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Grátis Pelo Sistema de Ensino a Distancia – SED
CNPJ º 21.221.528/0001-60
Registro Civil das Pessoas Jurídicas nº 333 do Livro A-l das Fls.
173/173 vº, Fundada em 01 de Janeiro de 1980, Registrada em
27 de Outubro de 1984
Presidente Nacional Reverendo Pr. Gilson Aristeu de Oliveira
Coordenador Geral Pr. Antony Steff Gilson de Oliveira
Apostila 13
CURA INTERIOR
Parte I
1. HISTÓRICO
A "vida abundante" que Jesus ofereceu aos seus seguidores tem sido
o objetivo dos mais dedicados cristãos em todas as épocas. Esta
prometida abundância tem sido usualmente entendida como harmonia
interna e liberdade espiritual, mais do que abundância material - por
razões óbvias. A busca por tal liberdade interior tem aparecido sob os
mais diversos nomes.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
retroativa".
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3. REDIMINDO A PESSOA INTEGRAL
O encontro na estrada de Emaús (Lc. 24) pode ser visto (entre outras
coisas) como uma forma de "cura das memórias". Se nós tomarmos
este incidente como um protótipo para o exercício válido desta forma
de ministério, vários critérios podem ser vistos. Se esta forma de cura
tem sustentação bíblica, ela não se referirá primariamente às
cicatrizes emocionais e traumas psicológicos da infância. Muito mais,
ela tomará uma perspectiva mais ampla, lidando radicalmente com
todas as forças da ansiedade, medo e incredulidade que produzem
pensamento e comportamento anti-bíblico. O ponto central da cura
interior nesta perspectiva mais ampla é a morte sacrificial de Jesus e
sua vitória através da ressurreição sobre o pecado e a morte,
exatamente como aconteceu na estrada de Emaús. Deste ponto-de-
vista, a cura interior é muito menos um fim em si mesma e muito mais
um passo preliminar que capacita o cristão a conseguir a libertação
(Gl. 5:1) e a maturidade espiritual, deixando de lado a forma egoísta e
infantil de viver (I Co. 13:11-12).
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4. A PSICOLOGIA DA PESSOA INTEGRAL
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ego, enquanto que o Cristo vivo não pode. Uma ênfase extremada na
confissão verbalizada pelo crente no movimento da "palavra da fé" é
outro ensino aberrante o qual, sutilmente, se torna uma espécie de
ocultismo. Nestas formas exageradas, a visualização da fé cria um
"video-interior de Jesus", o qual pode ser manipulado para quase
qualquer sentido.
Da mesma forma, devemos estar atentos para os modelos
psicológicos que se baseiam em visões anti-bíblicas da natureza
humana. É também necessário identificar e rejeitar tecnologias
terapêuticas que são utilizadas para sustentar tais modelos. Alguns
praticantes de cura interior, infelizmente, não somente têm adotado
um sub-modelo da natureza humana; eles têm permitido que os
próprios modelos se tornem parâmetros de interpretação da Bíblia.
Tais práticas se situam entre a aberração e a apostasia.
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mútua e a meditação direcionada eram alguns dos métodos
empregados para produzir ambos, a cura interna e a cura externa. Os
apóstolos foram estranhamente silenciosos, entretanto, sobre
qualquer necessidade de reviver experiências relacionadas com a
infância, ou sobre a prática de esfaquear o pai na imaginação, como
alguns praticantes de cura interior têm aconselhado aos seus clientes.
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Seu sangue" que guarda o coração e a consciência das "palavras
mortas" (Hb. 9:14; 10:22) e nos liberta do cativeiro emocional destas
palavras a fim de que possamos servir ao Deus vivo.
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mártir - é uma carga mais fácil de ser suportada do que se lutarmos
com as nossas próprias forças. (Mt. 11:28-30).
Parte II
PNEUMATOLOGIA REFORMADA DE VERDADE!
DEFINIÇÕES E DESAFIOS NICODEMOS LOPES
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Se considerarmos que apenas os que se mantém leais aos principais pontos
da doutrina calvinista podem ser realmente chamados de reformados,
verificaremos que são poucos os verdadeiros reformados. Escreve o ex-
calvinista Clark Pinnock:
Tenho a forte impressão, confirmada até mesmo pelos que discordam dela,
que o pensamento de Agostinho está perdendo sua influência nos
evangélicos de hoje. Não são apenas os evangelistas que estão pregando
um evangelho arminiano. É difícil até mesmo achar um teólogo calvinista
hoje que esteja disposto a defender a teologia reformada em seus detalhes
mais peculiares, em particular as opiniões de Calvino e Lutero. Eu não estou
sozinho, especialmente agora que Gordon Clark faleceu e John Gerstner
aposentou-se.
O que é o Pelagianismo
O primeiro desafio vem da área teológica, representado pelo pelagianismo,
heresia antiga e já condenada pela Igreja, mas jamais erradicada do seu
meio. O pelagianismo sustenta basicamente que todo homem nasce
moralmente neutro, e que é capaz, por si mesmo, sem qualquer influência
externa, de converter-se a Deus e obedecer à sua vontade, quando assim o
deseje. Uma das grandes disputas durante a Reforma protestante versou
sobre a natureza e a extensão do pecado original. Ele afetou Adão somente,
ou todo o gênero humano? A vontade do homem decaído é ainda livre ou
escravizada ao pecado? No século V Pelágio havia debatido ferozmente com
Agostinho sobre este assunto. Agostinho mantinha que o pecado original de
Adão foi herdado por toda a humanidade e que, mesmo que o homem caído
retenha a habilidade para escolher, ele está escravizado ao pecado e não
pode não pecar. Por outro lado, Pelágio insistia que a queda de Adão afetara
apenas a Adão, e que se Deus exige das pessoas que vivam vidas perfeitas,
Ele também dá a habilidade moral para que elas possam fazer assim. Ele
reivindicou mais adiante que a graça divina era desnecessária para salvação,
embora facilitasse a obediência.
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Várias formas de pelagianismo recorreram periodicamente através dos
séculos. Lutero escreveu um livro "A Escravidão da Vontade" em resposta a
uma diatribe de Erasmo, onde o mesmo defendia conceitos pelagianos.
Lutero acreditava que Erasmo era "um inimigo de Deus e da religião Cristã"
por causa do ensino dele sobre o pecado original. É bom notar que o
Catolicismo medieval, sob a influência de Aquino, adotara um semi-
pelagianismo, mesmo que na antigüidade houvesse rejeitado o pelagianismo
puro. Neste sistema, acreditava-se que o homem cooperava com a graça de
Deus para a salvação.
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ordinários de natureza. "Religião é obra do homem", disse ele. "Consiste tão
somente no emprego apropriado dos poderes naturais. É somente isso e
nada mais"
Mas o desafio maior vem de dentro das próprias igrejas históricas. Não são
muitos os "reformados" que aderem coerentemente à doutrina calvinista da
depravação total. Embora possam afirmá-la em princípio, acabam sendo
incoerentes por também acreditar que o pecador tem a "capacidade moral de
se voltar para Deus". Praticamente ninguém hoje declararia, "eu sou um
pelagiano, ou semi-pelagiano", primeiro, por que toda a Cristandade
condenou no passado essa heresia, e segundo, por que poucos que adotam
esta linha têm idéia do que o pelagianismo significa. Muitos ministros de
igrejas reformadas provavelmente ofereceriam as respostas corretas em um
exame teológico, entretanto, operam em seus ministério como se essas
convicções não tivessem absolutamente nenhuma conseqüência.
O pluralismo religioso
Um outro desafio de imensas proporções vem de duas filosofias
características do período pós-moderno em que vivemos. A primeira delas é
o pluralismo. Como o nome já indica, essa filosofia defende a pluralidade da
verdade, ou seja, que não existe uma verdade absoluta, mas sim verdades
diferentes para cada pessoa. Esse conceito é ambíguo, mas definitivamente
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já faz parte integrante da nossa cultura presente. Ele defende o
relacionamento de pessoas com ideologias diferentes, sem que uma tenha
de sujeitar suas convicções ao domínio da outra. A idéia de converter
alguém às suas próprias convicções é politicamente incorreto. A chave está
na valorização da negociação e da cooperação em lugar de se tentar provar
que se está certo ou errado.
O pluralismo religioso defende uma nova teoria missiológica, onde não mais
se prega a necessidade de conversão de outras religiões ao cristianismo, e
sim a cooperação entre todas as religiões, naquilo que têm em comum. O
pressuposto é que o cristianismo não é o único caminho para Deus, embora
seja o melhor, e que Deus está agindo salvadoramente no âmbito de outras
religiões, como as religiões orientais.
O pragmatismo religioso
A outra filosofia é o pragmatismo. Seu popularizador, o psicólogo americano
William James, afirmou que idéias humanas eram verdadeiras se
funcionassem ou fossem úteis para resolver problemas. Já que o
funcionamento e utilidade das idéias variam de contexto para contexto,
segue-se que a verdade é relativa. No dizer de Francis Schaeffer, é um
sistema de pensamento que faz das conseqüências práticas de uma crença
o critério supremo da sua verdade. O pragmatismo dominou rapidamente a
cultura americana e estendeu-se para além das suas fronteiras. Adotar as
coisas que realmente preservam a paz individual e uma situação financeira
confortável, sem qualquer preocupação com princípios fixos de certo ou
errado é evidentemente a idéia que controla procedimentos internacionais,
domésticos e individuais. Princípios absolutos tem pouco ou nenhum lugar
no pensamento ocidental moderno.
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Desafios do Pluralismo e do Pragmatismo para a doutrina do Espírito Santo
O pluralismo e o pragmatismo andam geralmente de mãos dadas. Onde o
conceito de verdade absoluta deixa de existir (pluralismo), as pessoas e as
organizações passam a orientar as suas decisões em termos daquilo que
mais satisfaz as suas necessidades (pragmatismo). A combinação destas
duas filosofias aparece claramente em vários movimentos presentes nas
igrejas evangélicas, e representam um novo desafio ao cristianismo em geral
e aos calvinistas em particular. A pergunta que as pessoas fazem com
relação ao cristianismo não é se ele é a verdade ou não, mas simplesmente
se funciona. Elas querem saber se vai mudar a vida delas para melhor, se
Cristo realmente é poderoso para transformá-las, e pode dar-lhes paz,
alegria, esperança e propósito às suas existências.
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para essa convicção calvinista, pois enfatiza o emprego de métodos,
estratégias e técnicas tiradas do marketing secular e de ciências sociais
como sociologia e psicologia, através das quais a igreja poderá crescer. O
sucesso ou fracasso de igrejas locais no aumentar o número de seus
membros é relacionado, não à soberania do Espírito de Deus, mas ao uso
desses métodos. Embora calvinistas defendam o planejamento das
atividades missionárias e evangelísticas da Igreja, têm entretanto sérias
reservas quanto ao planejamento de resultados, uma estratégia que faz parte
do pragmatismo do moderno movimento de crescimento de igrejas.
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seminário presbiteriano de Louisville, nos EUA. Uma das suas conclusões é
que no século XX a denominação sofreu de uma doença teológica, com
muitos presbiterianos evitando posições firmes e claras na área teológica
porque diferenças doutrinais tendem a produzir conflito ou divisão. Essa é a
razão por que eles tentaram em anos recentes resolver problemas
potencialmente divisivos em termos políticos e não teológicos.
O que é o neopentecostalismo
Por neopentecostalismo quero dizer aqueles movimentos surgidos em
décadas recentes, que são desdobramentos do pentecostalismo clássico do
início do século, mesmo que abandonaram algumas de suas ênfases
características e adquiriram marcas próprias, como ênfase em revelações
diretas, curas, batalha espiritual, e particularmente uma maneira
sobrenaturalista de encarar a realidade espiritual.
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doutrinas típicas do calvinismo, que é a providência de Deus. Partindo das
Escrituras, os reformados usam o termo providência para se referir à ação
de Deus, pelo seu Espírito, agindo no mundo através de pessoas e
circunstâncias da vida para atingir seus propósitos. Esses meios não são
intervenções miraculosas ou extraordinárias de Deus na vida humana, mas
simplesmente meios naturais secundários. Os calvinistas reconhecem que
Deus intervém miraculosamente neste mundo, mas sempre em regime de
exceção. Normalmente, ele age através dos meios naturais.
Conclusão
Esses desafios à identidade reformada quanto à ação do Espírito Santo já se
encontram presentes em nosso meio, e prometem persistir por ainda muito
tempo. Alguns dos movimentos contemporâneos que trazem no bojo de
seus pressupostos e de sua metodologia esses desafios, continuam a
crescer no Brasil, e a influenciar as igreja reformadas. Esses movimentos,
como o reavivalismo, crescimento de igrejas, batalha espiritual e
ecumenismo forçam as igrejas reformadas a reavaliar o que crêem quanto à
ação do Espírito na Igreja e no mundo. O desafio é que façamos isso
procurando cada vez mais conformar essas crenças com o ensino das
Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, e com a nossa tradição calvinista.
Parte III
NÓS TAMBÉM RESSUCITAREMOS
1Coríntios 15
1. INTRODUÇÃO
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Precisamos começar nosso estudo sobre a escatologia confessando nossa
ignorância. Nós sabemos muito pouco, mas sabemos o mais importante:
nosso futuro está guardado no Livro da Vida, escrito por Deus.
ELOGIO À MULHER
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De quem é este olhar que te chama?
Olha, mulher, e vê que é rosto do homem que querias morto.
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A ressurreição é apontada como um fato essencial para a fé. O apóstolo
Paulo várias vezes o afirma, deixando bem claro, em Romanos 10.9-10, que a
salvação vem pela confissão de Jesus Cristo como Senhor e pela crença de
que o Pai ressuscitou Jesus dentre os mortos.
Não podemos esquecer ainda que parte das testemunhas do túmulo vazio
era formada por mulheres. Se a história fosse uma lenda, seus inventores
não colocariam essas narrativas nas bocas das mulheres, incapazes, na
lógica da época, da falar a verdade e, portanto, indignas de crédito. Que
judeu iria crer numa ressurreição testemunhada por mulheres.
Alguém dirá que Paulo não foi testemunha ocular e, de fato, não o foi. Ele
pelo se autodenomina de apóstolo (testemunha) nascido fora do tempo (v.8).
Os versículos 3 e 8, especialmente 3 e 4, não são da lavra do Paulo, que
afirma tê-los recebido. Quando ele começou a pregar, já pregava segundo as
Escrituras, isto é, segundo o que recebera de outras testemunhas. A fé na
Ressurreição não foi inventada por Paulo. A fé na Ressurreição não foi
inventada por Paulo. Ele creu nela depois que o próprio Jesus lhe apareceu
e depois do que aprendeu com os outros cristãos.
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mas se reincarnou. Há gente de provas documentais e racionais para a
perspectivas cristã leva pessoas a forjarem teses delirantes, sem qualquer
apoio documental contemporâneo e sem qualquer elemento de
racionalidade.
O problema do crivo racional é tão sério que até mesmo cristãos, como
Rudolf Bultmann, no início do século 20, chegaram a considerar como não
essencial a ressurreição de Jesus. Ensinava aquele teólogo que o
importante era ter a fé que os primeiros cristãos tiveram, pouco importando
a historicidade desta fé.
3. A FELICIDADE DA FÉ NA RESSURREIÇÃO
É como ele que devemos crer. Ele lembra que a crença na Ressurreição era
parte da pregaçào da Igreja. O autor de !Coríntios relaciona esta ressurreição
com a nossa. (Se não há ressurreição de mortos, então Cristo não
ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa
fé, e somos tidos como falsas testemunhas de Deus. (...) Se a nossa
esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de
todos os homens. (v. 12-19)
Somos infelizes porque cremos numa Bíblia que nos ensina uma farsa e nos
faz crer numa lenda ou numa alucinação coletiva, mas acontecia em blocos,
porque pessoas isoladas e grupos viram Jesus com o corpo glorificado.
Somos infelizes porque cremos num Cristianismo, que faz de uma lenda o
pilar do seu conteúdo existencial e teológico.
Somos infelizes porque abrimos mão da bênção regeneradora da
ressurreição (1Pedro 1.3). Sem a ressurreição, o evangelho está incompleto.
Sem a ressurreição não podemos ser salvos. Não há poder na mentira.
Somos infelizes porque abrimos mão da fé para ficar com a razão, razão que
matou Jesus Cristo, razão que foi insuficiente (junto com a Lei) para levar o
homem ao reencontro com Deus, razão que não faz nenhum de nós um salvo
por Cristo no presente e no futuro. Aliás, o século 20, o século da razão por
excelência, é a maior prova da falácia e da insuficiência da razão, pois foi o
século com maior número de guerras e de vítimas de toda a história da
humanidade.
Nós temos esquecido que Cristo ressuscitou. Tem feito pouca diferença em
nossas vidas a esperança de que ressuscitaremos.
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Como Paulo, precisamos crer na Ressurreição de Jesus, por se tratar de
uma das colunas da fé cristã.
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bíblica essencial, segundo a qual nós somos julgados quando, em vida,
escolhemos aceitar ou recusar o sacrifício de Jesus Cristo por nós. Como
diz o evangelista João, quem crê [em Jesus] não é julgado; mas quem não
crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus
(João 3.18).
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se falar que a volta de Cristo está próxima, ela acaba vista como sendo algo
distante...
Nossa visão de Jesus Cristo deve ser tão forte que nos leve a viver como
Paulo, que perguntava: E por que nos expomos também nós a perigos a toda
hora? Sua resposta era veemente: Eu vos declaro, irmãos, pela glória que de
vós tenho em Cristo Jesus nosso Senhor, que morro todos os dias (versos
30 e 31). Nós vivemos segundo o que cremos. Se cremos que Jesus Cristo
veio, nós o oferecemos a todos quantos podemos; se cremos que Ele
voltará, queremos que outras pessoas nos acampanhem nesta jornada sem
fim pelo tempo sem relógio da eternidade.
Então virá o fim quando ele entregar o reino a Deus o Pai, quando houver
destruído todo domínio e toda autoridade e todo poder.
Pois é necessário que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo
de seus pés. (Ora, o último inimigo a ser destruído é a morte.) Pois se lê:
"Todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés". Mas, quando diz: "Todas as
coisas lhe estão sujeitas", claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou
todas as coisas.
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terminal. O presente geme pela atuação dos domínios, autoridades e
poderes. Este é a primeira utilidade de uma fé que contempla as dimensões
escatológicas: nossa vida hoje pode ser marcada pelo gemido, mas esta
história terá um fim.
Não há inimigo que não seja derrotado. Aquele que derrotou o inimigo
definitivo, que é a morte, tornada relativa, derrotará qualquer outro tipo de
inimigo. A morte não venceu Jesus; graças a Ele, a morte não nos vencerá.
Todos aquele que aceitar esta morte não experimentará o poder da morte
sobre si. Toda a força da morte despencou sobre o corpo de Jesus, que
afundou numa tumba. Se a história tivesse acabado assim, estaríamos todos
mortos também. No entanto, todo o poder de Deus levantou Jesus de entre
os mortos, para que nós vivêssemos. Este é o resumo do Evangelho.
No final dos tempos, Jesus entregará o Reino de Deus ao Pai. Esta afirmação
deve ser compreendia no interior da economia divina da história, sob pena
de não entendermos a natureza da
Trindade. O que Paulo nos ensina é que o Filho tem uma missão e esta
missão terá um fim: chegará o tempo em que Ele não será mais o mediador
entre os homens e o Pai, porque não será mais necessária a presença de um
mediador, já que os homens e a Trindade estarão em contato direto e eterno,
na grande festa celestial. Ele, então, chegará perante o Pai e anunciará que
sua obra terminou.
Quando isto acontecer, o Filho receberá toda honra, toda riqueza, toda
sabedoria, toda força, toda honra, toda glória e toda bênção (Apocalipse
5.12). O contraste é claro: Ele derrota toda a autoridade e recebe por isto
toda honra. A glória do Filho é a mesma do Pai. No final dos tempos, o
Cordeiro reinará, submetendo sua obra ao Pai, que o exaltará sobre todo
nome e toda a pessoa, e fará com que todo joelho dobre diante dEle e toda a
língua Lhe cante louvores, porque estará completa a obra da salvação
(Filipenses 2.9-11).
É encorajador saber que Jesus Cristo é rei agora também. É animador saber
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
que, a apesar da aparência do Seu sumiço da história, Ele a controla. Ele nos
controla. Ele controla as pessoas ao nosso redor. Ele controla as
circunstâncias ao nosso redor. Ele controla a história, história que marcha
para reconhecer que Ele é o Senhor.
Sofremos porque não vemos com clareza o tempo da vinda de Jesus Cristo.
Nós gostaríamos de sabê-lo, embora isto fosse péssimo. Se a parousia fosse
ocorrer este ano, e nós o soubéssemos, nós ficaríamos paralisados, como
ficaram alguns da igreja de Tessalônica nos tempos apostólicos. Se a
parousia fosse ocorrer em gerações posteriores à nossa, e nós o
soubéssemos, nós ficaríamos descansados e não permitiríamos que ela
afetasse o nosso presente.
6.1. A seqüência
Somos informados, em linhas gerais, a seqüência dos acontecimentos do
fim. Paulo a enumera nos versos 24 a 28 e 20 a 23:
morte de Jesus Cristo » nossa morte (ou transformação, para quem estiver
vivo)
ressurreição de Jesus Cristo » nossa ressurreição (ou transformação para
quem estiver vivo)
parousia » nosso arrebatamento
juízo final » nosso julgamento
consumação do Reino de Deus » vida celestial
Esta seqüência geral pode ser detalhada, mas, ao fazê-lo, não podemos
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
perder a visão global da história no projeto de Deus. Mesmo as
discordâncias quanto ao tempo dos acontecimentos do fim no futuro não
nos devem separar da esperança que o Jesus que reina agora reinará
plenamente no porvir.
6.2. Os sinais
Pressupondo a parousia é o acontecimento central, em torno do qual
orbitam os demais, devemos nos acautelar duplamente, com o cuidado de
não achar que a volta de Cristo é algo para o "são nunca de tarde" (conforme
o alerta de Pedro -- 2Pedro 3.9) ou que é algo para tão breve que nos
perturbe (2Tessalonicenses 2.2).
Era assim que Paulo pensava e agia. Embora achasse que alguns de sua
geração seriam arrebatados e transformados, sem passarem pela
experiência da morte (só a da transformação), pela iminência da parousia
(versículo 51), ele não deixava de fazer projetos para a universalização do
Evangelho.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
POÉTICA
Nem toda carne é uma mesma carne; mas uma é a carne dos homens, outra
a carne dos animais, outra a das aves e outra a dos peixes. Também há
corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
a dos terrestres. Uma é a glória do sol, outra a glória da lua e outra a glória
das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.
Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o reino de
Deus; nem a corrupção herda a incorrupção.
Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da
última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados.
Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo
(versos 35-57).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
que, quando adentrarmos à eternidade, os elementos constitutivos desses
nossos corpos não serão mais a carne e o sangue, isto é, não serão células
biologicamente formadas, nem serão mais passíveis de ser atingidas pelo
poder do pecado.
-- Ei, morte, onde está a ponta aguçada de ferro com a qual você flagelava as
pessoas? Ei, morte, onde está o seu sorriso de vitória?
8. CONCLUSÃO
O apóstolo Paulo termina seu capítulo mostrando qual deve ser o sentido de
se estudar escatologia: reafirmar o valor da confiança no Senhor, que
transforma as nossas ações em ações úteis no Seu reino.
Podemos concluir com esta oração, própria do cristão que ora, age e espera.
PLANETA PRECÁRIO
Ele vem.
A qualquer momento, ele vem.
E eu estou indo ao seu encontro.
Ainda visto as roupas de sempre,
ainda olho nas mesmas direções,
ainda piso nos mesmos caminhos,
ainda toco nos mesmos corpos,
ainda digo as mesmas palavras que os homens
mas eu espero a hora
o instante do encontro
para um abraço muito longo.
E o meu rosto será outro.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
E o meu verbo será outro.
E o meu corpo será outro.
Parte IV
UMA MULHER VESTIDA DO SOL
Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua
sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e
gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz. Apareceu então outro
sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e
sobre as cabeças sete diademas; sua cauda arrastava um terço das estrelas do
céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da mulher que estava
para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um
filho, um varão, que Irá reger todas as nações com um cetro de ferro. Seu filho,
porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a Mulher fugiu para o
deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil
duzentos e sessenta dias. (...) Ao ver que fora expulso para a terra, o Dragão pôs-
se a perseguir a Mulher que dera à luz o filho varão. Ela, porém, recebeu as duas
asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da
Serpente, é alimentada, é alimentada por um tempo, tempos e metade de um
tempo. A Serpente, então, vomitou água como um rio atrás da Mulher: a terra
abriu a boca e engoliu a água que o Dragão vomitara. Enfurecido por causa da
mulher, o Dragão foi então guerrear contra o resto dos seus descendentes, os que
observam os mandamentos de Deus e mantêm o Testemunho de Jesus" (Ap
12.1.17).
Seria a santa Maria, a mãe de Jesus, essa "Mulher que deu à luz um varão", fugiu
para o deserto, onde foi alimentada por mil duzentos e sessenta dias? Colhemos
de um site de apologética católica a seguinte interpretação extra-oficial:
"No Apocalipse, João contempla nesta visão três verdades: a Assunção de Nossa
Senhora, sua glorificação, sua maternidade espiritual. O Apocalipse descreve que
esta mulher "estava grávida e (...) deu à luz um Filho, um menino, aquele que
deve reger todas as nações..." (Ap 12, 2.5 ). Qual mulher, que de fato, esteve
grávida de Jesus senão a Santíssima Virgem? (conf. Is 7, 14). Outros contestam,
dizendo que esta mulher é símbolo da Igreja nascente. Mas, a Igreja nunca esteve
"grávida" de Jesus Cristo! Antes, foi Cristo que gerou a Igreja, foi ele que a
estabeleceu e a sustenta. E para provar que esta mulher é exclusivamente Nossa
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Senhora, em outro lugar está escrito: "O Dragão vendo que fora precipitado na
terra, perseguiu a Mulher que dera à luz o Menino" ( Ap 12, 13 ). A Igreja teria
dado à luz a um Menino? Evidente que não! Portanto esta mulher refulgente é
unicamente, Nossa Senhora, pois foi ela unicamente que gerou "o menino"
prometido conf. Is 9, 5 ). Diz ainda a Sagrada Escritura que: "(o Dragão) deteve-se
diante da Mulher que estava para dar à luz (...) para lhe devorar o Filho (...) A
Mulher fugiu para o deserto, onde (...) foi sustentada por mil duzentos e sessenta
dias" ( AP 12, 4.6 ). De fato, o demônio maquinou contra a vida de Jesus desde
seu nascimento, na pessoa do perseguidor Herodes. Maria fugiu então com o filho
para o deserto (Egito). Lá ficou por aproximadamente mil e duzentos e sessenta
dias (três anos e meio). Ou seja, do ano 7 AC, ano do nascimento de Jesus,
conforme atualmente se acredita, até março-abril do ano 4 AC, ano da morte de
Herodes. Perfazendo os três anos e meio de exílio, nos quais foi sustentada pela
Providência. Portanto, todos esses versículos, confirmam primeiramente a
assunção de Nossa Senhora. Pois o apóstolo a contempla revestida de sol, já
estabelecida desde agora na glória prometida pelo seu Filho, quando diz "Os
justos resplandecerão como o sol" (Mt 13,43). Confirma incontestavelmente sua
realeza espiritual, pois a mesma se apresenta coroada com doze estrelas, símbolo
das doze tribos de Israel e dos doze apóstolos. Portanto Rainha do Antigo e do
Novo Testamento. Por fim confirma sua maternidade espiritual, pois diz o Espírito
Santo: "(O Dragão) se irritou contra a Mulher ( Maria ) e foi fazer guerra ao resto
de sua descendência ( seus filhos espirituais ), os que guardam os mandamentos
de Deus e têm o testemunho de Jesus" ( Ap 12, 17 ). Somos de sua descendência
apenas se nos comprometermos com o Cristo Jesus, guardando os seus
mandamentos e testemunhando-o como nosso Senhor e Salvador".
A interpretação acima, que vez ou outra aparece nos debates entre católicos e
protestantes, não me parece das mais felizes. Vejamos alguns pontos
discrepantes:
1) Em nenhum momento a Bíblia relata que os salvos em Cristo receberão uma
coroa de doze estrelas;
2) Também nada registra sobre os tormentos e os gritos de Maria na hora do
parto. Acredito que Maria sentiu as dores normais, mas não a ponto de ficar
atormentada;
3) Maria fugiu para o Egito (Mt 2.14) e não para o deserto; 4) Pelo relato de
Apocalipse, o filho foi arrebatado e a mulher fugiu para o deserto, o que realmente
não aconteceu. Maria, Jesus e José foram para o Egito;
5) O cálculo dos 1.260 dias, como acima, pareceu-me impreciso, sem convicção,
aproximado. A Bíblia nada diz sobre o tempo de permanência de Maria no Egito;
6) O texto não fala - nem a Bíblia em qualquer de seus livros - na Assunção de
Maria, na sua glorificação e maternidade espiritual.
7) A interpretação está na contramão do que pensam eruditos católicos e
protestantes, conforme registros a seguir.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
São Paulo. Na apresentação, os editores disseram que "após três anos de árduo e
intenso trabalho, realizado por uma equipe de exegetas católicos e protestantes e
por um grupo de revisores literários, pudemos entregar ao público a tradução do
Novo Testamento"). Pois bem, essa comissão do mais alto nível, concluiu o
seguinte com relação à "Mulher vestida com o sol" (Ap 12.1.17):
"A cena corresponde a Gênesis 3.15,16. A mulher dá à luz na dor (v.2) aquele que
será o Messias (v.5). Ela é tentada por Satanás (v.9), que a persegue, bem como
a sua descendência. Ela representa o povo santo dos tempos messiânicos (Is 54;
60; 66.7; Mq 4.9-10), e portanto [representa] a Igreja em luta. É possível que João
pense também em Maria, a nova Eva, a filha de Sião, que deu nascimento ao
Messias (cf. Jo 19.25)".
"Apocalipse 12.1: Uma mulher: não é o símbolo da SS. Virgem, mas sim o do
Povo de Deus, primeiro Israel, que deu ao mundo Jesus Cristo segundo a carne e
depois o "Israel de Deus", isto é, a Igreja que enfrentaria as perseguições do
Dragão. O sol, a lua e as estrelas são apenas figuras para expressar seu
esplendor. Por acomodação a Igreja aplica este versículo à SS.Virgem".
Primeiro, os comentários católicos dizem o óbvio, o que não pode ter outra
interpretação, ou seja, que a mulher revestida do sol simboliza o Povo de Deus,
Israel donde nasceu Jesus, num primeiro momento; no outro momento, representa
a Igreja perseguida. No final, fala a verdade quando diz que o Catolicismo aplica o
versículo à SS. Virgem por acomodação, o que me parece uma afirmação que
compromete a lisura e imparcialidade com que as devemos interpretar e ensinar a
palavra de Deus. Acomodação dá idéia de arrumação, de arranjo. A advertência
de Apocalipse 22.19 pode ser aplicada nesse caso: "E se alguém tirar quaisquer
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
palavras do livro desta profecia, Deus lhe tirará a sua parte da árvore da vida..."
"Apocalipse 12.1 - Uma mulher - Esta mulher simboliza os fiéis de Israel, através
dos quais o Messias (i.e., o menino Jesus) veio ao mundo (cf. Rm 9.5). Isso é
indicado não somente pelo nascimento do menino, mas também pela referência
ao sol e à lua (ver Gn 37.9-11) e às doze estrelas, que naturalmente se referem às
doze tribos de Israel". "Apocalipse 12.6 - A mulher fugiu - Aqui, a mulher simboliza
os fiéis de Israel na última parte da tribulação (cf. os 1260 dias, metade exata do
período da tribulação). (1) Durante a tribulação, esses fiéis de Israel, judeus
tementes a Deus, opor-se-ão à religião do Anticristo. Examinando com sinceridade
as Escrituras, eles aceitam a verdade de que Jesus Cristo é o Messias (Dt 4.30-
31; Zc 13.8-9). São socorridos por Deus durante os últimos três anos e meio da
tribulação, e Satanás não poderá vencê-los (ver vv 13-16). (2) Quem de Israel
aceitar a religião do Anticristo e rejeitar a verdade bíblica do Messias, será julgado
e destruído nos dias da grande tribulação (ver Is 10.21-23; Ez 11.17-21; 20.34-38;
Zc 13.8-9)". "Apocalipse 12.13 - Perseguiu a mulher - Satanás procura destruir a
mulher. Aqueles em Israel, que aceitarem a Cristo, serão vigiados e perseguidos
por Satanás e pelos seguidores do Anticristo (cf Mt 24.15-21). Deus dará proteção
sobrenatural aos santos de Israel durante esse período (vv 14-16)".
Vamos ver alguns trechos de O Novo Comentário da Bíblia, Edições Vida Nova,
primeira edição em 1963:
"A mulher e o seu filho (Ap 12.1-17) - Os gregos contavam uma história do
nascimento de Apolo marcadamente paralela à dos vv. 1-6. Os egípcios
semelhantemente relatavam o nascimento de Hórus; um fato é que a história, em
formas modificadas, parece ter sido universalmente contada. Claramente, João
tem empregado uma narrativa bem conhecida (primeiramente adaptada,
aparentemente, por um judeu) tanto para ilustrar o seu próprio tema, como para
tacitamente excluir todos os heróis de outras crenças da posição de Redentor
universal (...) Para as nações pagãs do mundo antigo, a mulher grávida (12.1,2)
teria sido uma deusa coroada com as doze estrelas do zodíaco. O judeu teria visto
nela o seu próprio povo, encabeçado pelos doze patriarcas. João mostra que ela
não representa nenhum destes, MAS [representa] O VERDADEIRO POVO
CRENTE DE DEUS, tanto da velha, como da nova dispensação, a comunidade
messiânica. (...) O dragão agora volta a sua atenção para A MULHER, ISTO É, A
IGREJA, tendo falhado no caso do Senhor dela (cfr. João 15.20). No simbolismo
que revela o ataque contra a mulher, a serpente é considerada como um monstro
da água, inclusive a personificação do mar. Daí a mulher foge para o refúgio no
deserto (14), onde um monstro marítimo não pode ter lugar. Para não ser
superada, a serpente manda após ela um dilúvio, mas a terra o traga, de maneira
que não se faça mais nada por ele (15,16). O retrato bem ilustra a segurança
espiritual dos crentes contra tudo que o diabo possa fazer em suas tentativas para
destruí-los".
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Todas as interpretações apontam para um só entendimento, o de que a mulher
vestida com o sol simboliza Israel, a Igreja de Cristo, o Povo de Deus. Nada há
que possa indicar a descrição do parto de Maria, na cidade de Belém. Em sua
essência, os eventos apocalípticos apontam para o futuro, e não para o passado,
"para dar aos crentes de todas as eras a perspectiva divina do férreo conflito entre
eles e as forças conjuntas de Satanás, nesta revelação de desfecho da história. O
Apocalipse revela principalmente os eventos dos últimos sete anos da segunda
vinda de Cristo, quando, então, Deus intervirá neste mundo e vindicará seus
santos, derramando sua ira sobre o reino de Satanás". Neste contexto, insere-se a
visão da mulher e o dragão, objeto da presente análise.
Parte V
A UNÇÃO DO ESPÍRITO NA VIDA DO CRISTÃO
01. INTRODUÇÃO
A igreja hoje está vivendo mais em função do seu passado do que do seu
presente. Muitos que sepultaram a velha vida, estão chorando diante da sepultura,
recordando um tempo que já não existe mais. O que aconteceu? Onde foi parar a
alegria, a fé, a ousadia?
O povo de Deus está voltando a ser um povo errante. Qualquer dificuldade é
motivo para se afastar em busca de um oásis inexistente.
A lista para explicar este tipo de comportamento é grande. Tudo tem uma
explicação para apoiar o afastamento, o desinteresse. Assim vamos colecionando
fracassos na família, no trabalho, na igreja culpando até mesmo a Deus pelas
nossas derrotas.
A primeira é sobre o que o Espírito Santo está dizendo hoje para a igreja?
Sabemos que a verdade de Deus é única e que o seu propósito continua o mesmo
desde o início da criação. Malaquias 3:6
Mas sabemos também que suas revelações são progressivas! João 13:7. Em
cada período da história o Espírito Santo se moveu de acordo com as
necessidades da igreja e do povo!
Hoje não temos necessidade de ver um lençol descendo do céu cheio de animais
impuros, para caminharmos na direção indicada por Deus. Atos 10:11-12. Os
presbíteros não se reúnem para discutir se devemos ou não ser circuncidados.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Atos 15:1,6.
Nestes dias o Espírito Santo está dispensando à igreja o que ele tem de melhor.
Por isso é devemos estar atentos à sua voz.
Algumas perguntas devemos fazer a nós mesmos:
a. O que estamos realizando tem a ver com o plano de Deus para esses dias?
b. O nosso esforço tem respondido as prioridades do Reino de Deus?
c. A nossa motivação está sendo direcionada para o alvo certo?
A segunda questão é se a igreja está ouvindo com clareza o que o Espírito está
dizendo?
Quando não se ouve com clareza a voz do Espírito corre-se o risco de caminhar
por caminhos traçados pela nossa vontade.
Paulo adverte - 1 Coríntios 14:8
Em primeiro lugar, examinando o que a Palavra de Deus fala sobre esse período.
Isaías 35 é um texto profético que fala sobre uma grande unção que será
derramada sobre o nosso deserto!
Esta unção será tão grande que o maior desejo de Deus será cumprido.
a. Ver o evangelho sendo pregado a todas as nações. - Mateus 24:14
b. Ver a igreja convivendo com o sobrenatural. - Marcos 16:17
c. Ver o povo buscando a santificação de vida. - 1 Tessalonicenses 4:3
d. Ver as influências satânicas sendo inibidas pelo poder da unção. - Lucas 4:18
Em segundo lugar, estendendo os olhos para o mundo para ver onde o vento está
soprando.
Em outros países como Irlanda, Gales, Estados Unidos o sopro do Espírito Santo
mudou a vida e o sistema de governo até então predominante.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Hoje o Espírito continua soprando em muitos outros lugares. A nossa oração é
que ele não deixe de soprar em nosso meio, em nossa igreja, em nosso país.
É importante frisar, que sem unção não há trabalho espiritual. Nada pode substituir
a ação do Espírito Santo. Lucas 24:49
Hoje esta palavra, que é nova no vocabulário evangélico, já está sendo deturpada
e desgastada.
A unção está sendo confundida com muitas práticas realizadas pela igreja.
A unção não é:
a. Um manifestação sentimental!
c. Uma demonstração humana de poder!
d. Uma encenação espiritual!
Unção, é o método que Deus usa através do Espírito Santo para operar a sua
vontade na terra. Envolve todas as graças, habilidades e poderes do Espírito
Santo. A Unção é a revelação da presença de Deus no meio do seu povo.
Ela ao se manifestar afeta todo aquele que é tocado. Quando um homem está
ungido tudo o que ele toca recebe a mesma unção.
Estes eram ungidos para oficiarem diante de Deus. Quem tentou oferecer
sacrifícios sem passar pela unção, foi punido. Levíticos 10:1; 1 Samuel 13:8-9; 13.
Hoje a unção do Espírito Santo nos habilita a exercer:
- a autoridade de um rei - Lucas 10:19
- a interceder como um sacerdote - 1 João 5:16
- a profetizar como um enviado de Deus - Atos 18:9
Lembre-se do seguinte: o mundo hoje requer uma igreja que trabalhe no poder do
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Espírito Santo. Uma igreja que saiba depender do Espírito na realização de seus
projetos.
Zacarias 4:6.
Parte VII
CONTEMPORANEIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS II
R: A vida espiritual do crente deve ser um crescer constante. A Bíblia diz para
crescermos na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18); Jesus crescia em sabedoria
(Lc 2.52); devemos crescer em nossa fé (2 Co 10.15; Lc 17.5). Deus concede
inicialmente ao recém-batizado um ou mais dons, mas nada impede que o crente
continue crescendo, procurando com zelo os melhores dons (2 Co 12.31; 14.1). O
apóstolo Paulo diz que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os
infiéis (1 Co 14.22), que passam a compreender porque o Reino de Deus é
diferente do reino das trevas. Para os crentes, as línguas significam que o Espírito
está sendo derramado (At 10.44-46; 11.15-17).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Jesus falou em línguas?
R: A Bíblia nada diz a respeito. Cremos que não, porque a promessa era para uma
ocasião futura (Jl 2.28; Mc 16.17; At 2.4,16). Outra razão: o falar em línguas serve
à edificação própria, do próprio crente, porque fala em espírito, em mistérios, com
Deus (1 Co 14.2,4,14). Jesus não precisava de tal edificação.
R: Não. O crente pode receber o Espírito em qualquer lugar, mas o local mais
apropriado é num ambiente de oração. Pode ser com ou sem imposição das
mãos.
Quando a pessoa aceita Jesus como Senhor e Salvador recebe o Espírito. Por
que receber o Espírito outra vez? Seria um reforço da graça?
R: A finalidade desse batismo está expressa nas palavras de Jesus: Envio sobre
vós a promessa de meu Pai; mas ficai na cidade, até que do alto sejais revestidos
de poder (Lc 24.49; At 1.4-5). Antes de Sua ascensão, Jesus soprou sobre os
discípulos e estes receberam o Espírito, para regeneração (Jo 20.22), cumprindo a
promessa de que o Espírito habitaria neles, como habita em nós (Jo 14.17). Os
interessados no estudo da Palavra poderão aprofundar-se no estudo dessa
passagem, em que Jesus, ressurreto, sopra sobre os discípulos para dar-lhes uma
nova vida espiritual. No segundo momento, Jesus diz que não muito depois
desses dias eles seriam batizados no Espírito Santo, em cumprimento à promessa
do Pai (At 1.4,5; 2.4,16,17,18). Não entendemos este batismo como uma nova
salvação. Entendemo-lo exatamente nos termos usados por Jesus: revestimento
de poder. O termo REVESTIR é assim definido no dicionário Aurélio: 1. Tornar a
vestir; 2. Vestir; 3. Estender-se por sobre; cobrir; tapar; 4. Atribuir a si; 5. Tornar
estável, firme, resistente; solidificar... . Cremos que a definição mais apropriada
para o batismo no Espírito Santo seria então o de dar um a cobertura, uma
sobrecapa para tornar mais firme e resistente. Num exército, todos são soldados
defensores da pátria, mas os que seguem para a linha de frente recebem
adestramento, armadura, suporte e armas específicos.
R: Falar em espírito com Deus sem usar o seu idioma pátrio, pelo que se edifica a
si mesmo (1 Co 14.2,4,14). Todavia, essas línguas podem ser humanas e vivas
(At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra (1 Co 13.1). Os crentes de Corinto
estavam exagerando no uso do dom de línguas em detrimento dos outros dons.
Para corrigir, Paulo deu a seguinte orientação: a) a profecia é mais importante
para a igreja porque exorta, edifica e consola;dela todos se beneficiam (1 Co
14.3). Os irmãos não devem pensar apenas na sua edificação; b) para que os
benefícios se estendam ao maior número possível, aquele que fala em línguas,
ore para receber o dom de interpretação (1 Co 14.13), se é que desejais dons
espirituais, procurai abundar neles para edificação da igreja (1 Co 14.12). Em
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
nenhum momento Paulo despreza ou desestimula o uso do dom de variedade de
línguas. Ao contrário, ele agradeceu a Deus porque falava muito em línguas (v.
18) e disse que gostaria que todos falassem em línguas , mas que também
houvesse muito mais profecia (v.5). Para benefício da Igreja e essa orientação
vale para hoje convém que haja intérprete; se não houver intérprete, melhor que
fiquem em silêncio, falando consigo e com Deus (v.28). Por fim, uma
recomendação do apóstolo: Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não
proibais falar línguas, mas faça-se tudo decentemente e com ordem (1 Co 14.39-
40). Ou seja: usemos todos os dons para que o Espírito se manifeste, mas em
ordem.
Parte VIII
CONTEMPORANEIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS
Batismo no Espírito Santo - Dom de Línguas - (PERGUNTAS E RESPOSTAS)
R: Sim. Atos 2.39: "Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a
todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar".
R: EXEMPLOS BÍBLICOS:
(a) EM SAMARIA - Atos 8.5-17. Aqui temos o registro detalhado do batismo de
irmãos que já eram crentes em Jesus e haviam sido batizados nas águas (vs.
8,12,14). Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria
recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo
descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. Porque sobre
nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do
Senhor Jesus. Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo (At
8.14-17). Portanto, foi uma experiência posterior a Pentecostes e distinta da
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
salvação em Cristo Jesus.
(c) SAULO Atos 9.10-18 Saulo já era crente (v. 6,15), porém: E Ananias foi, e
entrou na casa, e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo [outra prova de que
Saulo já era irmão em Cristo], o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por
onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver E SEJAS CHEIO DO ESPÍRITO
SANTO (At 9.17). Experiência posterior a Pentecostes. A missão de Ananias não
era pregar a Palavra ou levar Saulo à conversão, mas somente restabelecer a sua
visão e enchê-lo do Espírito.
R: O Senhor Jesus: Ele [Jesus] vos batizará com o Espírito Santo e com fogo (Lc
3. 16; Mt 3.11; At 2.32-33).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Quem pode ser batizado?
R: Buscar, ter sede: Se alguém tem sede vem a mim e beba. Quem crê em mim,
como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele dizia do
Espírito que haviam de receber os que nele cressem. O Espírito Santo ainda não
fora dado, porque Jesus ainda não havia sido glorificado (Jo 7.37-39). Mas não
existe um método especial. Deus é soberano na sua vontade. Ele batiza quem
quer, como, onde e quando quer.
R: Paulo responde: O que fala em língua não fala aos homens, senão a Deus.
Com efeito, ninguém o entende, e em espírito fala mistério. O que fala em língua
edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja (1 Co 14.2,4).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
O batismo no Espírito Santo é condição para a salvação?
R: Essa pergunta eu fiz a uma centena de irmãos, antes de escrever uma apostila
sobre o assunto. Nenhum deles soube descrever com segurança o que se passou
no seu corpo, alma, espírito. A verdade é que receberam uma infusão de alegria.
Algo indescritível e, até certo ponto, incontrolável.
R: Jesus outorgou tais poderes a todo aquele que crê (Mc 16.17-18).
R: Paulo responde: Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas
principalmente o de profetizar... o que profetiza, fala aos homens para edificação,
exortação e consolação (1 Co 14.1,3).
Parte IX
CONTEMPORANEIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS III
O que a Bíblia nos mostra como evidência do batismo no Espírito Santo é o falar
em línguas. Em Atos 10.44-46 vemos que "os fiéis que eram da circuncisão" se
maravilharam ao presenciar o derramar do Espírito sobre os gentios. Como eles
souberam? "POIS OS OUVIAM FALAR EM LÍNGUAS". Então, ficaram cheios de
unção para engrandecerem a Deus (v.46). No caso de Simão, a mesma coisa.
Simão viu ou ouviu alguma coisa que evidenciou a descida do Espírito aos de
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Samaria (Atos 8.15-18). Em Pentecostes, a evidencia maior foram as línguas
(Atos 2.4). O batismo dos efésios também foi seguido pelo falar em línguas (Atos
19.5-6). Todavia, creio que o Espírito não está limitado a determinadas fórmulas. É
possível que um crente seja batizado e somente depois de algum tempo haja a
manifestação vocal e sobrenatural das línguas ou de outros dons. Mas como
determinar se o irmão foi batizado no momento em que começou a falar em
línguas ou no momento em que sentiu algo estranho?
Particularmente não conheço casos de batismo sem o dom de línguas, até porque
na ocasião do batismo, além das línguas, nem sempre há manifestações físicas
visíveis. Resumindo, o falar em línguas estranhas é uma evidência segura de que
o irmão foi batizado no Espírito Santo. Não estamos falando em falar línguas
decoradas ou em imitações grosseiras. Quem tem discernimento sabe distinguir
uma coisa da outra.
Parte X
O ESPIRITO SANTO
Uma Leitura Ortodoxa Oriental A Partir De Paul Evdokímov
Essa idéia demonstra o aprendizado de Deus dentro de uma natureza a qual ele
havia criado, mas não havia experimentado e na humanidade de Cristo, Deus
pode compartilhar de experiências que ele conhecia, mas como divino não havia
passado. A concepção da eucaristia na Igreja demonstra o lugar da união
substancial entre Deus e o homem, esse aspecto nos leva a refletir dentro da ótica
ortodoxa que a ordenança da ceia do Senhor além de lembrar do sacrifício de
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Cristo e de sua iminente volta, nos faz pensar que tudo isso foi possível graças a
Encarnação do Verbo divino entre nós.
Esse ponto muitas vezes é esquecido por nós que nos concentramos no aspecto
do sacrifício e de sua volta, o que é importante. No entanto, a idéia da Encarnação
sendo evocada na ministração da Ceia é de grande valia.
Podemos dizer que aqui há uma certa semelhança da teologia ortodoxa com a
teologia pentecostal no que diz respeito a uma experiência transcendente. No
entanto, os ortodoxos, evocam uma experiência com o transcendente sem
desligar-se de sua base: a teologia bíblica, o que difere nos grupos
neopentecostais mais novos que geralmente têm nas suas experiências com o
transcendente um desligamento do alicerce teológico.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
conhecimento de Deus deve partir dele e de sua proximidade.
A dimensão catafática (positiva), constitui por sua vez, o lado positivo da teologia e
tem um caráter simbólico, segundo os Pais Orientais, sendo aplicada apenas aos
atributos revelados, às manifestações de Deus no mundo. Ela se constitui num
modo inteligível do conhecimento de Deus, que está acima de qualquer sistema
de pensamento. Essa teologia tem seu valor e suas dimensões próprias e aos
seus limites.
Os atributos que se referem à natureza comum são inerentes aos Três sem
diferenciações. Sendo a Pessoa Única quando evocada na sua relação com à
Fonte que é o Pai. A inascibilidade do Pai, a geração do Filho e a processão do
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Espírito são as relações que melhor permitem distinguí-las.
O Oriente vê o perigo quando não é a Monarquia do Pai, mas a natureza una que
se erige em princípio da unidade na Trindade. O princípio de unidade não é a
natureza, mas o Pai que estabelece relações de origem em relação a Ele mesmo,
como a única Fonte de qualquer relação.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Parte XI
LEVANDO A SÉRIO OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO
Texto básico Hebreus 3.7-14
Uma das mais gloriosas promessas da Bíblia Sagrada é a da vinda do Espírito
Santo sobre a Igreja de Cristo. Ele é o Espírito da verdade (Jo 16.13), da alegria,
da paz, da justiça (Rm 14.17); é o Consolador, o Paráclito, nosso Amigo e
Companheiro de caminhada com Jesus (Jo 14.16).
Mas não tem sido assim: o modo como certos crentes (mesmo o crente?!) tratam
o Espírito Santo é sinal da presença da "velha criatura". É o caso do filho de Deus
que dá lugar à hipocrisia, à fraude, à desonestidade, à falta de controle, à mentira,
e daí por diante. E quando ele age desse modo, torna-se uma pedra de tropeço
para os outros.
Pois é; o descrente peca resistindo ao Espírito Santo (At 7.51) e contra Ele
blasfemando (Mt 12.22-32; Hb 10.29); e o crente em Jesus Cristo peca
entristecendo o Espírito ((Ef 4.30) e extinguindo-O ou apagando-O (1Ts 5.19).
Aliás são dois versículos extremamente tristes: "E não entristeçais o Espírito Santo
de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção", diz o da Carta aos
Efésios; "Não extingais o Espírito", adverte Paulo aos tessalonicenses e a nós.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Mateus 12 é a rejeição da obra, da divindade, do ministério salvador de Jesus
Cristo, o Filho de Deus.
Mas a blasfêmia contra o Espírito Santo é uma atitude que pode ser corrigida, pois
Hebreus 3.7,8 o afirmam "Assim, como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a
sua voz, não endureçais o vosso coração, como no dia da tentação no deserto,
onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as
minhas obras"(cf. Sl 95.7,8). Esse horrendo pecado deve ser combatido clamando
pelo Espírito Santo, arrependendo-se e obedecendo : "Se vós, pois, sendo maus,
sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o
Espirito Santo àqueles que pedirem?" (Lc 11.13).
Ora, todo pecado é motivo de tristeza para Deus. Por uma razão simples; simples
e triste; triste e de tremendas conseqüências: é que o pecado quebra a nossa
comunhão com Ele, e nós fomos chamados a essa comunhão. Paulo com certeza
tinha Isaías 63.10a no coração ao escrever esta advertência: "Contudo eles foram
rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo".
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
entristece com tudo o que não combina com a pureza, com a comunhão, com a
santidade, com a união, com a Sua própria natureza. Ele é o "Espírito da verdade"
(Jo 16.13; 14.17). Logo, Ele Se entristece com a mentira, com a falsidade e a
traição.
Ele é o Espírito que nos "sela" para o dia da redenção, ou seja, o Espírito Santo
em nós é a garantia, o selo, e a certeza da vida, e a certeza da herança que nos
aguarda. Ele está em nossos corações, e é Aquele no qual estamos garantidos
para o Dia Final (Ef 1.13,14); é Aquele que nos fez reviver em Cristo (Ef 2.5); é
Aquele que nos deu acesso ao Pai por meio de Jesus Cristo (Ef 2.18); é Aquele
que nos comunica os dons necessários para o nosso serviço (Ef 4.7,8). Portanto,
o que pode prejudicar o seu poder em nós deve terminante, enfática e
imediatamente rejeitado.
Enfim, entristecemos o Espírito de Deus cometendo aquilo que não combina com
Jesus em pensamento, palavras e ações:
· Quando mentimos, porque, como vimos, Ele é o Espírito da Verdade (Jo 14.7), já
o lembramos. Fora, então, a falsidade, a mentira e a deslealdade!
· Quando descremos, porque Ele é o Espírito de Fé (2Co 4.13). Fora a ansiedade,
a desconfiança, a dúvida, a preocupação!
· Quando não perdoamos, porque Ele é o Espírito da Graça (Hb 10.29). Abaixo o
que é amargo e malicioso, indelicado e demorado para perdoar!
· Quando nos degradamos, porque Ele é o Espírito de Santidade (Rm 1.4). Que
desapareça de nossa vida o que é impuro, ultrajante e degradante!
49
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
nossos).
· Sempre que dizemos "não" a Deus.
Quer dizer que como a brasa apaga quando retirada da fogueira, as vidas dos
crentes rebeldes, fechados à operação de Deus também. Paulo até fez um
veemente apelo,
"Rogo-vos, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos
como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não
vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus" (Rm 12.1,2).
Aí, você, minha irmã, meu irmão, peca contra o Espírito Santo. Você entristeceu o
Espírito; você apagou o Espírito em sua vida, em seu pensamento, em seu
testemunho, em suas ações.
Que fazer agora? Como curar os estragos desse(s) pecado(s) em sua vida
espiritual? Lembre-se de que todo e qualquer pecado entristece o Espírito.
Recorde-se, porém, de que só Jesus Cristo pode purificar do pecado. João
escreveu essa evangélica verdade em sua Primeira Carta 1.9: "Se confessarmos
os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar
de toda a injustiça". E Paulo o referenda em Tito 3.5.
A confissão é a única condição para a comunhão (1Jo 1.6,7). Afinal, nós somos
"selados" pelo Espírito Santo; somos marcados, separados para Cristo. O que
fizermos de errado no corpo ou na mente (na vida cristã não tem pertinência essa
separação), o que não for para a glória de Deus é ofensa como Aquele que
merece 100% de nós. Não 50%, nem 80%, nem sequer 98%.
Quando o irmão, a irmã se batizou nas águas tinha na mente e no coração que o
batismo é símbolo de morte e sepultamento. Morte para o lixo do passado, morte
para o pecado, e recomeço de vida em Cristo Jesus. Você tem levado a sério essa
morte para o sistema de coisas desse mundo? Você morreu para o que não
agrada a Deus? Ou continua a viver a velha vida da velha criatura com os velhos
vícios, as velhas atitudes, a vida da criatura que já devia ter morrido há muito
tempo? Você pode dizer: " Vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim"?
Quando levamos os pecados contra o Espírito Santo a sério, queremos fazer tudo
o que é agradável a Jesus Cristo, Senhor de nossas vidas. Temos uma visão da
coisa hedionda que é o pecado, o pecado escondido, o pecado secreto, o pecado
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
acariciado tantas vezes.
A Bíblia conta que entre os querubins da tampa da Arca da Aliança (aron haberith)
brilhava a Shekinah (Ex 25.21,22; 29.43; 30.6; Lv 16.2). A Shekinah, a gloriosa
presença de Deus brilhava na antiga dispensação entre os querubins do
propiciatória (kapporeth). Hoje, na nova dispensação, chameja nas frontes dos
crentes em Jesus Cristo, lavados por Seu sangue, batizados no Seu Espírito,
purificados para servi-Lo.
Mas Satanás, nosso declarado Inimigo, fez nascer o medo do Espírito Santo entre
nós. Já pensaram que coisa horrível? Que o Espírito Santo, a Chama Divina, a
Divina Shekinah queime esse temor. Afinal, nós amamos o Senhor manifesto
como Deus Pai, Criador; Deus Filho, Sustentador e Deus Santo Espírito, nosso
Guia, Conselheiro, Amigo e protetor. Nós cantamos sobre o Espírito Santo. São
inspiradoras expressões as da terceira estrofe do hino 1 do Cantor Cristão (CC),
E do 118 CC,
Pois é; os hinos ensinam doutrina. Mas não é porque cantamos hinos que o
Espírito Santo vem sobre nós; mas porque o Espírito Santo veio sobre nós, e está
conosco, é que cantamos e louvamos.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
E agora uma palavra aos amigos que não têm certeza da salvação. Quando o
Espírito Santo é levado a sério, entendemos o que seja rejeitar a salvação, insultar
o Espírito de Deus, blasfemar contra Ele. A rejeição da verdade do evangelho
produz trevas, caleja, endurece o coração, petrifica-o. Por essa razão, quem se
convence dessa verdade, da verdade de Cristo, da pureza do Seu ensino, da
grandiosidade de Sua obra de salvação, e não se rende ao Salvador, endurece o
coração contra Deus.
A Bíblia, no entanto, a Bíblia que é o livro do amor de Deus, ensina que Ele não
em leva os tempos da ignorância (At 17.30), e o próprio apóstolo Paulo, que havia
blasfemado contra o Espírito Santo foi salvo pela graça, pela misericórdia que não
leva em conta esses tempos de desconhecimento da misericórdia, graça, amor e
paz, desde que haja confissão e arrependimento: "a mim que outrora fui blasfemo
e perseguidor e injuriador; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente,
na incredulidade; e a graça de nosso Senhor superabundou com a fé e o amor
que há em Cristo Jesus" (1Tm1.13).
Parte XII
LEVANDO O ESPÍRITO SANTO A SÉRIO
Levam todos os crentes em Jesus Cristo o Espírito Santo a sério? A pergunta não
é descabida, porque a própria Escritura Sagrada nos encoraja a não entristecer o
Espírito, e a não extingüi-Lo em nossa experiência de vida espiritual. Uma coisa,
no entanto, deve ser enfatizada: a vida cristã foi projetada para ser de vitórias!
E elas dependem do Espírito Santo em nós, conduzindo a nossa vida e a
enchendo.
Como vamos afirmar que levamos o Espírito Santo a sério, se Ele não ocupa lugar
de seriedade em nossa vida ou na vida da igreja? Na Escritura Sagrada, ao
Espírito Santo é atribuída a mesma dignidade do Pai e do Filho. Na Carta de
Judas está ressaltado: "Vós amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé,
orando no Espírito Santo; conservai-vos no amor de Deus, esperando a
misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo" (v. 20). A Palavra de Deus ensina,
ainda, que toda a Santíssima Trindade, em comunhão perfeita, trabalha unida, e
nenhuma das Suas Pessoas opera de modo separado das outras.
A primeira coisa que se vê na Escritura é que Ele nos põe de pé. No livro do
profeta Ezequiel, capítulo 1.28ss, está registrado:
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
"Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o
aspecto do resplendor da glória de Deus. Este era o aspecto da semelhança da
glória do Senhor; e, vendo isso, caí com o rosto em terra, disse Ezequiel, e ouvi
uma voz, a voz de quem falava. E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e
falarei contigo. Então, quando ele falava comigo, entrou em mim o Espírito, e me
pôs em pé, e ouvi aquele que me falava" .
O Espírito Santo nos põe sempre em pé diante do Senhor. Ele não anda
derrubando o crente, pois o Espírito Santo não é Deus machucando o crente. Vêm
acontecendo alguns estranhos movimentos em algumas igrejas. A esse tipo de
anormalidade atribui-se uma pretensa atuação do Espírito de Santidade (melhor
tradução para Ruach haKodesh), que, segundo informam, anda derrubando o
crente. Alguém sopra e a pessoa cai; joga o paletó, cai. Talvez seja outro espírito
qualquer, mas, seguramente, não o Santo Espírito de Deus, que sempre nos põe
em pé, como ocorreu com Ezequiel e com João na Ilha de Patmos. É Deus
levantando, soerguendo, dando forças espirituais e morais para a atividade do
serviço do Senhor no dia a dia. O relato do que aconteceu com Ezequiel está em
1.27 a 2.2. Com João, em Patmos, a narrativa está em Apocalipse 1.12-17.
Ele nos dá uma visão da glória de Deus. Que coisa maravilhosa! Ainda em
Ezequiel (3.12), "Então o Espírito me levantou, e ouvi por detrás de mim uma voz
de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do Senhor, desde o seu
lugar".
"E não somos como Moisés, que punha um véu sobre a sua face para que os
filhos de Israel não fitassem o fim daquilo que desvanecia [ele via a glória de
Deus, e quando descia do monte, a glória começava a se apagar do seu rosto,
colocando ele um véu para que os filhos de Israel não vissem esse final da glória
de Deus] mas os seus sentidos foram embotados, pois até hoje, à leitura da antiga
aliança,[a leitura do Antigo Testamento, como ainda fazem na Sinagoga.]
permanece o mesmo véu. Não foi removido, porque somente em Cristo é ele
abolido.E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles.
Mas, quando um deles se converte ao Senhor então o véu é-lhe retirado. Ora, o
Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. Mas todos
nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados
de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor".
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
QUANDO NÓS LEVAMOS O ESPÍRITO DE DEUS A SÉRIO...
Nós nos inclinamos para o que é espiritual. O Novo Testamento diz que há três
qualidades de pessoas: a natural, e depois, com muita tristeza, diz a Bíblia o
crente carnal e o crente espiritual.
Natural é quem nunca experimentou uma mudança no seu interior, nunca mudou
espiritualmente, a propósito de quem, a Bíblia utiliza a definição: "O homem
natural não aceita as coisas do Espírito de Deus porque para ele são loucura e
não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14).
Não devia acontecer, mas existe o crente carnal e o espiritual, diz a Palavra
Santa. O crente chamado carnal é o que se deixa levar por seus instintos, pelos
sentimentos e não pela vontade de Deus. Esses sentimentos podem ser de inveja,
de ciúme, de raiva ou um mexerico. Paulo o descreve em 1Coríntios 3,
"Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais [está falando com os crentes,
não esqueçamos], "mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos
criei, e não com alimento sólido, pois ainda não estáveis prontos para isso.Com
efeito, ainda agora não estais prontos. Ainda sois carnais. Pois havendo entre vós
inveja e contendas, não sois carnais, e não andais segundo os homens? Pois,
dizendo um: Eu sou de Paulo, e outro: Eu de Apolo, não sois carnais?"
O crente carnal é aquele que sabe o que é a graça de Deus; entende muito bem o
que a graça imerecida de Deus fez nele. Sabe o que é a salvação em Cristo
Jesus; conhece a Escritura Sagrada. Tem perfeita noção do poder de Deus, já o
viu até manifesto. Entende o significado do Corpo de Jesus Cristo que é a Igreja;
sabe a respeito do sustento da igreja através do dízimo. Mas vive como se nada
disso existisse. Alguém pode pensar (porque Paulo diz que: "Eu vos dei leite") que
é o crente novo, o irmão que se converteu há pouco tempo. Há crentes com cinco,
dez, vinte, trinta anos e mais tempo de vida cristã, que lamentavelmente
conhecem tudo isso, mas vivem na carne. Acontece que alguns têm medo de
serem chamados de fanáticos. No domingo são "crentões", mas, na segunda,
terça, quarta, quinta e sexta-feiras agem como se Deus não fosse uma realidade
para a sua vida e como se Jesus Cristo não tivesse feito nada por ele para levá-lo
ao Pai. É uma pessoa sem amor, sem carinho pelos outros, sem alegria: é
macambúzio, triste. É uma pessoa sem paz, não tem paciência, não é gentil, não
é bondoso, não é digno de crédito, não é manso e não tem domínio próprio.
Citamos as características do fruto do Espírito, em Gálatas 5.22,23. Quando
acorda cada dia e todos os dias, tem gosto de segunda-feira cinzenta, cansada na
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
boca.
Mas a Bíblia diz (e glória a Deus!) que existe o crente espiritual: "Mas o que é
espiritual discerne bem a tudo, e ele de ninguém é discernido (1Co 2.15)". Os
outros não o entendem, porque busca as coisas do Espírito. Para ele a Bíblia tem
autoridade, ele a estuda, conhece a Palavra, tem prazer, tem alegria cada dia da
semana e leva a sério o Espírito Santo.
Fique certo, meu irmão querido, querida irmã, que Satanás sabe o tipo de crente
que você é. Sabe qual é o meu e o seu ponto fraco, e se aproveita disso para nos
acusar diante de Deus. Afinal de contas, essa é sua função, não está dito na
Bíblia?: "Eu ouvia uma voz que dizia, agora é chegada a salvação, e o poder, e o
reino, e autoridade porque já foi lançado fora o acusador dos nossos irmão" (Ap
12.10).
Uma vida que leva a sério o Espírito Santo, distingue-se por um amor profundo à
Palavra. Gosta de lê-la, e mais ainda, ama estudá-la.
Uma vida que leva a sério o Espírito Santo tem o hábito da oração. Não é a
oração por hábito: é o habito da oração, o que Paulo chama de "orar sem cessar".
É liberal na sua contribuição porque diz a Bíblia: "Mais bem aventurada coisa, é
dar do que receber".
Outra distinção é o ganhar vidas para Cristo. Como ganha vidas para Cristo! Uma,
duas, e tem alegria de trazer tantos aos pés de Jesus.
Ainda outra característica da pessoa que leva o Espírito a sério é permitir que Ele,
Espírito, se apodere dessa pessoa e na verdade esse é um anseio da vida, o
desejo de ser cheio do Espírito Santo de um modo altamente consumidor.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Quando levamos o Espírito de Deus a sério, deixamos de ser avarentos com o
sustento da Causa de Cristo. Deixamos de ser cheios de ira, porque já
abandonamos os sentimentos de amargura, de ódio, e os substituímos pelo bom
senso e damos lugar à paz. Egoístas, querendo o primeiro lugar, o lugar de
destaque, ingratos para com Deus e com o próximo, com o irmão em Cristo, não
reconhecendo o bem que prestam ao reino de Deus, insensíveis ao sofrimento, às
carências, às necessidades dos outros. Somos intolerantes com quem pensa
diferentemente de nós e, vezes tantas, temos prejudicado, alguém e famílias
inteiras por causa de uma guerrinha particular, quando lutamos com forças carnais
para destruir aquela pessoa, negligentes que somos com o trabalho do Senhor.
Mas quando a igreja leva a sério o Espírito Santo, aí há reconciliação, muito choro
às vezes, nessa reconciliação. Porque Ele é a nossa paz diz o apóstolo, "O qual
de ambos os povos fez um e derrubando a parede de separação que estava no
meio, na sua carne ele desfez a inimizade entre judeus e gentios". A igreja é,
realmente, uma comunhão de desiguais. Isso aconteceu no colégio apostólico
porque aqueles doze homens que andaram com Jesus Cristo, eram as pessoas
mais desiguais possíveis. Teria sido muito mais fácil para Jesus ter utilizado doze
fariseus para os seus apóstolos, pois eram iguais. Estudando a história do
Judaísmo, vemos que eram homens altamente honrados, tementes a Deus;
amantes da Escritura Sagrada e ortodoxos na doutrina. Criam na ressurreição e
eram tão apegados à Lei de Moisés, que chegaram a elaborar 613 mandamentos
em vez de apenas 10. Nesse ponto, viraram fanáticos.
Realmente, Jesus poderia ter usado doze desse honrados homens. Mas, na Sua
soberana sabedoria preferiu chamar doze desiguais. Ele chamou um que era fiscal
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
do imposto de renda, um funcionário público, um publicano. Há dois mil anos, na
Palestina, ser fiscal de renda era considerado algo abominável, porque a pessoa
trabalhava para o Império Romano, não para o povo judeu, não para a Palestina,
não para Israel. O publicano recebia o dinheiro do judeu e o enviava para Roma,
razão porque era odiado. Mateus era um publicano. Havia no colégio apostólico
um guerrilheiro. Havia um que era zelote, o guerrilheiro daquele tempo. Os zelotes
faziam guerrilha urbana; andavam com uma faca, um punhal que recebia o nome
de sicar, o qual era escondido dentro do manto. Se ele passasse por uma viela,
num beco e se encontrasse um romano sozinho, matava-o e guardava seu punhal.
Pois um dos apóstolos havia sido zelote. Outros eram pescadores, simples
pescadores, e assim por diante. Era uma verdadeira comunhão de desiguais, que
tiveram, no entanto, que andar com Jesus para aprenderem a ser iguais.
Observe que quando o irmão/a irmã leva o Espírito Santo a sério, as tentações
aumentam. Mas as vitórias são, igualmente, maiores. A renovação interior
produzida pelo Espírito de Deus no seu coração não tem com o que ser
comparada. Paulo o disse em Tito no capítulo 3.3-7:
Quando você, meu amado, minha querida irmã em Cristo, leva o Espírito Santo a
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
sério, você é por Ele unido a outros irmãos e irmãs, em todo o mundo, numa
grande fraternidade de mãos postas, num grande círculo de oração, como diz o
apóstolo em Efésios 6.18: "E orai em todo o tempo com toda a oração e súplica no
Espírito. Vigiai nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos". E
Ele mesmo, o Espírito, intercede por nós "porque não sabemos o que havemos de
pedir como convém" (Rm 8.26; cf. Tg 4.3).
Mas, sobretudo, nosso coração que passou de coração pecador a coração salvo,
deixa de ser simplesmente um coração salvo, para ser um coração salvo e em
chamas por causa do Espírito Santo!
Parte XIII
OS CRENTES BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO V
"O Dom de discernimento de Espíritos" - I Cor. 12:10
O mundo em que vivemos hoje, mais do que antes, tem se constituído num mundo
de enganos, onde existem falsificadores de todas as espécies, e este Dom
espiritual, o "dom de discernimento de espíritos", diz respeito exatamente à
capacidade, que o Espírito Santo de Deus, confere ao servo do Senhor, ao crente
em Cristo Jesus, para ter a condição de entender e distinguir os diferentes
espíritos malignos, e, desta forma, sentir, observar, denunciar e discernir, se tais
coisas que estejam acontecendo, "são ou não" de Deus.
A igreja, o corpo de Cristo, vive o tempo todo lidando com o sobrenatural, e, não
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
vamos nós, sabendo que as coisas do Espírito são tratadas espiritualmente,
querer racionalizar e sistematizar, e ainda mais porque, o membro do corpo de
Cristo, tem que estar atento como ensina em I João 4.1, para poder discernir se
tais coisas procedem de Deus, ou de falsos espíritos, pois, se não houver firmeza
e joelhos dobrados diante do Senhor, não poderemos distinguir entre o erro e a
verdade, e é por isso que temos de usar o DIAKRISIS, isto é, a capacidade que
pelo "Espírito Santo é repartida a cada um como quer ..." para que, através deste
dom de discernimento de espíritos, possa o cristão se livrar, bem como evitar que
o corpo de Cristo que é a igreja seja atacado pelas investidas de Satanás nesses
momentos tão difíceis que a Igreja do Senhor está vivenciando à beira do terceiro
milênio e, tantas loucuras de homens, e tantas doutrinas erradas, têm se
proliferado.
c) Não coloquemos por causa do nosso ceticismo, dúvidas sobre o que o Espírito
Santo pode, ou não operar. Estejamos submissos ao Senhor. Ele, o Espírito
Santo, dá a cada um como quer. Não é você, porque é um grande doutrinador
quem vai ditar as regras ao Espírito.
Agora, tem uma coisa, cada Dom do Espírito Santo, só é concedido para a
edificação do corpo de Cristo, e, para exaltar e glorificar a Jesus. Não esqueçam
irmãos: "Que Ele cresça e que nós diminuamos..." Se for diferente, teremos uma
vertigem de altura!
Parte XV
OS CRENTES BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO IV
"Dom da Palavra de Sabedoria" - I Cor. 12.1-11
Por ser este um Dom do Espírito Santo, transcende e vai além da sabedoria do
homem. A tradução da palavra grega "sophia" é sabedoria, mas, "sophia" diz
respeito a sabedoria do homem, ao saber adquirido pelo estudo, pela pesquisa,
pelos meios que são colocados à sua disposição os quais, proporcionam ao ser
humano, uma gama de informações tal, que se pode afirmar, "fulano tem
sabedoria" pois ele entende deste ou daquele assunto.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
este Dom, ao proferir palavras, fala com sabedoria espiritual e, ministra, ensina ou
esclarece coisas, que o simples saber humano jamais poderia explicar ou
deslindar.
Gosto muito da explicação dada por Pastor Russel Shedd, quando ao se referir
sobre palavra no grego "logos", como "capacidade de comunicar", se refere a
sabedoria, como "análise penetrante daquilo já revelado". Isto nos faz sentir a
diferença existente entre a sabedoria geral, aquela que se adquire durante toda a
vida, a cada dia, através da leitura e dos estudos, principalmente nas escolas e
universidades da vida, e a palavra de sabedoria - Dom do Espírito Santo, onde
Deus manifesta através do Espírito Santo, esta Palavra de Sabedoria, diante de
uma necessidade especial, em um determinado lugar, para solucionar algo que
precisa ser resolvido, e tudo é efetivado na realidade, essa palavra de sabedoria é
proferida, para a edificação do Corpo de Cristo e, sobretudo para a glorificação do
Senhor e do poder do seu Santo Evangelho.
Este Dom não se manifesta o tempo todo, trata-se, de uma palavra especial,
específica, para um determinado tempo e lugar, para atender a uma situação
singular.
Em Efésios 1.17-19, o Apóstolo Paulo diante do Senhor, ele fala aos irmãos "que
o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo o Pai da glória, vos dê o espírito de
sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele..." e nesta súplica ardente,
Paulo mostra o seu desejo de que as três coisas pedidas possam ser entendidas e
descobertas, por revelação do Senhor, pois, sem o espírito de sabedoria o homem
jamais poderia entender apenas pelo saber humano.
Billy Graham diz: "o tipo mais alto de sabedoria vem diretamente de Deus e está
ligado à atuação especial do Espírito Santo... Ele é o manancial de toda a
verdade, seja qual for a origem... Ele dá aos crentes sabedoria de maneira
singular... dá um Dom ou capacidade especial de sabedoria para alguns."
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Parte XVI
OS CRENTES BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO III
"Dom da Palavra do Conhecimento"
I Cor. 12:8 Como é bom pensar com os amados leitores, sobre as insondáveis
riquezas espirituais que o nosso Deus coloca à disposição do Corpo de Cristo, a
Igreja, quais sejam os "Dons do Espírito Santo".
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
A Bíblia é, portanto farta, em demonstrar a manifestação deste Dom Espiritual da
Palavra do Conhecimento, em diversos Ministérios, como por exemplo, nos de:
SAMUEL (I Samuel 9.15-20 e I Samuel 10.22); AÍAS (I Reis 14.6); JESUS (João
2.48 e 4.18); PEDRO (Atos 5.3 e 4); PAULO (Atos 27.23-25).
Vale destacar, que ninguém é detentor de todos os Dons do Espírito, mas cada
um recebe o Dom, da forma como o Espírito quer. O Espírito é quem reparte. A
exortação da Palavra é que busquemos os dons com avidez, e ao buscá-los
devemos fazê-lo com equilíbrio, zelo, contudo sem impedir que o Espírito possa
fluir livremente. Só não podemos é humanizar o que é do Espírito e nem dizer
como é que queremos ser dotados, e nem como é que vai ser o exercício dos
dons nas nossas vidas. Em I Cor. 12.7, a tradução da Imprensa Bíblica diz: "A
cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum", isto é
para o proveito do "Corpo de Cristo", que é a Igreja do Senhor. O Espírito é o
mesmo, foi o de ontem, é o de hoje, e será eternamente, e este Espírito "distribui
particularmente a cada um como quer"(I Cor. 12.11).
O Ilustre Pastor Billy Graham em um dos seus livros diz claramente: "Os dons do
Espírito nunca devem dividir o Corpo de Cristo; devem mantê-lo unido..." (O
Espírito Santo, Edições Vida Nova, São Paulo, pág. 132).
Parte XVII
OS CRENTES BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO III
"Dom da Palavra do Conhecimento"
I Cor. 12:8 Como é bom pensar com os amados leitores, sobre as insondáveis
riquezas espirituais que o nosso Deus coloca à disposição do Corpo de Cristo, a
Igreja, quais sejam os "Dons do Espírito Santo".
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
sobrenatural de algum fato, que existindo na mente de Deus, mas, que pela
fragilidade e limitação do homem, ele, o homem, não pode conhecer, exceto se o
Espírito Santo, o revelar dando assim a capacitação especial.
Vale destacar, que ninguém é detentor de todos os Dons do Espírito, mas cada
um recebe o Dom, da forma como o Espírito quer. O Espírito é quem reparte. A
exortação da Palavra é que busquemos os dons com avidez, e ao buscá-los
devemos fazê-lo com equilíbrio, zelo, contudo sem impedir que o Espírito possa
fluir livremente. Só não podemos é humanizar o que é do Espírito e nem dizer
como é que queremos ser dotados, e nem como é que vai ser o exercício dos
dons nas nossas vidas. Em I Cor. 12.7, a tradução da Imprensa Bíblica diz: "A
cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum", isto é
para o proveito do "Corpo de Cristo", que é a Igreja do Senhor. O Espírito é o
mesmo, foi o de ontem, é o de hoje, e será eternamente, e este Espírito "distribui
particularmente a cada um como quer"(I Cor. 12.11).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Não vamos misturar "Palavra de Conhecimento" com "Palavra de Sabedoria", não
vamos misturar GNOSIS com SOPHIA, pois conhecimento é distinto de sabedoria
e, em se tratando dos "Dons do Espírito" a Palavra de Sabedoria que será o
assunto do próximo estudo, iremos ver que tratará de uma palavra especial,
espiritual, sobrenatural, não é apenas, "a sabedoria frente às exigências feitas
pela vida humana..." é, coisa de Deus, é coisa do Espírito.
O Ilustre Pastor Billy Graham em um dos seus livros diz claramente: "Os dons do
Espírito nunca devem dividir o Corpo de Cristo; devem mantê-lo unido..." (O
Espírito Santo, Edições Vida Nova, São Paulo, pág. 132).
Mais uma vez me dirijo aos queridos irmãos para trazer algo que merece a nossa
reflexão, sobre esta pessoa maravilhosa da Trindade Santa, o "Espírito Santo", e,
o que esta pessoa tão relevante tem para todos nós, crentes batistas, através dos
"dons espirituais".
Os dons do Espírito Santo são os meios inquestionáveis, através dos quais, nós
os crentes, membros do Corpo de Cristo (a Igreja), somos capacitados, habilitados
e totalmente equipados para podermos realizar com autoridade e poder, a obra de
Deus.
Meu desejo de escrever sobre este assunto e trazê-lo para o nosso povo batista,
sinto ser vontade de Deus, sobretudo quando me deparo com o que diz a Palavra
em I Cor. 12:1, "a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais
ignorantes..." e, é por este motivo, com esteio nas Escrituras Sagradas, que ouso
salientar que sem os dons do Espírito Santo, o Corpo de Cristo, a Igreja do
Senhor, ao contrário de ser um poderoso organismo vivo, cheio de graça e de
unção, passaria a ser simplesmente uma organização social, humana e religiosa,
sem o poder e as características espirituais que a Igreja do Senhor deve carregar
consigo.
"Alguns sim; outros não (grifo nosso)." (Revista Compromisso - JUERP, 1994, pg.
32), aonde é que está escrito na Bíblia isto? Em lugar nenhum.
Eu sei que a obra que o Senhor está realizando no meio do povo batista, me
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
confere a condição de dizer com letras maiúsculas e, se questionado for, se os
dons permanecem hoje, responder:
Vale destacar também o fato de que muitos sempre confundiram os nove (09)
dons do Espírito Santo, com fruto do Espírito Santo, que se expressa através de
nove (09) características, indispensáveis à verdadeira vida cristã, isto é, o cristão
verdadeiro tem que dar frutos, deve frutificar no seu dia a dia, e manifestar a todos
que com ele convivem, as nove (09) características do fruto do Espírito, quais
sejam: AMOR, GOZO, PAZ, LONGANIMIDADE, BENIGNIDADE, BONDADE, FÉ,
MANSIDÃO e TEMPERANÇA, conforme Gál.5:22. Portanto, é de bom alvitre
esclarecer que fruto é uma coisa e, dons outra coisa.
O fruto do Espírito Santo faz o crente sentir a necessidade de ter o seu caráter,
moldado pelo caráter do Mestre, o nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto os dons
do Espírito Santo, são as capacitações especiais que o Espírito concede aos
cristãos, para com poder, graça e unção, realizar a obra do Senhor.
Sinto-me, pois, à vontade em escrever para o nosso povo batista sobre o tema
dos "Dons do Espírito Santo", não só porque a Palavra de Deus admoesta e
ensina aos crentes que assim o busquem: "segui o amor e buscai com zelo os
dons espirituais..." (grifo nosso) - I Cor. 14:1, mas, também, porque ao falar a
Timóteo seu filho na fé, o Apóstolo Paulo querendo encorajá-lo a suplantar as
dificuldades e destacando os grandes problemas que mercê da Graça de Deus,
dos mesmos já havia obtido a vitória, Paulo lhe admoesta dizendo: "reavives o
Dom de Deus que há em ti" - II Timóteo 1:6 (Pastor Shedd traduz por reavivar,
usando um verbo que significa fazer o fogo subir com vida, reatiçar, para que
Timóteo permitisse que o Dom que lhe fora dado pelo Espírito ardesse nele), cujo
Dom era o de profecia, recebido pela imposição de mãos do presbitério (I Timóteo
4: 14), mas, me sinto a vontade, sobretudo, pelo Tema Geral dos Batista
Brasileiros em 2001 que é: DESPERTA OS DONS QUE HÁ EM TI! Este tema é
um imperativo e, ao estudá-lo, sem dúvida, "dons" poderão ser despertados.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Vamos devagar, com calma e prudência, mas, que Deus está fazendo uma grande
obra no meio do povo batista, está!
Parte XIX
OS CRENTES BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO
I Co. 12:1-11
Não há como negar, seja o povo batista ou não, o Senhor Deus está realizando
uma grande obra, e, de algum tempo para cá, estamos vivendo um grande "mover
do Espírito Santo", isto porque, não tenham dúvidas, o Senhor, à luz da Sua
Palavra, está promovendo no meio do seu povo "um grande avivamento
espiritual".
Numa época como esta, nada mais justo do que exercermos atitudes cautelosas
em muitas e determinadas coisas.
Todavia, queridos leitores, nós sabemos que não é nada disto, os dons do Espírito
Santo são uma evidência clara no meio do povo de Deus e, os dons do Espírito
Santo, não são propriedades exclusivas de nossos amados irmãos em Cristo,
pentecostais ou assembleianos (a quem amamos e respeitamos), ou dos néo-
pentecostais (os quais também amamos), hoje tantos, mas, os "dons do Espírito
Santo" são também uma clara evidência no meio do povo batista, no Brasil e no
mundo, numa demonstração inequívoca, de que a Palavra do senhor é a mesma
de ontem e será eternamente, pois o Senhor assim ministrou: "Passarão os céus e
a terra, mas, as minhas palavras não haverão de passar ..." Mateus 24:35.
Não sei por que, tanta gente tem medo de tratar deste assunto e de ministrar ao
povo batista, a grande verdade, de que o Senhor está a realizar grandes
maravilhas e, que o "mover do seu Espírito" é, hoje, uma realidade que ninguém
pode negar.
Não tenham dúvidas, que é por causa desta omissão do líder batista de não
querer se expor, e dizer claramente ao povo que nós os batistas CREMOS NOS
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
DONS DO ESPÍRITO SANTO e, sabemos que, como diz a Bíblia Sagrada, "o
Espírito Santo opera todas essa coisas, repartindo particularmente a cada um
como quer ..." (I Co. 12:11) e, que, a "manifestação do Espírito é dada a cada um
para o que for útil ..." (I Co. 12:7), portanto, se não for para ser útil, não será dada
a manifestação nem será dado o Dom, é por causa desta omissão que estamos
vendo tanta distorção doutrinária no meio do povo batista.
Parte XX
O ESPÍRITO SANTO, MISSÕES E A IGREJA BRASILEIRA
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
atualmente. Um evangelho descompromissado da ética cristã e da santidade de
vida. Um evangelho falsificado que propõe atalhos ao invés do verdadeiro
caminho. No meio artístico, por exemplo, ouve-se falar daquele e daquela como os
mais novos irmãos na fé; entretanto, aqui e ali ficamos sabendo dos escândalos
que esses "irmãos" cometem. Não negamos que haja conversões autênticas entre
os artistas, porém, é preciso o quanto antes que o verdadeiro evangelho, com
todas as suas implicações para a igreja e a sociedade, seja resgatado em nosso
meio. É necessário que "o sal da terra" e "a luz do mundo", a igreja de Jesus
Cristo, ofereça, mediante o evangelho da verdade, a verdadeira vida para todo
aquele que perece em seus próprios pecados. E isto só acontecerá quando a
igreja proclamar o evangelho de poder e no poder do Espírito, visto que ela
também precisa enxergar além de si mesma, de sua institucionalização e de seus
paradigmas obsoletos.
E por que precisamos nos preocupar com isto? Justamente porque a sociedade
brasileira carece do evangelho que esteja encarnado na vida dos crentes e na vida
dela mesma. Um cristianismo integral, como expressão de vidas santificadas e
consagradas ao Senhor, é o que realmente impactará nosso país e o mundo.
Cristianismo integral é a manifestação viva daquilo que dizemos acreditar. Paulo é
um exemplo fabuloso de compromisso com a verdade do evangelho. Ele nunca a
comprometia. Podia como poucos ser imitado como imitador de Cristo.
Semelhantemente o povo brasileiro precisa ver na igreja de hoje pessoas que
vivam o que dizem crer. A prática é a expressão do que acreditamos. Se não
praticamos o que dizemos, então a nossa pregação não passará de retórica
evangélica desqualificada.
68
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
perspectiva missiológica é fazer verdadeira justiça ao seu autor. Há teologia em
Atos? É claro que sim. Mas apresentá-lo missiologicamente é a maneira mais
natural de fazê-lo. Sendo o Espírito Santo missionário, o que segue é
conseqüência natural, isto é, a igreja neotestamentária formada a partir do
Pentecostes passa a ser naturalmente uma igreja missionária. A relação Espírito-
igreja é a chave do sucesso em Atos. No entanto, do começo ao fim de seu
segundo livro, Lucas deixa claro que o Espírito Santo é quem comanda a igreja
em sua missão. Achamos importante enfatizar este ponto, visto que atualmente
existe uma concepção equivocada acerca da pessoa e obra da terceira pessoa da
Trindade em geral, e de sua missão em particular.
Tudo que o Espírito Santo fez em Atos visava a ação missionária da igreja. O
Pentecostes, por exemplo, não aconteceu para que a igreja vivesse em torno de si
mesma, comodamente, degustando tão somente aquela experiência sobrenatural.
No Pentecostes o Espírito Santo capacitou a igreja e continuaria capacitando-a
para ser testemunha de Jesus em todo o mundo. Concedeu o que a igreja
esperava e o que ela buscava: poder para testemunhar. Poder para proclamar as
boas novas de Deus em Cristo Jesus, mas também poder para vencer o medo, a
covardia e a timidez por Cristo Jesus. Os dons ou manifestações do Espírito
(línguas, curas, profecias, etc.) foram dados pelo Espírito Santo com o objetivo de
que a igreja testemunhasse de Jesus ao redor do mundo. Nada do que a igreja
recebe do Espírito tem nela um fim em si mesmo.
Parte XXI
O ESPÍRITO SANTO NO PROCESSO HERMENÊUTICO
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Introdução
O presente trabalho é uma análise sucinta do papel do Espírito Santo no processo
hermenêutico e de sua relação com os outros elementos do chamado círculo
hermenêutico. Nós o dividimos em três capítulos principais, sendo que somente o
último deles trata diretamente do Espírito Santo no processo hermenêutico.
Acreditamos que esta disposição será necessária porque os dois primeiros
capítulos servirão de pano de fundo ao tema. Sendo assim, procuramos definir a
hermenêutica e seu propósito, a relação entre o Espírito Santo, a Bíblia e o
intérprete e, por último, o papel do Espírito Santo na ciência hermenêutica e no
círculo hermenêutico.
Quanto ao Espírito Santo no círculo hermenêutico, propriamente dito, abordamos
a questão no conceito de missão integral numa teologia de contexto. Como se
relaciona o Espírito com os quatro elementos do círculo hermenêutico? O Espírito
deveria ou não ser representado graficamente com os outros elementos do
círculo? Como definir o Espírito Santo no círculo hermenêutico? Esperamos
responder a contento a estas e outras perguntas semelhantes. Nossa pesquisa
não é exaustiva mas espero que atenda o propósito para o qual foi escrita; a
saber, valorizar a importância e centralidade do Espírito Santo no processo
hermenêutico.
"No estudo da Bíblia, não é bastante que entendamos o sentido de autores
secundários (Moisés, Isaías, Paulo, João); temos que entender a mente do
Espírito" (Louis Berkhof).
70
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
circunstâncias peculiares aos escritos.
Na hermenêutica sacra o ponto de partida é a própria Bíblia, uma vez que ela
mesma é o objeto de pesquisa da hermenêutica. O propósito da hermenêutica
sacra é "transportar a mensagem bíblica, a partir do seu contexto original, a uma
situação histórica contemporânea".2
"Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para
a correção, para a educação na justiça, afim de que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.16,17).
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Espírito Santo" (2 Pe 1.20,21).
As passagens bíblicas que transcrevemos acima, assim como tantas outras que
poderiam ser acrescentadas a elas, mostram que a Bíblia tem um autor principal.
"Ela é, em todas as suas partes, produção do Espírito Santo".6
Deus tem levantado nos dias de hoje homens e mulheres, verdadeiros mestres da
exposição bíblica, para orientarem a Sua Igreja. As divergências teológicas e de
72
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
interpretação sempre serão evidentes entre eles, até porque iluminação não é
inspiração, no sentido bíblico daquela "influência sobrenatural exercida pelo
Espírito Santo sobre os escritores sacros, em virtude da qual seus escritos
conseguem veracidade divina, e constituem suficiente e infalível regra de fé e
prática".8 Mas o direito da interpretação não se restringe aos chamados
"doutores". O mesmo Espírito capacita os mais simples para compreenderem o
sentido das Escrituras com muita propriedade e coerência. Particularmente tenho
sido enriquecido em meu ministério pastoral por irmãos e irmãs que, não tendo
formação teológica alguma mas conhecendo muito bem o seu Deus, lançam luz
sobre passagens bíblicas como eu nunca havia pensado antes. E muitos desses
irmãos e irmãs são originais em seus conceitos. Entretanto, não quero dizer com
isso que o alvo da boa interpretação seja a originalidade e nem também que um
texto não possa parecer totalmente novo para quem o ouve ou o lê pela primeira
vez. O alvo da boa interpretação é, segundo os doutores Gordon D. Fee e
Douglas Stuart, chegar ao "sentido claro do texto".9 Para isso, é necessário os
auxílios internos da própria Bíblia para interpretarmos corretamente o pensamento
de Deus mediante os autores secundários e dos auxílios externos disponíveis para
a interpretação gramatical do texto bíblico, tais como: gramática, dicionários,
concordâncias, léxicos, analíticos e comentários. É preciso que os comentários
ocupem, quando muito, o último lugar em nossas pesquisas, visto que um
comentário é sempre uma opinião e não a última palavra de quem quer que seja.
73
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
arte de interpretação da Bíblia, mas nem por isso eram menos favorecidos, até
porque eles possuíam a inspiração do Espírito Santo que os habilitava a escrever
e interpretar a Escritura Sagrada sem nenhuma margem de erro. Isto não quer
dizer que estivessem livres do fracasso de entender a própria mensagem. O fato
de os profetas algumas vezes fracassarem em entender a mensagem que eles
mesmos traziam ao povo, serve também para demonstrar que aquela mensagem
vinha de fora, de Deus, e que, portanto, não partia da vontade pessoal deles.
Daniel, por exemplo, certa vez teve uma visão e logo em seguida declarou que
não entendia o significado daquilo tudo (Dn 12.8,9). Zacarias, por sua vez, teve
várias visões com mensagens para o povo, mas precisou que um anjo o auxiliasse
na interpretação delas (Zc 1.9; 2.3; 4.4). Pedro nos informa que os profetas que
apresentavam a mensagem a respeito dos sofrimentos e glórias de Cristo, com
frequência investigaram os detalhes disso, para poder entender com mais clareza
(I Pe 1.10,11).
Não devemos nos esquecer que o ato de fazer lembrar e entender a vontade de
Deus para a nossa vida é atribuição do Espírito Santo. Como vimos, Ele atuou no
passado na mente e no coração de homens e mulheres de Deus e hoje o faz
iluminando nosso entendimento para entendermos o que a Bíblia diz, com suas
aplicações práticas para a vida diária. E mesmo que em certas ocasiões o Espírito
nos faça compreender o sentido das Escrituras independente de uma pesquisa
prévia, via de regra as coisas não funcionam desse modo, até porque,
normalmente, o Espírito de Deus nos orienta através dos recursos da
hermenêutica. Além disso, a uma pesquisa diligente no intuito de se entender o
que lemos, deve-se unir a oração como expressão de uma vida dependente do
Espírito10. E assim, como dizia Lutero, oremos como se tudo dependesse de
Deus e trabalhemos como se tudo dependesse de nós mesmos.
1. O Círculo Hermenêutico
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
ensaios, dentre os que encontrei, que abordam com mais ênfase a pessoa do
Espírito Santo no círculo hermenêutico é The Role of the Holy Spirit in the
Hermeneutic Process: The Relatioship of the Spirit's Ilumination to Biblical
Interpretation do Dr. Fred H. Klooster em Hermeneutcs, Inerrancy and the Bible,
pp. 451-472.
Nosso objetivo neste capítulo é tentar apresentar , de maneira prática, o
relacionamento do Espírito Santo no círculo hermenêutico, visto que Padilla e
Schipani não dizem quase nada sobre o Espírito e Klooster, apesar de falar muito
sobre o Espírito Santo no processo hermenêutico, não vai além do campo teórico
e da teologia. E agora, uma vez que o Espírito Santo está no círculo, ligado aos
quatro elementos hermenêuticos e vice-versa, podemos definir o círculo
hermenêutico como a interligação mútua e dinâmica na perspectiva que devemos
ter (como intérpretes que devemos ser) da Bíblia e da realidade histórica sob a
ótica e direção do Espírito Santo de Deus. Em outras palavras, a perspectiva que
se tem de um elemento do círculo hermenêutico afeta a perspectiva que se tem do
outro. A compreensão da Bíblia, a compreensão do contexto histórico e a
compreensão do Espírito Santo, na perspectiva do intérprete, devem estar
integradas mutuamente e não podem ser separadas. A interpretação de um incide
na interpretação do outro, até porque neste caso o fator diálogo passa a ser, de
certa forma, o segredo do sucesso do círculo hermenêutico. O círculo
hermenêutico segue, então, uma dupla direção, em que não somente o intérprete
e o texto (como sugere Padilla, op. cit., p. 08), mas todas as partes dele estão em
constante diálogo.
Como o Espírito Santo se relaciona com os quatro elementos do círculo
hermenêutico? Façamos, então, uma breve análise do papel do Espírito Santo na
dinâmica do círculo hermenêutico, a fim de entendermos com mais clareza o
significado desse processo.
Por uma questão de didática e propósito achamos por bem abordar, já no capítulo
anterior desse trabalho, a relação do Espírito Santo com a Bíblia e o intérprete
numa perspectiva mais teológica. Agora, passaremos a tratar, não somente destes
( Bíblia e intérprete), mas de todos os elementos do círculo hermenêutico numa
perspectiva de missão integral, como acreditamos ser o principal objetivo do
Espírito Santo no processo hermenêutico.
Não se pode negar de forma alguma que todo intérprete, quer seja da Bíblia, quer
seja da vida de um modo geral, é fruto de sua época, influenciado por todos os
fatores e ditames do seu tempo. No que se refere à Bíblia, em especial, milhares
de anos e circunstâncias culturais separam o intérprete das Escrituras Sagradas.
O Espírito Santo sabe e compreende estas diferenças. Dá ao intérprete a
liberdade de se aproximar da Palavra de Deus com todos os seus pressupostos,
embora não lhe dê o direito de fazer com que a Bíblia diga o que ele gostaria que
ela dissesse. Repitamos novamente as já citadas palavras de René Padilla: "O
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
esforço para deixar que as Escrituras falem, sem impor-lhes uma interpretação
elaborada de antemão, é uma tarefa hermenêutica obrigatória de todo intérprete,
seja qual for sua cultura".14 A Bíblia é a voz do Espírito ao povo de Deus. E
somente direcionado pelo Espírito, mediante a Palavra, é que o interprete se
tornará profeta e portador fiel da mensagem do Espírito Santo de Deus.
Nada melhor do que o próprio intérprete para interpretar a realidade em que vive.
Na perspectiva de sua cosmovisão ele pode aplicar os princípios bíblicos à
realidade que vê e sente, pois a sua missão não é formular meras doutrinações,
mas extrair da Bíblia as aplicações e implicações práticas da sã doutrina para seu
povo. A menos que se prejudique o significado original das Escrituras, a
cosmovisão do intérprete é válida e sustentada pelo Espírito Santo. A Bíblia não
seria o que é, como Palavra de Deus, se não fosse aplicável em todas as épocas
por quem vive a vida no seu próprio contexto. "O propósito do processo
interpretativo é a transformação do povo de Deus em sua situação concreta".15
O Espírito Santo é a fonte de toda teologia bíblica sadia. E para que uma teologia
seja verdadeiramente bíblica, e expresse a mente do Espírito, precisa ser,
necessariamente, uma teologia de contexto, como costumava enfatizar Orlando
Costas em seus livros e artigos16. A teologia deve ser o resultado de uma
interpretação fiel da Bíblia, pois só assim tocaremos o coração do povo. E esse
deve ser o nosso maior objetivo: fazer uma teologia que toque o coração do povo.
Uma teologia que atenda os anseios e necessidades do indivíduo e da sociedade.
Uma teologia que nos faça compreender que o Deus transcendente também é o
Deus imanente que tem cuidado de nós, em todos os níveis imagináveis.
NOTAS
1. A. Almeida, Manual de Hermenêutica Sagrada, p. 11.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
4. R. Padilla, Op. Cit., p. 06.
5. A Cofissão de Fé de Westminster, I, 9.
13. Schipani, sem nos dar uma justificativa plausível, usa a expressão circulação
hermenêutica no lugar de círculo hermenêutico. Ele apenas diz: "O conceito de
'circulação hermenêutica' (em lugar de 'círculo hermenêutico' como é utilizado por
Rudolf Bultmann e Juan Luis Segundo, entre outros) é proposto por Georges
Casalis em Las buenas ideas caen del cielo, DEI, San José, 1977". Nota 18, p.
126.
16. Veja, por exemplo, Compromiso y Misión de Orlando Costas, Editorial Caribe,
1979 e Misión en el Camino: Ensayos em homenaje a Orlando E. Costas, vários
autores, Fraternidade Teológica Latinoamericana, 1992.
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA, A; Manual de Hermenêutica Sagrada, 2ª Edição, CEP, SP, 1985.
77
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
FEE G.D. & Stuart D.; Entendes O Que Lês?, Vida Nova, SP, 1984.
RADEMACHER, E.D. & Preus, R.D. (eds.); Hermeneutcs, Inerrancy and the Bible,
Zondervan, Grand Rapids, 1984.
Parte XXII
O DOM, OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO
78
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Quem tem o Pai, tem o Filho — e só podemos tê-los e recebê-los mediante a ação
eficaz, poderosa e irresistível do Espírito Santo em nós. Está claro que os crentes
têm o Espírito Santo, pois enquanto são membros da Igreja, do Corpo de Cristo, a
qual é habitada por esse Espírito.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
derramamento do Espírito de que fala o profeta Joel. Temos aqui um exemplo de
cumprimento de profecia. Certeza de Deus. As profecias se cumprem.
Joel afirmou: e acontecerá naqueles dias que derramarei o meu Espírito sobre
toda a carne (Jl 2.28). Sobre todos os cristãos verdadeiros, indistintamente de
serem judeus ou gentios. No Antigo Testamento o Espírito vinha sobre algumas
pessoas distintas, e seus carismas (dons) eram dados a algumas pessoas com
missão específica e em caráter temporário. Eram carismas especiais que podiam
inclusive ser retirados, caso o ungido se desviasse das promessas de Deus. Um
bom exemplo disto é a oração do rei Davi após haver pecado: não me retires o teu
Santo Espírito (Sl 51.11). Davi se refere aqui àquela unção especial que havia
recebido para ser rei, e que lhe havia sido ministrada através das mãos do profeta
Samuel (1 Sm 16.13).
A promessa de Jesus foi: Eu vos enviarei o Consolador para que fique convosco
para sempre. Agora o Espírito é dado a todos os que crêem e para sempre. Como
diria Calvino: "Uma vez selado com o Espírito Santo, para sempre selado." Que
bênção e que conforto é crermos assim.
Não muito depois dessa última promessa, estavam todos os apóstolos com alguns
irmãos reunidos em Jerusalém quando veio do céu um som terrível, como de um
vento impetuoso e algo como línguas de fogo apareceu e foi distribuído entre eles.
Estes fenômenos: do som terrível, como de um vento impetuoso e de línguas de
fogo, embora muito enfatizados por alguns dentro da cristandade moderna, são o
ponto menos importante da experiência. O importante mesmo é que eles foram
cheios do Espírito Santo para comunicar as grandezas de Deus e viver o
Evangelho de Cristo, num testemunho encarnado que se estenderia por toda
Jerusalém, Judéia, Samaria e até aos confins da terra, como testemunhamos hoje.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
eram de Deus. Essa diferença é fundamental.
O que dizer do dom de línguas? Esse fenômeno permite aos homens de todas as
raças compreenderem o Evangelho. É o sinal anunciador do Reino de Deus,
daquele dia glorioso quando todas as barreiras que separam os homens seriam
derribadas e a humanidade voltaria a encontrar em Deus a sua unidade perdida. O
Pentecostes assinala o princípio da grande reunião dos filhos de Deus dispersos
por toda a superfície da terra.
Convém notar que o texto de Atos relata que os apóstolos, uma vez cheios do
Espírito Santo, começaram a falar em outras línguas. Aqui não diz línguas
estranhas. Eram línguas conhecidas. Estavam presentes ali pessoas de várias
nacionalidades, com dialetos próprios. E ouviam falar em suas próprias línguas
das grandezas de Deus, conforme relata Lucas, autor deste maravilhoso livro (At
2.11). O objetivo de falar em línguas foi o de comunicar o Evangelho de forma
clara, para que as pessoas pudessem entender a mensagem. Não o de ser um
dom espetacular ou algo semelhante. O fenômeno de línguas ali registrado reside
no fato de que eram todos galileus os que falavam, e de outras nacionalidades os
ouvintes, e puderam receber e entender a mensagem em suas próprias línguas.
O Pentecostes é ainda, num outro sentido, uma réplica divina da Torre de Babel.
Como tal, aponta para a unidade criada por Deus no Pentecostes em contraste
com a confusão de línguas, juízo divino sobre fruto do orgulho humano, que
pretende se elevar até aos céus e não consegue. Gênesis 11 relata a confusão e
fracasso humanos, seguidos do juízo de Deus. Pentecostes relata a unidade da
Igreja como um dom de Deus. A unidade de línguas é obra do Espírito Santo. Esta
81
Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
unidade da Igreja é algo que não se cria: recebe-se, manifesta-se e crê.
Ao que nos parece, para muitos cristãos modernos, o principal papel ou o único
trabalho do Espírito Santo é dar suspense emocional e alegria interna. Certamente
isso era parte da experiência neo-testamentária, todavia, não era a mais
importante. Lembremo-nos, portanto, de que quando o Espírito Santo atua na vida
do crente e da Igreja, o resultado é alegria, amor, paz e gozo, conforme descreve
o apóstolo Paulo em Gálatas 5.22-23.
A cidade de Corinto era uma verdadeira ponte transcontinental. Tudo passava por
Corinto: os peregrinos, os mercadores e os diferentes tipos de pregadores. Era
uma cidade cheia de novidades e também de muito pecado.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
A necessidade de discernimento quanto às manifestações espirituais
Ignorar os dons espirituais é desconhecê-los. Desconhecê-los no sentido de não
exercitá-los, ou mesmo no sentido de não ter qualquer informação sobre sua
origem, intensidade e utilidade. Ignorar pode também significar falta de
discernimento espiritual. Atribuir ao Espírito Santo coisas e fenômenos da própria
mente emocionada ou desequilibrada não é bíblico. Atribuir ao Espírito Santo
coisas que não edificam e nem promovem a paz, no caso "os fenômenos" das
religiões de mistério, é falta de discernimento espiritual, o qual é necessário para
não confundirmos nem sermos confundidos.
Não podemos ignorar que nem todo o fenômeno religioso vem dos céus, de Deus,
do Pai das Luzes em quem não pode haver mudanças nem sombra de variação...
(Tg 1.17). Precisamos de discernimento para buscar com zelo os melhores dons.
Precisamos de discernimento para não confundir barulho com louvor, entusiasmo
com consagração constante, emocionalismo com o verdadeiro quebrantamento
espiritual; precisamos de critério para, não confundir manifestações externas, não
raro mecânicas e estereotipadas, com comunicação íntima, com fé firme, fé
inabalável; precisamos ser pessoas lúcidas, pessoas sempre abundantes em fruto
e na obra do Senhor, sabendo que no Senhor o vosso trabalho não é vão (1 Co
15.58).
Não se pode dar crédito a todo e qualquer espírito. Nem toda a manifestação é
realmente espiritual. Nem todo o que diz estar falando pelo Espírito, o está de fato.
Paulo ensinou aqui em 1 Co 12.1-3 o critério cristocêntrico pelo qual julgar e
discernir aquele que realmente fala pelo Espírito, com unção e com poder. Paulo
lembra aos crentes de Corinto, que outrora viveram sem Deus e, sem esperança,
que naquela época eram guiados pelos ídolos mudos da antiga religião de
mistérios; mas agora, são guiados pelo Espírito a Cristo; e ensina firmemente: Por
isso vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma:
anátema Jesus. E por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus, senão pelo
Espírito Santo (2 Co 12.3).
O apóstolo João nos adverte: Não deis crédito a todo espírito (1 Jo 4.1). O critério
cristológico e cristocêntrico aí está para nos ajudar a discernir. Jesus Cristo é a
pedra de toque; Ele sempre está, olhando para a Igreja, buscando a edificação, a
paz, o bem-estar, a unidade dos remidos. É nesta perspectiva que o apóstolo nos
fala de dons, dons espirituais. Fala de sua origem, seu uso, sua utilidade. É nesta
perspectiva que falamos sobre dons e ministérios.
Dons e Ministérios
A fonte de todos os dons é o Espírito Santo. Toda dádiva excelente, todo o dom
perfeito provém de Deus, do Pai das luzes em quem não há mudanças, nem
sombras de variação. Os dons espirituais são diversos, mas o Espírito Santo é o
mesmo. Diversos dons, uma só e a mesma fonte, visando a um fim proveitoso: a
edificação espiritual da Igreja, o crescimento dos santos em amor, a paz, a maior
compreensão.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Todo o cristão tem um ou mais dons e nenhum cristão tem todos os dons. Não
existe cristão sem dom. É preciso descobrir o seu dom e, para a glória de Deus, e
usá-lo para um fim proveitoso, para a edificação da Igreja.
Há diversidade nas realizações, mas o mesmo Deus é quem opera tudo em todos.
Os dons vêm do mesmo Espírito Santo. Os ministérios servem o mesmo Senhor
Jesus. As realizações são do mesmo Deus que opera tudo em todos — e todas
estas coisas concorrem para a edificação da Igreja (1 Co 12.4-7).
Os dons são aptidões naturais ou especiais dadas pelo Espírito para equipar os
santos, concedendo-lhes os diversos ministérios exercidos para toda a boa obra
que são as realizações em Deus.
Temos visto até aqui e cremos firmemente que o Espírito Santo é Deus, é uma
pessoa, e não uma força ou energia impessoal estranha ao ensino bíblico e às
convicções reformadas.
Como pessoa, o Espírito tem inteligência (Jo 16.13 e Rm 8.27), tem vontade (1 Co
12.11), tem emotividade (Ef 4.30 e Rm 15.30), dá ordem (At 8.29), proíbe (At 16.6)
e constitui (At 20.28).
Paulo, em Gálatas 5, faz um nítido contraste entre "carne" e "Espírito". Carne não
dá fruto, produz obras no plural. E que obras terríveis! Carne e Espírito são
opostos entre si. O que semeia para a carne, colhe corrupção e morte; mas o que
semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna (Gl 5.8).
O fruto, que resulta do fato do crente ter o Espírito Santo, e de ser batizado com o
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
Espírito Santo, está explícito em Gálatas 5.22-23. Note que não se diz "frutos",
mas, sim, "o fruto". Além de estar no singular, vem precedido do artigo definido.
Conclusão
Pode acontecer, e tem acontecido, casos de pessoas que se dizem batizadas com
o Espírito Santo e que, manifestam dons até espetaculares, mas não se vê nessas
pessoas as expressões do fruto do Espírito Santo. Embora não devamos julgar de
forma descaridosa estas pessoas, devemos exercer os critérios bíblicos antes de
receber tais manifestações como sendo legitimamente produzidas pelo Espírito
Santo.
Quero concluir, afirmando que todo aquele que é nascido de novo é batizado com
o Espírito Santo, é templo do Espírito Santo, e tem o Espírito Santo. E se alguém
não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele, afirma o apóstolo Paulo (Rm
8.9b).
Quem tem o Pai, tem o Filho; e quem tem o Pai e o Filho, tem o Espírito Santo.
Não se pode dividir o indivisível, que é Deus. Ele é triúno.
Nós não tememos o que vem do Espírito Santo, desde que exercitado dentro dos
parâmetros das Escrituras e sob a disciplina do próprio Espírito. Veja o que diz
Paulo: Ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema Jesus! por outro
lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus! senão pelo Espírito Santo (1 Co 12.3)
Parte XXIV
O TEÓLOGO DO ESPÍRITO SANTO
Um Estudo sobre o Ensino de Calvino sobre a Palavra e o Espírito
Introdução
Meu tema neste artigo é "Calvino, o teólogo do Espírito Santo." Devo começar
dizendo que este título não foi dado a Calvino pelos seus contemporâneos, mas
sim pelos estudiosos modernos, reconhecendo a sua importância como teólogo e
exegeta para esta área da Teologia que está em tanta relevância hoje.
O título pode confundir algumas pessoas. Podem pensar que o assunto sobre o
qual Calvino mais escreveu, e ao qual mais se dedicou, foi o Espírito Santo. Na
realidade, embora Calvino tenha escrito muita coisa sobre o Espírito Santo, nunca
escreveu uma obra específica sobre o assunto, como, por exemplo, John Owen e
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Abraham Kuyper, cujos livros sobre o tema são fundamentais para a Igreja
contemporânea.(1) Embora em suas Institutas de Religião Cristã João Calvino
trate freqüentemente da pessoa e obra do Espírito Santo, não dedicou ao assunto
um capítulo exclusivo.(2)
Alguns têm criticado Calvino por não haver dado atenção mais direta ao Espírito
Santo em seus escritos, especialmente nas Institutas. A crítica é injusta. Existem
razões suficientes para esta aparente falta de atenção.
E por fim, não se podeexigir de Calvino (e nem dos autores da Confissão de Fé)
uma abordagem do assunto que seja aguçada pelas questões relacionadas com o
surgimento do movimento pentecostal, séculos após a sua morte. Mesmo assim,
Calvino é surpreendentemente atual no que diz sobre o Espírito.
Por que, então, o título "teólogo do Espírito Santo?" Em primeiro lugar, Calvino foi
o primeiro a sistematizar de forma clara o ensino bíblico sobre o Espírito Santo.
Não é que ninguém, antes dele, não houvesse escrito sobre o assunto. Mas, é que
poucos, antes e depois de Calvino, conseguiram ser tão claros, simples, e
bíblicos.(5) Ouçamos o testemunho de Dr. Warfield:
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A doutrina sobre a obrado Espírito Santo é uma dádiva de João Calvino à Igreja
de Cristo. . . Nos amplos departamentos doutrinários sobre "A Graça Comum,"
"Regeneração," e "O Testemunho do Espírito" do livro terceiro das Institutas,
Calvino foi o primeiro a desenvolver a doutrina da obra do Espírito Santo, e a dar a
toda a doutrina do Espírito Santo uma formulação sistemática, fazendo dela uma
possessão inalienável da Igreja de Deus.(6)
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dessas interpretações formava a tradição eclesiástica, que possui tanta autoridade
quanto as próprias Escrituras. Assim, era vedado aos católicos leigos lerem e
interpretarem as Escrituras. Eles dependiam da interpretação dada pela Igreja.
Desta forma, a Palavra e a sua interpretação estavam cativas debaixo da
autoridade eclesiástica.
Calvino levantou-se contra esse estado de coisas, que havia prevalecido durante a
Idade Média. Ele considerava esse ensino como sendo uma afronta ao Espírito
Santo, e um abuso de autoridade por parte da Igreja. Era a Igreja que estava
fundada sobre as Escrituras, e não o contrário. A autoridade das Escrituras não
dependia do testemunho da Igreja, e sim o contrário: a Igreja só possuía
autoridade enquanto estivesse dentro da doutrina bíblica. Calvino apelava aqui
para Ef 2.20, onde Paulo ensina que a Igreja está edificada sobre o fundamento
dos apóstolos e profetas, que é o ensino das Escrituras.(7) A Igreja simplesmente
reconhecia — não estabelecia e nem determinava — a inspiração e a autoridade
dos livros que compunham o cânon sagrado.(8)
Para Calvino, o que o Espírito havia revelado nas Escrituras era suficiente e final.
Maomé, o Papa, e os "Entusiastas" estavam errados, ao reivindicar que o Espírito
estaria ensinando novas verdades no presente. Para Calvino, as palavras do
Senhor Jesus em Jo 14.25 deixavam claro que o ministério do Consolador
consistiria, não em revelar novas verdades, que fossem além das que haviam sido
ensinadas pelo Senhor Jesus e seus apóstolos, mas em iluminar as mentes e os
corações dos crentes, para que compreendessem e cressem nas verdades, agora
registradas na Escritura. Ele afirma: "O espírito que introduz qualquer doutrina ou
novidade que vá além do Evangelho, é um espírito de mentira, e não o Espírito de
Cristo."(12)
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Os Reformadores Radicais e seu Desprezo pela Palavra
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O Ensino de Calvino sobre o Espírito e a Palavra
O ponto central de Calvino eraque o Espírito fala pelas Escrituras. Não que o
Espírito estivesse restrito à Pregação da Palavra e aos sacramentos, mas sim que
Ele não pode ser dissociado de ambos. O Espírito havia sido dado à Igreja, não
para trazer novas revelações, mas para nos instruir nas palavras de Cristo e dos
profetas. De acordo com Calvino, o Espírito sela nossas mentes quando ouvimos
e recebemos com fé a palavra da verdade, o Evangelho da salvação (Ef 1.13). Ele
limita-se a guiar os crentes e a iluminar seus entendimentos naquilo que ouviu e
recebeu do Pai e do Filho, e não de Si mesmo (Jo 16.13). Como o ensino divino
se encontra nas Escrituras, a obra do Espírito consiste em iluminá-las, fazendo
com que esse ensino seja entendido pelos fiéis.
Outro ponto importante destacado por Calvino nas Institutas era que a atuação do
Espírito Santo poderia ser reconhecida pela sua harmonia com as Escrituras, as
quais haviam sido inspiradas pelo próprio Espírito.(22) Calvino desejava
apresentar um critério pelo qual a Igreja pudesse discernir de forma segura, no
âmbito da experiência religiosa, o que realmente procedia da parte do Espírito de
Deus, ou de espíritos enganadores. Para ele, havia somente um critério seguro e
infalível: o Espírito falando nas Escrituras. Assim, não haveria qualquer diminuição
do poder e da glória do Espírito Santo ao concordar com elas, já que Ele as havia
inspirado. Seria concordar consigo mesmo, e qual a desonra que poderia haver
nisto? Testar as manifestações supostamente provenientes do Espírito, usando-se
o crivo das Escrituras, era, na realidade, agradável a Ele, pois Ele mesmo havia
determinado que a Igreja assim procedesse com as manifestações espirituais.(23)
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Para Calvino, não poderia haver qualquer contradição entre o ensino bíblico e a
atuação do Espírito nos tempos pós-apostólicos; e é por esta razão que ele
frequentemente se refere às Escrituras como "a imagem do Espírito."(24)
A Soberania do Espírito
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finalmente, o Juiz Supremo pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser
examinadas é o Espírito Santo falando nas Escrituras (I, 8).
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Escrituras que parte dos princípios hermenêuticos equivocados da experiência
neopentecostal, a Igreja também adverte contra uma interpretação intelectualizada
e árida das Escrituras, que se esquece da necessidade da iluminação do Espírito
para sua compreensão e de que Deus promete ensinar àqueles que procuram
andar em santidade e retidão (Sl 119.18, 33-34; Lc 24.44-45).(29)
Em terceiro lugar, o ensinode Calvino nos alerta contra os que pretendem ter total
controle sobre o Espírito, que pretendem dispensar o batismo do Espírito pela
imposição de mãos, que "ensinam" aos crentes imaturos e incautos a falar em
línguas. Alerta-nos a rejeitar todo ensino, movimento, culto, liturgia, onde a
Palavra de Deus não receba a devida proeminência. Se o Espírito fala pela
Palavra, a Palavra deve ser o centro.
E por fim, vale a pena mencionarmos que "a era do Espírito Santo", como é
conhecida em muitos meios neopentecostais, iniciou-se, não em 1906, com a
reunião na rua Azuza, nos Estados Unidos, mas desde o dia de Pentecoste. As
evidências bíblicas são numerosas. Em seu sermão no dia de Pentecoste, o
apóstolo Pedro declarou que a descida do Espírito estava inaugurando os últimos
dias (At 2.16-21). Os demais apóstolos ensinaram, semelhantemente, que os
últimos dias, a dispensação anterior ao dia do julgamento final, já havia chegado
( 1 Co 7:29; 1 Jo 2.18). Enfatizo esse ponto pois alguns poderiam argumentar que
estamos vivendo hoje na "era do Espírito", e que Calvino viveu antes dessa época.
Os que assim acreditam, afirmam que hoje o Espírito está agindo de uma forma
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muito mais intensa, e mesmo, diferente, da época da Reforma, e que, portanto, o
que Calvino experimentou e ensinou está, num certo sentido, ultrapassado.
Entretanto, as Escrituras nos ensinam que a Igreja já está vivendo os últimos dias,
a dispensação do Espírito, desde o período apostólico. Calvino viveu e ensinou
em plena época do Espírito, tanto quanto nós hoje vivemos e labutamos. O ensino
de Calvino, por ser bíblico, pode nos servir de balizamento, indicando-nos o
estreito caminho do equilíbrio, entre uma vida de piedade e uma mente firmada
nas antigas doutrinas da graça.
Notas
1 Jown Owen, The Holy Spirit: His Gifts and Power (Grand Rapids: Kruegel, 1960);
Abraham Kuyper, The Work of the Holy Spirit (Grand Rapids: Eerdmans, 1946).
Outros autores poderiam ser acrescentados, como o Puritano inglês Thomas
Goodwin, e mais recentemente, Benjamim B. Warfield e George Smeaton.
4 Cf. a nota introdutória de B. Warfield em Kuyper, The Work of the Holy Spirit,
xxvii.
5 Para uma lista das obras mais importantes sobre o Espírito Santo escritas após
Calvino nos séculos XVII e XVIII, ver Kuyper, The Work of the Holy Spirit, lx-x.
7 Institutas, I.7.2; IV.2.1,9. Veja ainda Calvin’s Commentaries, vol. 21, trad. W.
Pringle (Grand Rapids: Baker, 1981) 242-44.
10 Institutas, I.8.13; I.7.4. Cf. Ronald S. Wallace, Calvin’s Doctrine of the Word and
Sacrament (Grand Rapids: Eerdmans, 1957) 101-2.
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13 Devemos, com justiça, notar que Calvino deve muito dessa perspectiva ao
ensino desbravador de M. Lutero, que já havia, antes dele, denunciado esse
estado de coisas.
18 Institutas, I, 9, 1.
19 Institutas, I, 9, 2.
20 Para um estudo mais aprofundado, veja W. Kreck, "Wort und Geist bei Calvin",
em Festchrift für Günther Dehn (Neukirchen, 1957) 168-173.
22 Institutas, I, 9, 2.
24 Institutas, I, 9, 2-3.
25 Ibid.
27 Calvin’s Commentaires, vol. 20, 174; veja ainda Wallace, Calvin’s Doctrine of
the Word and Sacrament, 89-90.
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(São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1995). O documento foi elaborado pela
Comissão Permanente de Doutrina da IPB.
Parte XXV
O TOQUE DO ESPÍRITO
Introdução
Se tivermos uma compreensão sadia do que o Espírito Santo fez em nós no início
de nossa vida cristã, nossas condições para buscar as bênçãos para nós
reservadas serão melhores, mais claras e definidas. Mostra também a Escritura
que o Espírito de Deus age em todas as suas páginas, não apenas em termos do
Espírito Santo como Pessoa Divina para uma pessoa humana, mas, igualmente,
em termos de inspiração. Extraordinário é ver na Bíblia Sagrada que o Espírito a
inicia e a conclui. Está em Gênesis 1.2, primeiro capítulo de toda a Bíblia, e
também no seu último capítulo, em Apocalipse 22.17:
"A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o
Espírito de Deus pairava sobre a face das águas".
"E o Espírito e a noiva dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede,
venha; e quem quiser, receba de a graça a água da vida".
FIGURAS DE PODER
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energia como nos moinhos de vento, ou poder destruidor como num furacão.
O fogo sempre esteve ligado a Deus ou à Sua justiça. Por essa razão, a espada
flamejante se postava à entrada do Éden guardando-o (8); a sarça ardente estava
no alto do Sinai (9); a coluna de fogo liderou os filhos de Israel na caminhada no
deserto (10); e no Monte Carmelo havia um altar de fogo (11); e, no Pentecostes,
as línguas como que de fogo pousando sobre a cabeça de cada um dos apóstolos
(12); e no Apocalipse está mencionado um lago de fogo (13). Sempre sinais da
presença e da justiça divinas! Sinais de Deus! João, previamente ao ministério de
Jesus, disse a Seu respeito: "Eu, na verdade, vos batizo em água, mas vem
aquele que é mais poderoso do que eu, de quem não sou digno de desatar a
correia das alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo e em fogo" (14). O fogo é
poder purificador.
Nossa proposta é examinar como o Espírito Santo age no ser humano. Podemos
verificar na Escritura e na experiência o Espírito agindo tanto no descrente quanto
no crente.
Um dos mais terríveis efeitos do pecado é a cegueira que ataca a pessoa humana
quanto a seus pecados (15). Só o Espírito Santo pode abrir os nossos olhos. Por
mais bem intencionados que sejamos, somos cegos em relação ao próprio
pecado. "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus porque para
ele são loucura", diz a palavra de Deus (16). Dependemos dEle; e até os nossos
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olhos o Espírito vai abrir; só Ele pode nos convencer da profundidade do pecado e
da verdade do evangelho. Essa é a razão porque é chamado "Espírito da verdade"
(17). Uma pessoa perdida não tem consciência de que é um pecador (por isso
está "perdida"). Converse com uma "pessoa natural", e ela não compreenderá o
que você está falando, porque ainda não foi convencida pelo Espírito de Deus com
respeito à sua perdição. Não há consciência de falta de retidão moral e espiritual;
não há qualquer convicção ou consciência da palavra de julgamento sobre o seu
pecado. E no verso 8 de João 16 está afirmado que "quando ele vier, convencerá
o mundo do pecado, da justiça e do juízo".
Essa tríplice convicção de João 16.8 não são funções separadas como pode
parecer, mas uma só. O Espírito não pode convencer uma pessoa do pecado sem
convencê-la do juízo de Deus; nem pode convencer alguém da justiça, da retidão
de Jesus Cristo, sem convencê-la inicialmente do pecado e do conseqüente juízo.
É um ato único e coeso. Não importa qual seja a expressão do pecado na vida de
alguém (adultério, cobiça, bebida, imoralidade, o que seja), a razão básica porque
alguém continua "destituído da glória de Deus" (18) é a falta de fé em Jesus
Cristo. Quem não foi convencido pelo Espírito Santo de Deus, o destino não é o
céu: é o outro lugar. E, por inferência, aceitar o perdão divino, confiar em Cristo
tem como resultado a vida eterna, a salvação eterna, a vida abundante (19). É
convicção da justiça e perfeição de Jesus Cristo, do fato de que Ele é reto, justo e
perfeito; é convicção do juízo, pois, pela ação do Espírito, comprova-se o amor de
Deus e igualmente o Seu julgamento sobre os nossos pecados. Isso significa uma
coisa: Deus é Quem toma a iniciativa de nossa salvação por meio do Espírito
Santo. Que gloriosa mensagem essa do evangelho! E ela se chama graça: Nós
amamos, porque Ele nos amou primeiro" (20). Foi Ele Quem tomou a iniciativa da
sua salvação; foi Ele Quem através do Seu Espírito, levou-o a Jesus Cristo; foi Ele
Quem, através do convencimento do pecado, da justiça e do juízo, levou a cada
fiel a se ajoelhar diante de Jesus. Deus nos procura antes que nós O procuremos,
ou seja, embora sejamos cheios de rebeldia, preconceito e indiferença, Deus vem
a nós através do Seu Espírito, lei espiritual encontrada na Sua Palavra (21).
E Jesus Cristo nos dá uma razão dessa tríplice convicção. Está no verso 9:
"(convicção) do pecado, porque não crêem em mim"; e fala da descrença que é
resultado do orgulho, da vaidade e da recusa de se submeter à direção do Senhor.
Nesse caso, a incredulidade está igualada à desobediência (22). Jesus fala da
rebelião voluntária ao governo de Deus em nossas vidas.
No verso 10, diz Jesus: "convicção da justiça, porque vou para meu Pai, e não me
vereis mais". E, sem dúvida, a primeira coisa a considerar é que o crente tem um
teste final da justiça de Jesus Cristo: Sua volta para o Pai como havia prometido.
Por outro lado, olhar para Jesus Cristo, o justo sem pecado, é percebermos quão
distantes e caídos estamos da retidão de Deus, e, nesse ponto, o Espírito nos vai
levar a pesar em nosso íntimo o fato do pecado contra o senhorio de Jesus e a
ação de Seu reino em nossa vontade.
O verso 11 ensina que é convicção "do juízo, porque o príncipe deste mundo já
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está julgado". Entendemos que esse é um fato muito alentador, porque, apesar de
a Escritura dizer que "o mundo inteiro jaz no Maligno" (23), Jesus Cristo é o
vencedor (24)! E não depositamos a nossa fé em um Cristo derrotado! O Deus a
Quem servimos vencedor de todas as batalhas! É Aquele que afirma o julgamento
de Satanás, prometido desde os mais antigos dias da espécie humana, registro
que se encontra no livro do Gênesis: "Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a
tua descendência e a sua descendência; e esta lhe ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás
o calcanhar" (25) Jesus Cristo vitorioso, portanto! Isso foi realizado no Calvário.
Foi com a cruz que a Grande Serpente, começou a se contorcer de dores. A cruz
foi um punhal cravado no coração do próprio Satã (26). Na ressurreição de Jesus,
porém, o golpe final foi dado no Grande Dragão, motivo porque a execução de
tudo será no fim dos tempos, na consumação dos séculos como está registrado no
Apocalipse (27).
Apesar dessa idéia futura para nós, no propósito de Deus já é fato consumado,
convicção que de nossa parte é necessária pelo que Satanás faz na vida do
descrente em Jesus Cristo. Não diz a Escritura que "o mundo inteiro jaz no
Maligno" (28)? No entanto, "sabemos que somos de Deus"! Isso é glorioso! Os
perdidos estão em cativeiro porque o mundo jaz no Maligno; fazem a vontade do
Inimigo-de-nossas-almas (29) porque o mundo jaz no Maligno, o que quer dizer
que a nossa ação evangelizadora e missionária é uma luta contra Satanás e suas
hostes de anjos da malignidade (30). E porque não podemos lutar sozinhos, Deus
vem ao nosso encontro pelo Espírito Santo.
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pecado da blasfêmia, então, é o ponto mais alto de um processo de resistência ao
Espírito de Deus. É blasfêmia ser antagônico ao Senhor, quando Ele o chama
para o Seu lado, e você se posiciona contrariamente. O desdém começa, vira
resistência, endurecimento do coração, blasfêmia e resulta em perdição eterna.
imprimiu o próprio caráter de Deus em sua vida! A Bíblia chama a esse fato o selo
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do Espírito.(50) E com isso, o Espírito lhe deu a consciência de que é filho de
Deus.(51)
Jesus Cristo o batizou no Espírito Santo: "Pois em um só Espírito fomos nós todos
batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres, e
a todos nós foi dado beber de um só Espírito" .(52)
Ele o faz concedendo carismas, ou seja, os Seus dons para o serviço acima
mencionado.(55)
O Espírito Santo ajuda na oração. A palavra de Deus é claríssima sobre isso: "Do
mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o
que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós
com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a
intenção do Espírito: que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos
santos". (56)
Espírito Santo guia o crente através das circunstâncias.(57) Ele orienta o cristão
fechando certas portas e abrindo outras;(58) Ele dá direção ao fiel através de
palavras, atitudes e conselhos de outros fiéis;(59) Ele norteia o caminho do crente
através das Escrituras Sagradas;(60) Ele guia o crente através da oração.(61) O
Espírito Santo guiando a Igreja, traz reconciliação, e cria a koinonia; Ele fala pela
pregação.(62) O Espírito Santo edifica o Corpo em amor. Por tudo isso, os
escritores do Novo Testamento costumam falar de Jesus Cristo e do Espírito
Santo vivendo dentro do crente, quer dizer, nós estamos em Cristo, e o Espírito
Santo está em nós. (63)
A Bíblia diz que há três tipos de pessoas: o homem natural, o crente carnal e o
crente espiritual. Paulo, apóstolo, faz uma descrição de cada um. Em 1Coríntios
2.14 está o homem natural: "O homem natural não aceita as coisas do Espírito de
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Deus, porque para ele são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se
discernem espiritualmente".
O crente carnal por sua vez está em 1Coríntios 3.1: "E eu, irmãos, não vos pude
falar como a espirituais, mas como a carnais, como a criancinhas em Cristo".
O Dr. Landrum Leavell disse que a vida religiosa do crente carnal é como a
malária: frieza e febre. Ataques de frio e de febre, frio e febre, e assim por diante.
Desce e sobe, desce e sobe, vai ao alto e cai, não tem constância, não tem
estabilidade, não tem alegria. O crente espiritual, por sua vez, tem seu perfil em
1Coríntios 2.15: "Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele por
ninguém é discernido".
Pecado e santificação são extremos como Polo Norte x Polo Sul; escuro x claro;
noite x dia; distância de Deus X proximidade de Deus. Quanto mais o crente se
conforma com o mundo, mais se distancia de Deus; quanto mais o crente se
amolda à vontade de Deus, mais distância quer do sistema de coisas do mundo.
Isso é santificação, e ação do Espírito em sua vida. O mundo precisa da ênfase
sobre a santificação. A igreja local precisa da ênfase sobre a santificação; nós
precisamos da ênfase sobre a santificação. Nossas ações, vocabulário e atitudes
dirão aos outros e a nós mesmos, a que distância estamos do Polo Norte ou do
Polo Sul, do governo do mundo ou do reino de Deus.
Há quem imagine ser santificação deixar de fazer certas coisas. A Bíblia ensina
que é resultado de andar com Deus. Não são regras, mas estilo de vida.
Santificação é um processo para toda a vida e deve ter início na conversão.
Dissemos "deve ter início" porque há crente que não cresce, e não cresce porque
não dá vez ao Espírito. Alguém disse: "já dei muita oportunidade ao Espírito
Santo, e não vi nada!" Na realidade, encastelou-se em certa posição, e não deu
vez ao Espírito de Deus!
DUAS TENDÊNCIAS
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trabalho do Espírito Santo, só na glória é que vamos nos despir completamente da
velha criatura.(65) O Espírito é poder para sobrepujar nossa natureza carnal.(66)
NOTAS
1 Cf. 2Timóteo 1.7.
2 As palavras são ruach e pneuma, nas línguas hebraica e grega respectivamente.
3 Cf. Sl 133.
4 Cf Ex 30.22-33.
5 Cf. Amós 6.6.
6 Cf. Mateus 25.3ss.
7 1Sm 16.13b.
8 Cf. Gênesis 3.24.
9 Cf. Êxodo 3.2ss.
10 Cf. Êxodo 13.21,22.
11 Cf. 1Reis 18.38 .
12 Cf. Atos 2.1-3.
13 Cf. Apocalipse 20.14,15.
14 Lc 3.16.
15 Cf. 2Coríntios 4.4.
16 Cf. 1Coríntios 2.14.
17 Cf. João 14.17.
18 Cf. Romanos 3.23.
19 Cf. João 3.16, 18, 36.
20 Cf. 1João 4.19.
21 Cf. Gênesis 3.8-10; João 3.16; Efésios 2.8.
22 Cf. Hebreus 3.17-19.
23 Cf. 1João 5.19b.
24 Cf. João 16.33; Apocalipse 3.21.
25 Gn 3.15.
26 Cf. João 12.31-33.
27 Cf. Apocalipse 20.10.
28 Cf. 1João 5.19.
29 Cf. 2Timóteo 2.26.
30 Cf. Efésios 6.12.
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31 Cf. Atos 7.51.
32 Cf. Mateus 12.22-32; Marcos 3.28-30; Lucas 12.10.
33 Cf. Atos 26.28.
34 Cf. Atos 17.32; 24.25.
35 Cf. Atos 17.32.
36 Cf. Atos 5.33-40; 7.54-60.
37 Cf. verso 24.
38 Cf. Gênesis 3.1ss.
39 Cf. 1João 5.19; 2Timóteo 2.26
40 Cf. Cf. João 12.31; 14.30; 16.11; Cf. 2Coríntios 4.4. Colossenses 1.13.
41 Cf. Colossenses 1.13.
42 Tito 3.5.
43 Cf. Isaías 64.6.
44 João 1.12
45 Cf. 2Coríntios 11.4.
46 Cf. João 16.8-11.
49 Cf. João 3.5; 1Coríntios 12.3.
50 Cf. 2Coríntios 1.22; Efésios 1.13; 4.30.
51 Cf. Romanos 8.15-17.
52 1Co 12.13.
53 Cf. Efésios 5.18.
54 Cf. Atos 2.4. O "ficar cheio do Espírito Santo" é fato conhecido por outras
expressões: controle do Espírito e plenitude do Espírito (do latim plenus = cheio).
55 Cf. 1Coríntios 12.4-30; Efésios 4.1-16.
56 Rm 8.26,27.
57 Cf. Atos 16.10.
58 Cf. Atos 16.6
59 Cf. Atos 6;13.
60 Cf. Colossenses 3.16.
61 Cf. Colossenses 3.15.
62 Cf. Atos 2.14,18.
63 Cf. Gálatas 2.20; Cl 1.27; Rm 8.10; 1Co 3.16.
64 Cf. Efésios 4.22; 1Coríntios 3.1; Hebreus 5.13; Colossenses 3.9.
65 Cf. 1João 3.2.
66 Cf. Gl 5.16.
Parte XXVI
ENTECOSTES: O PARADOXO DE DEUS
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
A festa de pentecostes era uma das três festas obrigatórias dos judeus. A primeira
era a Páscoa, a segunda era o Pentecostes a terceira era a festa dos
tabernáculos.
A princípio, era uma festa agrária também chamada de festa das primícias pela
celebração do início da colheita. Posteriormente, veio, também ser a
comemoração da entrega da aliança que teria se dado cinqüenta dias após o
êxodo.
Pregar sobre um texto como esse é uma das tarefas difíceis do pregador. Este
texto é policromático, polisemântico. Fôssemos abordar, todos os seus ângulos,
vertentes e nuances, levaríamos, quem sabe cinqüenta dias...
2. 17. E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu
Espírito sobre toda a carne. O derramamento do Espírito no dia de Pentecostes é
início e fim. É o fim da antiga aliança e o surgimento de uma nova. É o fim de uma
velha era e o início de uma nova. O que era escrito em pedras agora é escrito no
coração. O povo de Deus agora já não é uma questão de raça (ser judeu) mas de
roça (é a colheita do Espírito Santo que semeia a palavra no coração do homem) .
Israel já não é o limite do arraial do povo de Deus.
No Pentecostes, ao citar o profeta Joel, Pedro deixa bem claro: o fim já começou
há muito tempo.
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Reverendo Gilson de Oliveira Pastor da Igreja Presbiteriana de Nova Vida
épocas que Deus reservou para si. Com expectativa, mas sem ansiedade; com
certeza no coração, mas, sem confusão na mente. Desprezemos os cálculos, as
estimativas, as projeções e nos firmemos na certeza de que a Vinda do Senhor se
abrevia, visto que a igreja o aguarda desde o dia de pentecostes.
É muito interessante observar que Lucas diz no capítulo 1.4, que os discípulos
deveriam esperar em Jerusalém o tempo da promessa. Para no capítulo 2.2, falar
do de repente do Espírito Santo.
Eles esperavam mas não sabiam quando. Eles tinham a certeza, não a previsão.
Ele vem quando não esperamos. E não vem da forma que esperamos.
Quem quiser andar com o Espírito tem que estar preparado para surpresas, para o
inesperado.
Ele nunca falha com as suas promessas, mas nunca fará o que nós esperamos
nem quando esperamos.
Quando o Espírito Santo vem ninguém se controla. Mas ele controla a todos.
Naquela hora ninguém escolheu nem determinou os seus atos. Mas ninguém
estava sem controle. O Espírito Santo controlava a todos. Era conforme o Espírito
Santo concedia. Ser cheio do Espírito Santo não é ser como um trem
desgovernado ou um avião sem piloto. Ser cheio do Espírito Santo é ser
conduzido por ele que na sua soberania faz o que quer quando quer e como quer.
Talvez, uma das passagens, mais mal interpretadas das Escrituras seja aquela de
II Coríntios 3.17, que diz: Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do
Senhor, aí há liberdade. Se observarmos atentamente o contexto, o texto não está
falando de que a presença do Espírito Santo permite a cada um fazer o que
quiser, mas que a presença do Espírito Santo tira o véu da nossa face para que
possamos conhecer a Cristo.
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poder incomparável; é ser seduzido por uma glória irresistível, é ser inundado por
uma onda de amor jamais experimentado. É ser transformado para sendo o
mesmo nunca mais ser igual.
Naquele dia, foi isso o que aconteceu com aqueles homens e mulheres. Pedro
ainda era Pedro, mas já não era o que foi. O medo deu lugar a coragem. O rude
pescador era o grande pregador.
O Espírito Santo deu àqueles homens a estatura que não tinham e os projetou a
dimensão que nunca sonharam.
Conclusão:
Parte XXVII
Eu tenho o Espírito Santo ou é Ele quem me tem?
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INTRODUÇÃO
Falar sobre o Espírito Santo é falar sobre nós, pois, só Ele pode nos ajudar em
entendermo-nos. Assim, Antropologia é melhor compreendida quando precedida
pela Pneumatologia. Quem é o Espírito Santo? O que é Ele? Para que foi Ele
enviado por Cristo Jesus? Espero que este estudo nos auxilie a começarmos uma
boa conversa sobre o assunto.
A doutrina do Espírito Santo, assim, é vista com muita relevância por Erickson. Na
realidade, para ele, o Espírito Santo é o ponto em que a Trindade torna-se pessoal
para o que crê. O Espírito Santo é a pessoa específica da Trindade por meio de
quem toda a Divindade Triúna atua em nós. E isto, porque vivemos no período em
que a obra do Espírito Santo é mais proeminente que a dos outros membros da
Trindade. Não que o Pai e o Filho não estejam atuando enquanto o Espírito Santo
atua, mas sim que, as duas Pessoas estão hoje agindo através da Terceira, assim
como nos períodos anteriores a este, onde Filho e Espírito atuavam através do
Pai, depois Pai e Espírito agiram através do Filho. Se quisermos, portanto, estar
em contato com Deus hoje, precisamos estar à par da atividade do Espírito Santo.
Vê-se também a importância do estudo sobre o Espírito Santo, porque, segundo
Erickson, a cultura atual dá muito valor à experiência, e é principalmente por meio
dele que experimentamos Deus! Desta maneira, é vital que entendamos o Espírito
Santo.
Millard J. Erickson, sobre este assunto, assevera que, embora o estudo do Espírito
Santo seja especialmente importante, nossa compreensão é em geral mais
incompleta e confusa nesse ponto que na maioria das outras doutrinas. E isto
devido a que temos na Bíblia menos revelações explícitas acerca do Espírito
Santo do que encontramos acerca do Pai e do Filho, isto é, não há discussões
sistemáticas acerca do Espírito Santo.
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Outra dificuldade é a falta de um quadro concreto de figuras. Deus Pai é
compreendido de forma bem razoável, por causa da figura do pai que é familiar a
todos. O Filho não é de difícil conceituação porque realmente apareceu em forma
humana. Mas, o Espírito é intangível e difícil de visualizar. Erickson comenta até
que há uma terminologia infeliz da King James e de outras traduções inglesas
mais antigas que se referem ao Espírito Santo como “Holy Ghost” (Fantasma
Santo). Isto, na verdade, leva-nos mais a pensar em alguma coisa por baixo de
um lençol branco.
Uma questão bem lembrada por Erickson, é que também existe alguma relutância
em discutir sobre o Espírito, por medo de que tal discussão possa criar
dissensões. Por causa disto, muitos evitam totalmente tocar no assunto. Porém,
não cremos que um assunto possa se resolver sozinho, então, pode ser também
através da discussão – sadia, construtiva e não direcionada – que consigamos
chegar a um acordo!
A divindade do Espírito Santo, é comentada aqui, como uma questão que não se
estabelece com tanta facilidade quanto a do Pai e a do Filho. Mas, a conclusão
que se chega através da pesquisa Bíblica e experiencial é que o Espírito Santo é
Deus nos mesmos moldes e no mesmo grau do Pai e do Filho.
Alguns fatos que comprovam isto, são que: 1) As várias referências ao Espírito
Santo são intercambiáveis com referências a Deus (At. 5; I Co. 3:16; Ef. 6:19).
Para Paulo, ser habitado pelo Espírito Santo é ser habitado por Deus; 2) O
Espírito Santo possui os atributos ou as qualidades de Deus. Um deles é a
onisciência (I Co. 2:10-11). O poder do Espírito Santo também recebe tratamento
destacado no Novo Testamento (Lc. 1:35; Rm. 15:19). Ele tem poder que se
pressupõe ser exclusivo de Deus. Outro atributo do Espírito que o equipara ao Pai
e ao Filho é sua eternidade (Hb. 9:14); 3) Além de possuir qualidades divinas, o
Espírito Santo realiza certas obras que costumam ser atribuídas a Deus. Um
exemplo disto, é a Criação (Sl. 104:30). O testemunho bíblico mais abundante
acerca do papel do Espírito Santo diz respeito à sua obra espiritual sobre os
homens ou dentro deles. A exemplo, vemos a regeneração (comparar Gn. 2:7 com
Jo. 3:5-8 e Jo. 20:22). O Espírito Santo também levantou Cristo da morte e nos
ressuscitará (Rm. 8:11); 4) A concessão das Escrituras é outra obra divina do
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Espírito Santo (II Tm. 3:16; II Pe. 1:21); 5) A fórmula batismal na Grande
Comissão (Mt. 28:19), a benção apostólica (II Co. 13:13), a discussão paulina dos
dons espirituais (II Co. 12:4-6) e a saudação de Pedro (I Pe. 1:2).
a) O Espírito Santo é uma pessoa – Ele é alguém com quem podemos ter um
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relacionamento pessoal, alguém a quem podemos e devemos orar;
b) Ele é plenamente divino – desta maneira, deve receber a mesma honra e
respeito que dispensamos ao Pai e ao Filho. É apropriado adorarmos a Ele, como
adoramos as outras duas Pessoas da Trindade;
c) O Espírito Santo é um com o Pai e o Filho – não há pontos de tensão entre as
três pessoas;
d) No Espírito Santo, o Deus Triúno chega perto de nós – tão perto que, de fato,
entra em cada pessoa que crê.
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Pedro citou essa profecia, indicando que ela havia se cumprido. Assim, o que
ocorreu em Pentecostes, na verdade, não é um “segundo batismo” diferente do
anterior, mas sim, uma continuação da obra operativa do Espírito santo na vida do
crente. Não é a “vestimenta” do cristão, pois assim que o fiel aceita a Jesus Cristo
como único e suficiente Salvador, já está vestido com o Espírito Santo (Jo. 20:22)!
Assim sendo, o Dom Pentecostal é melhor visto como um “revestimento” (Lc.
24:49).
Desta forma, o Espírito Santo está presente, também, de um modo marcante logo
no início do ministério público de Jesus, e isto, em referência à Sua descida
perceptível sobre o Cristo (Mt. 3:16). Devido a este fenômeno, diz a Bíblia que
Jesus ficou “cheio do Espírito Santo” (Lc. 4:1). Até no ato de conduzir Jesus ao
deserto, para ser tentado, é descrito como ação do Espírito Santo (Mc. 1:12).
Erickson comenta até mesmo que isto é uma prova que a presença do Espírito
Santo na vida de Jesus o conduz a um conflito direto e imediato com as forças do
mal, e a antítese entre o Espírito Santo e o mal no mundo precisa vir à tona.
É claro que é certo que a obra principal do Espírito Santo é o ato de convencer o
ser humano do pecado da justiça e do juízo (Jo. 16:8-11). Na verdade, sem essa
obra do Espírito Santo, não pode haver conversão. Mas também é certo que a
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presença do Espírito Santo na vida do crente não é uma presença estática,
cristalizada. Desta forma, a regeneração é a transformação miraculosa do
indivíduo e a instalação da energia espiritual (aqui o cristão está vestido de poder),
porém, a obra do Espírito continua, levando o cristão a convicções sobrenaturais
através de experiências sobrenaturais (isto é revestimento de poder).
A Obra do Espírito, então, também é dar poder ao que crê (Jo. 14:12; At. 1:4,5),
ensinar (Jo. 14:26), interceder (Rm. 8:26,27), santificar (Gl. 5:22,23) e dar dons
especiais aos crentes dentro do corpo de Cristo (I Co. 12:4-11).
Dentre os dons especiais, os mais mencionados entre os pentecostais são o de
cura, a expulsão de demônios e, em especial, a glossolalia, ou falar em línguas. A
questão que perdura diante de alguns estudiosos é se estes dons, principalmente
o último, foram exercidos no período apostólico somente ou se continuam até
hoje!
Porém, algo que ainda está se cogitando, é o fato deste Dom aparecer também
em outras religiões. Mas, creio que a “contrafação” é um ardil antigo de Satanás, e
é exatamente por isso que um dos dons especiais do Espírito em I Coríntios 12, é
o de “discernimento de espíritos”!
A psicologia também entrou neste assunto dizendo que isto pode ocorrer através
de catarses, mas, se assim for, então, Paulo, Pedro, etc. estavam passando por
uma lavagem cerebral?
Erickson, assim, interpreta este fenômeno como o ato de ser “cheio do Espírito
Santo”. Porém, em nenhuma parte da Escritura, vê-se uma ordem especifica da
obrigatoriedade de sermos batizados no Espírito Santo ou pelo Espírito Santo.
Pelo que Erickson julga, diante disto tudo, que não tem certeza se os fenômenos
ocorridos atualmente, são realmente dons do Espírito Santo. Contudo, mesmo que
a história prove que o Dom de línguas cessou, segundo Erickson, não há nada
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que impeça Deus de restabelecê-lo. E este Dom, na verdade, não é uma questão
de termos mais do Espírito Santo de Deus em nós, pois todos nós possuímos o
Espírito em sua totalidade. Trata-se, antes, de uma questão de Ele possuir uma
fatia maior da nossa vida.
Enfim, temos que ter em mente que mais importante que receber certos dons é o
desenvolvimento do fruto do Espírito em nossas vidas. Conforme Paulo, é através
do fruto, e não dos dons, que temos a verdadeira prova de que o Espírito está
atuando nos cristãos.
Não devemos, assim, nos apressarmos para julgar nem uma das duas partes,
mas sim, devemos tomar uma postura cônscia e bíblica diante deste fato!
Estude com fé depois de ter terminado os seus estudos, envie seu questionário
com as respostas devidas para o endereço de e-mail: teologiagratis@hotmail.com,
se assim quiser, logo após respondido e corrigido o questionário, alcançando
media acima de 7,5, solicite o seu Lindo DIPLOMA de Formatura e a sua
Credencial de Seminarista formado, também poderá solicitar estagio missionário
em uma de nossas igrejas no Brasil ou exterior traves da Federação Internacional
das Igrejas e Pastores no Brasil ou Fenipe, que depois do Estagio se assim o
achar apto para o Ministério poderá solicitar a sua ordenação por uma de nossas
organizações filiadas no Brasil ou no exterior, assim você poderá também receber
a sua Credencial de Ministro Aspirante ao Ministério de Nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. Esta apostila tem 114 pagina boa sorte.
Sem nadas mais graça e Paz da Parte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo
bons estudos.
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