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Reivindicações dos trabalhadores para


acordo coletivo de trabalho 2008/2009

Documento elaborado pelos membros da COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO SINDICAL do


Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas Municipais de Toledo (SINTRAEP)

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Comissão de Negociação Sindical

Reivindicações dos trabalhadores da Empresa de


Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (EMDUR) para
assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2008/2009:

Introdução:
Desde sua fundação, em 1985, a EMDUR pouco fez em termos de valorização de seus
trabalhadores, portanto ela tem uma dívida histórica conosco.
Um passo inicial foi dado com a realização de um acordo mais justo em 2007, com a
introdução de um abono salarial, manutenção do qüinqüênio e acréscimo de novas
cláusulas ao texto do acordo.
Entretanto, foi apenas o começo de uma caminhada que pode realmente levar a um
resgate da enorme dívida social que a empresa tem para com os trabalhadores.
No texto abaixo apresentamos à direção da empresa as nossas reivindicações objetivando
a assinatura do acordo coletivo de trabalho que valerá de março de 2008 a fevereiro de
2009, esperando contar com uma visão ampla da direção em relação ao que isso pode
significar em termos de valorização social dos trabalhadores.

Nossas reivindicações:
1. Implementação de um “adicional estímulo”, que seria uma gratificação para
os portadores de certificados de conclusão do Ensino Fundamental e Médio.
Justificativa: Sabemos que num mundo em constante evolução a educação precisa ser
valorizada e estimulada. Quanto mais conhecimento adquirimos, melhor realizamos nosso
trabalho.
Todas as modernas técnicas administrativas trazem como uma de suas prioridades a
valorização do conhecimento, assim as empresas costumam incentivar o retorno às aulas de
seus trabalhadores.
Acreditamos que a EMDUR precisa seguir esse caminho, valorizando seus trabalhadores
com um percentual sobre seus salários a título de incentivo, ou estímulo, para retorno aos
estudos.
Sabemos que a grande maioria dos trabalhadores da empresa sequer concluiu o ensino
fundamental, assim acreditamos que tal estímulo seria um motivador para o retorno ao
banco escolar.

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2. Fim do trabalho aos sábados.


Justificativa: Consideramos ser o mais justo e sensato, já que o setor administrativo da
empresa não tem expediente aos sábados.
É uma questão de isonomia, de justiça.
E é uma reivindicação antiga dos trabalhadores, que desejam no sábado descansar, ou até
mesmo resolver questões pessoais que não conseguem durante a semana.
Acreditamos ser possível, sim, a realização de um acordo que permita a exclusão do
trabalho aos sábados, bastando que a carga horária de trabalho do setor operacional seja
reduzida de 44 horas semanais para 40.
Havendo urgência em realização de trabalhos emergenciais aos sábados a empresa pagaria
horas extras.
Basta que a direção da empresa tenha boa vontade em atender nossa solicitação, um acordo
pode perfeitamente legalizar qualquer situação conflitante.

3. Programa de Alimentação do Trabalhador.


Justificativa: A esmagadora maioria dos nossos trabalhadores ganha baixos salários, abaixo
de dois mínimos. Com tal faixa salarial não terão a menor chance de conseguir uma
alimentação equilibrada e balanceada, de acordo com suas necessidades nutricionais.
É fato conhecido que trabalhador bem alimentado tem maior energia e consequentemente
trabalha mais disposto, rendendo mais e melhor.
Criado em 1976, com ajuda dos Ministérios do Trabalho, Saúde e da Fazenda, o PAT
(Programa de Alimentação do Trabalhador) é uma solução que tem como objetivo social
facilitar a alimentação dos trabalhadores de baixa renda.
O PAT oferece vantagens para os trabalhadores, que passam a ter melhores condições de
alimentação, e para as empresas empregadoras, que se beneficiam com o aumento da
produtividade e equilíbrio nas políticas tributárias.

Principais vantagens do PAT:

Para o trabalhador

• Melhoria das condições nutricionais com reflexo positivo para a sua saúde
• Aumento na capacidade de aprendizado, melhorando o nível profissional
• Redução dos gastos pessoais referentes ao custo de sua alimentação

Para a empresa

• Dedução das despesas de alimentação como custo operacional (independente do


P.A.T.)
• Redução do Imposto de Renda a pagar através de deduções como Incentivo Fiscal
• Isenção de encargos sociais referentes a parte do benefício paga pela empresa. Em
caso de fiscalização ou rescisões contratuais, as refeições não amparadas pelo
P.A.T. gerarão para o empregador encargos trabalhistas como INSS, FGTS, 13º
salário e férias

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• Diminuição dos acidentes de trabalho, do absenteísmo, das doenças profissionais,


da rotatividade do pessoal e conseqüentemente maior produtividade de seus
funcionários
• Melhoria do relacionamento entre os funcionários com maior valorização da
empresa

Além dos motivos citados, é uma questão humanitária procurar minimizar as necessidades
alimentares dos trabalhadores, o olhar social de uma empresa precisa atentar para a boa
alimentação de seus vários trabalhadores. Entretanto, como sabemos que a empresa possui
diversos setores, onde os trabalhadores estão dispersos, entendemos ser difícil a entrega de
alimentos para consumo direto (almoço, jantar... etc.), sugerimos então a adoção de vale-
mercados como uma forma de implementação do PAT, ou cartões magnéticos para gastar
nos mercados.

4. Ganho acima da inflação.


Justificativa: Como mencionado anteriormente a maioria dos trabalhadores da empresa
ganha baixos salários, assim consideramos muito justo a empresa nos conceder um
percentual acima do INPC, como uma forma, mesmo que mínima, de valorizar nossos
salários.
Se fizermos um comparativo com os sucessivos aumentos do salário mínimo nacional
teremos uma exata noção de como os salários na empresa estão defasados.
Tomando como exemplo o salário base de uma zeladora (R$ 418,91) e sabendo que o
Governo Federal vai reajustar o mínimo para R$ 408,00 chegamos a triste conclusão de que
em um prazo médio essa trabalhadora estará recebendo o equivalente a um salário mínimo.
Levando-se em consideração que os salários estão defasados e fora do padrão de outras
empresas, e também que o poder de compra da classe está sensivelmente diminuído,
justamente pela defasagem salarial, pedimos um ganho real de 5% (cinco por cento).
Não se trata de um percentual absurdo, apenas queremos recompor, mesmo que
minimamente, o poder de compra dos trabalhadores através de salários mais justos.
Tudo dentro de uma política de maior valorização dos trabalhadores.

5. Liberação de um membro da direção do Sindicato para exclusiva dedicação


às atividades sindicais.
Justificativa: Torna-se praticamente inviável exercer as atividades sindicais tendo que
conciliá-las com o trabalho diário na empresa, assim pedimos que um dirigente possa ser
liberado para dedicação exclusiva aos trabalhos relacionados ao sindicato.
Já há vários precedentes quanto a isso, mas citamos o exemplo do SINDSERTOO,
dirigentes sindicais são cedidos pela Prefeitura para exercer as atividades sindicais, sem
prejuízo nos vencimentos e vantagens inerentes a função que exercem na Prefeitura (Art.
140 § 2º, Lei Orgânica do Município de Toledo).

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6. Acréscimo de novas cláusulas.


Justificativa: Com o avanço na modernização das relações empresa/trabalhadores novas
cláusulas regulamentares se fazem necessárias, visando sobretudo proteger a parte mais
“frágil” na relação trabalhista, ou seja: o trabalhador.
Nesse sentido apresentamos abaixo nossas sugestões para novas, e importantes, cláusulas:

1ª. Cláusula XX-Eleições sindicais

No período de eleições sindicais, desde que expressamente comunicado por escrito pelo
Sindicato, com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, a empresa, mediante
entendimento prévio com a entidade sindical, destinará local adequado para a realização da
eleição, facilitando o acesso dos mesários e fiscais, se houver, liberando os associados pelo
tempo necessário para o exercício do voto.

2ª. Cláusula XX- Erro no pagamento do salário

Na ocorrência de erro na folha de pagamento, a empresa se obriga a efetuar o pagamento da


diferença, no prazo máximo de 3 (três) dias, na forma de adiantamento, que será incluído
em folha posterior.

3ª. Cláusula XX-Da CIPA e da CAT

I-A constituição e eleições da CIPA serão realizadas com observância das normas
estabelecidas na NR-5, sob pena de nulidade.

II- Publicado e Edital de convocação, a empresa comunicará à entidade sindical;

III-Sobre as Atas da CIPA e CAT:

a) A empresa enviará ao SINTRAEP cópias das atas de reuniões da CIPA dentro do prazo
de 10 (dez) dias de sua realização;

b) Cópias das CAT´s deverão ser enviadas ao SINTRAEP em até 10 (dez) dias de seu
registro.

4ª. Cláusula XX-Atendimento de emergência


A empresa manterá, em local de fácil acesso e disponível em todos os turnos de trabalho,
material destinado a primeiros socorros, o qual conterá os medicamentos básicos.
Em caso de acidente de trabalho, receitas médicas cuja destinação é para tratamento do
acidentado (medicamentos e curativos), será responsabilidade da empresa.

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7. Transporte dos trabalhadores aos locais de serviço.

Justificativa: A reclamação constante dos trabalhadores de que batem o cartão no Pátio e


depois precisam se deslocar, por conta própria, para outro local de serviço é preocupante e
precisa de uma solução urgente por parte da empresa.
Esse problema parece afetar especialmente o setor da construção civil, que constantemente
nos faz chegar suas reclamações.
Nossa sugestão é que a empresa pague um adicional aos trabalhadores que enfrentam tais
dificuldades ou que providencie transporte adequado para eles.

8. Manutenção do abono salarial.


Justificativa: O abono salarial foi uma “promessa” eleitoral feita pelo Sr. José Carlos
Schiavinato quando em campanha eleitoral, entretanto ficamos dois anos sem receber nada,
enquanto os servidores da administração direta receberam.
Consideramos que é justo que continuemos a receber o abono, com a devida correção para
equiparação com o que ganha os servidores da administração direta.
Sabendo que de fevereiro a junho o abono dos servidores da prefeitura e câmara municipal
será de R$ 130.00 e que de julho em diante será de R$ 150, 00 (Lei “R” nº 171, de 20 de
dezembro de 2007), pleiteamos o mesmo valor para nosso abono. Tudo regulamentado em
nosso documento de acordo coletivo.
Sugerimos também a extinção do parágrafo quinto da cláusula 36, pois consideramos ser
uma regra inútil para nós, já que nosso acordo é anual.
Não podemos ficar reféns do bom, ou mal, humor da administração pública municipal.
A extinção do referido parágrafo é, portanto, uma necessidade.

9. Cumprimento de acordos anteriores.


Justificativa: No acordo coletivo de trabalho 1998/1999, cláusula 30, é mencionado um
percentual de 6,87% que seria concedido no ano seguinte, entretanto tal percentual nunca
foi repassado aos trabalhadores. Diz a cláusula, textualmente: “Conforme acordo feito entre
empresa e sindicato, ficou acertado na cláusula nº. 32 do acordo coletivo 1997/1998 que os
valores da inflação que ocorreu, no ano de 1997, no valor de 6,87% (seis vírgula oitenta e
sete por cento), fornecido pela F.G. V - Fundação Getúlio Vargas, que a empresa passará
aos funcionários, assim que tiver condições financeiras ou até o prazo máximo de março de
1999, retroativo a março/1998”. (grifo nosso) Caso a empresa possua cópias dos
documentos da época poderá comprovar a veracidade de nossas informações.
Já no acordo 2005/2006, cláusula 31 § 2º, a empresa se compromete a conceder mais um
percentual em caso da Prefeitura conceder algo durante o prazo de vigência do acordo em
questão.
Pois bem: Em outubro de 2005 a Prefeitura concedeu mais 1% aos servidores, entretanto a
EMDUR não repassou esse 1% para seus trabalhadores.
Por uma questão de ética e respeito com o que foi acordado na época, não podemos deixar
de cobrar esses dois percentuais, tanto os 6,87% de 1998, quanto o 1% de 2005.

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10. Abono de faltas.


Justificativa: Existem casos especiais em que os trabalhadores necessitam se ausentar, por
um determinado período, do serviço. Citamos o exemplo de o trabalhador precisar fazer
documentos, pagar contas com determinada urgência ou realizar concursos públicos.
Acreditamos que nestes casos específicos a empresa deveria abonar suas faltas, pois se trata
de situações especiais e urgentes, sendo sensato que a empresa colabore com seus
trabalhadores.
Em caso de realização de cursos de aperfeiçoamento, custeados pelo próprio trabalhador,
achamos ser prudente que a empresa colabore, liberando o trabalhador para que ele consiga
um melhor aperfeiçoamento profissional e humano.
Afinal, fala-se hoje muito em qualificação profissional, entretanto as empresas em geral
pouco fazem visando facilitar aos seus trabalhadores a oportunidade de atingir essa
qualificação tão propagada.
Acreditamos que a EMDUR deva dar o exemplo, facilitando a evolução profissional e
humana dos trabalhadores da empresa.

11. Melhorias efetivas nos diversos locais de trabalho.

Justificativa: Os vários locais em que os trabalhadores permanecem necessitam de urgentes


melhorias, humanizando assim as condições de trabalho das pessoas.
Rodoviária, Pátio de Máquinas, Pedreira, Usina de Asfalto e Cemitérios precisam receber
urgente atenção por parte da direção da empresa.
Melhorias estruturais urgentes se fazem necessárias.
Sugerimos que a empresa viabilize com urgência um cronograma de melhorias, e que as
execute no mais curto espaço de tempo.

12. Pagamento do abono salarial no mês em que o trabalhador tire férias.

Justificativa: É fato conhecido que o trabalhador quando volta do período de férias volta
“quebrado”, pois não tem salário para receber e muito menos o abono salarial.
O mês em que os trabalhadores tiram férias deveria ter o pagamento do abono, como um
reforço em sua renda mensal para o retorno ao trabalho.
Reivindicamos o pagamento do abono para o dia em que o trabalhador retorne ao serviço,
como um incentivo ao retorno e como um complemento em seu orçamento doméstico.

13. Plano de saúde aos trabalhadores.


Justificativa: Com a inoperância atual do Sistema Único de Saúde cada vez mais se faz
necessária à procura por alternativas, diversas empresas oferecem aos seus funcionários
planos de saúde e assim “desafogam” o SUS.
Acreditamos que a EMDUR, por já ter 22 anos de existência, deveria oferecer mais esta
opção aos seus trabalhadores.

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Os trabalhadores até podem ajudar no pagamento das mensalidades, desde que a empresa
assuma uma parcela mais significativa dos pagamentos, já que sabemos ser um sistema
oneroso e que pode penalizar os trabalhadores.
É necessário que se encontre alternativas, uma empresa do porte da EMDUR já deveria
estar oferecendo plano de saúde aos trabalhadores há muito tempo.
Estamos na contramão das modernas empresas.

14. Compromisso da empresa com a entrega dos uniformes nos diversos


setores de trabalho.

Justificativa: É fato conhecido que todos os anos enfrentamos o mesmo problema, ou seja:
atrasos na entrega dos uniformes e EPI´s nos setores de trabalho.
Consideramos ser obrigação da empresa providenciar a entrega dos uniformes e EPI´s nos
setores, cabendo aos responsáveis pelos mesmos a distribuição posterior.
A empresa precisa assumir tal compromisso com os trabalhadores, que na maioria das
vezes não dispõe de tempo para buscar os materiais na sede da empresa.

15. Compromisso da empresa com a mudança para conta salário.

Justificativa: Queremos o compromisso da empresa com a mudança para a conta-salário,


assim que a mesma estiver disponível na CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.
Quanto menos penalizarmos os trabalhadores, melhor será para todos.

16. Homenagem aos trabalhadores por tempo de serviço


Justificativa: Mantendo nossa coerência de exigir valorização dos trabalhadores da empresa
pedimos que seja criada uma forma de homenagem anual aos trabalhadores da EMDUR,
algo semelhante ao que ocorre hoje com os servidores públicos municipais.
Em uma data específica homenagearíamos os trabalhadores que completassem
determinados anos de serviços dedicados à empresa.
Sugerimos que sejam homenageados os que completarem 10, 15,20 e 25 anos de serviços
prestados, como uma merecida forma de reconhecimento aos trabalhadores, que são os
principais responsáveis pelos bons serviços prestados por nossa única empresa pública
municipal.

17. Fornecimento de leite nos setores de serviço

Justificativa: O fornecimento do leite nos setores era uma conquista de cerca de uma década
e que recentemente foi cortado, de uma forma não muito democrática.
Mais recente tínhamos também o fornecimento do suco de soja, que também não teve
prosseguimento.
Nossa justificativa para pleitear o retorno do leite é justamente o simbolismo da conquista,
não podemos admitir que uma conquista dos trabalhadores seja retirada de uma hora para
outra.

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18. Cancelamento do cartão CABAL em caso de cobrança de qualquer taxa

Justificativa: Na ocasião em que aceitamos a implantação do cartão CABAL nos foi informado de
que nenhum valor seria cobrado a título de anuidade ou de qualquer outra forma.
Queremos a garantia, em acordo coletivo, de que a empresa providenciará o cancelamento coletivo
dos cartões em caso de ocorrer qualquer espécie de cobrança de valores.

19. Gratificação por qualificação (Sugestões para melhoramentos)

Justificativa: A atual cláusula 30 (Da gratificação por qualificação) traz um texto muito “amarrado”,
com dificuldades para que o trabalhador faça jus ao benefício.
Pensando nisso apresentamos as seguintes sugestões:
1ª- Acrescentar no parágrafo primeiro a gratificação por 60 horas/curso, com um percentual de
1,25%
2ª-Extinguir parte do parágrafo segundo, no ponto em que diz “... e as aulas deverão ser assistidas
em sala de aula.” (Com as modernas técnicas de ensino a distância essa parte do referido parágrafo
se torna obsoleta, afinal o ensino a distância veio justamente para qualificar o trabalhador que
dispõe de pouco tempo para freqüentar sala de aula.)
3ª-Rever o parágrafo sexto, com relação aos prazos de realização de cursos. Por que os cursos
anteriores a 2005, por exemplo, não podem ser aceitos?

20. Alteração do parágrafo segundo da cláusula 23


Justificativa: Pleiteamos a retirada da obrigatoriedade de as zeladoras terem que trabalhar 36 horas
consecutivas para terem direito ao dia de folga, assim sugerimos alteração do parágrafo segundo,
poderíamos conceder a elas o direito de folgar em outros dias, desde que às 36 horas semanais
fossem cumpridas.

21. Revisão das tabelas A-1, A-2 e A-3

Justificativa: Em todos os setores de trabalho consultados pelos membros da COMISSÃO DE


NEGOCIAÇÃO SINDICAL encontramos reclamação geral de que os salários pagos pela EMDUR
são muito defasados quando comparados com os pagos pela iniciativa privada, prova disso são as
vagas abertas pela empresa em concurso recente e que não tiveram seu preenchimento quando a
empresa convocou diversos trabalhadores a assumirem suas vagas.
Ao longo dos anos, e com a maior valorização do salário mínimo nacional, a massa salarial da
empresa sofreu uma defasagem considerável e por isso consideramos que será inevitável que a
empresa atualize as tabelas salariais.
O poder de compra dos trabalhadores da EMDUR caiu consideravelmente, assim julgamos ser
obrigação de uma empresa pública e voltada ao social procurar, na medida do possível, alavancar a
massa salarial dos trabalhadores e assim, por conseqüência, aumentar seu poder de compra
perdido.

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Conclusão e considerações finais:


Responsabilidade social é uma palavra bonita e muito em voga nos dias atuais, palestras e
mais palestras são proferidas tendo como foco central o apelo para a responsabilidade
social dos modernos administradores empresariais. Entretanto, nada disso vai adiantar se os
administradores não assimilarem o que foi proferido nas inúmeras palestras e
implementarem mudanças de fato sociais nas empresas que administram.
Na teoria tudo é maravilhoso, mas na prática são poucos os que ousam inovar, investindo
no maior patrimônio que uma empresa pode ter: seus trabalhadores!
Vivemos numa época complicada, com várias demandas sociais, a distribuição de renda é
injusta, logo é desigual.
Neste cenário desolador é necessário que os administradores modernos façam sua parte,
colaborando, mesmo que minimamente, para a maior valorização social dos trabalhadores
que são, em síntese, os responsáveis pelos notáveis resultados alcançados pelas empresas.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas Municipais de Toledo (SINTRAEP)
convida os diretores da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Rural de Toledo (EMDUR)
a ousarem, a investirem no potencial social que a empresa pode alcançar no médio e longo
prazo. Vamos plantar hoje uma semente que, certamente, brotará e produzirá excelentes
frutos num futuro bem próximo.
Nós, membros da COMISSÃO DE NEGOCIAÇÃO SINDICAL do SINTRAEP, estamos
apostando numa nova visão administrativa para a única empresa pública municipal de
Toledo, acreditamos num maior investimento social da empresa em seus trabalhadores,
com incentivo e valorização ao seu trabalho e dedicação.
Acreditamos que a atual diretoria da empresa nutre os mesmos sentimentos aqui expressos,
por isso estamos certos de que faremos um EXCELENTE acordo coletivo de trabalho.
Segue o documento assinado pelos membros escolhidos em reunião de diretoria ocorrida no
dia 22 de dezembro de 2007, registrado na Ata nº. 79, e nomeados através da Portaria
04/2007, de 22/12/2007.

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Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas Públicas


Municipais de Toledo
(SINTRAEP)

Luiz Carlos dos Santos Mizael dos Santos

Gilmei Zancheta Geraldo Reis

Avelino Domiciano Ribeiro

Toledo, 31 de janeiro de 2008.

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