ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO ESPORTE

NAÇÕES UNIDAS – Não possui um organismo especializado na

matéria esportiva. Assim, não atua ou regulamenta a
organização internacional do esporte.

A autoridade máxima do esporte internacionalmente é o

Comitê Olímpico Internacional (COI), cujas regras devem
ser seguidas e respeitadas pelas organizações e atletas que
desejem integrar o movimento olímpico, e a quem os
Comitês Olímpicos Nacionais estão subordinados.

A Carta Olímpica preconiza que “a organização e a gestão

do desporto devem ser controladas pelos organismos
desportivos independentes reconhecidos como tal”.

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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO ESPORTE

A Organização do Esporte compete portanto às entidades
internacionais respectivas de cada modalidade.

Surgem as Entidades Internacionais de Administração do

Desporto – EIADS, naturalmente participantes do
Movimento Olímpico, e caracterizadas por serem as
autoridades máximas das modalidades que representam
(FIFA, FINA, FIBA, etc.)

Subordinadas às EIADS estão as Entidades Nacionais de

Administração do Desporto (ENADs), autoridades nacionais
das modalidades que representam (CBF, CBB, CBV, etc.)

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 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO ESPORTE

Forma-se entre estas entidades um encadeamento de vínculos

em que, sem estar devidamente vinculada e submetida
formalmente às regras estabelecidas pela entidade de
organização esportiva imediatamente superior, há perda
de representatividade (CBF => FIFA => COI)

A mesma regra vale para o Comitê Olímpico Brasileiro, que

deve submeter-se às regras estabelecidas pelo COI

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ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO ESPORTE

Em termos da Justiça Desportiva, há o mesmo sistema de

vínculos entre entidades internacionais, nacionais e
regionais.

Desta forma, ações transitadas nas instâncias da justiça

desportiva brasileira (em nossos Tribunais de Justiça
Desportiva) podem ser encaminhadas à Corte Arbitral do
Esporte – CAS, instância máxima da justiça desportiva
mundial.

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 ORGANIZAÇÃO NACIONAL DO ESPORTE

O Artigo 217 da Constituição Federal do Brasil, que estabelece

o ordenamento geral do esporte no país, ressalta em seu
caput, que “é dever do Estado fomentar práticas
desportivas formais e não formais, como direito de cada
um”.

Em seu inciso I afirma “a autonomia das entidades desportivas

dirigentes e associações, quanto a sua organização e
funcionamento”.

Assim, a organização do esporte no Brasil cabe,

exclusivamente, a estas entidades.

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ORGANIZAÇÃO NACIONAL DO ESPORTE

A Lei Geral do Desporto (9.615/98 - Lei Pelé) estabelece a
organização sistêmica do esporte no Brasil.

Dentre outros tópicos, a Lei define os seguintes princípios:

• “autonomia das pessoas naturais e jurídicas para se
organizarem para a prática desportiva”.
• “Liberdade de associação desportiva”.

Ela também classificou o esporte como:

• formal e não formal;
• Educacional, participativo e de rendimento (profissional e não
profissional)

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 ORGANIZAÇÃO NACIONAL DO ESPORTE

A Lei Pelé, em termos da organização esportiva no Brasil,

criou o Sistema Brasileiro do Desporto – SBD, composto
por:
• Ministério do esporte – responsável por estabelecer a
Política Nacional do Esporte (políticas para o
desenvolvimento do esporte no país)
• Conselho Nacional do Esporte – órgão colegiado,
formado por membros da sociedade civil, que
normatiza a área esportiva e assessora o Ministério na
definição de políticas públicas para o esporte

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ORGANIZAÇÃO NACIONAL DO ESPORTE

• Sistema Nacional do Desporto – estabelece a organização
do desporto de alto rendimento. Compõem este sistema:
• Comitê Olímpico Brasileiro – COB
• Comitê Paralímpico Brasileiro – CPB
• Entidades Nacionais de Administração do Desporto –
ENADs (Confederações desportivas)
• Entidades Regionais de Administração do Desporto –
ERADS (Federações desportivas estaduais e distritais)
• Ligas nacionais e regionais
• Entidades de prática desportiva (clubes)
• Sistemas de desporto dos Estados, DF e municípios – faculta
aos estados e municípios a constituição de seus próprios
sistemas desportivos
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 ORGANIZAÇÃO NACIONAL DO ESPORTE
Entidades desportivas do Brasil
Denominação
Comitê Olímpico Brasileiro -
COB.
Comitê Paralímpico Brasileiro -
CPB.
Entidades Nacionais de
Administração do Desporto -
ENADs.
Entidades Regionais de
Administração do Desporto -
ERADs.
Ligas.
Entidades de prática desportiva.
Tribunais de Justiça Desportiva -
TJDs e Superiores Tribunais de
Justiça Desportiva - STJDs.
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Descrição
Órgão máximo do Movimento Olímpico brasileiro, submetido ao COI.
Órgão máximo do Movimento Paralímpico brasileiro, submetido ao CPI. O
CPB também funciona como ENAD para alguns desportos paralímpicos.
Organizam suas modalidades desportivas em âmbito nacional, com
reconhecimento da respectiva EIAD. Se olímpicas, também se vinculam ao
COB. São justamente as confederações nacionais esportivas, como, por
exemplo, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos - CBDA.
Organizam as diferentes modalidades em âmbito regional (estadual, no
Distrito Federal, ou, até mesmo, em um coletivo de Estados). São filiadas
às respectivas ENADs.
Formas alternativas de organização de entidades de prática desportiva e
podem ser constituídas em âmbito nacional ou regional. Não são obrigadas
a se vincularem às ENADs.
Pode-se referir a elas como unidades mais simples de organização do
esporte e de seus atletas. Constituem-se como clubes sociais, mas podem
ser inclusas dentre elas as organizações não governamentais que atuam no
esporte, assim como os componentes do chamado Sistema “S”. Podem se
filiar às ligas, ERADs ou até mesmo às ENADs.
Cada modalidade deve manter seu próprio tribunal, seja em âmbito regional
(TJDs) ou em âmbito nacional (STJDs). São órgãos autônomos das
Entidades de Administração do Desporto e lhes competem o processamento
e julgamento de infrações disciplinares. Possuem tanto competência
originária, como também recursal, analisando as decisões proferidas pelas
instâncias inferiores.