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Estrutura da Luz e Sombra

A luz e sombra é a parte do acabamento mais importante,


não dá para você imaginar um objeto finalizado se este não
tiver luz e sombra.

Antes de desenhar a luz e as sombras que você vê, você


precisa treinarseus olhos para ver como um artista.

Os valores são os diferentes tons de cinza entre o branco e o


preto. Os artistas usam valores para traduzir a luz e as
sombras que vêem emsombreamento, criando assim a ilusão
de uma terceira dimensão.

Eclosão e sombreado são técnicas simples e divertido para a


elaboraçãode sombreamento.

Uma gama completa de valores é o ingrediente básico para


sombreamento. Quando você pode desenhar lotes de
valores diferentes,você pode começar a adicionar
sombreamento e, portanto, a profundidade, para seus
desenhos.

Com o sombreamento, a ilusão mágica de realidade


tridimensionalaparece em seu papel de desenho.

Se o objeto for iluminado por todos os lados ou se tiver


sombra ou escuro por todo os lados, ele não aparece, ou
seja, você verá tudo claro ou tudo escuro.
Então é necessário determinar uma fonte de luz para iluminar
o objeto, iniciando assim a forma do mesmo.

Com essa fonte de luz pronta, você precisará texturizar,


escolher os lados e as faces do objeto que não receberão a
luz para poder escurecer essas faces juntamente com essas
texturas, formando assim, o volume.

Com isso, é importante aprender que a iluminação poderá ter


até 5 partes:

1. Brilho, ​ou seja, a área que não será pintada,


representando a área de maior concentração da luz.
2. Meio tom
3. Sombra
4. A luz refletida
5. Sombra projetada
Veja os exemplos:
A figura acima é um exemplo de desenho artístico
hiper-realista.
​ bs: Nem todo desenho precisrá ter necessariamente essas
O
5 partes, porém não esqueça que Luz e Sombra é
fundamental para dar volume e forma ao desenho.

Atenção: Você sabe que os objetos ao seu redor são tridimensionais, porque você
pode andar com eles, vê-los de todos os lados, e tocá-los. Tome um momento para olhar ao
seu redor em objetos familiares. Tente descobrir porque você vêas suas reais formas
tridimensionais. Olhe para os diferentes valores criados pela luz e sombras.

Sombra própria e projetada

Num desenho em duas dimensões, a luz e a sombra são elementos que definem e
caracterizam ​o volume ​do objeto.

O volume é o que distingue os objetos que nos rodeiam. Este depende da luz que recebe, e
por consequência das sombras que este produz.

Podemos definir dois tipos de sombras:

● as próprias

● as projetadas.

As sombras próprias são as que origina o objeto em si próprio e as projetadas são aquelas
que ele produz nas superfícies vizinhas.
Observe a figura acima, você pode ver que atravéz dos efeitos de luz e sombra, um
simples círculo virou uma esfera ao fazer volume com sua​ própria sombra​. Mas quando se
acrescenta a​ sombra projetada ​o objeto deixa de estar no espaço vazio.
Também se deve ter em consideração os reflexos produzidos pela luz, que projetam as
superfícies ou objetos vizinhos já que estas aclaram a sombra própria.
Entre a luz e a sombra há uma zona de transição ou de “meia sombra” que pode variar em
extensão dependendo da intensidade da luz.

E dependendo da graduação do cinza que você colocar no seu desenho, ou seja, se você
apertar mais o tom no papel deixando a sombra mais escura e a sombra projetada super
escura. Você pode, através do seu desenho, especificar do que é feito o seu objeto. Veja o
exemplo:
Mas não basta só um lápis de grafite macio, a gramatura do
papel influencia muito no efeito dos desenhos, por exemplo,
você não conseguirá reproduzir todos esses efeitos num
papel sulfite , no qual, sua gramatura é de 75g/m². É
necessário papel com gramatura acima de 140g/m².

Escala tonal
A escala tonal é excelente para exercitar o olhar, treinar a
percepção da luz e iluminação. Válidas para iluminação
natural e artificial.

Mas para entender sobre a escala de tons das cores e


neutros é preciso entender que cada cor possui um grau de
pureza – não sofrem a ação da luz ou da mistura com outra
cor ou neutro e que os neutros não são cores. Nas duas
situações, com a ação da luz, poderá ocorrer uma variação
tonal sobre o corpo de um elemento em função:

a. das sombras – própria ou projetada;


b. das áreas mais ou menos iluminadas.

Postagens interessantes sobre sombreamento:


● ​Tipos de Sombreamento à grafite

Dica importante:

OS DESENHOS NÃO SÃO FEITOS COM CONTORNOS E


SIM TRABALHADOS EXCLUSIVAMENTE EM FUNÇÃO DA
GRADUAÇÃO DA LUZ E SOMBRA.

Exercícios de Luz e Sombra:

Os desenhos podem ser feitos da observação de quaisquer


imagens, a partir do real ou de fotografias.

EXERCÍCIO 01 – PREPARATÓRIO ESCALAS DE LUZ E


SOMBRA
Abaixo outro exemplo de escala tonal com lápis de gramturas
diferente. No exemplo voce vê apenas 6 quadradas, mas
voce pode fazer com 9 ou 10 quadrados. Mas lembre-se, tem
que fazer sem repetir os tons.
Para exercitar Luz e Sombra

Tomar um olhar mais atento a luz e a sombra

Antes que você possa desenhar os valores apropriados que


ilustram a luze as sombras corretamente, você precisa ser
capaz de identificar visualmente o seguinte:

1. Fonte de luz: A direção da qual se origina uma luz


dominante. A colocação desta fonte de luz afeta todos
os aspectos de um desenho.
2. Sombras: As áreas em um objeto que recebe pouca ou
nenhuma luz.
3. Sombra projetada: A área escura sobre uma superfície
adjacente onde a luz é bloqueada pelo objecto sólido.
A fonte de luz diz-lhe onde desenhar todos os valores de luz
e sombras.

É necessário um pouco de prática para localizar a fonte de


luz, sombras esombras projetadas em torno de um objeto.
Assim que escolher o objeto a ser desenhado, pergunte a si
mesmo as seguintes questões:
1. Onde estão os valores de luz? Olhe para as áreas mais
claras sobre o objeto. Da luz mais brilhante até as mais
leves.
2. Onde estão os valores escuros? Valores escuros,
muitas vezesrevelam as seções do objeto que estão na
sombra. Ao localizarsombras, normalmente você pode
identificar a fonte de luz.
3. Onde está a sombra? A seção da sombra mais próxima
do objeto é geralmente mais escura em um desenho. Ao
localizar a sombra de um objeto, você pode facilmente
descobrir a direção de onde se origina a fonte de luz.
Se voce preferir usar um modelo real, aqui vai a dica, posicione uma folha de papel sulfite
em uma mesa, no meio do papel você colaca qualquer fruta, aqui eu exemplifico com uma
maçã, na direção que voce quiser posicione há alguns centimentro de distante da maçã um
spot; essa distãncia fica como você preferir, lembrando que dependendo da distancia que
spot estiver, o comprimento da sombra projetada pode variar também.
Acima voce vê a mesma maça fotografada em angulos
diferente de visão, assim voce pode se posisionar em
qualquer lugar ao redor da maçã e desenhá-la.

Mas caso prefira basear-se atraves de fotografia, abaixo


segue duas imagem em preto e branco para faciliatar a
percepção da escala de cinzas no moento que for desenhar
e dar forma e volume no objeto a ser ilustrado.
Compreendendo Luz e Sombra em
.​

desenhos realistas

POR ​ROBSON ALMEIDA​6 de abril de 2017


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Categorias: ​Técnicas de desenho realista

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Primeiro explicamos aqui no blog os​ tipos de papel​ e ​lápis


grafite​ utilizados nos desenhos realistas. Depois, orientamos
sobre o ​ambiente ideal​ para desenhar, ​música​ e como ​acertar
na precificação​ dos seus trabalhos. Agora, chegou a vez de
apresentarmos como os segredos de ​luz e sombra​tornam os
desenhos tão impressionantes, com volume e profundidade,
que “saltam do papel”.

A mudança gradual da luz para a escuridão é o efeito mais


importante no acabamento dos desenhos realistas, criando a
ilusão de terceira dimensão. Essa técnica de contraste na
representação dos objetos é chamada “Chiaroscuro”, e teve
origem na pintura renascentista do século XV.

Dominar a transição entre as diferentes tonalidades de grafite é


um desafio para os iniciantes, que muitas vezes evitam
escurecer áreas do desenho, fazendo com que o trabalho final
seja pálido. Ou, quando ocorre o contrário e o traço é muito
forte, resulta em desenhos carregados e muito escuros.

Aplicação de luz e sombra na prática


O primeiro passo na técnica é estabelecer o posicionamento
da luz. Considere os diversos planos de um objeto:

● direita;
● esquerda;
● cima;
● baixo;
● frente e
● trás;
A luz poderá incidir diretamente em apenas três destes lados.

Ao escolher as faces que não receberão luz, você deve


escurecer gradualmente para conferir a profundidade. A
incidência de claridade então será inversamente proporcional à
tonalidade da pigmentação.
Se estiver utilizando o lápis grafite, dê preferência à
graduações acima de 2B e para áreas claras use lápis mais
duros como 2H, H e HB. Sendo que o foco de luz mais dura
deve ficar sem preenchimento ou ser definido utilizando uma
borracha.

Além disso, se o objeto estiver posicionado sobre uma


superfície lisa é importante considerar o reflexo no desenho e a
sombra projetada.

No desenho realista baseado em fotografias não nos


preocupamos de forma tão consciente sobre a direção da luz,
pois esta já está imposta na imagem, basta apenas copiá-la.
Nesse caso, volta a imperar a percepção, precisa-se treinar a
percepção não só às formas, mas também ao tom.

Veja aqui algumas dicas para se perceber melhor os tons:

● Utilizar sempre a referência impressa em preto e branco,


pois uma imagem de referência colorida pode gerar
confusão ou imprecisão na percepção do tom.
● Colocar uma folha sulfite branca ao lado do tom que se
observa e depois ao lado da parte correspondente no
desenho, pois o branco do papel serve de referência para
comparar os tons.
● Apertar um pouco os olhos de forma que a visão fique
meio embaçada, dessa forma desapega-se dos detalhes
focando-se mais nos tons.
● Preencher alguma área de tom bem escuro ou preto em
alguma parte do desenho para que se tenha uma base do
preto e assim conseguir chegar melhor aos tons
intermediários. Dessa forma diminui a possibilidade de
que o desenho fique sem contraste com a ausência de
tons pretos.

Os 5 níveis de iluminação
Para dominar a técnica dos desenhos realistas é preciso saber
identificar as diferentes tonalidades de iluminação:

Brilho​ – Onde é o principal foco de incidência da luz, ou seja,


a área que não será pintada. Em nuances mais complexas
também será possível distinguir a luz natural (sol) de luz
artificial (lâmpada, vela, etc, pela intensidade da luz).

Meio tom​ – Aplicação branda do grafite, obtida utilizando lápis


intermediários com pressão leve.

Sombra​ – Área do objeto que recebe pouca ou nenhuma luz. .


Conheça os efeitos de sombra mais conhecidos:

● Chapado (não há meio tom);


● Esbatido (transição gradual de pressão ou tonalidade do
lápis – degradê);
● Esfumado (efeito de fumaça obtido esfregando algodão
ou papel no grafite);
● Pontilhado (transição na intensidade de concentração de
pontos);
● Hachuras (riscos de linhas próximas ou afastadas);

Sombra projetada e luz refletida​ – Quando há outro objeto ou


uma superfície é possível que sejam projetadas sobre ela uma
sobra que ajuda a compor o realismo do desenho. Seguindo a
mesma lógica, é refletida a incidência da luz que ajuda a definir
as bordas de um objeto.

Efeitos percebidos em desenhos realistas


Usando as ferramentas certas é possível conseguir efeitos
impressionantes, ajustando o contraste de maneira a criar
texturas e expressões vivas, repletas de emoção. No vídeo
abaixo, o professor Charles Laveso demonstra a utilização do
esfuminho no acabamento de suas obras.

Recomendamos a utilização de papel com gramatura acima de


140g/m² e utilizando sempre o lado mais liso do papel para que
seja possível aplicar os efeitos de luz e sombra, além da
textura, que pode ter aspecto de:

● plástico;
● algodão;
● metal;
● metal escovado;
● pele humana;
● entre outros.

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