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Os impulsos nervosos são transmitidos através de potencial de ação. que é uma rápida
variação do potencial de repouso,
ou seja, do potencial negativo para o potencial mais positivo ou menos negativo. Com a
excitação da células nervosa, por estímulos que atinjam o limiar de excitabilidade
da célula ( -65mV), um potencial de ação será disparado dentro de um princípio
denominado de “tudo ou nada”.
ETAPA DE DESPOLARIZAÇÃO
É a etapa em que a membrana torna-se extremamente permeável aos íons Na+, ocorre
portanto influxo de Na+ e conseqüente aumento de carga positiva no interior da célula.
Nesta fase a célula parte de -75mVe atinge +35 mV
ETAPA DE REPOLARIZAÇÃO
É a etapa em que ocorre fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+.
Nesta fase a célula parte de +35 mV e atinge -75 mV
ETAPA DE HIPERPOLARIZAÇÃO
Com base nessas informações fica fácil entender que uma SINAPSE EXCITATÓRIA
utilizará a abertura dos canais de Na+ e uma SINAPSE INIBITÓRIA utilizará da
abertura dos canais de K +.
- potencial de ação ocorre ou não ocorre. Para que ele ocorra, obrigatóriamente o
estímulo tem que atingir o limiar excitatório. A amplitude no potencial de ação
vai ser sempre igual independente do tamanho do estímulo desde que este
estímulo tenha atingido o limiar excitatório.
PONTO LIMIAR
O Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
O sistema renal possui diversas funções no nosso organismo. As duas principais são: a)
Excreção dos resíduos metabólicos, tais como uréia, creatinina e ácido úrico; b) Regulação das
concentrações de algumas substâncias em nosso organismo, tais como sódio, potássio, cloro,
além é claro do controle da quantidade de água. Para que essa regulação seja eficiente faz-se
necessária a ação de alguns hormônios, dos quais vamos dar prioridade à renina, à
angiotensina e à aldosterona, envolvidos na regulação da reabsorção de sódio.
O Angiotensinogênio é produzido pelo fígado e está presente no sangue.
Essa substância é precursora da Angiotensina I. Essa conversão é catalisada
pela enzima Renina, que é liberada pelos rins quando o sangue apresenta
baixa concentração de sódio ou baixa pressão arterial. A Angiotensina I, que
não apresenta ação vascular, é então convertida em Angiotensina II, reação
esta catalisada pela Enzima Conversora de Angiotensina(ECA). A ECA é
liberada pelo endotélio capilar dos pulmões. A Angiotensina II, então, se liga e
ativa receptores específicos(AT1 e AT2), promovendo a vasoconstrição e
estimulando a liberação de Aldosterona pelo córtex da glândula Adrenal. O
hormônio Aldosterona promove a secreção de K+ e consequentemente a
reabsorção de Na+. A vasoconstrição e a reabsorção de sódio resultam,
finalmente, no aumento da pressão arterial. Esse mecanismo é conhecido
como Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona(SRAA) e está esquematizado
a seguir.
Além dessa importante função na regulação da pressão arterial e controle do equilíbrio
hidroeletrolítico , o SRAA também atua na estruturação e função cardiovascular. A ativação
excessiva desse sistema acarreta sérias consequências, como a Hipertensão Arterial, a
Hipertrofia Ventricular Esquerda e a Insuficiência Cardíaca Congestiva, dentre outras. Para os
indivíduos hipertensos, a hiperatividade desse sistema pode ser bastante perigosa de modo
que foi preciso buscar meios de reduzir os seus efeitos ou até de interromper o funcionamento
dele.
Um mecanismo fisiológico de controle da pressão arterial é realizado pelo coração através
da liberação do Peptídeo Natriurético Atrial(PNA) -além desse, existem outros peptídeos que
atuam em conjunto com o PNA. Algumas ações desses peptídeos natriuréticos são:
vasodilatação, redução da liberação de Aldosterona e inibição do SRAA. O resultado dessas
ações é a redução da pressão arterial. Por conseguinte, trata-se de um mecanismo anti-
hipertensivo.
Dois outros mecanismos anti-hipertensivos eficazes são realizados por Inibidores da
Enzima Conversora de Angiotensina(IECA) ou por Bloqueadores dos Receptores de
Angiotensina II (BRAII).
Primeiramente, os IECA previnem a formação de Angiotensina II à medida que eles
reduzem a quantidade de ECA. Produzem queda de pressão arterial por meio do aumento de
substâncias vasodilatadoras(bradicinina e prostaglandina) e redução da Angiotensina II que é
vasoconstritora. Esse mecanismo, porém, não é muito efetivo, uma vez que a Angiotensina II
pode ser produzida através de vias alternativas- a tripsina, a catepsina ou a quinase cardíaca
também podem converter a Angiotensina I.
Já o BRAII é responsável por bloquear a atuação do receptor do subtipo 1(AT 1), principal
receptor responsável pelos efeitos da Angiotensina II. Esses bloqueadores deslocam a
Angiotensina II do receptor AT1, de modo que seus efeitos hipertensores sejam limitados. Além
disso, essa classe de hipotensores induzem a regressão da Hipertrofia Ventricular Esquerda e
são efetivos na insuficiência cardíaca.
Uma vez ativada a cascata, surgem a angiotensina I e a angiotensina II, que circulam pelo
sangue ativando suas estruturas-alvo: vasos sanguíneos (sobretudo arteríolas e veias
sistêmicas), rins, coração, suprarrenais e o sistema nervoso simpático.
1.Estimulação, por queda de pressão, dos barorreceptores localizados na parede das arteríolas
aferentes;
2.Queda da concentração de NaCl no início do túbulo distal, fazendo com que também haja
diminuição na mácula densa;
Sistema renina-angiotensina-aldosterona
O controle da homeostase cardiovascular é consequência de intrincados
sistemas que o organismo conquistou durante a evolução para sobreviver às
variações do meio em que vive. Entre esses vários sistemas, um dos principais é o
sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA).
Esse sistema compreende uma cascata de reações bioquímicas realizadas por
um conjunto de enzimas, peptídios e pró-hormônios que regulam a pressão arterial
e o equilíbrio eletrolítico.
Componentes do sistema:
Reações:
O angiotensinogênio
II é o responsável pelas mudanças que são consequência de todo esse processo.
Ele promoverá a vasoconstrição e estimulará a produção de aldosterona, hormônio
que retém sódio e água. Esse sistema será ativado quando houver diminuição da
pressão e baixa volemia (baixa na circulação de sangue no corpo). Dessa forma,
fica evidente que ele causa o aumento da pressão arterial até que se alcance a
normalidade. Entretanto, a hiperatividade do mesmo causa hipertensão arterial e
lesões em órgãos-alvo como a hipertrofia e insuficiência cardíacas, alterações
renais etc.
Alguns medicamentos anti-hipertensivos são usados para controlar a pressão
sanguínea a partir do SRAA.
Este sistema exerce importante papel no controle do sódio pelo estimulo e liberação de
aldosterona além de promover vasoconstrição e estimulação da sede.
Quando a pressão arterial diminui, os rins percebem essa variação e liberam a enzima
renina que cai na corrente circulatória onde encontra a proteína plasmática
angiotensinogênio (inativa), que na presença da renina se transforma em angiotensina
(forma ativa da proteína) que vai aumentar a pressão arterial causando vasoconstrição. A
glândula adrenal (localizada sobre os rins) percebe essa variação da pressão arterial pela
vasoconstricção e libera o hormônio chamado aldosterona (mineralocorticóide) atuando nos
rins e aumentando a reabsorção do sódio e a perda de K+ ou H+ pelos túbulos distais, quanto
mais sódio os rins reabsorverem nos túbulos renais, maior a retenção de água, causando
aumento da pressão arterial.
Assim a pressão arterial é regulada e mantida constante no organismo.
Demonstração da ação dos íons no
mecanismo celular
De acordo com a equação de Nenrst, pode-se estabelecer o potencial de equilíbrio de
cada íon, ou seja, o potencial no qual não há movimentação de determinado íon. O
potássio existe em maior quantidade dentro da célula e assim possui uma força química
que o impulsiona para fora e ao mesmo tempo uma força elétrica que o impulsiona para
dentro. O balanço dessas forças resulta no potencial de equilíbrio do potássio, ou
potencial de Nerst do potássio, que é igual a -75 mV. Por meio desse número, entende-
se a tendência do potássio de se movimentar para fora, já que o potencial de repouso de
membrana (-65 mV) é menos negativo que o potencial de Nerst do potássio e, saindo da
célula, o íon potássio, que é um cátion, deixa o potencial mais negativo (interior em
relação ao posterior). Já no caso do sódio, sua maior concentração é no exterior da
célula, o que resulta numa força química que causa a entrada de íons sódio. O potencial
de equilíbrio desse íon é +55 mV (muito mais positivo do que o potencial de repouso) e
assim, para o que o potencial de membrana atinja esse valor, é necessária uma maior
quantidade de íons positivos dentro da célula, daí a tendência desse íon de entrar na
célula. O cloro, que possui um potencial de equilíbrio de -65 mV, não possui
movimento significativo através da membrana celular, já que seu potencial de Nerst é
igual ao potencial de repouso de membrana.
O transporte ativo de íons de potássio e sódio para dentro e para fora da célula,
respectivamente, é feito por diversas bombas de sódio e potássio distribuídas pela
membrana celular. Cada bomba transporta dois íons de potássio para dentro da célula
para cada três íons de sódio que é transportado para fora. Essa ação estabelece uma
peculiar distribuição de íons positivamente carregados (cátions) entre o meio intra e
extracelular, com maior concentração de sódio no meio extracelular e maior
concentração de potássio no meio intracelular. Em alguns casos, as bombas de sódio e
potássio contribuem sensivelmente para a manutenção do potencial de membrana, mas
na maioria das células existem canais especiais de potássio, os canais de repouso ("leak
channels"), que controlam o valor do potencial de repouso. A tendência natural dos
íons de sódio e potássio é de se difundir pela membrana impelidos por seus gradientes
eletroquímicos, em busca de seus respectivos potenciais de equilíbrio. O sódio entra na
célula e o potássio sai. Por causa dos canais de repouso de potássio, sempre abertos, a
membrana plasmática é aproximadamente cem vezes mais permeável ao potássio do
que ao sódio, ou seja, mais íons de potássio saem da célula do que íons de sódio entram
na célula. Essa predominância de saída de íons de potássio leva a uma hiperpolarização
da membrana, que estabelece o valor do potencial de repouso de membrana em
aproximadamente -70 mV. Assim como o potencial de repouso, os potenciais de ação
dependem da permeabilidade da membrana celular aos íons de sódio e potássio.
Como o anterior também responde a um estimulo limiar, sua comporta de ativação que
é lenta começa a se abrir no momento em que a comporta de inativação dos canais de
sódio voltagem dependentes começa a se fechar. O movimento de potássio no líquido
extracelular de células musculares é uma parte importante do mecanismo de contração
do tecido do músculo. O potássio é bombeado para dentro da célula por sistemas de
transporte ativo, que concomitantemente bomba de sódio para fora da célula. A
segregação preferencial de sódio e potássio através da membrana da célula biológica é
importante na manutenção do equilíbrio osmótico, o gradiente eletroquímico de
membranas, ea regulação do volume de líquido extracelular. Este mecanismo de
bombeamento de íons também é fundamental para a restauração de potássio, gradiente
de sódio após a transmissão dos impulsos nervosos iônica. O potássio é importante na
preservação do equilíbrio ácido-base do corpo, e é um componente elementar de
plaquetas no sangue.
Método de Ação do Potássio
O potássio tem sido provado ser essencial, juntamente com a ingestão de proteína
aumentou, no tratamento do kwashiorkor. A suplementação de potássio é eficaz no
tratamento de sintomas de deficiência de potássio, que incluem fraqueza muscular em
geral, inchaço abdominal, anormalidades cardíacas, bem como a respiração fraca. O
potássio é recomendado para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva que uso
de diuréticos musa regularmente; diuréticos tendem a esgotar os níveis de potássio no
corpo. Os suplementos de potássio podem ser utilizados para repor o potássio perdido
durante os períodos de doença crônica e, em alguns pacientes, o potássio perdidos
devido ao estresse. O potássio também é útil no tratamento da diarréia aguda, coma
diabético, alcalose renal congênita, aldosteronismo, e, no caso de pacientes cirúrgicos,
para substituir o potássio corporal perdido.
Conseqüências da Deficiência
Fontes de Potássio
• Sinapse química:
EX: neurotransmissores
- Histamina
- Acetilcolina
• Sinapse elétrica:
Neste tipo de sinapse as células possuem um intimo contato através junções abertas ou
do tipo gap que permite o livre transito de íons de uma membrana a outra, desta
maneira o potencial de ação passa de uma célula para outra muito mais rápido que na
sinapse química não podendo ser bloqueado.Ocorre em músculo liso e cardíaco, onde a
contração ocorre por um todo em todos os sentidos.
Para manter o potencial eléctrico da célula, esta precisa de uma baixa concentração de
ions de sódio e de uma elevada concentração de ions de potássio, dentro da célula. Fora
das células existe uma alta concentração de sódio e uma baixa concentração de
potássio, pois existe difusão destes componentes através de canais iônicos existentes na
membrana celular. Para manter as concentrações ideais dos dois ions, a bomba de
sódio bombeia sódio para fora da célula e potássio para dentro dela. Note-se que este
transporte é realizado contra os gradientes de concentração destes dois ions, o que
ocorre graças à energia liberada com a clivagem de ATP (transporte ativo). Como a
membrana celular é muito menos permeável ao sódio que ao potássio, desenvolve-se
um potencial eléctrico (negativo, como ponto de referência o interior celular) na célula.
O gradiente de concentração e eléctrico estabelecido pela bomba de sódio, suporta não
só o potencial eléctrico de repouso da célula mas também os potenciais de ação em
células nervosas e musculares. A exportação de sódio da célula proporciona a força
motriz para que certos transportadores façam o importe de glicose, aminoácidos e
outros nutrientes importantes para a célula. A translocação de sódio de um lado do
epitélio para o outro cria um gradiente osmótico que suporta a absorção de água.
Íons de Cálcio
A partir do conhecimento das características da citologia bacteriana e da dinâmica
química do hidróxido de cálcio, pode-se discutir o mecanismo de ação deste fármaco
sobre as bactérias e os tecidos. O fundamento básico para a seleção de qualquer
medicação intracanal é o conhecimento do mecanismo de ação desta sobre os
microrganismos predominantes nas infecções do canal radicular e lesão periapical. De
modo geral, os antibióticos promovem dois tipos de efeitos sobre a bactéria, inibem o
crescimento ou a reprodução, ou conduzem à morte. Estes efeitos são exercidos
essencialmente por interferir na síntese da parede celular, alterar a permeabilidade da
membrana citoplasmática, interferir na síntese proteica ou na replicação
cromossômica. Nesta linha de pensamento, poderia se questionar em que localidade da
bactéria o hidróxido de cálcio exerce seu efeito. Ao adotar como referência o
conhecimento farmacológico do efeito do antibiótico sobre a bactéria, e mais
especificamente o sítio de ação, o fenômeno do mecanismo de ação do hidróxido de
cálcio como antimicrobiano poderia ser melhor elucidado. Por esta razão é importante
analisar isoladamente o efeito do pH sobre o crescimento, o metabolismo e a divisão
celular bacteriana (ESTRELA et al., 1995). A variação do pH reflete no crescimento
bacteriano, uma vez que influencia a atividade enzimática. A velocidade das reações
químicas favorecidas pelas enzimas é influenciada pelo substrato. Estas enzimas podem
estar presentes tanto extra como intracelularmente. As enzimas extracelulares atuam
sobre os nutrientes, carboidratos, proteínas e lipídeos, que por meio das hidrolases
favorecem a digestão. As enzimas localizadas na membrana citoplasmática estão
relacionadas com o transporte de substâncias para dentro e para fora da célula, com a
atividade respiratória, e com a estruturação da parede celular. O transporte pela
membrana é fundamental, pois, para suas complexas reações metabólicas, crescimento
e reprodução, há necessidade do controle do fluxo de nutrientes.