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Seja em reunião de

brainstorming, seja em
apresentação mensal de
resultados, o dia a dia
Uma boa oratória associada a uma linguagem não verbal
corporativo nos exige adequada é de extrema importância para o sucesso
“vender” ideias e projetos pessoal e profissional.

e mostrar performance Quando a comunicação não é eficaz, grandes ideias


podem não vingar ou, até mesmo, não serem
como parte da rotina. desenvolvidas de maneira adequada. Associada às
linguagens verbal e não verbal, está a linguagem
emocional. Isso significa saber gerenciar as emoções – e
impedir que apresentações com grande potencial sejam
prejudicadas por fatores que poderiam ser evitados.
A seguir, mostraremos o que você pode trabalhar em
seu comportamento para aumentar a consciência
e segurança ao se comunicar.
Imagine

seguinte situação: O resultado é que, na hora H,


um profissional precisa informar ao seu a comunicação, muitas
gestor que, acidentalmente, um arquivo
confidencial foi vazado. Nessas horas, vezes, não é do jeito
manter-se calmo é um desafio. A mente
é rodeada por um turbilhão de
que se esperava.
pensamentos negativos, como “eu vou A pessoa começa a gaguejar e não
ser demitido”, ou “ele vai achar que consegue falar da forma que
a culpa foi inteiramente minha”.
gostaria: confiante e segura.
é que a comunicação
nunca sai exatamente
como imaginamos.
De acordo com a fonoaudióloga Ph.D. Mara
Behlau, toda comunicação apresenta cerca

Porém, é possível garantir que os pontos


principais do que queremos dizer sejam ditos
– e de maneira eficaz.
A palavra comunicação é derivada da palavra communis, que, em latim, significa “partilhar”

Sempre que nos comunicamos, mais do que transmitir uma


informação, buscamos despertar uma resposta no outro.
Ser um grande conhecedor de um assunto não garante que
você seja apreciado por quem o escuta.
O bom comunicador tem algumas características importantes.
Uma delas é a consciência sobre a forma como se comunica.
Ou seja, ele sabe o que a sua fala tende a despertar no outro.
Ele busca garantir que a mensagem chegue de forma
correta e se preocupa com o entendimento do ouvinte.
É aquele que conduz as palavras que saem de sua boca
de modo a refletir o mais fielmente possível as ideias que tem
em mente. Considera, também, a postura, os seus gestos,
a conexão visual com os presentes e a entonação de sua voz
como grandes armas para despertar admiração e engajar
os presentes.
em
esperamos que haja reações – de
preferência, positivas – àquilo que
estamos apresentando.
Muitas vezes, porém, a falta de preparo técnico
e emocional faz com que o apresentador fique
nervoso e se perca na transmissão do conteúdo.
O medo do julgamento é o grande empecilho.
“O que vão pensar de mim quando eu estiver lá
na frente?” ou “será que vão achar que estou
falando besteira?”, são pensamentos comuns
e que amedrontam grande parte das pessoas.
de
É da natureza dos seres humanos julgar e ser
julgado pelos outros rotineiramente.
Estamos o tempo todo prestando atenção em
todos os detalhes de quem está ao nosso redor.
Quando há uma pessoa falando à nossa frente,
como em reuniões ou apresentações, então,
o julgamento fica ainda mais incisivo.

não
Muitos, inclusive, consideram que ficar calado
é uma forma de fugir disso. Ledo engano.

Também somos julgados, quando estamos


quietos, pela nossa comunicação não verbal,
ou seja, pela expressão facial e postura.
Saber disso, ainda que intuitivamente, é um dos
motivos do nervosismo que atinge profissionais
antes de reuniões e apresentações corporativas,
ou até mesmo antes de reuniões particulares
com seus chefes.
Para ter controle sobre situações desafiadoras, desenvolver
a inteligência emocional e se colocar no momento presente
é crucial.

Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional,


aponta que apenas entre 10% e 30% do sucesso de uma pessoa
pode ser determinado pela tradicional medida do QI. O restante
é atrelado ao QE, ou seja, o Quociente Emocional.
Por isso, a forma como você gerencia as suas emoções pode
ser muito mais relevante para que você seja bem-sucedido.
Muitas vezes, o seu desespero é tanto que, mesmo antes
do evento, você imagina que já está tudo arruinado. Pode nem
se dar conta de que este é o seu pensamento, mas ele está ali,
contaminando seu comportamento.
Como não consegue identificar que essa é uma falsa situação,
o cérebro a enxerga como verdadeira. Com isso, o risco
de o resultado ser negativo cresce consideravelmente.

A partir do momento em que você está pensando no que


pode acontecer no futuro, não está mais no momento
presente. Com a mente no futuro, você perde o propósito
da comunicação, que é falar com clareza.
o
Trata-se de uma linha de meditação
desvinculada do cunho religioso e muito
praticada por executivos.
Inclusive, grandes empresas, como o Google
e o LinkedIn, oferecem cursos e salas para
a prática aos funcionários. A técnica é simples
e baseada no estado de atenção e consciência
do momento presente; deixando de lado
preocupações com o futuro, que podem
prejudicar seu desempenho em momentos
decisivos.
Já que a forma como nos comunicamos
é reflexo da nossa essência, o resultado
é, também, uma melhor comunicação.
Se vivermos de forma mais consciente,
nossa racionalidade e capacidade para
escolher as melhores palavras
e estratégias adequadas para cada
situação aumentam.
É importante ressaltar, porém, que se
colocar no momento presente não
significa deixar de se preocupar
totalmente com o que você vai falar na
as pessoas tendem a viver próxima reunião – o famoso “deixa
de forma mais serena e feliz. a vida me levar”. Pelo contrário, é você
Isso porque a região cerebral se importar em trabalhar, aqui e agora,
responsável pela felicidade para ter a melhor comunicação possível
é maior entre os praticantes. no futuro.
É muito comum as pessoas falarem de
racionalidade no universo corporativo,
mas estudos de neurociência comprovam
que não existe comunicação sem emoção.
Além das comunicações verbal e não verbal,
existe a emocional. Esta funciona de maneira
transversal àquelas, interferindo diretamente
no verbal e no não verbal.

assim como a voz, são produzidas no sistema


emocional. Por isso, as nossas emoções ficam
muito claras pelo nosso tom de voz.
Já aconteceu com você de falar ao telefone
com alguém e perceber que o outro não
estava muito bem pelo seu tom de voz?
Isso nada mais é do que a comunicação
emocional se manifestando.
Saber gerenciar as emoções é uma característica

Ao se deixar levar pelas emoções negativas, você perde Nessas horas, sua fala se acelera e você perde a conexão
o controle das suas ações e, consequentemente, pode sofrer com a audiência. Os sintomas chegam a ser fisiológicos:
o que a psicologia denomina sequestro emocional. De acordo mãos trêmulas, boca seca, movimentação excessiva até que,
com a Ph.D. Shelley Carson, em seu livro O Cérebro Criativo, por fim, seus gestos ficam contidos. Nos piores casos,
“o sequestro emocional pode assumir a forma de uma violenta os “indesejados brancos” podem aparecer (lembra do tempo
explosão de fúria (raiva extrema), de uma tentativa de suicídio de escola, na hora em que estava fazendo aquela prova
(desespero extremo) ou de um ataque de pânico (medo e não lembrava de nada que havia estudado?).
extremo). Quando você é sequestrado emocionalmente,
sua tendência de ação se torna um imperativo e você tem
pouco controle consciente sobre suas ações. Isso é, em parte,
a base da alegação de ‘insanidade temporária’”.
se
se
em situações desafiadoras,

o ideal é que se prepare emocional e tecnicamente.


O preparo emocional auxilia justamente
no gerenciamento das emoções .
Já o técnico facilitará a absorção do conteúdo
e a condução da apresentação pelo palestrante.
Imagine que um profissional esteja fazendo uma
apresentação de resultados como forma de argumentar
ao gestor em favor da própria promoção. Na hora H, antes que
pudesse fazer qualquer coisa, já estava tomado pelo
nervosismo: as mãos trêmulas, a voz desregulada e o coração
acelerado. Quando saiu de lá, percebeu que deixou
de mencionar pontos importantes – dos quais, nesta hora,
já se lembrava com clareza. Quando o nervosismo aparece,
ele nos domina antes que tenhamos tempo para nos prevenir.
Emoções sentidas são emoções vividas. Por isso, somos
incapazes de controlá-las.
em
Mas o gerenciamento do que você pensa está

A nossa mente não diferencia situações reais de imaginárias –


para ela, o que pensamos é real e nos desencadeia reações
físicas apropriadas.
Sofrer por antecipação, ser negativo e pensar que tudo será um
fracasso, são atitudes que podem, comprovadamente, prejudicar
Porém, os estudos da neurociência nos mostram uma a performance de alguém em uma apresentação.
equação que pode ajudar: todo pensamento gera uma Já pensamentos positivos tendem a gerar bem-estar e maiores
emoção que, por sua vez, provoca um comportamento. O que níveis de felicidade. Imaginar que a sua apresentação será
pode ser gerenciado, então, é o que vem antes das emoções: impressionante e que tudo será um sucesso é fundamental para
os pensamentos. que ela de fato seja.
Você não é capaz de controlar o que as pessoas pensarão Mas, claro, só pensar não garantirá nada. É preciso agir,
a seu respeito. fazer a sua parte.
É importante que você leve em conta o tempo da
apresentação antes de selecionar as informações.
Caso a apresentação seja de 10 minutos, por
exemplo, o ideal é que você se organize para que
o discurso não ultrapasse 5 minutos. Assim, você
garante que apenas o que é relevante seja dito
e deixa um tempo livre para perguntas e interação
com a audiência. Para evitar se perder no
conteúdo, anote previamente o que você pretende
falar. Com um bom roteiro, é mais fácil memorizar
e ordenar os fatos.

se
Após preparar o material, é hora de ensaiar.
Ensaie quantas vezes for preciso, até você

Falamos sobre construção


de roteiros em nosso blog e nesse
ebook: 11 formas rápidas e eficazes
para construir seu conteúdo
é
Seguindo nessa linha, de que
seus pensamentos
impactam no seu
sucesso, a outra dica

a sua apresentação previamente.

Quando dizemos simulação, é simulação Tudo isso porque um dos maiores medos do cérebro
MESMO, como se aquele fosse o momento real. humano é o “desconhecido”.

Fique em pé na frente de uma audiência, mesmo que Ao ensaiar antecipadamente, passando por todos
pequena. Faça o levantamento de possíveis perguntas os momentos previsíveis de sua apresentação, o seu corpo
e peça para alguém questioná-lo no momento. reconhecerá a situação como algo já vivenciado quando
Responda como se fosse real. for para valer. Provavelmente, você ficará mais calmo
e tenderá a se empoderar da importância do seu papel.
no
o de que alguém da audiência faça perguntas difíceis
é comum em apresentações. Sempre há as pessoas que não
concordam ou duvidam do que estão ouvindo e levantam
a mão para dizer isso em voz alta.
Às vezes, o apresentador chega a pensar que ela está
querendo testar os seus conhecimentos ou prejudicá-lo.
Pode ser simplesmente o modo de a pessoa se expressar.
Curiosidade mesmo. E, ainda que seja uma provocação, isso
não é motivo para o apresentador se desestabilizar. Nessas
horas, a empatia é essencial.

Caso você esteja sobre o palco e não saiba a resposta


ao que lhe foi perguntado, ao invés de se estressar, ofender
a pessoa mentalmente e correr o risco de se perder
no discurso, disponha-se a sanar as dúvidas dela em outro
momento. Demonstre que você também está interessado
naquelas informações. No fim da reunião, você pode
convidá-la para um café e, quando tiver as respostas,
compartilhar as informações com mais calma.
boa
Para a equipe saber gerenciar
as emoções para se comu-
Para saberem como construir
narrativas de apresentações
do seu time com
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Para saberem mais sobre


linguagem corporal e passa-
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