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EXCENLENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 06 VARA CIVEL

DA COMARCA DE SÃO PAULO/SP

Processo nº ...

MARCELO, já qualificado, por seu advogado, com endereço profissional na rua


(endereço completo), nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS
CONDOMINIAIS, que tramita pelo rito comum, movida pelo CONDOMÍNIO DO
EDIFÍCIO BANDEIRANTES, vêm à este juízo apresentar:

CONTESTAÇÃO

Para expor o que segue:

DAS PRELIMINARES

1. Conexão:

Vêm à presença de Vossa Excelência requerer desde já o envio do processo à 10ª Vara
Cível desta comarca, na forma do artigo 337, VII, do Código de Processo Civil
cominado com os artigos 54, 55, §1º, 58 e 59, do mesmo Código, tendo em vista que já
tramita a Ação de Consignação em Pagamento que fora proposta pelo atual proprietário
do imóvel em tela, em face do Condomínio do Edifício Bandeirantes. Diante do
exposto, requer que seja arguida a presente preliminar.

2. Ilegitimidade Passiva:
Conforme artigo 337, XI do Código de Processo Civil, há na presente carência de ação,
tendo em vista que o réu não é legitimo para contestar, consoante artigo 17 do já citado
Código de Processo Civil, já que esta demanda versa sobre divida condominial referente
aos meses de agosto de 2012ª junho de 1013. Sendo que o imóvel que originou tal
divida foi alienado pelo réu em julho de 2012, portanto, Marcelo não deve responder
por tal obrigação e sim o atual proprietário e possuidor do imóvel em questão. Por isso,
a Peça Exordial deve ser indeferida, como preceitua o artigo 330, II do mesmo código já
citado, e o processo deve ser extinto sem resolução do mérito, conforme artigo 485, VI
também desse mesmo código.

DO MERITO

As dividas condominiais tem natureza Propter Rem, logo, mesmo se procedessem as


alegações da parte autora, e tendo em vista que o réu não é mais proprietário do imóvel,
a obrigação quanto ao pagamento da divida seria do atual proprietário, conforme o
artigo 1345 do Código Civil.

Neste sentido, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho nos ensinam, em seu
livro Novo curso de direito civil, volume 1: parte geral, editora Saraiva, ano 2012, que:
“entende que a cobrança de taxa de condomínio, enquadrável na categoria de ‘obrigação propter
rem’’’

A jurisprudência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal também é pacífica ao


determinar no julgamento da Apelação Cível APL 71174520068070007 DF 0007117-
45.2006.807.0007, que : As dividas condominiais têm natureza propter rem, ou seja,
aderem à coisa e não à pessoa que as contraiu, de forma que o pagamento recai sobre
aquele que figura como titular do domínio ".

PEDIDO

Diante do exposto, requer a V. Exa.:

1 – O acolhimento da preliminar dilatória de Conexão, remetendo o processo para a 10ª


Vara Cível da comarca da cidade de São Paulo;

2 – Em não sendo escolhida a primeira preliminar, que seja acolhida a preliminar


peremptória de Ilegitimidade Passiva, extinguindo o processo sem resolução do mérito;

3 – Vencidas as defesas preliminares, o indeferimento do Pedido Autoral.


4 – A condenação do Autor aos ônus da sucumbência (custas judiciais e honorários de
advogado).

PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos


369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento
pessoal do autor.

Nestes termos, pede deferimento.

Local e data

Advogado

OAB

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