4), o desafio em
negócio”.
estão à margem das práticas das instituições de pesquisa tecnológica. Observa-se que, nos
anos noventa, as áreas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das organizações, aliadas aos
de mercado exigem, cada vez mais, uma harmônica combinação não apenas de elementos
tecnológicos tradicionais (tendências), como a redução do ciclo de vida dos produtos, bem
21
2003). O Governo teve relevante papel no fomento e apoio às empresas na busca pela
em IC (BATTAGLIA, 2003).
integração das ações de inteligência no país, bem como a criação da Agência Brasileira de
Inteligência (ABIN) para planejamento e controle dessas ações. Mais recentemente, em 2000,
(ABRAIC), entidade civil, sem fins lucrativos, que congrega profissionais que atuem com
país.
técnico e científico do Plano Plurianual 2000-2003 (PPA) e nas atividades apoiadas pelos
fundos setoriais. O programa pretendia estimular a visão de longo prazo, para que o futuro
atuação está baseada em três pilares: definir prioridade para o desenvolvimento em C&T;
políticas públicas.
(MCT, 2004C).
dados em CT&I para consulta pública. Quanto à organização das atividades de IC no país, foi
com potencial influência sobre o processo decisório das ações governamentais, ao passo que
Entretanto, de acordo com Silva (2002), o desafio brasileiro reside, hoje, na promoção
Prates (1986) apud Zouain (2002, p.90), em suas reflexões sobre institutos de pesquisa
Essa conceituação configura o forte impacto que o mundo exterior exerce sobre a
Dos critérios relacionados, para fins de referência nesse estudo, organiza-se como
resposta a questões impostas pelos tomadores de decisão, com vistas a reduzir incertezas e
Esse fato permite ainda, destacar que ações de IC não devem ser práticas esporádicas
nas instituições, mas assumir processo contínuo e estruturado na gestão de organizações que
Esta seção apresenta o processo de gestão tecnológica, proposto por Medellín (1994)
apud Sáenz e Capote (2002), que ilustra atividades gerenciais relativas à inovação
tecnológica. Para tanto, dedica-se ainda a demonstrar que, embora pouco divulgado, os
institutos tecnológicos vêm dedicando especial atenção aos aspectos gerenciais, por meio da
posturas gerenciais dos institutos tecnológicos que, por sua vez, vêm adotando abordagens e
ferramentas das ciências gerenciais. Tal fato pode ser comprovado pelas estatísticas
(P&D) somam apenas 10% dos custos em inovação, enquanto os demais elementos, tais
P&D refere-se a:
(1994) apud Sáenz e Capote (2002) com relação as funções e atividades que integram as
27
intelectual, etc.
humanos, etc.
capacidades essenciais voltadas à vocação tecnológica de cada instituição. O que por sua vez
Nesse sentido, faz-se mister expor também, algumas iniciativas, apresentadas pela
uma instituição de ensino e pesquisa tecnológica privada, conforme Mendes et al. (2004). O
trabalho inclui uma breve abordagem das ações implementadas ou em implementação na IEP,
informações oriundas do ambiente externo em que está inserida, evidenciando ações quanto
instituição de ensino e pesquisa frente aos seus diversos públicos de interesse. Este ocorre sob
29
Inclui ainda, publicações específicas como uma revista técnica e científica e um boletim
Desta forma, vem desenvolvendo, desde 2001, o Projeto Voluntariado realizando campanhas
Iniciou suas atividades sociais com a oferta de diversos cursos gratuitos a crianças e jovens de
escolas públicas localizadas no bairro, buscando oportunizar, aos jovens da comunidade, sua
que alguns fatores vêm desencadeando mudanças significativas na postura gerencial desses
institutos, tais como a redução no orçamento e ainda, a discussão acerca dos resultados,
Maculan e Zouain (1997) analisam o impacto dessas mudanças nas práticas gerenciais dos
Essas ações, por sua vez, evidenciam a adoção de novas práticas gerenciais em
puxadas pela adoção de novas políticas de CT&I no país, ou ainda, empurradas pela crescente
deve ser prática sistemática e regular, bem como o monitoramento regular do desempenho
institucional frente aos objetivos propostos. No Brasil, ações de monitoramento ainda ocorrem
moveleiro de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, desenvolvido por Reginato e Vargas
(1998), destacam alguns esforços despendidos por empresas brasileiras como, por exemplo, a
Sob este tema, Zouain (2002) apresenta os principais fatores responsáveis pelo sucesso
se apenas aqueles referentes ao ambiente externo, a saber: estabilidade política; exigência dos
desenvolvimento industrial.
31
Esses fatores referem-se a ações tomadas para reduzir incertezas e aumentar o impacto
estratégico das ações dos institutos. O ambiente externo é dinâmico e, portanto, deve ser fonte
de preocupação constante dos gestores. Assim, à luz dessas experiências, concentrou-se esse
o tema desta seção. Discute-se a adoção dessa atividade nas instituições. Em seguida,
reflexos da introdução desse novo processo gerencial, a inteligência competitiva, tema pouco
faz-se mister apresentar algumas definições para o tema, as quais parecem convergir ao
entendimento da IC através das etapas que a compõem, detalhadas nesta seção. Em síntese,
32
Contudo, a simples obtenção de dados disponíveis, igualmente aos concorrentes, não se traduz
em ação de IC, visto que não confere qualquer vantagem competitiva à organização.
ambiente externo, por meio de técnicas, métodos e ferramentas, gerando diferenciais. Como
não há consenso para a sua definição, verifica-se ainda, certa confusão em conceituar a IC,
que vem assumindo também, outras denominações como inteligência empresarial e gestão
definição de IC está fortemente baseada nas fases que compõem o processo de obtenção da
durante a análise, tem-se a etapa mais complexa de todo o processo, já que nesta fase, serão
Assim, a partir das definições expostas na Figura 1, as quais reforçam a tese de que
quanto em países desenvolvidos. Essa assertiva decorre da existência, ainda conforme Santos
do processo varia conforme o porte. O desafio reside em integrar ações estanques, tais como:
outras, em uma base formal de fontes de informação que auxiliem a analise dos dados
coletados e, por sua vez, subsidiem a tomada de decisão. Em muitos casos, têm-se nessas
continuado desses repositórios que se avaliam a qualidade e pertinência dos dados nele
contidos.
identifica Miranda (1999), que a partir da análise de fatores externos à instituição são
35
imperativo a priorizar o monitoramento de variáveis que exerçam maior influência sob ações
estratégicas. Todo esse processo requer pessoal habilitado para atuar como uma espécie de
competitividade organizacional.
identificadas no ambiente.
sistema de IC, quer na orientação da informação a ser coletada, quanto na análise crítica de
a atividade de IC. Normas e princípios éticos devem ser balizadores da prática de inteligência,
uma vez que, segundo Kalb (2002) e Pooley e Halligan (2002), orientam as ações de coleta e
disseminação e ainda, a proteção ao segredo dos negócios. Para os casos de coleta de dados
derivam ainda posturas profissionais, tais como: suborno, invasão de privacidade, violação de
direitos, fraude, revelação, etc. que também devem ser alvo do treinamento de equipes para
como instrumentos de coleta; fontes de informação; postura profissional entre outras. Isso
Nesta seção, apresenta-se uma breve abordagem sobre algumas ferramentas utilizadas
conclusões de cada ferramenta utilizada para subsidiar a análise dos dados coletados. Desse
aplicações.
assume a forma de uma matriz, permitindo visualizar a posição de sua empresa em relação
37
aos seus concorrentes. Reune-se, primeiramente, dados brutos sob os quais procede-se a
análise a partir de uma visão interna até a apreensão de tendências do setor e da economia.
matriz SWOT, destacados por ordem de prioridade, do maior ao menos relevante. Encerra-se
Michael Porter (1989), determina a atratividade de um setor a partir da análise dos seguintes
competição, a saber:
percebido pelos clientes, dos produtos (bens e/ou serviços) ofertados. Ou seja,
ainda que com preços maiores, destacam-se elementos tais como a qualidade,
que por sua vez, pode requerer custos maiores a sua comercialização.
negócio.
Esta ferramenta tem raízes na corrente dos pensadores estratégicos, portanto, deve-se
considerar o fato de que, por vezes, o planejamento de uma atividade pode soar como
conservador e até sem sentido quando, atuando com práticas atuais em projeções sobre o
planejamento como uma oportunidade para o aprendizado e à identificação dos pontos fortes e
fracos do negócio.
empresa, seus produtos ou processos ao padrão definido como melhores práticas. Conforme
Camp (1989) apud Kotler (2000), algumas empresas utilizam para a melhoria de processos,
39
tais como redução do tempo de entrega, ou ainda, para conquistar a credibilidade de produtos,
obtenção de referências entre outras. O autor afirma também, que a ferramenta é composta
Contudo, não se recomenda o uso desta ferramenta para uma atuação reativa frente a
ocorrer entre organizações de segmentos diversos, o que, a primeira vista, pode remeter à
àquilo que é estratégico aos seus negócios, no sentido de, não apenas concentrar seus esforços
Canongia et al (2001) refere-se a uma ação que desenha múltiplas possibilidades e sugere
por Peter Schwartz (2003), a ferramenta de construção de cenários remete a uma orientação
estratégica para ordenar percepções. Tem por objetivo orientar [...] decisões estratégicas que
destaca: permanecer a mesma coisa, contudo melhor em função do planejamento; pior, pelos
Segundo De Geus (1998), uma empresa pode recorrer ao planejamento por cenários,
enquanto organismo vivo, em constante interação com o seu meio. Desse fato pode-se inferir
c) Ensaio das implicações envolvidas na decisão: fase que produz surpresas por
Contudo, deve-se observar que não se constrói cenários com receitas prontas. Trata-se
de uma arte que precisa ser exercitada. Portanto, sendo baseada na percepção humana acerca
41
dos fatos, é certo que alguns demonstram maior habilidade a sua construção em relação a
competição.
palavras, pode-se dizer que a integração do processo de inteligência à gestão estratégica pode
inteligência. Para Churchill e Peter (2000, p.26), [...] é a prática de rastrear mudanças no
ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados. A motivação para essa prática,
defendem ainda, que a atividade de monitoramento ambiental não fique restrita, diretamente,
42
pessoas, com suas atividades e interações. Para esta última característica, é conveniente
constante relação com o seu meio. Nesse trabalho evidencia o ambiente externo que, ainda
à organização, fora do seu âmbito, mas que influenciam sua capacidade de atendimento ao
mercado, a saber: pessoas; fornecedores, clientes; concorrentes e público em geral. Por sua
vez, quanto ao macroambiente, ampliam-se as forças que influenciam nos negócios para
culturais. Trata-se, portanto, de uma ‘visão para fora’, das variáveis que influenciam no
Concorrentes
em que está inserida, no qual operam forças e tendências que podem traduzir-se em
oportunidades ou riscos ao negócio. Portanto, esses fatores devem ser monitorados porque
43
retratam características peculiares que, por sua vez, definem a postura a ser adotada pela
Para orientar a tomada de decisão, mais gestores vêm buscando o auxílio de atividades
especialistas. Palop e Vicente (1999) apresentam cinco razões para realizar atividades de
(lacunas entre a situação real e a desejada); inovar e cooperar (formar redes). Entretanto, não
se, segundo Miller (2002, p.35), [...] no entendimento de que os gerentes precisam estar
sistemática. Fato este, que requer eficiência na disseminação de informações relevante aos
propósitos da organização.
sobretudo, agilidade quanto a busca e o armazenamento dos dados coletados. Assim, essa
abordagem integrada promoverá uma atitude pró-ativa da organização diante das incertezas
do mercado.
organizações, uma questão que se coloca diz respeito aos sistemas de inteligência orientados a
identificação dos processos envolvidos no tratamento dos dados coletados e das fontes de
informação.
de riscos. O que significa dizer que refere-se a utilização de processos informacionais pró-
Muitas empresas já realizem a coleta e análise de dados no mercado, embora este fato
Então, observa-se que o desafio está em dispor de um sistema que realize ações de IC
sob a forma de uma rotina na empresa. Desse modo, a implantação de um sistema de IC está
autores destacam: identificar o tipo de informação requerida; definir custos; monitorar fontes
tecnológicas, políticas, legais, sociais e culturais), bem como dos atores microambientais
orientação de pessoal sobre como obter informações relevantes ao negócio, por ocasião da
concorrentes.
estratégias para acompanhamento da evolução do setor, o que pode significar a mudança dos
acaba por nivelar o conhecimento entre concorrentes. Embora, segundo Porter (1998, p.31),
[...] as organizações que não tiverem uma visão clara de como se apresentar nitidamente
diferentes e únicas, oferecendo algo diferente de suas rivais a um grupo diferente de clientes,
Nesse sentido, alguns trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o intuito de identificar
realizado por Reginato e Vargas (1998) identifica que informações são coletadas no ambiente
concorrencial, suas fontes e métodos utilizados, além da forma como estão sendo
apenas para suprir orientações estratégicas. Assim, como tendência, pode-se observar que
unidades de inteligência vêm sendo incorporadas às estruturas das empresas para atender a
questões operacionais.
Enquanto as ações, apresentadas por Prescott (2002), para iniciar a ‘aculturação’ das ações de
prática de maneira dinâmica e constante, por toda a organização. Assim, contempla o ciclo de
de inteligência seja utilizado como recurso estratégico na tomada de decisão quanto à ‘onde’,
etapas: identificação das fontes; verificação do conteúdo das fontes; seleção de fontes em
razão das necessidades (conteúdo, pertinência, tempo, custo, etc.). Quanto à identificação, é
exploração prévia quanto à forma de acesso, possibilidades, testes, etc. confere agilidade
quando da consulta.
Bermúdez (2002), identificar ainda, fontes de informação para iniciar as atividades de busca,
relacionadas no quadro 5:
49
d) Fontes Criativas: fontes não formais, tais como páginas amarelas, entrevistas
necessidade de conhecer o inimigo, identificar seus pontos fortes e fracos, intuir o pensamento
dos decisores, de forma a escolher e posicionar-se com vantagem competitiva em relação aos
concorrentes.
disponíveis, o que se traduz em uma das principais dificuldades quanto ao tempo e custos
50
reduzida, pode estar contribuindo à dificuldade em dispor de fontes disponíveis para negócios.
informação, minimiza custos e garante maior eficiência a etapa de coleta de dados para
análise.
51
2. METODOLOGIA
dos instrumentos utilizados para a coleta e análise dos dados, além das limitações do estudo.
descritivo, através de uma abordagem qualitativa e quantitativa dos dados coletados, tendo
por base um estudo de caso selecionado. Este estudo é considerado uma pesquisa do tipo
prioridades para futuras pesquisas. Enquanto os estudos descritivos, ainda de acordo com
indivíduo, situação ou grupo em particular, além de determinar a freqüência com que algo
ocorre ou com que uma coisa está relacionada. Neste tipo de pesquisa, porém, nem sempre há
privada. Assim, orientou-se este estudo com base nas questões de pesquisa apresentadas a
seguir.
à instituição?
instituição?
decisão?
(BASTOS et al., 1995). Enquanto, segundo Cervo e Bervian (1996, p.53), os termos que
orientam a pesquisa [...] devem esclarecer, com o máximo de precisão, o que eles significam
no contexto concreto e objetivo da pesquisa a ser feita. Para Laville e Dionne (1999, p.173), a
relevância da definição operacional deve-se à [...] necessidade de uma tradução que assegure
empírica, a fim de que se saiba o que pesquisar e o que selecionar como informações ao
operacional está na justificativa que imprime aos conceitos, para que estes sejam,
reconhecidos pelo leitor. Seguem, então, as definições de termos recorrentes neste trabalho.
organizacional.
Monitoramento Ambiental
Produtos
Prospecção
a leitura compreensível pelo leitor, inviabilizando entendimento dúbio sobre o fato exposto e
das causas e caracteriza-se pela capacidade de analisar, explicar e induzir eventos futuros.
problema em estudo que caracteriza o aspecto científico de uma pesquisa” (RUIZ, 2002,
respeito desse fato, Godoy (1995) destaca que um estudo de caso, normalmente, consiste em
qualitativos reside na significação que devem expressar sobre o objeto de estudo, enquanto
pesquisa qualitativa estão voltados para a análise de pessoas e seu contexto, buscando
conhecer significados que, na maioria dos casos, não são expressos nos métodos quantitativos.
adequada face a necessidade de obter históricos relevantes, quanto a ocorrência dos fatos na
instituição. Para algumas questões foi investigada a intensidade de ocorrência dos fatos ao
longo do tempo. A perspectiva longitudinal de acordo com Chizzotti (2000, p.79), consiste em
Quanto aos modelos usados como base na pesquisa, relacionam-se, a seguir, alguns
investigação:
concorrentes e clientes.
seja, ao tema propriamente dito. A seleção do caso a ser estudado levou em consideração os
pesquisa tecnológica privada, sem fins lucrativos, localizada na cidade de Manaus, Estado do
elementos da pesquisa. Segundo Rudio (1986), uma pesquisa normalmente não é realizada
junto a todos os elementos que compõem o universo, em razão de restrições de tempo, pessoal
e dinheiro.
no qual todos os elementos que integram as áreas de gerência e coordenação de projetos são
pesquisados. Conforme Richardson (1999, p.158), [...] cada unidade ou membro de uma
pesquisado, que realizam atividades na sede da Fundação, sendo excluídos, portanto, aqueles
57
em mesma função, mas exercida na sede dos parceiros de projeto da instituição. O critério
adotado para a escolha dos informantes foi intencional, buscando-se questionar formadores de
e a atividade operacional.
instituição, uma vez que não apresenta erros elevados que podem ocorrer em pesquisas
pesquisa investigada.
instituição.
Cada setor executa multi-tarefas, sendo aqueles em que há um coordenador, gerente ou líder,
selecionados para fins desta pesquisa. Em comum, todos apresentam a responsabilidade sobre
Quadro 6:
58
Área Respondentes
Projeto
representada por projeto
• Recursos humanos 01
Administração
• Treinamento interno 01
Total 02
• Centro Educacional (ensino médio e técnico) 01
• Coordenação de curso de graduação 07
• Coordenação de extensão 01
Educação
• Coordenação de pós-graduação 01
• Cooperação institucional 01
• Divisão de infra-estrutura 01
Total 12
• Desenvolvimento de softwares e embalagens 01
• Desenvolvimento de software telefonia 01
• Design 01
• Homologação de partes e peças 01
• Laboratórios de metrologia; calibração e
Desenvolvimento ensaios técnicos e laudos 01
Tecnológico • Laboratório análise de telefonia 01
• Melhoria de processos industriais 01
• Núcleo de tecnologia da informação 01
• Projetos institucionais 01
• Propriedade intelectual 01
• Tecnologia da informação 01
Total 11
• Apoio tecnológico à exportação 01
• Arranjos produtivos 01
• Pólo de software do Amazonas 01
• Centro tecnológico ambiental 01
• Contabilidade e Finanças 01
Direção e Assessoria
• Cooperação institucional 01
• Gestão estratégica 01
• Gestão da qualidade 01
• Gestão do conhecimento 01
Total 09
• Gestão de serviços 01
• Gestão da qualidade 01
Informática e
• Projeto de desenvolvimento de sistemas 04
Sistemas
• Suporte ao usuário – atendimento 01
• Suporte técnico – instalação e manutenção 01
Total 08
Total geral 42
Quadro 6 – Elementos da Investigação
diretamente junto ao público externo, como é o caso, por exemplo, das atividades localizadas
59
instrumentos utilizados para a coleta e organização dos dados, bem como os procedimentos
geral, o pesquisador pode trabalhar com dois tipos de dados: a) quantitativos (informações
O uso de fontes primárias, para a busca de dados numéricos, bem como escritos, foi
orientado, segundo Gil (1991, p.98), [...] a traduzir os objetivos específicos em itens bem
por questões abertas e fechadas (Apêndice). Enquanto que o uso das fontes secundárias teve
60
por finalidade subsidiar a elaboração do instrumento de coleta, a análise dos dados coletados e
selecionado.
Como fonte de dados utilizou-se ainda, o método da observação visto que este
pela autora, é individual, o que na visão de Barros e Lehfeld (1986) refere-se à participação
pesquisa privilegiou a modalidade de questionário aplicado em grupo que, segundo Gil (1991,
p. 96), “permite maior rapidez na aplicação [...] pronto esclarecimento acerca da maneira
adequada de preenchimento”.
Contudo, ressalta-se que apenas um informante não foi entrevistado, visto que se
questionamentos:
Com relação à forma, para as questões fechadas, utilizou-se apenas as categorias ‘Sim’
uso de ‘Não se aplica’ ou ‘Não tenho informação’ para os casos de questões que objetivam
verificar a intensidade quanto à ocorrência dos fatos apresentados. Assim, estabelece-se uma
unitário 1.
A escala do tipo Likert, segundo Marconi e Lakatos (2002) apresenta-se por meio de
uma graduação quantificada de proposições. Assim, os dados coletados podem ser melhor
teste, a fim de se evidenciar possíveis falhas no instrumento, bem como validá-lo. Desse
modo, de acordo com Gil (1996) deve ser verificada a clareza dos termos empregados; o
formato; a ordenação das questões entre outros. Resulta da observação desses aspectos, o
Monitoramento
dos movimentos
da concorrência
Ambiente Variáveis para
Externo acompanhamento
Antecipação dos
movimentos
da concorrência
quer tanto no tema monitoramento ambiental, quanto em relação ao segmento das instituições
de pesquisa. A busca foi realizada em livros, artigos publicados, anais de evento e Internet,
cada área, além da solicitação de apoio da diretoria à consecução dos propósitos deste estudo.
Após esse primeiro contato, foram formalizados os convites, via e-mail, para
participação na pesquisa, aos representantes das funções gerenciais de cada área de atuação da
da área contatada. Foi informado, ainda, que os dados coletados guardariam total
confidencialidade, sendo manipulados apenas pela pesquisadora, para fins acadêmicos, sem
profissionais que exercem, em caráter eventual, funções de gerência, quando da ausência dos
aplicação dos questionários ocorreu em uma reunião, realizada no dia 23 de abril de 2004, no
de 2004. A adoção de mais de um dia para a escolha de aplicação de questionário ‘em grupo’,
deve-se ao fato de que não foi possível a presença de todos os elementos da investigação à
criação ou uso de categorias para a sua ordenação. Para o tratamento dos aspectos
estatístico Minitab for Windows e o aplicativo Excel do pacote Microsoft Office. Os dados
freqüências e disposição dos dados graficamente, permitindo a melhor visualização dos dados
seus sujeitos o que imprime maior validade à pesquisa. Nesse caso, o pesquisador busca
LEHFELD, 1986). Quanto à adoção da perspectiva longitudinal, ressalta-se que esta facilita
Dessa forma, para a análise qualitativa dos dados coletados, utilizou-se a análise
classificação estabelecida por Barros e Lehfeld (1986, p.112), divide-se os dados em partes,
[...] baseado num determinado critério ou fundamento, que orienta a divisão do todo em
seguinte classificação:
produtos.
categorias. Dessa forma, foi estabelecida a classificação apresentada, tendo como fronteira,
(antecipação).
utilizou-se à orientação de Marconi e Lakatos (2002) para, nos casos de diferenças muito
pequenas quanto aos aspectos quantitativos, trabalhar com o agrupamento de dados como
indicação de relevância.
escolhidos para o desenvolvimento da pesquisa, embora o trabalho tenha se pautado pelo rigor
Em relação a seleção de um único caso para estudo, incorre-se em uma pesquisa cujos
peculiaridades de cada cultura organizacional, o que requer um estudo confirmatório para esse
fim. Realiza-se, portanto, uma generalização analítica e não estatística, pois o que é
metodológicos utilizados. Ao que Yin (1990) argumenta não ser a quantidade de casos
Mas a definição de parâmetros para o estudo, aplicados em toda a pesquisa. Dessa forma,
coleta de informações por meio de perguntas abertas, baseadas nas opiniões e percepções dos
68
possam ser modificadas no decorrer do tempo, sob a influência de novas variáveis. A adoção
específico.
assim, identificar o maior número de variáveis que possam ser verificadas em um novo
estudo. Contudo, apesar das limitações apresentadas, a pesquisa contribui para a discussão do
mesmo segmento.
69
neste estudo. Na última parte, procede-se à análise dos resultados obtidos quando da
seu compromisso social, suas áreas de atuação e como está estruturada para esse fim.
instituição de ensino e pesquisa tecnológica de direito privado, sem fins lucrativos. Como
de Manaus (ZFM), a IEP vem passando por transformações de escopo ao longo dos seus vinte
Amazônia Ocidental, destacando-se por suas iniciativas pioneiras na região, tendo investido
técnico-científica para a região. Nos anos seguintes, inicia suas atividades na pós-graduação
lato sensu com oferta de cursos em parceria com renomadas universidades federais do país.
Suas ações nessa área foram sedimentando-se com a criação de um Centro Educacional,
graduação, credenciando-a para atuar como instituição de ensino superior. O foco principal
áreas que integram seu organograma e os projetos desenvolvidos por essas áreas:
Área Projeto
• Recursos humanos
Administração
• Treinamento interno
• Centro Educacional (ensino médio e técnico)
• Coordenação de curso de graduação
• Coordenação de extensão
Educação
• Coordenação de pós-graduação
• Cooperação institucional
• Divisão de infra-estrutura
• Desenvolvimento de softwares e embalagens
• Desenvolvimento de software telefonia
• Design
• Homologação de partes e peças
• Laboratórios de metrologia; calibração e ensaios técnicos e
Desenvolvimento laudos
Tecnológico • Laboratório análise de telefonia
• Melhoria de processos industriais
• Núcleo de tecnologia da informação
• Projetos institucionais
• Propriedade intelectual
• Tecnologia da informação
• Apoio tecnológico à exportação
• Arranjos produtivos
• Pólo de software do Amazonas
• Centro tecnológico ambiental
• Contabilidade e Finanças
Direção e Assessoria
• Cooperação institucional
• Gestão estratégica
• Gestão da qualidade
• Gestão do conhecimento
• Gestão de serviços
• Gestão da qualidade
Informática e
• Projeto de desenvolvimento de sistemas
Sistemas
• Suporte ao usuário – atendimento
• Suporte técnico – instalação e manutenção
Quadro 7 – Estrutura-matriz das Áreas e Projetos da IEP Pesquisada
72
certificado com base nas normas International Standart Organization (ISO) 9000, versão
2000, tendo sido a primeira instituição do norte do país a receber a certificação na versão
2000, e o seu instituto de ensino superior, a primeira faculdade do país a ser certificada com
categoria instituição de pesquisa, tendo sido escolhida como melhor instituição de pesquisa da
tecnologia do país.
McCarty (1995) apud Giesbrecht (2000) define o termo inteligência tecnológica (IT)
como ações coordenadas que visam a busca, seleção, análise e interpretação das informações
sobre capacidade e avanços tecnológicos, bem como sua conseqüente comunicação aos
tomadores de decisão. Enquanto para Asthon e Klavans (1997) apud Giesbrecht (2000),
da organização. Ainda conforme McCarthy (1995) apud Giesbrecht (2000), muito relevantes
aos sistemas de IT são as fontes de informação, não apenas as fontes públicas disponíveis,
Quadro 8, a seguir, exemplos elementos que devem ser incorporados à formação das redes de
informação:
fornecedores, participações em eventos, engenharia reversa, patentes entre outros, bem como
amplia seu escopo para as atividades de alerta sobre inovações técnicas e científicas que
Castells (2001) apresenta ainda, alguns passos para iniciar uma atividade de vigilância
investigado.
Conclui Castells (2001), que a vigilância tecnológica vem perdendo espaço para o
termo inteligência competitiva, pois na visão de muitos autores, inteligência tem significado
patentes, inteligência refere-se ao uso dos dados coletas em uma ação maior, analisando-os e
negócio. Em outras palavras, IT reside no conhecimento sobre o entorno onde está localizada
estratégicas, etc.
Segundo Gilad (1997) apud Giesbrecht (2000, p.33) os sistemas de inteligência, por
aquisição.
‘produtos inteligentes’, ou seja, com alto valor agregado pela sua diferenciação no mercado e
projeto requer, cada vez mais, capacitação quanto à orientação técnica, com precisão de
evolução do monitoramento tradicional das mudanças que ocorrem no ambiente externo para
certamente, as IPTec’s estão dispostas a adquirir informações com alto valor agregado para
Nesta seção detalha-se os resultados dos questionários aplicados junto aos gerentes,
FREQUÊNCIA
INTERVALO DE TEMPO
ABSOLUTA RELATIVA (%)
até 1 ano 3 7,3%
acima de 1 ano até 5 anos 12 29,3%
acima de 5 anos até 10 anos 10 24,4%
acima de 10 anos até 15 anos 4 9,8%
acima de 15 anos até 20 anos 12 29,3%
acima de 20 anos 0 0,0%
TOTAL 41 100,0%
variam de cinco a vinte anos de atividades na instituição em que atuam, totalizando mais de
80% do universo pesquisado. O fato pode inferir que os informantes já dispõem de tempo de
41,5%
36,6%
19,5%
19,5%
2,4%
2,4%
0,0%
acima de 10 acima de 5 anos até 1 ano acima de 1 ano
anos até 10 anos até 5 anos
ainda, que o exercício das funções gerenciais vem sendo alcançado àqueles com, no mínimo,
0 ,0 % 9 ,8 %
5 3 ,6 % 3 6 ,6 %
G ra dua do E s p e c ia lis ta M e s tr e D o u to r
gerenciais, sendo mais de 90% do total pesquisado. Desse total, é relevante destacar também
relação a sua gestão interna. Dessa forma, procedeu-se ao agrupamento e categorização dos
- Orientação Estratégica
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
registros da ocorrência de uma avaliação dos resultados alcançados, sendo 54,8% evidenciado
a que a avaliação incorre no uso de indicadores a sua consecução. Contudo, é válido salientar
como sendo a comparação dos resultados de um projeto em relação aos seus concorrente. Ou
seja, a avaliação ainda está restrita ao ambiente interno na instituição e suas metas de
desempenho, sem que tenha ocorrido retorno quanto ao desempenho dos projetos, até mesmo,
performance, foram coletadas as seguintes formas: 25% realizam reuniões gerenciais para
comunicar os resultados alcançados pelo projeto em relação ao que foi planejado; 16,7%
ampliam a avaliação, mediante consulta aos clientes internos à instituição, mesmo assim,
aprendizado (16,7%).
informações comunicadas pelo concorrente, portanto, de domínio público, contudo, ainda sob
a forma subjetiva, sem adotar qualquer sistemática para coleta e confiabilidade dos dados.
81
FREQUÊNCIA
AÇÕES GERENCIAIS
ABSOLUTA RELATIVA
Programas de recompensas para
informações relevantes à tomada de 0 0,0%
decisão
Programas de incentivo a busca de
10 23,8%
informações no mercado
Uso de patentes 13 31,0%
Programas de incentivo à participação
22 52,4%
em eventos
Bases de dados disponíveis 26 61,9%
Identificação de fontes de financiamento 26 61,9%
Marketing de serviços 28 66,7%
Política de proteção ao conhecimento 28 66,7%
Uso de informações coletadas na
28 66,7%
concorrência para tomada de decisão
Parcerias estratégicas 33 78,6%
instituição, que subsidiem à tomada de decisão. No entanto, houve forte concentração das
respostas, 78,6% dos informantes especificaram a relevância dos parcerias estratégicas para a
coletadas junto aos concorrentes, para a tomada de decisão. Em menor índice, 61,9%, foram
internamente, como fontes de informação. E ainda, em menor ocorrência, 31% para o uso de
federal (31,8%), tais como: FINEP, MCT, SUFRAMA, Agência Brasileira de Cooperação,
ANEEL, Ministério do Meio Ambiente, SEBRAE, IEL, etc. Como fonte de consulta a linhas
Acrescente-se também, alguns órgãos da esfera estadual, 9,8%, tais como: FAPEAM,
SECT, etc. Com relevante dispersão foram relatados também, a utilização de conversas
como fontes de informação à obtenção de financiamentos para projetos. Além do uso do meio
FREQUÊNCIA
CANAIS
ABSOLUTA RELATIVA
Colaboradores da instituição 1 1,3%
Internet 1 1,3%
Networking 1 1,3%
Plano de mídia 1 1,3%
Visitas 1 1,3%
Portal 4 5,0%
Eventos 7 8,8%
Mídia falada 22 27,5%
Mídia impressa 42 52,5%
quanto ao uso da mídia impressa (52,5%) para comunicar à sociedade, bem como aos próprios
folder, jornal, panfleto, revista, outdoor, reportagens e mala direta. Em segundo lugar aparece
em eventos (8,8%), quer para apresentar trabalhos em nome da instituição, ou ainda, pelos
porte (38%). Dessa forma, o público alvo atingido é representado, em sua maioria, por
84
empresas, seguido de pessoas físicas, estas, principalmente, em virtude das atividades na área
educacional da instituição.
instituição. Enquanto, para a opção outros, foram especificados (2%) os bancos, ONG’s e os
FREQUÊNCIA
POSIÇÃO DE MERCADO
ABSOLUTA RELATIVA
2ª posição 9 27,3%
3ª posição ou inferior 9 27,3%
Líder 15 45,5%
projeto. Contudo, não foram especificadas as fontes que subsidiam tal informação. Mas,
alguns projetos desenvolvidos na instituição tem seu foco o público interno, grandes clientes
- Ações de inteligência
Ações de inteligência foram identificadas na instituição (Figura 10), todavia, sem que
haja qualquer estrutura ou função formal para essas práticas. Encontram-se espalhadas pelos
pesquisa de mercado para esse fim, entretanto, mais baseada na rede de relacionamentos que
realizadas por meio do monitoramento dos seguintes elementos, mais relevantes, apresentados
na Figura 11. Em menor ocorrência, 3,6% foram citados os eventos; parceiros estratégicos;
instituição obtido junto ao MEC; conversa com alunos; contato com professores que atuam
14%
C o n s u lt a t elefô n ica
37%
14%
N et w o rk in g
P reço s p rat icad o s
In fo rm açõ es d e t erceiro s
14% In t ern et
21%
na Figura 10, internas (4,8%), registrou-se referências ao uso do banco de dados das empresas
outras IES. Externas (21,4%), citadas na Figura 12: jornal e internet (17,6%); MEC (11,8%) e,
Jo r n a l 1 7 ,6 %
In t ern et 1 7 ,6 %
M EC 1 1 ,8 %
TV 5 ,9 %
P r o f is s io n a is d e R H d e o u t r a s e m p r e s a s 5 ,9 %
O ut do o r 5 ,9 %
L ic it a ç õ e s p ú b lic a s 5 ,9 %
IN E P 5 ,9 %
F o ld e r 5 ,9 %
E v en to s 5 ,9 %
C lip p in g e le t r ô n ic o 5 ,9 %
Internet 17,6%
Eventos 17,6%
Visitas 5,9%
Pesquisas 5,9%
Parceiros 5,9%
A parte III do questionário, tal como uma matriz SWOT, visou a coleta de forças e
aberta, com base na percepção dos informantes. Na análise quantitativa, para fins de
diversidade de informações, em sua maioria, com ocorrência única e distinta, o que dificultou
seu agrupamento, procedeu-se a apresentação dos dez elementos mais relevantes de cada item
da análise SWOT, para fins de análise nesse estudo. Os gráficos e respectivas legendas dos
1. Marketing (19,2%)
2. Política salarial (10,1%)
3. Infra-estrutura (5,1%)
4. Escassez de recursos (5,1%)
5. Atualização tecnológica dos equipamentos (5,1%)
6. Localização (4%)
7. Lentidão nas decisões (4%)
8. Equipes de trabalho em tamanho reduzido (4%)
9. Plano de cargos e carreira (3%)
10. Investimentos (3%)
89
(17,3%), seguida de potenciais fraquezas a esse elemento como a política salarial (19,1%),
suas ações (3%), a instituição ainda requer ações de marketing mais efetivas para manutenção
instituição sendo visto como uma força (3%) quando considerado a proximidade ao PIM e
São praticados bons preços aos produtos ofertados (7,5), possivelmente, contrastando
entanto, não fazendo frente aos custos e despesas da instituição. Foi identificada ainda,
lentidão e burocracia na tomada de decisão (4%). Para compensar tal fraqueza, a instituição
mantém bom conhecimento de marcado (3,8%) e de relacionamento com seus clientes (3%),
por meio de um diversificado leque de áreas de atuação (6,8%). Essa postura está
das ações no ambiente interno. Em relação a sua forma de atuação, a instituição goza de bom
relacionamento com o setor produtivo, boa imagem junto à sociedade (4,8%), pelo
Assim, por meio de parcerias estratégicas (9,5%), vem expandindo suas atividades de
P&D (3,6%), inclusive, intensificando suas ações em educação (3,6%), frente à expansão da
Dessa forma, para enfrentar a expansão da concorrência em suas áreas de atuação tem
em seus processos internos (2,2%). De impacto mais abrangente, foram relacionados também
suas atividades (3,3%) e a associação de sua imagem, pela sociedade, a uma empresa da área
pública (2,2%).
bem como uma visão das tendências para o segmento de P&D e educacional. Contudo, há de
se destacar que os dados coletados são formadores de cenários para o futuro, sendo baseados
instituição, sendo:
prospectivas:
92
INTENSIDADE DA OCORRÊNCIA
MUITA MÉDIA POUCA NÃO SE APLICA
ELEMENTO AVALIADO
(contínua e sistemática) (eventual) (única) (ou não tem informação)
ABSOLUTARELATIVAABSOLUTARELATIVAABSOLUTARELATIVAABSOLUTARELATIVA
Aprendizado junto a clientes 12 29,3% 15 36,6% 10 24,4% 4 9,8%
Coleta de informações junto à
concorrência 6 14,6% 18 43,9% 10 24,4% 7 17,1%
Grau de conhecimento sobre
demandas de clientes 9 22,0% 25 61,0% 5 12,2% 2 4,9%
Informações de clientes para
aperfeiçoar produtos 16 39,0% 22 53,7% 2 4,9% 1 2,4%
Grau de conhecimento sobre
produtos concorrentes 5 12,2% 25 61,0% 5 12,2% 6 14,6%
Grau de conhecimento sobre ações
da concorrência 1 2,4% 15 36,6% 17 41,5% 8 19,5%
Informações da concorrência para
aperfeiçoar produtos 7 17,1% 14 34,2% 13 31,7% 7 17,1%
Avaliação da competitividade dos
produtos frente a concorrência 7 17,1% 8 19,5% 12 29,3% 14 34,2%
Acompanhamento de tendências e
inovações de mercado 12 29,3% 17 41,5% 8 19,5% 4 9,8%
Tendências e inovações de mercado
influenciam os produtos 18 43,9% 13 31,7% 4 9,8% 6 14,6%
Avaliação da obsolescência
tecnológica 9 22,0% 17 41,5% 3 7,3% 12 29,3%
70%
6 1 ,0 %
60%
50%
40%
30%
2 2 ,0 %
20%
1 2 ,2 %
10% 4 ,9 %
0%
Muita
1 Média
2 Pouca
3 Sem informação
4
17,1% das indicações, quanto à falta de informação sobre como efetuar e ainda, se há tal
não sistemática, em relação a 17% que informaram não dispor de informação quanto a sua
dos concorrentes, com elevada concentração de respostas para a ocorrência única (29,3%) e
40%
3 4 ,2 %
35%
2 9 ,3 %
30%
25%
1 9 ,5 %
20%
1 7 ,1 %
15%
10%
5%
0%
1 2 3 4
Muita Média Pouca Sem informação
pesquisa tecnológica, há ainda, 14,6% dos informantes que desconhecem o impacto, em seus
instituição, observa-se, na Figura 16, os dez meios mais indicados pelos informantes na
pesquisa:
95
Internet 21,2%
Artigos 11,5%
Eventos 9,6%
Livro 7,7%
Jornal 3,8%
Parceiros 1,9%
A internet aparece em 21% das indicações, seguida de fontes em meio impresso como
membros da instituição, podem ser evidenciadas pelas indicações recebidas nas participações
em eventos (9,6%), consultas a clientes (5,8%) e docentes (3,8%), este, especificamente, para
na área educacional.
mercado, também foi alvo de investigação, na forma de questão aberta, a qual os respondentes
dez meios com maior indicação na pesquisa. Consultas a Internet e participação em eventos
96
lideram com 21,4% das indicações. Em seguida, a avaliação pode ser feita na própria
solicitação de serviços dos clientes (14,3%) como indicador de novas preferências, entre
In t ern et 2 1 ,4 %
Ev en t os 2 1 ,4 %
R ev is t as es p ecializ ad as 7 ,1 %
P arceiro s 7 ,1 %
F ich a de av aliação d o s
7 ,1 %
s erv iços
R eu n iões d e eq u ip e 3 ,6 %
P es q u is a in fo rm al 3 ,6 %
O b s ervação n ão s is t em át ica
3 ,6 %
co m p aran d o à co n co rrên cia
J o rn al 3 ,6 %
(29,3%) sobre suas demandas (22%) e ainda, à obtenção de informações sobre produtos
caráter eventual e informal, foi possível ainda, identificar ações de inteligência ocorrendo no
gestão de projetos tecnológicos. Contudo, deve-se registrar que os dados coletados foram
processos. Dessa forma, procede-se à formalização das variáveis que constituem a presente
proposta.
99
coletados, faz-se mister destacar que, predominantemente, observa-se a relevância das pessoas
da instituição para a formação das redes de relacionamentos, quer sejam redes formais ou
informais. Estas redes são oriundas, em sua maioria, dos parceiros de trabalho, participação
em eventos, associações e correlatos, bem como uso de meios eletrônicos públicos como a
internet. É válido salientar também, o acesso a base de dados e o uso de sistemas interligados
em rede.
captação tendências e indicações para inovação quer pela participação em eventos, reuniões,
variáveis para monitoramento dos movimentos da concorrência, acrescidas dos objetivos para
pessoais como fonte relevante para obtenção de relatos minunciosos que possam oferecer
bases de dados. Com efeito, destaca-se no Quadro 10, as variáveis relacionadas para fins de
entretanto, algumas distintas quanto a sua objetivo, ou ainda, com fronteiras bastante tênues
de distinção. Deve-se ressaltar que a maioria das variáveis apresentadas são informações
sistematizar seu processo de coleta. É a partir da dos dados disponíveis na instituição que,
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusões
instituição; identificar que informações, sobre a concorrência, são utilizadas para suporte à
instituição?
A partir dos questionários aplicados foi possível realizar a investigação das ações
estratégico, o que por si só, já requer uma análise de pontos críticos da instituição em relação
seguintes variáveis para consulta: avaliação didática de cursos (específica para a área
comunicações realizadas via marketing institucional e o uso de bases de dados internas. Por
sua vez, para as ações de inteligência verifica-se que, embora não haja estrutura ou funções
formais para essas atividades, foi possível identificar ações, sem qualquer regularidade de
de mercado; uso de bases de dados externas e internas para monitorar posição concorrente,
esta ação é bem evidente na área educacional da instituição; e ainda, meios informais para
Com maior ocorrência nas respostas aos questionários foram identificados os seguintes
decisão?
A instituição realiza, em sua maioria, práticas informais que não são contínuas para a
coleta de dados do ambiente externo. Assim, verificou-se o uso de algumas fontes formais que
decisão.
106
realização, não dispondo de estrutura formalizada para esse fim. As ações orientam-se a
alguns aspectos distintos do negócio, como forma de filtrar a imensa massa de dados
legislação, jornal, internet e a docentes que atuam em outras IES. Enquanto para as demais
institucional além das conversas informais por meio da rede de relacionamentos entre seus
5.2. Recomendações
de pesquisa tecnológica.
107
seguem:
da proposta apresentada.
instituto analisado;
Contudo, é válido salientar que a proposta apresentada neste estudo confere uma
REFERÊNCIAS
ARAÚJO JUNIOR, Rogério Henrique de. Benhcmarking. In: TARAPANOFF, Kira (Org.)
Inteligência organizacional e competitiva. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.
BASTOS, Lília et al. Manual para elaboração de projetos e relatórios de pesquisa, teses,
dissertações e monografias. 4 ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4 ed. São Paulo:
Makron Books, 1996.
109
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 4 ed, v. 16. São Paulo:
Cortez, 2000. (Biblioteca da Educação. Série 1. Escola).
CHURCHILL Jr., Gilbert.; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para os clientes.
Tradução Cecília Camargo Bartalotti e Cied Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2000.
FULD, Leonard M. The new competitor intelligence: the complete resource for finding,
analysing and using information about your competitors. New York: John Wiley & Songs,
1995.
GIL, Antonio Carlos. Técnicas de pesquisa em economia. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1990.
KALB, Clifford C. A ética na prática da inteligência. In: MILLER, Jerry P. (Org.) O milênio
da inteligência competitiva. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 31-52.
LAKATOS, Eva Maria.; MARCONI, Marina de A. Metodologia científica. 3 ed. São Paulo: Atlas,
2000.
110
LONGO, Waldimir Pirró. A visão internacional e o papel dos institutos de pesquisa. In:
Congresso ABIPTI 2000: gestão de institutos de pesquisa tecnológica, 1, Fortaleza. Anais...
Brasília: Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica, 2000.
MARCONI, Marina de A.; LAKATOS, Eva. Técnicas de pesquisas. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MENDES, Cinthia da Cunha.; ANTUNES, Iamara Cavalcante.; COSTA, Maria Emília Melo
da. Práticas gerenciais inovadoras em um instituto de ensino e pesquisa: estudo de caso da
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica/FUCAPI. In: Congresso
ABIPTI 2004: tecnologias para inclusão social: o papel dos sistemas de Ciência, Tecnologia e
Inovação, 3, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Associação Brasileira de Instituições
de Pesquisa Tecnológica, 2004.
MILLER, Jerry P. O processo de inteligência: como funciona, seus benefícios e sua situação
atual. In: MILLER, Jerry P. (Org.) O milênio da inteligência competitiva. Porto Alegre:
Bookman, 2002. p. 31-52.
MORAIS, Ednalva Fernandes C. de.; BERMÚDEZ, Luís Afonso. Criando inteligência. In:
Tecnologia e Inovação: experiência de gestão na micro e pequena empresa. São Paulo:
PGT/USP, 2002. p.177-193.
POOLEY, James.; HALLIGAN, R. Mark. A inteligência e a lei. In: MILLER, Jerry P. (Org.)
O milênio da inteligência competitiva. Porto Alegre: Bookman, 2002. p. 197-214.
RICHARDSON, Roberto. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1999.
112
RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5 ed. São
Paulo: Atlas, 2002.
SAÉNZ, Tirso W.; CAPOTE, Emilio García. Ciência, inovação e gestão tecnologia.
Brasília: CNI/IEL/SENAI/ABIPTI, 2002.
SCIELO – Scientific Eletronic Library Online. FAPESP - BIREME. São Paulo, 2004.
Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 06 mar. 2004.
SELLTIZ, C. et al. Método de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: Herder, 1974.
SILVA, Helena de Fátima Nunes.; BUFREM, Leilah Santiago.; HÉKIS, Hélio Roberto.
Modelos de monitoramento da informação e inteligência competitiva. In: Congresso
Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação, 20, 2002. Fortaleza,
2002.
TACHIZAWA, T.; FERREIRA, V.C..P; FORTUNA, A. A. M. In: Gestão com pessoas: uma
abordagem aplicada às estratégias de negócios. Rio de Janeiro: FGV, 2001. p. 75-98.
VARGAS, Lilia Maria.; Souza, Renata Ferraz de. O ator de inteligência competitiva (IC) nas
empresas: habilidades profissionais e exigências de mercado. Revista Eletrônica de
Administração, v. 7, n. 6, dez. 2001.
YIN, Robert K.. Case study research: design and methods. 6 ed. Newbury Park: Sage, 1990.
APÊNDICE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO - CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MONITORAMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
QUESTIONÁRIO
Agradecemos sua contribuição à pesquisa, a qual objetiva identificar as práticas e o uso de
métodos ou ferramentas que evidenciem a coleta de dados no ambiente externo à instituição, para
apoio à tomada de decisão. Ressalta-se que a pesquisa destina-se à realização de um trabalho
acadêmico, bem como o caráter de confidencialidade dos dados coletados.
E-mail: Ramal:
1.2 Função:
Fim da parte I.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA
COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO - CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
MONITORAMENTO E INTELIGÊNCIA COMPETITIVA
2.21 Assinale, das alternativas a seguir, quais são realizadas em seu projeto:
2.21.1 ( ) Pesquisa de mercado para identificar clientes potenciais
2.21.2 ( ) Pesquisa de mercado para identificar competências para a equipe
2.21.3 Para os casos em que é realizada pesquisa de mercado, são utilizados:
2.21.3.1 ( ) Competências internas 2.21.3.2 ( ) Serviços terceirizados
2.21.4 ( ) Verificação de tendências tecnológicas. Nesse caso, especificar a forma:
Para as questões a seguir, efetue a análise com base na intensidade de ocorrência em sua
atividade e, em alguns casos, explique. Observar as indicações:
a) ‘Muita’ ocorrência: refere-se a ocorrência contínua/sistemática – indicador unitário 1.
b) ‘Média’ ocorrência: refere-se a ocorrência eventual – indicador unitário 2.
c) ‘Pouca’ ocorrência: refere-se a ocorrência única – indicador unitário 3.
d) ‘Não se aplica’ ou ‘Não tenho informação’ – indicador unitário 4.
4.1 Aprendemos com nossos clientes sobre demandas potenciais e produtos concorrentes.
1 2 3 4
4.12 Tendências e inovações de mercado influenciam as condições de oferta dos nossos produtos.
1 2 3 4
Localização 3,0%
Marketing 19,2%
Infra-estrutura 5,1%
Localização 4,0%
Investimentos 3,0%
Parcerias 9,5%
Pioneirismo 3,6%
Anexo III – Gráfico das Oportunidades de Negócio para a Instituição em relação aos Concorrentes
Fonte: Questionários aplicados, 2004.
Nota: Foram identificados 84 elementos.
ANEXO IV
M arketing 6,7%
Infra-estrutura 4,4%
Legislação 3,3%
Burocracia 2,2%