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Administração Pública p/ AFRFB - Teoria e Questões

Prof. Victorio Amoedo

AULA 05

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Teoria e Questões Comentadas
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AULA 05

11. Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14. Orçamento público e os


parâmetros da política fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16. Orçamento
e gestão das organizações do setor público; características básicas
de sistemas orçamentários modernos: estrutura programática,
econômica e organizacional para alocação de recursos
(classificações orçamentárias); mensuração de desempenho e
controle orçamentário. 17. Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do
PPA. 18. Modelo de gestão do PPA.

SUMÁRIO PÁGINA
Sumário 01
Informações sobre o curso 02
1. Ciclo de Gestão do Governo Federal (11); e Orçamento
Público e os Parâmetros de política fiscal (14); Ciclo 03
orçamentário (15).

2. Orçamento e gestão das organizações do setor público;


características básicas de sistemas orçamentários
modernos: estrutura programática, econômica e
29
organizacional para alocação de recursos (classificações
orçamentárias); mensuração de desempenho e controle
orçamentário (16).
3. Modelo de Gestão do PPA (18) 37
4. Exercícios Propostos 43
5. Exercícios Comentados 59

Olá meus amigos!

Nessa aula veremos os tópicos 11, 14, 15, 16, 17 e 18 do Edital: 11.
Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14. Orçamento público e os
parâmetros da política fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16. Orçamento
e gestão das organizações do setor público; características básicas de
sistemas orçamentários modernos: estrutura programática,
econômica e organizacional para alocação de recursos (classificações
orçamentárias); mensuração de desempenho e controle orçamentário.
17. Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de
gestão do PPA.

Estudem que o resultado virá!

Professor Victório Amoedo

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Informações sobre o curso

1. Divisão das aulas


Segue o nosso cronograma atualizado:

AULA ASSUNTO DATA

2. Modelos Teóricos de Administração Pública:


Aula 00 ---
Patrimonialismo e Burocracia.

1. Organização do Estado e da administração


Pública; 2. Modelos Teóricos de Administração
Aula 01 17/03
Pública: Gerencial; e 3. Experiências de
Reformas administrativas.

4. O processo de Modernização da Administração


Aula 02 Pública; 5. Evolução dos modelos/paradigmas de 28/03
gestão: A Nova Gestão Pública.

6. Governabilidade, Governança e Accountability;


Aula 03 07/04
7. Governo eletrônico e Transparência;

8. Qualidade na administração Pública. 9. Novas


Aula 04 tecnologias gerenciais e organizacionais e sua 14/04
aplicação na Administração Pública.

11. Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14.


Orçamento público e os parâmetros da política
fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16. Orçamento e
gestão das organizações do setor público;
características básicas de sistemas orçamentários
Aula 05 modernos: estrutura programática, econômica e 21/04
organizacional para alocação de recursos
(classificações orçamentárias); mensuração de
desempenho e controle orçamentário. 17.
Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA.
18. Modelo de gestão do PPA.
12. Controle da Administração Pública; 13. Ética
Aula 06 no exercício da Função Pública; e 10. Gestão 30/04
Pública Empreendedora.

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11. Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14. Orçamento público


e os parâmetros da política fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16.
Orçamento e gestão das organizações do setor público;
características básicas de sistemas orçamentários modernos:
estrutura programática, econômica e organizacional para
alocação de recursos (classificações orçamentárias);
mensuração de desempenho e controle orçamentário. 17.
Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de
gestão do PPA.

1. Ciclo de Gestão do Governo Federal (11); e Orçamento


Público e os Parâmetros de política fiscal (14).

Melhor começarmos o nosso estudo sobre o orçamento definindo o


que ele significa. Um Orçamento é, em linguagem simplificada, uma
planilha de cálculo que possui duas colunas, uma que trata das
origens de recursos, prevendo as entradas para o próximo exercício, e
outra quantificando as despesas necessárias para esse mesmo
exercício.

Do ponto de vista político, segundo a ESAF, o Orçamento corresponde


ao contrato formulado anualmente entre governo e sociedade sobre
as ações a serem implementadas pelo setor público.

Em nada, a não ser a proporção, se diferencia o Orçamento de uma


empresa ou país ao de uma residência. Aliás, é isso que a Primeira
Ministra Inglesa Margaret Thatcher costumava dizer quando afirmava
que as donas de casa sabiam que não podiam gastar mais do que
ganhavam, ao justificar a necessidade de ajuste fiscal no orçamento
inglês.
No caso público, o orçamento é a peça que fixa as despesas e estima
as receitas. Trata-se de um conjunto de leis que definem e controlam

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como os recursos públicos arrecadados serão aplicados em um


determinado exercício fiscal.
Em relação às despesas, podemos classifica-las em dois grupos:

Despesas correntes: Despesas com a execução e a manutenção da


ação governamental, como pagamento de salários, água, luz e
telefone das repartições públicas.
São também despesas correntes os juros de financiamentos
contraídos no passado. As despesas correntes não contribuem
diretamente para aumentar a capacidade produtiva da economia.

Despesas de Capital: Despesas com a formação de um bem de


capital ou com a adição de valor a um bem já existente, como, por
exemplo: A construção de escolas, estradas, pontes, compra de
computadores para repartições públicas, compra de imóveis, etc. São
classificadas em investimentos, inversões financeiras e transferências
de capital. São, também, despesas de capital a amortização de
financiamentos contraídos no passado.

Parâmetros de Politica Fiscal

Quanto a suas funções, o orçamento pode ser classificado:


• Função Alocativa: Acontece quando o Estado promove
investimentos na infraestrutura econômica ou na criação de
bens públicos e bens meritórios utilizando o orçamento público
como instrumento de realização, principalmente nos casos nos
quais o setor privado não apresenta interesse e que envolvem
questões de relevância nacional.
• Função distributiva: O orçamento pode ser utilizado como
instrumento para a viabilização de políticas públicas de
distribuição de renda.
• Função estabilizadora: É nessa função na qual realmente se
materializam, via orçamento público, os quatro objetivos
macroeconômicos da política monetária (executada pelo BACEN
– Juros, compulsórios e Quantidade de Moeda) e tendo como
grande instrumento de operacionalização a política fiscal
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(Executada por todos os órgãos e entidades da administração),


tais como a manutenção dos níveis de emprego, a estabilidade
de preços – combate à inflação, o equilíbrio no balanço de
pagamentos e as taxas de crescimento econômico satisfatórias.
Dito isto, podemos perceber que o orçamento público pode ser um
instrumento Expansionista ou Contracionista da economia, a depender
dos objetivos a serem alcançados pelo governo. Ao expandir a
Demanda Agregada via aumento do gasto público ou redução da taxa
de juros temos a política expansionista. Já ao aumentar os juros,
aumentar o compulsório e reduzir os gastos públicos, típicos da
política fiscal, o governo está adotando uma política contracionista,
reduzindo a demanda agregada.
É importante também compreender que a política fiscal possui duas
dimensões: A tributária, ou a origem, (aumento de impostos ou sua
redução via isenções ou reduções de alíquotas) e a orçamentária, que
envolve os gastos do governo, ou suas aplicações.

Ciclo Orçamentário (15)

O ciclo orçamentário é composto de quatro fases, a saber:


• Elaboração: Momento em que são
estabelecidas as metas e as prioridades, a definição
de programas, de obras e das estimativas das
receitas, incluindo-se, ainda, nessa fase, as
discussões com a população e com as entidades
representativas.
• Apreciação e votação: Fase na qual o Poder
Legislativo aprecia a proposta sugerida pelo
Executivo, sendo possível, sob certas condições,
sua emenda ou rejeição.
• Execução: Com a publicação da Lei Orçamentária
Anual, nos termos da LRF, o executivo tem até 30
dias para estabelecer a programação financeira e o
cronograma mensal de execução e desembolso. Em
seguida inicia-se a realização (gasto) propriamente
dita das despesas autorizadas no orçamento.

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• Controle: Realizada a despesa, competirá aos


órgãos de controle a apreciação e julgamento das
contas apresentadas pelos gestores públicos.

O orçamento tem um elemento chave, para o qual todas as ações


orçamentárias convergem, o Programa. Ele pode ser definido como o
elemento organizativo central do Orçamento, compreendendo um
conjunto articulado de ações orçamentárias e não orçamentárias com
um objetivo específico.
Os programas são unidades de integração entre o planejamento e o
orçamento. Todos os eventos do ciclo de gestão estão ligados a
programas.
Programa é um conjunto articulado de ações (projetos, atividades,
operações especiais e ações não orçamentárias) estruturas e pessoas
motivadas ao alcance de um objetivo comum. Este objetivo é
concretizado num resultado (solução de um problema ou atendimento
de demanda da sociedade), expresso pela evolução de indicadores no
período de execução do programa, possibilitando-se, assim, a
avaliação objetiva da atuação do governo.
O ordenamento das ações do governo sob a forma de programas tem
por objetivo dar maior visibilidade aos resultados e benefícios gerados
para a sociedade, garantindo transparência e objetividade à aplicação
dos recursos públicos. As ações que compõem um Programa resultam
em produtos (bens ou serviços) e são quantificadas no tempo por
metas.
Os Programas integrantes do PPA são elemento de integração entre o
planejamento, o orçamento e a gestão.
Para a elaboração de Programas do PPA, problemas são demandas
não satisfeitas ou carências identificadas que, quando reconhecidas e
declaradas pelo governo, passam a integrar sua agenda de
compromissos.
Convém ressaltar que, definido um problema, são suas causas objeto
de ações para saná-las, combatê-las ou reduzi-las. É importante não
confundir causa (origens do problema) com efeitos (produtos fortuitos
de uma causa). Um programa que ataca efeitos em lugar de causas

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não alcança a efetividade e certamente não representa uma solução


real para o problema.
Um programa é implementado pela execução de ações (orçamentárias
e não orçamentárias) que o compõem e devem contribuir e ser
suficientes para o alcance do objetivo do programa.
As ações que não demandam recursos orçamentários, mas geram
bens ou serviços voltados para uma parcela ou a totalidade do
público-alvo do programa, são denominadas ações não orçamentárias.
Em resumo, os seguintes requisitos são necessários à
formulação de um programa do Plano Plurianual no âmbito do
Governo Federal:
• ter como objetivo dar solução a problema da sociedade, mediante
um conjunto integrado e suficiente de ações orçamentárias e não
orçamentárias, que expresse uma relação consistente entre causa e
efeito, entre o problema a resolver e o objetivo do programa e entre
as metas das ações e a evolução esperada dos indicadores do
programa;
• ter como objetivo explicitado de modo a permitir a mensuração dos
resultados sobre um público-alvo definido;
• possuir escala adequada a um gerenciamento eficaz – não deve ser
tão amplo que torne difícil seu gerenciamento, nem tão restrito a
ponto de ser inviável em função de seus custos de implantação,
manutenção e gerenciamento;
• ter consistência com as diretrizes emanadas das Orientações
Estratégicas de Governo e da Orientação Estratégica do Ministério;
• estabelecer compatibilidade entre os dispêndios previstos e a
disponibilidade de recursos no horizonte em questão, conforme
definido no cenário macroeconômico.

Sistema de Planejamento e Orçamento

A Constituição Federal de 1988 definiu o sistema de planejamento e


orçamento vigente no nosso país. Essa estrutura, composta por
diversas peças orçamentárias, todas previstas na Carta Magna, tem o

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objetivo de integrar a função planejamento com a função orçamento,


tendo o programa papel de destaque nessa dinâmica.
James Giacomoni apresenta o seguinte diagrama para representar o
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento:

Estratégia de Desenvolvimento
Definição de uma imagem Prospectiva
Determinação de Projetos Estratégicos
Enunciado de políticas básicas

Planos de Médio Prazo

Planos Operativos Anuais

Segundo o autor, a estratégia de desenvolvimento seria um resultado


de certas “grandes alternativas”, escolhidas como as prioridades para
o desenvolvimento do país. Essas “alternativas” ou “escolhas” são
formalizadas, em regra, nos planos nacionais de longo prazo e se
apoiam em três elementos principais:
• Imagem Prospectiva: São as prioridades e
objetivos “macro” que guiam um plano de governo.
Elas devem impactar em mudanças concretas na
sociedade e economia.
• Projetos Estratégicos: São os projetos que
materializam e individualizam as escolhas tomadas
pelo gestor na fase da imagem prospectiva,
caracterizam-se por serem intersetoriais.

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• Políticas Básicas: Condicionam as ações e decisões


dos setores público e privado, viabilizando os
projetos estratégicos.
Os planos de médio prazo detalham as estratégias, e segmentando o
planejamento. Em regra são planos setoriais, sendo compostos por
programas básicos que determinam as metas a serem alcançadas em
seu respectivo setor econômico, fixando os recursos orçamentários
necessários para essa tarefa, a exemplo de pessoal, materiais,
treinamento, etc.

Os Planos operativos anuais estabelecem metas de curto prazo a


serem atingidas, bem como orientações e regulamentações a serem
cumpridas pelo setor privado (preços, salários, tributação). Nos
planos anuais constam as necessidades financeiras, material e
humana das diversas metas, distribuídas em cronogramas.
No sistema brasileiro, a Constituição prevê duas modalidades de
Planos. O primeiro seria o Planejamento do desenvolvimento
econômico social, o segundo seria o conhecido Plano Plurianual, que
estudaremos mais adiante.

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O planejamento de longo prazo abrange períodos superiores a dez


anos (sendo Apenas indicativo), enquanto que para o PPA, apesar de
ter natureza de longo prazo e estratégica, abrange um período
constitucionalmente estabelecido de apenas quatro anos (normativo).
Vejamos alguns dispositivos constitucionais que versam sobre as
peças de planejamento de longo prazo de desenvolvimento econômico
social:

Art. 21. Compete à União:

IX - elaborar e executar planos nacionais e


regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de


educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em
regime de colaboração e definir diretrizes,
objetivos, metas e estratégias de implementação
para assegurar a manutenção e desenvolvimento
do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas
que conduzam a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)

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Art. 215, 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional


de Cultura, de duração plurianual, visando ao
desenvolvimento cultural do País e à integração
das ações do poder público que conduzem
à: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
2005)

Art. 227, § 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela


Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

I - o estatuto da juventude, destinado a regular os


direitos dos jovens; (Incluído Pela Emenda
Constitucional nº 65, de 2010)

II - o plano nacional de juventude, de duração


decenal, visando à articulação das várias esferas
do poder público para a execução de políticas
públicas. (Incluído Pela Emenda Constitucional nº
65, de 2010)

Já o PPA é um plano de natureza mais “vinculada”, por possuir


reserva de Lei, conforme a Constituição determina. Trata-se de
planejamento de longo prazo mediador entre a LDO (Lei de Diretrizes
Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual).
Segundo a Mensagem presidencial do PPA 2008-2011, O PPA seria um
instrumento mediador entre a LOA, ou Orçamento Anual propriamente
dito, e o Planejamento de Longo Prazo, com um horizonte mais
amplo, de 20 anos no caso.
O Planejamento de Longo Prazo traria a Orientação Estratégica para o
desenvolvimento de longo prazo. O papel do PPA seria fixar os
programas e ações, alinhados com o plano de longo prazo, definindo-
os de forma mais detalhada para que a LDO e a LOA prevejam os
recursos para executar esses programas e ações previstos nos planos
anteriores.
Há controvérsias quanto à natureza do PPA, se de médio ou longo
prazo. O MPOG considera o PPA como um plano de médio prazo,
conforme seu manual técnico de orçamento:

“O PPA é o instrumento de planejamento de


médio prazo do Governo Federal, que estabelece,
de forma regionalizada, os objetivos e metas da
Administração Pública Federal para as despesas

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de capital e outras dela decorrentes e para as


relativas aos programas de duração continuada.”

Contudo, para a ESAF o posicionamento pé outro. Para ela o PPA é


planejamento de Longo Prazo, já que a Constituição formalmente
o prevê como instrumento de planejamento estratégico, tendo papel
prioritário na organização orçamentária.
Muito cuidado com afirmativas que versem sobre esse tema na prova,
a depender do contexto, a ESAF poderia facilmente mudar seu
entendimento fixado na alternativa abaixo:

(ESAF APO 2008) O planejamento governamental


estratégico tem como documento básico o Plano
Plurianual.

Gestão por Programas

A Gestão por programas é uma forma de gestão orientada para


resultados, mudando o foco dos meios para os fins, ou seja, impactos
sociais. Essa administração pressupõe orientar toda a ação
governamental para a resolução de problemas ou demandas da
sociedade.
A gestão tradicional dificulta a gestão por resultados, já que segmenta
a ação governamental em funções (Saúde, Saneamento, educação,
etc.) enquanto que os problemas são integrados.
A gestão por programas permite dinâmicas produtivas mais adaptadas
à realidade atual. O trabalho em redes, com equipes descentralizadas
e multidisciplinares e o empoderamento são práticas que seriam
vedadas em uma gestão tradicional legalista e que produzem
resultados interessantes.
A origem dessa gestão veio da ONU (Nações Unidas) na década de
50. Inspirada na experiência americana, esse instrumento permitiu
identificar os programas, projetos e as atividades que o governo
pretendia executar, estabelecendo os objetivos e metas, além dos
custos e resultados esperados.
Para Giacomoni, o Orçamento Programa é aquele que enfatiza:

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• Os objetivos e propósitos perseguidos pela


instituição e para cuja consecução são utilizados
os recursos orçamentários.
• Os programas, ou seja, os instrumentos de
integração dos esforços governamentais no
sentido de concretização dos objetivos.
• Os custos dos programas medidos através da
identificação dos meios (pessoal, material,
serviços, etc.) necessários à obtenção de
resultados. Tal análise pode, inclusive, projetar os
custos para mais de um exercício financeiro.
• Medidas de desempenho, com a finalidade de
medir as realizações, os esforços despendidos na
execução dos programas e a responsabilidade pela
execução.
O programa pode ser definido como o conjunto articulado de ações
(relativas a investimentos, despesas correntes e outras ações não
orçamentárias), para o alcance de um objetivo. Esse objetivo
representa os resultados desejados, ou seja, o impacto social que se
deseja, mensurado através de indicadores que permitam a avaliação
quantitativa e qualitativa da atuação governamental.
Todos os recursos orçamentários são alocados em programas
previstos no PPA, na forma de ações, à exceção das transferências de
recursos constitucionalmente previstas aos estados e municípios.
No Brasil, tanto o Decreto Lei 200 quanto a Lei 4.320, ainda em vigor,
que trata do Direito Financeiro e regulamenta a elaboração e o
controle dos orçamentos e balanços da União, Estados e Municípios,
fixam o programa como elemento central do orçamento.

Gestão do PPA

O processo de gestão do PPA é composto pelas etapas de elaboração,


implementação, monitoramento, avaliação e revisão dos programas.
Essas etapas formam o ciclo de gestão do PPA:

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• Elaboração do PPA: Processo de concepção das


orientações estratégicas, diretrizes e objetivos
estruturados em programas com vistas ao alcance
dos projetos de governo.
• Monitoramento do PPA: Processo contínuo de
acompanhamento da implementação do Plano
Plurianual, referenciado na estratégia de
desenvolvimento e nos desafios, que objetiva
subsidiar a alocação dos recursos, identificar e
superar restrições sistêmicas, corrigir rumos,
sistematizar elementos para subsidiar os processos
de avaliação revisão, e, assim, contribuir para a
obtenção dos resultados globais desejados.
• Avaliação do PPA: Processo sistemático de
aferição periódica dos resultados e da aplicação dos
recursos, segundo os critérios da eficiência, eficácia
e efetividade, permitindo sua implementação no
âmbito das organizações públicas, o
aperfeiçoamento do PPA e o alcance dos objetivos
do governo.
• Revisão do PPA: Processo de adequação do PPA
às mudanças internas e externas da conjuntura
política, social e econômica por meio da alteração,
exclusão ou inclusão de programa, resultante dos
processos de monitoramento e avaliação.

Disposições constitucionais Orçamentárias:

As disposições constitucionais acerca do tema Orçamento são, sem


dúvida, a parte mais importante do estudo desse capítulo. A chance
desses dispositivos serem cobrados em provas elaboradas pela ESAF
é altíssima, basta olhar para os últimos concursos para chegar a essa
conclusão. Desse modo, estudaremos todos esses artigos.
De início, o Art. 165 da Constituição dispõe sobre a estrutura
orçamentária brasileira. Ele estabelece que competirá ao Executivo a
iniciativa de Lei orçamentária que submeterá ao congresso a proposta

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orçamentária. Essa proposta, ou projetos de Lei, estabelecerão as três


Leis que estruturam o processo orçamentário brasileiro, a saber: O
Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei
Orçamentária Anual.
A despeito da importância dessas Leis, devemos ter em mente que a
Constituição reservou a Lei Ordinária a sua iniciativa. Reforço que isso
já foi cobrado em prova! Portanto, atenção.
Outro ponto que já foi cobrado pela ESAF é afirmar que a iniciativa de
Lei do Orçamento do Poder Judiciário compete ao mesmo. Sabemos
que isso é falso, o Judiciário, assim como o Legislativo, deve enviar
proposta orçamentária, que será apreciada pelo Legislativo. Contudo,
a iniciativa de Lei Orçamentária é do Executivo.

Seção II
DOS ORÇAMENTOS

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo


estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

O PPA, ainda no mesmo artigo, estabelecerá, de forma regionalizada,


as diretrizes, objetivos e metas, o recorrentemente cobrado em
provas DOM. Devemos lembrar ainda que essa mesma Lei
estabelecerá as despesas de capital (investimentos) e as outras dela
decorrentes (despesas correntes relacionadas diretamente com os
investimentos), além dos gastos com programas de duração
continuada.
O PPA estabelece as Diretrizes, Objetivos e Metas para a
Administração pública. O PPA contém os Programas com que a
administração pretende atender as demandas da população, esses
programas são desdobrados em ações. Constam do PPA todas as
despesas de capital e de custeio delas decorrentes e as referentes à
programas de duração continuada. Se um governo pretende expandir
a rede escolar, por exemplo, deverá incluir no PPA, não apenas a
construção de escolas e seu equipamento, como também as despesas
com a manutenção dessa nova escola, o salário dos professores, o
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material escolar, a merenda, etc. Além disso, o PPA não pode


descuidar das atividades que já existem – programas de duração
continuada, como a manutenção de escolas e hospitais.
Apresentado pelo Poder Executivo ao Legislativo no primeiro ano do
mandato, o PPA cobre quatro anos – do segundo ano da
administração seguinte, inclusive (dando tempo à nova administração
de elaborar seu PPA). O administrador (Presidente, Governador ou
Prefeito), ao assumir o governo, encontrará um PPA já em
andamento, com coordenadas já definidas pelo gestor anterior para o
primeiro ano de seu mandato. Como veremos abaixo, dentro de
certos limites, ele poderá rever esse PPA, fazendo adaptações a esse
plano já no primeiro ano de sua administração.
O PPA deve nascer durante a campanha eleitoral do chefe do
executivo, quando eles apresentam aos eleitores o seu programa de
governo. Nesse programa o candidato informará seus planos para as
diversas áreas (saúde, educação, segurança, etc.) com as metas para
cada período.
Decidida a eleição, o plano de governo do candidato vencedor deve
servir como principal insumo para a elaboração de uma orientação
estratégica de governo. Essa orientação deve subsidiar a elaboração
das diretrizes estratégicas de cada setor, de forma que seja criado um
grupo sinérgico e cooperativo de políticas governamentais.
Estabelecidas as orientações estratégicas, devem ser definidas as
políticas propriamente ditas, que serão materializadas por meio dos
programas e ações (orçamentárias ou não) que os compõem.
Paralelamente a essas definições, é realizada uma projeção do cenário
fiscal para o período do plano, de forma a dimensionar a
disponibilidade de recursos orçamentários para a implementação dos
programas.
Essa lógica de construção está apresentada na figura abaixo:

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A Constituição criou o PPA com a intenção de evitar descontinuidade


pela substituição de governantes. No entanto, nem sempre essa
determinação é cumprida, havendo governantes que interrompem os
programas e atividades iniciados nas gestões anteriores.

A execução de iniciativas, traduzidas em ações, por qualquer


um dos poderes somente poderá ser realizada se estiver
incluída no PPA.

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

Avaliação, Gestão e Revisão do PPA

Uma vez aprovado, o PPA orienta a elaboração da LDO e da LOA a


cada um dos seus quatro anos de vigência, conforme detalhamento
abaixo. O PPA deverá ser monitorado e avaliado de forma a permitir
que se façam as mudanças necessárias, consistentes com as
condições com que se defronte a administração pública.

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O Art. 165, da Constituição Federal, determina que seja aprovada Lei


Complementar definindo regras de gestão financeira e patrimonial da
administração pública. Há diversos projetos de Lei em tramitação no
Congresso, mas nada aprovado até o momento. Não havendo
regramento geral, a avaliação e revisão do PPA são regulamentadas
por um ente federativo – pela União, Estados e por cada Município. No
caso Federal, o Poder Executivo produz, anualmente, um relatório de
avaliação e um projeto de Lei de revisão do PPA. A avaliação tem a
finalidade de examinar o desempenho dos programas
governamentais, verificando se os objetivos pretendidos foram
atingidos. Os resultados dessas avaliações serão posteriormente
incorporados na revisão do PPA, que também é anual. A revisão é
importante e contribui para aperfeiçoar a qualidade da programação
prevista no PPA, além de possibilitar ajustes necessários em
decorrência de mudanças nas variáveis econômicas. Esses dois
instrumentos – Relatório de Avaliação e Projeto de Lei de Revisão do
PPA – são encaminhados ao Congresso Nacional para discussão e
aprovação.

Estrutura do PPA

Na ausência do regramento geral, a forma de apresentação do PPA


varia de um ente federativo para outro, atendidas às determinações
básicas da Constituição. No caso da União, por exemplo, a estrutura
do PPA possui o seguinte detalhamento: As diretrizes são
desdobradas em programas, os programas são desdobrados em
objetivos, os objetivos desdobrados em ações e as ações apresentam
as metas a serem cumpridas:

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Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO foi uma inovação introduzida pela Constituição de 1988. Com a


redemocratização do país ocorrida a partir de 1985, com a posse de
um presidente civil, após vinte anos de ditadura, foi instaurada uma
Assembleia Nacional Constituinte para elaborar a nova Constituição.

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O parlamento brasileiro resgatava, assim, prerrogativas que durante o


regime militar foram usurpadas pelo Poder Executivo, como, por
exemplo, a capacidade de propor mudanças no projeto de Leio
Orçamentária Anual.
Nesse contexto, o Congresso não queria receber um orçamento
estruturado sobre premissas que não fossem de seu conhecimento
prévio e apenas para participar das discussões do projeto de Lei. O
parlamento queria interferir nos critérios de elaboração do
Orçamento. O instrumento para isso é a Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO.
Conforme estabelece a Constituição, cabe à LDO dispor sobre:
• Metas e prioridades para a Administração Pública, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro seguinte.
• Orientar a elaboração da LOA.
• Efetuar alterações na legislação tributária.
• Estabelecer formas de financiamento do orçamento.
O projeto de LDO é elaborado pelo Executivo e deve ser apreciado
pelo Legislativo e votado já no primeiro semestre de cada ano, uma
vez que ele estabelece os parâmetros e critérios para elaboração do
orçamento para o ano seguinte. Assim, por exemplo, em 2014, é
apresentado o projeto da LDO 2015, que orienta a elaboração da LOA
2015.

A LDO compreenderá as metas e prioridades, da Administração


Federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, lembrem-se disso! Além disso, cabe à mesma
orientar a elaboração da LOA e dispor sobre alterações na
legislação tributária.

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

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O parágrafo terceiro já foi cobrado em provas, lembrem-se dessa


obrigação do executivo de publicar, em até 30 dias findo o bimestre,
relatório resumido de execução orçamentária.

§ 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias


após o encerramento de cada bimestre, relatório
resumido da execução orçamentária.

Por óbvio, as três peças orçamentárias (PPA, LDO e LOA) devem


guardar coerência entre si, convergindo para as disposições do PPA.

§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais


e setoriais previstos nesta Constituição serão
elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.

Lei Orçamentária Anual

O projeto de Lei Orçamentária é elaborado pelo Poder Executivo e


apreciado pelo legislativo. Após aprovado, se transforma no
Orçamento do ano seguinte, a LOA. Esta Lei apresenta a estimativa
da receita e a discriminação da despesa autorizada, de forma a
evidenciar a política econômico-financeira e o programa de trabalho
do governo. Deve ficar claro o caráter autorizativo da LOA: dizer que
a despesa foi autorizada não quer dizer que ela pode ser feita
(incorrida), naquela ação e naquele limite, não sendo, contudo,
obrigatória. Por outro lado, não se pode gastar recursos públicos em
ações para as quais não haja autorização na LOA, salvo em caso de
catástrofes, onde a despesa emergencial é realizada e o Legislativo é
posteriormente comunicado.
A elaboração do projeto da LOA pelo executivo deve seguir as
determinações da LDO aprovada. A receita estimada na LOA é
detalhada pelas diversas fontes e as despesas são discriminadas por
órgão de governo e por função. No caso de um município, por
exemplo, o gasto com merenda escolar deve indicar de onde vêm os
recursos – fontes – se de transferências do Fundo Nacional de
Desenvolvimento ou se das receitas próprias do município. A LOA
deverá também indicar qual órgão pelo qual correm as despesas: por
uma secretaria ou uma fundação.

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Em se tratando especificamente da LOA, a ESAF por diversas vezes


exigiu o conhecimento do parágrafo quinto. Ele dispõe que o
Orçamento compreenderá três sub orçamentos: o Fiscal, que
abrange os três poderes com suas entidades e fundos, entre outras
entidades mantidas pelo poder público; o de Investimento das
empresas em que a União diretamente ou indiretamente detenha a
maioria do capital social votante; e o da Seguridade Social, que
abrangerá todas as entidades e órgãos a ela vinculados, bem como
fundações mantidas pelo Estado.

§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da


União, seus fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em


que a União, direta ou indiretamente, detenha a
maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social,


abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta,
bem como os fundos e fundações instituídos e
mantidos pelo Poder Público.

§ 6º - O projeto de lei orçamentária será


acompanhado de demonstrativo regionalizado do
efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de
isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e
creditícia.

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste


artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.

O princípio da especialidade também foi determinado pela


constituição, a fim de evitar a inclusão de emendas não oportunas à
linha temática da Lei Orçamentária. Todos os dispositivos da LOA
deverão tratar sobre matéria orçamentária (receita ou despesa), sob
pena de inconstitucionalidade.
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§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá


dispositivo estranho à previsão da receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da lei.

É sempre interessante ter em mente as matérias reservadas a Lei


Complementar, é tema constante em provas. Reparem que as Leis
Orçamentárias propriamente ditas são Leis Ordinárias, contudo,
caberá à Lei Complementar dispor sobre, entre outros temas,
regulação do processo orçamentário, incluindo exercício financeiro,
prazos, entre outros assuntos. Trata-se da LRF, LC 101, que regula a
execução orçamentária e temas de Direito Financeiro.

§ 9º - Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência,


os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da
lei orçamentária anual;

II - estabelecer normas de gestão financeira e


patrimonial da administração direta e indireta
bem como condições para a instituição e
funcionamento de fundos.

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano


plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente


de Senadores e Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos


referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Presidente da
República;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e


programas nacionais, regionais e setoriais
previstos nesta Constituição e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária,
sem prejuízo da atuação das demais comissões do

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Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de


acordo com o art. 58.

O parágrafo segundo autoriza a emenda orçamentária, sob certas


condições. Caso não impliquem aumento de despesa poderão ser
aprovadas sem restrições, seria o caso de correção de erros. Contudo,
quando o aumento de despesa for necessário, algumas condições
devem ser cumpridas.
Tais emendas deverão ser compatíveis com o PPA e a LDO. Caso não
versem sobre Serviço da Dívida, Dotação de Pessoal e seus encargos,
ou Transferências de recursos para outros entes federados somente
serão admitidas no caso de anulação de despesa. Caso versem,
deverão apontar a origem do recurso, admitida a anulação de despesa
ou outra fonte, como recursos arrecadados com a venda de uma
Empresa Pública, por exemplo.

§ 2º - As emendas serão apresentadas na


Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e
apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário
das duas Casas do Congresso Nacional.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento


anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e


com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos


apenas os provenientes de anulação de despesa,
excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;

b) serviço da dívida;

c) transferências tributárias constitucionais para


Estados, Municípios e Distrito Federal; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou

b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

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§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes


orçamentárias não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º - O Presidente da República poderá enviar


mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos a que se refere este
artigo enquanto não iniciada a votação, na
Comissão mista, da parte cuja alteração é
proposta.

§ 6º - Os projetos de lei do plano plurianual, das


diretrizes orçamentárias e do orçamento anual
serão enviados pelo Presidente da República ao
Congresso Nacional, nos termos da lei
complementar a que se refere o art. 165, § 9º.

§ 7º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste


artigo, no que não contrariar o disposto nesta
seção, as demais normas relativas ao processo
legislativo.

§ 8º - Os recursos que, em decorrência de veto,


emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante
créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa.

Art. 167. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos


na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou a assunção de


obrigações diretas que excedam os créditos
orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de créditos que


excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão,


fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se
referem os arts. 158 e 159, a destinação de

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recursos para as ações e serviços públicos de


saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da
administração tributária, como determinado,
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37,
XXII, e a prestação de garantias às operações de
crédito por antecipação de receita, previstas no
art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste
artigo; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

É importante lembrar que nenhuma despesa poderá ser executada


sem a autorização legislativa necessária, sob pena de ilegalidade.
Por crédito suplementar devemos entender os créditos destinados ao
reforço de dotação orçamentária já existente. Já os créditos adicionais
são os especiais, destinados a despesas para as quais não havia
dotação orçamentária específica.

V - a abertura de crédito suplementar ou especial


sem prévia autorização legislativa e sem indicação
dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a
transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para
outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos


ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa


específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da
seguridade social para suprir necessidade ou
cobrir déficit de empresas, fundações e fundos,
inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza,


sem prévia autorização legislativa.

X - a transferência voluntária de recursos e a


concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e
Estaduais e suas instituições financeiras, para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo
e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

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XI - a utilização dos recursos provenientes das


contribuições sociais de que trata o art. 195, I, a, e
II, para a realização de despesas distintas do
pagamento de benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art.
201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20,
de 1998)

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução


ultrapasse um exercício financeiro poderá ser
iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual,
ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.

Os créditos extraordinários são os destinados ao custeio de despesas


urgentes e imprevistas, a exemplo de guerra, comoção interna ou
calamidade pública.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão


vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, salvo se o ato de autorização for
promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de
seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subsequente.

§ 3º - A abertura de crédito extraordinário


somente será admitida para atender a despesas
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública,
observado o disposto no art. 62.

§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias


geradas pelos impostos a que se referem os arts.
155 e 156, e dos recursos de que tratam os arts.
157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de
garantia ou contragarantia à União e para
pagamento de débitos para com esta. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações


orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos
dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-
lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em
duodécimos, na forma da lei complementar a que

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se refere o art. 165, § 9º. (Redação dada pela


Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da


União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei complementar.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou


aumento de remuneração, a criação de cargos,
empregos e funções ou alteração de estrutura de
carreiras, bem como a admissão ou contratação
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e
entidades da administração direta ou indireta,
inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
poder público, só poderão ser
feitas: (Renumerado do parágrafo único, pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - se houver prévia dotação orçamentária


suficiente para atender às projeções de despesa de
pessoal e aos acréscimos dela
decorrentes; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

II - se houver autorização específica na lei de


diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas
públicas e as sociedades de economia
mista. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei


complementar referida neste artigo para a
adaptação aos parâmetros ali previstos, serão
imediatamente suspensos todos os repasses de
verbas federais ou estaduais aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios que não
observarem os referidos limites. (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos


com base neste artigo, durante o prazo fixado na
lei complementar referida no caput, a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios
adotarão as seguintes providências: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - redução em pelo menos vinte por cento das


despesas com cargos em comissão e funções de

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confiança; (Incluído pela Emenda Constitucional


nº 19, de 1998)

II - exoneração dos servidores não


estáveis. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998) (Vide Emenda Constitucional nº 19,
de 1998)

§ 4º Se as medidas adotadas com base no


parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei
complementar referida neste artigo, o servidor
estável poderá perder o cargo, desde que ato
normativo motivado de cada um dos Poderes
especifique a atividade funcional, o órgão ou
unidade administrativa objeto da redução de
pessoal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998)

§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do


parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano
de serviço. (Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998)

§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos


parágrafos anteriores será considerado extinto,
vedada a criação de cargo, emprego ou função
com atribuições iguais ou assemelhadas pelo
prazo de quatro anos. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a


serem obedecidas na efetivação do disposto no §
4º. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)

Orçamento e gestão das organizações do setor público;


características básicas de sistemas orçamentários modernos:
estrutura programática, econômica e organizacional para
alocação de recursos (classificações orçamentárias);
mensuração de desempenho e controle orçamentário (16).

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No campo da avaliação e monitoramento orçamentário podemos listar


três tipos: A avaliação Ex-ante, a Formativa e a Ex-post, ou Somativa.
A primeira é realizada antes do início do programa, objetivando
avaliar a viabilidade do mesmo. Ela é muito utilizada por órgão de
fomento e financeiros antes de conceder empréstimos e recursos.
Esse instrumento é importante para verificar também, previamente, a
adequação do programa no plano de governo, buscando sempre os
mais eficientes e que produzam os melhores resultados para a
sociedade (efetividade).
A segunda (Formativa) se dá durante a execução, focando no
processo, e não no resultado. Tal avaliação tem menos apreço pela
efetividade, buscando controlar a execução programática em termos
de eficácia e eficiência. As perguntas são: O público alvo está sendo
atendido conforme as metas? O cronograma está sendo cumprido? Há
eficiência na alocação dos recursos?
A terceira (Ex-post), foca diretamente no resultado da execução do
programa, depois de implementado. A preocupação aqui é verificar
em que medida o programa atingiu os resultados esperados pelos
seus formuladores. As perguntas são: Os beneficiários ficaram
satisfeitos com os resultados atingidos? Os resultados são compatíveis
com os esperados?
Quanto às classificações, existem diversas maneiras de se elaborar
um orçamento. Veremos como a ESAF classifica esses tipos de
orçamento:
• Orçamento Base Zero: Abordagem orçamentária
desenvolvida nos Estados Unidos da América, pela
Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi
adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy
Carter), com vistas ao ano fiscal de 1973.
Principais características: análise, revisão e
avaliação de todas as despesas propostas e não
apenas das solicitações que ultrapassam o nível de
gasto já existente; todos os programas devem ser
justificados cada vez que se inicia um novo ciclo
orçamentário.
• Orçamento Teto Fixo: Critério de alocação de
recursos que consiste em estabelecer um

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quantitativo financeiro fixo, geralmente obtido


mediante a aplicação de percentual único sobre as
despesas realizadas em determinado período, com
base no qual os órgãos/unidades deverão elaborar
suas propostas orçamentárias parciais. Também
conhecido, na gíria orçamentária, como "teto
burro".
• Orçamento Teto Móvel: Critério de alocação de
recursos que representa uma variação do chamado
"teto fixo", pois trabalha com percentuais
diferenciados, procurando refletir um
escalonamento de prioridades entre programações,
órgãos e unidades. Em gíria orçamentária,
conhecido como "teto inteligente".
• Orçamento Desempenho: Processo orçamentário
que se caracteriza por apresentar duas dimensões
do orçamento: o objeto de gasto e um programa de
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a
ênfase reside no desempenho organizacional, sendo
também conhecido como orçamento funcional.
• Orçamento Incremental: Orçamento feito através
de ajustes marginais nos seus itens de receita e
despesa.
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.
• Orçamento Tradicional: Processo orçamentário
em que apenas uma dimensão do orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é
conhecido como Orçamento Clássico.

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• Orçamento da Seguridade Social: Integra a Lei


Orçamentária Anual, e abrange todas as entidades,
fundos e fundações de administração direta e
indireta, instituídos e mantidos pelo Poder público,
vinculados à Seguridade Social.
• Orçamento Público: Lei de iniciativa do Poder
Executivo que estima a receita e fixa a despesa da
administração pública. É elaborada em um exercício
para depois de aprovada pelo Poder Legislativo,
vigorar no exercício seguinte.
• Orçamento SEST: Tipo de orçamento que controla
os dispêndios das empresas estatais (empresas
públicas, sociedades de economia mista e suas
subsidiárias e todas as empresas controladas pela
União, autarquias, fundações instituídas pelo Poder
Público e órgãos autônomos da administração
direta), de modo a ajustá-los aos programas
governamentais, tendo em vista os objetivos, as
políticas e as diretrizes constantes dos planos de
governo.
• Orçamentação: Detalhamento dos programas e
subprogramas constantes da programação de
governo, em ações específicas materializadas nos
projetos/atividades/subprojetos/subatividades
orçamentários. Compreende, também, a
especificação dos insumos materiais e recursos
humanos necessários ao desenvolvimento dessas
ações específicas, em conformidade com a
classificação por objeto de gasto legalmente
adotada.

Dimensões do Orçamento

O Orçamento pode ser interpretado de diversas formas, a depender


da dimensão que esteja sendo analisada. Vejamos as principais:

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• Dimensão política: O orçamento é fruto de uma


arena de disputa ou de cooperação entre os
múltiplos interesses que orbitam o sistema político,
obedecendo a regras formais (ordenamento
jurídico) e também informais (cultura, lobby, poder
velado).
• Dimensão jurídica: O orçamento público é uma lei
elaborada pelo Poder Executivo que é aprovada
pelo Poder Legislativo e estabelece os parâmetros
legais para a previsão das receitas e a execução
das despesas para um determinado exercício
financeiro, ainda obedecendo aos ditames
constitucionais e infraconstitucionais. Importante
salientar que o orçamento é doutrinariamente
entendido como sendo uma lei de caráter
autorizativo, ou seja, é lei em seu caráter formal e
não material, mas ainda sim, produz efeitos
concretos. Sendo assim, não há a obrigação jurídica
para o governo, a partir da lei orçamentária, em
realizar todos os gastos nele fixados.
• Dimensão gerencial: O orçamento público dá
suporte à boa administração dos recursos e ao
controle e à avaliação de desempenho da gestão.
• Dimensão econômica: O orçamento público passa
a ter esta dimensão quando se torna instrumento
de cumprimento das funções econômicas clássicas
do Estado.

1.0 Funções do Orçamento

Diversas são as funções do orçamento, vejamos as mais cobradas


pela ESAF:
• Função alocativa: Acontece quando o Estado
promove os investimentos na infraestrutura
econômica ou na criação de bens públicos e bens
meritórios utilizando o orçamento público como

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instrumento de realização, principalmente nos


casos nos quais a iniciativa privada não é
economicamente eficiente e/ou socialmente justa
ou ainda que envolvam questões de relevância
nacional.
• Função distributiva: O orçamento pode ser
utilizado com instrumento para viabilizar políticas
públicas de distribuição de renda.
• Função estabilizadora: É nesta função na qual
realmente se materializam, via orçamento público,
os quatro objetivos macroeconômicos da política
monetária (executada pelo Banco Central) e tendo
como importante instrumento de operacionalização
a política fiscal (executada por todos os órgão e
entidades da administração), tais como a
manutenção dos níveis de emprego, a estabilidade
de preços – combate à inflação, o equilíbrio no
balanço de pagamentos e as taxas de crescimento
econômico satisfatórias).

Sendo assim, o orçamento público pode ser um instrumento


expansionista ou contracionista da economia a depender dos objetivos
a serem alcançados pelo governo, por exemplo, expandir a demanda
agregada, combater à inflação, fomentar o investimento interno,
diminuir o desemprego.
É importante também compreender que a política fiscal possui duas
dimensões: tributária (aumento ou redução de alíquotas, isenções) e
orçamentária (aumento ou redução dos gastos do governo).
Finalizando o estudo do Orçamento Público, é preciso conhecer os
princípios que regem a sua elaboração. De acordo com a STN, os
Princípios Orçamentários são regras que cercam a instituição
orçamentária, visando dar-lhe consistência, principalmente no que se
refere ao controle pelo Poder Legislativo.

Vejamos os princípios Orçamentários segundo o manual de


orçamento da ESAF:

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• Unidade: Cada esfera de governo deve possuir


apenas um orçamento, que contemple toda a
política orçamentária. Deste modo, cada esfera de
poder deverá elaborar sua lei que irá reger o
orçamento público. O princípio da unidade está
previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei
4.320/64;
• Universalidade: A lei orçamentária deve
incorporar todas as receitas a serem arrecadadas e
todas as despesas a serem realizadas em
determinado período de tempo, de modo a evitar
que a arrecadação de algum recurso financeiro,
bem como a sua consequente aplicação, fuja à
apreciação do Poder Legislativo. Este princípio está
expresso no art. 165 da CF; artigos 2º e 4º da Lei
4.320/64.
• Anualidade: O orçamento deve compreender o
período de um exercício financeiro, que no Brasil
corresponde ao ano fiscal, que começa em janeiro e
termina em dezembro. A anualidade está prevista
art. 2 da Lei 4.320/64; inciso II do art. 48; art.
165, parágrafo 5°, inciso III, da CF.
• Equilíbrio: O equilíbrio orçamentário estabelece
que as despesas não devem ultrapassar as receitas
previstas para o exercício financeiro. Por essa
razão, ao se elaborar o projeto da LOA, o total das
despesas ali discriminadas deve se limitar ao
montante da receita estimada. Este princípio está
previsto no art. 7, parágrafo 1º, da Lei 4320/64;
art. 167 da CF, incisos II, III e IV.
• Clareza: O orçamento deve ser suficientemente
claro e compreensível para qualquer indivíduo.
Publicidade: É obrigação de dar publicidade ao
orçamento. A Lei de Responsabilidade Fiscal define
prazos para publicação de relatório bimestral
resumido da execução orçamentária e de relatório
quadrimestral de gestão fiscal (art. 37, CF).

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• Especificação/especialização/discriminação:
Tem por finalidade a vedação de dotações globais.
De acordo com esse princípio, as receitas e as
despesas devem aparecer no orçamento de maneira
discriminada, de tal forma que se possa saber,
pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua
aplicação. Este princípio está previsto no art. 5° e
15° da Lei 4320/64;
• Exclusividade: Veda que a lei orçamentária (LOA e
LOA) contenha dispositivo estranho à fixação de
despesas e a previsão de receitas. São exceções a
essa regra a autorização para créditos
suplementares e as operações de créditos. Está
previsto no parágrafo 8° do art. 165 da CF:

“A Lei orçamentaria anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.”

• Não-afetação de receitas: Proíbe a vinculação de


receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas às exceções previstas na Constituição.
• Publicidade: Por sua importância e significação e
pelo interesse que desperta, o Orçamento Público
deve merecer ampla publicidade. Nesse sentido,
como as demais Leis, é publicado no Diário Oficial.
• Orçamento Bruto: Segundo esse princípio, todas
as parcelas da receita e da despesa devem aparecer
no orçamento em seus valores brutos, sem
qualquer tipo de dedução. Se, de alguma receita,
cabe deduzir uma parcela, essa receita deve
constar por seu valor bruto, e a dedução deve ser
claramente explicitada. Isso ocorre, por exemplo,
no caso do Fundeb. Em municípios de algumas
receitas, como a transferência do Fundo de
Participação dos Municípios – FPM, 20% são

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deduzidos para a formação do Fundeb. Na LOA, a


transferência a ser recebida pelo município aparece
em valor bruto – digamos R$ 1000,00 e a dedução
de R$ 200,00 – é explicitada.

Modelo de Gestão do PPA (18)

O modelo de Gestão do PPA citado no Edital pode ser encontrado na


Mensagem Presidencial do PPA, disponível na internet.
O conteúdo aqui apresentado foi retirado da Mensagem presidencial
do PPA 2012 a 2015:
A gestão do PPA tem a missão de garantir as condições
materiais e institucionais para a execução do Plano Mais Brasil,
associando o conceito de resultado à abertura de canais que permitam
ampliar a escala das entregas do governo. Para tanto, ela deve se
estruturar a partir da premissa de que existe uma diversidade de
arranjos e tipos de políticas que devem determinar o modelo de
gestão. Do contrário, dificilmente a institucionalidade criada
conseguirá estabelecer uma relação adequada com o funcionamento
da Administração Pública.
Além disso, para que o Plano se torne um instrumento útil para o
governo, é fundamental que a arquitetura institucional a ser criada
considere a diversidade brasileira expressa nas diferenças culturais,
econômicas e sociais do nosso povo e do nosso território. Essas
diferenças determinam impactos distintos da ação pública nos
brasileiros, que devem ser iguais perante o Estado. Por isso, falhar na
gestão pode representar a radicalização da desigualdade.
Campanhas de vacinação, fiscalização em regiões de fronteira,
educação de jovens e adultos, construção de hidrovias na Amazônia,
participação do Brasil em fóruns internacionais sobre mudanças
climáticas e pesquisas na Antártida são alguns exemplos que ilustram
a diversidade e as complexas interações que se estabelecem no
campo das políticas públicas.
Logo, é preciso que a gestão do Plano oriente-se pela flexibilidade,
pela criatividade e pelo conhecimento sobre a forma de
organização e as possibilidades de informação em cada

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Programa. Os avanços do PPA 2012-2015 emergem do respeito à


diversidade das políticas públicas e suas relações de
complementaridade. É necessário, então, que a organização expressa
na gestão aprimore o exercício de comunicação entre a coordenação
de governo, os órgãos executores, os entes federados e a sociedade,
tal como praticado na elaboração do Plano. Especialmente porque os
avanços no desenho das políticas não detêm todo o poder de
transformar. A chave para a transformação da sociedade, ou seja,
aquilo que viabiliza a mudança, não é o desenho, mas sim a
disponibilização dos bens, serviços e valores à sociedade, para o que
a gestão é imprescindível.
Não menos importante é a tarefa de conceber uma institucionalidade
que dialogue com a racionalidade política, especialmente porque a
organização de processos e métodos de gestão desconectados das
formas de operar das organizações públicas pode minimizar os
esforços orientados para a eficiência do Estado. É importante registrar
que a racionalidade burocrática, descrita no tipo ideal de Max Weber,
que aprimorou a ação estatal em outros períodos históricos, também
produziu disfunções que precisam ser corrigidas.
Trata-se de um dilema ainda maior quando se considera que a
desorganização do Estado foi acompanhada da implantação de uma
estrutura jurídica e administrativa que, em muitos casos, contribuiu
para o atendimento ineficaz das necessidades da população.
Por isso, é preciso reconhecer os limites dos instrumentos
excessivamente padronizados e detalhados e, ainda, que há um risco
associado à institucionalização de procedimentos e regras
demasiadamente formais que desconsideram a realidade na qual as
políticas são implementadas.
Reconhecer que o diálogo fundamenta a gestão do PPA 2012-2015
implica fortalecer a comunicação entre os diversos setores que
compõem a Administração Pública, e entre esta e a sociedade.
Significa promover a transparência, entendida aqui em seu sentido
mais amplo, que envolve não apenas informar, mas também
interpretar em uma linguagem simples e acessível ao público. Assim,
fortalecemos a democracia participativa e induzimos o
comprometimento de todos os responsáveis pela consecução do
Plano.

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Com isso, pretende-se favorecer o diálogo e fortalecer os pactos


federativos para que todos os entes possam ampliar o grau de
integração entre suas políticas, aumentando o poder do esforço
público para superar as desigualdades que ainda persistem no país.
Nesse processo é fundamental a busca contínua pela eficiência da
ação governamental. Por isso, a gestão do Plano pauta-se também
por este compromisso, porque é nosso dever fazer mais com menos.
Entretanto, é preciso ter claro que a eficiência deve estar sempre
voltada aos desafios postos para o Estado brasileiro, motivo pelo qual
ela necessita estabelecer uma relação com os resultados e, por
conseguinte, com as entregas que criarão as condições para a
continuidade na transformação da sociedade.
Quando a gestão dialoga com as condições que ampliam a capacidade
do Estado, ela deve agir a partir das diferentes realidades e
capacidades dos entes, com atenção aos mais frágeis. Ou seja, ela
deve ser implementada à luz do conceito de equidade. Isso implica
criar novos valores para a gestão das políticas e para os diversos
arranjos e interações que viabilizam as entregas resultantes da
implementação das políticas públicas.
A experiência demonstra que o monitoramento intensivo na resolução
dos entraves à execução deve privilegiar a relação com o ambiente no
qual as políticas são implementadas.
Por isso, ele deve ser construído a partir do conhecimento sobre a
organização dos diversos temas e das fontes de informação
disponíveis e possíveis em cada caso. Nesses termos, o
monitoramento varia de acordo com cada contexto e produz
informações que aprimoram a ação das organizações, ampliando a
capacidade do Estado de oferecer mais e melhores bens e serviços ao
povo. Em resumo, a arquitetura institucional que regerá a gestão das
políticas deve ser simples e estar orientada para fazer acontecer, tal
como ocorre com o PAC.
A partir dessas premissas, o Plano Mais Brasil traz um novo
significado ao planejamento como aliado da população brasileira para
a efetivação dos compromissos assumidos pela Presidenta Dilma.
Assim, a gestão do Plano deve ser encarada como um instrumento
prático e decisivo para que a Administração Pública viabilize a
superação dos nossos desafios.

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Monitoramento e Avaliação

No contexto de uma política, plano ou programa, o conceito


habitual de monitoramento consiste na observação contínua
de uma dada realidade nos seus aspectos mais relevantes, no
intuito de obter informações fidedignas e tempestivas. Já a
avaliação é uma investigação aprofundada de uma
determinada intervenção. Tanto o monitoramento quanto a
avaliação, além de fornecerem informações para o aperfeiçoamento
da ação governamental, são aliados essenciais para a articulação, o
acompanhamento de transversalidades e territorialidades das políticas
e, em última análise, para viabilizar as entregas de bens e serviços à
população.
Para apoiar a gestão do PPA, o Sistema de Monitoramento e Avaliação
deve se pautar pelas seguintes diretrizes: (isso aqui tem a maior
cara de questão!! Decorem!)
I) considerar a realidade de implementação de cada política, em base
territorial, buscando assim uma abordagem flexível que subsidie
decisões e contribua para a implementação;
II) atender às necessidades dos órgãos setoriais e de coordenação de
governo, para subsidiar a tomada decisão nos diferentes níveis;
III) considerar as lições aprendidas com as experiências de
monitoramento e avaliação no setor público em âmbito nacional e
internacional;
IV) observar as contribuições resultantes dos diálogos com os Entes
Federados e sociedade durante o processo de elaboração do PPA;
V) aproveitar estruturas de monitoramento e avaliação existentes na
Administração, trabalhando na busca de informações
complementares; e
VI) promover a sua implantação, de forma progressiva, segundo as
prioridades estabelecidas pelo governo.
Considerando o modelo de elaboração do Plano Mais Brasil será
possível monitorar, dentre outros objetos: i) o cumprimento dos
objetivos, metas e iniciativas dos programas; ii) as agendas

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prioritárias; iii) as restrições sistêmicas à implementação de metas e


iniciativas; iv) a implementação articulada de políticas
complementares, em bases territoriais; e v) o cumprimento de
condicionantes (indicadores socioeconômicos, ambientais, localização,
critérios de seleção, diretriz política etc.) estabelecidos para realização
de empreendimentos ou oferta de bens e serviços.
Também pretende-se avaliar, dentre outros, os efeitos das políticas,
programas e agendas, por meio da análise da evolução dos
indicadores e/ou pesquisas avaliativas e a consistência, pertinência e
suficiência da estrutura programática.
O Sistema de Monitoramento e Avaliação disponibilizará aos gestores
públicos instrumentos de apoio ao gerenciamento, de modo a
permitir:
• elaborar painéis de evolução de metas e indicadores e relatórios
gerenciais, tais como balanços periódicos, relatórios de status etc;
• cruzar informações de bases de dados e indicadores de diferentes
órgãos de governo, de forma adaptada e adequada à tomada de
decisão;
• comunicar-se com os diversos atores envolvidos na implementação
das políticas públicas setoriais, especialmente nos casos envolvendo
temas transversais ou multissetoriais;
• atuar preventivamente em elementos críticos à consecução de
metas;
• identificar as necessidades de meios (RH, Orçamento, Metodologias
de Gestão e Capacitação, Patrimônio, TI etc.) para implementação de
políticas públicas;
• realizar análises multissetoriais e espacializadas da implementação
do conjunto das políticas públicas.
Além de consistir em suporte aos gestores públicos envolvidos
diretamente na implementação das políticas e programas de governo
e para a comunicação com a sociedade, o SMA poderá ser utilizado
por outros interessados como instrumento de acompanhamento da
execução do PPA 2012-2015. Destaca-se o papel do SMA no apoio à
construção de governança nos diversos espaços de articulação das
políticas públicas e à gestão matricial dos objetivos e metas do PPA
integrantes de planos multissetoriais como o Plano BSM, o PAC e de

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agendas de caráter transversal, tais como Políticas para Mulheres e


Promoção da Igualdade Racial.

Participação Social e Federativa no Monitoramento e Avaliação


do PPA

No que diz respeito à participação social e federativa no processo de


monitoramento e avaliação dos Programas do PPA 2012-2015, a ação
articulada de todas as esferas de governo e a participação da
sociedade é um caminho para o aperfeiçoamento da implementação
do Plano, por meio da cooperação entre os entes e a sociedade. O PPA
2012-2015 será um instrumento para a ampliação e consolidação da
participação social como mecanismo auxiliar nos processos decisórios
do Estado e representa a continuidade dessa participação cidadã, já
verificada na elaboração dos PPAs 2004-2007 e 2008-2011.
Assim, a participação da sociedade civil e dos governos estaduais e
municipais não se encerra com o encaminhamento do PPA ao
Congresso Nacional, mas constituirá a base para o desenvolvimento
de um novo modelo de gestão do Plano para o período de 2012-2015.
O desafio está na construção de mecanismos capazes de assegurar a
participação social na gestão do Plano, especialmente nas etapas de
monitoramento e avaliação, e mecanismos de articulação entre a
União, estados e municípios em torno do desenvolvimento local e
regional, mecanismos estes que sejam capazes de dar maior
consistência ao projeto de desenvolvimento nacional.

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Questões propostas

11. Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14. Orçamento público


e os parâmetros da política fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16.
Orçamento e gestão das organizações do setor público;
características básicas de sistemas orçamentários modernos:
estrutura programática, econômica e organizacional para
alocação de recursos (classificações orçamentárias);
mensuração de desempenho e controle orçamentário. 17.
Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de
gestão do PPA.

Questão 01 - (ESAF- AFRFB 2009)

A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo


federal implica saber que:

a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de


diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de
lei do plano plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
impede o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a
integrar o plano plurianual.

Questão 02 - (ESAF- AFT 2009)

Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar:

a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional


a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de
despesa incompatível com o Plano Plurianual.

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b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do


Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República,
presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano
Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo
para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis
ordinárias.

Questão 03 - (ESAF/MPOG/2003)

O Orçamento-programa é definido como um plano de trabalho


expresso por um conjunto de ações a realizar e pela
identificação dos recursos necessários à sua execução. No
Brasil, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento
propriamente dito. O orçamento-programa não permite:

a) estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração


Pública Federal.
b) proporcionar interdependência e conexão entre os diferentes
programas do trabalho.
c) atribuir responsabilidade ao administrador.
d) atribuir recursos para o cumprimento de determinados objetivos e
metas.
e) identificar duplicidade de esforços.

Questão 04 - (ESAF/APO/2008)

O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do


Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento
governamental. Identifique a única opção incorreta no que diz
respeito ao planejamento governamental.

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a) O planejamento governamental estratégico tem como documento


básico o Plano Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda,
o orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras
de economia mista.
c) O planejamento governamental operacional tem como
instrumentos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de
metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e
possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição
Federal.

Questão 05 - (ESAF/EPPGG/2008)

As afirmativas a seguir se referem ao Plano Plurianual (PPA).


I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo prazo e
os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos
públicos a cada exercício.
II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido
como um conjunto articulado de ações orçamentárias, na forma de
projetos, atividades e operações especiais, e ações não-
orçamentárias, com intuito de alcançar um objetivo específico.
III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de
avaliações externas conduzidas por uma equipe de especialistas
independentes.
IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de programação
deslizante (Rolling Plan).

Estão corretas:
a) As afirmativas I, II, III e IV.
b) Apenas as afirmativas I, II e IV.
c) Apenas as afirmativas I, II e III.

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d) Apenas as afirmativas II, III e IV.


e) Apenas as afirmativas I e II.

Questão 06 - (ESAF - EPPGG 2009)

Acerca dos mecanismos e procedimentos adotados pelo


sistema de planejamento e orçamento do Governo Federal, é
incorreto afirmar que:

a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano


Plurianual, tem por princípio promover a integração entre as ações de
planejamento e orçamento.
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações
governamentais, o Plano Plurianual subordina todas as iniciativas
orçamentárias aos seus propósitos.
c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza,
entre outras, por facilitar a mensuração total dos custos necessários
ao alcance de um dado objetivo.
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de
apoio às políticas públicas e áreas especiais.
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração
entre o Plano Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o
controle.

Questão 07 - (ESAF – CGU 2008)

De acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei de


Diretrizes Orçamentárias a função de:

a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as


metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos
previstos na legislação.

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c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e


privadas.
d) dispor sobre alterações na legislação tributária.
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.

Questão 08 - (ESAF – CGU 2008)

A Constituição Federal instituiu o PPA e a LRF ratificou sua


obrigatoriedade para todos os entes da federação. De acordo
com a Constituição e os últimos planos aprovados para o
governo federal, indique a opção incorreta.

a) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade de


existência de planos e programas nacionais, regionais e setoriais,
devendo ser consolidado em um único instrumento de planejamento
que é o PPA.
b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na
formulação, apresentação, implantação e avaliação do PPA, as
diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro,
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas
representam as parcelas de resultado que se pretende alcançar no
período de vigência do PPA.
d) A Constituição Federal remete à Lei complementar a disposição
sobre vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e,
enquanto não for editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.
e) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada
em programas orientados para a consecução dos objetivos
estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual.

Questão 09 - (ESAF – CGU 2008)

À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram


evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram
experimentados, cada um com características específicas. Com
relação a esse assunto, marque a opção incorreta.

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a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem


preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de
direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento
anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do
orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
dos programas de governo e de cada ação integrada ao
planejamento.

Questão 10 - (ESAF – MPOG 2010)

Assinale a opção verdadeira a respeito das principais


características do orçamento de desempenho.

a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são


definidos em razão das metas a serem atingidas.
b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está
relacionado com a produção de infraestrutura de prestação de
serviços públicos.
c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o
orçamento sob duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e
um programa de trabalho.
d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e
avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.

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e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida


em razão do critério populacional.

Questão 11 - (ESAF - CVM 2010)

Complete o texto abaixo de modo a tornar a afirmação correta.


Instrumento de organização da atuação governamental que
articula um conjunto de ações que concorrem para a
concretização de um objetivo comum preestabelecido, a(o)
_____________________ é um módulo comum integrador
entre o plano e o orçamento.

a) função
b) subfunção
c) programa
d) projeto
e) atividade

Questão 12 - (ESAF)

Quanto às políticas monetárias e fiscais, pode-se afirmar que:

a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos


pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política
monetária considerada restritiva.
b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política
monetária restritiva.
c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal
expansionista.
d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma
política monetária considerada expansionista.
e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal
restritiva.

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Questão 13 - (ESAF)

A aplicação das diversas políticas econômicas a fim de


promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade,
diante da incapacidade do mercado em assegurar o
atingimento de tais objetivos, compreende a seguinte função
do Governo:

a) Função Estabilizadora.
b) Função Distributiva.
c) Função Monetária.
d) Função Desenvolvimentista.
e) Função Alocativa.

Questão 14 - (ESAF)

Para atingir os objetivos de política econômica, o governo


dispõe de um conjunto de instrumentos. Entre eles estão a
política fiscal, monetária e cambial. Assinale a opção incorreta.

a) A política cambial corresponde a ações do governo que atingem


diretamente as transações internacionais do país
b) A política fiscal pode ser dividida em política tributária e política de
gastos públicos.
c) Para controlar as condições de crédito, o governo utiliza a política
monetária.
d) Quando o governo aumenta seus gastos, diz-se que a política
monetária é expansionista e, caso contrário, é contracionista.
e) Por meio da política cambial, o governo pode atuar no mercado de
divisas de vários países.

Questão 15 - (ESAF)

A função alocativa do Governo está associada a:

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a) controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre


o bem-estar social de crises de inflação ou recessão.
b) intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento
dos níveis de preços e emprego.
c) fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente
pelo sistema de mercado.
d) utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial,
comercial e de rendas.
e) implementação de uma estrutura tarifária progressiva.

Questão 16 - (ESAF – APO/SP - 2009)

A Constituição da República confere ao orçamento a natureza


jurídica de:

a) lei abstrata.
b) lei material.
c) lei formal e material.
d) lei extraordinária.
e) lei de efeito concreto.

Questão 17 - (ESAF – AFC/CGU - 2008)

O Orçamento é um dos principais instrumentos da política


fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos
objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que
não se enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas
funções clássicas do orçamento:

a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos,


entre os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções
elementares do Estado, como justiça e segurança.
b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens
e serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este

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último principalmente nas situações em que os bens não são providos


pelo setor privado.
c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.
d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou
atenuar os seus efeitos.
e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.

Questão 18 - (ESAF – AFC/STN - 2008)

Leia as afirmações I, II e III e depois assinale a afirmação


correta.
I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica
a idéia de planejamento plurianual.
II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as
finanças públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos
do governo com o plano de trabalho do governo, suas políticas e
estratégias.
III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento
tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos
diversos gastos e assim possibilita medir o desempenho
organizacional.

a) I e III estão corretas.


b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.
d) Apenas II está correta.
e) Apenas III está correta.

Questão 19 - (ESAF – APO/MPOG - 2008)

Com base nas características e aspectos do orçamento


tradicional e do orçamento-programa, assinale a única opção
incorreta.

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a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das


despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas
definidas no Programa de Ação do Governo.
b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas
tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.
c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios
classificatórios são as unidades administrativas e elementos.
d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento
e medição do trabalho, assim como dos resultados.
e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa
para execução dos planos de longo, médio e curto prazo.

Questão 20 - (ESAF – AFC/CGU - 2008)

À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram


evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram
experimentados, cada um com características específicas. Com
relação a esse assunto, marque a opção incorreta.

a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem


preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de
direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento
anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do
orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
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dos programas de governo e de cada ação integrada ao


planejamento.

Questão 21 - (ESAF – AFC/STN –2008)

Constitui evidência do princípio da unidade orçamentária:

a) um orçamento que contenha todas as receitas e todas as


despesas.
b) um único orçamento é examinado, aprovado e homologado e ainda
a existência de um caixa único e uma única contabilidade.
c) a existência de um orçamento que abranja tanto a área fiscal como
a área previdenciária e o investimento das estatais.
d) uma lei orçamentária anual que não contenha matéria estranha ao
orçamento.
e) um orçamento que abranja os Três Poderes da União.

Questão 22 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA - 2009)

Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio


orçamentário do equilíbrio.

a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas


são executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da
lei orçamentária anual.
b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência
das receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de
capital.
c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores
estimados com os realizados da receita pública e os valores fixados e
realizados da despesa.
d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as
receitas de capital dentro do exercício considerado.

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e) É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada


exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas
estimadas para o mesmo período.

Questão 23 - (ESAF - AFC/CGU - 2008)

No Brasil, para que o controle orçamentário se tornasse mais


eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessário estabelecer
alguns princípios que orientassem a elaboração e a execução
do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados
“Princípios Orçamentários”, que visam estabelecer regras para
elaboração e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios
Orçamentários, indique a opção correta.

a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de


Poder deve existir apenas um só orçamento para um exercício
financeiro.
b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária
anual, de autorização para aumento da alíquota de contribuição
social, mesmo respeitando- se o prazo de vigência previsto na
Constituição.
c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos
é incompatível com o princípio da não-afetação, definido na
Constituição Federal.
d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária
anual deverá especificar a margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que
o montante das receitas correntes será igual ao total das despesas
correntes.

Questão 24 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009)

A Constituição Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária


anual não conterá dispositivos estranho à previsão da Receita

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e à fixação da despesa, consagra o seguinte princípio


orçamentário:

a) Unidade
b) Especificação
c) Exclusividade
d) Legalidade
e) Não-afetação das Receitas.

Questão 25 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009)

Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta.

a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece


que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação
da despesa e à previsão da receita.
b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à
ação governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual.
c) O Princípio da não-afetação da receita preconiza que não pode
haver transferência, transposição ou remanejamento de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro
sem prévia autorização legislativa.
d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e
créditos adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as
despesas e receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos.
e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei
orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa.

Questão 26 - (ESAF – AFC/CGU – 2006)

No que diz respeito aos conceitos de Orçamento Público e


princípios orçamentários, assinale a única opção falsa.

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a) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do


orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as
receitas e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do
programa e dos objetivos de governo.
b) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz
instrumento de planejamento e programação, gerência e
administração, controle e avaliação.
d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do
orçamento tradicional, que enfoca o que se pretende gastar.
e) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do
governo representativo.

Questão 27 - (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009)

O princípio orçamentário que teve sua origem na Inglaterra,


como forma de obrigar o monarca a solicitar periodicamente
ao parlamento autorização para cobrança de tributos é o
Princípio:

a) da Universalidade
b) do Equilíbrio
c) da Anualidade
d) da Exclusividade
e) da Transitividade

Questão 28 - (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009)

A política fiscal orienta-se em duas direções, que são:

a) Tributária e Orçamentária
b) Monetária e Cambial
c) Tributária e Cambial

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d) Orçamentária e Monetária
e) Cambial e Orçamentária

Gabarito
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C E A B B A D A E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C B A D C E E E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B E B C B B C A

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Questões comentadas

11. Ciclo de Gestão do Governo Federal; 14. Orçamento público


e os parâmetros da política fiscal; 15. Ciclo orçamentário. 16.
Orçamento e gestão das organizações do setor público;
características básicas de sistemas orçamentários modernos:
estrutura programática, econômica e organizacional para
alocação de recursos (classificações orçamentárias);
mensuração de desempenho e controle orçamentário. 17.
Elaboração, Gestão e Avaliação Anual do PPA. 18. Modelo de
gestão do PPA.

Questão 01 - (ESAF- AFRFB 2009)

A compreensão adequada do ciclo de gestão do governo


federal implica saber que:

a) no último ano de um mandato presidencial qualquer, à lei de


diretrizes orçamentárias compete balizar a elaboração do projeto de
lei do plano plurianual subsequente.
b) a função controle precede à execução orçamentária.
c) a não-aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias
impede o recesso parlamentar.
d) a votação do plano plurianual segue o rito de lei complementar.
e) com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o orçamento de investimento das empresas estatais passou a
integrar o plano plurianual.

Comentários:

A alternativa “A” é incorreta, pois cabe ao PPA balizar a LDO, e


não o contrário. Vimos durante a aula que o PPA, com suas diretrizes
e metas, balizará a elaboração da LDO e da LOA, que com ele deverão
guardar compatibilidade.

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Vimos durante a aula que o ciclo de gestão se inicia com a


Elaboração do Orçamento (1), passa para a sua Apreciação pelo
Poder Legislativo (2), segue com a sua Execução (3) e finda com o
seu Controle (4).
Desse modo, a alternativa “B” é incorreta, pois a execução
precede (vem antes) do controle.
A alternativa “C” é correta:

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á,


anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro
a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de
dezembro. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 50, de 2006)

§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas


serão transferidas para o primeiro dia útil
subseqüente, quando recaírem em sábados,
domingos ou feriados.

§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida


sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.

A alternativa “D” é incorreta, sabemos que apesar da importância


das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA), todas elas são meras Leis
ordinárias.
A “E” é incorreta, sabe-se que a LOA é subdividida em três
orçamentos: O fiscal: que inclui todos os gastos de custeio de toda a
administração pública federal, inclusa a administração indireta; o
Orçamento de Investimento das empresas nas quais a união possua a
maioria do capita votante; e o Orçamento Previdenciário, que detalha
as receitas e despesas do INSS.
Desse modo, o orçamento de investimento das empresas nas quais a
união detenha a maioria do capital votante continua dentro da LOA,
não guardando relação com o PPA.

Gabarito - C

Questão 02 - (ESAF - AFT 2009)

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Sobre o ciclo de gestão do governo federal, é correto afirmar:

a) por razões de interesse público, é facultada ao Congresso Nacional


a inclusão, no projeto de Lei Orçamentária Anual, de programação de
despesa incompatível com o Plano Plurianual.
b) a iniciativa das leis de orçamento anual do Legislativo e do
Judiciário é competência privativa dos chefes dos respectivos Poderes.
c) nos casos em que houver reeleição de Presidente da República,
presume-se prorrogada por mais quatro anos a vigência do Plano
Plurianual.
d) a execução da Lei Orçamentária Anual possui caráter impositivo
para as áreas de defesa, diplomacia e fiscalização.
e) a despeito de sua importância, o Plano Plurianual, a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são meras leis
ordinárias.

Comentários:

A alternativa “A” é incorreta:

Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano


plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão
apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.

(...)

§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento


anual ou aos projetos que o modifiquem somente
podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e


com a lei de diretrizes orçamentárias;

A alternativa “B” é incorreta! É muito importante sabermos


diferenciar a iniciativa da proposta orçamentária da iniciativa de Lei
Orçamentária. A proposta deve ser enviada pelo chefe de cada Poder,

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contudo, a iniciativa de Lei Orçamentária é competência privativa do


chefe do Executivo, conforme Art. 84 da CF:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da


República:

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano


plurianual, o projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e as propostas de orçamento
previstos nesta Constituição;

A alternativa “C” é incorreta, não existe isso de presunção de


prorrogação! O PPA é uma Lei, e como tal, tem que respeitar o devido
processo legislativo.
A “D” é incorreta, a LOA tem caráter autorizativo, o governo não
está obrigado a gastar um recurso só porque ele está previsto no
orçamento.
A “E” é o gabarito, conforme já havíamos comentado, a LOA, a LDO
e o PPA são meras Leis Ordinárias.

Gabarito - E

Questão 03 - (ESAF/MPOG/2003)

O Orçamento-programa é definido como um plano de trabalho


expresso por um conjunto de ações a realizar e pela
identificação dos recursos necessários à sua execução. No
Brasil, a Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento
propriamente dito. O orçamento-programa não permite:

a) estabelecer o conjunto de metas e prioridades da Administração


Pública Federal.
b) proporcionar interdependência e conexão entre os diferentes
programas do trabalho.
c) atribuir responsabilidade ao administrador.
d) atribuir recursos para o cumprimento de determinados objetivos e
metas.

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e) identificar duplicidade de esforços.

Comentários:

Questão tipo pegadinha.


Ela começa definido o que seria o orçamento programa, logo após ela
afirma que o orçamento programa seria a própria LOA, nos pedido a
indicação da alternativa incorreta.
Ora, sabemos que é a LDO que estabelece as Metas e Prioridades para
a Administração Pública Federal, e não a LOA. Incorreta a alternativa
“A”.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo


estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

As demais alternativas estão corretas.

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Gabarito – A

Questão 04 - (ESAF/APO/2008)

O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do


Orçamento Anual são componentes básicos do planejamento
governamental. Identifique a única opção incorreta no que diz
respeito ao planejamento governamental.

a) O planejamento governamental estratégico tem como documento


básico o Plano Plurianual.
b) A Lei Orçamentária Anual compreende o orçamento fiscal e, ainda,
o orçamento das autoridades monetárias e das empresas financeiras
de economia mista.
c) O planejamento governamental operacional tem como
instrumentos a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei do Orçamento.
d) A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreende o conjunto de
metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente.
e) A Lei Orçamentária Anual (LOA) é o orçamento propriamente dito e
possui a denominação de LOA por ser a consignada pela Constituição
Federal.

Comentários:

A alternativa “A” é correta, o PPA seria o plano estratégico


normativo do governo federal.
A “B” está incorreta, já vimos que a LOA se subdivide em três
orçamentos: o Fiscal, o de Investimento das empresas nas quais a
União detenha a maioria do capital votante e o Orçamento
Previdenciário. Não existem os citados orçamento das autoridades
monetárias e das empresas financeiras de economia mista.
A “C” é correta, o planejamento operacional normativo do governo
federal se materializa na LDO e na LOA.

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A “D” está correta, paráfrase da Constituição:

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

A “E” é correta, a LOA é o orçamento propriamente dito, e possui


esse nome porque assim a constituição a denominou.
Viram a importância do estudo do texto constitucional! Não deixem de
fazer uma boa leitura desses dispositivos no seu estudo, recomendo,
ainda, uma leitura na véspera da prova, não só desses dispositivos,
como da CF como um todo!

Gabarito - B

Questão 05 - (ESAF/EPPGG/2008)

As afirmativas a seguir se referem ao Plano Plurianual (PPA).


I. É um instrumento mediador entre o planejamento de longo prazo e
os orçamentos anuais que consolidam a alocação dos recursos
públicos a cada exercício.
II. O elemento organizativo central do PPA é o Programa, entendido
como um conjunto articulado de ações orçamentárias, na forma de
projetos, atividades e operações especiais, e ações não-
orçamentárias, com intuito de alcançar um objetivo específico.
III. O impacto dos programas é analisado anualmente a partir de
avaliações externas conduzidas por uma equipe de especialistas
independentes.
IV. É revisto periodicamente, adotando a estratégia de programação
deslizante (Rolling Plan).

Estão corretas:

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a) As afirmativas I, II, III e IV.


b) Apenas as afirmativas I, II e IV.
c) Apenas as afirmativas I, II e III.
d) Apenas as afirmativas II, III e IV.
e) Apenas as afirmativas I e II.

Comentários:

A afirmativa I é correta:

A II é correta, é a definição de programa:

Programa é um conjunto articulado de ações


(projetos, atividades, operações especiais e ações
não orçamentárias) estruturas e pessoas
motivadas ao alcance de um objetivo comum.
Este objetivo é concretizado num resultado
(solução de um problema ou atendimento de
demanda da sociedade), expresso pela evolução de
indicadores no período de execução do programa,
possibilitando-se, assim, a avaliação objetiva da
atuação do governo.

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Errada a III, os programas são avaliados todo o tempo, não há essa


limitação anual.
A IV é correta, por conta da programação deslizante os programas
governamentais são revistos periodicamente. A programação
deslizante é a elaboração de um novo exercício de PPA a cada
exercício que se passa (não normativo), para evitar a perda de
horizonte do mesmo, pois, no último ano de mandato, o presidente só
contará com mais um exercício de PPA.

Gabarito - B

Questão 06 - (ESAF - EPPGG 2009)

Acerca dos mecanismos e procedimentos adotados pelo


sistema de planejamento e orçamento do Governo Federal, é
incorreto afirmar que:

a) a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a quem compete nortear o Plano


Plurianual, tem por princípio promover a integração entre as ações de
planejamento e orçamento.
b) dotado de um evidente caráter coordenador das ações
governamentais, o Plano Plurianual subordina todas as iniciativas
orçamentárias aos seus propósitos.
c) uma estrutura orçamentária baseada em programas se caracteriza,
entre outras, por facilitar a mensuração total dos custos necessários
ao alcance de um dado objetivo.
d) os programas podem ser classificados como finalísticos ou como de
apoio às políticas públicas e áreas especiais.
e) em matéria orçamentária, o programa é o elemento de integração
entre o Plano Plurianual, os orçamentos anuais, a execução e o
controle.

Comentários:

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A alternativa incorreta á a “A”, pois não compete à LDO nortear a


elaboração do PPA, é o contrário.
A alternativa “B” é correta, pois tanto a LDO como a própria LOA
devem guardar compatibilidade com o PPA segundo a Constituição.
A “C” é correta, uma das vantagens do orçamento programa é
justamente essa, permitir o mensuramento dos custos, pois ao
detalhar o programa em suas diversas ações orçamentárias e não
orçamentárias, com seus respectivos impactos financeiros, basta
somar o total dos custos de cada ação para se chegar ao total do
custo do programa.
A “D” é correta, existem os chamados programas meio e fim. O
primeiro apenas auxilia a administração federal a atingir o seu fim
maior, que é a prestação dos serviços públicos à sociedade.
A “E” é correta, o programa é o elemento central da gestão
orçamentária, tudo converge para ele.

Gabarito - A

Questão 07 - (ESAF – CGU 2008)

De acordo com a Constituição Federal, foi reservada à Lei de


Diretrizes Orçamentárias a função de:

a) definir, de forma regionalizada, as diretrizes, os objetivos, as


metas e prioridades da Administração Pública Federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente.
b) estabelecer critérios e forma de limitação de empenho, nos casos
previstos na legislação.
c) disciplinar as transferências de recursos a entidades públicas e
privadas.
d) dispor sobre alterações na legislação tributária.
e) dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas.

Comentários:

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A alternativa “A” misturou PPA com LDO, sendo incorreta:

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

O gabarito é a alternativa “D”, conforme o texto constitucional:

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias


compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações
na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.

A “B” é incorreta, essa seria atribuição da LC 101.


A “C” é incorreta, não há previsão constitucional para isso.
A “E” descreve o princípio do equilíbrio, que não tem relação direta
com a LDO.

Gabarito - D

Questão 08 - (ESAF – CGU 2008)

A Constituição Federal instituiu o PPA e a LRF ratificou sua


obrigatoriedade para todos os entes da federação. De acordo
com a Constituição e os últimos planos aprovados para o
governo federal, indique a opção incorreta.

a) Após a Constituição Federal, não há mais a possibilidade de


existência de planos e programas nacionais, regionais e setoriais,
devendo ser consolidado em um único instrumento de planejamento
que é o PPA.

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b) A regionalização prevista na Constituição Federal considera, na


formulação, apresentação, implantação e avaliação do PPA, as
diferenças e desigualdades existentes no território brasileiro,
c) Na estrutura dos últimos planos plurianuais da União, as metas
representam as parcelas de resultado que se pretende alcançar no
período de vigência do PPA.
d) A Constituição Federal remete à Lei complementar a disposição
sobre vigência, os prazos, a elaboração e a organização do PPA e,
enquanto não for editada a referida lei, segue-se o disposto no Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias.
e) Toda ação finalística do Governo Federal deverá ser estruturada
em programas orientados para a consecução dos objetivos
estratégicos definidos para o período do Plano Plurianual.

Comentários:

A alternativa “A” é incorreta, vimos que a Constituição enumera


diversos planos, vejamos um exemplo:

Art. 21. Compete à União:

IX - elaborar e executar planos nacionais e


regionais de ordenação do território e de
desenvolvimento econômico e social;

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de


educação, de duração decenal, com o objetivo de
articular o sistema nacional de educação em
regime de colaboração e definir diretrizes,
objetivos, metas e estratégias de implementação
para assegurar a manutenção e desenvolvimento
do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos
poderes públicos das diferentes esferas federativas
que conduzam a: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 59, de 2009)

A alternativa “B” é correta, pois o PPA

§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual


estabelecerá, de forma regionalizada, as

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diretrizes, objetivos e metas da administração


pública federal para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas aos
programas de duração continuada.

(...)

§ 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste


artigo, compatibilizados com o plano plurianual,
terão entre suas funções a de reduzir
desigualdades inter-regionais, segundo critério
populacional.

A “C” é correta, traduz o significado de Meta.


A “D” é correta, conforme a Constituição:

§ 9º - Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência,


os prazos, a elaboração e a organização do plano
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da
lei orçamentária anual;

A “E” é correta, apresenta a dinâmica do orçamento programa. Toda


ação do Estado, que tem como fim o bem comum, deve ser
estruturada em forma de um programa que deverá focar os objetivos
estabelecidos no PPA.

Gabarito – A

Questão 09 - (ESAF – CGU 2008)

À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram


evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram
experimentados, cada um com características específicas. Com
relação a esse assunto, marque a opção incorreta.

a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem


preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de

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direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento


anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.
d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,
com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do
orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
dos programas de governo e de cada ação integrada ao
planejamento.

Comentários:

Essa questão abordou a classificação dos orçamentos. Vamos à


análise das alternativas:
A alternativa “A” é correta, o orçamento tradicional é aquele que
foca no objeto do gasto, sem preocupação com os objetivos
organizacionais.
• Orçamento Tradicional: Processo orçamentário
em que apenas uma dimensão do orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é
conhecido como Orçamento Clássico.
A alternativa “B” é correta e apresenta a definição do orçamento
base zero, no qual o órgão não possui direito adquirido sobre a
dotação orçamentária anterior, a cada exercício os valores serão
completamente reavaliados:
• Orçamento Base Zero: Abordagem orçamentária
desenvolvida nos Estados Unidos da América, pela
Texas Instruments Inc., Durante o ano de 1969. Foi
adotada pelo estado de Geórgia (gov. Jimmy
Carter), com vistas ao ano fiscal de 1973.
Principais características: análise, revisão e
avaliação de todas as despesas propostas e não

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apenas das solicitações que ultrapassam o nível de


gasto já existente; todos os programas devem ser
justificados cada vez que se inicia um novo ciclo
orçamentário.
A “C” é correta, pois o orçamento desempenho não possui um
planejamento das políticas públicas, ele apenas se preocupa com o
desempenho do seu programa de trabalho:
• Orçamento Desempenho: Processo orçamentário
que se caracteriza por apresentar duas dimensões
do orçamento: o objeto de gasto e um programa de
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a
ênfase reside no desempenho organizacional, sendo
também conhecido como orçamento funcional.
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.
A “D” é correta, é a definição do orçamento programa:
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.
A alternativa “E” é incorreta, pois o orçamento desempenho
acrescentou ao tradicional e não ao incremental mecanismos de

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avaliação dos custos dos programas de governo e de cada ação


integrada ao planejamento.

Gabarito - E

Questão 10 - (ESAF – MPOG 2010)

Assinale a opção verdadeira a respeito das principais


características do orçamento de desempenho.

a) Processo orçamentário em que os volumes de recursos são


definidos em razão das metas a serem atingidas.
b) Refere-se ao orçamento em que o maior volume dos gastos está
relacionado com a produção de infraestrutura de prestação de
serviços públicos.
c) Processo orçamentário que se caracteriza por apresentar o
orçamento sob duas perspectivas, quais sejam: o objeto de gasto e
um programa de trabalho.
d) Processo orçamentário em que ocorre a análise, revisão e
avaliação de todas as despesas propostas e não apenas das
solicitações que ultrapassam o nível de gasto já existente.
e) Processo orçamentário em que a prioridade dos gastos é definida
em razão do critério populacional.

Comentários:

A alternativa correta é a “C”:


• Orçamento Desempenho: Processo orçamentário
que se caracteriza por apresentar duas dimensões
do orçamento: o objeto de gasto e um programa de
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a
ênfase reside no desempenho organizacional, sendo
também conhecido como orçamento funcional.

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Gabarito – C

Questão 11 - (ESAF - CVM 2010)

Complete o texto abaixo de modo a tornar a afirmação correta.


Instrumento de organização da atuação governamental que
articula um conjunto de ações que concorrem para a
concretização de um objetivo comum preestabelecido, a(o)
_____________________ é um módulo comum integrador
entre o plano e o orçamento.

a) função
b) subfunção
c) programa
d) projeto
e) atividade

Comentários:

O programa é o elemento integrador entre o plano e o Orçamento!

Programa é um conjunto articulado de ações


(projetos, atividades, operações especiais e ações
não orçamentárias) estruturas e pessoas
motivadas ao alcance de um objetivo comum.
Este objetivo é concretizado num resultado
(solução de um problema ou atendimento de
demanda da sociedade), expresso pela evolução de
indicadores no período de execução do programa,
possibilitando-se, assim, a avaliação objetiva da
atuação do governo.

Gabarito - C

Questão 12 - (ESAF)

Quanto às políticas monetárias e fiscais, pode-se afirmar que:

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a) a ampliação do prazo determinado pelo Banco Central dos


pagamentos das assistências financeiras à liquidez é uma política
monetária considerada restritiva.
b) a elevação dos depósitos compulsórios é considerada uma política
monetária restritiva.
c) a ampliação da carga tributária é considerada uma política fiscal
expansionista.
d) a venda de títulos públicos em poder do Banco Central é uma
política monetária considerada expansionista.
e) a ampliação dos gastos públicos é considerada uma política fiscal
restritiva.

Comentários:

Para começar a responder essa questão é bom revisarmos os


conceitos de política fiscal e monetária. A primeira é a responsável
pela gerência da arrecadação e dos gastos estatais. Desse modo, a
cobrança de impostos e a política de gastos do Estado são atribuições
da política fiscal, a cargo do Ministério da Fazenda. Já a monetária
envolve a quantidade de moeda em circulação na economia, dos
depósitos compulsórios, além da administração taxa de juros, todas
atribuições do Banco Central.
Quando qualquer dessas políticas, sejam monetárias ou fiscais, têm a
intenção de aumentar a atividade econômica dizemos que se trata de
uma política expansionista, já quando a intenção é a oposta, trata-se
de política contracionista.

Vamos à análise das alternativas:

Quando a alternativa “A” aumenta o prazo de pagamento de uma


obrigação ela está propondo uma política expansionista, já que
aumenta a quantidade de dinheiro em circulação, logo a alternativa
é incorreta.

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A “B” é correta, sendo o nosso gabarito. Primeiro, compulsório é, de


fato, componente da política monetária. Além disso, aumenta-los é
uma política contracionista ou restritiva, pois reduz a quantidade de
dinheiro nas mãos dos bancos, implicando redução dos empréstimos
às famílias. Correta.
A “C” é incorreta, administração da carga tributária é política fiscal,
contudo, seu aumento implica redução da atividade econômica, já que
os agentes vão preferir não trabalhar a ter que pagar mais impostos.
A alternativa afirma que trata-se de política expansionista, o que
constatamos que é um erro.
A “D” é incorreta, a venda de títulos públicos é política monetária e
está relacionada com a taxa de juros. Contudo, a venda de títulos
implica redução da quantidade de dinheiro em circulação, o que
implica redução da atividade econômica, e não seu aumento.
A “E” é incorreta, gasto público é componente da política fiscal, e
seu aumento é medida expansionista, e não contracionista ou
restritiva.

Gabarito - B

Questão 13 - (ESAF)

A aplicação das diversas políticas econômicas a fim de


promover o emprego, o desenvolvimento e a estabilidade,
diante da incapacidade do mercado em assegurar o
atingimento de tais objetivos, compreende a seguinte função
do Governo:

a) Função Estabilizadora.
b) Função Distributiva.
c) Função Monetária.
d) Função Desenvolvimentista.
e) Função Alocativa.

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Comentários:

A definição do enunciado é a função estabilizadora. Vamos revisar as


funções governamentais:

• Função Alocativa: Acontece quando o Estado promove


investimentos na infraestrutura econômica ou na criação de
bens públicos e bens meritórios utilizando o orçamento público
como instrumento de realização, principalmente nos casos nos
quais o setor privado não apresenta interesse e que envolvem
questões de relevância nacional.
• Função distributiva: O orçamento pode ser utilizado como
instrumento para a viabilização de políticas públicas de
distribuição de renda.
• Função estabilizadora: É nessa função na qual realmente se
materializam, via orçamento público, os quatro objetivos
macroeconômicos da política monetária (executada pelo BACEN
– Juros, compulsórios e Quantidade de Moeda) e tendo como
grande instrumento de operacionalização a política fiscal
(Executada por todos os órgãos e entidades da administração),
tais como a manutenção dos níveis de emprego, a estabilidade
de preços – combate à inflação, o equilíbrio no balanço de
pagamentos e as taxas de crescimento econômico satisfatórias.

Gabarito - A

Questão 14 - (ESAF)

Para atingir os objetivos de política econômica, o governo


dispõe de um conjunto de instrumentos. Entre eles estão a
política fiscal, monetária e cambial. Assinale a opção incorreta.

a) A política cambial corresponde a ações do governo que atingem


diretamente as transações internacionais do país.

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b) A política fiscal pode ser dividida em política tributária e política de


gastos públicos.
c) Para controlar as condições de crédito, o governo utiliza a política
monetária.
d) Quando o governo aumenta seus gastos, diz-se que a política
monetária é expansionista e, caso contrário, é contracionista.
e) Por meio da política cambial, o governo pode atuar no mercado de
divisas de vários países.

Comentários:

Apesar de simplória, a alternativa “A” é correta.


A alternativa “B” é correta, a política fiscal possui duas dimensões:
a do gasto público; e a da arrecadação fiscal via tributos.
A “C” é correta, a política creditícia está diretamente relacionada
com a política monetária, mais especificamente com a taxa de juros.
A “D” é incorreta, sendo o gabarito. Sabemos que os gastos
públicos são componentes da política fiscal, e não monetária.
A “E” é correta. A política cambial envolve a administração das
transações entre o Real e as demais moedas mundiais.

Gabarito – D

Questão 15 - (ESAF)

A função alocativa do Governo está associada a:

a) controle da demanda agregada visando minimizar os efeitos sobre


o bem-estar social de crises de inflação ou recessão.
b) intervenção do Estado na economia, para alterar o comportamento
dos níveis de preços e emprego.
c) fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente
pelo sistema de mercado.

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d) utilização de instrumentos de política fiscal, monetária, cambial,


comercial e de rendas.
e) implementação de uma estrutura tarifária progressiva.

Comentários:

Definição de Política Alocativa:


• Função Alocativa: Acontece quando o Estado promove
investimentos na infraestrutura econômica ou na criação de
bens públicos e bens meritórios utilizando o orçamento público
como instrumento de realização, principalmente nos casos nos
quais o setor privado não apresenta interesse e que envolvem
questões de relevância nacional.
A alternativa “A” trata da política estabilizadora.
A “B” também é política estabilizadora.
A “C” é o gabarito, pois fornecer bens ou serviços que o setor
privado não explore por conta da necessidade de monopólio ou
desinteresse pela inviabilidade financeira do negócio é parte da função
alocativa do Estado.
A “D” não define nenhuma política, mas apresenta os instrumentos
da função estabilizadora.
A “E” é função distributiva, pois a progressividade tributária é uma
forma de redistribuir renda.

Gabarito - C

Questão 16 - (ESAF – APO/SP - 2009)

A Constituição da República confere ao orçamento a natureza


jurídica de:

a) lei abstrata.
b) lei material.

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c) lei formal e material.


d) lei extraordinária.
e) lei de efeito concreto.

Comentários:

É importante salientar que o orçamento é doutrinariamente entendido


como sendo uma lei de caráter autorizativo, ou seja, é lei em seu
caráter formal e não material, mas ainda sim, produz efeitos
concretos. Sendo assim, não há a obrigação jurídica para o governo,
a partir da lei orçamentária, realizar todos os gastos nele fixados.

Gabarito – E

Questão 17 - (ESAF – AFC/CGU - 2008)

O Orçamento é um dos principais instrumentos da política


fiscal do governo e traz consigo estratégias para o alcance dos
objetivos das políticas. Das afirmações a seguir, assinale a que
não se enquadra nos objetivos da política orçamentária ou nas
funções clássicas do orçamento:

a) Assegurar a disponibilização para a sociedade dos bens públicos,


entre os quais aqueles relacionados com o cumprimento das funções
elementares do Estado, como justiça e segurança.
b) Utilizar mecanismos visando à universalização do acesso aos bens
e serviços produzidos pelo setor privado ou pelo setor público, este
último principalmente nas situações em que os bens não são providos
pelo setor privado.
c) Adotar ações que visem fomentar o crescimento econômico.
d) Destinar recursos para corrigir as imperfeições do mercado ou
atenuar os seus efeitos.
e) Cumprir a meta de superávit primário exigida pela Lei de
Responsabilidade Fiscal.

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Comentários:

A alternativa “A” descreve a função alocativa.


A “B” foi considerada correta, mas merece reparos. Não é função
do Estado prover a sociedade de todo tipo de bens e serviços
privados, apenas aqueles relacionados à saúde e educação, de acordo
com os direitos universalizados pela Constituição. A afirmativa não foi
muito clara.
A “C” faz parte da função estabilizadora.
A “D” faz parte da função alocativa.
A “E” está mais incorreta que a “B”, pois o superávit primário é
um objetivo da política fiscal do governo, para dar mais credibilidade
às contas públicas do país, não sendo uma função do governo obtê-lo.

Gabarito - E

Questão 18 - (ESAF – AFC/STN - 2008)

Leia as afirmações I, II e III e depois assinale a afirmação


correta.
I. O chamado orçamento de base zero é a base sobre a qual se aplica
a idéia de planejamento plurianual.
II. O orçamento-programa propicia o controle político sobre as
finanças públicas, mas não alinha as despesas dos diferentes órgãos
do governo com o plano de trabalho do governo, suas políticas e
estratégias.
III. O orçamento desempenho é um avanço em relação ao orçamento
tradicional ao buscar indicar os benefícios a serem alcançados pelos
diversos gastos e assim possibilita medir o desempenho
organizacional.

a) I e III estão corretas.


b) II e III estão corretas.
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c) I, II e III estão corretas.


d) Apenas II está correta.
e) Apenas III está correta.

Comentários:
A Afirmativa I é incorreta, pois o PPA propõe um seguimento a um
plano, e não a revisão completa a cada ano como o defendido pelo
Orçamento base zero.
A II está incorreta, pois o OP integra as ações às diferentes
estratégias do governo:
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.
A III está correta:
• Orçamento Desempenho: Processo orçamentário
que se caracteriza por apresentar duas dimensões
do orçamento: o objeto de gasto e um programa de
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a
ênfase reside no desempenho organizacional, sendo
também conhecido como orçamento funcional.
Gabarito – E

Questão 19 - (ESAF – APO/MPOG - 2008)

Com base nas características e aspectos do orçamento


tradicional e do orçamento-programa, assinale a única opção
incorreta.

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a) No orçamento-programa, há previsão das receitas e fixação das


despesas com o objetivo de atender às necessidades coletivas
definidas no Programa de Ação do Governo.
b) No orçamento tradicional, as decisões orçamentárias são tomadas
tendo em vista as necessidades das unidades organizacionais.
c) Na elaboração do orçamento-programa, os principais critérios
classificatórios são as unidades administrativas e elementos.
d) No orçamento tradicional, inexistem sistemas de acompanhamento
e medição do trabalho, assim como dos resultados.
e) O orçamento-programa é um instrumento de ação administrativa
para execução dos planos de longo, médio e curto prazo.

Comentários:

A “A” é correta, pois o Orçamento prevê receitas e fixa o limite


das despesas para um exercício, com o objetivo de atender às
necessidades coletivas definidas no programa de ação do governo.
A “B” é correta, as necessidade de cada órgão são avaliadas de
acordo com o tipo de gasto (objeto):
• Orçamento Tradicional: Processo orçamentário
em que apenas uma dimensão do orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é
conhecido como Orçamento Clássico.
A “C” é incorreta, as palavras chaves no OP são os programas e
ações, a questão não abordou nenhuma delas:
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.

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A “D” é correta, o foco do orçamento tradicional é no objeto do


gasto:
• Orçamento Tradicional: Processo orçamentário
em que apenas uma dimensão do orçamento é
explicitada, qual seja, o objeto de gasto. Também é
conhecido como Orçamento Clássico.
A “E” é correta, já que o OP busca integrar o Orçamento com o
Planejamento (Curto, Médio e Longo prazos):
• Orçamento Programa: Originalmente, sistema de
planejamento, programação e orçamentação,
introduzido nos Estados Unidos da América , no
final da década de 50, sob a denominação de PPBS
(Planning Programning Budgeting System).
Principais características: integração, planejamento,
orçamento; quantificação de objetivos e fixação de
metas; relações insumo-produto; alternativas
programáticas; acompanhamento físico-financeiro;
avaliação de resultados; e gerência por objetivos.
Gabarito – C

Questão 20 - (ESAF – AFC/CGU - 2008)

À medida que as técnicas de planejamento e orçamento foram


evoluindo, diferentes tipos de orçamento foram
experimentados, cada um com características específicas. Com
relação a esse assunto, marque a opção incorreta.

a) No orçamento tradicional, a ênfase se dá no objeto do gasto, sem


preocupação com os objetivos da ação governamental.
b) O orçamento Base Zero foi um contraponto ao orçamento
incremental, e tem como característica principal a inexistência de
direitos adquiridos sobre as dotações aprovadas no orçamento
anterior.
c) A grande diferença entre o orçamento de desempenho e o
orçamento-programa é que o orçamento de desempenho não se
relaciona com um sistema de planejamento das políticas públicas.

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d) O orçamento-programa se traduz no plano de trabalho do governo,


com a indicação dos programas e das ações a serem realizados e seus
montantes.
e) O orçamento de Desempenho representou uma evolução do
orçamento incremental, na busca de mecanismos de avaliar o custo
dos programas de governo e de cada ação integrada ao
planejamento.

Comentários:

A Alternativa “A” é correta, não merecendo qualquer reparo.


A “B” é correta, de fato o OBZ é um contraponto do OI, que corrige
o valor da dotação anterior por algum critério. No OBZ não há esse
direito adquirido à dotação anterior, a cada ano tudo será reavaliado.
A “C” é correta, o OD se preocupa com o objeto do gasto e o
programa de trabalho, não havendo um planejamento da ação
governamental. O que não pode ser dito em relação ao OP:
• Orçamento Desempenho: Processo orçamentário
que se caracteriza por apresentar duas dimensões
do orçamento: o objeto de gasto e um programa de
trabalho, contendo as ações desenvolvidas. Toda a
ênfase reside no desempenho organizacional, sendo
também conhecido como orçamento funcional.
A “D” está correta, o OP é realmente um plano de ação do governo
com objetivos de curto, médio e longo prazos.
A “E” é incorreta, o OD é uma evolução do orçamento tradicional, e
não incremental. Pois é o tradicional que foca no objeto do gasto, e o
OD também o faz, acrescentando o programa de trabalho. O OI se
relaciona com o OBZ.

Gabarito – E

Questão 21 - (ESAF – AFC/STN –2008)

Constitui evidência do princípio da unidade orçamentária:


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a) um orçamento que contenha todas as receitas e todas as


despesas.
b) um único orçamento é examinado, aprovado e homologado e ainda
a existência de um caixa único e uma única contabilidade.
c) a existência de um orçamento que abranja tanto a área fiscal como
a área previdenciária e o investimento das estatais.
d) uma lei orçamentária anual que não contenha matéria estranha ao
orçamento.
e) um orçamento que abranja os Três Poderes da União.

Comentários:

Essa questão está terrivelmente mal elaborada. Existem pelo menos


duas alternativas corretas, vamos a elas:
A alternativa “A” descreve o princípio da Universalidade/Totalidade:
• Universalidade/Totalidade: A lei orçamentária
deve incorporar todas as receitas a serem
arrecadadas e todas as despesas a serem
realizadas em determinado período de tempo, de
modo a evitar que a arrecadação de algum recurso
financeiro, bem como a sua consequente aplicação,
fuja à apreciação do Poder Legislativo. Este
princípio está expresso no art. 165 da CF; artigos
2º e 4º da Lei 4.320/64.
A “B” foi considerada correta, mas ela merece reparos, pois a
existência de um caixa único e uma contabilidade única se relacionam
com o princípio da unidade de tesouraria ou unidade de caixa, de
acordo com o Manual de Contabilidade Púbica do João Eudes, e não o
da Unidade Orçamentária como propõe a questão.
• Unidade: Cada esfera de governo deve possuir
apenas um orçamento, que contemple toda a
política orçamentária. Deste modo, cada esfera de
poder deverá elaborar sua lei que irá reger o
orçamento público. O princípio da unidade está
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previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei


4.320/64;
A “C” é correta, a existência de um único orçamento para as três
áreas citadas na questão se relaciona com o princípio da Unidade.
Merece atenção o fato da constituição falar em Orçamento de
Seguridade Social, enquanto que a questão cita previdência, contudo,
ela não limitou a interpretação à Constituição.
• Unidade: Cada esfera de governo deve possuir
apenas um orçamento, que contemple toda a
política orçamentária. Deste modo, cada esfera de
poder deverá elaborar sua lei que irá reger o
orçamento público. O princípio da unidade está
previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei
4.320/64;
A “D” apresenta o princípio da exclusividade
• Exclusividade: Veda que a lei orçamentária (LOA e
LOA) contenha dispositivo estranho à fixação de
despesas e a previsão de receitas. São exceções a
essa regra a autorização para créditos
suplementares e as operações de créditos. Está
previsto no parágrafo 8° do art. 165 da CF:

“A Lei orçamentaria anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.”

A “E” se relaciona com o princípio da unidade, pois a unidade


orçamentária implica a consolidação orçamentária dos três poderes;
Revisemos os princípios:

• Unidade: Cada esfera de governo deve possuir


apenas um orçamento, que contemple toda a
política orçamentária. Deste modo, cada esfera de
poder deverá elaborar sua lei que irá reger o

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orçamento público. O princípio da unidade está


previsto no art. 165 da CF e art. 2º da Lei
4.320/64;
• Universalidade/Totalidade: A lei orçamentária
deve incorporar todas as receitas a serem
arrecadadas e todas as despesas a serem
realizadas em determinado período de tempo, de
modo a evitar que a arrecadação de algum recurso
financeiro, bem como a sua consequente aplicação,
fuja à apreciação do Poder Legislativo. Este
princípio está expresso no art. 165 da CF; artigos
2º e 4º da Lei 4.320/64.
• Anualidade: O orçamento deve compreender o
período de um exercício financeiro, que no Brasil
corresponde ao ano fiscal, que começa em janeiro e
termina em dezembro. A anualidade está prevista
art. 2 da Lei 4.320/64; inciso II do art. 48; art.
165, parágrafo 5°, inciso III, da CF.
• Equilíbrio: O equilíbrio orçamentário estabelece
que as despesas não devem ultrapassar as receitas
previstas para o exercício financeiro. Por essa
razão, ao se elaborar o projeto da LOA, o total das
despesas ali discriminadas deve se limitar ao
montante da receita estimada. Este princípio está
previsto no art. 7, parágrafo 1º, da Lei 4320/64;
art. 167 da CF, incisos II, III e IV.
• Clareza: O orçamento deve ser suficientemente
claro e compreensível para qualquer indivíduo.
Publicidade: É obrigação de dar publicidade ao
orçamento. A Lei de Responsabilidade Fiscal define
prazos para publicação de relatório bimestral
resumido da execução orçamentária e de relatório
quadrimestral de gestão fiscal (art. 37, CF).
• Especificação/especialização/discriminação:
Tem por finalidade a vedação de dotações globais.
De acordo com esse princípio, as receitas e as
despesas devem aparecer no orçamento de maneira

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discriminada, de tal forma que se possa saber,


pormenorizadamente, a origem dos recursos e sua
aplicação. Este princípio está previsto no art. 5° e
15° da Lei 4320/64;
• Exclusividade: Veda que a lei orçamentária (LOA e
LOA) contenha dispositivo estranho à fixação de
despesas e a previsão de receitas. São exceções a
essa regra a autorização para créditos
suplementares e as operações de créditos. Está
previsto no parágrafo 8° do art. 165 da CF:

“A Lei orçamentaria anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.”

• Não-afetação de receitas: Proíbe a vinculação de


receitas de impostos a órgão, fundo ou despesa,
ressalvadas às exceções previstas na Constituição.
• Publicidade: Por sua importância e significação e
pelo interesse que desperta, o Orçamento Público
deve merecer ampla publicidade. Nesse sentido,
como as demais Leis, é publicado no Diário Oficial.
• Orçamento Bruto: Segundo esse princípio, todas
as parcelas da receita e da despesa devem aparecer
no orçamento em seus valores brutos, sem
qualquer tipo de dedução. Se, de alguma receita,
cabe deduzir uma parcela, essa receita deve
constar por seu valor bruto, e a dedução deve ser
claramente explicitada. Isso ocorre, por exemplo,
no caso do Fundeb. Em municípios de algumas
receitas, como a transferência do Fundo de
Participação dos Municípios – FPM, 20% são
deduzidos para a formação do Fundeb. Na LOA, a
transferência a ser recebida pelo município aparece
em valor bruto – digamos R$ 1000,00 e a dedução
de R$ 200,00 – é explicitada.

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Gabarito – B*

Questão 22 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA - 2009)

Assinale a opção verdadeira a respeito do princípio


orçamentário do equilíbrio.

a) É o princípio pelo qual as despesas fixadas e as receitas estimadas


são executadas no exercício, cumprindo dessa forma a disposição da
lei orçamentária anual.
b) O princípio do equilíbrio orçamentário se verifica pela suficiência
das receitas correntes para cobrir as necessidades correntes e de
capital.
c) Constitui equilíbrio orçamentário a coincidência dos valores
estimados com os realizados da receita pública e os valores fixados e
realizados da despesa.
d) É a visão pela qual o orçamento de investimento não ultrapassa as
receitas de capital dentro do exercício considerado.
e) É o princípio pelo qual o montante da despesa autorizada em cada
exercício financeiro não poderá ser superior ao total de receitas
estimadas para o mesmo período.

Comentários:

A Alternativa “A” descreve o princípio da anualidade, para o qual o


orçamento limita as receitas e despesas a um exercício, iniciado em
primeiro de janeiro e finalizado em trinta e um de dezembro de cada
ano.
A “B” não descreve princípio algum.
A “C” é incorreta, eles não precisam coincidir, isso é quase
impossível de acontecer. O importante é que haja um equilíbrio entre
as duas variáveis, visando principalmente evitar a ocorrência de
déficits relevantes.
A “D” é incorreta, não descreve princípio algum.

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A “E” é o gabarito.

Gabarito – E

Questão 23 - (ESAF - AFC/CGU - 2008)

No Brasil, para que o controle orçamentário se tornasse mais


eficaz, ao longo dos anos, tornou-se necessário estabelecer
alguns princípios que orientassem a elaboração e a execução
do orçamento. Assim, foram estabelecidos os chamados
“Princípios Orçamentários”, que visam estabelecer regras para
elaboração e controle do Orçamento. No tocante aos Princípios
Orçamentários, indique a opção correta.

a) O orçamento deve ser uno, ou seja, no âmbito de cada esfera de


Poder deve existir apenas um só orçamento para um exercício
financeiro.
b) O princípio da exclusividade veda a inclusão, na lei orçamentária
anual, de autorização para aumento da alíquota de contribuição
social, mesmo respeitando- se o prazo de vigência previsto na
Constituição.
c) A vinculação de receitas de taxas a fundos legalmente constituídos
é incompatível com o princípio da não-afetação, definido na
Constituição Federal.
d) O princípio da especificação estabelece que a lei orçamentária
anual deverá especificar a margem de expansão das despesas
obrigatórias de caráter continuado, conforme determina a Lei de
Responsabilidade Fiscal.
e) O princípio do equilíbrio é constitucionalmente fixado e garante que
o montante das receitas correntes será igual ao total das despesas
correntes.

Comentários:

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A Alternativa “A” mistura anualidade com unidade, sendo


incorreta.
A “B” é correta, pois a LOA não conterá conteúdo diferente de
receita ou despesa pública:
• Exclusividade: Veda que a lei orçamentária (LOA e
LOA) contenha dispositivo estranho à fixação de
despesas e a previsão de receitas. São exceções a
essa regra a autorização para créditos
suplementares e as operações de créditos. Está
previsto no parágrafo 8° do art. 165 da CF:

“A Lei orçamentaria anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.”

A “C” é incorreta, pois a regra é a não afetação, contudo, a


Constituição pode afetar receitas.
A “D” é incorreta, o princípio da especificação visa detalhar a
despesa ou receita, evitando dotações globais e indefinidas.
A “E” é incorreta, vimos que é impossível garantir que as receitas
serão exatamente iguais às despesas, o objetivo é evitar elevados
déficits nas contas públicas.

Gabarito - B

Questão 24 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009)

A Constituição Federal, ao estabelecer que a lei orçamentária


anual não conterá dispositivos estranho à previsão da Receita
e à fixação da despesa, consagra o seguinte princípio
orçamentário:

a) Unidade
b) Especificação
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c) Exclusividade
d) Legalidade
e) Não-afetação das Receitas.

Comentários:

• Exclusividade: Veda que a lei orçamentária (LOA e


LOA) contenha dispositivo estranho à fixação de
despesas e a previsão de receitas. São exceções a
essa regra a autorização para créditos
suplementares e as operações de créditos. Está
previsto no parágrafo 8° do art. 165 da CF:

“A Lei orçamentaria anual não conterá


dispositivo estranho à previsão de receita e à
fixação da despesa, não se incluindo na proibição
a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos
termos da Lei.”

Gabarito - C

Questão 25 - (ESAF – Analista Administrativo - ANA – 2009)

Quanto aos princípios orçamentários, marque a opção correta.

a) O Princípio da universalidade da matéria orçamentária estabelece


que somente deve constar no orçamento matéria pertinente à fixação
da despesa e à previsão da receita.
b) O Princípio da Programação preconiza a vinculação necessária à
ação governamental, assegurando-se a finalidade do plano plurianual.
c) O Princípio da não-afetação da receita preconiza que não pode
haver transferência, transposição ou remanejamento de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro
sem prévia autorização legislativa.

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d) O Princípio da reserva de lei estabelece que os orçamentos e


créditos adicionais devem ser incluídos em valores brutos, todas as
despesas e receitas da União, inclusive as relativas aos seus fundos.
e) O Princípio do Equilíbrio Orçamentário estabelece que a lei
orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa.

Comentários:

A “A” fala do princípio da exclusividade, e não da universalidade.


A “B” é o gabarito, sendo a definição do Princípio do Programação.
A “C” é incorreta, é o Princípio da Legalidade, e não Não Afetação
A “D” é incorreta, não é legalidade, é orçamento bruto.
A “E” é incorreta, seria Exclusividade e não Equilíbrio.

Gabarito - B

Questão 26 - (ESAF – AFC/CGU – 2006)

No que diz respeito aos conceitos de Orçamento Público e


princípios orçamentários, assinale a única opção falsa.

a) O orçamento tradicional ou clássico é o processo de elaboração do


orçamento constituído de um único documento, no qual se previam as
receitas e a autorização por tipo de gasto, sem qualquer definição do
programa e dos objetivos de governo.
b) Os princípios orçamentários estão definidos na Lei n. 4.320/64 e
na Lei de Diretrizes Orçamentárias.
c) O orçamento-programa elaborado de forma correta constitui eficaz
instrumento de planejamento e programação, gerência e
administração, controle e avaliação.
d) O orçamento-programa apresenta uma série de diferenças do
orçamento tradicional, que enfoca o que se pretende gastar.

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e) No Brasil, a origem do orçamento está ligada ao surgimento do


governo representativo.

Comentários:

A alternativa “A” é correta, o orçamento tradicional foca no objeto


do gasto e não contempla o planejamento.
A “B” é incorreta, os princípios estão na Constituição. É o nosso
gabarito.
A “C” é correta, o OP realmente é uma boa ferramenta de gestão e
planejamento.
A “D” é correta, o OT foca apenas no objeto do gasto, o mesmo não
se pode afirmar do OP, que inova ao gerir e planejar a ação
governamental.
A “E” é correta, o orçamento está relacionado ao governo
representativo, pois ele é instrumento protetor da coisa pública.

Gabarito - B

Questão 27 - (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009)

O princípio orçamentário que teve sua origem na Inglaterra,


como forma de obrigar o monarca a solicitar periodicamente
ao parlamento autorização para cobrança de tributos é o
Princípio:

a) da Universalidade
b) do Equilíbrio
c) da Anualidade
d) da Exclusividade
e) da Transitividade

Comentários:
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Trata-se do princípio da Anualidade:


• Anualidade: O orçamento deve compreender o
período de um exercício financeiro, que no Brasil
corresponde ao ano fiscal, que começa em janeiro e
termina em dezembro. A anualidade está prevista
art. 2 da Lei 4.320/64; inciso II do art. 48; art.
165, parágrafo 5°, inciso III, da CF.

Gabarito – C

Questão 28 - (Ceperj – APO/Seplag/RJ – 2009)

A política fiscal orienta-se em duas direções, que são:

a) Tributária e Orçamentária
b) Monetária e Cambial
c) Tributária e Cambial
d) Orçamentária e Monetária
e) Cambial e Orçamentária

Comentários:

Lembrem-se, a política fiscal trata das receitas e despesas do


governo, ou seja, seus gastos e arrecadação. Desse modo, a
alternativa correta é a “A”, pois política fiscal envolve a política
tributária e orçamentária.

Gabarito – A

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Prof. Victório Amoedo – Aula AULA 05

Caro aluno,

Com isso chegamos ao final da nossa aula 05.


Na próxima aula veremos os seguinte tópicos do EDITAL: 12.
Controle da Administração Pública; 13. Ética no exercício da Função
Pública; e 10. Gestão Pública Empreendedora. Vamos lá, força, falta
pouco! Todos os aprovados passaram por essas dificuldades, você
conseguirá!

Um grande abraço e bons estudos!

Victório Amoedo

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