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DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Leitura da Lei 8212/91 – Seguridade Social

Art. 1º – Seguridade Social: conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
sociedade, destinado a assegurar o direito à saúde, previdência e assistência social. § único –
princípios da Seguridade Social: universalidade de cobertura e atendimento, uniformidade e
equivalência dos benefícios e serviços (população urbana e rural), seletividade e distributividade na
prestação dos serviços e benefícios, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade na forma de
participação do custeio, diversidade da base de financiamento, caráter democrático e
descentralizado da gestão administrativa (participação da comunidade, trabalhadores, empresários e
aposentados).

Art. 2º – Saúde: direito de todos e dever do Estado; garantida por políticas sociais e econômicas
que visam a redução do risco à doença e o acesso universal e igualitário às ações e serviços. § único
– atividades de saúde são de relevância pública, cujos princípios e diretrizes são: acesso universal e
igualitário, provimento de ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada (sistema
único), descentralização, atendimento integral (prioridade para ações preventivas), participação da
comunidade na gestão (fiscalização e acompanhamento), participação da iniciativa privada na
assistência à saúde.

Art. 3º – Previdência Social: assegura aos beneficiários meios indispensáveis de manutenção por
motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de
família, reclusão ou morte daqueles de quem dependiam financeiramente. § único – princípios e
diretrizes são: universalidade de participação nos planos previdenciários (contribuição), valor da
renda mensal dos benefícios não inferior ao salário mínimo, cálculo dos benefícios corrigidos
monetariamente, preservação do valor real dos benefícios, previdência complementar facultativa
(custeada por contribuição adicional).

Art. 4º – Assistência Social: política social que provê o atendimento das necessidades básicas
(proteção à família, maternidade, infância, adolescência, velhice, pessoa portadora de deficiência,
independentemente de contribuição à Seguridade Social. § único – diretrizes: descentralização
político-administrativa e participação da população na formulação e controle das ações em todos os
níveis.

Art. 5º – Organização da Seguridade Social: ações na área de saúde, previdência e assistência


social serão organizadas em Sistema Nacional de Seguridade Social, conforme esta lei.

Art. 8º – Propostas orçamentárias anuais e plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por
Comissão composta de 3 integrantes (um de cada área, saúde, previdência e assistência).

Art. 9º – As três áreas são objeto de leis específicas, que regulamentam sua organização e
funcionamento.

Art. 10 – Financiamento da Seguridade Social: por toda sociedade (direta ou indiretamente), nos
termos do artigo 195, da CF/88 e desta lei, mediante recursos da União, Estados, DF, Municípios e
de contribuições sociais.

Art. 11 – Orçamento da Seguridade Social: receitas da União, de contribuições sociais e de outras


fontes. § único – contribuições sociais: das empresas (incidentes sobre remunerações pagas ou
creditadas aos segurados a seu serviço), dos empregados domésticos, dos trabalhadores (incidentes
sobre seu salário de contribuição), das empresas (incidentes sobre faturamento e lucro) e as
incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos.

Art. 12 – Segurados obrigatórios:


(i) empregado – prestador de serviço (urbano ou rural) à empresa, em caráter não eventual, sob
subordinação, mediante remuneração; trabalhador temporário; trabalhador (brasileiro ou
estrangeiro) contratado no Brasil para trabalhar em sucursal ou agência de empresa nacional no
exterior; prestador de serviço a missão diplomática ou repartição consular estrangeira no Brasil
(excluídos o não brasileiro sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado por
legislação previdenciária do país da respectiva missão ou repartição consular); brasileiro civil que
trabalha para a União no exterior (salvo se segurado na forma do país do domicílio); brasileiro ou
estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa
domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital
nacional; servidor público ocupante de cargo em comissão; exercente de mandato eletivo (federal,
estadual ou municipal), desde que não vinculado a regime próprio; empregado de organismo oficial
internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime próprio.
(ii) empregado doméstico – aquele que presta serviço de natureza contínua à pessoa ou família, no
âmbito residencial, em atividades sem fins lucrativos.
(v) contribuinte individual – pessoa física (proprietária ou não) que explora atividade
agropecuária, em área superior a 4 módulos fiscais, ou quando inferior, com auxílio de empregados
ou prepostos; pessoa física (proprietária ou não) que explora atividade de extração mineral; ministro
de confissão religiosa; brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional
do qual o Brasil é membro efetivo, salvo quando coberto por regime próprio; titular de firma
individual urbana ou rural, diretor, sócio, gerente, associado eleito para cargo de direção em
cooperativa ou associação, síndico (que recebam remuneração); prestadores de serviço, em caráter
eventual, sem relação de emprego; pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica
com fins lucrativos.
CONTINUA...

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