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Construção de gráficos “v x t” e “s x t” a partir de dados experimentais de

aceleração

Maxuel Silva Lemos/201521037, 32C


Carolina Delfim Carvalho/201521131, 31A
Isabella Yoli Oliveira Murta/201521021, 31A
Letícia Zanotto/201521092, 31A

Mecânica Geral, GNE389


16 de janeiro de 2018

Resumo
Será analisado aqui o comportamento das curvas v(t) e s(t) a partir de dados
experimentais de aceleração coletados em um sistema de medição da National
Instruments, através de três acelerômetros.

1. Introdução Teórica
É possível analisar o comportamento da velocidade e do espaço de um corpo em
função do tempo a partir dos dados de aceleração no tempo. Para isso, é importante
recordar-se que a aceleração é tida como a taxa de variação da velocidade no tempo e esta
é a taxa de variação do espaço no tempo. Em um limite quando a variação do tempo tende
a zero, temos:

𝑣2 𝑡2
∫ 𝑣 = ∫ 𝑎. 𝑑𝑡 (𝑒𝑞1)
𝑣1 𝑡1
𝑠2 𝑡2
∫ 𝑠 = ∫ 𝑣. 𝑑𝑡 (𝑒𝑞2)
𝑠1 𝑡1

Sendo:
a: aceleração
v: velocidade
s: espaço (deslocamento)
t1 e t2: instantes de tempo
2. Metodologia
Através dos dados de aceleração coletados pelos três acelerômetros, foi dividido 3
grupos de dados de aceleração: 𝒂𝟏 , 𝒂𝟐 𝒆 𝒂𝟑 . Cada sequência de acelerações foi coletada
em um determinado tempo 𝒕, sendo que os dados foram mensurados na origem do tempo.
Desta forma, foram construídos três gráficos na forma 𝒂(𝒕) (Gráfico 1, Gráfico 2, Gráfico
3) e posteriormente utilizado o método de regressão linear, no software Microsoft Excel,
com intuito de gerar uma reta que melhor se adequasse ao gráfico e formulasse uma
função da aceleração em função do tempo. Esta função, para cada um dos três gráficos,
foi utilizada na fórmula de integração (eq1) para encontrar os valores de velocidade nos
intervalos de tempo, gerando três grupos de velocidades 𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 𝒆 𝒗𝟑 , associados ao
mesmo tempo 𝒕. O mesmo procedimento foi realizado para encontrar os três grupos de
valores de espaço 𝒔𝟏 , 𝒔𝟐 𝒆 𝒔𝟑 , integrando a partir de (eq2), que foram também colocados
em função do tempo, s(t), para fins de análise.

3. Discussões e Resultados
No Gráfico 1 pode-se observar que os valores de aceleração são muito dispersos, mas
apresentam certo padrão oscilatório em torno de a=0. De t=0 a t=3s os valores parecem
oscilar com leve simetria entre a=-0,002m/s² e a=0,002m/s², a partir de t=3s, também é
possível notar uma oscilação simétrica, mas com maior amplitude. Com essa ligeira
simetria, a linearização do gráfico fornece uma aceleração quase constante, confirmada
pelo pequeno coeficiente angular. Mas mesmo com pequena variação, a aceleração é
sempre negativa nesse intervalo de tempo, em função do coeficiente linear, o que sugere
uma redução nos valores de velocidade de um corpo inicialmente em repouso.

a1 x t y = -4E-05x - 0,0003
0,008

0,006

0,004

0,002

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,002

-0,004

-0,006

-0,008

Gráfico 1: dados do acelerômetro 1 no tempo e linearização


No Gráfico 2 é possível observar um comportamento oscilatório em torno do valor
a=0,002m/s², mas tem uma aparente dispersão menos simétrica, atingindo amplitudes
diferentes em torno deste eixo. Pelo fato da maioria dos valores estarem acima de a=0, a
linearização fornece uma equação cujo coeficiente angular é positivo e modularmente
maior que o Gráfico 1, em função de estar mais assimétrico. Contudo, o coeficiente
angular ainda é suficientemente pequeno para este intervalo de tempo para fazer a
aceleração ter um valor aproximadamente constante e igual ao coeficiente linear, o que
sugere maiores taxas de variação na velocidade (e aumento desta em um corpo
inicialmente em repouso) quando comparado ao Gráfico 1.

a2 x t y = 1E-04x + 0,0019

0,015

0,01

0,005

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,005

-0,01

-0,015

Gráfico 2: dados do acelerômetro 2 no tempo e linearização

Observando o Gráfico 3, observa-se um padrão similar ao Gráfico 2, valores


dispersos em torno de um eixo, no caso, a=0,002m/s², porém mais simétricos. A
linearização fornece o mesmo coeficiente angular que o Gráfico 1, no entanto, um valor
positivo para o coeficiente linear, ou seja, pequena inclinação, sugerindo uma aceleração
quase constante, no entanto, a variação que apresenta, mesmo pequena, é sempre positiva
nesse intervalo de tempo, o que sugere um aumento nos termos de velocidade de um
corpo inicialmente em repouso, mas variando menos que os termos de velocidade gerados
pelo Gráfico 2.
a3 x t y = -4E-05x + 0,0019
0,006

0,005

0,004

0,003

0,002

0,001

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,001

-0,002

Gráfico 3: dados do acelerômetro 3 no tempo e linearização

No Gráfico 4 é possível notar que, a partir da integração do Gráfico 1 linearizado,


temos um comportamento de velocidade decadente, o que é corroborado pela função a1(t)
que sempre assume um valor negativo neste espaço de tempo, ou seja, faz com que a
velocidade, de um corpo incialmente em repouso, esteja sempre atingindo valores
negativos menores, um movimento retrógrado. Também, a linearidade propõe que a
aceleração tem uma tendência em manter determinado valor constante.

v1 x t
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,0002

-0,0004

-0,0006

-0,0008

-0,001

-0,0012

-0,0014

-0,0016

Gráfico 4: valores de velocidade em função do tempo, encontrados a partir do gráfico a1xt

No Gráfico 5, o comportamento da velocidade é crescente e linear o que induz a


concluir que a aceleração tem tendência em manter um determinado valor constante,
sendo este uma quantidade positiva. Nota-se que em t=4s, a velocidade atingida é de
aproximadamente v=0,0083m/s.

v2 x t
0,009
0,008
0,007
0,006
0,005
0,004
0,003
0,002
0,001
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Gráfico 5: valores de velocidade em função do tempo, encontrados a partir do gráfico a2xt

No Gráfico 6, também, o comportamento da velocidade é crescente e linear, ou


seja, a aceleração tem tendência em manter um determinado valor constante, sendo este
uma quantidade positiva. Comparando-o com o Gráfico 5, em t=4s, nota-se que a
velocidade atingida aqui é de v=0,0073m/s, ou seja, no mesmo espaço de tempo, a
variação no termo de velocidade foi maior no Gráfico 5, isto é, a aceleração é maior neste
movimento. Isto corrobora as considerações feitas para o Gráfico 2.

v3 x t
0,008

0,007

0,006

0,005

0,004

0,003

0,002

0,001

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Gráfico 6: valores de velocidade em função do tempo, encontrados a partir do gráfico a3xt


No Gráfico 7 percebe-se o comportamento parabólico do espaço em função do
tempo, decrescendo em função deste, o que é esperado para uma aceleração com valor
aproximadamente constante e negativo, como discutido para o Gráfico 1.

s1 x t
0,0005

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,0005

-0,001

-0,0015

-0,002

-0,0025

-0,003

-0,0035

Gráfico 7: espaço em função do tempo, a parti da integração do gráfico v1xt

No gráfico 8 tem-se um comportamento parabólico do espaço em função do


tempo, tendo a concavidade voltada para cima, o que está de acordo com aceleração
sempre positiva e aproximadamente constante, discutida na análise do Gráfico 2. Aqui,
em t=4s, o espaço atingido é de s=0,017m.

s2 x t
0,018
0,016
0,014
0,012
0,01
0,008
0,006
0,004
0,002
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5
-0,002

Gráfico 8:espaço em função do tempo, a parti da integração do gráfico v2xt


No gráfico 9, tem-se, assim como no Gráfico 8, um comportamento parabólico do
espaço no tempo, também, além de estar crescendo no tempo, isto é, concavidade voltada
pra cima, o que também reafirma a análise feita para aceleração do Gráfico 3. Aqui, para
t=4s, temos o espaço s=0,015m, neste mesmo intervalo de tempo para o gráfico anterior,
tem-se uma variação de espaço maior, isto era esperado de acordo com a velocidade maior
analisada no Gráfico 5 em relação ao Gráfico 6, provocando uma maior variação de
espaço no Gráfico 8 em relação ao 9.

s3 x t
0,016

0,014

0,012

0,01

0,008

0,006

0,004

0,002

0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5

Gráfico 9: espaço em função do tempo, a parti da integração do gráfico v3xt

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