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Dom Adriano Ciocca: “A presença de Dom Pedro
Casaldáliga é um ânimo, uma força, uma bandeira, um Pesquisar …

sinal que dá coragem e anima para a caminhada.”


 10 de fevereiro de 2018 por Leoni Alves Garcia

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O atual Bispo de São Felix do Araguaia rende homenagem ao Profeta
do Araguaia.
POPULAR

Dom Adriano Ciocca: “A


presença de Dom Pedro
Casaldáliga é um ânimo,
uma força, uma bandeira
um sinal que dá coragem
anima para a caminhada.
 10 de fevereiro de 2018

Dom Sérgio da Rocha: “N


CEBs nós temos os leigo
leigas como sujeitos da
Igreja”
 7 de fevereiro de 2018

Tem pessoas que se tornam referências, ainda mais quando sua vida O Trem das CEBs chegou
Estação do Regional
se prolonga no tempo. O dia 16 de fevereiro é esperado por todos os Noroeste e aguarda os
passageiros rumo ao 14º
que têm descoberto em Dom Pedro Casaldáliga alguém que tem Intereclesial
encarnado os valores do Reino. Neste dia, o profeta da esperança  20 de janeiro de 2018
completa 90 anos.
VEM AÍ O 14º
 INTERECLESIAL!!
Programação atualizada!
Não vá perder o trem…
 11 de janeiro de 2018

Envio de Delegados do
Amazonas para o 14º.
Intereclesial das CEBs do
Brasil
 8 de janeiro de 2018

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Aquele que foi bispo de São Félix do Araguaia por mais de trinta anos, se tornou um referencial  na vida dos
mais pobres, não só na Prelazia, como no Brasil todo e inclusive no mundo inteiro. Ele sempre se de niu Destaque News
como poeta, e sempre teve em sua caneta e sua boca a palavra que denunciava e, ao mesmo tempo, Entrevista
mostrava o caminho a seguir.
Eventos

Nesta entrevista, Dom Adriano Ciocca, atual bispo de São Félix do Araguaia, dá um testemunho sobre Dom Grandes Plenárias

Pedro Casaldáliga, o que ele representa na vida da Prelazia, onde junto com e equipe que sempre trabalhou Mini Plenária
junto fez que a presença da Igreja fosse “não só signi cativa, mas determinante”, a rmando que “a Prelazia
Rumo ao 15º Intereclesial
representou   um baluarte em defesa dos direitos e dos interesses dos pequenos, dos posseiros e dos
indígenas”. Sem categoria

Dom Pedro apostou numa Igreja onde os leigos tenham um papel decisivo, assumindo as propostas do
Vaticano II e de Medellín, uma Igreja que antecipou aquela que hoje o Papa Francisco quer fazer realidade.
Isso provocou uma forte oposição dentro da própria Igreja católica, nada diferente daquilo que hoje
acontece com o Bispo de Roma ou aquilo que aconteceu com Jesus de Nazaré.

Viver tendo como referência o Amor de Deus provoca rejeição e perseguição daqueles que querem manter
a ordem estabelecida, muitas vezes injusta e ao serviço dos que mandam. Em Dom Pedro sempre esteve
presente o objetivo de “entender a mensagem e o sonho de Nosso Senhor, e com a força do Evangelho
enfrentar aquilo que impedia a plena realização deste projeto, que é o projeto de justiça, um projeto de vida
e vida plena para todos”, segundo o atual bispo de São Félix.

Mesmo estando “extremamente limitado pelo Parkinson e também pela idade”, Dom Adriano Ciocca
reconhece em Dom Pedro Casaldáliga que “só o fato dele estar vivo e estar presente em alguns momentos
signi cativos da Prelazia já é um ânimo, uma força, uma bandeira, um sinal que dá coragem e anima para a
caminhada”. Não podemos esquecer que aquilo que fala mais forte não são as palavras e sim o
testemunho de vida.

No dia 16 de fevereiro, Dom Pedro Casaldáliga completa 90


anos, dos que passou no Brasil mais de 50. O que Dom Pedro
Casaldáliga tem signi cado para a Igreja de São Félix do
Araguaia e para a Igreja do Brasil?

Para o Vale do Araguaia signi cou que a partir dele e da equipe que se formou ao redor dele, a presença da
Igreja se tornou não só signi cativa, mas determinante, para uma serie de atenções para com a população. 
Foi de fato a Igreja da Prelazia que cuidou primeiramente de
organizar uma rede de saúde, uma rede de educação escolar,
com a formação de professores também. Coube também à
Prelazia dar as primeiras noções de genuínas missões que a
equipe fazia nos vários regionais.

Deste ponto de vista, a Prelazia foi a primeira que estruturou,


dando um mínimo de condições de vida e de vida digna para
os pequenos, os posseiros e os indígenas. Também a Prelazia,
nesta época de Dom Pedro, signi cou e foi a referencia justamente para os mais frágeis, os marginalizados
da sociedade. Tanto que, diante do avanço das grandes fazendas, a Prelazia representou um baluarte em
defesa dos direitos e dos interesses dos pequenos, dos posseiros e dos indígenas.

Por isso, a Prelazia adquiriu um peso político também bastante forte, que ainda é reconhecido hoje no Vale
do Araguaia. Também foi graças a Dom Pedro e a equipe que trabalhou com ele, que se despertou para o
problema do trabalho escravo, foi ali que se começou a Comissão Pastoral da Terra e o Conselho
Indigenista Missionário. Na Prelazia teve todo um debate que tomou um rumo de maior respeito e maior
atenção para a cultura e a realidade de cada nação indígena.

Poderíamos dizer que São Félix do Araguaia foi um dos lugares onde aquilo que o Concilio Vaticano II
apontou e que hoje aponta de novo o Papa Francisco, se levou mais a sério?

Com certeza. Dom Pedro chegou à Prelazia e depois de uns


três anos foi ordenado bispo e foi o primeiro bispo da Prelazia
e organizou uma Igreja que era para ser uma Igreja de
comunidades eclesiais de base. Também ele sempre deu um
espaço muito grande aos leigos, ao laicato, de modo que os
protagonistas da vida das comunidades e também uma grande
parte dos agentes de pastoral eram leigos e leigas.

Ele foi uma pessoa que cultivando uma espiritualidade muito profunda, uma espiritualidade martirial, por
ser uma pessoa que dá testemunho do Evangelho com a vida, foi capaz de fato de criar uma consciência e
um estilo de Igreja que Medellín indicou, depois do Vaticano II, e que procurou realizar concretamente na
região.

Fala de espiritualidade martirial. Dom Pedro foi alguém que sempre esteve ameaçado e, de fato, quando
foi assassinado o Padre João Bosco Burnier, o objetivo dos assassinos era ele. Como in uenciou isso em
sua vida e na vida da Prelazia?

Eu creio que ele sempre foi consciente que tomando certas atitudes, defendendo os pequenos e lutando
contra o avanço do latifúndio e especialmente da pecuária naquele tempo, ele se expunha a ser ameaçado,
provocado, caluniado por parte dos poderosos do lugar e da ditadura militar. No tempo em que atuou, ele
teve que enfrentar não só o poder dos latifundiários locais, mas o poder da ditadura militar que era
estreitamente aliada com os grandes donos de fazendas daquele tempo.

Ele era consciente disso, mas nem por isso largou mão de car ao lado dos pequenos. Esta consciência
despertou nele com certeza o fato que caminhar neste caminho, é assumir a Cruz e caminhar com Cristo
também no caminho do Calvário, mas que é também o caminho da Ressurreição. Ou seja, a possibilidade
de ressurgir, crescer e estabelecer uma sociedade mais justa e mais fraterna.

De fato, também até a própria Igreja, muitas vezes não


compreendeu o que ele queria?

Dom Pedro, além de ser pastor, é um poeta e um profeta, e os


profetas falam sempre com uma visão da realidade que vai além
daquilo que é o imediato. Então, a visão dele, claramente não 
sempre foi entendida por uma parte da Igreja, e houve também, infelizmente, perseguições e críticas até
pesadas contra a pastoral dele dentro da própria Igreja.

Mas creio que o testemunho dele agora, a distancia dá para perceber que é o Evangelho de Nosso Senhor,
não só de palavra, mas com o compromisso da vida.

Dom Pedro sempre se sentiu um homem de Igreja, que amava a Igreja e que lutava para que a Igreja fosse
presente na vida do povo.

Isso sem dúvida, ele é um homem de uma profunda espiritualidade, mas profundíssima mesmo, ele vive em
comunhão mesmo com o Mistério de Amor, que é o Deus que ele acredita, presente dentro da realidade e a
quem devemos servir nos pobres. Isso é fora de dúvida. Toda a ação dele sempre teve como objetivo
entender a mensagem e o sonho de Nosso Senhor, e com a força do Evangelho enfrentar aquilo que
impedia a plena realização deste projeto, que é o projeto de justiça, um projeto de vida e vida plena para
todos.

Desde um lugar insigni cante, uma Nazaré do século XX, Dom Pedro conseguiu se tornar una referencia na
vida da Igreja e do mundo.

Justamente por causa da coesão da equipe de pastoral e do embate com a ditadura militar e da
perspicácia profética que ele com a Prelazia tinha, a Prelazia se tornou de fato referencia. Uma coisa que
admiravam os militares da ditadura e os inimigos dele era o fato que qualquer coisa que acontecesse no
Brasil contra os pequenos, ou na Prelazia, de imediato era comunicado e ultrapassava as barreiras que
tratavam de colocar para chegar no Brasil inteiro e até no exterior.

Tanto que no tempo da ditadura, varias vezes os militares foram lá e vasculharam tudo para encontrar a
rádio clandestina que  teve na Prelazia.

Depois de 15 anos que Dom Pedro deixou de ser bispo titular na Prelazia, qual é seu legado?

Dom Pedro, mesmo depois que se


tornou emérito, continua lá em São
Félix e para o povo que o conheceu, o
bispo de São Félix é Dom Pedro e
isso é muito bonito. O fato dele agora
estar extremamente limitado pelo
Parkinson e pela idade também, é
claro que inviabiliza uma presença
mais ativa, mas só o fato dele estar
vivo e estar presente em alguns
momentos signi cativos da Prelazia
já é um ânimo, uma força, uma
bandeira, um sinal que dá coragem e anima para a caminhada.

Ele é uma expressão clara de que a gente fala nem só com as palavras.

Muito mais com a vida.

Alguém que quase não consegue falar continua falando bem mais forte do que muitos que conseguem
expressar palavras.

O bonito é que quem vai lá, pelo menos até pouco tempo atrás quando ainda dava para entender alguma
palavra, ele repetia a todos, tem que ter esperança. O curioso é que indo lá não eram os visitantes que o
animavam, ele que anima a toda pessoa que o visita, apesar desta fragilidade   que se encontra
sicamente.o

Por Luis Miguel Modino- Comunicação das CEBs do Brasil



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O desa o das CEBs é alimentar uma Adriano Ciocca: “La presencia de Don Pedro
“espiritualidade terrenal”. Entrevista especial com Casaldáliga es un ánimo, una fuerza, una bandera”
Pedro Ribeiro de Oliveira

UM COMENTÁRIO

Francisco de Assis Gomes

Parabéns, Dom Pedro, parabéns, Dom Adriano, parabéns, Luís Miguel, por tão profunda e pertinente matéria! Você
também é um presente de Deus, para renovar nossas trincheiras na defesa dos pequenos e na organização e
construção do Reino de Deus e do povo, agora e aqui, porque, como disse Pedro: “Queremos terra na terra, pois já
temos terra no céu”.

11 de fevereiro de 2018 em 12:42 Responder

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Somos povo semente de uma nova
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nação. Somos gente nova vivendo o 00:00 03:38
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