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Tecnologias de Informação e Comunicação:

Uma nova estratégia para o ensino das Ciências Naturais

Sabina Valente
Instituto Piaget, Campus Académico de Macedo de Cavaleiros

Resumo: A sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao Sistema Educativo. As


Tecnologias de Informação e Comunicação são um dos fatores mais salientes dessa mudança. Assim, para
além da alfabetização científica dos indivíduos também a tecnológica revela-se fundamental, desde os
anos iniciais de escolaridade, para o exercício de uma cidadania ativa, consciente e responsável. Torna-se
necessário conceber estudos no terreno onde se introduzam as Tecnologias de Informação e Comunicação
nas abordagens didáticas, avaliando os resultados que delas decorrem. Neste projeto é apresentada uma
Unidade Curricular Online, através da Moodle, onde se procura determinar as potencialidades das
Tecnologias de Informação e Comunicação no Ensino das Ciências Naturais, do sétimo ano,
nomeadamente no que se refere à motivação para a disciplina, ao desenvolvimento de competências
gerais e específicas, à melhoria da aprendizagem e à melhoria da qualidade do ensino. Ao longo do último
ano letivo foram usadas atividades apoiadas na utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação,
nomeadamente, uso de vídeos educativos, projeção de PowerPoint, resolução de fichas formativas
digitais, pesquisa na Internet, entre outras. Conseguiram-se, assim, resultados bastante positivos em
termos de avaliação e desenvolvimento de competências gerais e específicas, havendo evidências de
melhoria da qualidade do Ensino das Ciências. Estas atividades foram cedidas aos alunos no último ano
letivo, posteriormente, foi criada a disciplina na Moodle, recorrendo a materiais já usados em contexto
educativo. Esta disciplina será cedida aos alunos no próximo ano letivo em regime b-learning, servindo
os materiais disponibilizados como apoio às aulas presenciais. Ao recorrer às Tecnologias de Informação
e Comunicação no contexto educativo de Ciências Naturais pôde verificar-se que estas proporcionaram a
criação de um ambiente de trabalho mais motivador, em que os alunos foram muito atentos,
participativos, empenhados e rigorosos no desenvolvimento das suas tarefas. O ensino das Ciências
Naturais pode, então, tornar-se mais aliciante, promovendo um incremento na cultura científica, se forem
introduzidas metodologias, estratégias e recursos pedagógicos recorrendo às Tecnologias de Informação e
Comunicação. Pretende-se com a criação da Unidade Curricular Online, na Moodle promover a
curiosidade, a pesquisa e a discussão, realçando, assim, a questão da responsabilidade e autonomia do
aluno. Desta forma, o aluno deixa de ser um sujeito passivo e passa a explorar as formas de procurar,
selecionar, analisar e discutir informação. Neste contexto, de Ambiente Virtual de Aprendizagem, o
professor tem um papel de co explorador, assegurando sempre a transmissão de informação científica
relevante para o tema investigado pelo aluno.

Palavras-chave: Ciências Naturais, Ensino das Ciências, Moodle, Qualidade do Ensino, TIC

Projeto Final
Ano Letivo 2009/2010
Abstract: A society, which is constantly changing, gives a permanent challenge to the Educative System.
The Information and Communication Technologies are one of the biggest factors of that fast change. In
this way, rather then scientific alphabetizing people, technologic alphabetizing is fundamental too, since
the early years of school, for the exercise of an active, conscious and responsible citizenship. Therefore, it
is important to make studies where the Information and Communication Technologies are used in the
didactic approach in order to evaluate its results. This project presents an Online Course through Moodle,
which seeks to determine the potential of Information and Communication Technologies in Teaching of
Natural Sciences, the seventh year, particularly as regards: the motivation for the discipline, the
development of general and specific skills, the improvement of learning and improving the quality of
education. Over the last academic year it was used supported activities in Information and
Communication Technologies: the use of educational videos, PowerPoint projection, resolution chip
digital formats, Internet search, among others. There has been very good results in terms of evaluation
and development of general and specific skills, with evidence of improvement in the quality of Science
Education. These activities were transferred to last school year students. After that, the discipline was
created in Moodle, using materials already used in an educational context. This course will be transferred
to students next school year under b-learning, serving as the material available support classes. By using
ICT in the educational context of Natural Sciences was able to verify that these led to the creation of a
motivating work environment, where students were very attentive, participatory, engaged and rigorous in
developing their tasks. The teaching of natural sciences can then become more attractive, promoting an
increase in scientific culture, if introduced methodologies, strategies and learning resources using
Information and Communication Technologies. The aim is the creation of the Online Course in Moodle
foster curiosity, exploration and discussion, enhancing thus the question of responsibility and autonomy
of the student. Thus, the student ceases to be a taxable person and begins to explore ways to browse,
select, analyze and discuss information. In this context, the Virtual Learning Environment, the teacher has
a role as co-explorer, always ensuring the transmission of scientific information relevant to the topic
investigated by the student.

Keywords: Natural Sciences, Science Education, Moodle, Quality Education, TIC

I- INTRODUÇÃO
Uma sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao Sistema
Educativo. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são um dos fatores mais
salientes dessa mudança acelerada, a que este Sistema Educativo tem de ser capaz de responder
rapidamente, ou mesmo antecipar e promover. Os computadores e todas as tecnologias e
produtos que de alguma forma lhe estão associados tornaram-se parte integrante do dia-a-dia da
sociedade contemporânea, a que se tem chamado Sociedade da Informação (Costa, 2001). As
TIC estão presentes em vários âmbitos da vida diária: nos tempos livres, no trabalho, nas
relações sociais, na procura de informação e conhecimento, de acordo com as motivações
individuais de cada um. Passaram a ser o principal meio de arquivo, transferência ou pesquisa
de informação e o principal meio de comunicação direta ou indireta entre as pessoas, qualquer
que seja a sua condição e o lugar onde se encontrem, sendo usadas em empresas, instituições e
outros locais de trabalho (Costa, 2001). A escola tem procurado integrar, com maior ou menor
dificuldade, os avanços tecnológicos que se dão em esferas sociais que a ultrapassam. E esta
dificuldade de integração das tecnologias na escola prende-se tanto com a conceção de escola e
das suas funções e organização como com a vontade dos professores. A integração das TIC na
atividade escolar passa necessariamente pela naturalização do uso das TIC por parte do
professor tal como acontece com todos os recursos que habitualmente usa nas aulas. No entanto,
a cultura interativa que os alunos adquirem fora da escola não tem correspondência na vida
escolar, nem as suas competências são aproveitadas para potenciar o “sucesso” educativo
(Lencastre & Araújo, 2007).
A satisfação do professor é a satisfação de ver os seus alunos crescer, em termos
cognitivos, afectivos e sociais, e perceber o seu papel nesse crescimento com os recursos que
tem. Para que a utilização das TIC contribua para o enriquecimento do ambiente de
aprendizagem da sala de aula e para o desenvolvimento de competências dos alunos é
indispensável que os professores, para além de tomarem decisões quanto a metodologias,
estratégias e recursos a utilizar de acordo com os objetivos curriculares que se propõe atingir,

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possuam igualmente, conhecimento sobre as potencialidades pedagógicas das ferramentas
informáticas disponíveis assim como das vantagens, limitações e riscos inerentes à sua
utilização em contexto educativo. Perante tudo isto, ao longo deste último ano letivo, na minha
turma de Ciências Naturais, foi desenvolvida a estratégia de ensinar Ciências Naturais através
do uso das TIC, onde se pretendeu demonstrar que a introdução das TIC no Ensino, e em
particular, no Ensino das Ciências Naturais, do sétimo ano, origina uma alteração nos papéis de
todos os intervenientes do processo de ensino e de aprendizagem, verificando-se melhoria de
certas qualidades de ensino, como sejam, o despertar da motivação, o desenvolvimento de
competências e consequentemente o combate ao insucesso escolar. Apesar da Unidade
Curricular Online de Ciências Naturais, do sétimo ano, ter sido construída no final do ano
lectivo, os recursos disponibilizados nesta foram cedidos aos alunos durante as aulas, fazendo-
se uma valorização da diversidade de metodologias e estratégias de ensino e atividades de
aprendizagem, em particular com recurso às TIC, através de projeção de vídeos educativos,
projeção de PowerPoint, resolução de fichas formativas digitais, pesquisa na Internet, e recurso
à página elaborada pela professora, entre outras, entrega do trabalho de casa utilizando o email,
exploração de imagens e outros recursos. A disciplina, posteriormente desenvolvida no Moodle,
estará ao acesso dos alunos no próximo ano letivo, em regime de b-learning (blended learning).
Tendo como objetivos a criação de um ambiente de trabalho mais motivador, em que os alunos
sejam mais participativos, empenhados e rigorosos no desenvolvimento das suas tarefas, tendo o
aluno a oportunidade de participar de forma mais ativa na construção das suas aprendizagens.
Pretende-se, assim, promover a curiosidade, a pesquisa e a discussão, realçando, o contributo
para o aumento da responsabilidade e autonomia do aluno. Proporcionando, deste modo um
aumento da motivação perante o ensino das Ciências.
O presente trabalho tem por finalidade apresentar uma Unidade Curricular Online de
Ciências Naturais, do sétimo ano, nas suas vertentes de fonte de informação e meio de
comunicação, através do Sistema de Gestão de Aprendizagem Moodle.

II- ENQUADRAMENTO TEÓRICO


A Escola desempenha um papel fundamental no instrumentalizar dos alunos e professores
para que estes pensem de forma criativa em soluções, para resolver os desafios emergentes da
sociedade, que se encontra em constante renovação. No contexto da sociedade da informação, as
escolas não terão outra alternativa senão gerir eficientemente o conhecimento e a informação.
Se os alunos, na escola, estiverem excluídos do acesso aos meios de interação com a sociedade
de informação, daí resultará uma estratificação entre aqueles que têm acesso em casa e os que
não têm (Almeida, 2004). É urgente educar cidadãos que desenvolvam a capacidade de
examinar problemas de diferentes perspetivas, de procurar explicações para os fenómenos
naturais e sociais, tendo sempre por base a análise crítica, construindo uma sociedade em que os
seus membros possuam uma visão racional do mundo e possuam uma predisposição para pensar
criticamente (Cachapuz, 2004). No entanto, o baixo nível científico da população portuguesa é
referido na literatura específica e serão muitos os fatores responsáveis por essa realidade. Por
outro lado, sabe-se que a alfabetização científica e tecnológica dos alunos, neste início de
século, é uma exigência social, de tal modo a Ciência e a Tecnologia fazem parte do nosso
quotidiano. A Ciência é hoje uma das diversas formas de expressão de cultura que contribui
para a formação de cidadãos mais participativos e mais autónomos na tomada de decisões. Por
isso, a cultura científica dos alunos é cada vez mais necessária na sua formação para a
cidadania, na medida em que promove ainda o desenvolvimento de atitudes, como o espírito
crítico, o pensamento lógico e a intervenção social responsável (Fontes & Silva, 2004).
Contudo, em 2001, o então Ministro da Ciência e Tecnologia, Professor Doutor Mariano
Gago, referia numa entrevista que vários estudos realizados em Portugal haviam mostrado um
baixo nível de literacia científica na população. Aquilo que se entendia por ensino de qualidade,
há algumas décadas atrás, não é o mesmo que se considera atualmente, e as finalidades da
educação têm vindo a mudar à medida que a mesma se estende a níveis mais amplos da
população. Torna-se, então, necessário rever o que se ensina e como se ensinam ciências
(Membiela, 2001). Deste modo, surgem algumas questões: Será o modo como se ensina a

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Ciência responsável pela indiferença e desinteresse dos alunos pela aprendizagem científica?
São as metodologias, estratégias e recursos pedagógicos usadas pelos professores adaptados aos
alunos? O ensino das Ciências Naturais pode, então, tornar-se mais aliciante, promovendo um
incremento na cultura científica, se forem introduzidas metodologias, estratégias e recursos
pedagógicos recorrendo às TIC. Neste projeto é apresentada uma Unidade Curricular Online,
usando a Moodle (Sistema de Gestão de Aprendizagem aprovado pelo Ministério da Educação
para o ensino básico e secundário), onde se procura determinar as potencialidades das TIC no
Ensino das Ciências Naturais, do sétimo ano, nomeadamente no que se refere: à motivação para
a disciplina, ao desenvolvimento de competências gerais e específicas, à melhoria da
aprendizagem e à melhoria da qualidade do ensino.
A tecnologia, como criadora de conceções do real, torna possível uma nova metodologia de
trabalho pedagógico que dá uma nova dimensão ao ensino e à aprendizagem (Lencastre &
Araújo, 2008). A oportunidade de lidar diariamente com alunos que têm acesso a computadores
portáteis e à Internet, cada vez mais se verifica nas nossas escolas é necessário aproveitar
pedagogicamente tal oportunidade, fazendo-a reverter positivamente a favor das aprendizagens
dos alunos. Isto não significa apenas integrar os computadores em atividades curriculares
específicas mas inclui também procurar criar ambientes de aprendizagem estimulantes, abertos,
que apelem à autonomia e responsabilidade dos alunos e ao assumir um papel ativo, por parte
dos mesmos nas suas aprendizagens e nas aprendizagens dos colegas, e em que os
computadores constituem recursos de trabalho que potenciam a colaboração e a partilha.
É absolutamente certo que a realidade das salas de aula nas escolas do 3º ciclo do ensino
básico é muito diversa, como será diversa a quantidade de computadores portáteis que os alunos
trazem para a escola ou que a escola pode oferecer. Por isso mesmo, é essencial trabalhar com a
realidade da escola, da sala de aula e dos alunos (a sua realidade social e familiar), no entanto,
os professores têm de fazer uma aposta no uso das TIC. Como referem Lencastre & Araújo
(2007), a forma como os professores percecionam os modelos de ensino aprendizagem e os
meios que colocam à disposição dos estudantes, para que estes aprendam, está condicionada
pela vontade e saber de cada um.
A ênfase do Ensino das Ciências é colocada na resolução de problemas autênticos, na
pesquisa e nas atividades experimentais, no trabalho colaborativo e na abordagem
interdisciplinar de temas contemporâneos, dando particular relevância às inter-relações entre
Ciência, Tecnologia e Sociedade CTS (Chagas, 2001). Nesta perspetiva, Martins (2002) realça
que o movimento CTS, para o Ensino das Ciências, releva a importância do ensinar a resolver
problemas, a confrontar pontos de vista, a analisar criticamente argumentos, a discutir os limites
de validade de conclusões alcançadas, a saber formular novas questões (Martins, 2002).
Relativamente a este contexto, Lokken et al. (2003) afirmam que o uso da tecnologia na sala de
aula é uma ferramenta útil para atingir aqueles objetivos (Lokken et al., 2003).
Investigações e estudos sobre a utilização das TIC têm vindo a salientar o potencial das
tecnologias no processo de ensino e de aprendizagem, referindo o importante papel que pode
desempenhar no acesso à informação e ao conhecimento, no desenvolvimento de estratégias de
trabalho colaborativo e cooperativo, na criação de contextos de aprendizagem significativa e na
criação de comunidades de aprendizagem (Lima, 2007).
O modelo pedagógico da Unidade Curricular de Ciências Naturais implementada na
Moodle, em regime b-learning, tem o intuito de ser um complemento ativo da formação
presencial. O b-learning também conhecido como ensino misto, é uma metodologia que incluí
uma vertente não presencial e outra presencial, combinando-as num só tipo. Desta forma, o
aluno pode tirar todo o proveito das ferramentas e documentos multimédia que são colocados
online pelo docente com a segurança e o conforto de ter também o professor na sala de aula
(Lencastre & Chaves, 2005).
Ao ter como recurso pedagógico a existência de uma Unidade Curricular Online com
diversos recursos e atividades está-se a promover a curiosidade, a pesquisa e a discussão,
realçando, assim, a questão da responsabilidade e autonomia do aluno. Pretendendo-se motivar
os alunos para a aprendizagem da ciência, tornando-a mais atraente e mais próxima dos alunos,
desenvolvendo nestes o pensamento crítico e a sua independência intelectual. Desta forma, o
aluno deixa de ser um sujeito passivo e passa a explorar as formas de procurar, selecionar,

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analisar e discutir informação. O aluno pode aceder quantas vezes desejar, procurar informações
adicionais online, enviar perguntas, etc. Este processo de aprendizagem desenvolve a
capacidade de pesquisar e selecionar a informação e assim aumenta a capacidade de
independência e iniciativa e incrementa o espírito crítico (Lencastre & Chaves, 2005).
O professor deverá desempenhar uma multiplicidade de funções, nomeadamente como
crítico do processo, agente de mudança, fonte de apoio e de aprendizagem de segunda ordem.
Neste contexto, o papel do professor tem de ser o de alguém que se consegue adaptar
diariamente, o que exige novos conhecimentos e novas práticas, obrigando a um esforço de
aprendizagem permanente (Lencastre & Chaves, 2005).
A Unidade Curricular Online, entre outras características, disponibiliza ferramentas de
comunicação síncrona (que ocorre para todos os alunos em simultâneo e ao mesmo tempo,
temos como exemplo os questionários) e comunicação assíncrona (a aprendizagem acontece em
diferentes momentos para cada aluno, como exemplo a participação em fóruns de discussão).
Disponibilizando-se diversos recursos didáticos apoiados na utilização das TIC: áudio, vídeos,
PowerPoint, animação em flash, entre outros.
As TIC oferecem possibilidades na promoção de competências de autonomia dos alunos.
Nesta perspetiva, devemos encarar a utilização das TIC como uma forma de excelência para o
desenvolvimento de novas metodologias de trabalho em Ciências, onde é conferida aos alunos
maior responsabilidade nas suas atitudes e desempenhos numa sociedade plural, democrática e
tecnológica (Gil-Pérez, 1998; Cachapuz et al., 2002).
Uma revisão da literatura feita por Cox et al. (2003) baseada em estudos que analisam a
integração das TIC (em atividades com a Internet como fonte de pesquisa, o email para
comunicações, os simuladores, softwares de criação de modelos, entre outros) nas aulas de
Ciências, fê-los concluir que aquelas tecnologias promovem a melhoria da aprendizagem (Cox
et al., 2003).
Pretende-se através desta Unidade Curricular Online, conjuntamente com um ambiente de
aprendizagem em sala de aula rico na utilização das TIC, enriquecer o processo de ensino e de
aprendizagem em Ciências.
Considera-se, por isso, que ao invés de serem encaradas apenas como meros repositórios de
informação, estas plataformas devem antes ser encaradas como veículos capazes de promover a
interação e a experimentação através de recursos tecnológicos (Dias, 2004).
No que concerne à interação entre professor e aluno, Moore & Kearsley (1996) consideram
que este tipo de interação poderá favorecer uma participação mais ativa do aluno, permitindo
também que o professor apoie e motive os seus alunos durante o processo de aprendizagem.

III- CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE CURRICULAR ONLINE


Ao longo dos últimos anos tem sido consensual a ideia de que há uma disparidade
crescente entre a educação nas nossas escolas e as necessidades e interesses dos alunos. De
modo a colmatar esta lacuna surge a criação desta disciplina, recorrendo à Moodle, com o
intuito de extrapolar a situação de aprendizagem tradicional, incorporando novos recursos
tecnológicos. Deste modo, pretende-se motivar os alunos para o Ensino das Ciências, sendo esta
disciplina destinada aos alunos do sétimo ano de escolaridade. Com uma carga letiva de noventa
minutos semanais o programa da disciplina engloba dois grandes temas: Terra no espaço e Terra
em transformação (anexo A: tabela um). Através da abordagem destes temas pretende-se que os
alunos compreendam que o posicionamento da Terra no Sistema Solar e os seus movimentos no
espaço influenciam a vida no planeta, e também que os elementos constituintes da Terra e a sua
estruturação e dinâmica determinam os fenómenos geológicos que nela ocorrem. Atendendo às
orientações curriculares para o terceiro ciclo do ensino básico, a abordagem dos conteúdos visa
o desenvolvimento das seguintes competências gerais: (i) promover o pensamento de uma
forma criativa e crítica, relacionando evidências e explicações, confrontando diferentes
perspetivas de interpretação científica; (ii) analisar situações alternativas que exijam a resposta e
a utilização de estratégias cognitivas diversificadas; (iii) mobilizar saberes culturais, científicos
e tecnológicos para compreender a realidade a para abordar situações e problemas do
quotidiano; (iv) usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico

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e tecnológico para se expressar; (v) usar corretamente a língua portuguesa para comunicar de
forma adequada e para estruturar pensamento próprio; (vi) compreender a linguagem científica,
lendo, relatando e argumentando informação científica; (vii) produzir textos escritos e orais
onde se evidenciem a estrutura lógica do texto; (viii) manifestar atitudes inerentes ao trabalho da
Ciência, como sejam a curiosidade, a perseverança e a seriedade no trabalho, respeitando e
questionando os resultados obtidos; (ix) fazer a reflexão crítica sobre o trabalho realizado e a
sua reformulação, se necessário; (x) cooperar com os outros em tarefas e projetos comuns; (xii)
realizar atividades de forma autónoma, responsável e criativa; (xi) adotar metodologias
personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objetivos visados; (xii) pesquisar;
(xiii) selecionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável; (xiv)
adotar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões; (xv) promover a
inovação e o uso das TIC na construção cognitiva; (xvi) realizar atividades de forma autónoma,
responsável e criativa; (xvii) cooperar com outros em tarefas e projetos comuns.

O desenvolvimento dos temas Terra no espaço e Terra em transformação integrará


estratégias de pesquisa, seleção e organização de informação em diferentes fontes e discussão
argumentativa e fundamentada sobre os assuntos, que serão complementadas com interpretação
dos resultados de atividades experimentais, através da análise e interpretação de imagens,
esquemas, tabelas, quadros e da observação direta de material biológico/geológico e construção
de materiais didáticos.
A abordagem dos conteúdos recorrerá, sempre que possível, a situações do quotidiano e a
conhecimentos que os alunos já possuam, promovendo o ensino das ciências segundo uma
perspetiva Ciência – Tecnologia – Sociedade.
As atividades de aprendizagem que se propõem baseiam-se essencialmente, em alguns dos
pressupostos teóricos da Teoria de Aprendizagem por Descoberta (APD) implementada através
da discussão académica e na Teoria Sócio Construtivista de Vygotsky, através da organização
de atividades de aprendizagem para os alunos, em grupos de trabalho heterogéneos
(cooperativos). A discussão académica, muitas vezes somente designada por discussão, é a
estratégia de aprendizagem que, pelas suas características, promove o desenvolvimento de
competências cognitivas e atitudinais, permitindo a aprendizagem dos conceitos, por descoberta.
Esta estratégia de aprendizagem devido às suas vantagens e pertinência está implícita nas
atividades de aprendizagem disponibilizados ao longo da disciplina online, assim como em
contexto de sala de aula. É através das questões que o professor vai colocando aos alunos (na
plataforma Moodle e na sala de aula) que estes vão construindo o conhecimento que se pretende
que adquiram, desenvolvendo também atitudes como participação, espírito crítico, cooperação,
responsabilidade e espírito de iniciativa, permitindo assim que o aluno se envolva mais nas
atividades propostas, tendo uma participação mais ativa nas mesmas.
A implementação da Teoria de Vygotsky nas aulas de Ciências, além de desenvolver nos
alunos as competências cognitivas e atitudinais relacionadas com o trabalho de grupo
tradicional, promove-lhes ainda o desenvolvimento da Zona de Desenvolvimento Proximal
(conceito Vygotskyano) porque trabalham em grupos heterogéneos. A implementação desta
prática pedagógica conduz à organização da turma em grupos de trabalho heterogéneos: em
relação à idade, ao sexo, à sua história de vida social e cultural, ao seu aproveitamento escolar,
às suas motivações e conhecimentos, para que cada aluno se torne o par mais capaz, estando os
alunos distribuídos desta forma pela sala de aula, do mesmo modo que os trabalhos de grupo
realizados online também serão elaborados por grupos heterogéneos. Deste modo, qualquer das
atividades de aprendizagem proposta, online e no contexto de sala de aula, terão como base a
Teoria de Aprendizagem por Descoberta e a Teoria Sócio Construtivista, de Vygotsky.
Comunicar através da escrita em modo assíncrono será uma das atividades privilegiadas
pelo professor. Debates temáticos, discussões e reflexões nos fóruns serão atividades constantes,
com peso na avaliação, que procurarão promover a interação, a partilha de ideias e a construção
conjunta de conhecimento baseado na pluralidade de experiências e saberes. No Sistema de
Gestão de Aprendizagem, Moodle serão colocados os materiais de leitura obrigatória,
apontamentos sobre os conteúdos abordados. Os principais materiais de aprendizagem scripto e
audiovisuais serão disponibilizados, isto para além de um conjunto de materiais de consulta/

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leitura opcional (endereços Web). Esta Unidade Curricular está dividida em aulas presenciais e
aulas online (não presenciais). Nas aulas online apresenta-se um guia de aprendizagem ao aluno
com indicações necessárias para o desenvolvimento do trabalho online, nomeadamente a
calendarização, os recursos, as atividades, bem como os fóruns onde terão que participar.
Os diversos recursos didáticos apoiados na utilização das TIC: áudio, vídeos, PowerPoint,
imagens e animação em flash, foram escolhidos por serem recursos dinâmicos que despertam a
motivação e interesse por conteúdos novos, ativando a curiosidade e sensibilizando os alunos.
Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar os conteúdos abordados através
destes recursos. Ao recorrer a estes suportes tecnológicos desenvolve-se nos alunos maior
interesse pelos conteúdos, as aulas tornam-se mais atraentes, pois são recursos que estimulam a
participação e as discussões, os alunos desenvolvem mais a criatividade, a sua comunicação
audiovisual e a interação com os outros colegas, verificando-se melhor fixação dos assuntos
principais por parte dos alunos (visão mais concreta sobre eles), já que são recursos que trazem
a realidade para a sala de aula e para a aprendizagem significativa.
A avaliação da disciplina de Ciências Naturais apoiar-se-á nos elementos recolhidos
durante as aulas, nas atividades desenvolvidas na Moodle, nos resultados obtidos pelos alunos
na realização dos testes e de trabalhos de grupo, em cada um dos três períodos, de acordo com
os critérios de avaliação. Assim, a avaliação incidirá sobre o desempenho do aluno, quer oral
quer escrito, contemplando as competências definidas no programa e obedecendo aos critérios
de avaliação que se encontram na tabela um, do anexo B. A observação destes aspetos
constituirá diagnóstico de dificuldades e consciencialização dessas dificuldades, conducentes ao
estabelecimento de estratégias de autoformação, de forma a melhorar a aprendizagem,
integrando, assim, a avaliação diagnóstica e formativa. Utilizar-se-ão instrumentos de avaliação
diversificados: testes de avaliação, registos em aula, atividades e tarefas elaboradas online
(através do Sistema de Gestão e de Aprendizagem: Moodle) e outros, nomeadamente relatórios
de atividades práticas, trabalhos de pesquisa, comunicações à turma, portfolio individual (anexo
B, tabela dois). Para a realização com sucesso da unidade curricular online, e de acordo com o
regulamento de frequência e avaliação, são previstas atividades individuais que envolverão a
participação ativa dos estudantes. Estas atividades e tarefas encontram-se mencionadas na tabela
três, do anexo B.
Relativamente aos pré-requisitos, o aluno deve: dominar aspetos técnicos relacionados com
as novas tecnologias e Internet, no que concerne aos pré-requisitos inerentes aos conteúdos
programáticos da disciplina de Ciências Naturais, do sétimo ano, estes encontram-se
discriminados na tabela um, do anexo C, juntamente com as respetivas tarefas, atividades e
recursos disponíveis na Moodle, para cada um dos conteúdos programáticos abordados online.
O cronograma da disciplina e respetivo calendário de execução, com o número de aulas
destinadas ao regime presencial e não presencial encontra-se disponível na tabela um, do anexo
D. A quantidade de trabalhos estimados ao longo do ano letivo, a executar através da plataforma
Moodle, assim como o tempo dedicado aos momentos assíncronos e síncronos representado na
tabela um, do anexo E.

IV- REFLEXÃO FINAL


Pretende-se com a criação da Unidade Curricular de Ciências Naturais, do sétimo ano, em
regime de b-learning contribuir para a construção de novos ambientes virtuais de aprendizagem,
suportados pelas TIC, com o principal objetivo da criação de conhecimento sem os
constrangimentos de espaço e tempo e recorrendo a um conjunto de estratégias que permitam
criar uma verdadeira rede de conhecimento e de interações, capaz de beneficiar a comunicação
entre professor e alunos e destes entre si, criando, desta forma, novas oportunidades para que o
aluno possa participar de forma mais ativa no processo de construção das suas aprendizagens.
É necessário um novo paradigma para o Ensino das Ciências que lhe confira maior
protagonismo, que apresente aos alunos uma nova imagem de ciência e que os motive para as
aprendizagens científicas. O recurso às TIC será uma boa alternativa ao atual Ensino das
Ciências.

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Português. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, 1(1). Disponível em
http://www.saum.uvigo.es/reec/volumenes/volumen1/Numero1/Art2.pdf (Consultado a 10
de Agosto de 2010)

8
Membiela, P. (Ed.) (2001). Ensenãnza de las Ciencias desde la Perspectiva Ciencia-
Tecnologia-Sociedade. Madrid: Narceas, S. A. De Ediciones.
Moore, Michael & Kearsley, Greg (1996). Distance Education – A Systems View, Wadsworth
Publishing Company, Belmont (CA).
http://www.oei.es/salactsi/ctseducacion.htm (Consultado a 19 de Agosto de 2010)

9
ANEXO A

TABELA I: Conteúdo programático da disciplina de Ciências Naturais, do sétimo ano.

Tema Conteúdos Programáticos

I - Terra no Espaço Terra – Um planeta com vida.

-Condições na Terra que permitem a existência de vida.

- A Terra como um sistema.

Ciência, tecnologia, sociedade e ambiente.

-Ciência produto da actividade humana.

-Ciência e conhecimento do Universo.

II - Terra em Transformação A Terra conta a sua história.

-Fósseis e sua importância para a reconstituição da história da Terra.

-Grandes etapas da história da Terra.

Dinâmica interna da Terra.

-Modelos propostos.

-Deriva dos continentes e tectónica de placas.

-Consequências da tectónica de placas (ocorrência de dobras e


falhas).

-Contributo da ciência e da tecnologia para o estudo da dinâmica


interna da Terra.

Consequências da dinâmica interna da Terra.

-Actividade sísmica – riscos e protecção das populações.

-Actividade vulcânica – riscos e benefícios.

Dinâmica externa da Terra.

-Rochas - testemunhos da actividade da Terra.

-Rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas: génese e


constituição; ciclo das rochas.

-Paisagens geológicas e agentes de erosão.

10
ANEXO B: Critérios de avaliação

TABELA I: Competências cognitivas e competências a nível das atitudes.

Competências Peso

Conhecimentos
Conhecimento
Capacidades:

Competências utilização de terminologia científica 80 %

organização lógico - temática


Raciocínio
Comunicação em língua comunicação oral e escrita
portuguesa
1. Participação oportuna nas actividades (atenção; realização dos
trabalhos propostos; tomada de notas)
Competências
a nível de 2. Comportamento (cumprimento de regras; respeito pelo seu trabalho e
20%
atitudes pelo dos outros e ainda por normas de segurança pessoal e colectiva)
3. Apresentação e organização do material indispensável à realização das
actividades lectivas

TABELA II: Instrumentos de avaliação.

Instrumentos de Avaliação

Testes de avaliação
50%
Registo em aula
5%
Actividades e tarefas na plataforma Moodle (parte
da Unidade Curricular desenvolvida online) 20%

Outros (relatórios de actividades práticas, trabalhos de


pesquisa, comunicações à turma, portfolio individual) 5%

11
TABELA III: Actividades e tarefas a desenvolver na plataforma Moodle.

Actividades e Tarefas Online

Origem e formação do sistema solar:


- Ficha de trabalho nº1 0,5 %

Condições da Terra que permitem a existência de vida:


- Ficha de trabalho nº2 0,5 %
I – A Terra no espaço

Célula: unidade básica da vida:


- Ficha de trabalho nº3 1%
- Trabalho de grupo: “As células”
1,5 %
A Terra como um sistema:
- Fórum: “Ambientes terrestres” 1%

Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente:


- Ficha de trabalho nº4 1,5 %
- Fórum:”Ciência: produto da actividade humana”
1,5 %
A Terra conta a sua história:
- Ficha de trabalho nº5 1%
- Questionário: “A Terra conta a sua história”
1,5 %
- Trabalho de grupo: “As eras geológicas”
1%
Deriva dos continentes e tectónica de placas:
- Fórum: “Teoria da deriva dos continentes” 1,5 %
II – Terra em transformação

- Ficha de Trabalho nº6


1%
Ocorrência de falhas e dobras:
- Questionário: “dobras e falhas” 2%

Actividade vulcânica:
- Ficha de trabalho nº7 1,5 %
- Glossário: Termos relacionados com o vulcanismo
0,25 %
Actividade sísmica:
- Glossário: Termos relacionados com sismologia 0,25 %
- Fórum: “Sismos: autoprotecção”
1,5 %
Estrutura interna da Terra:
- Exercícios do manual: Métodos usados 0,25 %
- Exercícios do manual: Modelos propostos 0,25 %
- Ficha de trabalho nº8
0,5 %

12
ANEXO C

TABELA 1: Tarefas, actividades e recursos disponíveis na Moodle; Conteúdos e respectivos pré-requisitos.

Conteúdos Tarefas e Recursos disponíveis Pré-requisitos


Actividades

Origem e formação - Apontamentos dos conteúdos


do sistema solar - Ficha de trabalho abordados;
nº1 - Vídeo: Sistema Solar.
- Atmosfera
- Gases constituintes
Condições da Terra do ar
que permitem a - Ficha de trabalho - PowerPoint:”A evolução da vida - Interpreta
existência de vida nº2 na Terra”. esquemas, tabelas e
gráficos
- Apontamentos sobre a Teoria - Diferenças entre a
Celular; Terra e os outros
- Ficha de trabalho - Vídeo: Célula animal e célula planetas
Célula: unidade nº3 vegetal; - Atmosfera – Gases
básica da vida - Trabalho de grupo: - Metodologia do trabalho: constituintes do ar
“As células” documento para orientar os alunos - Representação
na estruturação do trabalho de esquemática da
grupo. célula
- Habitat
- Fórum: - PowerPoint:”Ambientes - População
A Terra como um “Ambientes terrestres e aquáticos”; - Biosfera
sistema terrestres” - Fórum: Ambientes terrestres; - Ser vivo
- Resumo do tópico.

- PowerPoint: “Ciência, - Universo


- Ficha de trabalho Tecnologia e Sociedade; - Sistema Solar
Ciência, Tecnologia, nº4 - Ficha informativa; - Sol
Sociedade e - Fórum:”Ciência: - Books: Galileu Galilei; - Planetas
Ambiente produto da - Órbitas
actividade humana” - Satélites Naturais

- Condições que
- PowerPoint: “ Fósseis”;
permitem a
- Ficha de trabalho - Apontamentos sobre os
existência de vida na
nº5 diferentes processos de
Terra
- Questionário: “A fossilização;
- Erosão
A Terra conta a sua Terra conta a sua - Apontamentos sobre
- Evolução
história história” Paleontologia;
- Molde
- Trabalho de grupo: - PowerPoint: “Grandes etapas da
- Rochas
“As eras geológicas” história da Terra”;
- Sedimentos
- Escala do tempo geológico;
- Ser vivo

-Astenosfera
- Fórum: “Teoria da - Apontamentos sobre a Deriva - Cadeias
Deriva dos deriva dos dos continentes; montanhosas
continentes e continentes” - Apontamentos sobre a Tectónica - Continentes
tectónica de placas de placas; - Crosta continental
- Crosta Oceânica
- Dobras
- Falhas

13
- Fóssil
- Ficha de Trabalho - Vídeo: “Placas tectónicas ou - Lava
nº6 litósféricas” - Litosfera
- Manto
- Núcleo
- Oceanos
- Tempo geológico

Ocorrência de falhas - Questionário: - PowerPoint:” Dobras e Falhas”;


e dobras “dobras e falhas” -Fotografias de dobras geológicas.

- Astenosfera
- Dobras e falhas
-PowerPoint: “Vulcanologia”; - Dorsais oceânicas
- PowerPoint: “Vulcanismo - Limites de placas
- Ficha de trabalho secundário”; - Litosfera
nº7 - Animação em flash sobre os - Manto
Actividade vulcânica - Glossário: Termos diferentes tipos de vulcanismo; - Núcleo
relacionados com o - Estrutura do vulcão; - Placas
vulcanismo - Ficha informativa; convergentes
- Vídeo: Formação das ilhas - Placas divergentes
vulcânicas. - Placas litosféricas
- Rifte
- Tectónica de placas
- Zona de subducção

- Apontamentos sobre Sismologia


- Glossário: Termos e sobre Os Sismos; - Placas tectónicas
relacionados com - Apontamentos sobre os tipos de - Limites de placas
Actividade sismologia escalas usadas em sismologia; - Placas
sísmica - Fórum: “Sismos: -Hiperligação de site interessante convergentes
autoprotecção” sobre os sismos. - Placas divergentes
- Placas litosféricas

- Exercícios do - Apontamentos sobre Métodos - Astenosfera


manual: Métodos directos e Métodos indirectos; - Crosta continental
Estrutura interna da usados -Apontamentos sobre os Modelos - Crosta Oceânica
Terra - Exercícios do propostos para a estrutura interna - Litosfera
manual: Modelos da Terra. - Manto
propostos - Núcleo
- Ficha de trabalho
nº8

- Erosão
-Temperatura
Estrutura externa da - Fotografias de paisagens - Pressão
Terra geológicas; - Minerais
- Vídeo: Museu de Geologia da - Rochas
UTAD. - Magma
- Sedimentos

14
ANEXO D

TABELA 1: Cronograma, calendário de execução e tempo dedicado ao regime presencial e não presencial.
Tempo lectivo
Conteúdos Leccionados (45min)
Presencial Online
(P) (NP)
I - A Terra no Espaço

- A Terra, um planeta com vida.


 O lugar da Terra no Universo. 2 4
 Condições na Terra que permitem a existência de vida.
1º Período

 Unidade na diversidade da vida


 A Terra como um sistema vivo.

- Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente 1 2


 Ciência produto da actividade humana
 Ciência e conhecimento do Universo

II – Terra em Transformação

- A Terra conta a sua história.


 Os fósseis e a sua importância para a reconstituição da história 2 3
da Terra.
 Grandes etapas na história da Terra.
2º Período

- Dinâmica Interna da Terra.


 Deriva dos Continentes e Tectónica de Placas. 2 2
 Ocorrência de falhas e dobras.

- Consequências da Dinâmica Interna da Terra


 Actividade vulcânica: riscos e benefícios da actividade
vulcânica. 1 3
 Actividade sísmica: riscos e protecção da população.

- Estrutura Interna da Terra.


 Contributo da Ciência e da Tecnologia para o estudo da 1 3
Estrutura Interna da Terra.
 Modelos propostos.
3º Período

- Dinâmica externa da Terra.


 Rochas, testemunhos da actividade da Terra. 4 0
 Rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas: génese e
constituição; ciclo das rochas.
 Paisagens geológicas.

15
ANEXO E

TABELA 1: Tempo dedicado aos momentos assíncronos e síncronos.


Momentos
Actividades e Tarefas Online Assíncronos e Observações
Síncronos
Origem e formação do sistema solar:
- Ficha de trabalho nº1 Assíncrono Enviar de 20 a
24 de Setembro
Condições da Terra que permitem a existência de vida:
- Ficha de trabalho nº2 Assíncrono Enviar de 27 a
30 de Setembro
I – A Terra no espaço

Célula: unidade básica da vida: Enviar de 4 a 8


- Ficha de trabalho nº3 Assíncrono de Outubro
1º Período

- Trabalho de grupo: “As células” Enviar de


Assíncrono Outubro até 22
Outubro
A Terra como um sistema:
- Fórum: “Ambientes terrestres” Assíncrono Participar de 15
a 29 de Outubro
Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente: Entregar até 12
- Ficha de trabalho nº4 Assíncrono de Novembro
Participar de 12
- Fórum:”Ciência: produto da actividade humana” Assíncrono a 30 de
Novembro
A Terra conta a sua história: Entregar até 7
- Ficha de trabalho nº5 Assíncrono de Janeiro
- Questionário: “A Terra conta a sua história” 14 de Janeiro
Síncrono das 18h às 23h
- Trabalho de grupo: “As eras geológicas” Assíncrono Entregar até 21
Janeiro
Deriva dos continentes e tectónica de placas: Participar de 24
- Fórum: “Teoria da deriva dos continentes” Assíncrono de Janeiro a 11
de Fevereiro
2º Período

- Ficha de Trabalho nº6 Assíncrono Entregar até 28


II – Terra em transformação

de Janeiro
Ocorrência de falhas e dobras: 4 de Fevereiro
- Questionário: “dobras e falhas” Síncrono das 18h até às
23h
Actividade vulcânica: Entregar até 25
- Ficha de trabalho nº7 Assíncrono de
Participar até 25
- Glossário: Termos relacionados com o vulcanismo Assíncrono de Fevereiro
Actividade sísmica: Participar até 18
- Glossário: Termos relacionados com sismologia Assíncrono de Março
- Fórum: “Sismos: autoprotecção” Participar até 18
Assíncrono de Março
Estrutura interna da Terra: Entregar até 21
Assíncrono de Abril
3º Período

- Exercícios do manual: Métodos usados


- Exercícios do manual: Modelos propostos Assíncrono Entregar até 21
de Abril
- Ficha de trabalho nº8 Assíncrono Entregar até 29
de Abril

16

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