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Equacoes Diferenciais Coimbra PDF
Equacoes Diferenciais Coimbra PDF
Abordagem
Julho de 2008
Prefácio
Exercícios 173
Exames 219
Modelação Matemática e
Equações Diferenciais
F = ma (1.1)
Consideremos agora um modelo físico em que pretendemos estudar o
movimento de um corpo de massa m colocado na extremidade de uma mola
vertical. A Lei de Hooke2 diz que se a mola é esticada ou comprimida em x
unidades a partir do seu tamanho natural então ela exerce uma força, força
elástica, que é proporcional a x:
dP
= −2P (1.17)
dt
De entre os elementos da família identifique a função que satisfaz a condição
inicial P (0) = 10
A figura 1.2 mostra a solução do PVI 1.17. Observe-se que P (t) tende
para zero quando t tende para +∞. O modelo diz-nos que a população
extinguir-se-á num tempo infinito.
dT
= −k(T − A). (1.18)
dt
../LivroAM3/figuras/cap1/CondCalorBarra.jpg
Para cada valor de k, a equação que descreve este modelo envolve derivadas
parciais. Por isso não se trata de uma equação ordinária. Designa-se por
equação diferencial com derivadas parciais. Observemos que nos são
dados uma condição inicial, conhecemos T0 e condições na fronteira,
sabemos que as extremidades são mantidas à temperatura T = 0. Um
problema deste tipo diz-se um problema de valor inicial e de fronteira
(PVIF).
5
Jean Baptiste Joseph Fourier (1765-1839)
Explícita
dy
= f (t, y) (2.1)
dt
onde f : D ⊂ R × R → R, em que D contém o rectângulo, I × R sendo I um
intervalo de R de interior não vazio e f uma função de classe C 1 .
Implícita
dy
F t, y, =0 (2.2)
dt
onde y é uma função real de variável real de classe C 1 .
Questão: Será que não há outras funções que não sendo desta família tam-
bém são solução da equação diferencial y 0 (t) = 2ty(t)? A resposta como
veremos mais tarde é não. As únicas funções que satisfazem esta equação
diferencial são as desta família.
Exemplo 11 Verificar que a função y : R+ → R definida por
1 + e2t
y(t) = (2.5)
1 − e2t
é solução da equação diferencial de primeira ordem
y0 = y2 − 1 (2.6)
A função y é uma função de classe C 1 em R+ pois é o quociente de funções
de classe C 1 em R+ , não se anulando em R+ a função denominador. Assim,
derivando y obtemos
2e2t (1 − e2t ) + 2e2t (1 + e2t ) 4e2t
y0 = = (2.7)
(1 − e2t )2 (1 − e2t )2
mas 2 2 2
1 + e2t (1 + e2t ) − (1 − e2t )
2
y −1= −1= (2.8)
1 − e2t (1 − e2t )2
e portanto
4e2t
y2 − 1 = (2.9)
(1 − e2t )2
o que mostra que y 0 = y 2 − 1 e portanto a função y : R+ → R definida por
2.5 é solução de 2.6.
y 2 + t sin(y) = C (2.10)
dT
= −0.1(T − 20). (2.13)
dt
y0 = y + t (2.14)
com base na análise do campo de direcções dado na figura 2.3.
Esboce a curva solução dos seguintes PVI:
1. y(0) = 1
2. y(0) = −1
3. y(0) = −2
√
Figura 2.4: Campo de direcções para y 0 = t y
y0 = y (2.20)
y 0 = y 2 , y(0) = 1 (2.21)
1 3
2= ⇔C= (2.23)
C −1 2
2
Logo y(t) = 3−2t . Qual o domínio? Observe o gráfico desta função represen-
tado na figura 2.6 e conclua que a solução do PVI é a função
2 3
y(t) = , t ∈ ] − ∞, [ (2.24)
3 − 2t 2
2
Figura 2.6: Gráfico da função y(t) = 3−2t
y 0 = f (y) (2.25)
em que f é uma função de classe C 1 .
As equações diferenciais autónomas surgem em muitos modelos físicos.
Por exemplo, quando estudámos o problema do esvaziamento do tanque ob-
servamos que a variação da altura da água com o tempo não dependia do
tempo mas sim da raiz quadrada da altura. Este problema é modelado por
de uma equação autónoma.
dy
= y(2 − y) (2.27)
dt
Para uma solução que passe num ponto da região y > 2 temos que as
soluções são decrescentes e que tendem para y = 2 quando t → +∞.
Para uma solução que passe num ponto da região y < 0 temos que as
soluções são decrescentes e que tendem para y = 0 quando t → −∞. É o
que a figura 2.11 mostra.
Figura 2.11: Solução dos PVI f (y) = y(2 − y), y(−1) = 3, y(0) = −0.5
2. Se k > 0 então
√ √
y(y 2 − k) > 0 ⇔ y ∈ A = [− k, 0] ∪ [ k, +∞[
e √ √
y(y 2 − k) < 0 ⇔ y ∈ B = [0, k] ∪ [−∞, − k[
y 0 (1 + y) = 1 − x2 (2.53)
y 0 + y tan t = 0 (2.54)
y 0 − y sin t = 0 (2.55)
dy
+ p(t)y(t) = q(t) (2.58)
dt
em que p, q são funções contínuas num intervalo I ⊆ R diz-se uma equação
linear de primeira ordem. Se q é a função nula então 2.58 é uma equação
de variáveis separáveis. Admitamos que q não é a função nula. Para encontrar
a solução geral de uma equação linear de primeira ordem, consideremos uma
função µ que satisfaça R
µ(t) = e p(t)dt (2.59)
d
(µy) = q(t)µ(t) (2.62)
dt
pelo que R
µ(t)q(t)dt
y(t) = (2.63)
µ(t)
dy 4
+ y = x2 − 1, y(1) = 0, x ∈ ]0, ∞[ (2.64)
dx x
4
Neste caso p, q são funções contínuas em R+ definidas por p(x) = x
e
q(x) = x2 − 1. O factor integrante é
4
R
dx
µ=e x = e4ln(x) = x4 (2.65)
Multiplicando ambos os membros da equação dada por x4 obtemos
d
x4 y(x) = x4 x2 − 1
(2.66)
dx
e portanto a solução da equação diferencial é a família de funções definida
por
1 x7 x5
y(x) = 4 − + C , x ∈ R+ (2.67)
x 7 5
sendo C uma constante que fica definida pelas condições iniciais do problema.
C deve verificar
1 17 15
2
0= 4 − +C ⇔C = (2.68)
1 7 5 35
A solução do PVI é a função
x3 x 2
y(x) = − + , x ∈ R+ (2.69)
7 5 35x4
Exemplo 27 Resolver o PVI
dy π 1
sin(t) + cos(t)y = cos(2t), y = (2.70)
dt 2 2
cos(t)
Neste caso p, q são funções contínuas em ]0, π[ definidas por p(x) = sin(t)
cos(2t)
e q(x) = sin(t)
. O factor integrante é
R cos(t)
µ=e sin(t) = eln(sin(t)) = sin(t) (2.71)
Multiplicando ambos os membros da equação dada por sin(t) obtemos
d
[sin(t)y(t)] = cos(2t) (2.72)
dt
e portanto a solução da equação diferencial é a família de funções definida
por
C
y(t) = cos(t) + , x ∈ ]0, π[ (2.73)
sin(t)
π
= 12 . Assim
sendo C tal que y 2
1 C 1
=0+ ⇔C = . (2.74)
2 1 2
A solução do PVI é
1
y(t) = cos(t) + , x ∈ ]0, π[ (2.75)
2 sin(t)
1.
xy 0 − y = x (2.76)
2.
y 0 + y = ex (2.77)
3.
y 0 + 2xy = x (2.78)
4.
t2 y 0 + ty = t3 (2.79)
1.
1
y 0 − y = x2 , y(1) = 3 (2.80)
x
2.
2
y 0 − 2xy = 6xex , y(0) = 1 (2.81)
3.
y 0 + 3x2 y = 6x2 , y(0) = 3 (2.82)
4.
t2 y 0 + ty = 1, y(1) = 2 (2.83)
ty 4 dt + 2t2 y 3 + 3y 5 − 20y 3 dy = 0
(2.88)
t2 4 y 6 20y 4
F (t, y) = y + − + g(t).
2 2 4
Para que esta equação seja exacta µM e µN devem ser funções de classe C 1
e
∂ (µM ) ∂ (µN )
= (2.101)
∂y ∂t
onde
∂M ∂N
∂y
− ∂t
ϕ(y) = (2.105)
M
Observe-se que não se pode proceder deste modo se a expressão
∂M ∂N
∂y
− ∂t
M
depender de y e de t e não somente de y.
2. Admitamos que a equação dada admite um factor integrante que de-
pende somente de t. Nesse caso a equação de derivadas parciais reduz-se
a uma equação de derivadas ordinárias e escreve-se
∂M ∂N
d ln(µ) ∂y
− ∂t
= (2.106)
dt N
donde se determina por integração que
R
ϕ(t)dt
µ=e (2.107)
onde
∂M ∂N
∂y
− ∂t
ϕ(t) = (2.108)
N
1.
t dy
cot y = −1 (2.114)
2 dt
2.
ey dx + (xey + 2y)dy = 0 (2.115)
3.
dy
t2 y − (t3 + y 3 ) =0 (2.116)
dt
4.
y 3 dx + 3xy 2 dy = 0 (2.117)
5.
(1 + xy)dx + x2 dy = 0 (2.118)
6.
y
(x3 + )dx + (y 2 + ln x)dy = 0 (2.119)
x
Equações Homogéneas
A equação diferencial y 0 (t) = f (t, y) diz-se homogénea se e só se a função
f é homogénea, isto é sse
f (λt, λy) = f (t, y) (2.120)
Para uma equação homogénea a mudança de variável z = yt dá origem a uma
equação de variáveis separáveis na nova variável z. De facto por mudança
de variável, a equação y 0 (t) = f (t, y) origina a equação tz 0 (t) + z = f (t, tz)
e admitindo que f é homogénea f (t, tz) = f (1, z), isto é só depende de z.
Assim, na variável z, são soluções constantes
f (1, z) − z = 0 (2.121)
e soluções não constantes
Z Z
dz dt
= (2.122)
f (1, z) − z t
Exemplo 32 Resolver
dy t2 − y 2
= (2.123)
dt ty
Como y = tz vem y 0 = z + tz 0 e portanto a equação escreve-se, na variável z
dz 1 − z2
z+t = (2.124)
dt z
√ √
São soluções constantes z(t) = 1/ 2 ou z(t) = −1/ 2. As soluções não
constantes são dadas por
Z Z
zdz dt
2
= (2.125)
1 − 2z t
ln |1−2z 2 |
Ora dtt = ln(|t|) + C e 1−2z
R R zdz
2 = − 4
+ C pelo que as soluções não
constantes ficam definidas de modo implícito por
1 − 2z 2 = Kt−4 , K 6= 0 (2.126)
Equações de Bernoulli
Uma equação diferencial de primeira ordem com a forma
dy
+ f (t)y = g(t)y α , α 6= 0, 1 (2.128)
dt
Exemplo 33 Resolver
y 0 (t) + ty = ty 2
0
Fazendo z = 1
y
vem y 0 = − zz2 e a equação transforma-se na equação linear,
z0 t t
− 2+ = 2 (2.130)
z z z
2 /2
R
ou seja z 0 − tz = −t. O factor integrante é µ = e −tdt = e−t . Deste modo
obtemos
d −t2 /2
2
z(t)e = −te−t /2 . (2.131)
dt
A solução geral da equação linear é
2 /2
z(t) = Cet +1
1
e portanto y(t) = 2 /2
Cet +1
.
y 0 (t) = f (t, y)
F (t, y, C) = 0
2x + 2yy 0 = 0
−1
2x + 2y =0
y0
−1
y0 =
(x + a)2
y2y0 = 1
e portanto a equação
y 3 − 3x = k
define de forma implícita a família de curvas ortogonal à família dada.
y1 = y0 + hf (t0 , y0 ) (2.136)
y2 = y1 + hf (t1 , y1 ) (2.137)
o que nos indica que o valor aproximado calculado y5 ≈ y(t5 ) apenas tem uma
casa decimal correcta. Um valor mais preciso pode ser obtido fazendo uma
escolha de um passo h menor. A tabela 2.1 mostra os valores aproximados da
solução em t = 1.5, para diferentes valores de h, assim como o erro absoluto.
Os cálculos foram efectuados usando o programa matlab em anexo.
Como constatamos a partir da tabela, for necessária uma partição do
intervalo de integração usando 1000 pontos para se obter uma aproximação
com 4 casas decimais correctas. O método de Euler é um método simples e
intuitivo mas raramente usado para resolver PVI complexos. Para obtermos
k4 = f (tn + h, yn + hk3 )
3
Carl Runge (1856-1927)
4
Martin Kutta (1867-1944)
y(1) ≈ 2.43656.
onde
function yd=yderivada(t,y)
yd=0.2.*t.*y
end
Para visualização dos resultados podemos usar a instrução
>> plot(t,y,’0’)
end;
3.1 Introdução
No capítulo anterior vimos como resolver analiticamente equações diferenciais
de primeira ordem, desde que pertencessem a uma classe especial, equações
de variáveis separáveis, lineares, exactas ou que por uma mudança de variável
fosse possível convertê-las em equações de uma destas classes. Vamos agora
abordar a questão da resolução analítica de equações diferenciais de ordem
superior. Uma equação diferencial de ordem n é uma equação envolvendo a
variável independente, uma função e as suas derivadas até à ordem n definidas
num intervalo I e escreve-se
Ω t, y, y 0 , y 00 , ..., y n−1 , y n = 0
(3.1)
Vejamos alguns exemplos:
Exemplo 39
yy 00 + (y 0 )2 = 0 (3.2)
ty 00 + 2y 0 + t = 1 (3.3)
y (4) + y 00 = 2t − 5 (3.4)
an (t)y (n) (t) + an−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + a1 (t)y 0 (t) + a0 (t)y(t) = g(t) (3.6)
e
y 00 (t) = 12e2t + 4e−2t
Substituindo na equação dada,
pelo que
y 00 − 4y = −12t
o que mostra que y é solução da equação diferencial. Calculemos agora
y(0) = 3e0 + e0 − 3 × 0 e y 0 (0) = 6e0 − 2e0 − 3. Donde y(0) = 4 e y 0 (0) = 1,
o que mostra que y é a única solução do PVI dado.
(y1 )0 (t) = 1
e
(y1 )00 (t) = 0
Substituindo na equação dada,
pelo que
t2 (y1 )00 − 2t(y1 )0 + 2y1 = 6
o que mostra que y1 é solução da equação diferencial. Calculemos agora
y1 (0) = 3 e (y1 )0 (0) = 1, o que mostra que y1 é solução do PVI dado.
Consideremos agora a função y2 e vejamos que esta função também é solução
da equação diferencial e satisfaz as condições iniciais. Calculemos
(y2 )0 (t) = 2t + 1
e
(y2 )00 (t) = 2
pelo que
t2 (y2 )00 − 2t(y2 )0 + 2y2 = 6
o que mostra que y2 é solução da equação diferencial. Calculemos agora
y2 (0) = 3 e (y2 )0 (0) = 1, o que mostra que y2 é solução do PVI dado.
an (t)y (n) (t) + an−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + a1 (t)y 0 (t) + a0 (t)y( t) = 0 (3.10)
• an (t) 6= 0, ∀t ∈ I
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = 0 (3.11)
Princípio da sobreposição
(y1 )(n) (t) + pn−1 (t)(y1 )(n−1) (t) + · · · + p1 (t)(y1 )0 (t) + p0 (t)y1 (t) = 0 (3.12)
(y2 )(n) (t) + pn−1 (t)(y2 )(n−1) (t) + · · · + p1 (t)(y2 )0 (t) + p0 (t)y2 (t) = 0
u(n) (t) + pn−1 (t) u(n−1) + · · · + p1 (t) [u0 (t)] + p0 (t) [u(t)] = 0
o que mostra que u definida por u(t) = y1 (t) + y2 (t) é solução de (3.11).
Multiplicando ambos os membros de (3.12) por c facilmente se conclui
que z definida por z(t) = cy1 (t) é solução de (3.11).
De facto, (y1 )0 (t) = 3e3t e (y1 )00 (t) = 9e3t logo y 00 − 9y = 9e3t − 9 (e3t ) = 0
é uma proposição verdadeira pelo que y1 é solução da equação em R. Por
outro lado y2 também é solução da equação em R pois (y2 )0 (t) = −3e−3t
e (y2 )00 (t) = 9e−3t logo y 00 − 9y = 9e−3t − 9 (e−3t ) = 0 é uma proposição
verdadeira. Vejamos que y1 e y2 são linearmente independentes em R.
3t −3t
y1 y2
e e
W (y1 , y2 ) = 0 = −3t = −6 6= 0, ∀t ∈ R (3.13)
0
3t
(y1 ) (y2 ) 3e −3e
O princípio da sobreposição diz-nos que quaisquer que sejam c1 e c2 , a função
definida por y(t) = c1 e3t + c2 e−3t é também solução da equação. O teorema
seguinte permite concluir que qualquer solução da equação y 00 − 9y = 0 tem
a forma y(t) = c1 e3t + c2 e−3t sendo c1 e c2 constantes que ficam determinadas
pelas condições iniciais. Diremos que y(t) = c1 e3t + c2 e−3t é a solução geral
da equação.
Então, no ponto t = α,
e
h0 (α) = c1 (y1 )0 (α) + c2 (y2 )0 (α) = y 0 (α)
h ≡ y = c1 y1 (t) + c2 y2 (t)
(y2 )00 (t) = u00 (t)y1 (t) + 2u0 (t)(y1 )0 (t) + u(t)(y1 )00 (t)
Substituindo na equação dada,
v 0 y1 + [2(y1 )0 + p(t)y1 ] v = 0
Esta equação é uma equação linear de primeira ordem mas é também
uma equação de variáveis separáveis, pelo que facilmente se encontra a função
v. Integrando obtém-se a função u que procurávamos. A segunda solução
y2 = uy1 , linearmente independente de y1 , fica assim encontrada.
Mas
Raiz Dupla Neste caso a equação característica tem uma raiz dupla,
−b
λ=
2a
e portanto a equação diferencial admite a solução y1 (t) = eλt . Usando o
método de redução de ordem procuremos uma outra solução, y2 , linearmente
independente de y1 , fazendo y2 (t) = u(t)y1 (t) = u(t)eλt . Derivando duas
vezes, substituindo na equação (3.20) e atendendo a que eλt 6= 0 segue-se que
au00 (t) = 0
v 0 (t) = 0
logo v(t) = C e portanto, u0 (t) = C. Segue-se pois que u(t) = Ct + K.
Escolhendo C = 1 e K = 0 temos que u(t) = t, e portanto uma segunda
solução linearmente independente de y1 é
y2 (t) = teλ2 t
Estas duas soluções são linearmente independentes em R. Assim,
λ1 = α + iβ ∨ λ2 = α − iβ
onde α e β > 0 são reais. Portanto não há diferenças formais entre este caso
e o saco das raízes reais e distintas. A solução geral complexa da equação
diferencial é
obtemos
y1 (t) = eαt eiβt + e−iβt = 2eαt cos(βt)
ou seja,
λ2 − 25 = 0
que admite as raízes reais e distintas λ = 5 ou λ = −5.Então
e5t , e−5t
λ2 − 10λ + 25 = 0
que admite a raiz real dupla λ = 5. Então
5t 5t
e , te
formam um conjunto fundamental de soluções e a solução geral é
λ2 + 25 = 0
que admite as raízes conjugada complexas λ = 5i ou λ = −5i. Então
e5it , e−5it
A equação característica é
λ3 − 4λ2 − 5λ = 0 ⇔ λ = 0 ∨ λ2 − 4λ − 5 = 0
A equação característica é
(λ − 1)4 = 0 ⇔ λ = 1
y(t) = c1 et + c2 tet + c3 t2 et + c4 t3 et
com c1 , c2 , c3 e c3 constantes reais.
A equação característica é
λ3 + 2λ2 + 2λ = 0 ⇔ λ = 0 ∨ λ2 + 2λ + 2 = 0
A equação característica é
λ2 + 16 = 0
2 = c2 ∧ −2 = 4c1 × 2 ⇔ c1 = −0.5 ∧ c2 = 2
A solução do PVI é
c2 = 0 ∧ c2 = 0
o que mostra que este PVF tem uma infinidade de soluções:
y(t) = k sin(4t)
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = g(t) (3.22)
e suponhamos que é conhecida uma solução particular, yp num intervalo I.
Seja Y uma outra solução qualquer no intervalo I. Então é fácil verificar que
Y − yp é solução da equação homogénea associada,
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = 0 (3.23)
Deste modo, uma vez conhecida a solução geral da equação homogénea,
yH associada podemos dizer que a equação geral da equação linear não ho-
mogénea em I é a função Y definida por
Y (t) = yH (t) + yp
Exemplo 56 Verificar que yp definida por yp (t) = e2t é uma solução parti-
cular de y 00 − 3y 0 − 4y = −3e2t e escrever a solução geral.
Calculemos a primeira e segunda derivadas de yp . Ora (yp )0 (t) = 2e2t e
(yp )00 (t) = 4e2t . Ora,
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = g(t) (3.24)
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = g1 (t)
y (n) (t) + pn−1 (t)y (n−1) (t) + · · · + p1 (t)y 0 (t) + p0 (t)y(t) = g2 (t)
Seja yp1 uma solução particular da primeira equação e yp2 uma solução
particular da segunda equação. Então facilmente se verifica que yp = yp1 +yp2
é solução particular da equação dada.
1. g(t) = 3t3
2. g(t) = te−t
3. g(t) = e−t
4. g(t) = et
5. g(t) = 2 sin(2t)
3 27 63 135
yp (t) = cet + de2t + t3 + t2 + t +
2 4 4 8
c e d constantes reais.
yp (t) = ts Be−t
yp (t) = ts Bet
Uma vez que não há duplicação de termos, a solução particular deve ser
procurada com a forma
(yp )00 (t) = u01 y10 + u1 y100 + u02 y20 + u2 y200 (3.32)
As equações 3.30 e 3.33 definem um sistema que permite determinar u01 e u02 .
0
u1 y1 + u02 y2 = 0
u01 y10 + u02 y20 = g(t)
Procuremos u1 e u2 tal que yp (t) = u1 (t) cos(t) + u2 (t) sin(t) seja solução da
equação não homogénea. Como vimos u01 e u02 são solução do sistema
0
u1 cos(t) + u02 sin(t) = 0
0 0
−u1 sin(t) + u2 cos(t) = tan(t)
e
u02 = sin(t)
Integrando e escolhendo constantes nulas obtemos
e
u2 = − cos(t)
A solução particular é
Simplificando,
yp (t) = − cos(t) ln |sec(t) + tan(t)|
A solução geral da equação diferencial y 00 + y = tan(t) é
D
Exemplo 61 Verificar que yH (t) = Ct + é solução geral da equação
t
diferencial homogénea associada a
1 1
y 00 + y 0 − 2 y = 72t3 .
t t
Determinar uma solução particular e escrever a solução geral da equação não
homogénea em R+
Os seguintes comandos Maple
>y1 := 1/t
>y2 := -1/t^2
>g := 72*t^3
>W := y1*diff(y2,t)-y2*diff(y1,t);
>u1 := int(-y2*g/W, t);
>u1 := simplify(u1)
>u2 := int(y1*g/W, t);
>u2 := simplify(u2);
>yp := u1*y1 + u2*y2;
> simplify(yp);
(1 − t3 )y 00 + t2 y 0 + (2t − 7t2 )y = 0
1 · 3 · 5 · · · · · (2n − 1)
c2n = c0 (3.46)
4n · 2 · 4 · 6 · · · · (2n)
2 · 4 · 6 · · · · · (2n)
c2n+1 = c1 (3.47)
4n · 1 · 3 · 5 · · · · (2n + 1)
Pelo que a solução geral da equação dada é,
1 2 3 4 5 6
y(t) = c0 1 + t + t + t + ··· (3.48)
8 128 1024
1 3 3 5 1 7
+c1 t + t + t + t + ···
6 30 140
y 00 − ty = 0 (3.50)
y 00 − 2t(y 0 )2 = 0 (3.53)
u0 − 2t(u)2 = 0 (3.54)
em que a constante de integração foi escrita sob a forma (c1 )2 por conveniên-
cia. Regressando à variável y,
Z
dt
y=− (3.57)
t + (c1 )2
2
1 t
y(t) = − arctan + c2 (3.58)
c1 c1
pelo que
1 t+c1
− e−t−c1
u(t) = e (3.63)
2
pelo que Regressando à variável y
1 t+c1
+ e−t−c1 + c2
y(t) = e (3.64)
2
1 −5
u0 (y)u(y) = y 3 (3.67)
3
Integrando obtemos
−2
u 2 = c1 − y 3 (3.68)
dy
Mas u = dt
, logo
q q
dy −2 dy −2
= c1 − y ∨
3 = − c1 − y 3 (3.69)
dt dt
Considere-se apenas a primeira equação. Por separação de variáveis temos
Z
dy
t + c2 = q (3.70)
−2
c1 − y 3
y 00 + (y 0 )2 = 2e−y (3.75)
x(t) = a cos(t − α)
y(t) = −a sin(t − α)
x 2 + y 2 = a2
x0 = f (t, x, y)
(4.8)
y 0 = g(t, x, y)
satisfazendo
A figura 4.2 mostra o retrato de fase para este sistema não linear assim
como a solução dos dois problemas de valor inicial.
e portanto
x0 (t) = y 00 (t) − y 0 (t).
Substituindo na primeira,
A solução do sistema é
x(t) = (c + d)e2t − dte2t
(4.11)
y(t) = ce2t + dte2t
e−5t
3e2t
x1 (t) = , x2 (t) =
2e2t 3e−5t
Basta calcular P(t)x1 e verificar que é igual a x01 e que P(t)x2 é igual a x02 .
dx
= P(t)x
dt
Se ci , i = 1, ..., n são n constantes então a combinação linear
x(t) = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
o determinante n × n,
x11 x12 · · · x1n
x21 x22 · · · x2n
W (t) =
.. .. .. ..
. . . .
xn1 xn2 · · · xnn
Então
x(t) = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
dx
= P(t)x + f (t)
dt
o teorema seguinte, análogo ao teorema para equações lineares não homogéneas
indica que para encontrar a solução de um sistema linear não homogéneo de-
vemos realizar as etapas:
Av = λv
x0 = Aveλt
mas
veλt = x
pelo que
x0 = Ax
o que significa que x é solução do sistema. Podemos pois enunciar o teorema
seguinte:
x(t) = veλt
é solução do sistema linear homogéneo de coeficientes constantes,
dx
= Ax
dt
onde A = [aij ].
Vejamos então como proceder para aplicar o Método dos Valores Próprios
para resolver um sistema n × n linear homogéneo de coeficientes constantes,
x0 = Ax:
λi , i = 1, ..., n
x(t) = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
x(t) = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
−1 1 −1
x(t) = c1 e−2t 1 + c2 e3t 4 + c3 e−t 0 (4.16)
−3 3 1
c1 , c2 e c3 constantes reais.
(A − λI) v = 0.
x0 = Ax ⇔ (4.19)
(x1 + ix2 )0 = A (x1 + ix2 ) ⇔ (4.20)
x01 + ix02 = Ax1 + iAx2 (4.21)
λ2 = 1 + i, v2 = [−i, 1, 1]T
Ora,
−i −i
e(1+i)t 1 = et (cos(t) + i sin(t)) 1 (4.24)
1 1
sin(t) − cos(t)
= et cos(t) + iet sin(t)
cos(t) sin(t)
Como sabemos, quer a parte real quer a parte imaginária desta solução com-
plexa são soluções reais, linearmente independentes logo a solução geral real
é
0 sin(t) − cos(t)
x(t) = c1 et 2 + c2 et cos(t) + c3 et sin(t) (4.25)
1 cos(t) sin(t)
c1 , c2 e c3 constantes reais.
x(t) = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn
λ1 = 1, v1 = [1, 1, 1]T
λ2 = 2, v2 = [1, 1, 0]T , v3 = [1, 0, 1]T
Como A possui 3 vectores próprios linearmente independentes, a solução
geral é
x(t) = c1 et v1 + c2 e2t v2 + c3 e2t v3 (4.26)
1 1 1
t 2t 2t
x(t) = c1 e 1 + c2 e
1 + c3 e
0 (4.27)
1 0 1
c1 , c2 e c3 constantes reais.
Exemplo 77 Encontrar a solução geral do sistema x0 = Ax em que
5 −4 0
A= 1 0 2
0 2 5
Os valores e vectores próprios são,
λ1 = 5, v1 = [2, 0, −1]T
λ2 = 0, v2 = [4, 5, −2]T
Neste caso, ao valor próprio λ1 = 5 de multiplicidade 2 está associado um
único vector próprio, o vector v1 . Temos apenas a solução
x1 (t) = e5t v1 (4.28)
2
= e5t 0
−1
Vejamos que uma segunda solução linearmente independente desta pode
ser obtida fazendo,
x2 (t) = Kte5t + Pe5t (4.29)
x1 (t) = eλt v
uma segunda solução linearmente independente desta pode ser obtida fazendo,
Como esta equação deve ser válida para todo o t, K e P devem satisfazer
as equações
(A − λI) K = 0 (4.32)
(A − λI) P = K (4.33)
(A − 5I) P = K (4.34)
ou seja,
0 −4 0
a 2
1 −5 2 b = 0 (4.35)
c −1
0 2 0
− 21
P = − 12 (4.36)
−1
é,
1
2 −2
x2 (t) = 0 te5t + − 12 e5t (4.38)
−1 −1
A solução associada a λ = 0 é
4
x1 (t) = e0t 5 (4.39)
−2
c1 , c2 e c3 constantes reais.
λ = 1, v1 = [0, 1, 1]T
A matriz A possui apenas 1 vectores próprios associado ao valor próprio
λ = 1. Uma solução do sistema é
x1 (t) = c1 et v1 (4.41)
Procuremos uma segunda solução, solução linearmente independente desta
pode ser obtida fazendo,
x2 (t) = Kteλt + Peλt (4.42)
Ora
0
K= 1
1
Resta determinar P satisfazendo
(A − I) P = K (4.43)
ou seja,
0 0 a0
0
2 1 −1 b = 1 (4.44)
c 1
0 1 −1
o que conduz a a = 0, b = 1 + c e c qualquer. Deste modo escolhendo c = 0
obtemos
0
P= 1 (4.45)
0
Assim, uma segunda solução, solução linearmente independente de x1 (t) é,
0 0
x2 (t) = 1 te + 1 et
t (4.46)
1 0
t2
x3 (t) = K eλt + Pteλt + Qeλt (4.48)
2
Portanto substituindo esta terceira solução no sistema x0 = Ax obtemos as
equações que os vectores K, P e Q devem satisfazer,
(A − λI) K = 0 (4.49)
(A − λI) P = K (4.50)
(A − λI) Q = P (4.51)
Regressando ao exemplo,
0 0
K = 1 , P= 1
1 0
(A − I) Q = P (4.52)
ou seja,
0 0 0 a
0
2 1 −1 b = 1 (4.53)
0 1 −1 c 0
1
2
P= 0 (4.54)
0
1
0 2 0
t 2
x3 (t) = 1 et + 1 tet + 0 et (4.55)
2
1 0 0
A solução geral é
0 0 0
x(t) = c1 et 1 + c2 1 tet + 1 et (4.56)
1 1 0
1
0 0
t2 2
+c3 1 et + 1 tet + 0 et
2
1 0 0
ou
x11 x12 x1n
x21 x22 x2n
... + c2 ... + ... + cn
x(t) = c1 (4.58)
...
xn1 xn2 xnn
c1 x11 c2 x12 ... cn x1n
Podemos então dizer que a solução geral pode ser escrita na forma matricial
por
x(t) = Φ(t)C (4.59)
onde C é um vector coluna n × 1 e Φ a matriz n × n, cujas colunas consistem
nas entradas dos vectores xi (t), i = 1, ...n solução do sistema, ou seja,
Φ0 (t) = AΦ(t)
x0 = Ax + F(t)
tal como no método da variação de parâmetros para uma equação diferencial
de ordem n procuremos uma solução particular fazendo variar a matriz de
constantes, C, isto é, procuremos U(t),
u1 (t)
u2 (t)
U(t) =
...
(4.61)
un (t)
de tal forma que xp = Φ(t)U(t) seja uma solução particular do sistema não
homogéneo
x0 = Ax + F(t)
Derivando,
x0p = Φ(t)U0 (t) + Φ0 (t)U(t)
e substituindo na equação,
e integrando Z
U(t) = Φ−1 (t)F(t)dt.
ou seja,
6 27
+ 14 e−t
5
t− 50
xp = (4.67)
3
5
t− 21
50
+ 12 e−t
6 27
+ 41 e−t
1 −2t 1 −5t 5
t− 50
x(t) = c1 e + c2 e + (4.68)
1 −2 3
5
t− 21
50
+ 21 e−t
x0 = Ax + F(t), x(t0 ) = x0
A solução geral deste sistema não homogéneo pode escrever-se com a forma
Z t
x = Φ(t)C + Φ(t) Φ−1 (s)F(s)ds (4.69)
t0
x(t0 ) = Φ(t0 )C
e portanto
C = Φ−1 (t0 )x0
Então a solução deste PVI é
Z t
−1
x = Φ(t)Φ (t0 )x0 + Φ(t) Φ−1 (s)F(s)ds (4.70)
t0
Seja " #
4 2
A=
3 −1
Logo,
" #
−1 1 e−2t + 6e5t −2e−2t + 2e5t
Φ(t)Φ(0) = (4.75)
7 −3e−2t + 3e5t 6e−2t + e5t
e
" #
1/7 e−2 t +48 5 t
7
e
Φ(t)Φ(0)−1 x(0) = (4.76)
−3/7 e−2 t + 24
7
e5 t
Logo
" #
−s
Φ−1 (s)F(s) = (4.78)
−7se−7s
ou seja
" # " #
1/7 e−2 t +48 5 t
7
e −1/2 e−2 t t2 + 2 e5 t (1/7 (1 + 7 t) e−7 t − 1/7)
x(t) = +
−3/7 e−2 t + 24
7
e5 t 3/2 e−2 t t2 + e5 t (1/7 (1 + 7 t) e−7 t − 1/7)
x(t0 ) = x0 , y(t0 ) = y0
f (x∗ , y ∗ ) = g(x∗ , y ∗ ) = 0.
x(t0 ) = x0 , y(t0 ) = y0
é
x(t) = x0 e−t , y(t) = y0 e−αt
Vejamos que é possível desenhar as trajectórias para este sistema. Se
x0 = 0 ∧ y0 6= 0 as trajectórias são semi-rectas sobre o eixo dos y. Se x0 =
6 0
podemos escrever,
y0 α
y = y0 e−αt = α
x0 e−t
(x0 )
Assim as trajectórias que passam num ponto (x0 , y0 ) com x0 6= 0 são as
curvas
y = bxα
onde b = (xy00)α . O comportamento das trajectórias depende do sinal do
parâmetro α.
1. Se α > 0
Neste caso um ponto (x(t), y(t)) aproxima-se da origem ao longo da
curva y = bxα quando t → +∞. No entanto a curva y = bxα depende
de α. Dizemos que o ponto crítico (0, 0) é um poço.
2. Se α < 0
Neste caso as trajectórias são semelhantes às que podemos traçar com
α = −1.
As trajectórias desenrolam-se sobre hipérboles xy = b se partirmos de
um ponto inicial (x0 , y0 ) que não pertença aos eixos coordenados. A
trajectória associada a um ponto inicial (x0 , y0 ) que pertença aos eixos
coordenados,x0 = 0 ou y0 = 0 é uma semi-recta. A figura 5.4 mostra
diferentes trajectórias.
Um ponto (x(t), y(t)) da trajectória associada a um ponto inicial (x0 , y0 )
que não pertença aos eixos coordenados é tal que x(t) → 0 quando
1. λ1 < λ2 < 0. Neste primeiro caso e uma vez que os valores próprios
são ambos negativos, as soluções convergem para a origem quando t →
+∞. Se a condição inicial x(t0 ) = (x(t0 ), y(t0 )) pertença a um dos
espaços próprios, por exemplo, se x(t0 ) ∈ E1 então a solução geral é
x(t0 ) = α1 v1 + α2 v2
Exemplo 83
x0 (t)
−5 1 x
= (5.10)
y 0 (t) 1 −5 y
e
λ2 = −4, v2 = [1, 1]T
x(t) = c1 eat [cos (bt)vR − sin (bt)vI ] + c2 eat [sin (bt)vR + cos (bt)vI ] (5.11)
x(t) = c1 v1 + c2 eλ2 t v2
• Se λ2 < 0
x → c1 v1 , t → +∞ (5.13)
• Se λ2 > 0
x → c1 v1 , t → −∞ (5.14)
Com esta definição para além dos pontos de equilíbrio classificados ante-
riormente, podemos afirmar que um ponto de sela é um ponto de equilíbrio
instável e que um centro é um ponto de equilíbrio estável.
Figura 5.17: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.1
x0 = A(x) (5.15)
com
1.
2 1
A= (5.16)
1 2
logo os valores próprios são reais distintos e ambos positivos pelo que a
origem é um ponto de equilíbrio isolado. É um nó instável, uma fonte.
O retrato de fase é apresentado na figura 5.17.
Figura 5.18: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.2
2.
2 −1
A= (5.17)
−4 2
Figura 5.19: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.3
3.
2 −5
A= (5.18)
4 −2
Os valores próprios são complexos com parte real nula, 4i e −4i, logo
a origem é um ponto de equilíbrio isolado, estável mas não assimptoti-
camente estável, um centro. O retrato de fase é apresentado na figura
5.19.
Figura 5.20: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.4
4.
3 −1
A= (5.19)
1 1
Figura 5.21: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.5
5.
−3 −2
A= (5.20)
9 −3
√
Os valores próprios são complexos com parte real negativa, −3 ± i3 2
logo a origem é um ponto de equilíbrio isolado, estável e assimptop-
ticamente estável, um foco atractor. As trajectórias são espirais que
tendem para a origem quando t → +∞. O retrato de fase é apresentado
na figura 5.21.
Figura 5.22: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.6
6.
5 4
A= (5.21)
−4 5
Figura 5.23: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.7
7.
−5 1
A= (5.22)
1 5
Figura 5.24: Esboço do retrato de fase para o sistema linear do exemplo 84.8
8.
2 2
A= (5.23)
1 3
Figura 5.25: Retrato de fase perto da origem do sistema linear e não linear
do exemplo 85
(4 − λ)(−3 − λ) − 8 = 0 ⇔ λ = 5 ∨ λ = −4
Portanto os valores próprios têm ambos parte real não nula. A origem é
um Ponto de Sela para o sistema linear e portanto a origem é um ponto de
equilíbrio instável para o sistema não linear. A figura 5.25 mostra um esboço
do retrato de fase, nas proximidades da origem, para o caso linear, à esquerda
e para o caso não linear, à direita.
Na figura 5.26 podemos observar as trajectórias para pontos mais afasta-
dos da origem.
Verificar que (2, 0) e (−2, 0) são pontos de sela logo pontos de equilíbrio
instáveis e que a origem é um ponto de equilíbrio indeterminado. Pela ob-
servação do retrato de fase, figura 5.31, (0, 0) parece ser um centro estável.
Os valores próprios são complexos com parte real nula, λ = ±i. Deste modo
a origem é para o sistema linear um centro mas nada se pode concluir para
o sistema não linear. Observando agora que o sistema não linear se pode
escrever 0
x (t) = (x(t) + 1) − 2 (y(t) − 1)
(5.46)
y 0 (t) = (x(t) + 1) − (y(t) − 1)
H(x, y) = K
dH
Para verificação, calculemos dt
. Ora,
dH ∂H ∂x ∂H ∂y
= + (5.54)
dt ∂x ∂t ∂y ∂t
∂x ∂H ∂y
mas ∂t
= ∂y
e ∂t
= − ∂H
∂x
, logo
dH ∂H ∂H ∂H ∂H
= − =0 (5.55)
dt ∂x ∂y ∂y ∂x
o que implica que as trajectórias são a família de curvas para a qual a função
de estado é constante.
x0 (t) =
y(t)
(5.56)
y 0 (t) = x(t) − x2 (t)
x0 (t) =
y(t)
(5.57)
y 0 (t) = x3 (t) − x(t)
y 2 x2 x4
h(x, y) = + − .
2 2 4
Linearizar um torno dos pontos de equilíbrio e fazer um esboço do retrato de
fase.
5.2.3 Bifurcações
Uma bifurcação num sistema autónomo é uma mudança na natureza do
ponto de equilíbrio devido à mudança do valor de um parâmetro da equação.
Se um sistema não linear depende de parâmetros os pontos de equilíbrio
podem mudar quando o parâmetro varia. Por outras palavras, quando o
parâmetro varia pode ocorrer uma bifurcação. Consideremos a família de
sistemas dependentes do parâmetro α.
0
x (t) = x(t)2 − α
(5.58)
y 0 (t) = −y(t) (x2 (t) + 1)
Verificar que o sistema não tem pontos de equilíbrio para α < 0, que tem
dois pontos de equilíbrio para α > 0 e apenas um para α = 0 e que portanto
α = 0 é o valor de bifurcação para o sistema. As figuras 5.36, 5.37 e 5.38
mostram o retrato de fase para α = −1, α = 0 e α = 1 respectivamente.
Mostram a transição de um sistema com zero pontos de equilíbrio para um
com dois pontos de equilíbrio, um ponto de sela e outro uma fonte passando
por um sistema com um ponto de equilíbrio instável em que zero é valor
próprio do sistema linearizado.
Transformadas de Laplace e
Equações Diferenciais
A transformada de f é:
∞
t=b
e−st
Z
−st 1
L{1} = 1e dt = lim − = , s>0 (6.3)
0 b→∞ s t=0 s
logo,
1
L{1} = , s > 0 (6.4)
s
Questão: E se s ≤ 0?
1 s + ib
L eibt = L {cos(bt) + i sin(bt)} =
= 2 (6.23)
s − ib s + b2
logo
s + ib
L eibt = 2
(6.24)
s + b2
comparando as partes reais e imaginárias,
s
L{cos(bt)} = , s>0 (6.25)
s2 + b2
b
L{sin(bt)} = , s>0 (6.26)
s2 + b2
1.
k
L{t sinh kt} = , s > |k| (6.27)
(s2 − k 2 )2
2.
s
L{t cosh kt} = , s > |k| (6.28)
(s2 − k 2 )2
ekt +e−kt ekt −e−kt
Sugestão: Recorde que cosh kt = 2
e que sinh kt = 2
.
1.
2ks
L{t sin kt} = (6.29)
(s2 + k 2 )2
2.
s2 − k 2
L{t cos kt} = (6.30)
(s2 + k 2 )2
1.
−1 1 1
L = t2 (6.31)
s3 2
2.
−1 1
L = e−3t (6.32)
s+3
3.
−1 4
L = sin 4t (6.33)
s2 + 16
Ora,
∞
t=b
e−st e−sa
Z
−st
e dt = lim − = (6.38)
a b→∞ s t=a s
Logo,
e−sa
L {Ha (t)} = , s > 0, a > 0 (6.39)
s
2
Olivier Heaviside(1850-1925)
Donde
2 6 9
F (s) = L{f (t)} = L t2 + 6t + 9 = 3 + 2 +
s s s
e portanto
−3t 2 6 9
L{g(t)} = L{H3 (t)f (t − 3)} = e + +
s3 s2 s
Ha (t)−Hb (t)
Exemplo 100 A função f (t) = b−a
é um impulso unitário em [a, b]
e portanto a função da, tem impulso unitário em [a, b]. Podemos também
afirmar que Z ∞ Z a+
f (t)dt = f (t)dt = 1 (6.50)
a a
Se pretendemos modelar um impulso instantâneo é natural fazer → 0.
Definindo
δ a (t) = lim da, (t) (6.51)
→0
e portanto
L{δ a (t)} = e−as , a ≥ 0. (6.55)
mas
L{8δ 2π (t)} = 8e−2πs (6.60)
3s 8e−2πs
Y (s) = + (6.61)
s2 + 4 s2 + 4
Recordando as transformadas das funções seno e coseno assim como o a
transformada de uma translação, obtemos a solução do PVI,
Observemos que
5
L{5t} = (6.67)
s2
e portanto obtemos a equação algébrica
5
s2 − 10s + 9 Y (s) + s − 12 = 2
(6.68)
s
Esta equação pode ser facilmente resolvida,
5 12 − s
Y = 2
+ (6.69)
(s − 1)(s − 9)s (s − 1)(s − 9)
A solução do problema do valor inicial é a transformada inversa desta função.
Combinando os 2 membros, obtemos
5 + 12s2 − s3
Y = (6.70)
(s − 1)(s − 9)s2
s=0⇒ 5 = 9B (6.73)
s=1⇒ 16 = −8D (6.74)
s=9⇒ 248 = 648C (6.75)
4345
s=2⇒ 45 = −14A + (6.76)
81
ou seja,
5
B= (6.77)
9
D= −2 (6.78)
31
C= (6.79)
81
50
−1 = (6.80)
81
Deste modo,
50 1 5 1 31 1 1
Y = + 2+ −2 (6.81)
81 s 9 s 81 (s − 9) (s − 1)
A transformada inversa de cada uma das fracções parciais é facilmente identi-
ficada, usando as transformadas de Laplace anteriormente calculadas. Assim,
A solução do PVI é:
50 5 31
y(t) = + t + e9t − 2et (6.82)
81 9 81
Exemplo 103 Procuremos a solução do problema do valor inicial:
Observemos que
4 e−2s
L 4 + H2 (t)e−2(t−2) = +
(6.99)
s (s + 2)
e portanto obtemos a equação algébrica
4 e−2s
s2 − sY (s) + 5 Y (s) = +
+ 2s − 3 (6.100)
s (s + 2)
Esta equação pode ser facilmente resolvida,
2s2 − 3s + 4 1
Y = 2
+ e−2t (6.101)
s(s − s + 5) (s + 2)(s2 − s + 5)
A solução do problema do valor inicial é a transformada inversa desta função.
Observemos que
2s2 − 3s + 4
1 4 6s − 11
= + (6.102)
s(s2 − s + 5) 5 s s2 − s + 5
logo,
2s2 − 3s + 4
1 4 6(s − 1/2) 8
2
= + − (6.103)
s(s − s + 5) 5 s (s − 1/2) + 19/4 (s − 1/2)2 + 19/4
2
e que
1 1 1 s−3
= − 2 (6.104)
(s + 2)(s2 − s + 5) 11 s+2 s −s+5
logo,
1 1 1 s − 1/2 5/2
2
= + +
(s + 2)(s − s + 5) 11 s + 2 (s − 1/2) + 19/4 (s − 1/2)2 + 19/4
2
t/2
√ √ !
4 e 19 16 19
y(t) = + 6 cos t − √ sin t +
5 5 2 19 2
√ √ !
H2 (t) −2t 19 5 19
+ e − cos t + √ sin t (6.105)
11 2 19 2
1.
y 00 + 4y = 0, y(0) = 5, y 0 (0) = 0 (6.106)
2.
y 00 + 4y = δ 0 (t), y(0) = 0, y 0 (0) = 0 (6.107)
3.
y 00 + 4y = δ 0 (t) + δ π (t), y(0) = 0, y 0 (0) = 0 (6.108)
4.
y 00 + 4y = δ 2π (t), y(0) = 3, y 0 (0) = 0 (6.109)
5.
y 00 + 4y 0 + 3y = 1, y(0) = 0, y 0 (0) = 0 (6.110)
6.
y 00 + y = sin 2t, y(0) = 0, y 0 (0) = 0 (6.111)
Função Transformada
f (t) F (s)
1
1
s
n!
tn
sn+1
1
eat s−a
n!
tn eat (s−a)n+1
s
cos(bt)
s2 + b2
b
sin(bt)
s + b2
2
s
cosh(bt)
s − b2
2
b
sinh(bt)
s − b2
2
eat f (t) F (s − a)
Ha (t) e−as
δ a (t) e−as
t
f a F (as)
a
Tabela 6.1: Tabela das Transformadas de Laplace
Equações Diferenciais, uma Primeira Abordagem
Exercícios
3t2 y − ty 3 + 2y 2 = 2
(a) y 0 = y(2 − y)
(b) y 0 = y(4 − t2 )
(c) y 0 = y − 2t
(d) y 0 = y 2 + y − 2
11. Admita que a evolução de uma população de peixes num lago é dada
por
dP P
= 0.4P (1 − )
dt 30
e que no instante t = 5 foi introduzida uma cota relativa de pesca de
5% por ano.
(a) y 0 = y 2 − k 2
(b) y 0 = y 2 − ky + 1
(c) y 0 = y 4 − ky 2
16. Admita que a evolução de uma população de peixes num lago é dada
por
dP P
= 0.4P (1 − )
dt 30
Resolva os PVI
(a) P (0) = 30
(b) P (0) = 20
(a) y(0) = 0
(b) y(0) = 2
(a) x0 = x − 3et
dy 2y
(b) dx
+ x
= x3
dy
(c) dx
= y tan x + cos x
0
(d) x = −5x + sin t
(a) y 0 = (x + y)2 , x + y = u
2
(b) yy 0 = − yt + t−1
2
, y2 = u
y2
(c) y 0 = y − t
+ yt , y = ut
(d) y 0 + xy = xy 2 , z = y 1−2
(a) x2 + 4y 2 = a2
(b) y 2 = bt
28. Nos problemas que se seguem são dados um problema de valor inicial
associado a uma equação diferencial linear e homogénea de segunda
ordem e um par de soluções y1 e y2 . Para cada um,
(a) y 00 + y 0 − 6y = 0
(b) y 00 − 6y 0 + 9y = 0
(c) y 00 − 2y 0 + 5y = 0
(d) y 00 + 2y 0 − y = 0
(e) y 000 − 3y 00 + 4y = 0
(f) y (4) + y 00 = 0
34. Seja k uma constante real. Escreva a solução geral da equação diferen-
cial y 00 + k 2 y = 0.
35. Encontre a solução para cada um dos Problemas de valor inicial seguintes:
38. Indicar, para cada caso, a forma da solução particular para a equação
y 00 + 4y 0 + 13y = g(t) sendo
(a) g(t) = t2
(b) g(t) = t sin(t)
(c) g(t) = t2 et
(d) g(t) = e−2t
(e) g(t) = sin(3t)
(f) g(t) = e−2t sin(3t)
39. Determine a solução geral de cada uma das seguintes equações lineares
não homogéneas de coeficientes constantes.
(a) y 00 + 2y 0 + y = e−t
(b) y 00 + y = cos(2t)
(c) y 00 + y 0 − 6y = sin(t) + te2t
(d) y 00 − y 0 − 2y = 3t + 4
(e) y 00 + 4y = 3t3
(f) y 00 − 2y 0 + 2y = et sin(t)
(g) y 00 − 2y 0 + y = et + e2t
40. Determine a solução geral de cada uma das seguintes equações lineares
não homogéneas utilizando o método da variação dos parâmetros.
1
(a) y 00 + 9y =
4 sin(3t)
(b) y 00 + y = sec(t)
2
(c) y 00 − y =
1 + et
41. Resolva as seguintes equações diferenciais não lineares.
(a) y 00 = 2t(y 0 )2
(b) yy 00 = (y 0 )2
(a) y 00 + ty = 0
(b) y 00 − (1 + t)y = 0
y 00 − y = 0, y(0) = a ∧ y 0 (0) = 2
1 −1 2
(b) x0 = −1 1 0 x sabendo que os pares próprios são:
−1 0 1
1, [0, 2, 1]T , 1 + i, [−i, 1, 1]T , 1 − i, [i, 1, 1]T
5 −4 0
(c) x0 = 1 0 2 x sabendo que os pares próprios são:
0 2 5
T T
0, [−4, −5, 2] , 5, [−2, 0, 1]
do sistema;
(b) Encontre a solução que satisfaz a condição inicial
x(0) = 2, y(0) = 3
(c) Esboce os gráficos das soluções do PVI da alínea (b) no plano t−x
e t − y usando as funcionalidades da máquina gráfica;
(d) Esboce a trajectória da solução encontrada na alínea (b) no plano
x−y
0
x (t) = −4x(t) + y(t)
52. Considere o sistema linear
y 0 (t) = 2x(t) − 3y(t)
(a) x00 + x0 − 6x = 0
(a)
x0 (t)
3 −1 x(t) 4e2t 1
= + , x(0) =
y 0 (t) −1 3 y(t) 4e4t 1
(b)
x0 (t)
2 −5 x(t) sin(t) 0
= + , x(0) =
y 0 (t) −1 −2 y(t) cos(t) 0
x0 = Ax + F(t), x(t0 ) = x0
é Z t
−1
x = Φ(t)Φ (t0 )x0 + Φ(t) Φ−1 (s)F(s)ds
t0
y 00 + py 0 + qy = 0
(a)
x0 (t)
2 0 x(t)
=
y 0 (t) 0 3 y(t)
sabendo que os pares próprios são
(b)
x0 (t)
5 4 x(t)
=
y 0 (t) 1 2 y(t)
sabendo que os pares próprios são
(c)
x0 (t)
−5 1 x(t)
=
y 0 (t) 1 −5 y(t)
sabendo que os pares próprios são
(d)
x0 (t)
1 −4 x(t)
=
y 0 (t) −7 4 y(t)
sabendo que os pares próprios são
(e)
x0 (t)
0 1 x(t)
=
y 0 (t) −1/4 0 y(t)
sabendo que os pares próprios são
(f)
x0 (t)
2 1 x(t)
=
y 0 (t) −5 2 y(t)
sabendo que os pares próprios são
√ √ √ √
[2 + i 5, [−i/5 5, 1]T ], [2 − i 5, [i/5 5, 1]T ]
x0 (t) =
y(t)
(a)
y 0 (t) = x3 (t) − x(t)
x0 (t) =
1 − y 2 (t)
(b)
y 0 (t) = x(t)(1 + y 2 (t))
x0 (t) = x(t) − 3y 2 (t)
(c)
y 0 (t) = −y(t)
y = 0 é um poço
y = 0 é uma fonte
y = −1 é um poço
y = −1 é uma fonte.
y 0 (x) = y(y − 2)
y 0 (x) = y 2 − 7y + 10
y 0 (x) = y 2 − 6y − 5
y 0 (x) = xy 2 .
(x−2)3
1.14. A função, y(x) = 3
é a solução do problema de valor inicial,
y 0 = 2x + 1, y(0) = 3;
y 0 = (x − 2)2 , y(2) = 0;
√
y 0 = x; y(1) = −1
nenhuma das anteriores;
O ponto y = −1 é um poço;
O ponto y = 1 é um poço;
y0 = y2;
y 0 = y(4 − y 2 );
y 0 = y 2 (4 − y);
y 0 = y(4 + y)2 ;
1
1.19. A função, y(x) = 1+x2
é solução de que equação diferencial,
y 0 = y − arctan x;
y 0 + 2xy 2 = 0;
y 0 = 3y − x;
y 0 = x2 − y;
1
1.20. A função, y(x) = 2
(1 + e2x−2 ) é a solução do problema de valor
inicial,
y0 = 2x + 1, y(0) = 3;
y0 = (x − 5)2 , y(2) = 1;
y0 = −1 + 2y; y(1) = 1
y0 = x12 ; y(1) = 1
O ponto y = −1 é um poço;
O ponto y = 1 é um poço;
y0 = y2;
y0 = y3;
y 0 = (y − 1)y 4 ;
x0 = 4 − x2 − 4y 2
y 0 = y 2 − x2 + 1
x0 = x − 3y
y 0 = 3x + 7y
a origem é
um ponto de equilíbrio estável;
um ponto de equilíbrio atractor;
um ponto de equilíbrio repulsor;
Nenhuma das anteriores;
−3 −4t 3
1.33. As funções x1 = e e x2 = e4t são duas soluções
3 3
linearmente independentes do sistema bidimensional linear de co-
eficientes constante x0 = Ax. A trajectória do PVI que satisfaz
x(0) = −1, y(0) = 1
aproxima-se da origem quando t → +∞;
afasta-se da origem quando t → +∞;
é um ponto estacionário;
Nenhuma das anteriores;
imaginários puros;
1.36. Os vectores (1, 2)T e (2, 1)T são vectores próprios da matriz
−3 2
A= .
−2 2
y 0 (t) = x(t)
é um sistema
potencial;
hamiltoniano;
sem pontos de equilíbrio;
Nenhuma das anteriores;
1.38. Para sistema não linear
0
x (t) = α − y 2 (t)
y 0 (t) = x(t)(1 + y 2 (t))
x0 = 4x + 2y
y 0 = 3x − y
a origem é
um ponto de equilíbrio estável;
um ponto de equilíbrio atractor;
um ponto de equilíbrio repulsor;
Nenhuma das anteriores;
−3 −4t 3
1.42. As funções x1 = e e x2 = e4t são duas soluções
3 3
linearmente independentes do sistema bidimensional linear de co-
eficientes constante x0 = Ax. A trajectória do PVI que satisfaz
x(0) = 1, y(0) = 1
aproxima-se da origem quando t → +∞;
afasta-se da origem quando t → +∞;
é um ponto estacionário;
Nenhuma das anteriores;
é um sistema
potencial;
hamiltoniano;
sem pontos de equilìbrio;
Nenhuma das anteriores;
y 00 − 3y 0 − 4y = 0;
y 00 + 4y = 0;
y 00 − 4y = 0;
y 0 (t) = x(t)
x0 = −x − 2y
y 0 = 9x − 3y
a origem é
um ponto de equilíbrio instável;
um nó próprio;
um ponto de equilíbrio estável;
Nenhuma das anteriores;
imaginários puros;
reais positivos;
reais negativos;
linear;
y 0 (x) = y(y − 3)
y 0 (x) = y 2 − 8y + 15
y 0 (x) = y 2 − 6y − 5
y 0 (x) = yx.
y 00 + y 0 + 2y = 0;
y 00 + 4y = 0;
y 00 − 4y = 0;
y 0 = x − 3y
a origem é
um ponto de equilíbrio instável;
um ponto de equilíbrio atractor;
um ponto de equilíbrio repulsor;
Nenhuma das anteriores;
imaginários puros;
reais positivos;
reais negativos;
linear;
y 0 = 3x − y
não tem pontos de equilíbrio;
tem apenas um ponto de equilíbrio;
tem dois pontos de equilíbrio;
tem mais do que dois pontos de equilíbrio;
1.81. Para o sistema linear,
x0 = 4x + 2y
y 0 = 3x − y
a origem é
um nó estável;
um nó instável;
um foco estável;
Num foco instável;
um ponto de sela;
um centro;
um foco;
y 0 (t) = x(t)
tem um ponto de equilíbrio estável;
tem um ponto de equilíbrio instável;
é um sistema linear;
Nenhuma das anteriores;
1.84. O sistema
x0 = −x + 3y
y 0 = xy − 3y
não tem pontos de equilíbrio;
tem apenas um ponto de equilíbrio;
tem dois pontos de equilíbrio;
tem mais do que dois pontos de equilíbrio;
x0 = −x + 2y
y 0 = −2x − y
um ponto de sela;
um poço;
um centro;
1.1. (c)
1.2. (c)
1.3. (b)
1.4. (b)
1.5. (c)
1.6. (c)
1.7. (c)
1.8. (c)
1.9. (c)
1.10. (a)
1.11. (b)
1.12. (c)
1.13. (a)
1.14. (b)
1.15. (b)
1.16. (c)
1.17. (b)
1.18. (b)
1.19. (b)
1.20. (c)
1.21. (d)
1.22. (c)
1.23. (b)
1.24. (b)
1.25. (b)
1.26. (b)
1.27. (b)
1.28. (d)
1.29. (b)
1.30. (a)
1.31. (c)
1.32. (c)
1.33. (a)
1.34. (c)
1.35. (b)
1.36. (a)
1.37. (b)
1.38. (b)
1.39. (b)
1.40. (c)
1.41. (c)
1.42. (b)
1.43. (b)
1.44. (b)
1.45. (a)
1.46. (b)
1.47. (b)
1.48. (b)
1.49. (b)
1.50. (c)
1.51. (d)
1.52. (c)
1.53. (c)
1.54. (b)
1.55. (c)
1.56. (c)
1.57. (d)
1.58. (d)
1.59. (c)
1.60. (b)
1.61. (a)
1.62. (a)
1.63. (b)
1.64. (c)
1.65. (c)
1.66. (a)
1.67. (a)
1.68. (c)
1.69. (a)
1.70. (b)
1.71. (b)
1.72. (b)
1.73. (c)
1.74. (c)
1.75. (b)
1.76. (c)
1.77. (b)
1.78. (c)
1.79. (c)
1.80. (b)
1.81. (b)
1.82. (b)
1.83. (b)
1.84. (c)
1.85. (a)
1.86. (a)
y 00 − 4y = 0;
y 00 + 4y = 0;
y 00 − 4y 0 = 0;
Nenhuma das anteriores;
um ponto de sela;
um centro;
um foco;
y 0 = 3x − y
5.1. Defina valor próprio e vector próprio de uma matriz A. Determine
os valores próprios e os vectores próprios da matriz dos coeficientes
do sistema.
5.2. Indique uma base para o espaço de soluções do sistema dado,
determine a matriz fundamental do sistema e escreva a solução
geral do sistema.
5.3. Resolva o problema de valor inicial definido pelas condições x(0) =
1 e y(0) = −1.
5.4. Represente a solução desse problema de valor inicial no plano de
fase e descreva o comportamento dessa solução quanto t −→ +∞
e quando t −→ −∞.
5.5. Indique e classifique os pontos de equilíbrio do sistema e esboce o
retrato de fase.
2
x2
1.2. Uma família de curvas ortogonais a 4
+ y2 = a2 é a família definida
por
y(x) = Kx2 ;
y 2 − x2 = K;
y(x) = Kx;
Nenhuma das anteriores
um ponto de sela;
um poço;
uma fonte;
yp (x) = xex ;
yp (x) = x2 ex ;
yp (x) = ex ;
linear;
potencial;
y 00 + f (x)y 0 + g(x)y = 0
um ponto de sela;
um poço;
uma fonte;
yp (x) = e2x ;
yp (x) = xex ;
yp (x) = 0;
linear;
não linear;
y 00 − 7y 0 + 12y = g(x)
Fim
y 00 − 4y = 0;
y 00 + 4y = 0;
y 00 − 4y 0 = 0;
Nenhuma das anteriores;
um ponto de sela;
um centro;
um foco;
d
(µy) = q(t)µ(t) (116)
dt
pelo que R
µ(t)q(t)dt
y(t) = (117)
µ(t)
(2t)
− 2e
R
dt 2t )
2.3. Seja µ(t) = e 1+e2t = e− ln(1+e = 1
1+e2t
logo a equação 112
escreve-se 0
−2e2t
1
y = (118)
1 + e2t (1 + e2t )2
Como
−2e(2t)
Z
1
2 dt = +C (119)
2t
(1 + e ) 1 + e2t
Segue-se que
y(t) = 1 + 1 + e2t C, t ∈ R
(120)
2.4. Como y(0) = 3 segue-se que 3 = 1 + 1 + e(0) C ⇔ C = 1. A
solução do problema de valor inicial é
y 0 (t) = y 2 − 2ky + 1
yH = Ce−x + Dxe−x
De facto, y 0 = yp0 + yH 0
e y 00 = yp00 + yH
00
. Logo y 00 + 2y 0 + y =
00
yp00 + 2yp0 + yp + (yH 0
+ 2yH + yH ). Usando as hipóteses 1 e 2
00 0
segue-se que y + 2y + y = f (x) + 0 = f (x).
4.3. Seja f (x) = x + 1 + e(−x) .
Calculemos primeiramente uma solução partiicular, yp = yp1 + yp2
em que yp1 é uma solução particular de y 00 + 2y 0 + y = x + 1 e yp2
uma solução particular de y 00 +2y 0 +y = e(−x) . Como o termo x+1
é um polinómio de grau 1 e 0 não é raiz do polinómio caracteris-
tico da equação diferencial homogénea associada, procuremos uma
0
solução particular com a forma yp1 (x) = ax + b. Logo yp1 (x) = a e
00
yp1 (x) = 0. Logo 0 + 2a + ax + b = x + 1 pelo que a = 1 e b = −1.
Donde yp1 (x) = x − 1.
Como o termo e−x é uma exponecial e -1 é raiz dupla do polinómio
caracteristico da equação diferencial homogénea associada, pro-
curemos uma solução particular com a forma yp2 (x) = ax2 e−x .
0
Logo yp2 (x) = 2axe−x −ax2 e−x e yp200
(x) = 2ae−x −4axe−x +ax2 e−x .
Logo 2ae−x = e−x pelo que a = 2 . Donde yp2 (x) = 21 x2 e−x .
1
x0 = 4x − 2y
y 0 = 3x − y
6.1. São pontos de equilíbrio do sistema os pontos (x, y) tal que (x0 , y 0 ) =
(0, 0) ⇔ y = 0 ∧ x2 − α = 0. Portanto a existência de pontos de
equilíbrio depende do parâmetro α: Se α = 0 o sistema só tem
dx
= f (x, y) (122)
dt
dy
= g(x, y)
dt
dH
= f (x, y) (123)
dy
dH
− = g(x, y)
dx
Formulário
d u0
• dt
(ln(u)) = u
, u(t) > 0, ∀t ∈ I
d 1 0
= − uu2 ,
• dt u
u(t) 6= 0, ∀t ∈ I
Fim