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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral,
com aulas e Estudo Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totali-
zando uma coleção com 113 exemplares. O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla,
de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a
aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades. A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Murilo de Almeida Gonçalves
Editoração eletrônica
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
Imagens
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
Pixabay (https://www.pixabay.com)
ISBN
978-85-9542-243-8
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por fim único e exclusivo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a in-
clusão de informação adicional, ficamos à disposição para o contato pertinente. Do mesmo modo,
fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos direitos sobre as imagens pub-
licadas e estamos à disposição para suprir eventual omissão de crédito em futuras edições.
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SUMÁRIO
ENTRE SOCIDADES
SOCIOLOGIA
AULA 1: SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA: AUGUSTE COMTE 006
AULA 2: SOCIOLOGIA CLÁSSICA: ÉMILE DURKHEIM I 012
AULA 3: SOCIOLOGIA CLÁSSICA: ÉMILE DURKHEIM II 018
AULA 4: SOCIOLOGIA CLÁSSICA: MAX WEBER 024
AULA 5: SOCIOLOGIA CLÁSSICA: KARL MARX I 031
AULA 6: SOCIOLOGIA CLÁSSICA: KARL MARX II 038
AULA 7: SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA: PIERRE BOURDIEU 045
AULA 8: O PROCESSO CIVILIZADOR: NORBERT ELIAS 053
AULA 9: ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL E SUAS FORMAS 061
AULA 10: CULTURA E PATRIMÔNIO CULTURAL 067
AULA 11: ETNOCENTRISMO E RELATIVISMO CULTURAL 075
AULA 12: INDÚSTRIA CULTURAL E SOCIEDADE DO ESPETÁCULO 082
AULA 13: MICHEL FOUCAULT 088
AULA 14: O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA 095
AULA 15: A QUESTÃO DE GÊNERO 103
AULA 16: MOVIMENTOS SOCIAIS 110
AULA 17: IDENTIDADE 117
AULA 18: SOCIOLOGIA BRASILEIRA: GILBERTO FREYRE 123
AULA 19: SOCIOLOGIA BRASILEIRA: CAIO PRADO JR. E SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA 128
AULA 20: SOCIOLOGIA BRASILEIRA: FLORESTAN FERNANDES 135
AULA 21: SOCIOLOGIA BRASILEIRA: DARCY RIBEIRO E HERBERT DE SOUZA 142
AULA 22: SOCIOLOGIA BRASILEIRA: ROBERTO DAMATTA 150
AULA 23: MODERNIDADE LÍQUIDA: ZYGMUNT BAUMAN 156
AULA 24: O MEIO AMBIENTE COMO PROBLEMA SOCIAL 163
AULA 25: AS NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA: PIERRY LÉVY 171
AULA 26: AS NOVAS FORMAS DE COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA: MANUEL CASTELLS 178
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.
H6 Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
Competência 2
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, con-
flitos e movimentos sociais.
Competência 3
Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na
vida social.
Competência 4
H16 Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função,
organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção.
Competência 5
H21 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político.
H22 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construçãodo texto literário.
H23 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional.
H24 Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
Competência 6
H26 Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
H28 Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
A prova apresenta uma relação da So- A prova trata a Sociologia com um olhar
A prova apresenta uma temática socioló-
ciologia com a Geografia. Diante disso, o independente, não relacionando com
gica relacionada com literatura, exigindo
candidato precisa relacionar as transfor- História. O seu enfoque é relacionar te-
do candidato a interpretação do assunto
mações do espaço e do próprio homem orias e correntes filosóficas associadas
abordado.
em conjunto com as teorias sociológicas. ou contrárias.
A prova cobra a disciplina de Sociolo- A prova é direcionada para a prática da A prova cobra a disciplina de Sociolo- A prova direciona diretamente para a
gia de forma indireta nas temáticas de Medicina. Assim, a Sociologia é cobrada gia de forma indireta nas temáticas de Sociologia, com conceitos sociológicos, e
redação. de maneira indireta, principalmente nos redação. é abordada de forma indiretamente nas
temas de redação, que podem auxiliar os temáticas de redação..
candidatos a elaborarem melhor os seus
argumentos.
A prova apresenta a Sociologia de forma A prova segue diretamente a disciplina A prova não aborda a Sociologia.
sutil, apontando alguns aspectos cultu- de Sociologia, com questões específicas,
rais e étnicos. podendo também fazer uma abordagem
nas temáticas de redação.
VOLUME ÚNICO
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: livro
HABILIDADE(s)
O que é Sociologia
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
Para alguns ela representa uma poderosa arma a serviço
1
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
dos interesses dominantes; para outros é a expressão teó-
rica dos movimentos revolucionários. Como compreender
as diferentes avaliações que a Sociologia recebe? Deba-
tendo a dimensão política dessa ciência, o autor reflete
em que medida as teorias sociológicas contribuem para
manter ou alterar as relações de poder da sociedade.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Comte – As leis dos três Estados
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
1.1. Positivismo O positivismo de Auguste Comte
O pensamento científico e experimental é o único guia
para o ser humano, de forma que a ciência é a base dessa
doutrina, com o intuito de organizar todos os elementos da 1.2. Positivismo no Brasil
sociedade, inclusive a área religiosa. Com o início da República, no século XIX, o positivismo
Em sua obra Sistema de política positiva (1854), Comte cria ganhou força, principalmente na cidade do Rio de Janeiro.
a religião da humanidade ou a religião positivista, que tem Com suas características de que existe uma hierarquia, a
como diretrizes: "O amor por princípio, a ordem por base; qual deve seguir uma ordenação científica, o positivismo
e o progresso por fim". Acreditando fielmente na ciência, ganhou muitos adeptos do alto oficialato do Exército e en-
Comte defende um processo de progresso contínuo e evo- tre a camada burguesa. Diante disso, a nova bandeira do
lutivo da humanidade. Brasil ganhou um lema positivista.
multimídia: livro
DIAGRAMA DE IDEIAS
COMTE
POSITIVISMO
O PROGRESSO
POR FIM
duos são fundamentos da solidariedade na formação da QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M.L.O.; OLIVEIRA,
M.G.M. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e
estática social; essa diversidade produz vantagens para a Weber. Belo Horizonte: UFMG, 2002, p. 12.
evolução, em comparação com a homogeneidade.
c) O desenvolvimento das forças produtivas é a base Com base nos conhecimentos sobre o surgimento da
para o progresso e segue uma linha reta, sem oscila- Sociologia, assinale a alternativa que apresenta, corre-
ções e, portanto, a interferência humana é incapaz de tamente, a relação entre conhecimento sociológico de
alterar sua direção ou velocidade. Auguste Comte e as ideias iluministas.
CH
Ele compreende a “cultura” como algo coletivo, um ele-
mento vivo, por assim dizer, que acaba se transformando
COMPETÊNCIA(s)
ao longo do tempo. Assim, a sociedade se constrói me-
1, 2, 3, 4 e 5 diante essas transformações culturais, consolidando ou
rejeitando princípios morais e éticos.
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, Durkheim preocupou-se em definir um método e um obje-
2
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25 to próprio da Sociologia para consolidá-la como uma ciên-
cia. Para isso, ele define o conceito de fato social, que seria
o objeto de análise do cientista social.
estudos em Filosofia na Escola Normal Superior de Paris, meus pensamentos, o sistema de moedas que emprego
para pagar as dívidas, os instrumentos de crédito que
migrando, mais tarde, para a Alemanha. Foi professor da
utilizo nas minhas relações comerciais, as práticas segui-
primeira cátedra de Sociologia da França; em 1902, foi das na profissão etc. funcionam independentemente do
transferido para a Sorbonne, onde, junto com outros cien- uso que delas faço.
tistas, formou um grupo que seria conhecido como Escola (DURKHEIM, E. As regras do método. São
Sociológica Francesa. Paulo: Editora Nacional, 1974, p. 2).
multimídia: música
multimídia: livro Fonte: Youtube
Pequeno cidadão - Arnaldo Antunes.
2009. Álbum: A curva da cintura
Sociologia clássica: Marx, Durkheim e Nessa canção, nos deparamos com uma sequência de
Weber - Carlos Eduardo Sell ordens, totalmente vigiadas por um adulto, que, de uma
Esse livro apresenta o pensamento dos fundadores da forma coercitiva, controla tudo de maneira a estabelecer
Sociologia a partir de três eixos básicos: teoria socioló- as regras e as normas.
gica; teoria da modernidade; teoria política: problemas
e desafios da realidade social. Esse método, além de
permitir uma análise comparativa das teorias de Marx, 1.3. A religião para Durkheim
Durkheim e Weber, possibilita também uma compre-
Na intenção de investigar o ser humano, Émile Durkheim
ensão da Sociologia enquanto ciência e uma reflexão
nota que o elemento primordial que entrelaça todos os
sobre a natureza e as perspectivas da vida social em
seres é a religião, sejam monoteístas ou politeístas, todas
tempos modernos. Retomando a visão desses autores,
as religiões separam o mundo profano do mundo sagrado.
o leitor é convidado a exercitar sua "imaginação socio-
Ele considera todas as religiões como iguais, pois são “es-
lógica", adentrando, assim, no rico debate sociológico
pécies de um mesmo gênero”, contendo um sistema de
sobre as diferentes maneiras, métodos e perspectivas de
crenças e de cultos, conjuntos de atitudes rituais, nas quais
pesquisa e interpretação da sociedade.
os seus “movimentos são estereotipados”. A religião cons-
trói a sociedade, na qual “as divisões em dias, semanas [...]
VOLUME ÚNICO
DIAGRAMA DE IDEIAS
DURKHEIM
MÉTODO SOLIDARIEDADE
CIENTÍFICO MECÂNICA
• NORMAL
• PATOLÓGICO
• ANÔMICO
PROCESSO DE SOLIDARIEDADE
INVESTIGAÇÃO ORGÂNICA
COMPLEXA
VOLUME ÚNICO
b) dar liberdade ao indivíduo, em uma dada sociedade, c) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida social.
de praticar ações e atitudes ligadas ao seu senso crítico. d) adesão aos padrões de investigação típicos das
ciências naturais.
c) ser particular de cada indivíduo, sem interferência
do grupo social no qual está inserido. e) incorporação de um conhecimento alimentado pelo
engajamento político.
d) exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior.
Gabarito
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. D 7. D 8. C 9. B
10.
a) Sim. O uso de redes sociais como o Facebook tem
se mostrado geral, coercitivo e exterior aos indivídu-
os; uma vez que seu uso é cada vez mais intenso, as
pessoas se sentem coagidas a participar dessas redes
e isso independe do gosto delas por essa forma de
comunicação.
b) Ao caráter coercitivo. Uma vez fazendo parte dessa
rede social, a pessoa encontra grandes dificuldades
para deixar de utilizá-la. Isso está presente, na figura,
pela ausência da porta de saída.
CH
pela obediência coercitiva do coletivo. Um exemplo
desse altruísmo são os terroristas, chamados “ho-
COMPETÊNCIA(s)
mens/mulheres-bombas”, que, por uma ideologia,
1, 2, 3, 4 e 5
tiram as suas próprias vidas em prol de um ideal.
HABILIDADE(s) § Anômico: ato que representa uma mudança abrupta
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, em um contexto de desregramento social, em que se
3
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
observa um aumento dos índices de suicídio. Pode ser
motivado por uma crise social, como o desemprego
ou por processos de transformações sociais, como a
modernização, que substituiu o homem no mercado
de trabalho.
1. O suicídio
Em sua obra intitulada O suicídio, de 1897, Durkheim pre-
tende provar que o suicídio é um fato social ocasionado multimídia: vídeo
pela coerção exterior e independente do indivíduo.
Fonte: Youtube
O suicídio
O vídeo aborda a temática do suicídio segundo a visão
de Émile Durkheim.
multimídia: música
Fonte: Youtube
multimídia: vídeo Senhor Cidadão - Tom Zé. 1972. Álbum: Tom Zé
Fonte: Youtube Nessa canção, Tom Zé aponta os fatos sociais que cons-
Bicho de Sete Cabeças - Brasil: 2000 (80 min) tituíram a sociedade, utilizando-se de uma crítica.
O filme discute possibilidades e limites das instituições
de socialização (religiosas, escolares e familiares), ins-
Uma disciplina só pode ser chamada ciência se tiver um
tituições totais (manicômios, instituições carcerárias campo definido a explorar. A ciência trata de coisas, re-
e hospitais), além da violação dos direitos humanos e alidades. Se não tiver um material definido a descrever
construção da cidadania. e interpretar, existe um vácuo. Além da descrição e da
interpretação da realidade, ela não pode ter função real.
A aritmética trata de números; a geometria, de espaços
e figuras; as ciências naturais, de corpos animados e ina-
Solidariedade mecânica Solidariedade orgânica nimados; e a psicologia, da mente humana. Antes que
a ciência social pudesse começar a existir, era preciso
Sociedade simples Sociedade complexa
atribuir-lhe um assunto definido.
Com inúmeras formas de divisão
Menor divisão do trabalho À primeira vista, esse problema não apresenta dificuldade:
do trabalho
o assunto da ciência social são as “coisas” sociais, ou seja,
VOLUME ÚNICO
Seres iguais Seres diferentes leis, costumes, religiões etc. Todavia, se olharmos para a
Funções iguais Funções especializadas história, percebemos que, até bem recentemente, nenhum
filósofo jamais encarara esses assuntos sob essa luz.
Consciência coletiva maior Consciência individual maior ÉMILE DURKHEIM
Coerção pela força e violência Coerção pelo controle formalizado Montesquieu e Rousseau: pioneiros da Sociologia.
São Paulo: Madras, 2008, p. 17
DURKHEIM
DIVISÃO DO
SUICÍDIO
TRABALHO SOCIAL
• EGOÍSTA
• ALTRUÍSTA
• ANÔMICO
FRUTO DE
REPRODUÇÃO DOS
FATOS SOCIAIS
SOCIEDADES SOCIEDADES
TRADICIONAIS MODERNAS
VALORES VALORES
SEMELHANTES DIFERENTES
presença de instituições.
e os profissionais da educação e saúde em relação ao
“jogo” Baleia Azul, que propõe 50 desafios aos partici- b) A solidariedade orgânica é compatível com a so-
pantes e sugere o suicídio como última etapa. ciedade de classes, pois a vida social necessita de
trabalhos diferenciados.
Disponível em: <www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-
regiao/jogo-baleia-azul-deixa-curitiba-em-alerta-oito-ja- c) Ao criar seres indiferenciados socialmente, o “ho-
brincaram-com-morte/>. Acesso em: 22 abr. 2017. mem massa”, as cidades recriam a solidariedade me-
cânica em detrimento da solidariedade orgânica.
apenas com essa realidade, ou seja, o estudo metódico 9. (UFU) A industrialização e o surgimento concomitan-
que conduz ao estabelecimento de leis explicativas dos te de grandes centros urbanos com seus aglomerados
fenômenos. A Sociologia seria uma ciência no meio de populacionais e um crescente processo de individuali-
outras ciências positivas. zação constituíram temas recorrentes na investigação
RODRIGUES, J.A. (Org.). Émile Durkheim: Sociologia. sociológica clássica. Discorra a respeito da relação en-
São Paulo: Ática, 1978, p. 19-21; MARTINS, C.B. tre os processos de urbanização e individuação, a partir
O que é Sociologia. São Paulo: Brasiliense, 1982, p. 50-51. da abordagem sociológica de Émile Durkheim
6. D 7. B
8. As instituições que participam da sociabilização das crianças
são a família, a escola e a igreja. Além disso, como o primeiro
exemplo, tem-se a influência que os meios de comunicação de
massa exercem na formação das crianças. A entrada da mulher
no mercado de trabalho também é um exemplo, pois não permi-
te que a mulher esteja custodiando integralmente a educação de
seus filhos, deixando para a creche ou para a TV a responsabili-
dade dos cuidados com as crianças.
9. Segundo Durkheim, o processo de individuação, mediante o
qual a consciência individual tende a se sobrepor à consciência
coletiva, de modo que as regras de comportamento passem a se
basear cada vez mais em interesses particulares, constitui carac-
terística marcante dos meios urbanos das sociedades modernas.
O suicídio egoísta é o tipo de suicídio característico desse tipo
de sociabilidade, definindo‐o como aquele “que resulta de uma
individuação excessiva”, levando a um enfraquecimento da so-
ciedade nos indivíduos, portanto, à falta de “uma razão para su-
portarem com paciência as misérias da existência”. Não se sabe
mais "o que é possível e o que não é, o que é justo e injusto,
quais são as reivindicações e as aspirações legítimas, quais são
aquelas que passam da medida". Tal estado de desregramento
ou anomia é acompanhado de um surto de paixões indisciplina-
das e ímpetos incontrolados e, desse modo, também de aumento
na curva de suicídios.
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
HABILIDADE(s)
Na íntegra - Max Weber 2/2
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
Entrevista com Gabriel Cohn, professor da faculdade de
4
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
Ciências Sociais da USP. Discutindo os conceitos da so-
ciologia weberiana.
multimídia: livro
MAX WEBER
A SOCIOLOGIA A DOMINAÇÃO
COMPREENDE AS SOCIAL
AÇÕES SOCIAIS A RELIGIÃO
LEGAL
CONDICIONA OS
FATOS SOCIAIS E OS
VALORES MORAIS BUROCRACIA
CONSOLIDA
O SISTEMA CARISMÁTICA
CAPITALISTA
DEVOÇÃO
AFETIVA
passear, ou fica vadiando metade do dia, embora não b) existe uma separação entre o patrimônio público
dependa mais do que seis pence durante seu diverti- e o patrimônio privado, de modo que os funcionários
mento ou vadiação, não deve computar apenas essa não se apropriam dos cargos e estão sujeitos à pres-
despesa; gastou, na realidade, ou melhor, jogou fora, tação de contas.
cinco xelins a mais. c) o soberano exerce o mandato segundo seu arbítrio,
WEBER, M. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. mas está subordinado a leis conforme as quais pauta
São Paulo: Pioneira; Brasília: UNB, 1981, p.29. os seus atos.
do bonde a orientar sua conduta de acordo com sua 16) As ações humanas são orientadas por diversas
expectativa; mas nada sabe sobre o que é necessário motivações e finalidades que envolvem tanto rela-
para produzir o bonde ou movimentá-lo. O selvagem ções de afeto quanto cálculos que avaliam ganhos e
tem um conhecimento incomparavelmente maior sobre perdas de determinadas atitudes.
suas ferramentas.
WEBER, M. A ciência como vocação. In: GERTH, H.; MILLS, W. Max
Weber. Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1979. p. 165.
CH
humanas e os seus hábitos na sociedade. Com isso, Marx fo
um dos responsáveis por promover uma discussão crítica da
COMPETÊNCIA(s) sociedade capitalista, bem como da origem dos problemas
1, 2, 3, 4 e 5 sociais que esse tipo de organização social originou.
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
5
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: livro
cionária que, mais tarde, seria chamada de marxismo. No Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, carac-
Manifesto do Partido Comunista, Marx convoca o prole- teriza-se por ter simplificado os antagonismos de classes.
tariado à luta pelo socialismo. Nesse contexto na Europa, A sociedade divide-se cada vez mais em dois vastos
campos opostos, em duas grandes classes diametral-
ocorreram diversas manifestações de cunho liberal, socia-
mente opostas: a burguesia e o proletariado.
lista e democrático denominadas Primavera dos Povos.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista.
Porto Alegre: L&PM, 2002, p. 23-24.
32 CIÊNCIAS HUMANAS e suas tecnologias
DIAGRAMA DE IDEIAS
KARL MARX
OBSERVOU A
EXPLORAÇÃO
EXCESSIVA DO
HOMEM PELO MANIFESTO DO
HOMEM MAIS-VALIA
PARTIDO COMUNISTA
AUMENTA AS
REVOLUÇÃO
DESIGUALDADES
SOCIALISTA
ENTRE OS HOMENS
Com base nos conhecimentos sobre modos de produ- I. A passagem da manufatura para indústria gerou um
ção, no pensamento de Marx, considere as afirmativas processo de modificação do espaço natural que foi bas-
a seguir. tante equilibrado, sem prejuízos ao meio ambiente.
I. O primeiro modo de produção existente na história foi II. O trecho acima se refere ao contexto de formação da
baseado na estrutura homens livres e escravos. sociedade capitalista e à composição dos antagonismos
II. Modos de produção específicos produzem superestru- de classe, os quais opõem proprietários dos meios de
produção e proprietários da força de trabalho.
turas que mantêm íntima ligação com a infraestrutura.
III. As relações estabelecidas pelas classes sociais na
III. O modo de produção capitalista é a última estrutura
sociedade burguesa moderna são pautadas pela coo-
produtiva de classes antes do processo de constituição peração, a qual conduz ao desenvolvimento econômico
da sociedade comunista. gerador de melhor condição de vida para todos.
IV. Os modos de produção possuem leis próprias e exis- IV. As relações de troca se revolucionaram em virtude
tem independentemente das vontades individuais dos de o crescimento da burguesia moderna ter ocorrido na
homens. mesma proporção do crescimento da produção industrial.
Assinale a alternativa correta. V. O desenvolvimento da indústria está assentado no
emprego do trabalho humano, o único detentor de co-
VOLUME ÚNICO
lhador torna-se uma mercadoria ainda mais barata à medida são fundamentais no desenvolvimento da sociedade.
que cria mais bens. Esse fato simplesmente subentende que c) a divisão social do trabalho reproduz modos de seg-
o objeto produzido pelo trabalho, o seu produto, agora se lhe mentação da sociedade, resultando em desigualdades
opõe como um ser estranho, como uma força independente e exploração de uma classe social sobre a outra.
do produtor. d) a procura do lucro é intrínseca ao capitalismo, cujo
MARX, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos. (Primeiro objetivo do capital não é apenas satisfazer determi-
manuscrito). São
Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado). nadas necessidades, mas produzir mais-valia.
ropeia e o desconsolo perante o avanço imperialista. [...] o homem não é um ser abstrato, acocorado fora do
c) A caracterização da sociedade capitalista como ju- mundo. O homem é o mundo do homem, o Estado, a
rídica e socialmente igualitária. sociedade. Esse Estado e essa sociedade produzem a re-
d) O princípio de que a história é movida pela luta de ligião, uma consciência invertida do mundo, porque eles
classes e a defesa da revolução proletária. são um mundo invertido.
e) O temor perante a ascensão da burguesia e o apoio MARX, Karl. Crítica da filosofia do direito de Hegel.
à internacionalização do modelo soviético. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013, p. 151.
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
HABILIDADE(s)
O que é a ideologia da competência
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
A filósofa Marilena Chauí explica o que é a ideologia
6
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
da competência, tema de seu segundo livro da coleção
Escritos de Marilena Chauí.
multimídia: livro
O que é ideologia?
CHAUÍ, Marilena. São Paulo: Editora Brasiliense (Cole-
ção Primeiros Passos), 2001.
1.1. Alienação
VOLUME ÚNICO
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
1984 - Reino Unido: 1956 (90 min)
Primeira adaptação do livro de George Orwell, um homem
perde sua identidade vivendo sob um regime repressivo e
de uma ideologia totalitária. Ele é um funcionário público
cuja função é reescrever a história de forma a colocar os
líderes de um país fictício sob uma luz positiva. A forma inicial da consciência é, portanto, a alienação.
E porque a alienação é a manifestação inicial da consci-
ência, a ideologia será possível: as ideias serão tomadas
No segundo tipo, essa alienação está no próprio proces- como anteriores à práxis, como superiores e exteriores a
VOLUME ÚNICO
so do trabalho, que condiciona o indivíduo a viver pelo ela, como um poder espiritual autônomo que comanda
trabalho, deixando de viver apenas para satisfazer às ati- a ação material dos homens. A divisão social do tra-
vidades laborais. Um exemplo disso são as atividades do balho torna-se completa quando o trabalho material e
cotidiano que levam o sujeito a só pensar no trabalho. o espiritual se separam. Somente com essa divisão a
consciência pode realmente imaginar ser diferente da
O terceiro tipo, por sua vez, representa o individualismo, consciência da práxis existente, representar realmente
que considera as atividades do trabalho referentes a si algo, sem representar algo real. Desde esse instante,
DIAGRAMA DE IDEIAS
FETICHE DA
IDEOLOGIA
MERCADORIA
FORMAS DE O PRODUTO
DOMINAÇÃO FABRICADO GANHA
HUMANA UM NOVO STATUS
COM O OBJETIVO
DE CONTROLE TENDO UMA NOVA
SOCIAL E “FUNÇÃO”
ECONÔMICO
VOLUME ÚNICO
DIRECIONADO PELO
ORQUESTRADO PELA
“NOVO USO” DO SER
CLASSE DOMINANTE
HUMANO
10. (Unicamp) A história de todas as sociedades tem sido Segundo Karl Marx, o que é a ideologia? O autor do
a história das lutas de classe. Classe oprimida pelo des- texto utiliza o conceito de ideologia de forma similar à
Marx? Justifique sua resposta.
potismo feudal, a burguesia conquistou a soberania polí-
tica no Estado moderno, no qual uma exploração aberta
e direta substituiu a exploração velada por ilusões reli-
giosas. A estrutura econômica da sociedade condiciona
VOLUME ÚNICO
6. B 7. C 8. B 9. D 10. B
11. Para Marx, ideologia corresponde a uma visão equivo-
cada e invertida da realidade, que oculta a exploração do
homem pelo homem e os conflitos de classe, além de legiti-
mar o modo de pensar burguês. Sim, podemos dizer que o
autor usa o conceito de ideologia no sentido marxista. Isso
porque, segundo ele, a meritocracia e o racismo criam ideias
que condenam determinada parcela da população à subor-
dinação e ao fracasso, ainda que essas pessoas não se deem
conta dessa situação de submissão.
VOLUME ÚNICO
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
HABILIDADE(s)
Quem foi Pierre Bourdieu?
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
O professor do Museu Nacional da UFRJ, José Sérgio Lei-
7
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
te Lopes fala sobre o trabalho do pensador e sociólogo
Pierre Bourdieu.
Capital
Atrelado aos meios de produção e renda.
econômico
Com uma análise das sociedades capitalistas que privilegia
a reprodução social, Bourdieu denota a presença de trocas Saber: institucionalizado, com títulos e diplomas.
simbólicas fazendo uma crítica às leituras marxistas, que Capital Incorporado pela forma da expressão oral.
cultural
não contemplavam as relações simbólicas, pois estavam
Posse de quadros ou obras de arte.
VOLUME ÚNICO
Características:
Ralé Serviços braçais, não são valorizados e nem
reconhecidos.
Correspondem a 1/3 da população brasileira.
Precisam de proteção do Estado para uma
multimídia: música mínima dignidade.
Fonte: Youtube
A vida é um desafio – Álbum: Racionais Mc’s. Nada
como um dia após o outro. Boogie Naipe, 2002.
A canção diz sobre a desigualdade e como é difícil com-
petir entre brancos e negros, pois falta o capital humano.
DIAGRAMA DE IDEIAS
O CAPITAL
HUMANO
A SOCIEDADE A SOCIEDADE
É FORMADA POR BRASILEIRA SEGUE
TROCAS SIMBÓLICAS A LÓGICA DO
FORMAS DE PODER CAPITAL HUMANO
ADQUIRIDAS
PELO HOMEM • ENDINHEIRADOS
• CLASSE MÉDIA
• ECONÔMICO TRADICIONAL
• CULTURAL • TRABALHADORES
• SOCIAL • RALÉ
• SIMBÓLICO
VOLUME ÚNICO
Sobre a "dominação masculina" nas relações de gênero Com base na tabela, é correto afirmar:
em nossa sociedade podemos afirmar que: a) A pesquisa sobre as classes sociais indica as simi-
a) Bourdieu acreditava que tanto homens como mu- litudes e simetrias dos gostos e práticas sociais das
lheres contribuem para a manutenção da dominação classes baixas, médias e superiores.
masculina e da submissão feminina nesta relação. b) A pesquisa sobre as classes baixas, médias e altas
b) no momento que a dominação masculina é simbó- revela o quanto a dimensão cultural dificilmente coin-
lica, ela é mais fácil de ser combatida. cide com a dimensão econômica das diferenças.
c) as mulheres são as principais responsáveis pela do- c) A pesquisa sobre a dimensão cultural das classes
minação masculina. sociais demonstra que há diferenças nos seus estilos
d) para Bourdieu a dominação masculina é eviden- de vida e de consumo.
te e, portanto, possível de ser facilmente percebida e d) A pesquisa sobre as classes sociais e suas hierar-
exercida tanto por homens como por mulheres. quias desautorizam as afirmações sobre possíveis as-
e) para Bourdieu, a dominação masculina conta com simetrias nas escolhas de consumo.
tamanho poder simbólico que é impossível de ser e) A pesquisa sobre o consumo e as práticas sociais
combatida. das três classes denuncia a apropriação da cultura
popular pelas classes superiores.
2. (FGV) Ao estudar as relações de poder na socieda-
de contemporânea, Pierre Bourdieu distinguiu quatro 4. (UEL 2020) Com base na charge:
diversos tipos de capital: o econômico, o social, o cul-
tural e o simbólico.
Com relação aos diversos tipos de recursos associados
a cada forma de capital, segundo Bourdieu, assinale V
para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O capital social é constituído pelo conjunto de re-
cursos a que um indivíduo tem acesso em função das
redes de relações nas quais se insere.
( ) O capital cultural se baseia exclusivamente na ins-
trução formal e nas habilidades intelectuais adquiridas
por um indivíduo ao longo da vida escolar.
( ) O capital simbólico é a visão de mundo da classe so-
cial hegemônica que transforma seus recursos materiais Texto I
em símbolos de força e poder.
As afirmativas são, respectivamente: Assim como [...] [Mário de Andrade] reconhece e afir-
VOLUME ÚNICO
grande número de pessoas pobres que ela inclui, pois a rilidade dos jovens e impedem a reprodução da espécie
condição econômica determina o desempenho escolar. humana.
16) Um dos principais desafios colocados para os atu- 04) Atos de violência física ou simbólica contra gays,
ais sistemas de ensino no Brasil tem sido a necessidade lésbicas, travestis etc. expressam formas de preconcei-
de assegurar a inclusão educacional de indivíduos e de to que geram ódio e intolerância diante de comporta-
grupos sociais que historicamente foram marginaliza- mentos que não se enquadram nos padrões socialmen-
dos pela escola regular. te aceitos de normalidade sexual.
CH
uma forma estática, mas sempre em desenvolvimento.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
8
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
O senhor das moscas - Estados
Unidos, 1990 (90 min)
O filme de 1990 é inspirado no livro de mesmo nome do
inglês William Golding, publicado em 1954. Depois de
um acidente de avião, um grupo de estudantes chega
1. Norbert Elias (1897-1990) a uma ilha. Eles acabam se dividindo em dois grupos.
Enquanto um é organizado, o outro recorre à selvageria
O sociólogo alemão inovou no desenvolvimento da teoria e usa o medo do desconhecido para controlar os outros.
social ao elucidar os processos sociais, isto é, os processos
de interação humana na sociedade.
1.1. O processo civilizador
Escrito na década de 1930, esse texto apresenta sua teoria
dos processos civilizadores, de modo que ocorre uma aná-
lise dos costumes da humanidade a partir da formação do
Estado Moderno, abrangendo também a cultura.
Norbert Elias salienta que o processo civilizador pode ser
entendido como um processo transformador de longo pra-
zo nas estruturas da personalidade e do comportamento
individuais. Traçando a evolução histórica dos costumes
humanos, que será codificada no termo habitus, segundo o
autor alemão, as estruturas psíquicas individuais são mol-
dadas por atitudes sociais.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Quem é Norbert Elias?
VOLUME ÚNICO
multimídia: livro
multimídia: música
VOLUME ÚNICO
Fonte: Youtube
Não vou me adaptar - Titãs.
Volume dois. WEA, 1998.
Nessa canção, está contida uma referência à dominação
cultural que sofremos no nosso cotidiano.
NORBERT KARL
ELIAS MANNHEIM
A SOCIEDADE É A REALIDADE É
FORMADA POR CONDICIONADA
HÁBITOS
SENDO
LIMITANDO O
DIRECIONADOS
CONHECIMENTO
ESSES HÁBITOS
POR UM GRUPO
DOMINANTE
COM UM INTUITO
DE DOMINAÇÃO
SOCIAL
VOLUME ÚNICO
TEXTO I
TEXTO II
Gabarito
1. A 2. E 3. A 4. B
VOLUME ÚNICO
5. 04 + 08 + 16 + 64 = 92 6. A 7. D
8. E 9. D 10. A 11. D
CH
valorizadas socialmente.
Essas divisões sociais são construídas socialmente, ou seja,
COMPETÊNCIA(s)
condicionadas pelo ser humano, configurando uma divisão
1, 2, 3, 4 e 5
da sociedade, seguindo estratos ou camadas sociais. Essas
HABILIDADE(s) nomenclaturas podem ser modificadas conforme o agrupa-
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
mento social ou período histórico, como as castas na Índia,
9
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25 os estamentos na Idade Média ou as classes sociais na so-
ciedade capitalista.
1.1. Castas
Na sociedade indiana existe uma estratificação social mar-
cada pela impossibilidade de mobilidade social, ou seja, o
indivíduo que está num patamar permanecerá eternamen-
te nesse segmento social. Em 1947, esse sistema de castas
foi abolido de forma oficial; porém, devido aos costumes
tradicionais, essa prática persiste até os dias atuais.
1. Estratificação social Sistema de castas
A estratificação social indica a existência de diferenças e
desigualdades entre os indivíduos de um agrupamento
social. São três os principais tipos de estratificação social:
protagonista, um corretor de imóveis. As interações entre primeira classe em detrimento da segunda classe.
as personagens vão revelando de forma sutil as relações Com as transformações do sistema capitalista no século XX
entre patrão e empregado na atual sociedade – muitas e XXI, as divisões sociais se multiplicaram em inúmeras sub-
vezes, uma mistura de afeto e paternalismo, sem deixar divisões de classes sociais, configurando maior mobilidade
de reforçar a posição de cada um na escala social. social em comparação com a sociedade do sistema de castas
ou com a sociedade estamental do Antigo Regime.
ESTRATIFICAÇÃO
OCTAVIO IANNI
SOCIAL
• ECONÔMICA
• POLÍTICA
• PROFISSIONAL ESTRATOS
SOCIAIS
DIVISÕES SOCIAIS
CASTAS
• CASTAS
• ESTAMENTOS SEM
• CLASSES SOCIAIS MOBILIDADE
CLASSES SOCIAIS
MUITA
MOBILIDADE
ESTAMENTOS
POUCA
MOBILIDADE
econômica o menos relevante no contexto das socie- d) Ao da mobilidade social, que se refere ao movi-
dades modernas. mento, à mudança de lugar de indivíduos ou grupos
32) no tempo decorrido desde a fotografia (1937), o num determinado sistema de estratificação.
acesso a bens de consumo serve como um contrapon- e) Ao da massificação, que remete à homogeneização
to aos sinais explícitos de distinção e valorização da das condutas, das reações, desejos e necessidades
tradição, mas não à estratificação e às desigualdades dos indivíduos, sujeitando-os às ideias e objetos vei-
de classe. culados pelos sistemas midiáticos.
ram de existir com a implantação dos modos de pro- forma que a diferenças entre elas não são sentidas
dução comunistas na Europa e, desde então, perderam pelos indivíduos de uma sociedade.
sua importância histórica. d) O capitalista divide com a classe de trabalhadores
b) As classes existiram apenas como um fenômeno loca- a mais-valia produzida por seu trabalho sem que haja
lizado historicamente no tempo, de tal modo que hoje a exploração de mão de obra.
mesmo os partidos de esquerda renunciaram a identifi- e) As classes sociais não são opostas entre si, mais
car sua permanência na sociedade contemporânea. sim complementares e interdependentes.
4. A 5. E 6. 02 + 16 = 18 7. C
8. A
VOLUME ÚNICO
CH
A cultura resguarda a memória de um povo, constituindo
parcela importante da identidade desse povo, numa dialé-
COMPETÊNCIA(s)
tica passado-presente constante, reforçando a construção
1, 2, 3, 4 e 5
desses laços identitários a todo o tempo.
HABILIDADE(s) Ressalta-se que “ter cultura” não necessariamente está
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, relacionado a ter uma grande quantidade de livros ou fre-
10
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
quentar teatros e cinemas. O que denominamos cultura é
algo muito mais amplo e está diretamente relacionado ao
modo de vida de cada sociedade. Assim, o estudo da cultu-
ra pretende compreender esses costumes.
1. Introdução
A cultura é o conjunto de valores pertencentes a um agru- multimídia: vídeo
pamento social, composto por códigos, formas de expres- Fonte: Youtube
sar e de se manifestar em grupo, conjunto de regras de
História: História e Antropologia
comportamentos, ritos simbólicos, ritos físicos e preconcep-
Entrevista com Lilia Schwarcz faz uma reflexão sobre
ções de valores. Toda sociedade tem uma cultura, podendo
um mesmo país abrigar diversos tipos de culturas, não se como a Antropologia permite observar a História não ape-
limitando a um único conjunto de valores. nas como disciplina, no modelo Ocidental, mas também
como memória e temporalidade, entre outros conceitos.
1. As etnias
O termo "etnia" significa "povo", representando também
a consciência de um grupo de pessoas que se diferencia
dos outros. Essa diferenciação concretiza-se pelos aspectos
multimídia: livro culturais, históricos, linguísticos, raciais, artísticos e religiosos.
Uma etnia pode se modificar ao longo do tempo, tendo di-
versas motivações, como a mistura entre povos.
Cultura brasileira e identidade nacional -
Renato Ortiz. São Paulo: Brasiliense, 2006.
Analisa como e por que os intelectuais brasileiros, em
períodos distintos, enfrentaram o desafio de definir a
especificidade do brasileiro enquanto nação, para com-
preender a identidade brasileira. Essa definição está mais em voga, para substituir o termo
“raça”, que ganhou notoriedade no século XVIII, tendo
VOLUME ÚNICO
O caso brasileiro abrange diversos tipos de culturas. Temos como consequência uma ideia de superioridade europeia.
na formação do povo brasileiro as culturas de vários gru- Entretanto, com os diversos trabalhos científicos, apesar das
pos étnicos indígenas, dos africanos e dos europeus, cons- diferenças fenotípicas, como a cor dos olhos, da pele, do ca-
tituídas por diversos hábitos e valores que se agregam no belo, não existe uma tão grande diferença biológica entre os
espaço geográfico brasileiro, constituindo a cultura brasilei- seres humanos que permita hierarquizar os diferentes povos
ra, em que ocorre uma mistura de hábitos. Por exemplo, o com base em critérios de superioridade ou inferioridade.
3. Patrimônio cultural
A Constituição Brasileira de 1988, em seu artigo 216, defi-
ne o patrimônio cultural como formas de expressão, modos
de criar, fazer e viver. Também são assim reconhecidas as
criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, obje-
VOLUME ÚNICO
KABENGELE
CULTURA ETNIA
MUNANGA
CONJUNTO DE
GRUPO SOCIAL O NEGRO PRECISA
HÁBITOS E VALORES
QUE POSSUI UMA VALORIZAR A
DE UM GRUPO
MESMA IDENTIDADE ETNIA NEGRA
ÉTNICO-SOCIAL
PODE SOFRER
VARIAÇÕES AO CRÍTICA O
LONGO DO TEMPO ETNOCENTRISMO
É NECESSÁRIO
ROMPER COM
PRÁTICAS
PRECONCEITUOSAS
VOLUME ÚNICO
3. (Enem) Tenho 44 anos e presenciei uma transformação a) constante violência nos babaçuais na confluência de
impressionante na condição de homens e mulheres gays terras maranhenses, piauienses, paraenses e tocantinen-
nos Estados Unidos. Quando nasci, relações homosse- ses, região com elevado índice de homicídios.
xuais eram ilegais em todos os Estados Unidos, menos b) falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migran-
Illinois. Gays e lésbicas não podiam trabalhar no governo tes das cidades e com pouco vínculo histórico com as áre-
federal. Não havia nenhum político abertamente gay. Al- as rurais do interior do Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí.
mente os padrões impostos socialmente como modelos ca para atuar nas fazendas do sul, motivo pelo qual
únicos de beleza, cultura e religiosidade, por exemplo. esse país, apesar de ser visto como modelo de ex-co-
Em um movimento crescente, que remete a uma luta lônia de povoamento, possui um histórico de escra-
histórica do povo negro em países de todo o continente vidão da população advinda da África. Esse passado
americano, aos poucos a negritude tem começado a ser comum, que liga África e América via tráfico negrei-
concebida como algo positivo, uma herança a ser culti- ro, foi responsável pela inclusão de povos africanos
vada e valorizada. na condição de escravos no “Novo Mundo”. Nessa
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: música
Fonte: Youtube
HABILIDADE(s)
Etnocentrismo - Fuerza de Voluntad.
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, Valor Humano, 2001.
11
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
A banda de hardcore punk chilena questiona a teoria et-
nocentrista.
Fonte: Youtube
Estranhos no exterior: Fora da Varanda MALINOWSKI - Bronislaw. Argonautas do
Vídeo sobre os estudos de Malinowski, exibido nos anos pacífico ocidental. São Paulo: Abril Cultural,
de 1990. 1976. (Coleção Os Pensadores).
multimídia: livro
VOLUME ÚNICO
ANTROPOLOGIA ANTROPOLOGIA
ETNOCENTRISMO
FUNCIONALISTA ESTRUTURALISTA
VALORIZAÇÃO DE UM
MALINOWSKI LÉVI-STRAUSS
SÓ GRUPO ÉTNICO
• SELVAGERIA
• BARBÁRIE
• CIVILIZAÇÃO CONSTÂNCIA DE
DETERMINADAS
ESTRUTURAS NA
VIDA HUMANA
VOLUME ÚNICO
homem que nunca foi além da soleira da própria porta, à cultura, surge com a lei da proibição do incesto, lei
o conhecimento de outra cultura deveria aguçar nossa existente entre os animais.
capacidade de esquadrinhar com mais sobriedade, de
e) Os seres humanos dão sentido à sexualidade: ela
apreciar mais amorosamente, a nossa própria cultura.
não é apenas a satisfação imediata de uma necessi-
(MEAD, Margaret. Adolescência em Samoa. In: CASTRO,
Celso (org.). Cultura e personalidade: Ruth Benedict, Margaret dade biológica.
Mead e Edward Sapir. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 28.)
CH
capacidade produtiva.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
12
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: música
Fonte: Youtube
Televisão - Titãs. Televisão. Warner, 1985.
A música da banda paulistana Titãs trabalha com a temá-
tica de alienação do homem, conjunto com o poder do
espetáculo em nosso cotidiano.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
A Sociedade do Espetáculo - França, 1973.
Documentário baseado no livro do próprio Debord, re-
laciona o universo midiático ao plano social em que os
indivíduos consomem passivamente imagens que lhes
são impostas.
VOLUME ÚNICO
DEBORD
SOCIEDADE DO
ESPETÁCULO
AS AÇÕES HUMANAS
SÃO REPRODUZIDAS
E MASSIFICADAS
ANESTESIA OS
INDIVÍDUOS
IV. Para Giddens, a atual fase da modernidade, ao redu- a) a redução da discussão política aos padrões da propa-
zir as possibilidades de autodestruição social, eliminou ganda e do marketing.
a existência da chamada “sociedade de risco”.
b) a ampliação concreta dos horizontes de liberdade na
Assinale a alternativa correta. sociedade de massas.
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. c) o fortalecimento das instituições democráticas e dos
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. direitos de cidadania.
CH
siderados como loucos, Foucault chama a atenção para a
construção social do conceito de normalidade.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
13
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Michel Foucault: Poder - Brasil Escola
multimídia: livro
Foucault modificou o foco das análises tradicionais acerca da Vigiar e Punir - Michel Foucault.
sociedade, a partir de um olhar interdisciplinar, interligando Petropólis: Vozes, 1987.
os campos da história, filosofia, sociologia e psicologia. É um estudo científico, fartamente documentado, sobre
a evolução histórica da legislação penal e respectivos
1.1. História da loucura na Idade Clássica métodos coercitivos e punitivos adotados pelo poder
Nessa obra, publicada em 1961, Foucault apresenta como público na repressão da delinquência. Métodos que vão
o termo loucura modificou-se ao longo do tempo. Na Idade da violência física até instituições correcionais.
Média, a loucura era sinônimo de liberdade, em muitos casos,
VOLUME ÚNICO
era considerada sagrada; durante o Renascimento, por sua Segundo Foucault, esse “poder disciplinar” é notado pelos
vez, a loucura foi vista como uma outra forma de razão. elementos semelhantes que encontramos nesses ambien-
No período da Modernidade, entre os séculos XVI e XVII, tes, como regras pré-definidas, grades e câmeras de segu-
momento histórico denominado por Foucault como Idade rança. Nesse momento o poder é físico e simbólico, pois
Clássica, a loucura ganha uma definição de antirrazão, condiciona as futuras ações desse indivíduo caracterizando
aqueles considerados loucos deveriam ser enclausurados, uma forma de controle social, pois apresenta uma forte
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Quem somos nós?
O professor da Unicamp Oswaldo Giacoia Junior co-
menta sobre o pensamento de Michel Foucault.
DIAGRAMA DE IDEIAS
FOUCAULT
UMA DISPUTA
AS INSTITUIÇÕES DE PODERES
SOCIAIS
• HOSPITAIS
• PRISÕES
• ESCOLAS OS MICROPODERES
TÊM FORMAS DE
VIGILÂNCIA E
PUNIÇÕES
• GRADES
• REGRAS
• CÂMERAS DE
SEGURANÇA
VOLUME ÚNICO
tas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce
Na perspectiva de Michel Foucault, o processo mencio-
das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nas-
nado resulta em:
ce com os famosos inocentes que agonizam no dia que
está amanhecendo. a) declínio cultural.
b) segregação racial.
FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em
defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes,1999.
c) redução da hierarquia.
d) totalitarismo dos governos.
O filósofo Michel Foucault (séc. XX) inova ao pensar a e) modelagem dos indivíduos.
política e a lei em relação ao poder e à organização so-
cial. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das 4. (UEMA) Gilberto Cotrim (2006. p. 212), ao tratar da
leis na organização das sociedades modernas é: pós-modernidade, comenta as ideias de Michel Fou-
cault, nas quais "[…] as sociedades modernas apresen-
a) combater ações violentas na guerra entre as nações.
tam uma nova organização do poder que se desenvol-
b) coagir e servir para refrear a agressividade humana. veu a partir do século XVIII. Nessa nova organização, o
c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre poder não se concentra apenas no setor político e nas
os indivíduos de uma mesma nação. suas formas de repressão, pois está disseminado pelos
d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as vários âmbitos da vida social […] [e] o poder fragmen-
ações bélicas entre países inimigos. tou-se em micropoderes e tornou-se muito mais efi-
e) organizar as relações de poder na sociedade e en- caz. Assim, em vez de se deter apenas no macropoder
tre os Estados. concentrado no Estado, [os] micropoderes se espalham
pelas mais diversas instituições da vida social. Isto é,
2. (Unioeste 2016) Os estudos realizados por Michel Fou- os poderes exercidos por uma rede imensa de pessoas,
cault (1926-1984) apresentam interfaces que corroboram por exemplo: os pais, os porteiros, os enfermeiros, os
para estudos em diversas áreas de conhecimento, entre professores, as secretarias, os guardas, os fiscais etc".
as quais a Filosofia, Ciências Sociais, Pedagogia, Psiquia- COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia:
tria, Medicina e Direito. Em 1975, Foucault publicou a história e grandes temas. São
Paulo: Saraiva, 2006. (Adaptado)
obra “Vigiar e Punir: história da violência das prisões”,
Pelo exposto por Gilberto Cotrim sobre as ideias de
na qual propunha uma nova concepção de poder, a qual
Foucault, a principal função dos micropoderes no corpo
abandonava alguns postulados que marcaram a posição
social é interiorizar e fazer cumprir:
tradicional da esquerda do período. Sobre a concepção
de poder foucaultiana, é correto afirmar: a) o ideal de igualdade entre os homens.
b) o total direito político de acordo com as etnias.
a) Só exerce poder quem o possui, por se tratar de um
privilégio adquirido pela classe dominante que detém c) as normas estabelecidas pela disciplina social.
o poder econômico. d) a repressão exercida pelos menos instruídos.
b) O poder está centralizado na figura do Estado e e) o ideal de liberdade individual.
está localizado no próprio aparelho de Estado, que é 5. (UFPR 2020) Eis como ainda no início do século XVII
o instrumento privilegiado do poder. se descrevia a figura ideal do soldado. O soldado é an-
c) Todo poder está subordinado a um modo de produ- tes de tudo alguém que se reconhece de longe; que leva
ção e a uma infraestrutura, pois o modo como a vida os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas
econômica é organizada determina a política. também de seu orgulho: seu corpo é o brasão de sua
d) O poder tem como essência dividir os que possuem força e de sua valentia. [...] Na segunda metade do
poder (classe dominante) daqueles que não têm po- século XVIII, o soldado tornou-se algo que se fabrica;
der (classe dos dominados). de uma massa informe, de um corpo inapto, fez-se a
e) O poder não remete diretamente a uma estrutura po- máquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos
lítica, ao uso da força ou a uma classe dominante: as as posturas; lentamente uma coação calculada percorre
relações de poder são móveis e só podem existir quando cada parte do corpo, se assenhoreia dele, dobra o con-
os sujeitos são livres e há possibilidade de resistência. junto, torna-o perpetuamente disponível e se prolonga,
VOLUME ÚNICO
10. (Enem)
Gabarito
1. E 2. E 3. E 4. C 5. E
VOLUME ÚNICO
6. C 7. B 8. C 9. A 10. E
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: livro
HABILIDADE(s)
Os filhos do governo - SILVA, Roberto
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, da. São Paulo: Editora Ática, 1998.
14
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
Um menor abandonado, criado em instituições públicas
e que passou pela delinquência, ultrapassa excepcio-
nalmente todas as barreiras. Forma-se em pedagogia e
escreve um trabalho em que prova que o modelo estatal
de assistência à infância em situação de risco, estabe-
lecido pelo regime pós-64 (Febem-Funabem), constitui
fator de reprodução da criminalidade. Partindo de sua
experiência e ampliando a pesquisa para 370 histórias,
Roberto da Silva desenvolve um estudo de altíssimo ní-
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
A violência no Brasil explicada por Sérgio Adorno
O sociólogo Sérgio Adorno explica as consequências
da disseminação da violência na sociedade brasileira
e de que maneira ela reforça as desigualdades sociais.
multimídia: vídeo
multimídia: vídeo Fonte: Adorocinema
Ônibus 174 - Documentário. Brasil, 2002.
Fonte: Youtube
O filme documentário trata do sequestro do ônibus
Tropa de Elite - Brasil,2007.
174, por Sandro Barbosa do Nascimento em 2000, no
O filme policial tem como tema a violência urbana na Rio de Janeiro.
cidade do Rio de Janeiro junto com a ajuda do Ba-
talhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e da
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. 1.2. Violência doméstica
Na sociedade brasileira, a violência doméstica ainda é um
Desde meados da década de 1970, vem-se exacer- tema alarmante, estando presente em todas as classes
bando, no Brasil, o sentimento de medo e insegurança.
sociais, mas com uma frequência maior nas classes me-
Não parece infundado esse sentimento. As estatísticas
oficiais de criminalidade indicam, a partir dessa década, nos favorecidas, sendo a maior parcela das vítimas crian-
a aceleração do crescimento de todas as modalidades ças, mulheres e idosos.
VOLUME ÚNICO
multimídia: música
Fonte: Youtube
Rap News - Mc Sid. 2017
Essa canção retrata o excesso de notícias sobre atos vio-
lentos cometidos na sociedade brasileira.
multimídia: música
Podemos definir o extermínio como a prática ou o
Fonte: Vagalume propósito de eliminar fisicamente os indivíduos perten-
RACIONAIS MC’s - Álbum: Sobrevivendo centes a determinado grupo social. Quando o grupo
no Inferno. Casa Nostra, 1999. vítima dessa prática está definido por um critério ét-
nico, usa-se então o termo genocídio. [...] Na realida-
Nesse álbum, o grupo de rap Racionais apresenta o co- de brasileira, o extermínio se apresenta, por exemplo,
tidiano violento da população de baixa renda com as te- como uma prática contra criminosos, pessoas acusadas
máticas sobre o preconceito racial, a questão da violência de cometerem crimes ou, de forma mais ampla, grupos
nas periferias paulistas e a ligação com a religiosidade cujos integrantes são considerados como criminosos
para sobreviver a essa condição social. potenciais. Assim, ao invés de prender os suspeitos e
colocá-los à disposição da justiça criminal, eles são
sumariamente executados. Este padrão encaixa dentro
de uma tradição de controle social através da violência
1.3. Violência psicológica extrema, que encontra suas raízes históricas no trata-
mento dos escravos no período colonial. Os alvos deste
Podendo estar inserida também no âmbito da violência controle social violento são tradicionalmente os inte-
doméstica, inclui-se a violência psicológica, onde se destrói grantes dos grupos sociais mais desfavorecidos, isto
a moral e a autoestima do indivíduo, desencadeada por é, negros e pessoas de baixo status socioeconômico.
ações repetitivas de injúrias e humilhações. Por sua vez, indivíduos das classes médias e altas que
cometem crimes apresentam uma chance muito maior
de serem tratados conforme a lei, isto é, de serem sub-
1.4. Violência sexual metidos ao sistema de justiça criminal.
A violência sexual configura-se mediante abuso, violação CANO, Ignacio; DUARTE, Thais.
Práticas de extermínio: o papel das milícias no Rio
e assédio sexual, de modo que não existe consentimen- de Janeiro. In: Violência e Dilemas Civilizatórios.
to do ato de violação, sendo uma agressão focalizada na Campinas: Pontes Editores, 2011, pp.59-60
sexualidade da pessoa. Segundo as estatísticas, a maioria
das vítimas desse tipo de violência são mulheres e crian-
ças, onde o agressor geralmente é conhecido pela vítima.
Apesar de esse crime estar previsto na lei, infelizmente as
situações de violência sexual continuam a aumentar nas
últimas estatísticas na sociedade brasileira.
VOLUME ÚNICO
FORMAS DE
VIOLÊNCIA
URBANA PSICOLÓGICA
SEXUAL
DOMÉSTICA
ABUSOS
VOLUME ÚNICO
DOMINAÇÃO
PATRIARCAL
b) Constata que o corpo físico e o corpo político se racial e comprometem a coesão social.
relacionam em sociedades de controle. c) impor leis que promovam a punição e o retorno dos
c) Critica o autoritarismo policial e o modelo de regu- alicerces da solidariedade das sociedades antigas.
lação proposto pelo anarquismo. d) estabelecer um sistema autoritário de governo
d) Constata que o Estado autoritário, mesmo com como forma de controlar as insurgências sociais.
boas leis, é sabotado pela figura do policial. e) estabelecer maior vínculo entre os partidos para ten-
tar minimizar o aumento do racismo e da xenofobia.
tava fácil. Fui na feira, fui nos bancos de sangue, fui nes- d) Nesse estudo, Gregori comparou uma das versões
ses lugares que sempre dão para descolar algum, fui de do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres com
porta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava a Lei Maria da Penha.
todo mundo escabreado pedindo referências, e referên- e) O estudo realizado por Gregori revelou que nos
cias eu só tinha do diretor do presídio. países cujos sistemas econômicos e políticos são di-
FONSECA, R. Feliz Ano Novo. São Paulo: ferentes da realidade brasileira, as políticas públicas
Cia. Das Letras, 1989 (fragmento). para defesa da mulher são mais eficazes.
TEXTO II
Gabarito
1. D 2. B 3. D 4. B 5. B
6. C 7. C 8. C 9. D 10. B
11. Quanto às soluções, os pontos de vista apresentados nos
dois textos são claramente conflitantes. Enquanto os pesquisa-
dores do texto I procuram explicar o fenômeno da violência por
elementos neurológicos, constituintes da própria natureza do cri-
minoso, o texto II, por sua vez, trata a violência como um efeito
colateral dos problemas sociais enfrentados em nosso tempo,
vendo-a, por tanto, como um elemento cultural e não natural. Aí,
aliás, encontra-se precisamente o cerne, o ponto central para a
resposta daquilo que é solicitado na questão.
VOLUME ÚNICO
CH
gênero e sexo que a leva a sua clássica conclusão: “Ninguém
nasce mulher: torna-se mulher”. Beauvoir acrescenta: “Ne-
COMPETÊNCIA(s) nhum destino biológico, psíquico, econômico define a forma
1, 2, 3, 4 e 5 que a fêmea humana assume no seio da sociedade; é o con-
junto da civilização que elabora esse produto intermediário
HABILIDADE(s) entre o macho e o castrado, que qualificam de feminino”.
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
15
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: livro
DIAGRAMA DE IDEIAS
A SOCIEDADE
VEM SOFRENDO MAS É CONSTITUÍDA
MODIFICAÇÕES SOCIALMENTE
O INDIVÍDUO QUER
SER RESPEITADO
EM GRUPO
SEM PERDER A
SUA IDENTIDADE
VOLUME ÚNICO
da campanha “Libera meu xixi”, voltada ao combate da 04) As defesas política e jurídica de certas formas de
transfobia em espaços públicos. Nos próximos dias, ba- expressão da sexualidade como “normais” e de outras
nheiros de todo o campus receberão uma placa com a como “anormais” naturalizam as primeiras como nor-
frase “Aqui você é livre para usar o banheiro correspon- mas sociais e associam a elas práticas e valores positivos,
dente ao gênero com que se identifica”. ao mesmo tempo em que inferiorizam outras possibili-
Disponível em: <http://www.ufjf.br/secom/2015/11/25/libera-meu- dades de expressão sexual.
xixi-ufjf-lanca-campanha-em-prol-do-respeito-a-diversidade/>. 08) Para o pensamento sociológico, gênero é uma
10. (Unioeste) A antropologa norte-americana Margaret a) à baixa representatividade política de grupos orga-
Mead, em sua obra Sexo e Temperamento, pesquisa so- nizados que defendem os direitos de cidadania dos ho-
bre o condicionamento das personalidades sociais de ho- mossexuais.
mens e mulheres. Descreve os comportamentos típicos b) à falência da democracia no país, que torna impeditiva
de cada sexo em três culturas diferentes da Nova Guiné a divulgação de estatísticas relacionadas à violência con-
da seguinte maneira: “Numa delas (os Arapesh), homens tra homossexuais.
e mulheres agiam como esperamos que mulheres ajam: c) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os
de um suave modo parental e sensível; na segunda (os homossexuais, além de impedi-los de exercer seus direi-
Mundugumor), ambos agiam como esperamos que os tos políticos.
homens ajam: com bravia iniciativa; e na terceira (os d) a um passado histórico marcado pela demonização do
Tchambuli), os homens agem segundo o nosso estereóti- corpo e por formas recorrentes de tabus e intolerância.
po para as mulheres, são fingidos, usam cachos e vão às e) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado,
compras, enquanto as mulheres são enérgicas, adminis- justificada a partir dos posicionamentos de correntes fi-
tradoras e parceiras desadornadas.”
losófico-científicas.
MEAD, M. Sexo e Temperamento, prefácio à edição de 1950.
Partindo da análise do texto transcrito acima, assinale a
alternativa correta. Gabarito
a) O sexo, no seu aspecto biológico, é o fator determi- 1. C 2. B 3. E
nante dos temperamentos masculinos e femininos nas
diferentes sociedades. 4. 01 + 02 + 16 = 19 5. D 6. C 7. C
b) O condicionamento cultural é de fundamental im-
portância na definição de temperamentos e de papéis 8. 02 + 04 + 16 = 22 9. B 10. B 11. D
sociais de homens e mulheres nas diferentes sociedades.
VOLUME ÚNICO
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: livro
HABILIDADE(s)
Eles não usam black-tie - Gianfrancesco
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, Guarnieri. Rio de Janeiro: Global, 1978.
16
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
Essa peça teatral mostra o momento da constituição
das lutas sindicais no Brasil, demonstrando uma luta
por direitos sociais e concomitantemente a existência
de um conflito familiar.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube multimídia: música
Hoje eu quero voltar sozinho - Brasil, 2014. Fonte: Youtube
Um adolescente cego tenta lidar com a mãe superpro- Boa esperança -Emicida. Álbum: Sobre crianças,
tetora ao mesmo tempo em que busca sua indepen- quadris, pesadelos, lições de casa (2015).
dência. Quando um colega chega em seu colégio, no- Emicida combina uma letra crua e dura a um clipe que
vos sentimentos começam a surgir, fazendo com que mostra negros se rebelando contra a humilhação sofri-
ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade. da todos os dias no trabalho.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Demarcação Já! - Chico César.
Organizada por várias Ong’s, a canção protesto é uma
homenagem de mais de 25 artistas aos povos indíge-
nas do Brasil. Pelo direito à terra e à vida.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Vem pra rua - Marcelo Falcão. Canção
publicitária para a FIAT 2013.
multimídia: música
Existem três linhas de análise desses novos movimen-
Fonte: Youtube
tos sociais:
As coisas não caem do céu - Leoni. Álbum: As
§ Cultural-acionalista: esse movimento luta por mu-
coisas não caem do céu. Outro futuro, 2014.
danças pontuais, fugindo do estereótipo de luta de
Canção criada como forma de apoio aos protestos que
classes, enfatizando a identidade e a solidariedade en-
tre as pessoas. Exemplo: Movimento Passe Livre ocorreram em 2013. Em um trecho da letra, é citado o
caso de pessoas que apenas usam redes sociais para
§ Esquerda pós-moderna: esse movimento nega a he- manifestar.
rança marxista e a vitalidade dos partidos e sindicatos.
VOLUME ÚNICO
MOVIMENTOS
SOCIAIS
NOVOS
REDISTRIBUIÇÃO MOVIMENTOS
RECONHECIMENTO SOCIAIS
• MST • CULTURAL-ACIONALISTA
• MTST • ESQUERDA PÓS-MODERNA
• LGBTQI+
• FEMINISTA • MARXISMO-LENINISMO
• NEGRO
b) Movimento operário, que lutava contra a ditadura 8. (Enem) No Brasil, assim como em vários outros pa-
militar, contra o arrocho salarial e pela democratização íses, os modernos movimentos LGBT representam um
do país. desafio às formas de condenação e perseguição social
c) Movimento das panelas vazias, que, apesar de o país contra desejos e comportamentos sexuais anticonven-
já se encontrar plenamente democratizado, restringia cionais associados à vergonha, imoralidade, pecado, de-
sua luta à reposição das perdas salariais devido ao ar- generação, doença. Falar do movimento LGBT implica,
rocho imposto na década anterior pelo regime militar. portanto, chamar a atenção para a sexualidade como
CH
Segundo o sociólogo canadense Erving Goffman (1922-
1982), a interação social condiciona quais atos e papéis
COMPETÊNCIA(s)
escolhemos perante o outro.
1, 2, 3, 4 e 5
Criamos condições rituais sociais para revelar aos poucos
HABILIDADE(s) parte da nossa imagem para o outro, como um complexo
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, teatro, que vai revelando aos poucos as cenas.
17
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
1. Introdução
Na sociologia, a identidade é compreendida como o con-
junto de características próprias que dão uma particula-
ridade a um determinado agrupamento social, podendo
atingir as áreas culturais e morais dessa sociedade.
Essas particularidades podem ser compartilhadas entre os
grupos de uma sociedade por meio de uma infinidade de
símbolos e signos que possibilitam uma identificação com
o outro, resultando em uma prática de alteridade, ou seja, O receio do julgamento do outro diante de nossas expres-
partindo da ideia de que todo ser humano social interage. sões de surpresa, raiva, alegria, ironia ou desgosto faz com
Assim, esses elementos particulares caracterizam os grupos que nossas ações sejam monitoradas por nossa consciência.
sociais, dando-lhes uma autonomia em relação à própria so- Só que esse monitoramento contém um propósito, um ob-
ciedade e criando condições para individualizar cada grupo. jetivo a ser cumprido: buscamos uma boa inserção social.
Construímos de uma maneira subjetiva e psíquica um com-
portamento que não nos traga problemas ou embaraços so-
2. Máscaras sociais ciais, como evitar passar vergonha diante dos outros. Quan-
Inserido num agrupamento social que tem elementos de do conseguimos atingir esse objetivo, mantemos o espírito
identificação, codificando uma identidade cultural, o indi- de sobrevivência social, sem arranhões em nossa imagem
víduo mantém uma relação subjetiva consigo mesmo, po- criada dentro dessa sociedade.
dendo entrar em conflito com a identidade do grupo.
VOLUME ÚNICO
multimídia: música
Fonte: Youtube
Máscara - Pitty. Álbum: Admirável Chip Novo, 2003.
Fonte: Youtube
O lado bom da vida - Estados
Unidos, 2013 (122 min).
O filme mostra o drama das pessoas que tentam se
aceitar, lidar com seus próprios defeitos e se reencon-
trar no mundo. Os personagens parecem ser imprevi-
síveis e muitos dos diálogos são até um pouco filo-
multimídia: vídeo
sóficos, nos fazendo refletir sobre como escolhemos
encarar a vida e os problemas. Fonte: Youtube
Incertezas Críticas: Axel Honneth
Entrevista com o sociólogo explicando as principais
diferentes dimensões de reconhecimento intersubjetivo, que Tendo como ponto de partida o jovem Hegel, Axel Hon-
geram outras três dimensões particulares: neth desenvolve uma teoria social normativa baseada
na ideia de que o florescimento humano e a plena re-
AMOR DIREITO SOLIDARIEDADE alização pessoal dependem da existência de relações
autoconfiança autorrespeito autoestima éticas bem estabelecidas.
DIAGRAMA DE IDEIAS
IDENTIDADE
GOFFMAN HONNETH
OS GRUPOS SOCIAIS
CRIAMOS RITOS SOCIAIS
COM IDENTIDADE
COM AS LEIS,
ESSES GRUPOS SÃO
INSERIDOS NA SOCIEDADE
Então, passo o dia fingindo. entre o “nós” e os “outros”, cria um nós coletivo.
Para o fingimento ser mais persuasivo, decoro as pala- c) identidades surgem através de um determinismo
vras das pessoas e repito para elas em momentos-chave geográfico que molda o nosso modo de ser e agir.
da conversa ou então faço referência a essas palavras d) identidades são produtos de marketing e geram
semanas depois. Muitas vezes, no meu preciosismo fin- vínculos entre os indivíduos.
gido, empresto meu ombro para que chorem e dou gua- e) identidades são heranças genéticas.
Com base no texto e nos conhecimentos atuais sobre a 8. (UFU) "Na linguagem corrente, é comum que se usem
questão da identidade, é correto afirmar: como sinônimos as palavras "Estado", "Nação", "País"
etc. É preciso que esses termos sejam distintos, para
a) A identidade nacional brasileira é fruto de um processo
que não caiamos numa confusão irremediável."
histórico de realização da harmonia das relações sociais
entre diferentes raças/etnias, por meio da miscigenação. RIBEIRO, João Ubaldo. Política; quem manda, por que manda,
como manda. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986, p. 49/50
b) A ideia de identidade nacional é um recurso discur-
sivo desenraizado do terreno da cultura e da política, Tomando como referência o texto acima, assinale o sig-
sendo sua base de preocupação a realização de inte- nificado da palavra "nação".
resses individuais e privados. I. Nação é um processo de criação de uma identidade
c) Lutas identitárias são problemas típicos de países co- comum dos grupos étnicos, linguísticos, religiosos e re-
loniais e de tradição escravista, motivo da sua ausência gionais.
em países desenvolvidos como a Alemanha e a França.
II. Indivíduos que têm uma história, valores, hábitos e
d) Embora pautadas na ação coletiva, as lutas identi- arte comuns.
tárias, a exemplo dos partidos políticos, colocam em
segundo plano o indivíduo e suas demandas imediatas. III. Necessita, para sua existência, de um território fixo,
delimitado e exclusivo.
e) As identidades nacionais são construídas social-
mente, com base nas relações de força desenvolvidas IV. Não se pode distinguir do que seja Estado, porque
entre os grupos, com a tendência comum de eleger, encaixa-se completa e exclusivamente dentro de um
como universais, as características dos dominantes. Estado.
a) I e II estão corretas.
7. (UFU) Cientistas sociais reconhecidos têm apontado
b) I e IV estão corretas.
algumas contradições dos processos da globalização
c) III e IV estão corretas.
com fortes impactos sobre as identidades e culturas
nacionais. Estes sugerem que ocorrem dois processos: d) II, III e IV estão corretas.
tanto a tendência à autonomia nacional e aos parti- e) Todas as afirmativas estão corretas.
cularismos culturais, que mantêm a heterogeneidade,
9. (Enem PPL 2019) Quanto mais a vida social se tor-
quanto a tendência globalizante, que força a homoge- na mediada pelo mercado global de estilos, lugares e
neidade cultural, conforme HALL, Stuart. A Identidade imagens, pelas viagens internacionais, pelas imagens
cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: Editora da mídia e pelos sistemas de comunicação interligados,
DP&A, 1999, p. 68-69. mais as identidades se tornam desvinculadas – desalo-
Com base no argumento acima, assinale a alternativa jadas – de tempos, lugares, histórias e tradições espe-
que apresenta uma hipótese sociológica teoricamente cíficos e parecem “flutuar livremente”. Somos confron-
incorreta sobre a heterogeneidade da produção cultu- tados por uma gama de diferentes identidades (cada
ral nas sociedades capitalistas contemporâneas: qual nos fazendo apelos, ou melhor, fazendo apelos a
a) As identidades nacionais estão em declínio, mas novas diferentes partes de nós), dentre as quais parece possí-
identidades híbridas estão surgindo, pois todas as iden- vel fazer uma escolha.
tidades, por definição, são formadas por representações HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade.
simbólicas historicamente condicionadas, face a socieda- Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
des diferentes. Estas resultam de comunidades unitárias Do ponto de vista conceitual, a transformação identitá-
VOLUME ÚNICO
imaginadas, mitos fundacionais e tradições inventadas. ria descrita resulta na constituição de um sujeito
b) As identidades nacionais sofrem certo declínio como
a) altruísta.
resultado da tendência de homogeneização cultural, pro-
movida pelo aumento da circulação de mercadorias e dos b) dependente.
sistemas simbólicos dominantes, que são mediados pelos c) nacionalista.
agentes detentores dos meios de comunicação massivos, d) multifacetado.
atualmente informatizados e internacionalizados. e) territorializado.
CH
sua escrita, numa subjugação do sertanejo, o autor lança
uma análise acerca do povo marginalizado no Brasil re-
COMPETÊNCIA(s) cém-republicano.
1, 2, 3, 4 e 5
Entretanto, a ciência Sociologia só se firmará no Brasil nas
HABILIDADE(s) primeiras décadas do século XX, com pesquisas em bus-
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, ca de compreensão profunda da sociedade brasileira. De
18
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25 modo que muitos estudos se voltaram para a abolição da
escravatura, os índios, os negros e as migrações dos povos.
multimídia: vídeo
1. Introdução
Fonte: Youtube
Os primeiros estudos no campo sociológico no Brasil aconte-
Histórias do Brasil: Canudos. Brasil, 2017 (4min20)
ceram no final do século XIX. Uma das primeiras análises do
povo brasileiro foi feita pelo escritor Euclides da Cunha (1866- Documentário produzido pela TV Senado.
1909) na obra Os Sertões, um estudo aprofundado sobre o
movimento de Canudos (1896-1897) no estado da Bahia.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Guerra de Canudos - Brasil, 2006 (165 min).
VOLUME ÚNICO
Baseado na história real sobre a Guerra de Canudos, Sua obra mais conhecida, Casa-Grande & Senzala, foi lan-
na qual o exército brasileiro enfrentou os integrantes çada em 1933, concluindo que a mestiçagem do povo bra-
de um movimento religioso liderado por Antônio Con- sileiro não era uma um problema, como estudos anteriores
selheiro, e que durou de 1896 a 1897 e terminou com apontavam. Analisando o período colonial, o sociólogo ex-
o massacre dos insurgentes pelas tropas federais. plica a formação social do Brasil, mediante a interação da
casa-grande com a senzala.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Casa-Grande & Senzala - Nelson
Pereira dos Santos, 2000.
A produção está dividida em quatro episódios.
"Gilberto Freire, o Cabral moderno": Fala do próprio
autor, comparando-o ao descobridor do Brasil por sua
multimídia: música
atividade intelectual. "A cunhã de família brasileira": Fonte: Youtube
Discute a contribuição do índio à formação brasileira. Casa-Grande e Senzala - Leci Brandão. Álbum:
"O português, colonizador dos trópicos": Freyre ana- Escolas de Samba - Enredos. Sony Music, 2014.
lisa as características do povo português e quais suas Samba-enredo da escola de samba Mangueira para o car-
influências na formação brasileira. "O escravo negro naval de 1962. Nesse ano, a Mangueira homenageou o so-
na vida sexual e de família do brasileiro": Discute a ciólogo Gilberto Freyre e sua obra Casa-Grande & Senzala.
participação africana na vida social brasileira.
multimídia: livro
A casa-grande, recinto de propriedade dos senhores, abriga-
VOLUME ÚNICO
va alguns escravos selecionados para desenvolver afazeres Casa-Grande & Senzala - Gilberto Freyre.
domésticos. Essa relação conflituosa de opressor e oprimidos Rio de Janeiro: Global, 2005.
gerava novas relações de poder entre os escravizados, carac-
Publicado em 1933, aborda a vida familiar, os costumes
terizando uma desigualdade entre os próprios escravizados.
e as inter-relações familiares e interpessoais dentro do
Aqueles que adentravam na casa-grande tinham um status
sistema colonial brasileiro.
diferenciado, como uma ilusória ascensão social.
DIAGRAMA DE IDEIAS
GILBERTO
FREYRE
A SOCIEDADE BRASILEIRA
EUCLIDES DA CUNHA
É FORMADA PELA
MISTURA DE ETNIAS
OS SERTÕES
MOLDADA DURANTE O
PERÍODO COLONIAL
ANALISA A SOCIEDADE
DO SERTÃO BAIANO RELAÇÃO CASA-
-GRANDE E SENZALA
QUESTIONA OS RITOS
SOCIAIS QUE APRESENTAM
AS DESIGUALDADES
ENTRE OS BRASILEIROS
VOLUME ÚNICO
forma positiva. 6. B 7. D 8. D 9. B
b) O texto apresenta um período de mudança de visão
sobre o país, expressa pela transformação do significa-
do da personagem Jeca Tatu, de Monteiro Lobato.
c) O Brasil herdou muito dessa visão da miscigenação.
Com isso, a ideia de uma democracia racial continua
presente até hoje.
CH
HOLANDA que os fatos históricos possuem enorme influência na for-
mação desse povo. Diante disso, não é possível dissociar
COMPETÊNCIA(s) esses elementos para compreender a realidade atual.
1, 2, 3, 4 e 5
Assim, o objetivo de Caio Prado Jr. era conhecer o Brasil
HABILIDADE(s) para modificá-lo. Segundo o autor, o país nunca foi sub-
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
desenvolvido ou em desenvolvimento; mas seria um país
19
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25 rico e pobre, desenvolvido e atrasado, dependendo do ciclo
econômico de cada período histórico.
multimídia: música
Fonte: Youtube
Esmola - Skank. Álbum: Calango, 1994.
Essa canção traz uma forte crítica à sociedade contem-
porânea brasileira, com seu consumo exacerbado que multimídia: livro
provoca grandes níveis de desigualdade social, e mais
do que isso, incute uma mentalidade excessivamente
Formação do Brasil Contemporâneo - Caio
egoísta e competitiva.
Prado Jr. São Paulo: Cia. Das Letras, 2011.
DIAGRAMA DE IDEIAS
GERAÇÃO DE
1930
SÉRGIO BUARQUE
CAIO PRADO JR.
DE HOLANDA
A FORMAÇÃO ANALISA AS
DA SOCIEDADE ORIGENS DO POVO
BRASILEIRA BRASILEIRO
SE FAZ POR
HERDA HÁBITOS
UMA DIALÉTICA
IBÉRICOS
CONSTANTE E
COMPLEXA
O BRASILEIRO
SENDO RICO SURGE COMO
E POBRE, “HOMEM CORDIAL”
DESENVOLVIDO
E ATRASADO
A MISTURA ENTRE
A ESFERA PÚBLICA
E A PRIVADA
VOLUME ÚNICO
CH
título de sua tese é “A integração do negro na sociedade
de classes”, um tema que permanecerá ao longo de seus
COMPETÊNCIA(s) estudos acadêmicos.
1, 2, 3, 4 e 5
Com o regime militar, em 1969, é cassado e afastado de
HABILIDADE(s)
suas atividades intelectuais, passando a lecionar em uni-
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
versidades do Canadá e dos Estados Unidos.
20
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25 Em 1978, tornou-se professor titular da PUC-SP. Elegeu-se
Deputado Federal (1987-1990) pelo Partido dos Trabalha-
dores, defendendo a democratização do ensino público. Foi
reeleito em 1990.
1. Florestan Fernandes
(1920-1995) multimídia: livro
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube multimídia: música
Sorry to bother you - Estados Unidos, 2018. Fonte: Youtube
Jovem negro busca sua independência com um em- Negro Drama - Racionais MC’s. Álbum: Nada
prego no telemarketing, mas para ter sucesso começa como um dia após outro dia, 2002.
a imitar a voz de um homem branco. A crítica social A canção mostra o cotidiano de violência da periferia e
VOLUME ÚNICO
perpassa questões raciais e também trabalhistas. denuncia o preconceito racial contra os negros.
O mundo dos negros, por sua vez, é caracterizado por uma Na área de contato com o branco, onde o negro não
limitação do seu espaço social, dificuldades de acesso à in- aparece despojado dos valores de seu mundo social
formação e à educação, sofrendo uma desvalorização dos próprio, suas identificações morais ou culturais não
ritos e da própria formação social. possuem nenhuma eficácia e não contam para nada da
DIAGRAMA DE IDEIAS
FLORESTAN
FERNANDES
A SOCIEDADE
BRASILEIRA SE
CONSTITUI PELA
DESIGUALDADE
DESIGUALDADE
ÉTNICO-SOCIAL
SURGINDO DOIS
MUNDOS DISTINTOS
PRIVILÉGIOS DIFICULDADES
VOLUME ÚNICO
Gabarito
1. C 2. E 3. D 4. E 5. D
6. C 7. A 8. D 9. 02 + 04 + 16 = 22
10. B
11. Analisando as políticas de cotas para negros nas universi-
dades, a partir das teorias de Freyre e de Fernandes (sabendo-se
que esses autores não se debruçaram sobre a questão das co-
tas), comparando-as, dessa forma, aos argumentos favoráveis e
desfavoráveis presentes nos textos lidos na questão. Espera-se,
além disso, que o candidato seja capaz de mobilizar conceitos,
tais como: raça, cor, desigualdade, diversidade, miscigenação e
democracia racial.
12. A
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: livro
HABILIDADE(s)
O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, - Darcy Ribeiro. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
21
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
Esse livro pretende uma análise histórico-antropológica,
apresentando como os brasileiros se formaram e cons-
tituíram uma civilização mestiça e tropical, mais alegre,
porém mais sofrida.
§ as proporções dessa mistura que tomou o país; Darcy Ribeiro apresenta que esses conflitos continuaram,
§ as condições ambientais em que ela ocorreu e; pois existe uma verdadeira "luta de classes"; de um lado
"a insistência dos oprimidos em abrir e reabrir as lutas para
§ os objetivos de vida e produção assumidos por cada fugir do destino que lhes é prescrito; e, de outro lado, a
uma dessas matrizes. unanimidade da classe dominante que compõe e controla
um parlamento servil".
multimídia: música
Fonte: Youtube
Até quando esperar - Plebe Rude. Álbum: O
VOLUME ÚNICO
BETINHO
DARCY RIBEIRO
HERBERT DE SOUZA
POR AÇÕES
PRÁTICAS E DIRETAS
É UM POVO COM
UMA IDENTIDADE
AINDA EM
FORMAÇÃO
QUE
CONSOLIDA AINDA
DESIGUALDADES
E A REPRODUÇÃO
DE PRECONCEITOS
classe dominante de caráter consular-gerencial, social- existe para si mesmo, mas para gerar lucros exportáveis
mente irresponsável, frente a um povo-massa tratado pelo exercício da função de provedor colonial de bens
como escravaria, que produz o que não consome e só para o mercado mundial, através do desgaste da popu-
se exerce culturalmente como uma marginália, fora da lação. Sua unidade étnica básica não significa, porém,
civilização letrada em que está imerso. nenhuma uniformidade, mesmo porque atuaram sobre
(RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido ela forças diversificadoras: a ecológica, a econômica e a
do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995. p.178-179.) migração. Por essas vias se plasmaram historicamente
É correto apenas o que se afirma em: b) a abordagem do tema no quadro é realista, ao pas-
a) I e II. so que a linguagem utilizada no texto apresenta o
tema de forma idealizada.
b) I e IV.
c) os ex-escravos são apresentados no quadro como ho-
c) III e IV.
mens livres, em condição de igualdade com os brancos,
d) I, II e III. ao passo que o texto evidencia a condição miserável dos
e) II, III e IV. escravos libertos.
CH
ção do sistema, pautada na lógica dos privilé-
gios e status social.
COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
22
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Roberto DaMatta analisa a sociedade brasileira.
Nessa conversa com o jornalista Adalberto Piotto, o an-
tropólogo Roberto DaMatta analisa a sociedade brasi-
leira, com questões que fazem parte da sociedade atual.
1. Roberto DaMatta (1936)
O antropólogo brasileiro Roberto Augusto DaMatta dedi- Com essa duplicidade, o brasileiro tem dificuldade em sa-
ca sua obra a estudar os dilemas e as contradições sociais ber se é indivíduo ou pessoa, pois, no primeiro caso, existe
do Brasil. a respeitabilidade das regras, e, no segundo, surge o jeito
malandro de ser, que adapta as regras. Trata-se do chama-
do “jeitinho brasileiro”, que afeta diretamente o coletivo.
No âmbito coletivo, surge a relação entre o privado e o
público, na qual se estabelecem os conceitos de casa e rua.
PRIVADO PÚBLICO
Casa Rua
Segregação Integração
Valorização Desvalorização
Sofrendo influência de Lévi-Strauss, Durkheim e Sérgio Para DaMatta, a sociedade brasileira é frequentemente ins-
Buarque de Holanda, Roberto DaMatta desenvolve a sua tituída por essas relações, consolidando uma contradição
reflexão sob um olhar antropológico, com uma análise do constante na formação social brasileira. A sociedade brasilei-
povo e da cultura brasileira através de suas manifestações ra tem aspectos extremamente autoritários, hierarquizados e
populares e suas manifestações oficiais. DaMatta analisa a violentos, mas tem também a busca de um mundo harmô-
complexidade do Brasil, não se limitando a um esquema nico, democrático e não conflitivo. No mundo da casa, reina
único, mas considerando a sua diversidade cultural. a paz e harmonia, enquanto no mundo da rua os indivíduos
VOLUME ÚNICO
Em sua análise, o antropólogo aborda duas espécies de lutam pela vida. E, nesse espaço público, surge o elemento
sujeito, o indivíduo e a pessoa, que desencadeiam dois do malandro, que será aquele sujeito que sabe das regras
tipos de espaço social, a casa e a rua. Sendo que nesse oficiais, mas faz as suas próprias regras sociais, beirando as
instante o brasileiro acaba por vivenciar um dilema, de- normas já conhecidas. Essa relação bipolar aparece constan-
sencadeado pela oscilação entre as duas unidades sociais temente nessa sociedade, condicionando normas de condu-
distintas, que são: tas para os integrantes dessa sociedade.
multimídia: música
Fonte: Youtube
Macunaíma - Clara Nunes. Álbum: Claridade, 1973.
ROBERTO DAMATTA
A SOCIEDADE
BRASILEIRA VIVENCIA
UMA COMPLEXIDADE
PÚBLICO PRIVADO
DESVALORIZAÇÃO VALORIZAÇÃO
DA PESSOA DO INDIVÍDUO
A RUA A CASA
VOLUME ÚNICO
estrutura competitiva entre as classes é indispensável b) A cidadania no Brasil, ao contrário da existente em pa-
em sua organização. íses como os Estados Unidos da América, fundamenta-se
3. O antropólogo brasileiro Roberto DaMatta vem se no individualismo, considerado um aspecto positivo.
debruçando em seus estudos sobre a realidade antropo- c) Em um contexto histórico determinado, o conceito de
lógica brasileira, identificando e analisando tipos e ritu- cidadania regulada pressupõe a existência de um plura-
ais, como o carnaval, o futebol, o malandro e o próprio lismo democrático.
10. (Unesp)
TEXTO 1
TEXTO 2
Gabarito
1. A 2. D 3. B 4. A 5. D
6. E 7. C 8. E 9. E 10. A
VOLUME ÚNICO
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
HABILIDADE(s)
A fluidez no mundo líquido de Bauman
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
O sociólogo Zygmunt Bauman apresenta, nessa entre-
23
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
vista, seu pensamento perante a liquidez da sociedade
contemporânea.
Para estudar a sociedade atual, Bauman se utiliza da me- Entretanto, inserido nessa nova conjuntura social, o indi-
táfora do “líquido” para explicar o aspecto mutável das víduo se eleva diante do coletivo, salientando a fluidez do
relações sociais, pois o líquido sofre constante mudança e contato social.
não conserva sua forma por muito tempo.
Influenciado pelas teorias de Marx, mas também pela psi-
Diante da velocidade de nosso período histórico, que cul- canálise de Freud, Bauman salienta que o ser humano al-
VOLUME ÚNICO
mina com um aumento constante de informações, essa meja a felicidade, só que é uma felicidade individual, o que
prática afetará as próprias relações sociais. As tecnologias não garante necessariamente uma satisfação plena. Um
impulsionam o ser humano a querer e pensar o mais rápi- dos problemas é que o indivíduo pode perder a identifica-
do possível, de modo que tudo precisa ser instantâneo, o ção com o grupo social no qual está inserido, pois só o que
tempo de maturação de qualquer relação não se enqua- têm importância são as suas necessidades, a sua figura, e
dra nesse momento. não mais o grupo social.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Cinco pensadores para entender o mundo: Bauman
multimídia: música O doutor em Ciências Sociais Luís Mauro Sá Martino
Fonte: Youtube apresenta nessa série do canal da Casa do Saber o pen-
Efêmera - Tulipa Ruiz. Álbum: samento de Zygmunt Bauman e sua teoria da Moder-
Efêmera. YB Music, 2010. nidade Líquida.
Nessa canção, Tulipa Ruiz demonstra que, apesar de vi-
"Se você quer a paz, cuide da justiça", advertia a sa-
VOLUME ÚNICO
ver num mundo onde a liquidez está presente, existem bedoria antiga - e, diferentemente do conhecimento,
momentos que acabam marcando nossa vida. a sabedoria não envelhece. Atualmente, a ausência de
justiça está bloqueando o caminho para a paz, tal como
o fazia há dois milênios. Isso não mudou. O que mudou
Esse processo de liquidez está inserido nos pilares da socie- é que agora a "justiça" é, diferentemente dos tempos
dade, adentrando na família, política, economia e na segu- antigos, uma questão planetária, medida e avaliada por
rança. Assim, tudo se torna fugaz e perde a sua concretude. comparações planetárias - e isso por duas razões.
DIAGRAMA DE IDEIAS
BAUMAN
A SOCIEDADE
AS PROPAGANDAS
CONTEMPORÂNEA
FABRICAM CONSENSOS
VIVE TEMPOS LÍQUIDOS
AS RELAÇÕES HUMANAS
DOMINAM AS PESSOAS
TENDEM A SER MENOS
DURADOURAS
E CONSOLIDAM A
SÃO EFÊMERAS SOCIEDADE LÍQUIDA
VOLUME ÚNICO
BANALIZAM AS
RELAÇÕES SOCIAIS
2. Zygmunt Bauman se apresenta como um dos maiores Figura 9: Adaptado de: Veja, 28 dez. 2011, p.71.
autores no âmbito da sociologia contemporânea. Suas
obras produzem reflexões profundas que expõem os Com base na charge e nos conhecimentos sobre as
indivíduos e suas relações na sociedade pós-industrial. formas de comunicação na sociedade contemporânea,
Com relação à sua obra denominada Modernidade lí- considere as afirmativas a seguir:
quida, dados os itens abaixo: I. A denominada “sociedade de informação” estreita os
I. “Bauman afirma que imigrantes, feios, pobres, mi- vínculos diretos entre os indivíduos e intensifica a coe-
grantes, homossexuais, pretos e estrangeiros são viti- são e a igualdade social.
mados pela inclusão perversa.” II. As novas tecnologias da informação são responsáveis
II. “A indiferenciação entre o âmbito público e o privado pelo surgimento do modo de produção pós-moderno
ou pós-industrial.
chama a atenção de Bauman, que identifica sua amplia-
ção com o crescente esfacelamento dos limites entre III. As redes sociais contribuem para a redefinição das
individual e social, consequência da colonização do es- fronteiras entre os espaços público e privado.
paço público pelos interesses privados.” IV. O Twitter e outras formas de comunicação online
III. “Em meio à modernidade líquida, destaca Bauman evidenciam determinado grau de desenvolvimento das
que ser ou sentir-se livre para ir, vir e desapegar-se é forças produtivas.
status proporcional ao poder de consumo individual.” Assinale a alternativa correta:
IV. “A violência, o terrorismo e o individualismo cres- a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
centes tornam evidente a falência do projeto moderno b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
de ‘ordem e progresso’, gerando ‘não-lugares’ onde se c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
padece no estado de anomia.” d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
V. “Fluidez, maleabilidade, flexibilidade e a capacidade e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
de moldar-se em relação às infinitas estruturas, são al-
gumas das características que o estado liquefeito con- 5. (Enem) O nosso tempo é de desengajamento. O mo-
ferirá às esferas dos relacionamentos humanos.” delo panóptico de dominação, que usava a vigilância, o
monitoramento e a correção da conduta dos domina-
Dentre as afirmações verifica-se que estão corretos so-
VOLUME ÚNICO
CH COMPETÊNCIA(s)
1, 2, 3, 4 e 5
multimídia: livro
HABILIDADE(s)
O mundo em descontrole - o que a
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12, globalização está fazendo de nós - Anthony
24
13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
Giddens. Rio de janeiro: Record, 2003.
Anthony Giddens estuda os efeitos da globalização em
nossas vidas. Analisando as mudanças pelas quais pas-
saram culturas tradicionais, o choque entre a busca de
integração e o fundamentalismo, as incertezas criadas
pelo processo de unificação em escala planetária.
multimídia: vídeo
Fonte: Netflix
Black Mirror - Inglaterra: Channnel 4
(2011-2014) e Netflix (2016-presente).
A série apresenta contos de ficção científica que refle-
tem o lado obscuro das telas e da tecnologia, mostran-
do que nem toda novidade traz só benefícios.
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Muito além do Cidadão Kane (Beyound
Citizen Kane) - Inglaterra: Channel 4,1993.
Documentário que mostra o empresário Roberto Mari-
nho como exemplo da concentração da mídia no Brasil. multimídia: livro
VOLUME ÚNICO
A rotina (tudo que é feito habitualmente) constitui um Sociedade de Risco - rumo a uma outra modernidade
elemento básico da atividade social cotidiana [...]. A na-
- Ulrich Beck. São Paulo: Editora 34, 2013.
tureza repetitiva de atividades empreendidas de maneira
idêntica dia após dia é a base material do que eu chamo Nessa obra, o sociólogo Ulrich Beck faz um diagnóstico
de “caráter recursivo” da vida social. [...] A rotinização dos desafios da contemporaneidade, apontando uma
é vital para os mecanismos psicológicos por meio dos crítica à ciência voltada só para o progresso.
quais um senso de confiança ou segurança ontológica
multimídia: música
Fonte: Youtube
Reis do Agronegócio - Chico César.
Álbum: Estado de Poesia, 2015.
A canção de 9min sem repetição fala da plantação de
monoculturas e do uso desordenado de pesticidas e
agrotóxicos, da ganância dos donos das terras que des-
truíram florestas, matas virgens, nascentes para planta-
ção de produtos transgênicos, contaminando lençóis fre-
áticos, eliminando a diversidade local e nos oferecendo
alimentos cheios de veneno que são a causa de diversas
doenças atuais.
VOLUME ÚNICO
SOCIEDADE
DE RISCO
SOCIEDADE
GIDDENS
INDUSTRIAL
ULRICH BECK
É PRECISO
REFORMULAR A
TEORIA SOCIAL
TECNOLOGIA
LUCRATIVA É PRECISO
REPENSAR AS
AÇÕES HUMANAS
A RAZÃO ILUMINISTA
NÃO É CONFIÁVEL
GERA
CONSEQUÊNCIAS
AMBIENTAIS E RISCO DE UMA
SOCIAIS CATÁSTROFE GLOBAL
ESTAMOS
CAMINHANDO PARA
NOVOS PADRÕES DE
RISCO AÇÕES INDIVIDUALISMO
GLOBALIZADO SOCIOAMBIENTAIS
POIS SOFREMOS AS
CONSEQUÊNCIAS DE
UMA MODERNIDADE
TARDIA
ção dos relacionamentos são características da: econômicas voltadas ao lucro, mas sobretudo a prin-
a) discriminação social. cípios básicos de garantia da vida humana.
b) reestruturação global.
5. (Enem) A linhagem dos primeiros críticos ambientais
c) sociedade de risco. brasileiros não praticou o elogio laudatório da beleza
d) diáspora global. e da grandeza do meio natural brasileiro. O meio natu-
ral foi elogiado por sua riqueza e potencial econômico,
Gabarito
1. A 2. C 3. D 4. 08 + 16 = 24 5. A
6. A 7. D 8. E 9. D 10. C
VOLUME ÚNICO
CH
Sociedade que domina a escrita, desenvolven-
Escrita do a lógica e a interpretação dos textos, conjun-
COMPETÊNCIA(s) to com o conhecimento dominante.
1, 2, 3, 4 e 5 Novo contexto com o surgimento do computa-
Virtualização dor e a possibilidade de conexão e comunicação
HABILIDADE(s) hipertextual.
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
multimídia: livro
PIERRE LÉVY
A INTERNET A GLOBALIZAÇÃO
MODIFICOU A É ALGO POSITIVO
RELAÇÃO SOCIAL
PRODUZ UM NOVO
CONHECIMENTO
INTELIGÊNCIA
COLETIVA
SABERES
INDIVIDUAIS SÃO
COMPARTILHADOS
POR TODA A
SOCIEDADE
QUE DIFUNDIRÁ
UM NOVO
CONHECIMENTO
mento desse autor a respeito de tais assuntos, assinale Algumas pesquisas revelam cerca de 200 milhões de
a opção correta: pessoas em movimento pelo mundo. Essas pessoas evi-
a) Para Lévy, a Internet não permite a interatividade denciam necessidades, oposições, racismos, solidarie-
total, uma vez que, assim como a televisão e o rádio, dades e semelhanças.
está centrada no sistema de difusão Um-Todos, pois os Diante disso, faça o que se pede.
usuários ainda dependem de provedores que contro-
a) Os racismos e preconceitos estabelecidos no século
lam a transmissão de dados e limitam o acesso à rede.
XXI são diferentes daqueles vividos na primeira meta-
b) Segundo esse autor, o ciberespaço propicia a criação
de do século XX. Apresente pelo menos duas caracte-
de uma inteligência coletiva, apresentando o cenário
rísticas que os distinguem.
ideal para a concretização dos ideais do Iluminismo.
b) Estabeleça pelo menos três características sociais
c) Para Lévy, os CDs e DVDs, por serem mídias que e políticas que diferenciam os movimentos popula-
comportam arquivos digitalizados, fazem parte do cionais do final do século XX e início do século XXI
ciberespaço. daqueles que modificaram as estruturas sociais do
d) De acordo com o filósofo mencionado, o ciberes- Brasil no final do século XIX.
paço não possui capacidade de armazenar memória,
e, por isso, serve apenas para a transmissão de dados 8. (Enade) O desenvolvimento da internet e das tecno-
entre usuários. logias de comunicação suscitou uma série de discussões
e) Lévy considera que, apesar de o interesse comuni- a respeito de como a rede alterou as relações sociais e
cativo determinar de que maneira os usuários devem as formas de construção do conhecimento. Jean Bau-
interagir no espaço virtual, a posição geográfica em drillard e Pierre Lévy são dois dos autores de destaque
que eles se encontram ainda é um fator significativo na área. Os trechos a seguir foram transcritos de obras
de diferenciação e de exclusão social de pessoas. desses pensadores.
rendem fortunas decorrentes de direitos reservados. liação institucional, mas segundo um mapa semântico
e) A liberdade e a autonomia em relação ao fluxo da in- ou subjetivo dos centros de interesse. O endereçamento
formação no ciberespaço resultam em contextos hiper- por centro de interesse e a comunicação todos-todos
midiáticos fortalecedores de clãs, tribos, Estados-nação são condições favoráveis ao desenvolvimento de pro-
e territórios, inteligentemente dirigidos. cessos de inteligência coletiva.
LÉVY, P. A Revolução contemporânea em matéria de comunicação.
Revista Famecos. Porto Alegre, 2008 (Adaptado).
ço, considerando que a rede condiciona o ser humano Do ponto de vista comercial, o avanço das novas tecno-
à mecanização da busca de perguntas e respostas, logias indicado no texto está associado à
que dão ilusão de liberdade e de conhecimento.
e) Lévy assume posição otimista em relação ao ciberes- a) atuação dos consumidores como fiscalizadores da
paço, considerando o cenário de troca de informações, produção.
que são controlados por centros emissores e dissemi- b) exigência de consumidores conscientes de seus
nadas a todos os receptores passivos. direitos.
c) relação direta entre fabricantes e consumidores.
9. (Enade) d) individualização das mensagens publicitárias.
e) manutenção das preferências de consumo.
11. (Enem)
8. D 9. D 10. D 11. C
CH
CASTELLS comunicação livre, só que essa liberdade depende dos atores
sociais. Desse movimento emergem elementos de resistência
COMPETÊNCIA(s) contra as forças de dominação nessa sociedade em rede.
1, 2, 3, 4 e 5
HABILIDADE(s)
AULA 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 10, 11, 12,
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13, 15, 16, 20, 22, 23, 24 e 25
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
Castells: poder da juventude é a autocomunicação
Manuel Castells analisa as permanentes tensões entre
adultos e jovens, apontando como a juventude pensa
1. Manuel Castells (1942) de forma digital.
multimídia: livro
CASTELLS
“SOCIEDADE EM
REDE”
AS NOVAS SOCIEDADE
TECNOLOGIAS DOMINANTE
Aplicando para Aprender (A.P.A.) 2. (FGV) A sociedade da informação, para usar a expressão
de Manuel Castells, corresponde às transformações técni-
1. (Enem (Libras)) Esse sistema tecnológico, em que esta- cas, organizacionais e administrativas que têm como prin-
mos totalmente imersos na aurora do século XXI, surgiu cipal fator os insumos baratos de informação propiciados
nos anos 1970. Assim, o microprocessador, o principal pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e teleco-
dispositivo de difusão da microeletrônica, foi inventa- municações. As transformações em direção à sociedade da
do em 1971 e começou a ser difundido em meados dos informação definem um novo paradigma, o da tecnologia
anos 1970. O microcomputador foi inventado em 1975, da informação, que expressa a transformação tecnológica
e o primeiro produto comercial de sucesso, o Apple II, foi em curso e suas implicações com a economia e a socieda-
de. Em relação às características do paradigma da tecno-
introduzido em abril de 1977, por volta da mesma época
logia da informação, analise as afirmativas a seguir:
em que a Microsoft começava a produzir sistemas opera-
cionais para microcomputadores. I. Graças às novas tecnologias, predomina a lógica das
redes, uma vez que pode ser implementada em qualquer
CASTELLS, M. A sociedade em rede: a era da informação. tipo de processo.
São Paulo: Paz e Terra, 1999 (adaptado). II. A tecnologia digital favorece a flexibilidade, já que
permite modificar os processos em função de sua alta
A mudança técnica descrita permitiu o surgimento de
capacidade de reconfiguração.
uma nova forma de organização do espaço produtivo
III. A convergência das tecnologias mostra a interliga-
VOLUME ÚNICO
global, marcada pelo(a) ção entre diversas áreas de saber, graças, por exemplo,
a) primazia do setor secundário. à microeletrônica, à robótica e à inteligência artificial.
b) contração da demanda energética. Assinale:
c) conectividade dos agentes econômicos. a) Se somente a afirmativa I estiver correta.
d) enfraquecimento dos centros de gestão. b) Se somente a afirmativa II estiver correta
e) regulamentação das relações de trabalho. c) Se somente a afirmativa III estiver correta.