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NORDESTE

REGIÃO
✑ ANOTE OS ALIMENTOS QUE VOCÊ CONHECE, NA SUA REGIÃO:
REGIÃO NORDESTE • FRUTAS

Frutas
ACEROLA
Nome científico: lhas pequenas (2 a
Malpighia glabra 8 cm), de coloração
Nome popular: verde-escura e bri-
Cereja das antilhas lhante. Suas flores
Origem: América vão da coloração
rósea à violeta.
A acerola alcançou O tamanho do
destaque atualmente a fruto varia de 3 a 6
partir da constatação dos cm de diâmetro e
altos teores de vitamina a coloração exter-
C: 100 vezes maiores na, do laranja ao
que a laranja e o limão, vermelho intenso,
20 vezes mais que a goiaba e 10 vezes mais quando maduro. A polpa é carnosa, su-
que o caju e a amora. É largamente cultiva- culenta, com sabor ácido e de cor alaranja-
da em diversas regiões brasileiras, destacan- da (5).
do-se o Norte e o Nordeste. A polpa pode ser utilizada na prepa-
Este fruto provém de um arbusto de 2,5 m ração de sucos, sorvetes, vinhos, licores, do-
de altura com copa densa, formada por fo- ces e pastilhas de vitamina C.
BIRIBÁ (VER REGIÃO NORTE)

BURITI (VER REGIÃO NORTE)

CACAU
Nome científico: Theobroma cacao dezembro a abril.
Origem: Continente americano, O fruto é alongado com sulcos longitu-
provavelmente das bacias dos rios dinais, de casca dura e coloração desde
Amazonas e Orenoco amarelo-esbranquiçada até vermelho-
escuro, atingindo cerca de 20 cm de com-
Árvore de altura mediana, com até 6 m primento. Contém polpa mucilaginosa,
de altura e muito ramificada. Possui folhas branca ou rósea, envolvendo cinco fileiras
longas, com até 35 cm de comprimento e de sementes avermelhadas.
pendentes. Flores brancas, amarelas a O cacaueiro nasceu e cresceu nas
róseas, reunidas em grupos, surgem do matas tropicais protegido do sol forte pelas
caule. Costuma florecer no período de sombras da floresta.
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
CACAU
Seus frutos, bastante variados quanto à
forma, aparência e coloração, pendem ao
longo de todo o tronco da árvore, ficando
quase totalmente ao alcance das mãos do
homem.
Além disso, com a polpa esbranquiçada
que envolve as amêndoas do cacau pode ser
feito, industrializado e congelado um deli-
cioso e nutritivo suco, sem prejuízo para o
seu processamento posterior.
O fruto do cacaueiro e os produtos dele
obtidos, especialmente o chocolate, estive-
ram sempre, nos últimos dois mil anos da
história ocidental, intimamente ligados ao
poderio econômico e à satisfação dos pra-
zeres sofisticados (4).
Análise química em g/100g*
CACAU

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
71 2,80 0,30 16,50 1,10 6,00 41,00 0,70 32,00 1,80 0,15 3,20 21,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

CAJÁ
Nome científico: Spondias mombim
Nomes populares: Taperebá, acajá,
cajá-mirim, cajá-pequeno

Pequeno fruto de cor amarelada e cas-


ca lisa. É comestível fresco e muito sa-
boroso, prestando-se a sucos, sorvetes,
batidas e, após fermentado, licor. Sua
polpa já é encontrada congelada.
O cajá, como muitas frutas do Nor-
deste, é extremamente perecível. mais conhecidos são o cajá-mirim e o cajá-
Existem várias espécies, dentre eles os açaí (18).

CAJARANA
Nome científico: Cabralea cangerama Fruta encontrada nas regiões Norte e
Nomes populares: Canjerana, canarana, Nordeste do País. Sua árvore tem uma copa
canharana, caiarana ou cedro-canjerana alta com frutos de tom amarelado, lembrando
Origem: Brasil uma pequena manga com casca dura. Possui
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS
CAJARANA
sabor pouco ácido se consumido ao natural;
seu caroço é fibroso e cheio de filamentos. É
utilizado na forma de sucos, sorvete e doces. É
da mesma família do cajá, assemelhando-se a
este no sabor.

Análise química em g/100g*


CAJARANA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
46 0,20 0,10 12,40 1,10 56,00 67,00 0,30 34,00 0,05 0,02 1,40 36,00
FONTE: * ENDEF – Tabela de composição de alimentos: IBGE, 1977.

CAJU
Nome científico:
Anarcadium occidentale
Origem:
América tropical

Nome oriundo da palavra indígena


“acaiu”, que em tupi quer dizer "noz que
se produz". É facilmente encontrado no
Norte e Nordeste do Brasil.
A parte carnosa do caju (que é um
pseudofruto formado pelo pedúnculo) é julho a dezembro, e em alguns casos estende-
muito apreciada consumida in natura ou na se até maio.
forma de suco (cajuada); sorvete; refri- São conhecidas cerca de 20 variedades.
gerante (cajuína); doces em calda, pasta, Quando maduro, apresenta cor amarela,
cristalizados; vinagre; pratos salgados, além vermelha ou roxo-amarelada.
de possuir elevado teor de vitamina C. A Ainda verde, o caju é chamado de
castanha (fruto), por sua vez, tornou-se es- “maturi” e é usado na cozinha do Nordeste
peciaria de luxo, indispensável na culinária no preparo de refogados, ou quando
nordestina e muito difundida em todo o maduro, depois de extraído o suco e o
mundo. O seu tamanho varia de 3 a 5 cm e bagaço, que é rico em fibras, pode ser
apresenta coloração escura. usado na cozinha como nas famosas
O cajueiro é uma árvore de porte médio, frigideiras nordestinas (20).
podendo alcançar até 20 m de altura. Ra- Para seu melhor consumo in natura, o
mificada, tronco inclinado e tortuoso, com caju deve ser consumido no mesmo dia da
copa arredondada que pode alcançar o solo. compra e a casca deve ter cor firme, sem
Folhas onduladas, flores pequenas, esbranqui- manchas ou machucados. Pode ficar na
çadas e perfumadas. A colheita do caju é de geladeira por, no máximo, dois dias.
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
CAJU

Análise química em g/100g*


CAJU

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
46 0,80 0,20 11,60 1,50 4,00 18,00 1,00 40,00 0,03 0,03 0,4 319,00
FONTE: *ENDEF – Tabela de composição de alimentos. IBGE, 1977.

Receita
CARNE BÁSICA DE CAJU (17)
Ingredientes: Modo de fazer:
10 cajus Corte os cajus em fatias e passe-os no
150 g de queijo ralado liquidificador.
2 cebolas médias picadas Em seguida, passe na peneira,
1 pimentão, sem pele e sementes, espremendo muito bem para obter
picado uma fibra enxuta (aproveite o suco
5 dentes de alho amassados para fazer refresco).
2 tomates, sem pele e sementes, Leve ao fogo por uns 5 minutos
picados o caju espremido em uma frigideira
2 colheres (sopa) de vinagre com óleo.
Cheiro-verde, colorau e Acrescente os outros ingredientes
pimenta do reino a gosto e continue refogando até que
2 colheres (sopa) de óleo todos os temperos estejam
de soja bem homogeneizados.
A carne de caju pode ser consumida
com refogado ou utilizada no preparo
de omeletes, hamburguers,
almôndegas, quibes, patês etc.
CARAMBOLA
Nome científico: natural de ácido
Averrhoa oxálico. O fruto,
carambola quando cortado no
Origem: sentido transversal,
Ásia tropical adquire a forma de
uma perfeita estrela de
A carambola foi introduzi- cinco pontas, carac-
da no Nordeste, em 1817, mais pre- terística que lhe concedeu
cisamente em Pernambuco, de onde se o nome mundial de "star
expandiu para praticamente toda a região fruit". Apresenta coloração
brasileira. Fruta rica em sais minerais, vita- amarelo-vivo, com polpa
minas A, C e complexo B, é, ainda, fonte aquosa e de sabor doce e ácido,
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS
CARAMBOLA
envolvendo a semente de coloração branca. A árvore da carambola mede de 8 a 10 m
Frutifica de novembro a março. de altura, possui tronco tortuoso com ramos
Pode ser consumida in natura. A polpa flexíveis e folhas formando uma copa densa.
pode ser utilizada na preparação de sucos, Suas flores pequenas, brancas e purpúreas,
sorvetes, vinhos, licores ou doces. freqüentemente estão presas aos ramos (11).

Análise química em g/100g*


CARAMBOLA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
29 0,50 0,10 7,30 0,50 30,00 11,00 2,90 30,00 0,04 0,02 0,30 35,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição, 1981.

CIRIGUELA
Nome científico: Spondias purpurea

Este fruto é bastante apreciado pelos


brasileiros, principalmente nas regiões
Norte e Nordeste do País. Com tamanho pe-
queno, semelhante ao da azeitona, casca
lisa e fina.
Apresenta colaração amarela ou verme-
lha quando madura e a polpa, bastante sucu-
lenta, possui coloração amarela. Contém
um único caroço de aparência esponjosa.
O sabor do fruto é bastante agradável ao sumo é mesmo in natura, mas também é
paladar, por ser suave e doce. O maior con- muito utilizado em sucos, sorvetes e doces.

Análise química em g/100g*


CIRIGUELA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg
83 0,90 0,10 22,00 0,40 22,00 40,00 0,60 10,00 0,07 0,03 1,00 45,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição, 1981.

COCO
Nome científico: cocos nucifera arredondado, uma noz que constitui o coco
propriamente dito.
O coco apresenta uma camada externa Do coco, tudo é economicamente apro-
grossa e fibrosa, e possui, no meio veitável: as partes que se destinam à ali-
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
COCO
mentação são sua polpa e o líquido, que
podem ser consumidos quando o fruto está
verde ou maduro. Da polpa madura ex-
trai-se óleo, que por ser mais rico em
gordura saturada, aproxima-se das ca-
racterísticas da gordura animal, e o leite
de coco, que apresenta alto teor de gor-
duras, sais minerais (como potássio e fós-
foro) e proteínas.
A polpa pode ser utilizada em diversos
pratos da culinária, tanto em doces como
em salgados.
A água de coco apresenta um sabor trado em feiras e supermercados. O coco
adocicado e refrescante, sendo excelente fresco fechado pode ser guardado em tem-
líquido hidratante oral. Contém glicose e sais peratura ambiente por até dois meses. O
minerais, como sódio, potássio e cloro. coco seco também permanece muito tempo
O coco verde é facilmente encontrado sem se alterar. Depois de aberto, se não con-
no Nordeste, sendo de grande comercializa- sumido rapidamente, fica rançoso com faci-
ção em suas praias, mas pode ser visto por lidade, devido à alta concentração de gor-
todo o Brasil. Já maduro, pode ser encon- duras (15).

Análise química em g/100g*


COCO

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg
296 3,50 27,20 13,70 3,80 13,00 83,00 1,80 0,04 0,03 0,60 4,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
Cocada de Côco Verde

Ingredientes: Modo de fazer:


2 xícaras (chá) Numa panela de fundo grosso,
de água de coco coloque a água de coco, o açúcar,
1 quilo de açúcar cristal os cravos e mexa um pouco.
Coco ralado de dois cocos verdes Leve ao fogo e deixe ferver.
Cravo da índia Adicione o coco ralado e cozinhe
em fogo alto por aproximadamente
20 minutos, mexendo de vez
em quando.
O ponto será atingido quando
a mistura ficar cremosa.
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS

CUPUAÇU (VER REGIÃO NORTE)

DENDÊ
Nome científico: iguais de ácidos gra-
Elaeis guineensis xos saturados (palmíti-
Nome popular: co 44% e esteárico
Coco-de-dendê 4%) e não saturados
Origem: Costa (oléico 40% e lino-
Ocidental da África léico 10%). É exce-
lente fonte de vitamina
O óleo originário E, tocoferois e toco-
desta palmeira, o azei- trienois, beta caroteno
te de dendê, é bastante e vitamina A.
utilizado na culinária Pode ser utilizado
baiana. Apresenta três na fabricação de mar-
variedades: Dura (fibra garinas (shortening),
dispersa na polpa); Psifera (não possuem pois tem boa consistência e não rancifica.
casca separando a polpa da amêndoa); Apropriado para fabricação de pães,
Tenera (apresenta um anel fibroso ao seu bolos, tortas, biscoitos finos, cremes e
redor). pratos típicos, como vatapá e acarajé,
O azeite de dendê contém proporções entre outros (7).

Análise química em g/100g*


DENDÊ

Energia Ptn Lip Carb Fibra Calcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
544 1,90 58,40 12,50 3,20 82,00 47,00 4,50 10166 0,20 0,10 1,40 12,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Análise química em g/100g*


AZEITE DE DENDÊ

Energia Lipídios Carboidratos Cálcio Fósforo Ferro Retinol


(kcal) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg)
878 99,10 0,40 7,00 8,00 5,50 45920
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de Alimentos. 2ª edição. 1981.

FRUTA-PÃO
Nome científico: Artocarpus altilis mesmo quando maduro. A polpa branca da
fruta-pão pode ser consumida in natura
Apresenta um tamanho semelhante ao como também no preparo de pratos doces e
coco, com casca áspera de coloração verde salgados.
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
FRUTA-PÃO

Análise química em g/100g*


FRUTA-PÃO

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
96 1,30 0,30 24,70 1,30 29,00 40,00 0,70 2,00 0,08 0,06 1,20 12,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
SOPA DE FRUTA-PÃO
Ingredientes:
500 g de fruta-pão
7 xícaras de água
2 xícaras de leite fervido
1 cebola grande
Manteiga e sal.

Modo de fazer:
Ferva a fruta-pão até que fique a
ponto de passar pela peneira.
Feito isso, junte o leite e os demais
ingredientes e deixe ferver.
GERGELIM
Nome científico: Sesamum indicum
Nomes populares: Gingelim, sésamo

O gergelim é um tipo de semente que se


encontra em posição privilegiada, pois, além
de apresentar óleo de excelente qualidade
para os diversos fins, apresenta-se como uma
excelente fonte de proteína vegetal para a
alimentação.
O óleo e farelo, extraídos em nível arte-
sanal, são usados na produção de doces
(como o pé-de-moleque), gersal (sal iodado
misturado com gergelim para tempero
culinário), adicionado ao fubá e na fabri-
cação de pães em geral. utilização em nível industrial envolve a fab-
As sementes de gergelim possuem, em ricação de doces, balas e óleo na forma de
média, 49% de óleo, que é, praticamente, ingrediente culinário. Além disso, pode ter
todo usado na alimentação humana. Sua outros usos como: fabricação de tintas (é
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS
GERGELIM
semi-secativo), perfumes e remédios. Entre dantes, dá ao óleo uma elevada estabilidade
os constituintes do óleo de gergelim, encon- (20). A região Nordeste é a grande produto-
tra-se a sesamina, sesamolina e o sesamol. ra nacional de gergelim, porém há consumo
O sesamol, com suas propriedades antioxi- em todo o País.

Análise química em g/100g*


GERGELIM

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg)
584 17,60 52,20 21,10 5,30 1212 620,00 10,40 2,00 0,98 0,25 5,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
LEITE DE GERGELIM (27)
Ingredientes:
1/ copo de gergelim sem casca água fervente e bata. Sirva no mesmo
2
3copos de água fervente dia ou não, quente ou frio.
1/ colher (chá) de sal Dicas: os leites vegetais, quando sub-
2
4 colheres (sopa) de mel metidos à fervura, geralmente talham.
Caso isso aconteça, basta bater em
Modo de fazer: liquidificador que a mistura volta ao
Coloque o gergelim no liquificador normal.
com todos os ingredientes. Adicione
GRAVIOLA
Nome Científico: pouco ramificada. Suas
Anona muricata folhas são largas,
Nomes populares: verde-brilhosas. As
Araticum-de-comer, flores são iso-
araticum manso ladas, grandes,
Origem: amareladas e nas-
América Central cem no tronco ou
A graviola é uma nos ramos. Fru-
fruta tropical e seu culti- tifica de janeiro a
vo é comum em pomares março ou ainda durante o
domésticos de cidades e sítios ano todo. Apresenta falsos es-
das regiões Norte e Nordeste. pinhos carnosos, curtos e moles,
Apresenta casca de cor verde mesmo madu- A polpa é branca, macia, fibrosa,
ra e polpa branca com caroços no seu interi- aromática, agradável ao paladar, doce mas
or (10). Pesa de 1,2 a 4 kg. ligeiramente ácida. Pode ser consumida in
A árvore mede de 4 a 8 m de altura de natura, mas é bastante apreciada em sucos,
tronco reto, com copa pequena, estreita e cremes e sorvetes.
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
GRAVIOLA

Análise química em g/100g*


GRAVIOLA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
60,00 1,00 0,40 14,90 1,10 24,00 28,00 0,50 2,00 0,07 0,05 0,90 26,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

JUÁ
Nome científico: fruto de aparência semelhante à pitomba,
Zizyphus joazeiro tem uma casca grossa que envolve o seu
Nomes populares: caroço e que, por sua vez, é envolvida por
Joá, juá-fruta uma fina polpa de sabor adocicado. A raspa
do juá é tradicionalmente utilizada para a
Fruto proveniente do juazeiro, é visto escovação de dentes, prestando-se como
pelas regiões de clima seco do Nordeste. O um bom clareador.

Análise química em g/100g*


JUÁ

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
79,00 0,60 0,70 19,80 5,10 49,00 33,00 0,90 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

PEQUI (VER REGIÃO CENTRO-OESTE)

PINHA
Nome científico:
Duguetia furfuracea
Nomes populares:
Ata, fruta-do-conde

Fruta da família da araticum, a polpa


branca envolve os caroços negros existentes
em grandes quantidades.
De sabor doce, o consumo é bastante
apreciado in natura. Depois de maduro,
torna-se rapidamente perecível.
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS

PITOMBA
Nome científico:
Talisia ssp

A pitomba é fruto visto do Nordeste


ao Centro-Oeste do País.
Proveniente de árvore de copa alta,
tem formato arredondado, com uma
casca grossa que reveste o seu caroço.
Na realidade, a pitomba é um fruto que se
come in natura. Aprecia-se uma fina pelí-
cula de sabor agridoce que reveste o seu Os cachos do fruto são vistos à venda no
único caroço. litoral e em estradas das regiões citadas.

Análise química em g/100g*


PITOMBA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
34 0,40 0,10 8,80 2,00 15,00 9,00 0,80 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00
FONTE: * ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

SAPOTÁ
Nome científico: Tontelea micrantha com fruto de aspecto externo semelhante à
Origem: Cerrado brasileiro goiaba com uma única semente. A frutifi-
cação se dá em outubro e é consumido in
Planta arbustiva de até 3 m de altura natura (12).

SAPUTI
Nome científico: primento, 3 a 6 cm de
Achras zapota diâmetro, peso de
Origem: 100 a 500 g. Tem
América Central casca fina, frágil,
áspera ao tato e cor
O saputizeiro va- pardo-amarelada; a
ria de 6 a 15 m de al- polpa do fruto maduro
tura, com ramos nume- é carnuda, suculenta, amare-
rosos que compõem uma co- lada, de sabor adocicado, sem
pa frondosa, ovalada; o tronco é acidez, que envolve as sementes.
curto, pardo-acinzentado, folhas alternas Estas são de cor pardo-escura a preta bri-
verde-escuras, flores isoladas. É mais adapta- lhante, de forma achatada, em número de 4
do ao clima quente e muito apreciado no a 12. Sua polpa é utilizada na confecção de
Nordeste. doces, refrescos, conservas, geléias, xaropes
O fruto é ovóide, com 6 a 10 cm de com- ou consumida fresca (40).
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ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
SAPUTI

Análise química em g/100g*


SAPUTI

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
96 0,70 0,10 25,90 9,90 29,00 6,00 1,20 4,00 0,01 0,01 0,20 13,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

TAMARINDO
Nome científico: Tamarindus indica

Provindo de árvore de copa alta, o


tamarindo é um fruto que apresenta uma
forma de vagem, com sua polpa macia e
escura quando madura.
Possui um sabor doce, porém bastante
ácido. É consumido in natura. Também é uti-
lizado na produção de sucos, balas e doces.
Muito apreciado principalmente na região bém são encontrados por quase todo o
Nordeste, mas o fruto e seus derivados tam- Brasil.

Análise química em g/100g*


TAMARINDO

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
272 3,10 0,40 71,80 3,00 54,00 108,0 1,0 7,00 0,44 0,16 2,10 6,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

UMBÚ
Nome científico:
Spondias Tuberosa
Nomes populares:
Imbu, ambú

Fruto que provém de árvore de copa


alta. O umbú é um dos que se faz mais pre-
sente nos quintais e terrenos do semi-árido
nordestino. Possui um formato pequeno e Com sabor adocicado porém ácido, é
arredondado, apresentando um único bastante consumido in natura, mas também
caroço, casca fina e lisa com coloração é apreciado na forma de sucos cremosos,
verde clara quando maduro. que dão origem à umbuzada.
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REGIÃO NORDESTE • FRUTAS
UMBÚ

Análise química em g/100g*


UMBÚ

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
44 0,60 0,40 10,60 1,50 20,00 14,00 2,00 30,00 0,04 0,04 0,50 33,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
UMBUZADA

Ingredientes:
1 porção de umbus bem maduros Retire do fogo e escorra a água,
Água para cozimento deixe esfriar.
Leite e açúcar a gosto Em seguida, despolpe os frutos
com as mãos ou com uma colher.
Modo de fazer: Passe a polpa pela peneira grossa ou
Lave os umbus e leve-os ao fogo para bata no liquidificador, acrescentando
cozinhar por alguns minutos para leite e açúcar.
amolecer a polpa. Misture até dar consistência de um
suco cremoso. Sirva gelado.

Hortaliças
CARURU-DO-PARÁ
Nome científico: Talinum triangulare Hortaliça mais conhecida no Norte e
Nomes populares: João Gomes, língua-de- Nordeste, onde é consumida refogada, com
vaca (BA), major-gomes, manjogomes feijão, omeletes e farofas.

CARURU OU BREDO (VER REGIÃO NORTE)


JERIMUM
Nome científico: Curcubita moschata Nome popular: Abóbora
63
ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
JERIMUM
Existem várias espécies do je-
rimum, que é também chamado
de abóbora. Planta anual,
rastejante, proveniente tipica-
mente de regiões de clima
quente, mas que pode tolerar tem-
peraturas amenas. Colhidos novos, os
frutos são verde-amarelados, e com extre-
midade alongada ou arredondada onde se
alojam as sementes. A polpa é de coloração
alaranjada intensa, nos frutos maduros, e é armazenamento e não “ferir” o fruto (18).
boa fonte de energia. O jerimum pode ser consumido apenas
Produz bem sob altas temperaturas e cozido em água ou utilizado no preparo de
pluviosidade elevada. Em localidades altas, sopas, purês, cremes, mingaus e doces varia-
a época de semeadura vai de agosto a dos. Também pode ser preparado cru, na
março. O solo ideal é o areno-argiloso, com forma de saladas, passado no ralo fino (similar
presença de torrões para fixação das ga- à cenoura). As folhas e talos verdes, assim
vinhas. Não é cultura muito exigente em fer- como os brotos terminais (também co-
tilidade, produzindo bem em solos pobres, nhecidos como cambuquira), são consumidos
com adubação. refogados. As sementes da abóbora são con-
A permanência do pedúnculo no fruto é sumidas cruas depois de secas ou levemente
uma condição essencial para possibilitar o torradas.

Análise química em g/100g* da polpa


JERIMUM

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
40 1,20 0,30 9,80 0,60 12,00 27,00 0,70 350,00 0,05 0,04 0,60 42,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
PURÊ DE ABÓBORA OU JERIMUM (22)

Ingredientes: Modo de fazer:


1 kg de abóbora Cozinhar a abóbora com água e sal.
2 colheres (sopa) de manteiga Em seguida, amassar bem e, ainda
1 gema quente, colocar a manteiga, a gema
1/ de copo de leite e mexer.
2
Sal ou açúcar a gosto Adicione o leite, sal ou o açúcar
a gosto.
Leve ao fogo para dar consistência
cremosa.
64
REGIÃO NORDESTE • HORTALIÇAS

JURUBEBA
Nome científico: na região do cerrado (23).
Solanum sp. Multiplica-se por meio de
Nomes populares: sementes.
Jubeba, jupeba, Seus frutos são pequenas
jurubeba-branca, esferas verdes, ou es-
jurubebinha, juruna, branquiçadas quando
juvena, purupeba maduras, que dão em
Origem: América tropical forma de cacho e que
apresentam sabor amar-
Arbusto de até dois metros e go. São utlizados cozidos
meio de altura, é uma planta encon- com arroz ou para fazer con-
trada em todo o país, sendo comum servas e bebidas regionais.

Análise química em g/100g* (1 prato de sopa cheio)


JURUBEBA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
41 3,40 0,40 8,10 1,20 34,00 54,00 1,60 148,00 0,12 0,10 0,60 43,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
ARROZ COM JURUBEBA

Ingredientes: Modo de fazer:


Arroz Prepare o arroz como de costume,
Óleo utilizando o óleo e os temperos,
Alho amassado e cebola picada deixando cozinhar; lave uma porção
Jurubeba a gosto de jurubeba e, quando o arroz estiver
Sal em fase final de cozimento, adicione
os frutos sobre o arroz. Tampe
a panela para que seja cozido
por 5 minutos.
Sirva a seguir.

MAXIXE
Nome científico: Cucumis anguria ovalado com falsos espinhos na sua pele.
Nomes populares: Maxixo, pepino-castanha, Para ser consumido, deve estar com colo-
pepino espinhoso, cornicão das antilhas. ração bem verde. Contém sementes peque-
Esta leguminosa é bastante consumida nas e brancas no seu interior. Seu sabor é
no Nordeste, onde é tradicionalmente cozi- suave e tem aspecto crocante se consumido
da junto com o feijão. Apresenta formato cru (lembrando o pepino).
65
ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
MAXIXE

Análise química em g/100g*


MAXIXE

Energia Ptn Lip Carb Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
5 0,14 0,06 1,00 3,00 23,00 0,04 0 20,00 20,00 0,18 5,00
FONTE: *FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. Atheneu. 1982.

Receita

MAXIXADA (07)
Ingredientes:
Maxixes verdes
Cheiro-verde
Leite
Sal e pimenta a gosto
Modo de fazer:
Raspe e lave os maxixes;
corte-os em rodelas e tempere
com sal e pimenta.
Coloque-os em uma panela e cheiro-verde.Cozinhe-os até ficarem
adicione o leite e o macios e formar um creme.

PALMA
Nome científico: Nopalea cochenillifera nhos e fervida durante uns 15 minutos
Nomes populares: com água e sal, para perder um pouco da
Palma grande, palma comum “secreção viscosa ou baba” que apresenta,
à semelhança do quiabo. Também devem
Cactácea utilizada como verdura em ser retirados os espinhos. Pode ser
regiões semiáridas do Brasil e do México preparado ensopado com carne, refogado,
por exemplo, sendo que a espécie comestí- como omelete, suflê, salada crua e até
vel é chamada popularmente de “palma mesmo doces.
grande” ou “palma comum”. Caracteriza-se Em relação ao seu conteúdo nutri-
pela conformação em raquetes, com raros cional, o que se ressalta é o teor em pró-vi-
espinhos. Para utilização culinária, usam-se taminas A. Para cada 100 g, a palma contém
as folhas mais tenras, com 15 e 20 dias de 220 mcg deste nutriente, maior que o de
desenvolvimento, que ainda apresentam outros vegetais mais utilizados como o
poucas fibras. Quando cozida sem tempero, tomate (180 mcg), chuchu (25 mcg) e a
apresenta um sabor intermediário entre o couve-flor (10 mcg).
maxixe e o quiabo. A palma pode ser conservada durante 1
Seja qual for a preparação culinária, a semana fora da geladeira e para cultivo não
palma deve ser antes cortada em pedaci- necessita de inseticidas ou fungidas (12).
66
REGIÃO NORDESTE • FRUTAS
PALMA

Análise química em g/100g*


PALMA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Pro-Vit. A Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg) (mg)
33 1,20 0,20 7,90 4,70 110,00 19,00 1,60 220,00 0,04 0,04 0,30 17,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
ENSOPADINHO DE PALMA (12)
Ingredientes:
100 g de charque Lave a palma, tire os espinhos e corte
250 g de palma em cubinhos. Ponha no fogo uma
2 tomates panela com água, sal e vinagre.
1 pimentão Quando estiver fervendo, junte o
1 cebola picadinho da palma e deixe cozinhar
2 dentes de alho por 10 minutos e escorra.
Temperos verdes picadinhos Leve uma panela ao fogo com óleo,
2 colheres (sopa) de óleo deixe esquentar, acrescente o
charque, todos os temperos picados
Modo de fazer: e a palma.
Corte o charque em pedacinhos, Adicione água aos poucos, baixe
coloque em uma panela com água, o fogo e deixe cozinhar lentamente.
deixe cozinhar por 5 minutos Sirva quente.
e escorra.

TAIOBA
Nome científico: do nas formas
Colocasia esculenta adotadas para o
preparo do cará,
Mais conhecida na zona rural e do inhame e da
cidades do interior, dela se batata-doce.
aproveitam folhas, talos e o Suas fo-
tubérculo. Para quem não lhas e talos
conhece bem, pode podem ser
ser confundida com consumi-
o inhame e algu- das refo-
mas folhagens orna- gadas ou
mentais. De verde mais claro que a folha do em omeletes
inhame, a folha da taioba tem abertura até e suflês. Na Ba-
a haste, enquanto no inhame essa fenda se hia, as folhas da taioba são utilizadas no
fecha antes. O tubérculo pode ser prepara- preparo do “Efó”, um prato típico.
67
ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
TAIOBA

Análise química em g/100g* (1 prato de sopa cheio da folha)


TAIOBA

Energia Ptn Lip Carb Fibra Cálcio Fósforo Ferro Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C
(kcal) (g) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg) (mg) (mg) (mg)
31 2,40 0,60 5,70 1,50 98,00 49,00 2,00 300,00 0,17 0,35 0,80 11,00
FONTE: *ENDEF - Tabela de composição de alimentos. 2ª edição. 1981.

Receita
REFOGADO DE TAIOBA (23)
Ingredientes:
Folhas e talos de taioba fibras, e pique em rodelas.
Sal, alho, cebola Doure, no óleo, o alho socado
Cheiro-verde e a cebola fatiada.
Óleo, para refogar Junte as folhas e os talos
já preparados.
Modo de fazer: Tempere com sal.
Lave bem as folhas e pique ou rasgue. Tampe a panela e deixe no fogo
Desfie os talos, isto é, retire suas até que a taioba fique bem macia.
VINAGREIRA (VER REGIÃO NORTE)

Leguminosas
ALGAROBA
Nome científico: Prosopis jiliflora As vagens são comestíveis e podem
contribuir para o fortalecimento da econo-
Leguminosa arbórea presente em mia com a produção de farinha de boa
zonas áridas e semi-áridas do nordeste qualidade nutricional.
brasileiro. Destaca-se por frutificar no As flores são consideradas melíferas,
período da estiagem (pouca chuva). ou seja, contribuem para a produção de
68
REGIÃO NORDESTE • LEGUMINOSAS
ALGAROBA
mel no período da estiagem, além disso, a to, arborização de cidades, alimentação de
algarobeira é considerada uma das plantas rebanhos, produção de móveis, carvão e
que poderá contribuir para o reflorestamen- estacas (24, 25).
Análise química em g/100g* (farinha)
ALGAROBA

Energia Ptn Lip Carb Cálcio Fósforo Ferro Vit B1 Niacina


(kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mg) (mcg) (mg)
199 6,00 0,80 42,00 76,00 48,00 0,09 78,00 2,85
FONTE: *FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química de alimentos. Atheneu. 1982.

Receitas
PREPARO CASEIRO DA FARINHA

Modo de fazer:
Separar o suco das vagens energizada com ferro
de algaroba. 1 xícara de farinha de algaroba
O resíduo sólido pode ser amassado 1 colher (sopa) de fermento em pó
no pilão ou passado no liquidificador 1 colher (chá rasa) de sal
com um pouco de água.
Após isso, passar na peneira Modo de fazer:
e colocar ao sol para secar. Bate-se a manteiga com o açúcar,
Depois, triturar até a acrescentando-se as gemas, uma a
consistência desejada. uma. Continuar batendo.
Põe-se o leite, depois a farinha
BOLO DE ALGAROBA de trigo e a algaroba, misturando
com o fermento e o sal.
Ingredientes: Finalmente, juntar as claras batidas
250 g de manteiga em neve.
2 xícaras de açúcar Assar em forno médio (7).
3 gemas
1 copo de leite
2 xícaras de farinha de trigo

FEIJÃO-DE-CORDA
Nome popular: Feijão-manteiga regiões do Nordeste e da Amazônia. Seu
Origem: África valor nutritivo é semelhante ao do feijão
comum em termos de proteínas, carboi-
É um tipo de leguminosa que requer dratos e minerais.
pouca exigência em fertilidade do solo, No seu preparo por cozimento, o caldo
mais resistente à seca e menos afetada por é geralmente fino e a casca menos branda, o
temperaturas elevadas, sendo favoravel às que resulta em preparações como saladas e
69
ALIMENTOS REGIONAIS BRASILEIROS
FEIJÃO-DE-CORDA
sopas. Também é consumido como feijão de
mesa.
No Nordeste, o feijão dito “feijão-
verde”, é colhido maduro, porém não é
seco. É utilizado em ensopados, farofas e no
folclórico “baião-de-dois”, que é o feijão
com arroz cozidos juntos.
Nos estados do Rio de Janeiro e São
Paulo, o feijão -verde e também o seco são
utilizados em saladas, geralmente com a va-
riedade de tipo “fradinho”.
Na Bahia, seu uso mais conhecido é no
preparo do acarajé (também com o fradi-
nho, que é a base para a massa que irá for- mar bolinhos fritos no azeite de dendê) (7).

Análise química em g/100g* (cru)


FEIJÃO-DE-CORDA

Energia Ptn Lip Carb Fe Retinol Vit B1 Vit B2 Niacina Vit C


(kcal) (g) (g) (g) (mg) (mg) (mcg) (mcg) (mg) (mg)
348 20,60 1,20 63,74 5,75 2,50 320,00 166,00 3,00 3,80
FONTE: *FRANCO, Guilherme. Tabela de composição química dos alimentos. Atheneu. 1982.

Receita
FEIJÃO SERTANEJO (7)
Ingredientes:
Feijão-de-corda novo água e sal, para cozinhar.
Sal Quando estiver quase cozido,
Cheiro-verde acrescente o cheiro-verde, a nata
Nata e o queijo.
Tiras de queijo de coalho Acompanha carnes e aves, assadas,
guisadas ou cozidas.
Modo de fazer:
Há quem prefira substituir as tiras
De véspera, bote o feijão de molho,
de queijo por rodelas de caju.
para amolecer. Leve-o ao fogo, com

GUANDÚ OU FEIJÃO ANDÚ (VER REGIÃO SUDESTE)

SORGO
Nome científico: Sorghum sacharatum tem recebido atenção das instituições
responsáveis pelo desenvolvimento agrícola
A cultura do sorgo é bastante difundida do nordeste do Brasil.
nas regiões semi-áridas e só recentemente Na culinária brasileira, é preparado em
70

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