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- Tuberculosis
- Africanum
- Bovis
- Caprae
Diagnóstico:
pode ser feito através dos seguintes métodos:
- bacterioscópico: baciloscopia e cultura
- radiológico: tomografia computorizada do tórax
- broncoscopia
- prova tuberculina cutânea (derivado proteico purificado- DPP)
- cultura das secreções
- testes moleculares
Tratamento:
A duração mínima do tratamento é de 6 meses.
Numa fase inicial, primeiros 2 meses, há morte dos bacilos e
melhoria dos sintomas. É feito através de 4 fármacos: isoniazida
(antibiótico), rifampicina (antibiótico bactericida), pirazinamida
(antibiótico) e etambutol.
Na fase de continuação, há eliminação de bacilos residuais,
prevenindo recaídas.
Insuficiência Respiratória
- é uma condição na qual oxigênio não passa dos pulmões para o sangue
em quantidades suficientes (trocas gasosas inadequadas), o que resulta
em hipóxia (baixa concentração de oxigénio nos tecidos).
Tipo I Tipo II
- a concentração de CO2 pode - a concentração de CO2 é
ser normal ou baixa elevada
- há ventilação/perfusão - há hipoventilação com ou
- causas: pneumonia, edema sem mismatch ventilação/per-
pulmonar, asma, embolia fusão
pulmonar - causas: impulso respiratório di-
- minuído, doença pulmonar (asma,
- pneumonia, DPOC..)e doença da -
-- parede torácica
Clínica:
Depende da patologia + sintomas de hipoxemia (baixa concentração
de oxigénio no sangue) e hipercapnia (aumento de CO2 no sangue).
Neoplasia do Pulmão
- Tumores malignos com origem no epitélio respiratório.
Pode aparecer nos brônquios, bronquíolos e alvéolos.
Adenocarcinoma (40%):
Células que revestem os alvéolos pulmonares
Periférico
Associado a fibrose e cicatrizes (DPOC)
Crescimento lento, mas metastização precoce
Clínica:
95% dos doentes são sintomáticos no diagnóstico
50% apresentam metástases ou invasão local
podem ter tosse crónica com/sem hemoptises (expulsão de sangue
através da tosse)
pneumonia persistente
dispneia, estridor...
disfagia, paralisia do nervo recorrente...
derrame pleural
paralisia do nervo frénico
síndrome de horner e de pancoast
Diagnóstico:
radiografia postero-anterior (PA):
- Descobre-se a localização do tumor, derrame pleural e invasão da
parede torácica...
TAC ao tórax:
- Ficamos a saber a localização, o número de lesões, a invasão local,
parênquima pulmonar
- Adenopatias (>1cm), fígado e glândulas suprarrenais
PET (Tomografia por emissão de positrões):
- É uma técnica de imagem médica recente que utiliza moléculas
que incluem um componente radioactivo (radionuclídeo).
- Quando administradas no corpo humano, estas moléculas
permitem detectar e localizar reacções bioquímicas associadas a
determinadas doenças, sobretudo nas áreas da Oncologia,
Cardiologia e Neurologia.
- O radiofármaco utilizado é um derivado da glicose, a desoxiglicose
marcada pelo 18 Fluor.
- Permite distinguir lesões benignas e malignas, definir o grau de
malignidade, estabelecer o estádio da doença, avaliar a existência
de recorrência ou de doença residual, estudar a localização de uma
recidiva, avaliar a resposta à terapêutica (comparando as imagens
antes, durante e após o tratamento) e identificar a localização de
um tumor para biópsia ou para fins terapêuticos.
Broncoscopia:
- Permite a visualização da árvore traqueobrônquica
- Pode ser utilizada como meio de diagnóstico, biópsia...
- E também quando haja dúvida noutros exames, ou então para
colheita de produtos: aspirado brônquico (no caso de suspeita de
tuberculose, pneumocistose ou outras infeções pulmonares) e
lavado broncoalveolar (LBA) (em que é “inundada” uma porção do
pulmão com soro fisiológico e posteriormente aspirada, no caso das
doenças pulmonares difusas)
Ressonância magnética nuclear:
- A RMN é muito eficiente no que respeita a revelar diferenças no
conteúdo de água de diferentes tecidos do corpo.
- Isto é particularmente importante para a deteção de tumores e
para verificar se existem problemas ao nível dos tecidos moles do
corpo, tais como o cérebro, a medula
Estudo complementar pré-operatório:
- Provas funcionais respiratórias
- Eletrocardiograma
- Ecocardiograma
Cirurgia:
- Lobectomia
- Ressecções atípicas
- Pneumectomia
Arteriosclerose
- ocorre espessamento e perda da elasticidade das paredes arteriais.
Aterosclerose
- É uma doença progressiva.
- Ocorre um espessamento da íntima e há uma acumulação lipídica.
- Placa de ateroma tem núcleo lipídico e possui cápsula fibrosa.
Fatores de risco:
Sexo masculino
A idade
A genética
Cardiovasculares: dislipidemia (é um termo usado para designar
todas as anomalias quantitativas ou qualitativas dos lípidos no
sangue), hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus.
Homecisteína
1. Normal
2. Lesão endotelial com adesão de monócitos e plaquetas
3. Migração de monócitos e células musculares lisas para intima, com
ativação de macrófagos
4. Macrófagos e células musculares lisas levam absorção de lípidos
modificados com maior ativação e recrutamento de células T
5. Proliferação de células intimas do musculo liso com produção de
matriz extracelular, formando um lugar bem desenvolvido
Ou
Rutura da placa
Trombose
Evolução Natural:
Ulceração da superfície da placa com exposições de mediadores
trombogénicos
Hemorragia interna da placa
Dilatação aneurismática por perda de tecido elástico da média
Doença Coronária
- Doença cardíaca em que há fornecimento inadequado de sangue ao
músculo cardíaco.
Etiologia:
o Obstrução aterosclerótica dos vasos epicárdicos
o Espasmo das artérias (angina de Prinzmetal)
o Alterações congénitas
o Vasculites (inflamação dos vasos sanguíneos)
o Estenose aórtica
o Miocardiopatia hipertrófica
Angina estável:
- é uma síndrome de desconforto recorrente no tórax ou em aéreas
próximas, associada a isquemia, mas sem necrose miocardica.
Sem alteração na frequência ou na duração
Sem melhoria nos últimos 60 dias
Pode ser:
Angina típica
Angina atípica
Dor no peito não-anginal
Sinais e sintomas:
o Dor retroesternal: aperto, pressão, peso, ardor...
o Dor com irradiação para braços, ombros, pescoço e abdómen
o Associado ao esforço e ao stress
o Náuseas e vómitos
o Duração inferior a 10/15 minutos
o Melhora com repouso ou nitratos
Miocárdio Hibernante:
Contratilidade reduzida (hipocinesia)
Perfusão reduzida (hipocinesia): é evidente durante o exercício vs
repouso
Miocárdio viável
Melhoria funcional após a revascularização (reserva contrátil)
Miocárdio Atordoado:
Agressão severa, mas breve
Recupera a função com o tempo
Tratamento Médico:
Estilo de vida e controlo dos fatores de risco cardiovasculares:
- Cessação tabágica
- Dieta
- Exercício aeróbio, 3x por semana (30 min)
- Excesso de peso
- Dislipidemia
- Hipertensão arterial
- Diabetes mellitus
- Apoio psicológico
- Vacinação anual para o vírus influenza
Revascularização (CABG- coronary artery bypass grafting; PCI-
intervenção coronária percutânea) do miocárdio
diminui queixa de angina e necessidade de medicação
melhora capacidade física e qualidade de vida
Tríade de Beck:
- Hipotensão
- Diminuição dos sons cardíacos
- Engurgitamento jugular
tamponamento cardíaco
Consequências da HTA:
o cérebro: defeitos motores ou sensoriais.
o Retina: anormalidades fundoscópicas.
o coração: frequência cardíaca, 3º ou 4º som do coração, sopros
cardíacos, arritmias, localização do impulso apical, rales
pulmonares, edema periférico.
o artérias periféricas: ausência, redução ou assimetria de pulsos,
extremidades frias, lesões de pele isquémicas.
Estilo de vida
- São aconselhadas mudanças no estilo de vida para prevenção de
hipertensão e são também importantes para o seu tratamento. É
recomendado:
restrição de sal para 5-6g por dia
moderação no consumo de álcool
aumentar o consumo de vegetais, frutas e produtos com baixo teor
de gordura
redução do peso
exercício físico regular
parar de fumar
Eletrocardiografia
- Através deste exame podemos verificar algumas anomalias.
- Como por exemplo:
o Hipertrofia ventricular
o Bloqueios de ramo
- bloqueio de ramo esquerdo causado por: doença valvular aórtica,
doença hipertensiva, doença coronária e cardiomiopatia
hipertrófica.
o Alterações metabólicas
o Embolia pulmonar e hipertensão pulmonar
Bradiarritmias: Doença do Nó Sinusal
- compreende uma ampla variedade de anomalias do funcionamento
do nó sinusal, que é o nosso pacemaker natural.
Causa extrínseca:
fármacos (betabloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio,
digoxina, ivabradina...)
alterações do sistema nervoso automático
hipotiroidismo
hipotermia
Causa intrínseca:
degenerativo com substituição do tecido por fibrose
isquemia crónica
pericardite (inflamação do pericárdio)
miocardite (inflamação do miocárdio)
febre reumática
amiloidose senil
Clínica:
assintomático:
- ECG: bradicardia sinusal. Bloqueios, alternância de bradicardia
com taquicardias supraventriculares (fibrilação auricular)
sintomáticos:
- síndrome de bradicardia-taquicardia: taquicardia com palpitações,
angina, insuficiência cardíaca; bradicardia com hipotensão, sincope,
pré-sincope e fadiga.
Tratamento:
1º exclusão das causas extrínsecas
numa fase aguda: isoproterenol e atropina
implantação de pacemaker
Bradiarritmias: Doença do Nó Auriculoventricular
Etiologias da doença
o autónomas:
- hipersensibilidade do seio carotídeo
- vasovagal
o metabólica/endócrina:
- hipercalemia
- hipermagnesemia
- hipotiroidismo
- insuficiência adrenal
o relacionada com drogas:
- betabloqueadores
- bloqueadores dos canais de cálcio
- adenosina
- antiarrítmicos (I e III)
- lítio
o infeção:
- endocardite (inflamação do endocárdio)
- doença de Lyme
- doença de Chagas
- sífilis
- tuberculose
- difteria
- toxoplasmose
o infiltrativa:
- amiloidose
- sarcoidose
- hemocromatose
o neoplásica/traumática:
- linfoma
- mesotelioma
- melanoma
- radiação
- ablação do cateter
Tratamento:
1º exclusão das causas extrínsecas
numa fase aguda: isoproterenol, atropina e pacemaker provisório
pacemaker definitivo
Taquiarritmias Supraventriculares
- têm origem nas aurículas ou no nó auriculoventricular
- maioria com QRS estreitos
Flutter Auricular
- é um tipo de taquiarritmia supraventricular
- é uma arritmia que aumenta com a idade
- é mais frequente nos homens e na 1ª semana após cirurgia
Sinais e sintomas:
o palpitações
o fadiga
o dispneia
o dor torácica
o sincope (desmaio)
o insuficiência cardíaca
o tromboembolismo com AVC
o pulso irregular
o sintomas associados a doença de base
Tratamento:
Controlo da frequência cardíaca:
instabilidade hemodinâmica
cardioversão química- amiodarona e flecainida
cardioversão elétrica
- < 48h
- heparina IV e ETE
Controlo do ritmo:
amiodarona, sotalol...
- prevenção de complicações tromboembólicas
varfine, danigatran, rivaroxaban e apizaban
- terapêutica de ablação
Fibrilhação Auricular
- é a ativação auricular desorganizada e rápida, com perda de contração
auricular.
- é a arritmia crónica mais frequente
- prevalência superior a 6% a partir da 6ª década de vida
- é responsável por 15% dos AVC (estagnação do sangue)
Fatores de risco:
hipertensão arterial (HTA)
diabetes mellitus
idade avançada
insuficiência cardíaca
Tratamento:
controlo da frequência cardíaca e hipocoagulação
controlo do ritmo cardíaco
procedimentos não cirúrgicos
procedimentos cirúrgicos (maze)
Arritmias Ventriculares
- extrassístoles ventriculares
o estimulo ectópico gerado no ventrículo
o aumenta de frequência com a idade
o o seu numero pode aumentar em situações com infeção, isquemia...
o QRS prematura não precedido de onda P
o Morfologia anormal
o Monomórficas (mesma origem) vs polimórficas (varias origens)
- bigeminismo
o Batimento cardíaco é seguido por uma extrassístole ventricular
- taquicardia ventricular
o Três ou mais extrassístoles ventriculares consecutivos a uma
frequência superior a 100 bpm
- taquicardia ventricular multifocal ou torsades de pointes
o QRS são de amplitude e duração variável
o As taquicardias tendem a ser repetitivas e podem degenerar em
fibrilhação ventricular e morte súbita
o Causa genética: síndrome de QT longo
o Sinais e sintomas: diarreia, hipomagnesemia, hipocaliemia...
- fibrilhação ventricular
o Sem complexos QRS identificáveis
o Desfibrilhar!!!
o Identificar e tratar a causa subjacente
o Cardioversor desfibrilhador implantável (CDI): é semelhante a um
pacemaker cardíaco. São capazes de tratar adequadamente as
arritmias cardíacas rápidas, particularmente a fibrilhação
ventricular sendo a única terapêutica verdadeiramente eficaz para
evitar a morte súbita em grupos específicos de doentes com risco
elevado de ter este tipo de arritmia
Tratamento:
Uso de betabloqueadores é a 1ª linha
- bisoprolol
- arritmias induzidas pelo esforço
- em idiopáticas
- Bradiarritmias
Antagonista de canais de cálcio
- verapamil
- diltriazem
- em taquicardias idiopáticas
Bloqueadores de canais de sódio
- lidocaína
- quinidina
- propafenona
Amiodarona
- em arritmias “malignas”
Aneurisma
- é uma dilatação circunscrita e permanente de uma artéria, por perda de
elasticidade da parede do vaso, devido a lesão e diminuição da sua
espessura.
Vs
Pseudoaneurisma
- ou "aneurisma falso" é uma lesão rara que pode afetar a parede de uma
artéria ou a parede cardíaca. Ocorre como resultado do efeito de algum
estímulo nocivo contra esta estrutura, causando o vazamento de sangue
num compartimento fibroso externo que conterá o hematoma.
Etiologia:
- degenerescência da camada média ou produção anormal dos seus
componentes (fibras elásticas e colagénio).
Degenerativas:
- idade
- tabaco
- HTA
- aterosclerose
- hipercolesterolemia
Fatores genéticos:
- síndrome Marfan
- síndrome Loeys-Dietz
- bicuspidia aórtica
- familiar
Aortite
- é uma inflamação da aorta
- geralmente ocorre em pacientes com cólica biliar, doenças reumáticas,
arterite Takayasu e de células gigantes, doenças dentárias e outras
infeções bacterianas que entrem na corrente sanguínea (tuberculose e
sífilis)
Diagnóstico:
o Historia clinica e exame objetivo
o Exames complementares de diagnostico
o Radiografia ao tórax
o Ecocardiograma
o AngioTAC
Síndrome de Marfan
- é uma doença autossómica dominante
- é uma doença do tecido conjuntivo
Bicuspidia Aórtica
- é a doença mais frequente (1-2% da população)
- tem maior risco de desenvolver aneurisma da aorta
Tratamento:
Terapêutica médica
Parar de fumar
Controlo dos fatores de risco cardiovasculares
Intervenção cirúrgica
Cardiomiopatia
- doença do músculo cardíaco que deteoriza a função do miocárdio.
- 5-10% dos doentes com insuficiência respiratória
Exclui doentes com doença estrutural:
Doença vascular
Doença coronária
Doença hipertensiva
Cardiomiopatia Dilatada
- há dilatação e disfunção ventricular ou biventricular.
Sintomas graves normalmente significa FEj < 30% (FEj normal >
55%)
FEj = fração de ejeção
A espessura da parede é habitualmente normal
Há presença de regurgitação mitral
Há intolerância ao exercício
Sintomas de IC (insuficiência cardíaca) congestiva
Arritmias: fibrilhação auricular e taquiarritmias ventriculares
Etiologia:
o Miocardite inflamatória:
- infeciosa (viral, parasitária, bacterial, espiroquetal, rickettsial,
fúngica com infeção sistémica)
- não-infeciosa (doença inflamatória granulomatosa, miocardite
eosinofílica, polimiosite, dermatomiosite, doença vascular do
colagénio, cardiomiopatia periparto, rejeição de transplante)
o Tóxica:
- álcool
- catecolaminas
- anfetaminas
- cocaína
- agentes cremoterapeuticos
- outros agentes terapêuticos
- drogas de uso indevido
- metais pesados
o Metabólica:
- deficiências nutricionais
- deficiências eletrolíticas
- endocrinopatia
- obesidade
- hemocromatose
Cardiomiopatia de Takotsubo
- é a síndrome do coração partido
- é uma situação reversível
Sinais e sintomas:
Dor retroesternal
Dispneia
Alterações no ECG sugestivas de EAM
Elevação ligeira das enzimas cardíacas
Cardiomiopatia Restritiva
- a função e os volumes diastólicos de ambos os ventrículos é reduzida,
com função sistólica normal ou no limite inferior do normal.
- a espessura da parede ventricular é normal ou ligeiramente aumentada
- há dilatação biauricular, intolerância ao exercício
Cardiomiopatia Hipertrófica
- os volumes ventriculares são normais ou reduzidos, com hipertrofia
assimétrica ventricular esquerda e envolvimento obrigatório do septo
ventricular
- há hipertrofia inadequada independente das condições de carga
Hipertrofia miocardica
o Hipertrofia septal assimétrica
o Hipertrofia apical
o Hipertrofia medioventricular
o Hipertrofia concêntrica
Obstrução intraventricular
o Em 30% dos casos existe obstrução intraventricular em repouso
o Noutros 30% dos casos existe obstrução ventricular com exercício
o Nos restantes não há obstrução (Hipertrofia miocardica não
obstrutiva)
Diagnostico:
Historia clinica:
- sincope
- angina
- pré-sincope ou sincope
- morte súbita pode ser a primeira manifestação
Exame objetivo:
- sopro sistólico
- impulso cardíaco aumentado
ECG: hipertrofia ventricular esquerda (HVE)
Ecocardiograma:
- hipertrofia assimétrica
- obstrução dinâmica da camara de saída do ventrículo esquerdo
(CSVE)
Tratamento:
Betabloqueadores e/ou antagonistas de canais Ca2+
- < frequência cardíaca (aumento do tempo diastólico)
- < contratilidade
Uso de diuréticos se congestão venosa
Uso de disopiramida pelo efeito inotrópico negativo e antiarrítmico
5% são refratários ao tratamento medico
- ablação septal alcoólica
- miectomia
- plastia/ substituição valvular mitral (raro)
Pericárdio
- é o saco fibro-seroso que envolve o coração e a raiz dos grandes vasos
Pericardite aguda
o quando há dor torácica:
- pericardite infeciosa ou autoimune
- retroesternal com irradiação para os braços
- características pleuríticas
o quando há ausência de dor:
- tuberculose
- pericardite constrita
- neoplasias
- urémica
o atrito pericárdico:
- esta presente em 85% dos casos
- o som é semelhante a couro
o eletrocardiografia:
- inicialmente com elevação do segmento ST em 2 ou 3 derivações
dos membros e de V2 a V6
- normalização do ECG
- inversão da onda T
- normalização do ECG (semanas e meses depois do inicio)
o derrame pericárdico:
- associado a dor
- sons cardíacos diminuídos
- atrito pleural pode desaparecer
- há tamponamento, sobretudo se houver crescimento rápido
Tratamento:
medicação anti-inflamatória
- aspirina 2-4g/d com proteção gástrica (omeprazol 20mg/d)
- ibuprofeno 400/600mg 3xd
- o tempo é de acordo com a resposta
colquicina (0,5mg 2xd)
- 4-8 semanas
prednisolona 1mg/Kg/d
- dose total 2-4 dias, com redução nos dias subsequentes
Tamponamento
- é potencialmente fatal
- pericardite idiopática e neoplásica
hemopericárdio:
- dissecção da aorta
- pós-cirurgia
- trauma
Tríade de Beck:
- hipotensão
- sons cardíacos diminuídos
- turgescência jugular
Tratamento:
Pericardiocentese
Janela pleuropericárdica:
- derrames de repetição
- derrames loculados ou biópsia
Síndrome Pós-Pericardiotomia
- é uma complicação relativamente comum que surge após:
Cirurgia cardíaca
Trauma cardíaco
Iatrogénico (devido a cateter)
Pós EAM
Sinais e sintomas:
o Febre
o Dor tipo pleurítica
o Alterações do ECG
o Raramente causa tamponamento
Fisiopatologia:
Rigidez dos folhetos leva a impossibilidade de se distender
Assim há uma restrição de enchimento
Aumenta a interdependência dos ventrículos
- aumento na pressão de enchimento de um dos lados leva a
procidência do septo para o lado contrário
Curvas de pressão: fase diastólica de enchimento rápido com um
plateau
- impossibilidade de prosseguir a fase de enchimento
Equalização das pressões a nível das aurículas e dos ventrículos
Clinica:
o Fadiga
o Perda de peso
o Dispneia
o Ortopneia (falta de ar quando deitado)
o Aumento do perímetro abdominal
o Edema dos membros inferiores
o Hepatomegalia
o Icterícia
o Fibrilhação auricular em 1/3 dos doentes
Tratamento:
A ressecção do pericárdio é o único tratamento realmente eficaz
Endocardite
- é uma infeção que atinge o endocárdio.
- a lesão mais frequente é a vegetação- agregado de plaquetas, fibrina, e
colonias de microrganismos
Sintomas:
o Febre alta (em 90%)
o Anorexia
o Perda de peso
o Cefaleias
o Náuseas e vómitos
o Quadro de insuficiência cardíaca
o 25% dos doentes com sinais de embolização periférica
o embolização cerebral, pulmonar e esplénico
Etiologia:
cavidade oral, pele e aparelho respiratório são as portas de entrada
de:
- estreptococos
- estafilococos
- grupo HACEK
sistema gastrointestinal:
- st. Bovis associado a pólipos e neoplasias
sistema urinário:
- enterococos
cuidados de saúde:
- st. Coagulase negativa
Endocardite Protésica
endocardite precoce- ate ao 1º ano
endocardite tardia- após o 1º ano
sem diferença entre próteses biológicas e mecânicas
Consequências:
o abcessos
o deiscência da prótese
o fístulas (comunicação anómala entre duas ou mais estruturas do
corpo que, em condições normais, não comunicam entre si)
Tratamento:
antibioterapia:
- válvula nativa entre 2-6 semanas
- endocardite protésica pelo menos 6 semanas
cirurgia:
- 25-50% dos casos na fase aguda e 20-40% na convalescência
- a mortalidade varia entre 6-25%
- prognóstico melhora com a cirurgia precoce- menos destruição
dos tecidos e melhor estado clinico
- tratamento cirúrgico diminui a incidência de reinfeção
Infeção descontrolada
o sépsis persistente está associada a falência multiorgânica
o culturas positivas 7 dias após tratamento antibiótico
o presença de abcessos (é um acúmulo de pus que se forma no
interior dos tecidos do corpo) ou fístulas
o infeção fúngica ou agente multirresistente
Prevenção de Embolia
- o SNC é o órgão mais atingido com 65% dos casos
- ¾ das embolias acontecem antes do inicio da antibioterapia
Fatores de risco:
Endocardite Infeciosa (EI) esquerda
St aureus
Candida albicans
HACEK (é um grupo de bactérias gram-negativas de crescimento
lento (14 dias), bacilares curtas, flora normal em boca e faringe, e
que podem infetar o coração.)
Tamanho e mobilidade da vegetação
Localização da vegetação- válvula mitral
Insuficiência Cardíaca
- síndrome clinica caracterizada por uma redução do debito cardíaco e um
aumento da pressão venosa.
Causada por:
o Doença das artérias coronárias
o Miocardites
o Pericardites
o Diabetes
o Hipertiroidismo
o Obesidade
o Alterações das válvulas cardíacas
o Arritmias
o Hipertensão arterial não controlada
Fisiopatologia:
1. Bombeamento deficiente de sangue
2. Mecanismos compensatórios
3. Reação hemodinâmica, resposta inflamatória e remodelagem
ventricular
4. Estes mecanismos inicialmente são benéficos, mas posteriormente
tornam-se nocivos
Reação hemodinâmica de defesa
Visa manter a pressão de perfusão de órgãos nobres e o debito
cardíaco
Retenção hidrossalina
Vasoconstrição arteriolar
Aumento da estimulação cardíaca
Retenção Hidrossalina
Edema, anasarca (é um sintoma caracterizado por um edema
distribuído por todo o corpo devido ao acúmulo de fluido no espaço
extracelular) e dispneia
Retenção renal de sódio e agua
Constrição das arteríolas eferentes do glomérulo
Aldosterona
Aldosterona
Zona glomerulosa
Sistema renina-angiotensina
- A RENINA é liberada por diversos fatores como:
1. Estimulação, por queda de pressão, dos barorrecetores localizados na
parede das arteríolas aferentes;
2. Queda da concentração de NaCl no início do túbulo distal, fazendo com
que também haja diminuição na mácula densa;
3. Estimulação elétrica dos nervos renais.
Vasoconstrição Arteriolar
Resposta Inflamatória
Sintomas:
o Cansaço e dispneia
- baixo debito
- anemia
- miopatia
o A dispneia deve-se essencialmente à congestão pulmonar com
acumulação de fluido intersticial
- ativação dos recetores J (justacapilares) com consequente
aumento da frequência cardíaca
o Ortopneia: dispneia em decúbito dorsal por aumento do retorno
venoso
- tosse noturna
- doentes dormem com mais almofadas
o Dispneia paroxística noturna: episódios agudos de dispneia, tosse e
sibilos
- 1-3h após o doente se ter deitado
- > da pressão nas artérias pulmonares e compressão das vias
aéreas
- edema intersticial
Sinais e sintomas:
o Dispneia em repouso
o Taquipneia
o Taquicardia
o Hipoxia
o Hipertensão por libertação de catecolaminas endógenas
o Crepitações e sibilos
Tratamento:
Tratamento cirúrgico
Sinais e sintomas:
o Fadiga
o Dispneia
o Ortopneia
o Palpitações- fibrilhação auricular