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APOSTILA APOSTILA PARA CONCURSOS

Disciplina: Educação e Avaliação em Saúde

PARA [YADAIM OVDOT] Professor (a): Juliana Carneiro Dallabrida

CONCURSOS
Apostila organizada para o Curso
Preparatório para Concursos Públicos.
DEPENDÊNCIA
Cargo: Psicólogo

QUÍMICA

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APOSTILA PARA CONCURSOS

Disciplina: Educação e Avaliação em Saúde

Professor (a): Juliana Carneiro Dallabrida

SUMÁRIO
1. PRINCIPAIS CONCEITOS------------------------------------------------------------------2

2. CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS ---------------------------------------------------------5

3. DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS --------------------------------------------------------------------6

4. POLÍTICAS PÚBLICAS EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA NO BRASIL ----------14

5. DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA-----------18

6. REFERÊNCIA--------------------------------------------------------------------------------27

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1. PRINCIPAIS CONCEITOS

Definição de substância ou droga psicoativa

• “Uma substância que quando ingerida afeta os processos mentais, por exemplo,
cognição ou humor” (OMS, 2010, p. 112)

- Atuam no cérebro

- Alteram a maneira de pensar, sentir, agir

Uso nocivo para a saúde (CID 10)

“Modo de consumo de uma substância psicoativa que é prejudicial à saúde. As


complicações podem ser físicas (por exemplo, hepatite conseqüente a injeções de droga
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pela própria pessoa) ou psíquicas (por exemplo, episódios depressivos secundários a


grande consumo de álcool)”

- Auxílio para enfrentar determinadas situações

- Condicionamento a determinados estímulos externos

- Falta de habilidades (ou não julgam tê-las) para enfrentar situações problemas

Dependência Química:

É caracterizada por compulsão para busca e obtenção da substância,perda do


controle sobre a quantidade de consumo e emergência de sentimentos negativos
(disforia, ansiedade e irritabilidade) quando o acesso à droga é impossibilitado.
Contemplando o caráter multifatorial da gênese e da manutenção do uso
indevido de substâncias psicoativas, o conceito atual de dependência considera que

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qualquer padrão de consumo é constantemente influenciado por uma série de fatores de


proteção e risco, de natureza biológica,psicológica e social (Laranjeira & Ribeiro).
Síndrome de dependência (CID 10)
• “Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se
desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa”
• 3 ou mais dos critérios abaixo (último ano)
• desejo poderoso de tomar a droga (compulsão)
• dificuldade de controlar o consumo
• utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas
• maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e
obrigações
• aumento da tolerância pela droga
• estado de abstinência física

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Síndrome [estado] de abstinência(CID 10)


 Conjunto de sintomas que se agrupam de diversas maneiras e cuja gravidade é
variável, ocorrem quando de uma abstinência absoluta ou relativa de uma
substância psicoativa consumida de modo prolongado
 O início e a evolução da síndrome de abstinência são limitadas no tempo e
dependem da categoria e da dose da substância consumida imediatamente antes
da parada ou da redução do consumo
 A síndrome de abstinência pode se complicar pela ocorrência de convulsões

Síndrome amnésica

(Psicose ou síndrome de Korsakov, induzida pelo álcool ou por outra substância


psicoativa ou não especificada; Transtorno amnésico induzido pelo álcool ou por
drogas)

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• presença de transtornos crônicos importantes da memória (fatos recentes e


antigos)
• memória dos fatos recentes está tipicamente mais perturbada que a memória
remota
• perturbações manifestas da orientação temporal e da cronologia dos
acontecimentos, dificuldades de aprender informações novas
• confabulação intensa, mas pode não estar presente em todos os casos
• outras funções cognitivas estão em geral relativamente bem preservadas

Delirium tremens (CID 10)

• Psicose orgânica reversível

• Ocorre de 72 a 96 horas, em 5% dos pacientes

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• Complicação de maior risco caracterizada por confusão mental, desorientação,


delírios, alucinações vívidas (visuais e táteis), tremor intenso, letargia, agitação,
insônia, hiperatividade autonômica, motora e na fala.

• A principal característica é a hiperatividade simpaticomimética com quadro de


taquicardia, hipertensão, febre, midríase e sudorese intensa

• Há a piora dos sintomas no final do dia

Tolerância

• Definida por qualquer um dos seguintes aspectos:

(a) necessidade de quantidades progressivamente maiores da substância para


adquirir a intoxicação ou efeito desejado.

(b) acentuada redução do efeito com o uso continuado da mesma quantidade de


substância .

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Co-dependente

• Um parente, amigo próximo ou colega de uma pessoa alcoolista ou dependente


de droga cujas reações são definidas por este termo como tendendo a perpetuar a
dependência daquela pessoa e daí retardar o processo de recuperação.

• O uso do termo implica uma necessidade de tratamento ou ajuda, e há quem


proponha classificar a co-dependência como um transtorno psiquiátrico.

• O termo é também usado atualmente no sentido figurado para se referir à


comunidade ou sociedade que age como um facilitador da dependência de álcool
ou droga.

Recaída

É compreendida como a reinstalação do padrão de uso da substância após um


período de abstinência.

Craving ou Fissura

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Manifestação de um desejo ou necessidade intensa por uma droga, é um


fenômeno multidimensional, que inclui disfunções relacionadas com desejo e
satisfação, intensificação do estado de alerta e do direcionamento motivacional para
o uso, prejuízos cognitivos temporários e elaboração de imagens visuais referentes
ao comportamento de uso.

2. CLASSIFICAÇÃO DAS DROGAS

Depressoras: torna mais lento o funcionamento do SNC, podem causar sonolência,


“sedativos” “hipnóticos”. Podem ser usadas para fins médicos, como os
benzodiazepínicos, opiáceos, indutores de sono e anestesia. Bebidas alcoólicas e os
inalantes são considerados drogas depressoras.

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Estimulantes: aceleram o SNC, provocam agitação, excitação, insônia e outros efeitos.


Cocaína, crack, anfetaminas, nicotina, cafeína. Seus usuários tornam-se mais ativos,
“ligados”

Drogas perturbadoras: produzem alterações no funcionamento do cérebro, delírios,


alucinações e alterações na capacidade de discriminar medidas de tempo e espaço. Não
possuem utilidade clínica, e não são legalizadas. Não se caracterizam por acelerar ou
lentificar o SNC, a mudança é qualitativa. A maconha, psilocibina (cogumelo), LSD-25,
ecstasy são alguns exemplos de substâncias perturbadoras do SNC.

3. DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO


DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O CONSUMO DE ÁLCOOL:

• Não existe consumo de álcool isento de riscos.


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• O uso nocivo e a dependência de álcool são pouco diagnosticados.

• A ênfase prática da clínica geral está dirigida apenas às complicações clínicas do


consumo.

• A demora de fazer o diagnóstico piora o prognóstico.

• O padrão de consumo de álcool aceitável pela Organização Mundial de Saúde


(OMS) é de até 21 unidades para os homens e 14 unidades para as mulheres
semanais.

• Intoxicação Aguda: é o uso nocivo de substâncias, em quantidades acima do


tolerável para o organismo. Os sinais e sintomas da intoxicação alcoólica
caracterizam-se por níveis crescentes de depressão centra.

Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA)

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Conjunto de sinais e sintomas, com a diminuição ou cessação da ingestão alcoólica.

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CONJUNTO DE SINAIS E SINTOMAS DA SAA NÍVEL I (MODERADA)


Nível I • Leve agitação psicomotora
Leve/ Moderada •Tremores leves de extremidade
Bio

•Sudorese facial discreta


•Episódios de cefaléia, náuseas sem vômitos sensibilidade
visual
•Sem alteração da sensibilidade tátil e auditiva.

• O contato com o profissional da saúde está preservado


•Encontra-se orientado no tempo e no espaço
Psico

Ambulatório •O juízo crítico da realidade está garantido


•Apresenta leve ansiedade
•Não revela qualquer episódio de violência dirigida a si e aos
outros

• Relata estar morando com familiares ou amigos, com quem se


relaciona regular ou moderadamente
•Atividade produtiva moderada, mesmo que atualmente esteja
Social

Regular
desempregado
•Rede social ativa

• Não apresenta quadro de complicações e/ou comorbidades


Comórbidos

clínicas e/ou psiquiátricas detectadas ao exame geral.

Domiciliar 14
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CONJUNTO DE SINAIS E SINTOMAS DA SAA NÍVEL I (MODERADA)


Nível II • Agitação psicomotora intensa
Grave •Tremores generalizados
Bio

•Sudorese profunda
•Cefaléia, náuseas com vômitos hipersensibilidade visual
•Quadros epileptoformes recentes ou descritos a partir da
história pregressa.

• O contato com o profissional da saúde está alterado


•Encontra-se desorientado no tempo e no espaço
Psico

Hospital •O juízo crítico da realidade está comprometido


•Apresenta intensa ansiedade
•Episódios de violência dirigida a si e aos outros
•Apresenta-se delírios, alucinações táteis e/ou auditivas

• Relata estar morando só ou com familiares ou amigos, mas


esse relacionamento está ruim
•Tem estado desempregado ou impossibilitado de exercer
Social

Dia
atividade produtiva
•Rede social inexistente ou se restringe ao ritual de uso da
substância
Comórbidos

• Apresenta quadro de complicações e/ou comorbidades


clínicas e/ou psiquiátricas detectadas ao exame geral.
Integral
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Alucinose alcoólica

• Alucinações auditivas (sons tipo cliques, sinos, cânticos, vozes), visuais ou


táteis podem ocorrer entre 6 e 96 horas, mas apresentam pico entre 12 e 48
horas.

• É diferenciada do delirium tremens pela ausência de diminuição da consciência


e de atividade autonômica intensa.

• Tempo de duração: 3 a 4 dias

Convulsão alcoólica

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• Convulsões tipo tônico-clônicas1, autolimitadas. Pico entre 12 e 48 horas.

• Risco maior em pacientes com história de traumatismo crânio-encefálico


anterior.

• Com frequência, a convulsão precede o delirium tremens.

Delirium tremens

• É mais frequente em pacientes admitidos na emergência por problemas clínicos


ou cirúrgicos que não são adequadamente investigados

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convulsões tônico-clônicas: perda súbita da consciência. O quadro dura poucos minutos. Na fase tônica,
todos os músculos dos braços, pernas e tronco ficam endurecidos, contraídos e estendidos e a face adquire
coloração azulada. Em seguida, a pessoa entra na fase clônica e começa a sofrer contrações rítmicas,
repetitivas e incontroláveis. Em ambas as situações, a saliva pode ser abundante e ficar espumosa.
Mordida pelos dentes, a língua pode sangrar.

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• A taxa de mortalidade para pacientes não tratados vai até 20%, nos tratados fica
entre 5 e 10%.

• Os fatores de risco para DT são problemas metabólicos, doença hepática, idade


avançada, ataxia e polineuropatia.

• A morte ocorre por colapso cardíaco, infecção e desidratação.

MACONHA

• Há evidência de que o uso prolongado de maconha é capaz de causar prejuízos


cognitivos relacionados com a organização e integração de informações
complexas, envolvendo vários mecanismos de processos de atenção e memória.

• Prejuízos na atenção envolvem vulnerabilidade à distração, afrouxamento das


associações, intrusão de erros em testes de memória, inabilidade em rejeitar
informações irrelevantes e piora da atenção seletiva.

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DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS- Maconha

MACONHA
• A dependência da maconha vem sendo
diagnosticada, há algum tempo nos mesmos
padrões das outras substâncias.

• Sintomas de abstinência da maconha

•Fissura •Sintomas depressivos


•Irritabilidade •Insônia
•Nervosismo •Redução de apetite
•Inquietação •Cefaléia
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COCAÍNA

• O consumo da substância pode se dar por qualquer via de administração, com


rápida e eficaz absorção pelas mucosas oral e nasal e pela via pulmonar.

• A overdose(falência de um ou mais órgãos decorrente do uso agudo) está dentro


das complicações mais agudas do uso desta substância.

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DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS- Cocaína

COCAÍNA
• As complicações psiquiátricas agudas são o
principal motivo de busca de atendimento médico,
podem decorrer de episódios de intoxicação
aguda ou síndrome de abstinência.

•Disforia (mal-estar) •Heteroagressividade


•Ansiedade •Sintomas Paranóides
•Agitação •Alucinações

DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS- Cocaína
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Fase I- Crash Fase II- Síndrome Disfórica Fase III- Extinção
Tardia

•Drástica redução do •Inicia-se cerca de 12 a 96 •O craving torna-se


humor e na energia horas após cessado o uso, intermitente, mas
seguindo-se o crash pode manifestar-se
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ANFETAMINAS

• A mais conhecida e utilizada no Brasil é a 3,4- metilenodioximetanfetamina


(MDMA), o ecstasy.

• Tipos de usuários de anfetamina

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DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS- Anfetaminas

ANFETAMINAS
• Sinais e sintomas de consumo de anfetaminas

•Redução de apetite •Euforia


•Aceleração do curso •Midríase
de pensamento •Taquicardia
•Verborragia •Elevação da pressão
•Diminuição da fadiga arterial

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DIRETRIZES FARMACOLÓGICAS PARA O TRATAMENTO DE


SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS- Anfetaminas

ANFETAMINAS
• Sinais e sintomas de Abstinência

•Fissura intensa •Redução da energia


•Ansiedade •Lentificação
•Agitação •Humor depressivo
•Pesadelos

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NICOTINA

• O consumo é considerado um dos maiores problemas de saúde pública e atinge


proporções internacionais.

• Perguntas essências para avaliação do uso de tabaco:

- Presença do uso de tabaco (nunca, eventual ou frequente

- Quantidade de cigarro fumada por unidade de tempo

- Tentativas anteriores para acabar com o hábito) número de vezes, tempo de


abstinência)

- Abstinência

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4. POLÍTICAS PÚBLICAS EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA NO


BRASIL

A assistência a usuários de álcool deve ser oferecida em todos os níveis de atenção,


privilegiando os cuidados em dispositivos extra-hospitalares, como os Centro de
Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (CAPSad), devendo também estar inserida
na atuação do Programa de Saúde da Família, programa de Agentes Comunitários de
Saúde, e da Rede Básica de Saúde”.

Cuidado

• Sistema Ambulatorial  dependentes que conseguem ficar abstinentes ou


diminuir o consumo sem necessitar de internação

– Não apresentam risco a si ou a outras pessoas


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– CAPSad intensivo (diário); semi-intensivo (2 a 3 vezes por semana) e


não-intensivo ( até 3 vezes por mês)

– Atendimento multidisciplinar: medicamentoso, psicoterapia (individual


ou grupo) e terapia familiar  estratégias de desintoxicação, reflexão sobre a relação
com a droga, adoção de estilo de vida mais saudável, reestruturação das relações
interpessoais, familiares e profissionais.

• Sistema de Internação  intervenção mais intensiva

– instituições públicas ou privadas

– Curta duração: hospitais gerais – desintoxicação

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– Longa duração: comunidades terapêuticas ou clínicas, período de 3 a 12 meses,


visando o afastamento do ambiente onde a droga era consumida e a transformação
psicossocial de sua vida. Indicação: pessoas que colocam em risco a si ou a outrem,
passam por problemas legais relacionados à dependência e não conseguem deixar de
usar a droga, mesmo após a desintoxicação.

• Técnicas de tratamento

– Psicoterápico  Repensar a relação com a droga e o projeto de vida

– Medicamentoso  redução de sintomas de abstinência, quadros de


intoxicação aguda, depressão

– Autoajuda  pacientes e familiares. Motivar o dependente a dividir e


refletir sobre as experiências.

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Regulamentação

• CAPS AD: adultos ou crianças e adolescentes com necessidades decorrentes do


uso de crack, álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter
comunitário, acima de setenta mil habitantes;

• PT 130, Art. 2º  O CAPS AD III é o Ponto de Atenção do Componente da


Atenção Especializada da Rede de Atenção Psicossocial destinado a
proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com necessidades
relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas, com funcionamento
nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e em todos os dias da semana, inclusive
finais de semana e feriados.

• Art. 3º O CAPS AD III poderá se destinar a atender adultos ou crianças e


adolescentes, conjunta ou separadamente.

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• Art. 5º, III - ter disponibilidade para acolher casos novos e já vinculados, sem
agendamento prévio e sem qualquer outra barreira de acesso, em todos os dias
da semana, inclusive finais de semana e feriados, das 07 às 19 horas;

• Art. 8º, VI - no mínimo 8 (oito) e no máximo 12 (doze) leitos de acolhimento


noturno

• Art. 10. O CAPS AD III Novo será implantado na proporção de um para cada
grupo populacional de 200 a 300 mil habitantes.

Redução de danos (RD)

• Política de saúde pública que tem como objetivo minimizar as consequências


adversas do consumo de SPA do ponto de vista da saúde e de seus aspectos
sociais

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• Tem como princípio fundamental o respeito às pessoas que fazem uso de SPA,
reconhecendo-as como sujeitos e cidadãos de direitos e deveres

• Alternativa metodológica às práticas de cuidado às pessoas que usam álcool e


outras SPA

• Vai ao encontro da Política Nacional de Humanização do SUS e da Reforma


Psiquiátrica

• Sai do paradigma atendimento “para você”, e passa ao “com você”

Princípios norteadores da RD

• Garantia dos direitos individuais e sociais dos usuários de drogas

• Integralidade, equidade e sustentabilidade das ações de prevenção e promoção


de saúde
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• Método de tratamento – co-responsabilidade do usuário

• O não preconceito e a não discriminação

P o lít ic a b a s e a d a n a r e d u ç ã o d e d a n o s P o lít ic a d e d r o g a s t r a d ic io n a l

1 . A c e ita a in e v ita b ilid a d e d o u s o d e d r o g a s 1 . C o n s id e r a q u e é p o s s ív e l c h e g a r a u m a


n a s o c ie d a d e s o c ie d a d e s e m d r o g a s
2 . O b je tiv o p rin c ip a l é r e d u z ir c o n s e q ü ê n c ia s 2 . O b je tiv o p rin c ip a l é u m a s o c ie d a d e s e m
a d v e rs a s d o c o n s u m o d ro g a s
3 . C o n s id e r a o s u s u á r io s d e d r o g a s c o m o 3 . C o n s id e r a o s u s u á r io s d e d r o g a s c o m o
m e m b r o s d a s o c ie d a d e , a lm e ja n d o r e in te g r á - m a r g in a is fr e n te à s o c ie d a d e , a c e itá v e is d e s d e
lo s q u e liv r e s d a s d r o g a s
4 . Im p le m e n ta s u a s a ç õ e s c o m p a r tic ip a ç ã o 4 . A s a tiv id a d e s s ã o p la n e ja d a s p o r
r e le v a n te d a p o p u la ç ã o - a lv o a u to r id a d e s g o v e r n a m e n ta is , e v e n t u a lm e n te
c o m c o n tr ib u iç õ e s d e s e g m e n to s d a s o c ie d a d e
5 . E n fa tiz a a im p o r tâ n c ia d a c o o p e r a ç ã o 5 . H á p r e d o m í n io d e a ç õ e s ju r íd ic a s e p o lic ia is ,
in te r s e to r ia l e n tr e in s titu iç õ e s d o â m b ito c o m m e n o r p a r tic ip a ç ã o d a s a ú d e .
ju r íd ic o e d a s a ú d e , e n tr e o u tr a s
6 . E n fa tiz a a p r e v e n ç ã o e o tr a ta m e n to d o s 6 . E n fa tiz a a e lim in a ç ã o d e t o d a o fe r ta d e
u s u á r io s d e d r o g a s , fa z e n d o c o m q u e a s d r o g a s , c o m to le r â n c ia z e r o e m r e la ç ã o a o s
a tiv id a d e s d e r e p r e s s ã o s e r e s tr in ja m a o u s u á r io s . 34
tr á fic o
7 . In c l u i d r o g a s líc ita s c o m o o á lc o o l e o 7 . R e s tr in g e - s e à s d r o g a s ilíc ita s
ta b a c o
8 . D á p r e fe r ê n c ia à u tiliz a ç ã o d e te r m in o lo g ia 8 . D á p r e fe r ê n c ia à u tiliz a ç ã o d e te r m in o lo g ia
n e u tr a , n ã o - p e jo r a tiv a e c ie n tífic a v e e m e n te e v a lo r a tiv a
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5. DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA


QUÍMICA

Missão e objetivo da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas


(ABEAD)

• Divulgar e incentivar o debate informado das políticas e novas tendências sobre


o uso de drogas lícitas e ilícitas no País.

• Disseminar informação e promover conhecimento científico capaz de embasar a


prática dos profissionais ligados ao campo de dependência química.

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• Otimizar o acesso ao tratamento do usuário de drogas, bem como o apoio aos


seus familiares, parceiros e amigos.

• Identificar novos desafios no campo da dependência química e ser uma


plataforma independente, que integre as questões científicas políticas e sociais.

No geral o tratamento do dependente depende:

• Do conceito de dependência adotado

• Da sua assimilação pela cultura e da política de cada local

• Do tipo de substância mais utilizada pela população que se quer cuidar

• Da motivação do indivíduo

• Da participação de sua família e dos grupos sociais de seu entorno

Os 13 princípios do tratamento efetivo da dependência química:

1. Nenhum tratamento é efetivo para todos os pacientes.

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2. O tratamento necessita estar facilmente disponível

3. O tratamento deve atender a várias necessidades, e não somente ao uso de


drogras.

4. O tratamento necessita ser continuamente avaliado e modificado de acordo com


as necessidades.

5. Permanecer em tratamento por período adequado é fundamental para a


efetividade.

6. Aconselhamento e outras técnicas comportamentais são fundamentais para o


tratamento.

7. Medicamentos são importantes, principalmente quando combinados com terapia.

8. A comorbidade deveria ser tratada de forma integrada.

9. A desintoxicação é só o começo do tratamento.

10. O tratamento não necessita ser voluntário para ser efetivo.


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11. A possibilidade de uso de drogas deve ser monitorada.

12. Devem ser realizados avaliação sobre HIV e de hepatites B e C, bem como
aconselhamento para evitar esses riscos.

13. A recuperação é um processo longo e, muitas vezes, requer vários episódios de


tratamento.

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DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA


Aspectos biopsicossociais no tratamento da
dependência química:
BIO
• Diagnóstico, tratamento, acompanhamento e suporte
farmacológico para as questões neurobiológicas,
psiquiátricas, clínicas, fisiológicas e comórbidas.
PSICO
•Identificação, fortalecimento e correção das fragilidades
psíquicas, das distorções cognitivas, das dificuldades
emocionais e das ambivalências motivacionais.

SOCIAL
•Suporte psicoterapêutico para reconstrução da
autonomia e da integridade do paciente nos grupos
familiar, profissional, acadêmico e social.

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Entrevista motivacional

• “Método de assistência diretiva, centrada no cliente, que almeja promover uma


motivação interna de mudança de um comportamento, mediante a resolução e
exploração da ambivalência apresentada pelo cliente”.

• Dois conceitos fundamentais dos quais se baseia a EM são a Ambivalência e a


Prontidão para a mudança.

• A prontidão para mudança envolve a força da importância somada à confiança.

• O conceito de importância está associado ao fato de a pessoa considerar


fundamental aquela mudança.

• O conceito de confiança está associado à sensação de que ela pode dar conta
daquela mudança.

• A EM evita estratégia interpretativa e sim reflexões e respostas estratégicas, que


são formas de conversação que tendem a manter foco no trabalho, além de não
criar ou aumentar a resistência.
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Modelo Transteórico de Mudança

• Pré-contemplação: não reconhecimento do problema

– Informações

• Contemplação : transição – começar a pensar na mudança – AMBIVALÊNCIA

– Pontos positivos e negativos do consumo, suscetibilidade, gravidade

• Preparação: “prontos para ação”

– planejamento

• Ação: decisão – planos na prática

– Atividades substitutivas, conversas com esposa/amigos

• Manutenção: sustentação da mudança

– Ameaça de recaída X estabilidade

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• Recaída: presente em todo o processo

– Sonhos, “testes”

Princípios da EM

1.Expressar empatia

- Aceitação  facilita mudança

- Escuta reflexiva  compreender

- Ambivalência é normal – o cliente precisa de ajuda!

2. Aumentar a discrepância

- Onde está e onde quer chegar

- Consciência das consequências

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- Importância dos argumentos do próprio cliente

3. Evitar a argumentação

- Gera resistência (você não deve fazer isso, você tem que mudar)

- Atitudes defensivas

- Evitar rotulação

4.Fluir com a resistência

- EM não é um combate! Abandonar lógica de ganhar ou perder

- Oferecer novas perspectivas, mas não impô-las  convite a considerar novas


informações

- O terapeuta desenvolve uma questão/problema para que o cliente procure


soluções

5. Promover autoeficácia e responsabilidade pessoal

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- Ninguém pode escolher pelo cliente

- O cliente precisa acreditar que ele pode e consegue mudar

- Oferecer variedade de tratamento

Intervenção breve

Passos do processo da intervenção breve

1. Avaliação do uso de substâncias e devolutiva – aplicação de instrumentos


padronizados – CAGE, AUDIT – após identificar a exposição ao álcool e a
outras drogas nas pessoas que buscam os serviços de saúde

2. Responsabilidades e metas – devolutiva e negociação conforme padrão de uso


encontrado no primeiro passo. Com isso faz-se a responsabilização pelas
escolhas e suas possíveis consequências.

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3. Aconselhamento – informações claras e sem preconceito sobre os riscos do uso


das substâncias, além da vinculação dos problemas atuais vivenciados e o padrão
de uso.

4. Estratégias para mudança de comportamento – identificação das situações


de uso, fatores motivacionais que favorecem o consumo, pensando-se em
mudanças de práticas e rotinas.

5. Empatia – disposição para ouvir e disponibilidade para continuar a discutir o


assunto, ainda que em outro momento, evitando comportamento de
confrontamento ou agressivo em relação à pessoa e ao uso da substância, de
modo a fortalecer o vínculo, que é peça chave na abordagem.

6. Autoeficácia – encorajamento da pessoa para que se sinta no autocontrole, com


confiança nos recursos de que dispõe (inclusive a equipe de saúde).

Terapia Familiar

• O trabalho com famílias deve abordar três pontos fundamentais:

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1. A falta de informação da família sobre a questão da dependência e sobre o


adoecimento do sistema familiar.

2. A necessidade da mudança imediata dos padrões relacionadas disfuncionais.

3. A necessidade de manutenção desta mudança, que viria com a aquisição de


padrões mais saudáveis para o sistema.

• Avaliação do sistema familiar em seu funcionamento deve abarcar:

1. Como a família esta estruturada – que padrões transacionais estão sustentando a


dependência química.

2. Como está organizada a sua hierarquia.

3. Onde estão estabelecidas as fronteiras e como está a participação dos membros


da família nos subsistemas (quem está subfuncionando e quem está
superfuncionando).

4. Qual o grau de flexibilidade da família na diferenciação de seus membros.

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5. Que triângulos rígidos estão mantendo as pessoas em funções delimitadas,


dificultando a flexibilidade para a mudança.

Stanton e cols são incisivos quando afirmam que a dependência química oculta
profundos desequilíbrios no sistema familiar. Quando o dependente fica sóbrio,
esses desequilíbrios ficam extremamente visíveis e ameaçam toda estrutura familiar.

Para o autor um tratamento efetivo exige metas entre dependente e sua família,
tais como:

 Negociar, desde o início do tratamento, a parada do uso de substância.

 Fazer um uso produtivo do tempo, ou de atividades de estudo.

 Procurar adquirir uma situação estável e autônoma.

Grupos

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Zimerman descreve os seis fenômenos importantes que definem o campo grupal:

 Ressonância: a fala de um ressoa no outro.

 Fenômeno do espelho: o indivíduo se reconhece sendo reconhecido no outro.

 Função de “continente”:o grupo coeso exerce a função de ser continente das


angústias e necessidades de cada um.

 Fenômeno da pertencência: cada um reconhece o outro como pertencente do


grupo.

 Discriminação: o que pertence ao próprio sujeito e ao outro.

 Comunicação: verbal e não verbal.

Grupos psicoterapêuticos

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Promovem ajuda técnica para manejo e o exercício da dialética constantemente


encontrada na busca de identidade individual versus necessidade identidade
grupal/social. Possibilitam troca de experiências e, por consequência, melhor
percepção do funcionamento de si mesmo e do outro pelas interações ocorridas no
contexto grupal.
O insight destinado às mudanças em direção a um estado de equilíbrio nas
relações do sujeito com o outro e com o seu meio é o objetivo da grupoterapia, a
abstinência das drogas em si não. Desenvolvem a noção, para o indivíduo, de que
ele não é o único a vivenciar as situações e dificuldades desencadeadas por sua
histórias pessoal com drogas, permitindo-lhe elaborar os sentimentos de onipotência
e a estigmatização inerente ao processo de recuperação.
Fortalecem os mecanismos de prevenção à recaída, uma vez que várias pessoas
de um mesmo grupo estarão procurando, encontrando e compartilhando diferentes
respostas para as dificuldades naturais do processo de manutenção da abstinência.
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• Contrato de tratamento:
 Data, horário e local das sessões de grupo
 Faltas atrasos e desligamentos
 Sigilo e anonimato
 Pagamentos ou contribuições financeiras
 Deveres e direitos dos pacientes
 Deveres e direitos dos profissionais responsáveis pelo grupo
 Comportamentos sexuais e sexualizados em relação ao tratamento
Abstinência e testagens toxicológicas

Terapia cognitiva- comportamental

• Suas técnicas abarcam atendimento em grupo e individual.

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• Objetiva:

 Identificar, examinar e testar as crenças antecipatórias ( expectativas de que o


uso produzirá recompensa e prazer); de alívio ( o uso afasta o sofrimento);
permissivas ou facilitadoras (crença de que o uso é aceitável apesar das
consequências).

 Avaliar a relevância e a importância destas na vida dos pacientes.

 Familiarizá-los com seu modo cognitivo de funcionamento.

 Desenvolver crenças de controle, testá-las e praticá-las.

• Seus objetivos concentram na aprendizagem de um novo repertório das


respostas, abrangendo quatro elementos principais.

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 Treinamento em habilidades, que consiste em instruções, modelações, ensaios


comportamentais, retroalimentação e reforçamento.

 A redução de ansiedade, que pode incluir o relaxamento e a dessensibilização


sistemática.

 A reestruturação cognitiva, visando modificar valores, crenças, cognições e/ou


atitudes.

 O treinamento em soluções de problemas.

• Tríade de prevenção de recaídas:

 Desenvolvimento da capacidade de enfrentamento das situações de risco.

 Reformulação da vida.

 Conscientização da dependência e de seus prejuízos.


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REFERÊNCIA

Brasil (2012). Tratamento da dependência de crack, álcool e outras drogas:


aperfeiçoamento para profissionais da saúde e assistência social. Brasília: SENAD.

Niel, M., & Silveira, D. X. (Orgs) (2008). Drogas e redução de danos: uma cartilha
para profissionais de saúde. São Paulo: PROAD/UNIFESP/MS.

Organização Mundial da Saúde (2010). Glossário de álcool e drogas (J. M. Bertolote,


Trad). Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas.

Gigliotti,A.,& Guimarães, A. Diretrizes para tratamento de dependência


química.Editora Rubio. Rio de Janeiro, 2010.

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