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MAR 2000 NBR 14486


Sistemas enterrados para condução
de esgoto sanitário - Projeto de
ABNT - Associação
redes coletoras com tubos de PVC
Brasileira de
Normas Técnicas
Sede:
Rio de Janeiro
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www.abnt.org.br Origem: Projeto 02:111.01-001:1999
ABNT/CB-02 - Comitê Brasileiro de Construção Civil
CE-02:111.01 - Comissão de Estudo de Sistemas de Coleta de Esgotos - Tubos
e Conexões de PVC
NBR 14486 - Buried sewerage systems - Design of pipe lines with poly (vinyl
chloride) (PVC) pipes
Descriptors: Poly (vinyl chloride) (PVC) pipe. Buried sewerage system
Copyright © 2000,
ABNT–Associação Brasileira de Válida a partir de 02.05.2000
Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil
Palavras-chave: Tubo de PVC. Rede. Esgoto sanitário 19 páginas
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos preliminares
5 Atividades de projeto
6 Requisitos específicos
ANEXOS
A Grandezas, notações e unidades
B Cálculo das deformações diametrais devido à carga de terra e às cargas móveis
C Ábaco para cálculo da altura da lâmina líquida
D Condutores circulares

Prefácio
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS),
são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).
Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pública entre os as-
sociados da ABNT e demais interessados.
Esta Norma inclui os anexos A a D, de caráter informativo.
1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a elaboração de projeto de redes coletoras enterradas de esgoto sanitário
com tubos de PVC, funcionando sob pressão atmosférica, observada a regulamentação específica das entidades res-
ponsáveis pelo planejamento e desenvolvimento deste sistema.
2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para
esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a
revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as
edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado
momento.

NBR 7188:1982 - Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre - Procedimento


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2 NBR 14486:2000

NBR 7362-1:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 1: Requisitos para tubos de PVC com
junta elástica
NBR 7362-2:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 2: Requisitos para tubos de PVC com
parede maciça
NBR 7362-3:1999 - Sistemas enterrados para condução de esgoto - Parte 3: Requisitos para tubos de PVC com
dupla parede
NBR 9648:1986 - Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário - Procedimento
NBR 10569:1988 - Conexões de PVC rígido com junta elástica para coletor de esgoto sanitário - Tipos e dimensões
3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:
3.1 coeficiente de retorno: Razão entre os volumes do esgoto produzido e da água efetivamente consumida.
3.2 coletor de esgoto: Tubulação da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer
ponto ao longo do seu comprimento.
3.3 coletor predial: Trecho da tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal de esgoto ou de des-
carga, ou caixa de inspeção geral e o coletor público ou sistema particular.
3.4 coletor principal: Coletor de esgoto de maior extensão dentro de uma mesma bacia.
3.5 coletor tronco (interceptor): Tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros co-
letores, sem receber contribuição de ligações prediais.
3.6 diâmetro nominal (DN): Simples número que serve como designação para projeto e para classificar, em dimensões, os
elementos de tubulação (tubos, conexões, dispositivos e acessórios) e que corresponde, aproximadamente, ao diâmetro in-
terno dos tubos, em milímetros.
NOTA - O diâmetro nominal (DN) não deve ser objeto de medição nem ser utilizado para fins de cálculos.

3.7 emissário: Tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante.


3.8 ligação predial: Trecho do coletor predial compreendido entre o limite do terreno e o coletor de esgoto.
3.9 órgãos acessórios: Dispositivos fixos, desprovidos de elementos mecânicos (ver 3.9.1 a 3.9.8).
3.9.1 caixa de passagem (CP): Câmara não visitável localizada em pontos singulares por necessidades construtivas.
3.9.2 passagem forçada: Trecho de tubulação em que, por motivos construtivos, o escoamento está sob pressão.
3.9.3 poço de visita (PV): Câmara visitável através de abertura existente na parte superior, destinada à execução de
trabalhos de inspeção e limpeza.
3.9.4 sifão invertido: Trecho de tubulação com escoamento sob pressão, cuja finalidade é transpor, por baixo, obstáculos,
depressões do terreno ou cursos d'água.
3.9.5 terminal de limpeza (TL): Dispositivo não visitável que permite introdução de equipamento de limpeza, localizado no
início de coletores.
3.9.6 tubo de inspeção e limpeza (TIL): Dispositivo não visitável que permite inspeção e introdução de equipamentos de
limpeza.
3.9.7 tubo de inspeção e limpeza - tubo de queda (TIL-TQ): Dispositivo não visitável que permite inspeção, introdução de
equipamentos de limpeza e ligação do coletor afluente ao fundo do TIL, quando houver diferença de cota entre ambos.
3.9.8 tubo de queda (TQ): Dispositivo instalado no poço de visita (PV), ligando um coletor afluente ao fundo do poço,
quando houver diferença de cota entre ambos superior a 0,58 m.
3.10 profundidade: Diferença entre as cotas geométricas da superfície do terreno e da geratriz inferior do coletor.
3.11 recobrimento: Diferença entre as cotas geométricas da superfície do terreno e da geratriz superior do coletor.
3.12 rede coletora: Conjunto constituído por ligações prediais, coletores de esgoto e seus órgãos acessórios.
3.13 singularidade: Qualquer órgão acessório, mudança de direção, seção ou declividade ou, quando significativa, de
vazão.

3.14 trecho: Segmento de coletor, coletor tronco (interceptor) ou emissário, compreendido entre singularidades sucessivas.

4 Requisitos preliminares

Devem ser elaborados os seguintes trabalhos técnicos:

a) relatório do estudo de concepção, conforme a NBR 9648;


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b) levantamento planialtimétrico da área de projeto e de suas zonas de expansão, em escala mínima de 1:2 000,
com curvas de nível de metro em metro e pontos cotados para todas as singularidades;

c) planta, em escala mínima de 1:10 000, onde estejam representadas, em conjunto, as áreas das bacias de esgo-
tamento de interesse para o projeto;

d) levantamento de obstáculos superficiais e subterrâneos nos logradouros onde, provavelmente, deve ser traçada a
rede coletora;

e) levantamento cadastral da rede existente;

f) levantamento das condições físicas da rede existente, visando sua possível utilização no projeto atual; e

g) sondagens de reconhecimento para determinação da natureza do terreno e dos níveis do lençol freático.

5 Atividades de projeto

5.1 Projeto hidráulico

5.1.1 As prescrições desta Norma devem ser complementadas pelas disposições constantes nas instruções técnicas
específicas, relativas à localidade ou área em estudo. Atenção especial deve ser dada às interferências com a rede de
distribuição de água.

5.1.2 Delimitação das bacias de esgotamento, cujas contribuições podem influir no dimensionamento da rede, inclusive as
zonas de expansão previstas, desconsiderando os limites político-administrativos.

5.1.3 Delimitação da área do projeto.

5.1.4 Fixação do início de operação da rede e determinação do alcance do projeto e das etapas de implantação para as
diversas bacias de esgotamento.

5.1.5 Traçado da rede coletora, interligações com a rede existente e posicionamento dos demais componentes do
sistema.

5.1.6 Delimitação de sub-bacias de esgotamento, considerando as diferenças de taxas de ocupação.

5.1.7 Determinação dos comprimentos de cada trecho e do comprimento total da rede.

5.1.8 Determinação da vazão de esgoto a ser coletada, determinando população de início e fim de plano, bem como sua
distribuição espacial.

5.1.9 Determinação das taxas de contribuição linear inicial e final, definidas no anexo A.

5.1.10 Verificação da capacidade hidráulica da rede existente, se prevista sua utilização.

5.1.11 Dimensionamento hidráulico da rede, para cada trecho e órgãos acessórios, conforme 6.1.

5.1.12 Desenho da rede coletora e dos órgãos acessórios, em planta, localizando: as contribuições industriais e outras
contribuições singulares; a identificação do trecho, seu comprimento, declividade e diâmetro; cotas de entrada e saída
dos TILs, TLs e PVs, e suas profundidades.

5.1.13 Desenho, em perfil, de cada rua, indicando o nome da rua, os nomes das ruas que a interceptam e os órgãos
acessórios. Indicar para cada trecho: identificação, comprimento, diâmetro, declividade, profundidade do fundo dos TILs,
TLs e PVs, diferença de cotas nos TIL-TQs e cotas do terreno das tubulações afluentes e efluentes, tanto a montante
como a jusante. Os escoramentos das valas devem estar representados, bem como todas as interferências detectadas
em 4 d).

5.2 Projeto estrutural

5.2.1 Verificação, para trechos com profundidade superior a 4,0 m ou que apresentem solo com módulo reativo inferior a
2,8 MPa, da deformação diametral relativa da tubulação. Se maior que 7,5%, deve ser especificado solo de envolvimento
que apresente maior valor do módulo reativo ou proteção especial para a tubulação, de forma a resultar em deformação
diametral relativa de no máximo 7,5%.

5.2.2 O cálculo das deformações diametrais, devido à carga de terra e às cargas móveis, pode ser executado conforme o
anexo B.

5.3 Projeto de execução

5.3.1 As atividades relativas à execução de redes coletoras compreendem: locação e abertura da vala para as tubulações
e órgãos acessórios; acerto do fundo da vala; assentamento das tubulações e órgãos acessórios; realização dos ensaios
de verificação; fechamento da vala. E, quando necessário: execução de escoramento das valas; drenagem da água;
rebaixamento do lençol freático.
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5.3.2 A largura da vala deve ser estabelecida com os seguintes valores mínimos: 0,60 m para altura de recobrimento igual
ou inferior a 1,50 m; e, 0,80 m para altura de recobrimento superior a 1,50 m.
5.3.3 A vala destinada à colocação dos TILs e TLs deve possuir dimensão interna livre igual à medida externa da câmara
ou balão, acrescida de 0,30 m de cada lado (ver figura 1).
5.3.4 As valas com profundidade até 1,50 m não exigem escoramento em solos estáveis. No caso de solos arenosos en-
charcados, argila muito mole e outros solos instáveis e para profundidades maiores que 1,50 m, deve ser previsto o
escoramento, cujo projeto deve ser baseado em princípios da mecânica dos solos, tendo em vista as necessidades de
segurança dos operários.
5.3.5 Caso o fundo da vala atinja o nível do lençol freático, deve ser prevista uma drenagem eficaz durante todo o tempo
em que a mesma permanecer aberta. Neste caso, o escoramento não pode ser dispensado e deve-se atentar para a pos-
sibilidade de solapamento da base da vala e abatimento da superfície.
5.3.6 O fundo da vala deve ter uma superfície regular e uniforme. As irregularidades devem ser corrigidas com material
granular fino e compactado, especificado em projeto.
5.3.7 As tubulações devem ser assentadas sobre berço com resistência suficiente para mantê-las na devida posição,
evitando recalques.
5.3.7.1 Em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, podem ser previstos dois tipos de berço (ver
figura 2): diretamente sobre o terreno ou com camada de material granular fino.
5.3.7.2 Se o fundo da vala estiver situado abaixo do nível do lençol freático em terrenos firmes com capacidade de suporte
satisfatória, deve ser previsto um lastro drenante de brita nº 3 ou 4 ou cascalho grosso, com uma camada adicional de
material granular fino, sobre o qual será executado o berço.
5.3.7.3 Quando as deformações diametrais calculadas superarem o limite máximo admissível de 7,5%, devem ser es-
pecificados assentamentos especiais, tais como os apresentados na figura 3.

Figura 1 - Vala para colocação do TIL

Figura 2 - Tipos de berços


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Figura 3 - Assentamentos especiais

5.3.8 Deve-se detalhar os cuidados a serem tomados com os materiais em PVC no que se refere ao controle de
recebimento, manuseio, armazenamento e transporte, bem como às condições do material a serem verificadas
visualmente antes do assentamento.

5.3.9 O assentamento dos tubos e órgãos acessórios deve ser detalhado envolvendo alinhamento, nivelamento,
montagem e execução das juntas.

5.3.10 As mudanças de diâmetros devem ser especificadas através de redução e TIL, a jusante da redução.

5.3.11 O comprimento máximo de cada trecho deve ser estabelecido em função do alcance do equipamento de limpeza a
ser empregado na manutenção do sistema.

5.3.12 Nas cabeceiras da rede devem ser previstos TLs e, nos casos em que esteja prevista a extensão do sistema,
devem ser empregados TILs dotados de plugue (tampão).

5.3.13 Em trechos curvos, o coletor pode ser assentado aproveitando-se a flexibilidade dos tubos, devendo-se observar
os seguintes aspectos:

a) as juntas elásticas não permitem deflexões pronunciadas, devendo ser consultado o fabricante dos tubos;

b) as curvaturas máximas admissíveis dos tubos de PVC com parede maciça podem ser determinadas em função dos
seus diâmetros nominais através da figura 4 e tabela 1;

c) devem ser intercalados TILs de passagem (ver figura 5), formando trechos cujos comprimentos e curvaturas sejam
compatíveis com o equipamento previsto para a limpeza, os quais devem preservar a integridade física dos
componentes do sistema;

d) a deformação diametral relativa é positiva na direção vertical, quando a curva for no plano horizontal, e negativa na
direção vertical, quando a curva for no plano vertical.

Figura 4 - Trecho da rede coletora em curva


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6 NBR 14486:2000

Tabela 1 - Valores médios calculados para as curvaturas máximas admissíveis dos tubos de PVC
com parede maciça

Ângulo máximo Deslocamento Deformação


Comprimento de Raio médio de
Diâmetro admissível para admissível para diametral
coletor curvatura
nominal 12 m de coletor 12 m de coletor vertical
(l) (R) relativa
DN (α) (D)
m grau m m %
o
100 12 17 20' 1,82 40 0,16
o
150 12 12 00' 1,25 57 0,16
o
200 12 9 30' 0,99 72 0,16
o
250 12 7 40' 0,80 90 0,14
o
300 12 6 00' 0,63 115 0,14
o
350 12 5 20' 0,56 129 0,14
o
400 12 4 40' 0,49 147 0,14
NOTA - Devem ser utilizados dados fornecidos pelos fabricantes para tubos com outro tipo de parede.

Figura 5 - TIL de passagem

5.3.14 Devem ser previstos ensaios de verificação da estanqueidade a 0,2 MPa durante 10 min nas juntas sujeitas a
escoamento (exceto para o selim) e da deformação diametral interna dos tubos, logo após o assentamento da tubulação e
do reaterro e antes da pavimentação da rua.

NOTA - A deformação diametral interna máxima deve ser determinada pela equação B.4, fazendo-se DL = 1,0 e qm = 0, atendendo a 5.2.1.

5.3.15 Deve-se especificar as condições de reaterro, indicando o tipo de solo a ser empregado, a espessura e o grau de
compactação das camadas.

5.3.16 Sempre que possível, deve-se prever que as ligações prediais sejam executadas em conjunto com a rede coletora
o
através de conexão tipo junção 45 .

5.3.17 Deve-se apresentar desenhos detalhados dos órgãos acessórios utilizados.

5.4 Aspectos relativos à operação e manutenção

5.4.1 O projeto deve estabelecer as condições, critérios e procedimentos para operação e manutenção preventiva e
corretiva da rede.

5.4.2 O projeto deve especificar os equipamentos de manutenção preventiva e corretiva. Os equipamentos de limpeza e
desobstrução da rede devem preservar a integridade física dos componentes do sistema, sendo preferencialmente do tipo
hidrojateamento.

5.4.3 O projeto deve estabelecer também os critérios e procedimentos para as operações de desobstrução e limpeza da
rede.
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5.5 Relatório de apresentação do projeto

O relatório de apresentação do projeto deve conter, no mínimo:

a) apreciação comparativa em relação às diretrizes da concepção básica;

b) projeto hidráulico;

c) projeto estrutural;

d) projeto de execução;

e) especificações de materiais e serviços;

f) orçamento;

g) aspectos relativos à operação e manutenção;

h) desenhos.

6 Requisitos específicos

6.1 Dimensionamento hidráulico

6.1.1 Para todos os trechos da rede devem ser estimadas as vazões inicial e final (Qi e Qf ), conforme o anexo A.

6.1.1.1 Inexistindo dados pesquisados e comprovados com validade estatística, recomenda-se como o menor valor de
vazão, 1,5 L/s em qualquer trecho.

6.1.2 Os diâmetros das tubulações a serem utilizadas devem ser aqueles previstos nas NBR 7362-1, NBR 7362-2 e
NBR 7362-3.

6.1.3 A declividade de cada trecho da rede coletora deve ser superior à mínima admissível calculada de acordo com
6.1.4.

6.1.4 A declividade mínima admissível, em cada trecho, pode ser determinada pela expressão aproximada da equação 1:
-0,47
I0 mín. = 0,0035 x Qi ...1)

onde:

I0 mín. é a declividade mínima admissível para a vazão Qi, em metro por metro;

Q é a vazão inicial de um trecho da rede, em litros por segundo.

6.1.4.1 A equação da declividade mínima foi estabelecida com o critério da tensão trativa média 0,6 Pa, calculada para a
vazão inicial (Qi) e coeficiente de Manning n = 0,010.

6.1.4.2 Para coeficiente de Manning diferente de n = 0,010, os valores da tensão trativa média e da declividade mínima a
adotar devem ser justificados.

6.1.5 Quando a velocidade final Vf for superior à velocidade crítica Vc, a maior lâmina líquida admissível deve ser 50% do
diâmetro interno do coletor, assegurando-se ventilação do trecho. A velocidade crítica é definida pela equação 2:
1/2
Vc = 6 (g x Rh) ...2)

onde:

Vc é a velocidade crítica, em metros por segundo;

g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo, por segundo;

Rh é o raio hidráulico, em metros.

NOTA - Para o cálculo da lâmina líquida (y) pode ser utilizado o ábaco do anexo C. Para o cálculo do raio hidráulico (Rh) pode ser
utilizada a tabela do anexo D.

6.1.6 A altura da lâmina líquida (y) deve ser calculada admitindo-se escoamento em regime uniforme e permanente. A
altura máxima da lâmina líquida é igual a 75% do diâmetro interno do coletor (d0) para a vazão final de um trecho da rede
(Qf). Assim:

yf
≤ 0,75
d0
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6.1.7 Sempre que a cota do nível do líquido na saída de qualquer PV ou TIL estiver acima de qualquer das cotas dos níveis
de entrada, deve ser verificada a influência do remanso no trecho de montante.

6.2 Disposições construtivas

6.2.1 Esta Norma foi elaborada prevendo a utilização de TLs, TILs, TIL-TQs e conexões em material plástico. No entanto,
os TLs, TILs e TIL-TQs podem ser substituídos por PVs ou PVs com TQ e as conexões podem ser substituídas por CPs.

6.2.2 Devem ser instalados terminais de limpeza (TLs) em todos os inícios de coletores.

6.2.3 Devem ser instalados tubos de inspeção e limpeza (TILs) na reunião de coletores e nas mudanças de direção,
declividade, diâmetro e material.

6.2.4 Garantidas as condições de acesso de equipamento para limpeza do trecho a jusante, podem ser usadas conexões
conforme a NBR 10569 em substituição aos TILs nas mudanças de direção, declividade, material e diâmetro.

6.2.4.1 As posições das conexões e CPs utilizadas devem ser obrigatoriamente cadastradas.

6.2.5 Para os casos de escoamento sob pressão deve ser verificado se a tubulação de PVC atende aos requisitos
específicos.

6.2.6 Poços de visita (PV) devem ser obrigatoriamente usados nas extremidades de sifões invertidos e passagens forçadas
e nos casos em que os órgãos acessórios estiverem em profundidade superior a 6 m.

6.2.7 Quando o coletor afluente apresentar diferença de cota (degrau) superior aos estabelecidos na tabela 2 em relação à
tubulação efluente, é obrigatório o uso de TIL-TQ ou PV com TQ.

Tabela 2 - Alturas mínimas de degrau

Diâmetro nominal do tubo Degrau mínimo


(DN)
100 0,58 m
150 0,84 m
200 1,00 m
250 1,25 m
300 1,45 m

6.2.8 O recobrimento mínimo admissível é de 0,90 m para coletor assentado no leito da via de tráfego, ou de 0,65 m para
coletor assentado no passeio. Recobrimentos menores devem atender a 5.3.7.3.

6.2.9 Os poços de visita (PVs) devem atender às seguintes dimensões:

a) tampão e pescoço (chaminé): diâmetro mínimo de 0,60 m;

b) câmara: dimensão mínima em planta de 0,80 m.

6.2.10 A distância entre TIL e TL ou entre TILs consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos de
desobstrução e limpeza.

6.2.11 O fundo de PV, TIL e CP deve ser dotado de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em direção à saída. As
calhas devem ter altura e forma que permitam o direcionamento do equipamento de desobstrução e limpeza.

6.2.12 A rede coletora não deve ser aprofundada para atendimento de economia com cota de soleira abaixo do nível da
rua. Nos casos de atendimento considerado necessário, devem ser feitas análises da conveniência do aprofundamento,
considerados seus efeitos nos trechos subseqüentes e comparando-se com outras soluções.

___________________

/ANEXO A
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Anexo A (informativo)
Grandezas, notações e unidades

A.1 População e correlatos


Notação Unidade

A.1.1 Densidade populacional inicial hab


di
ha

A.1.2 Densidade populacional final hab


df
ha
A.1.3 População inicial
Pi = Aei ⋅ d i Pi hab

A.1.4 População final


Pf = Aef ⋅ d f Pf hab

A.2 Coeficientes ligados à determinação de vazões


Notação Unidade
A.2.1 Coeficiente de retorno C -
A.2.2 Coeficiente de máxima vazão diária k1 -
A.2.3 Coeficiente de máxima vazão horária k2 -
A.2.4 Consumo de água efetivo per capita (não inclui perdas do sistema de
abastecimento)
L
A.2.4.1 Consumo efetivo inicial qi hab ⋅ dia
A.2.4.2 Consumo efetivo final qf

A.3 Áreas e comprimentos


Notação Unidade
A.3.1 Área esgotada total inicial da bacia de esgotamento Aei m2
A.3.2 Área esgotada total final da bacia de esgotamento Aef m2
A.3.3 Comprimento total de ruas L km

A.4 Vazões
Notação Unidade
A.4.1 Vazão de infiltração
I L/s
I = TI x L

A.4.2 Vazão média inicial de esgoto doméstico

qi x Pi Qi L/s
Qi = C x
86 400

A.4.3 Vazão média final de esgoto doméstico

qf ⋅ Pf Qf L/s
Qf = C x
86 400

A.4.4 Vazão concentrada inicial Qci L/s

A.4.5 Vazão concentrada final Qcf L/s


A.4.6 Vazão inicial de um trecho da rede

A.4.6.1 Inexistindo medições de vazão utilizáveis no projeto:


Qi L/s
Qi = ( k2 x Qi ) + I + ∑ Qci (não inclui k1)
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Notação Unidade
A.4.6.2 Existindo hidrogramas utilizáveis no projeto:

Qi = Q i máx. + ∑ Qci

onde Qi máx. é a vazão máxima de hidrograma, composto com ordenadas


proporcionais às do hidrograma medido
A.4.7 Vazão final de um trecho da rede
A.4.7.1 Inexistindo medições de vazão utilizáveis no projeto:

Qf = ( k1 x k 2 x Q f ) + l + ∑ Qcf

A.4.7.2 Existindo hidrogramas utilizáveis no projeto: Qf L/s

Qf = Qf máx. + ∑ Qcf

onde Qf max é a vazão máxima de hidrograma, composto com ordenadas


proporcionais às do hidrograma medido

A.5 Taxas de cálculo

Notação Unidade
A.5.1 Taxa de contribuição linear inicial para uma área esgotada de ocupação
homogênea: L
Txi
Qi − ∑ Qc i s x km
Txi =
L
A.5.2 Taxa de contribuição linear final para uma área esgotada de ocupação
homogênea: L
Txf
Qf − ∑ Qc f s x km
Txf =
L
L
A.5.3 Taxa de contribuição de infiltração TI
s x km

A.6 Grandezas geométricas da seção

Notação Unidade
A.6.1 Área molhada de escoamento inicial Ai m2
A.6.2 Área molhada de escoamento final Af m2
A.6.3 Diâmetro interno do coletor d0 m
A.6.4 Perímetro molhado inicial pi m
A.6.5 Perímetro molhado final pf m

A.7 Grandezas utilizadas no dimensionamento hidráulico


Notação Unidade
A.7.1 Raio hidráulico Rh
A.7.1.1 Raio hidráulico inicial
Ai Rhi
Rhi =
pi m
A.7.1.2 Raio hidráulico final
Af Rhf
Rhf =
pf

A.7.2 Declividade I0
A.7.2.1 Declividade mínima admissível I0 mín m/m
A.7.2.2 Declividade máxima admissível I0 máx
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Notação Unidade
A.7.3 Altura da lâmina líquida y
A.7.3.1 Altura da lâmina líquida inicial yi m
A.7.3.2 Altura da lâmina líquida final yf
A.7.4 Velocidade inicial

Qi Vi m/s
Vi = ou Vi = 100 Rhi 2 / 3 x I1 / 2 ou anexo D
Ai

A.7.5 Velocidade final

Qf Vf m/s
Vf = ou Vf = 100 Rhf 2 / 3 x I1/ 2 ou anexo D
Af

A.7.6 Velocidade crítica Vc m/s


A.7.7 Tensão trativa média
σt Pa
σt = Rh x I0

A.8 Valores de coeficientes e grandezas

Inexistindo dados locais comprovados oriundos de pesquisas, podem ser adotados os seguintes valores:

Valores
A.8.1 C, coeficiente de retorno 0,8

A.8.2 k1, coeficiente de máxima vazão diária 1,2

A.8.3 k2, coeficiente de máxima vazão horária 1,5

A.8.4 TI, taxa de contribuição de infiltração; depende de condições locais, tais


como: nível de água do lençol freático, natureza do solo, qualidade da L
execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizada 0,01 a 1,0
s x km
NOTA - O valor adotado para TI deve ser justificado.
2
A.8.5 g, aceleração da gravidade 9,81 m/s

_________________

/ANEXO B
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Anexo B (informativo)
Cálculo das deformações diametrais devido à carga de terra e às cargas móveis

B.1 Cálculo das pressões externas devido à carga de terra e às cargas móveis

Devem ser calculadas as pressões externas sobre a tubulação devido a dois tipos principais de cargas:

a) cargas de terra resultantes do peso do solo acima da tubulação;

b) móveis, representadas pelo tráfego na superfície do terreno, conforme a NBR 7188.

B.1.1 Pressão devido à carga de terra (qt)

B.1.1.1 Para tubos flexíveis, a carga de terra se apresenta sob forma de pressão do solo, uniformemente distribuída ao
longo da área projetada da tubulação e pode ser calculada pela equação B.1:
qt = γ x g x H ...B.1)
onde:
qt é a pressão devido à carga de terra, em pascals;

γ é a massa específica do solo de reaterro, em quilogramas por metro cúbico;


g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo, por segundo;
H é a altura do recobrimento, em metros.

B.1.1.2 No caso do nível do lençol freático situar-se acima da tubulação, a pressão devido à carga de terra deve ser calculada
pela equação B.2, referida à figura B.1:

qt = γ x g x h + (H − h ) γ s x g ...B.2)

onde:
qt é a pressão devido à carga de terra, em pascals;

γ é a massa específica do solo de reaterro, em quilogramas por metro cúbico;


g é a aceleração da gravidade, em metros por segundo, por segundo;

H é a altura do recobrimento, em metros;

h é a profundidade do lençol freático, em metros;

γs é a massa específica do solo de reaterro saturado, em quilogramas por metro cúbico.

Figura B.1 - Tubulação instalada abaixo do nível do lençol freático

B.1.1.3 Na falta de conhecimento do valor de γs, pode-se adotar os seguintes valores:

a) materiais granulares sem coesão γs = 1 700 kg/m3;

b) pedregulho e areia γs = 1 900 kg/m3;

c) solo orgânico saturado γs = 2 000 kg/m3;

d) argila γs = 2 100 kg/m3; e

e) argila saturada γs = 2 200 kg/m3.


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B.1.2 Pressão devido às cargas móveis (qm)


B.1.2.1 A pressão resultante do solo na geratriz superior da tubulação devido às cargas móveis pode ser calculada pela
equação B.3:
qm = c x f x p ...B.3)

onde:

qm é a pressão devido às cargas móveis, em pascals;

c é o coeficiente de carga móvel, adimensional;

f é o fator de impacto, adimensional;

p é a carga distribuída na superfície sobre uma área (a x b), em pascals.

B.1.2.2 Como fator de impacto (f) recomenda-se adotar:

a) f = 1,50 para rodovias, adimensional;

b) f = 1,75 para ferrovias, adimensional.

B.1.2.3 Como coeficiente de carga móvel pode-se adotar a tabela B.1.

B.1.2.4 Como forma simplificada, a figura B.2 fornece valores de qm resultantes de cargas móveis de 120 kN, 300 kN e
450 kN, sendo considerada a situação mais desfavorável do veículo em relação ao tubo e fator de impacto f = 1,00.

Tabela B.1 - Coeficiente de carga móvel (c) aplicada em uma área (a x b) em função
da altura do recobrimento (H)

b/2H

0,02 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,40

0,02 0,001 0,002 0,004 0,006 0,007 0,009 0,011 0,014

0,05 0,002 0,005 0,009 0,014 0,018 0,023 0,027 0,034

0,10 0,004 0,009 0,019 0,028 0,037 0,045 0,053 0,067

0,15 0,006 0,014 0,028 0,041 0,054 0,067 0,079 0,100

0,20 0,007 0,018 0,037 0,054 0,072 0,088 0,103 0,131

0,25 0,009 0,023 0,045 0,067 0,088 0,108 0,127 0,161

0,30 0,011 0,027 0,053 0,079 0,103 0,127 0,149 0,190

0,40 0,014 0,034 0,067 0,100 0,131 0,161 0,190 0,241


a/2H
0,50 0,016 0,040 0,079 0,118 0,155 0,190 0,224 0,284

0,60 0,018 0,045 0,089 0,132 0,174 0,214 0,252 0,320

0,80 0,021 0,052 0,103 0,153 0,202 0,248 0,292 0,373

1,00 0,023 0,056 0,112 0,166 0,219 0,269 0,318 0,405

1,50 0,024 0,061 0,121 0,181 0,238 0,293 0,346 0,442

2,00 0,025 0,063 0,124 0,185 0,244 0,301 0,355 0,454

3,00 0,025 0,063 0,126 0,187 0,247 0,305 0,359 0,460

5,00 0,025 0,064 0,126 0,188 0,248 0,306 0,361 0,461


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Tabela B.1 (conclusão)

b/2H

0,50 0,60 0,80 1,00 1,50 2,00 3,00 5,00

0,02 0,016 0,018 0,021 0,023 0,024 0,025 0,025 0,025


0,05 0,040 0,045 0,052 0,056 0,061 0,063 0,063 0,064
0,10 0,079 0,089 0,103 0,112 0,121 0,124 0,126 0,126
0,15 0,118 0,132 0,153 0,166 0,181 0,185 0,187 0,188
0,20 0,155 0,174 0,202 0,219 0,238 0,244 0,247 0,248
0,25 0,190 0,214 0,248 0,269 0,293 0,301 0,305 0,306
0,30 0,224 0,252 0,292 0,318 0,346 0,355 0,359 0,361
0,40 0,284 0,320 0,373 0,405 0,442 0,454 0,460 0,461
a/2H
0,50 0,336 0,379 0,441 0,481 0,525 0,540 0,547 0,549
0,60 0,379 0,428 0,449 0,544 0,596 0,613 0,622 0,624
0,80 0,441 0,499 0,584 0,639 0,703 0,725 0,736 0,740
1,00 0,481 0,544 0,639 0,701 0,775 0,800 0,814 0,818
1,50 0,525 0,596 0,703 0,775 0,863 0,894 0,913 0,918
2,00 0,540 0,613 0,725 0,800 0,894 0,930 0,951 0,958
3,00 0,547 0,622 0,736 0,814 0,913 0,951 0,976 0,984
5,00 0,549 0,624 0,740 0,818 0,918 0,958 0,984 0,994

Figura B.2 - Pressão do solo devido às cargas móveis

B.2 Cálculo da deformação diametral relativa dos tubos


B.2.1 A deformação diametral relativa dos tubos enterrados e sujeitos à pressão externa do solo, pressão esta devida à carga de
terra e às cargas móveis, pode ser calculada utilizando-se a equação B.4:
γ DL ⋅ qt + qm
= x 100 ...B.4)
dem 80 CR + 0,61 E'

onde:

γ /dem é a deformação diametral relativa, em porcentagem;


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DL é o coeficiente de deformação lenta, adimensional;


qt é a pressão externa do solo devido à carga de terra, em pascals;
qm é a pressão externa do solo devido às cargas móveis, em pascals;
CR é a classe de rigidez dos tubos, em pascals;
E' é o módulo reativo do solo de envolvimento, em pascals.
B.2.2 O coeficiente de deformação lenta (DL) leva em conta a deformação diametral do tubo que ocorre com o decorrer do
tempo, sob ação contínua da pressão do solo. Recomenda-se adotar os seguintes valores para DL em função dos valores
usuais de E'.
B.2.3 O módulo reativo do solo de envolvimento dos tubos (E') deve ser adotado em função do tipo de solo escolhido e do
seu grau de compactação. As tabelas B.3 e B.4 permitem obter os valores usuais de E'.
B.2.4 O ábaco da figura B.3 pode ser utilizado para se determinar a deformação diametral devido às cargas móveis, à
qual deve-se acrescentar a deformação diametral de curto prazo multiplicada pelo coeficiente de deformação lenta
adotado (DL).
NOTA - Este ábaco é válido apenas para tubos de PVC com parede maciça, conforme a NBR 7362-2.

B.2.5 A deformação diametral relativa máxima admissível a longo prazo para tubulação é de 7,5%.

Tabela B.2 - Valores do coeficiente de deformação lenta (DL)

E’ (MPa) 1,4 2,8 7,0 14,0 21,0


DL (adimensional) 2,00 1,75 1,50 1,25 1,00

Tabela B.3 - Classificação dos solos

Classe Tipo Símbolo Nomes típicos


Pedregulho e misturas de areia e
GW pedregulho bem graduados com
pouco ou nenhum material fino
Pedregulho
limpo Pedregulho e misturas de areia e
Pedregulhos (50% ou mais GP pedregulho mal graduados com
de fração grossa não passa pouco ou nenhum material fino
na peneira nº 4)
Pedregulho siltoso, misturas de
Pedregulho GM pedregulho, areia e silte
contendo
Pedregulho argiloso, misturas de
Solos granulares (menos material fino GC pedregulho, areia e argila
de 50% passando na
peneira nº 200) Areia e areia pedregulhosa - bem
SW graduadas com pouco ou nenhum
material fino
Areia limpa
Areia e areia pedregulhosa - mal
Areias (mais de 50% de graduadas com pouco ou nenhum
fração grossa passa na SP
material fino
peneira nº 4)
SM Areia siltosa, misturas de areia e silte
Areia
contendo Areia argilosa, misturas de areia e
material fino SC argila
Silte inorgânico, areia muito fina,
ML areia fina siltosa ou argilosa
Argila inorgânica de baixa e média
Silte e argila
CL plasticidade, argila pedregulhosa,
(LL ≤ 50) arenosa e siltosa, argila magra
Silte orgânico e argila siltosa
OL orgânica de baixa plasticidade
Solos finos (50% ou mais passando na peneira nº 200)
Silte inorgânico, areias finas ou siltes
MH micáceos ou diatomáceos, silte
elástico
Silte e argila
Argila inorgânica de alta plasticidade,
(LL > 50) CH argila gorda
Argila orgânica de média a alta
OH plasticidade

Turfa e outros solos altamente


Solos altamente orgânicos PT
orgânicos

NOTA - LL é o limite de liquidez.


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16 NBR 14486:2000

Tabela B.4 - Valores médios dos módulos reativos do solo de envolvimento (E’)

Valor E' (MPa), para vários graus de compactação


PROCTOR
Tipo de solo
Solo sem Baixo Moderado Alto
compactação (< 85%) (85% - 95%) (> 95%)
Cascalho 7 21 21 21
Solos granulares com pouco ou nenhum material fino: GW, GP,
1,4 7 14 21
SW e SP
Solos granulares com material fino: GM, GC, SM, SC, solos
finos com média ou nenhuma plasticidade (LL ≤ 50): ML, CL, 0,7 2,8 7 14
ML-CL com mais de 25% de material granular

Solos finos com média ou nenhuma plasticidade (LL ≤ 50): ML,


0,35 1,4 2,8 7
CL, ML-CL, com menos de 25% de material granular
Solos finos com média ou alta plasticidade (LL > 50): MH, CH,
Não há dados seguros. Considera-se E' = 0
CH-MH

NOTA - LL é o limite de liquidez.

Figura B.3 - Ábaco para a deformação diametral

_______________

/ANEXO C
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Anexo C (informativo)
Ábaco para cálculo da altura da lâmina líquida

_________________

/ANEXO D
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Anexo D (informativo)
Condutos circulares

Tabela D.1 - Condutos circulares


2
y/d0 A/d0 Rh/d0 V/Vp Q/Qp
0,01 0,0013 0,0066 0,0890 0,00015
0,02 0,0037 0,0132 0,1408 0,00067
0,03 0,0069 0,0197 0,1839 0,00161
0,04 0,0105 0,0262 0,2221 0,00298
0,05 0,0147 0,0325 0,2569 0,00480
0,06 0,0192 0,0389 0,2891 0,00708
0,07 0,0242 0,0451 0,3194 0,00983
0,08 0,0294 0,0513 0,3480 0,01304
0,09 0,0350 0,0575 0,3752 0,01672
0,10 0,0409 0,0635 0,4011 0,02088
0,11 0,0470 0,0695 0,4260 0,02550
0,12 0,0534 0,0755 0,4499 0,03058
0,13 0,0600 0,0813 0,4730 0,03613
0,14 0,0668 0,0871 0,4953 0,04214
0,15 0,0739 0,0929 0,5168 0,04861
0,16 0,0811 0,0985 0,5376 0,05552
0,17 0,0885 0,1042 0,5578 0,06288
0,18 0,0961 0,1097 0,5774 0,07068
0,19 0,1039 0,1152 0,5965 0,07891
0,20 0,1118 0,1206 0,6150 0,08757
0,21 0,1199 0,1259 0,6331 0,09664
0,22 0,1281 0,1312 0,6506 0,10613
0,23 0,1365 0,1364 0,6677 0,11602
0,24 0,1449 0,1416 0,6844 0,12631
0,25 0,1535 0,1466 0,7007 0,13698
0,26 0,1623 0,1516 0,7165 0,14803
0,27 0,1711 0,1566 0,7320 0,15945
0,28 0,1800 0,1614 0,7470 0,17123
0,29 0,1890 0,1662 0,7618 0,18336
0,30 0,1982 0,1709 0,7761 0,19583
0,31 0,2074 0,1756 0,7901 0,20863
0,32 0,2167 0,1802 0,8038 0,22175
0,33 0,2260 0,1847 0,8172 0,23518
0,34 0,2355 0,1891 0,8302 0,24892
0,35 0,2450 0,1935 0,8430 0,26294
0,36 0,2546 0,1978 0,8554 0,27724
0,37 0,2642 0,2020 0,8675 0,29180
0,38 0,2739 0,2062 0,8794 0,30662
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Tabela D.1 (conclusão)


2
y/d0 A/d0 Rh/d0 V/Vp Q/Qp
0,39 0,2836 0,2102 0,8909 0,32169
0,40 0,2934 0,2142 0,9022 0,33699
0,41 0,3032 0,2182 0,9131 0,35250
0,42 0,3130 0,2220 0,9239 0,36823
0,43 0,3229 0,2258 0,9343 0,38415
0,44 0,3328 0,2295 0,9445 0,40025
0,45 0,3428 0,2331 0,9544 0,41653
0,46 0,3527 0,2366 0,9640 0,43296
0,47 0,3627 0,2401 0,9734 0,44954
0,48 0,3727 0,2435 0,9825 0,46624
0,49 0,3827 0,2468 0,9914 0,48307
0,50 0,3927 0,2500 1,0000 0,50000
0,51 0,4027 0,2531 1,0084 0,51702
0,52 0,4127 0,2562 1,0165 0,53411
0,53 0,4227 0,2592 1,0243 0,55127
0,54 0,4327 0,2621 1,0320 0,56847
0,55 0,4426 0,2649 1,0393 0,58571
0,56 0,4526 0,2676 1,0464 0,60296
0,57 0,4625 0,2703 1,0533 0,62022
0,58 0,4724 0,2728 1,0599 0,63746
0,59 0,4822 0,2753 1,0663 0,65467
0,60 0,4920 0,2776 1,0724 0,67184
0,61 0,5018 0,2799 1,0783 0,68895
0,62 0,5115 0,2821 1,0839 0,70597
0,63 0,5212 0,2842 1,0893 0,72290
0,64 0,5308 0,2862 1,0944 0,73972
0,65 0,5404 0,2882 1,0993 0,75641
0,66 0,5499 0,2900 1,1039 0,77295
0,67 0,5594 0,2917 1,1083 0,78932
0,68 0,5687 0,2933 1,1124 0,80551
0,69 0,5780 0,2948 1,1162 0,82149
0,70 0,5872 0,2962 1,1198 0,83724
071 0,5964 0,2975 1,1231 0,85275
0,72 0,6054 0,2987 1,1261 0,86799
0,73 0,6143 0,2998 1,1288 0,88294
0,74 0,6231 0,3008 1,1313 0,89758
0,75 0,6310 0,3017 1,1335 0,91188
NOTA - Q é a vazão a jusante do trecho e Qp é a vazão
da seção plena para mesma declividade e diâmetro.

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