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Elaboração de
Materiais para a
Educação a Distância
Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de
materiais para AVA
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Coesão e coerência na concepção de cursos e na
elaboração de materiais para AVA
Objetivos
• Compreender o conceito de metarregras para a boa formação de textos e sua importância
para a elaboração de materiais para cursos em AVA
• Estudar o conceito de coerência e coesão na organização textual para materiais para
AVA, explorando estratégias linguísticas para a sua aplicação na produção de conteúdos
para AVA
Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último
momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou,
ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá
escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar
como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Contextualização
Você já ouviu falar em Maurits Cornelius Escher (1898/1972)? Certamente você
pode não lembrar do nome, mas deve conhecer os trabalhos deste que foi um dos mais
conhecidos e celebrados artistas gráficos modernos.
Acesse o link, a seguir, e faça uma relação entre a gravura de escher, seus vários pavimentos
e escadas, entradas e saídas com que você vai se deparar, e o que acontece quando fazemos
a leitura de alguns sites.
https://goo.gl/biKrYR
Nesta unidade vamos tratar da produção e da leitura de textos escritos para AVA,
tendo em vista a organização dos conteúdos em uma disciplina e /ou curso em AVA,
no que se refere a elementos da linguagem verbal, relacionados à coesão e à coerência.
Com certeza, ao ler o material teórico, você vai se lembrar de Escher e de suas obras.
Bons estudos!!
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Introdução
Nesta unidade, vamos tratar de questões relativas à organização das unidades de
conteúdo em um curso a distância, em Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA),
tanto internamente, em cada unidade que compõe um curso, como no curso como um
todo, e as unidades que o compõem. Vamos refletir um pouco sobre as possibilidades
que a tecnologia oferece para a organização textual dos conteúdos a serem estudados.
Há, entretanto, uma diferença essencial entre essas duas modalidades, presencial e
a distância: no curso a distância, as unidades de conteúdo não estão atreladas ao fator
tempo ligado a hora/aula, como nos cursos presenciais; no curso a distância, são as
unidades de conteúdo que estabelecem o ritmo do trabalho (Cabral, 2008).
Em AVA, nada pode acontecer por acaso! Tudo é planejado, pensando previamente.
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Esse fato exige não apenas competência leitora dos alunos, mas, especialmente,
certos cuidados do produtor de conteúdos a fim de facilitar a transmissão dos conteúdos,
sem, para isso, banalizar os conceitos por simplificá-los em demasia.
Devemos considerar também, com Cabral (2008), que a leitura na tela é mais difícil
e mais lenta que a leitura em papel. Por isso, devemos usar a nosso favor o percurso de
navegação; ele deve orientar a leitura do material e assegurar a clareza na organização
da unidade. Uma das estratégias utilizadas para assegurar maior clareza para os alunos
em relação aos conteúdos do curso encontra-se na organização das seções do curso.
São várias seções, não é? Além de Avisos, Orientações de estudos, fóruns, não é?
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para que um texto seja coerente, é preciso que ele contenha no seu
REPETIÇÃO desenvolvimento linear elementos de recorrência
para que um texto seja coerente, é preciso que haja no seu desenvolvimento uma
PROGRESSÃO ampliação do sentido constantemente renovada
para que um texto seja coerente, é preciso que no seu desenvolvimento não
NÃO-CONTRADIÇÃO introduza nenhum elemento que contradiga o que já foi enunciado anteriormente
para que um texto seja coerente é preciso que os fatos que se denotam no mundo
RELAÇÃO representado pelo texto estejam relacionados
Vejamos!
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Essa recursividade nas seções que compõem as unidades organiza o percurso que o
aluno fará pelo ambiente a cada nova unidade.
Devemos procurar garantir essa recorrência também quando formos prever os itens
de curso. E uma boa estratégia para garantir essa recorrência encontra-se na forma de
nomear os itens que compõem as disciplinas. Todas as unidades de uma disciplina devem
conter os mesmo itens, com uma estrutura de composição semelhante em seus títulos.
Quando o curso não está organizado assim, a cada nova unidade, o estudante terá
que primeiro explorar os itens, para saber o que eles contêm para, depois, estabelecer
seu percurso de estudo. Isso o fará perder tempo. Assim como acontece quando há um
conserto no meio do caminho do trabalho que nos obriga a fazer outro trajeto.
Quando o aluno já conhece os itens de conteúdo e sabe que eles são recorrentes na
disciplina, pode concentrar sua atenção no conteúdo, perdendo menos tempo.
É por isso que podemos pensar na recursividade como um elemento que diminui o
custo cognitivo do aluno para a leitura dos conteúdos.
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em cada unidade de uma disciplina. Para tanto, podemos fazer referências não só a
unidades anteriores, para relembrar o estudante de determinado conteúdo relacionado
ao conteúdo explorado na unidade em desenvolvimento. Podemos, igualmente, apontar
para unidades posteriores, indicando conteúdos que ainda serão trabalhados, a fim de
tranquilizar os mais ansiosos, deixando claro que determinado conteúdo relacionado
ao tema que está em desenvolvimento será abordado em unidade futura. Vale lembrar,
no entanto, que isso nem sempre é possível, pois, nos processos educativos para AVA,
muitos conteúdos são desenvolvidos visando a múltiplas disciplinas, de vários cursos
diferentes, o que implica que nem todas as unidades poderão ser utilizadas em conjunto.
Marty (2005), observa que, por um lado, a tela pode tornar a leitura mais motivadora,
mas, por outro, ela a torna mais complexa diante das várias tarefas implicadas no processo
de navegação em si, sem contar as escolhas que o leitor, e usuário de tecnologia, é
obrigado a fazer em seu percurso de leitura.
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Se, por um lado, o leitor usuário da Internet é mais ágil e lida melhor com desafios
da leitura, por outro, ele tende a realizá-la de forma mais fragmentada, passando de
link em link rapidamente, viajando de um hipertexto a outro, uma vez que a leitura
é marcada pela navegação hipertextual de caráter dinâmico (cf. Cabral, 2013). Isso
também acontece no AVA. O estudante pode tender a “pular” de item em item, sem
concentrar-se nos conteúdos e perder tempo de estudo.
Uma regrinha importante é: evitar textos muito longos, pois eles podem tornar a
leitura mais difícil e cansativa.
Ao contrário, devemos ter o cuidado de não omitir nenhuma informação que seja
importante para a compreensão, pois, no momento da leitura do material o estudante
não conta com o atendimento do tutor de forma síncrona e imediata para dirimir suas
dúvidas, o que, certamente, poderá acontecer após a leitura; mas, nesse momento, ele
contará apenas com a sua leitura do texto para o seu estudo.
Tendo em vista sua característica mais efêmera, as caixas de texto não devem
conter textos extensos, por isso é que se limitam a definições, exemplos ou pequenos
comentários para auxiliar a compreensão do texto.
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Distanciamento físico e temporal entre professor e estudantes
Produção antecipada do material – necessidade de planejamento
Uso da linguagem escrita
Aprendizagem mais sob a responsabilidade do estudante – leitura
↓
Leitura na tela mais difícil e mais lenta que leitura em papel
Percurso de navegação deve orientar a leitura do material
Coesão e coerência do material deve ser assegurada
↓
Apresentar regularidades – elementos de recursividade na organização
Explicitar relações entre conteúdos
Evitar textos longos, e utilizar links para ampliar os conteúdos
Link e hipertexto
Links conduzem a hipertextos; os hipertextos, em um curso a distância podem ser
externos, isto é, que pertencem à imensa rede da Internet, ou internos, isto é, que se
encontram no ambiente do curso, na mesma unidade até.
Entendemos como processo de produção tanto a escrita como a leitura. Ambos são
processos que não ocorrem de forma linear, embora estejam ligados à linearidade do
texto, partindo dela ou conduzindo a ela.
É nesse sentido que podemos dizer que o hipertexto, em seus movimentos não-
lineares, reproduz processos de produção textual.
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Imaginemos que, quando lemos um texto, vários hipertextos são ativados em nossa
memória. O mesmo acontece quando selecionamos os elementos da língua para
construirmos nossos discursos. Sendo assim, podemos afirmar que a Internet apenas
tornou visível um processo que permanecia implícito.
O hipertexto, por sua vez, cumpre uma função importante de estabelecer ligações;
ele permite a ligação de um texto a outro. Por ser um processo de ativação de relações
está diretamente ligado aos movimentos de coesão e à construção da coerência textuais.
Segundo Nielsen (2000:53), os links são a parte mais importante do hipertexto: conectam
as páginas e permitem que os usuários visitem sites novos e interessantes na Web.
O ambiente virtual de aprendizagem exige, portanto, que tenhamos uma visão mais
restrita do link, ou seja, não podemos pensar apenas em sites interessantes, devemos
nos concentrar em conteúdos pertinentes ao tema em estudo, relacionados a ele.
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Precisamos, por isso, estabelecer alguns critérios na criação de links, pois eles podem
garantir ou excluir as possibilidades de coesão entre o texto e o hipertexto a ele ligado
por seu intermédio. Isso quer dizer que, se o link não for preciso em relação ao conteúdo
a que ele vai conduzir o leitor, quando esse leitor acessar o hipertexto por meio daquele
link, ele poderá não encontrar uma informação que de fato amplie as informações
que estava lendo. Nesse caso, o link foi mal escolhido, e também, evidentemente, o
hipertexto de destino.
De acordo com Koch (2002, p.72), o leitor faz de seus interesses e objetivos o fio
organizador das escolhas e ligações, procedendo por associações de ideias que o impelem
a realizar sucessivas opções e produzindo, assim, uma textualidade cuja coerência acaba
sendo uma construção pessoal, pois não haverá efetivamente dois textos exatamente
iguais na escritura hipertextual.
Essa busca pessoal pode conduzi-lo a qualquer espaço na Internet e, por isso,
representa um grande risco, o da perda da tessitura de sua leitura, da perda da coesão
e da coerência, o que ocorre, por exemplo, quando o usuário do site não consegue
retornar ao site de que partiu.
Uma palavra de sentido genérico, por exemplo, não é adequada para servir de link,
pois o usuário terá dificuldade para prever os conteúdos do hipertexto de destino a que
aquele link conduz. Veja o trecho a seguir, extraído do resumo de um artigo científico
publicado na Web:
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Resumo: O artigo apresenta reflexões sobre o texto no contexto digital, buscando identificar
os desafios que esse tipo de textos apresenta aos leitores, especificamente, para dar conta,
de forma integrada, das diversas linguagens e dos diferentes recursos que caracterizam os
textos da Web, marcados pela multimodalidade. Abordando os elementos que interferem
na leitura dos textos digitais multimodais, o trabalho propõe os princípios de textualidade,
ou as características prototípicas do texto, juntamente com a simultaneidade de diferentes
modos expressão e a integração entre eles, como conceitos pertinentes à análise e ao
tratamento de textos multimodais do ponto de vista da leitura.
CABRAL, A. L. T. Leitura de Textos Multimodais: simultaneidade e integração na construção
dos sentidos. Disponível em: https://goo.gl/5mmfEx
Observando esse resumo, podemos pensar em palavras cujos conteúdos são passíveis
de ampliação, no sentido de oferecer mais informações para o leitor, como, por exemplo,
multimodalidade e princípios de textualidade.
Já palavras como desafios e elementos não servem como links, pois têm um
sentido muito genérico. Embora no resumo, especificamente, a palavra desafios
faça referência à multimodalidade, ela não especifica claramente para o leitor que
o conteúdo que ele encontrará no hipertexto de destino seja sobre o conceito de
multimodalidade. O mesmo acontece com a palavra elementos, que, embora faça
referência aos princípios de textualidade, por ter sentido genérico, não permite
associar indubitavelmente o link a um hipertexto de destino que traga informações
sobre o conceito de princípios de textualidade.
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No parágrafo destacado, encontramos a menção a dois exemplos utilizados pelo
autor citado: frasco de alimento e lista telefônica. Essas duas expressões não têm relação
direta com o tema desenvolvido no texto, nem mesmo com o conceito explorado. Trata-
se apenas de dois exemplos. Essas palavras não podem, portanto, servir de link, pois
conduziriam a hipertextos cujos conteúdos não têm nenhuma relação com o tema do
artigo, o que geraria uma quebra na coerência.
Também as palavras de sentido metafórico não devem ser utilizadas como link, pois o
hipertexto de destino pode não ser adequado ao sentido figurado em que está empregada
a palavra no texto de origem e essa não coincidência de sentidos certamente causará
um problema de coerência, pela quebra de relação entre os sentidos dos hipertextos
linkados. Observe o trecho a seguir:
Essa garantia é, em grande medida, fornecida pelo link, que funciona, dessa forma,
como uma palavra-chave, estabelecendo um elo semântico entre um hipertexto de
origem e um hipertexto de destino, ampliando os sentidos do texto de origem, por meio
de conexões textuais, funcionando como redes de referência, ou seja, o link associa o
texto de origem ao hipertexto de destino, estabelecendo entre eles uma relação em rede.
Por isso, no que diz respeito à seleção de links para cursos em AVA, é importante que
façamos uma escolha cuidadosa, limitando-nos aos conteúdos que realmente precisam
ser ampliados e estabelecendo como link palavras chave sobre o tema e/ou conceitos.
Vale lembrar ainda que conteúdos e conceitos que requerem apenas breves explicações
podemos ligar a caixas de texto.
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Todo usuário de Internet sabe que a palavra sinalizada como link conduzirá a um
novo conteúdo, a um hipertexto. Assim, o link, por representar essa possibilidade de
ampliação de sentidos e por estar destacado do restante do texto, sinalizado em cor
diferente, inclusive, desperta no leitor certa curiosidade.
Dessa forma, devemos pensar que, por meio de links, podemos conduzir o processo
de construção dos sentidos do texto que apresentamos a nossos alunos de forma mais
controlada e direcionada. Podemos, de certa forma, conduzir a leitura de nossos alunos.
É nesse sentido que Cabral (2008), afirma que o link cumpre também uma função
argumentativa, pois ele pré-seleciona o percurso de leitura, pré-determinando o
direcionamento desejado pelo produtor do texto. Para a autora, é como se o produtor
chamasse a atenção do leitor para conteúdos que ele considera importante ampliar.
Por isso, é importante que, ao conceber um material teórico para curso a distância em
AVA, façamos um bom planejamento, estabelecendo claramente os conceitos essenciais
que consideramos importantes ampliar.
Os demais conceitos, aqueles que não fazem parte dos conteúdos prioritários, podem
ser ampliados sob a forma de uma seção com indicação de materiais complementares,
aos quais os estudantes recorrerão se tiverem interesse e o desejarem.
Hipertexto e coerência
Storrer (2009) observa que cada usuário lê o hipertexto e os elementos linkados
numa sucessão diferente, impossível de ser prevista pelo produtor do material. De
fato, por mais que procuremos assegurar certo percurso nas orientações e avisos, não
podemos ter certeza de que os estudantes não irão primeiro tentar conhecer as atividades
propostas antes de estudar o conteúdo, por exemplo. Assim também acontece com os
links e hipertextos. Ninguém pode ter certeza a respeito de quais links serão clicados por
determinado usuário.
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1. em primeiro lugar, a falta de uma ordem de leitura que poderia ser antecipada,
considerando as várias possibilidades de percursos e a multiplicidade de textos
ligados pelo processo de hipertextualização;
2. em segundo lugar, a recepção descontínua do texto, uma vez que o processamento
contínuo da informação, quando acontece, limita-se a um dos elementos de rede
hipertextual, um dos hipertextos; e,
3. por fim, a falta de limites do suporte midiático, que possibilita a linkagem de
uma infinidade de hipertextos.
O autor propõe estratégias para dar conta das três questões apontadas por ele e
auxiliar a construção da coerência hipertextual:
1. recursos de orientação, que auxiliam a construção de um modelo da estrutura
de um documento hipertextual, como as vistas panorâmicas do site, ou mapa do
site, que refletem o plano de texto do site;
2. recursos de contextualização global, como títulos e frases temáticas, que
explicitam a função e a temática de um conteúdo apresentado sob a forma de
hipertexto no documento hipertextual geral, facilitando a coerência global;
3. recursos de contextualização local, como a escolha das etiquetas dos links,
explicitando quais conteúdos são acessíveis a partir do documento hipertextual
que o usuário está lendo.
É importante lembrar, também com Storrer (2009, p.99), que o produtor do texto,
independentemente da mídia, tem interesse em apoiar o leitor, da melhor maneira
possível, na construção de estruturas coerentes de conhecimento.
São os conteúdos propostos por meio de links que fornecem pistas para a navegação
e orientam a construção da coerência.
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Coesão e coerência na concepção de cursos e na elaboração de materiais para AVA
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Leitura de textos multimodais: simultaneidade e integração na construção dos sentidos
Indicamos, para que você aprofunde seus conhecimentos a respeito da leitura de textos
multimodais, o artigo “Leitura de textos multimodais: simultaneidade e integração na
construção dos sentidos” da Profª Ana Lúcia Tinoco Cabral, que você encontra na página
89 da revista Intersecções. Para acessar esse número da revista copie e cole o link a
seguir no seu provedor:
https://goo.gl/5mmfEx
Este artigo apresenta reflexões sobre o texto no contexto digital, buscando identificar os
desafios que esse tipo de texto apresenta aos leitores, especificamente, para dar conta,
de forma integrada, das diversas linguagens e dos diferentes recursos que caracterizam os
textos da Web, marcados pela multimodalidade, conforme indica a autora no seu resumo.
Com certeza você poderá fazer relações entre o que se apresenta no artigo e o que vimos
nesta unidade a respeito de links e de hipertexto, também presentes na web.
E ainda: Este é um número especial da revista e nele você encontrará vários artigos que
tratam da multimodalidade. Vale a pena ler!!
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Referências
CABRAL, A. L. T. Produção de material para cursos a distância; coesão e coerência.
In: Marquesi, S. C. ; Elias, V. M. S. e Cabral, A. L. T. Interações Virtuais: perspectivas
para o ensino de Língua Português a distância. São Carlos: Claraluz, 2008.
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