Òrìsà Èsù

ÌYÁNGUÍ - É a primeira forma e a mais importante, é a única que lhe confere uma qualidade de
Imole, seguindo os ritos das tradições Nagôs.
ÌTÒN OU ÌTÀN
( como é comumente chamado hoje em dia) - O ar e as águas moveram-se conjuntamente e uma
parte transformou-se em lama. Dessa lama originou-se uma bolha ou montículo ao qual se tem como
representação no seu fundamento, a primeira matéria dotada de forma, um rochedo avermelhado e
lamacento.
Olódùmarè admirou esta forma e soprou sobre o montículo, insuflando-lhe seu hálito e lhe deu vida.
Esta forma, a primeira dotada de existência individual um rochedo de Laterita, era se não Ìyánguí
`Yangí´.
Ficamos assim bem entendidos e claro que Ìmòlé Èsù, foi criado e produzido por Olódùmarè , nunca
pensando que foi da mesma matéria divina, da qual ele já havia criado Obàtálà e Odùduwá, o par
divino, mas sim daquela matéria que iria formar toda a existência, ou seja, a Eerupe ou Amó “lama”,
da mesma que seria recriada também toda a humanidade (seres terrestres) que um dia o Ebora Ikú
e/ou morte, a qual um dia será devolvido a essa mesma lama.
Portanto, o Ìmòlé Èsù é o primeiro ser criado, é o símbolo por excelência do ser criado. E por este
grande motivo também é chamado e conhecido por Èsú Àgbà e/ou Èsú Ancestre. Sendo assim, seus
assentos na `Africa´ antigamente eram simplesmente um pedaço de Laterita Vermelha, afincado
dentro do solo , nas Oritá´Meta e/ou encruzilhadas de três pontos, nas entradas das aldeias, e ainda
poderiam constar deste “assentos”com diversas outras coisas.
Na versão antiga dos Povos Nagôs, mostram que o Ìmòlé Èsù foi criado logo após Obàtálà e
Odùduwá por Olódùmarè,seria ele, portanto, o Igbà Keta e/ou a terceira cabaça e/ou o terceiro
criado, assim sendo, colocaríamos ele como o elemento dinâmico que nos leva a propulsão, a
mobilização, a transformação, e do crescimento, no geral aquele que faz o ar em movimento no
aspecto geral, e que tem a participação e tudo aquilo que venha acontecer e a existir no mundo.
Os Orìkí de Èsù nos mostram como este Ìmòlé, logo, logo, iria ter seu descontrole, e nos conta que
logo iria começar a devorar tudo que existia ao seu redor. Então foi ele obrigado por Orùnmilá, após
uma longa perseguição a vomitar tudo ao seu redor, porém, tudo em dobro que havia comido, em
melhor qualidade e com maior perfeição, por tudo isso, muitos buscam em Èsù caminhos,
prosperidade, sucesso, proteção, força para liderar, e etc.
Como já foi dito acima “Ìyánguí´Yangí” é o mais velho, a primeira forma a surgir no mundo. É o
dono do poder dinâmico.
Rei de todos os seus descendentes, foi o primeiro nascido de sua linhagem, pai ancestral. Este
ancestral foi formado através da mistura de água e terra (lama), matéria prima que depois Ikú usou
para modelar o ser humano.
É conhecido também como pedra vermelha de laterita ou como a pró forma (primeira forma), ou
seja, primeira matéria dotada de forma da multiplicação dos seres.
Esta laterita pedra é marrom, é tipo um minerio de ferro, dizem ser o solo de Ketú também e de
outras muitas localidades da África.
Ele está ligado tanto ao ancestral masculino quanto o feminino. Carrega o “ADOIYRAN” cabaça
que contém a força de se propagar, muitos usam isso em seu assentamento, mais na verdade o
segredo real se encontra no verdadeiro “solo”. Esta é a verdadeira cabaça ao qual ele é acomodado.
É o primeiro e mais velho dos Èsùs. Digamos assim, ele não gosta muito que o chamem assim, como
Bábá Alè também não gosta de ser chamado de Èsù. Melhor chama-lo de Ìyànguí somente, entre
outros nomes. Por ser considerado o caminho primordial, também é ligado a Orùnmilá. Nenhum de
seus rituais é feito a luz de velas (esta divindade não conhece isso) usamos lamparina antiga entre
diversas outras formas.
Ele é formado no interior da terra, daí também nasce sua fundamentação, esta divindade é muito boa
pra caminhos, aliás literalmente ligado a caminhos, segurança, pois também faz sua parte como um
guardião, buscando prosperidade, caminhos, este ancestral é muito ligado a ebós, existem diversos
ebós especificos para ele.