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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo
Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares.
O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos
alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades.
A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
editoração eletrôniCa
Felipe Lopes Santos
Letícia de Brito
Matheus Franco da Silveira
imagenS
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
Pixabay (https://www.pixabay.com)
ISBN: 978-85-9542-234-6
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusi-
vo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos
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O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
NÚMEROS COMPLEXOS E POLINÔMIOS 5
AULAS 45 E 46: NÚMEROS COMPLEXOS: REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA E MÓDULO 7
AULAS 47 E 48: NÚMEROS COMPLEXOS: FORMA TRIGONOMÉTRICA 12
AULAS 49 E 50: POLINÔMIOS 19
AULAS 51 E 52: OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS 30
GEOMETRIA ANALÍTICA 87
AULAS 45 E 46: DISTÂNCIA DE PONTO A RETA, ÂNGULOS E ÁREAS 89
AULAS 47 E 48: CIRCUNFERÊNCIA: EQUAÇÕES REDUZIDA E NORMAL 93
AULAS 49 E 50: CIRCUNFERÊNCIA: POSIÇÕES RELATIVAS 99
AULAS 51 E 52: SECÇÕES CÔNICAS: ELIPSE 106
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
Competência 2
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 3
Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 4
Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
Competência 5
Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extra-
Competência 6
Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determi-
nação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
Competência 7
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
H27
em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
NÚMEROS COMPLEXOS
E POLINÔMIOS
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Em sua primeira fase, a prova apresenta A prova apresenta os conteúdos deste livro, A prova apresenta questões medianas so-
questões diretas sobre polinômios e com mesclando com geometria espacial e até bre números complexos. Já os polinômios
baixa incidência de números complexos. mesmo trigonometria. podem aparecer na forma gráfica ou abor-
dando assuntos de fatoração.
O candidato deve esperar uma questão A prova pode apresentar questões de A prova procura elaborar questões de alto A Santa Casa pode trazer questões diretas
contextualizada, com elevado grau, para polinômios, abordando outras áreas da nível para seus candidatos. Ambos os te- e bem elaboradas sobre os dois grandes
polinômios. Números complexos podem Matemática junto com alguma aplicação mas têm uma boa incidência. temas deste livro. As questões possuirão
aparecer de forma direta em suas questões, científica. um grau mediano.
porém com baixa incidência.
UFMG
A prova não tem uma boa incidência para Números complexos e polinômios são te- Não há uma boa incidência dos temas des-
números complexos, mas aproveita muitos mas com elevado índice de aplicação nesse te livro, porém, quando há alguma questão,
conceitos de polinômios em suas questões. vestibular. observamos um alto nível de dificuldade e
boa elaboração.
A prova apresenta questões de polinômios A prova apresenta questões objetivas que A prova abordará os temas deste livro
e números complexos, com dificuldades serão diretas nas propriedades das opera- com questões medianas e fáceis. O can-
baixa e mediana. ções polinomiais e dos números complexos. didato deve atentar-se a problemas com
polinômios.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
6
Logo:
( 1____1– i ) = ( 1_____
+ i = (_____
2 )
10 10 10
1 + i )
NÚMEROS 2
10
MT AULAS
45 E 46 2. Representação geométrica
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
dos números complexos
5 20, 21 e 23 Como foi dito, os números complexos podem ser represen-
tados de várias formas. Até agora, foi vista a forma algé-
brica a + bi. Outra maneira de representar um complexo z
é com um par ordenado de números reais. Se z = a + bi,
1. Divisão de números complexos pode-se escrever z = (a, b), notação usada por Gauss.
z1 Por outro lado, a cada par de números reais (a, b) está as-
O quociente __
z entre dois números complexos, com z2 ≠ 0,
2 sociado um único ponto do plano. Logo, pode-se associar
—
z1 ____
__ z1 · z
a cada número complexo z = a + bi o ponto P do plano de
é dado por z = — 2
2 z · z
2 2 coordenadas a e b: P(a, b).
O plano cartesiano no qual estão representados os núme-
Aplicação do conteúdo ros complexos é denominado plano complexo ou plano de
1 .
1. Escreva na forma a + bi o número complexo ____
Argand-Gauss. Diz-se que o ponto P(a, b) é o afixo do nú-
3–i mero complexo a + bi.
Resolução: i
1(3 + i)
1 = __________
____ 3 + i = ___
= _____ 3 + ___
1 i
3 – i (3 – i)(3 + i) 9 + 1 10 10
z1
2. Efetue __
z , sabendo que z1 = 1 + 2i e z2 = 2 + 5i.
2
Resolução:
__ z 1 + 2i ____________ (1 + 2i) (2 – 5i) 2 – 5i + 4i – 10i2
z1 = _____
= = _____________
ä
2 2 + 5i (2 + 5i) (2 – 5i) 22 + 52
R
z1 _____ 12 – i ___ 12 ___ 1
__
z2 = 29 = 29 – 29 i
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
z1 ___ Modelos:
Logo, __ 12 – ___
z 2 = 29 1 i. § Representação geométrica dos números complexos:
29
z1 = 3 – 2i, z2 = 5, z3 = –2i, z4 = 2 + i e z5 = –2 + i
1 .
10
3. Calcule ____
1–i ( ) z1 = 3 – 2i ä (3, –2)
Resolução: z2 = 5 ä (5, 0)
z3 = – 2i ä (0, –2)
Escrevendo a base da potência na forma a + bi:
z4 = 2 + i ä (2, 1)
(1 + i) _____
1 = ____
____ 1 · ____
= 1 + i = ____
1 + i
1 – i 1 – i (1 + i) 1 + 1 2 z5 = – 2 + i ä (–2, 1)
7
Aplicação do conteúdo
1. Dados os números complexos z1 = –4 + 2i, z2 = –3i
e z3 = 4, localize, no plano complexo, os pontos corres-
pondentes a cada número.
Resolução:
z1 = – 4 + 2i ä (–4, 2)
z2 = –3i ä (0, –3)
z3 = 4 ä (4, 0)
Notas
1. Os números complexos reais pertencem ao eixo x e
mantêm a correspondência, segundo a qual para cada
número real existe um ponto da reta.
2. Os números imaginários puros pertencem ao eixo y.
3. Os demais números complexos (a + bi, com a ≠ 0 e
b ≠ 0) pertencem aos vários quadrantes, de acordo com
os sinais de a e b.
4. Para cada número complexo existe um único ponto
do plano e vice-versa.
5. A cada complexo z = a + bi pode-se associar um
único vetor, com extremidades no ponto O, origem do 2. Determine os números complexos correspondentes
aos pontos A, B, C, D e E nesta figura.
sistema de coordenadas cartesianas, e no ponto P(a,
b). Nesse plano complexo, além do número complexo
z = a + bi, estão representados outros dois números
complexos, z1 e z2, e a soma deles, z1 + z2 (diagonal do
paralelogramo formado por z1 e z2).
Resolução:
A (3, 0) ä z = 3
B (0, 2) ä z = 2i
C (2, 1) ä z = 2 + i
D (–2, – 1) ä z = –2 – i
6. A associação dos números complexos z = a + bi E (1, –1) ä z = 1 – i
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
8
Resolução:
Resolução:
Algebricamente: z1 + z2 = (1 + 2i) + (4 + i) = 5 + 3i = z3
Essa igualdade vale também para os pontos situados nos
Geometricamente:
eixos e nos demais quadrantes.
Observe que z3 corresponde ao ponto (5, 3), ou seja, ao
Assim, pode-se afirmar que, dado um número complexo
número complexo z3 = 5 + 3i.
z = a + bi, chama-se módulo de z e indica-se por |z| o
número real positivo ou nulo dado por:
|z| = d XXXXXX
a2 + b2
Nota
Há uma conexão interessante com a geometria analí-
tica. Pensando nos complexos z e w como pontos no
plano, o módulo da diferença é a distância entre os dois
pontos: |z – w| = d(z, w).
Se z = 2 + 3i:
b) z = 3i
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Resolução:
4. Módulo de um Se z = 3i:
número complexo |z| = |3i| = d XX
9 = 3
9
1
d) z = __ 3. Se z1 e z2 são números complexos:
2
Resolução: |z1z2| = |z1||z2|
1 :
Se z = __ Demonstração:
2
|z| = __
1 = __
2 2
1
De acordo com a primeira propriedade:
Resolução: |z1z2|2 = z1 z2
z 1
z2 = (z1
z 1) (z2
z 2) = |z1|2|z2|2 = (|z1||z2|)2
Se z = 0:
Uma vez que o módulo é um número positivo ou nulo, extrai-se
|z| = |0| = 0 a raiz quadrada de ambos os membros e chega-se ao que se
2. Descubra a distância do ponto A(1, 2) ao ponto B(5, –1) pretendia demonstrar:
no plano de Argand-Gauss. |z1z2| = |z1||z2|
Resolução:
z = 1 + 2i e w = 5 – i
z – w = –4 + 3i
d(A, B) = |z – w| = | –4 + 3i| = d XXXXXX
16 + 9 = 5
5. Propriedades
envolvendo módulo
1. Se z é um número complexo:
zz = |z|2
Demonstração:
Sabe-se que:
zz= (a + bi) (a – bi) = a2 + b2
|z| = d XXXXXX
a2 + b2
Logo:
2
a2 + b2 ) = a2 + b2 = z · —z
|z|2 = (d XXXXXX
2. Se z é um número complexo:
|z| = |z|
Demonstração:
Dado z = a + bi, obtém-se:
= a – bi
z
|z| = d XXXXXX
a2 + b2
|z| = d XXXXXXXX
a2 + (–b)2 = d XXXXXX
a2 + b2
Portanto, |z| = |z|.
10
DIAGRAMA DE IDEIAS
REPRESENTAÇÃO
NÚMEROS COMPLEXOS
GEOMÉTRICA
DIVISÃO
— Z = a + bi
Z1 Z1 ∙ Z 2
__ = —
Z2 Z ∙ Z
2 2
O R
O a R
Propriedades
— - Números reais → pertencem ao eixo
Z
— horizontal
= (a, –b) = a – bi
Z
- Números imaginários → pertencem ao
MÓDULO eixo vertical
- Para cada número complexo existe um
z 2 = a2 + b2 único ponto do plano e vice-versa.
z = √a2 +b2
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
y Propriedades
P(a, b) —
ZZ = Z 2
ou afixo de —
z = a + bi Z = Z
Z
b Z1Z2 = Z1 Z2
Z1 e Z2 → números complexos
a A Z
11
Foi visto em Trigonometria que:
a sen q = __
cos q = __ b (como 0 ≤ q < 2p)
|z| |z|
Essas igualdades levam a:
NÚMEROS
a ⇒ a = |z| · cos q
§ cos q = __
COMPLEXOS: FORMA |z|
b ⇒ b = |z| · sen q
§ sen q = __
TRIGONOMÉTRICA |z|
Substituindo esses valores por z = a + bi, obtém-se:
z = a + bi = |z| · cos q + |z| · sen qi = |z|(cos q + i · sen q)
Assim:
MT AULAS
47 E 48
z = |z|(cos q + i · sen q)
Aplicação do conteúdo
Im
ρ
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Re
§ z = a + bi, z ≠ 0 Re
0 1
§ |z| = r = d XXXXXX
a2 + b2
§ arg(z) = q
12
Portanto, a forma trigonométrica é dada por: Portanto, a forma trigonométrica é dada por:
(
z = 2 cos π__ + i · sen π__
3 3 ) z=√
__
(
2 cos 3π
___ + i · sen 3π
4
___
4 )
b) z = - 1 + i
Resolução: 2. Escreva na forma algébrica os seguintes números
a = –1 complexos:
b=1
________ __ ( π + i · sen __
a) z = 2 cos __ π
)
|z| = |–1 + i| = √
(-1) + 1 = √
2
2 2 4 4
Resolução:
d
XX
2
a = ___
§ cos q = __ –1 = – ___ __ __ __ __
__ __
|z| dXX 2
d
2
XX
2
√
(
2
2
√2 2√2
z = 2 ___ + i ∙ ___
= ____
2
+ i ∙ ____
2 2 )
2√2 √
= 2 + i√2
b = ___
§ sen q = __ 1 = ___
|z| dXX 2 2 __ __
Assim, z = √
2 + i√2 .
Assim, q = arg(z) = 3π
___ .
4
Im
( 7π + i sen ___
b) z = 8 cos ___
6
7π
6 )
Resolução:
__
[ ( √3
)] [
z = 8 –cos π__ + i –sen π__ = 8 – ___ + i ___
6 6 2
–1
2 ( )]
__
z = –4√3 – 4i
__
Re
Assim, z = –4√3 – 4i.
O produto de dois números complexos escritos na forma trigonométrica é o número complexo cujo módulo é igual ao
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
produto dos módulos dos fatores e cujo argumento é igual à soma dos argumentos dos fatores reduzida à primeira volta
(0 ≤ arg (z1 z2) < 2p).
Aplicação do conteúdo
π + i · sen __
1. Calcule o produto z1z2 com z1 = 2 cos __ (
π e z = 3 cos __
π + i · sen __
)
π .
( )
4 4 2
2 2
Resolução:
Ao substituir os dados do problema pela fórmula, obtém-se:
[ (
4 2 ) (4 2 )] (
z1z2 = 2 · 3 cos π__ + π__ + i · sen π__ + π__ = 6 cos 3π
___ + i · sen 3π
4
___
4 )
13
z1
Ao fazer a interpretação geométrica desse problema, obtém-se: O quociente __
z , para z2 ≠ 0, pode ser obtido assim:
2
4 __z |z1|
z1 = ___
[cos(q1 – q2) + i · sen(q1 – q2)]
2 |z |
2
( () )
z1
Em z1z2, houve uma rotação positiva a z1 de um ângulo igual ao ordem dada reduzida à primeira volta 0 ≤ arg__
z 2 < 2p .
ângulo de z2. Ou seja, nesse caso, houve uma rotação de π __ a z .
2 1
Como o argumento de z1 era __ e z1 recebeu uma rotação de π
π __ , Aplicação do conteúdo
4 2
π__ π
__ 3π
___
o produto z1 e z2 passa a ter argumento igual a + = . O z1 π π
4 2 4 1. Calcule o quociente __ __ __
(
z2 para z1 = 2 cos 4 + i · sen 4 e )
módulo, que é 6, corresponde a 2 · 3 ou |z1||z2|. π + i · sen __
z2 = 3 cos __
(
π .
)
2 2
Nota Resolução:
A fórmula da multiplicação de dois números complexos,
de acordo com a qual basta multiplicar os módulos e Ao substituir z1 e z2 na fórmula dada, obtém-se:
somar seus argumentos, é válida para um número z1 2
qualquer finito de valores. Isso levará à potenciação de
__
z = __
2 3 [ ( 4 2 ) (
4 2 )]
cos π__ – π__ + i · sen π__ – π__ =
números complexos. π + i · sen – __
π =
2 cos – __
__
3[ ( ) 4 ( )]
4
__
3 [
2 cos 7π
___ + i · sen 7π
4 4 ]
___
Se um número complexo z estiver escrito na forma trigonométrica z = |z|(cos q + i · sen q), obtém-se:
zn = z · z · z ... z = |z| · |z| · |z| ... |z| [cos(q + q + ... +q ) + i sen(q + q + q ... q )] ⇒
multiplicação produto de n módulos soma de n soma de n
de n fatores argumentos argumentos
Para n = 0, obtém-se:
z0 = |z|0[cos (0 · q) + i · sen (0 · q)] = 1 (cos 0 + i · sen 0) = 1(1 + 0) = 1
14
Assim, é possível afirmar que a potência de ordem n de Uma vez que n ∈ N*, deve-se fazer:
um número complexo escrito na forma trigonométrica é o d
XX
1π = ___ 3
n = 1 ⇒ sen ___ ≠ 0
número complexo cujo módulo é igual ao módulo do nú- 3 2
mero elevado a n e cujo argumento é igual ao argumento d
XX
2π = ___
n = 2 ⇒ sen ___
3
≠ 0
do número multiplicado por n reduzido à primeira volta 3 2
3π = 0 e cos ___
n = 3 ⇒ sen ___ 3π = cos p = –1 < 0
(0 ≤ arg(zn) < 2p).
3 3
6π
___
n = 6 ⇒ sen = sen 2p = 0 e
Aplicação do conteúdo 6π
___
3
cos = cos 2p = 1 > 0
1. Dado o número z = 2 cos __ π , determine z7.
π + i · sen __ 3
4 4 ( ) Assim, o menor valor de n ∈ N* é 6.
Resolução: Nesse caso, tem-se:
__
Na forma trigonométrica, tem-se: (2√3 i+ 2)6 = 46(cos 2p + i · sen 2p) = 4.096 (real positivo)
[( 4 4 )] (
z7 = 2 cos π__ + i · sen π__ = 27 cos 7 · π__ + i · sen 7 · π__ =
7
4 4 ) 5. Radiciação – raízes
z7 = 128 cos 7π ( ___ + i · sen 7π
4
___
4 ) enésimas de números
( 7π
___
Assim, z = 128 cos + i · sen .
7
4
7π
___
4 ) complexos
Na forma algébrica, tem-se: Dado um número complexo z e um número natural n, n > 1,
__ __
(
__
4
__
4 2 ) (
√2
z = 2 cos π__ + i · sen π__ = 2 ___
√
2
+ i · ___ =
2 ) definimos em C:
15
5. A única raiz quinta de 0 é 0, uma vez que 0 é o único Assim, sabendo uma delas e sabendo quantas são no total,
número complexo tal que 05 = 0. é possível obter as n – 1 raízes desconhecidas.
A pergunta então é: Quantas são as raízes enésimas de um
número complexo z ≠ 0 e como podemos determiná-las?
Isso será analisado com a segunda fórmula de De Moivre.
( ( +n2kπ
|z| cos ________
wk = ndXXX ) (
+ n2kπ
+ i · sen ________ )) Portanto:
( 3π 3π
)
___ + 2kπ ___ + 2kπ
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
guinte maneira: __
2 + i · sen 2
________ ________
3
= √ 1 cos
3 3
wk = ndXXX [ (
|z| cos __n + k · 2π
n ) (
___ + i · sen __ + k · 2π
n n )]
___ 3
__
√ 1 = 1 (real positivo)
Uma vez que n = 3, k poderá ser 0, 1 ou 2:
Qualquer número complexo z, não nulo, admite n raízes
enésimas distintas. Todas elas têm módulo igual a dn XXX
|z| e § para k = 0
seus argumentos formam uma progressão aritmética de
3π
___ + 2kπ 3π
___
nθ e razão ___
primeiro termo __ 2π
n .
2 = ___
________ ___ = π
2 = 3π __
3 3 6 2
Geometricamente, as n raízes são vértices de um polígono
regular de n lados.
16
§ para k = 1 Para resolvê-la, deve-se fazer uma mudança de variável
xn = y e obter uma equação do segundo grau:
___ + 2kπ 3π
3π ___ + 2π 7π
___
2
________
= 2 = 2 = 7π
_______ ___ ___ ay2 + by + c = 0
3 3 3 6
As soluções são y’ e y’’.
§ para k = 2 Volta-se então para as equações anteriores, pois y’ = xn e
y’’ = xn.
___ + 2kπ 3π
3π ___ + 4π 11π
____
2
________ 2 = ____
= _______ 2 = 11π
____
3 3 3 6 Ao resolvê-las, são obtidas as raízes da equação inicial.
6. Equações binomiais
e trinomiais
Qualquer equação que possa ser reduzida à forma axn + b = 0
(com a ∈ C e b ∈ C, a ≠ 0 e n ∈ N) é denominada
equação binomial.
Para resolvê-la, deve-se isolar xn no primeiro membro e
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
aplicar a segunda fórmula de De Moivre: Portanto, o conjunto solução da equação 2x3 – 16i = 0 é:
__ __
S = {√3 + i, –√3 + i, –2i}.
n
–b
ax + b = 0 ⇒ x = ___a
n
–b
Essa equação admite n raízes enésimas de ___
a .
Outro tipo muito comum de equação que compreende nú-
meros complexos é o que se pode reduzir à denominada
equação trinomial:
ax2n + bxn + c = 0
(com a ∈ C, b ∈ C e C ∈ C a ≠ 0, b ≠ 0 e n ∈ N)
17
DIAGRAMA DE IDEIAS
NÚMEROS COMPLEXOS
FORMA TRIGONOMÉTRICA
Seja:
Z1 = Z1 (cosθ1 + i · senθ1)
Im Z = a + bi Z2 = Z2 (cosθ2 + i · senθ2)
b
ou
P(a, b) Multiplicação
Z1 Z2 = | Z1| |Z2| [cos(θ1 + θ2) + i·sen(θ1 + θ2)]
θ Divisão
Z = ρ
O a Re Z Z1
_________ 1 = ___
__ [cos(θ1 – θ2) + i · sen (θ1 – θ2)]
• |Z = ρ = √a2 + b2 Z2 Z2
• arg (Z) = θ
Potenciação → fórmula de De Moivre
• a = Z · cosθ
Zn = Z n [cos(nθ) + i · sen(nθ)]
• b = Z · senθ
Z = Z (cosθ + i · senθ)
EQUAÇÕES
Binomiais Trinomiais
axn + b = 0 ax + bxn + c = 0
2n
-b
xn = __ Mudança de variável
a xn = y
ay2 + by + c = 0
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
18
A segunda figura é um cubo com arestas de medida x, cuja
área total é indicada por:
6x2
E cujo volume é expresso por:
POLINÔMIOS x3
A terceira figura é outro cubo com arestas x + 2, cuja área
total é:
MT
E cujo volume é expresso por:
AULAS
49 E 50 (x + 2)3 ou x3 + 6x2 + 12x + 8
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 20, 21 e 23
2. Definição
Expressão polinomial ou polinômio na variável complexa x
é toda expressão da forma:
1. Introdução anxn + an-1xn-1 + an-2xn-2 + ... + a2x2 + a1x + a0
Na resolução de problemas, é frequente a ocorrência de
situações em que a leitura e a compreensão dos enuncia- Em que:
dos levam à formulação de expressões que permitem resol- § an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 são números complexos deno-
vê-los por meio de uma equação oriunda das expressões minados coeficientes;
obtidas. Considere que os enunciados de determinados
problemas levem a estas figuras e suas dimensões: § n é um número inteiro positivo ou nulo; e
1 + __
§ x3 + __ 1 , uma vez que a variável x não pode apare-
x2 x
A primeira delas é uma região retangular de dimensões x e cer em denominador.
x + 3, cujo perímetro é indicado pela expressão:
§ x + 5x + 6, uma vez que o expoente da variável x não
2x + 2(x + 3) ou 4x + 6
pode ser fracionário.
E cuja área é indicada por:
§ 3dXXx + 6dXXx + 2, uma vez que a variável x não pode
x(x + 3) ou x2 + 3x aparecer sob radical.
19
3. Função polinomial Analise-os:
§ se m ≠ 1 e m ≠ –1, o polinômio será do terceiro grau;
As funções complexas f: C é C definidas por expressões § se m = 1, o polinômio será do segundo grau;
polinomiais são denominadas funções polinomiais: § se m = –1, o polinômio será do primeiro grau.
Calcule os valores de a, b e c para os quais o polinômio
§ f(x) = 2x – 1 é uma função polinomial de grau 1.
p(x) = (a + b)x2 + (a – b – 4)x + (b + 2c – 6) seja nulo:
§ g(x) = 3x2 – 2x – 1 é uma função polinomial de grau 2.
20
o valor numérico de p(x) para x = a será: Assim:
p(a) = ana + an – 1a
n n–1
+ an – 2a
n–2
+ ... + a1a + a0 p(2) = 0 ä a(2)2 + b(2) + c = 0 ä
ä 4a + 2b + c = 0 (I)
Calculando p(5):
Aplicação do conteúdo p(5) = (5)2 – 5(5) + 6 = 25 – 25 + 6 = 6
1. Dado o polinômio p(x) = 2x3 – x2 + x + 5, calcule
p(2) – p(–1). Assim, p(x) = x2 – 5x + 6 e p(5) = 6.
21
2. Dado o polinômio p(x) = x3 – 3x2 + 2, obtém-se: 3. x3 – 2x2 + x – 2 = 0 é uma equação algébrica do
terceiro grau.
p(1) = 0 ä 1 é raiz de p(x).
p(3) = 2 ä 3 não é raiz de p(x). 4. x4 – 2x3 + x2 + 2x – 2 = 0 é uma equação algébrica
do quarto grau.
3. O número i é raiz do polinômio p(x) = x2 + 1, pois
p(i) = –1 + 1 = 0. 5. 3x2 – 2ix + 1 = 0 é uma equação algébrica do segundo grau.
Formando o sistema: i2 + 1 = –1 + 1 = 0
22
Foi visto como resolver equações do primeiro e do segundo
grau por meio de fórmulas simples, além de algumas de grau
maior do que 2 por meio de fatoração ou outro artifício:
ä x = _______ dD
–b ±
XX
(raízes da equação de segundo grau), Resolvendo x2 – 3x + 2 = 0, de acordo com a fórmula de Bhaska-
2a ra, obtém-se as raízes 1 e 2:
em que D = b2 – 4ac.
q(x) = x2 – 3x + 2 = (x – 1) (x – 2)
Não faltaram esforços para encontrar fórmulas que permi-
tissem resolver qualquer equação algébrica de grau maior Em razão disso, pode-se escrever:
que 2, como estas: p(x) = (x + 1)(x – 2)(x – 1)
§ x4 – 6x2 – 7x + 60 = 0
8.5. Generalização
§ x – 8x – 25x + 44 = 0
4 3 2
Dado o polinômio de grau n, do qual n > 1:
Por fim, concluiu-se que o melhor meio de resolver essas equa-
p(x) = anxn + an– 1xn – 1 + ... + a2x2 + a1x + a0
ções polinomiais é realizar estimativas de possíveis soluções.
A seguir, serão examinados alguns métodos que permitem se x1, x2, …, xn são raízes de p(x), pode-se escrevê-lo desta
estimar uma ou mais raízes de uma equação polinomial e, forma:
com isso, determinar todas elas.
p(x) = (x – x1) (x – x2) (x – x3)... (x – xn) ⋅ qn(x), com
8.4. Decomposição em qn (x) = an
fatores de primeiro grau Assim:
Em 1799, o matemático alemão Carl F. Gauss (1777-1855) p(x) = an(x – x1) (x – x2) (x – x3)... (x – xn)
demonstrou o Teorema Fundamental da Álgebra:
da qual xk são as raízes de p(x) e an é o coeficiente de xn.
Toda equação algébrica p(x) = 0 de grau n (n > 1) tem pelo
menos uma raiz complexa (real ou não). Aplicação do conteúdo
1. Uma das raízes da equação 2x3 – 4x2 – 2x + 4 = 0 é 1.
De acordo com esse teorema, é possível mostrar que os Resolva a equação.
polinômios de grau n > 1 podem ser decompostos num
produto de fatores do primeiro grau. Resolução:
Se 1 é raiz de p(x) = 0:
Modelos:
p(x) = (x – 1) ⋅ q1 (x) = 0 ä x – 1 = 0 ou q1 (x) = 0
1. 2 é raiz de p(x) = x2 + 3x – 10, uma vez que p(2) = 0. De acor-
do com o teorema de D’Alembert, p(x) é divisível por x – 2: Se o grau de q1(x) é 2 e sabendo resolver uma equação do se-
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
q1(x) = x + 5
23
Assim, as demais raízes são 2 e –1 e o conjunto solução da equa- gébrica de grau n > 0 tem, no máximo, n raízes diferentes.
ção é S = {–1, 1, 2}.
O número de vezes que uma mesma raiz aparece indica a
2. Resolva a equação x – x – 7x + x + 6 = 0, sabendo
4 3 2 multiplicidade da raiz.
que –2 e 1 são raízes da equação.
Modelos:
Resolução:
1. No polinômio p(x) = x2 – 6x + 9 = (x – 3)2 = (x – 3)
Se –2 e 1 são raízes de p(x), obtém-se: (x – 3), há dois fatores idênticos a x – 3. Nesse caso,
afirma-se que 3 é raiz dupla ou de multiplicidade 2.
p(x) = (x + 2)(x – 1) ⋅ q1(x) = 0.
2. No polinômio p(x) = x3 – 3x – 2 = (x + 1) (x + 1) (x – 2)
Ao dividir p(x) por x + 2 e, em seguida, o coeficiente dessa divi- = (x + 1)2(x – 2), afirma-se que –1 é raiz dupla ou de mul-
são por x – 1, obtém-se: tiplicidade 2, e 2 é raiz simples ou de multiplicidade 1.
2 ±
x = _____ 4 ä x’ = 3 e x” = –1 Resolução:
2
Eliminando sucessivas vezes a raiz 2 do polinômio até que isso
Assim, S = {–2, –1, 1, 3}. não seja mais possível.
3. Determine os valores de a, b e c, sabendo que as raízes
da equação 3x3 + ax2 + bx + c = 0 são 1, –1 e 5.
Resolução:
Se 1, –1 e 5 são raízes da equação p(x) = 0, então p(x) é divisível
por x – 1, x + 1 e x – 5.
O que resulta em:
Assim, tem-se:
p(x) = (x – 2)3(x + 1)
raiz –1 da equação:
Ao substituir os valores de a e b na primeira equação, obtém-se:
a = –15, b = –3 e c = 15
Numa equação algébrica de grau n, obtém-se n raízes, das Ao resolvê-la, obtém-se x’= 3 e x” = 2.
quais algumas podem ser iguais, ou seja, toda equação al- Assim, S = {–1, 2, 3}.
24
3. Dada a equação x3 + ax2 – 8x + b = 0, calcule os valo-
res de a e b, de forma que 2 seja raiz dupla da equação.
8.7. Relações de Girard
Resolução: Considere a equação algébrica do segundo grau:
Em R, ou seja, com variáveis e coeficientes reais, será Pela igualdade de polinômios, obtém-se:
possível obter: ba ä x1 + x2 + x3 = – __
– (x1 + x2 + x3) = __ ba
§ D > 0 duas raízes reais distintas;
§ D = 0 duas raízes reais iguais, isto é, uma raiz real
ac
x1x2 + x1x3 + x2 x3 = __
de multiplicidade 2; e da ä x1x2x3 = – __da
– x1x2x3 = __
§ D < 0 nenhuma raiz real.
De forma análoga, considerando a equação algébrica de
Em C, ou seja, com variável e coeficientes complexos,
grau n:
será possível obter:
§ D = 0 uma raiz complexa de multiplicidade 2; e anxn + an – 1xn – 1 + an – 2xn – 2 + … + a2x2 + a1x + a0 = 0
§ D ≠ 0 duas raízes complexas distintas.
25
cujas raízes x1, x2, x3, x4, ..., xn, são válidas estas relações Portanto, obtém-se:
entre as raízes e os coeficientes: 2x3 + bx2 + cx + d = 0
1. A soma das n raízes é: Da qual resulta:
a 1
x1 + x2 + x3 + ... + xn = – ____
an –
n
x1 + x2 + x3 = –1 + 1 + 2 = 2 = – __
2()
b ä b = –4
a
d
__
()
x1x2x3 = (–1) · 1 · 2 = –2 = – ä d = 4
2
x1 ⋅ x2 ⋅ x3 ⋅ ... ⋅ xn = (–1) __
a0
n Assim, os outros coeficientes são b = –4, c = –2 e d = 4, e a
n equação pedida é
5
()
__
x1x2x3 = – = –5
1 x1 + x2 + x3 = 9 ä a – r + a + a + r = 9 ä 3a = 9
äa=3
2. Uma equação algébrica do terceiro grau tem raízes
–1, 1 e 2. Sabendo que o coeficiente do termo de tercei- Uma vez que x2 = a = 3 é uma das raízes, obtém-se:
ro grau é 2, determine os outros coeficientes e escreva
p(x) = (x – 3) · q(x) = 0
a equação.
Resolução:
Se a equação é de terceiro grau, sua forma é: q(x) = x2 – 6x + 5 = 0
ax3 + bx2 + cx + d = 0, com a = 2. Ao resolver a equação, obtém-se x’ = 5 e x” = 1.
Assim, S = {1, 3, 5}.
26
5. Resolva a equação x3 – 5x2 + 7x – 3 = 0, sabendo que
uma raiz é dupla. Aplicação do conteúdo
Resolução: 1. Pesquise as raízes racionais da equação
Uma vez que uma raiz é dupla, deve-se indicar as raízes por x1, 3x3 + 2x2 – 7x + 2 = 0.
x1 e x2. Resolução:
De acordo com as relações de Girard, obtém-se: Na equação dada, a0 = 2 e a3 = 3.
x1 + x1 + x2 = 5 ä 2x1 + x2 = 5 (I) p é divisor de 2 ä p [ {–1, 1, –2, 2}.
x1x1 + x1x2 + x1x2 = 7 ä x21+ 2x1x2 = 7 (II) q é divisor de 3 ä q [ {–1, 1, –3, 3}.
x1x1 x2 = 3 ä x21x2 = 3 (III)
Pela propriedade, as prováveis raízes racionais são:
Da relação (I), tem-se:
p
2x1 + x2 = 5 ä x2 = 5 – 2x1
__
{ 1 , __
q [ –1, 1, –2, 2, – __
3 3 3 3
1 , – __
2 , __ }
2
coeficientes inteiros.
Se o número racional __
p ()
2
__ 8
__ 2
__
p = – ä – não é raiz
3 9 3
q , com p e q primos entre si, for raiz
de uma equação algébrica de coeficiente inteiros:
2. Resolva a equação x4 + x3 – 7x2 – x + 6 = 0.
anxn + an - 1xn - 1 + an - 2xn - 2 + ... + a2x2 + a1x + a0 = 0
Resolução:
p é divisor de a0 e q é divisor de an. Pela equação dada, tem-se a0 = 6 e a4 = 1.
p é divisor de 6 ä p [ {–1, 1, –2, 2, –3, 3, –6, 6}.
q é divisor de 1 ä q [ {–1, 1}.
27
Pela propriedade, as possíveis raízes racionais são: Considere que o número complexo não real z seja raiz des-
p
__
q [ {–1, 1, –2, 2, –3, 3, –6, 6} sa equação. Observe que —ztambém o é.
anxn + an – 1xn – 1+ ... + a1x + a0 = 0 Assim, S = {i, –i, 2i, –2i, 3}.
28
VIVENCIANDO
Polinômios do segundo grau são polinômios muito simples quando comparados aos polinômios utilizados no cotidi-
ano. Em geral, são usados polinômios de graus muito maiores que 2 para modelamento de funções, uma vez que,
quanto maior o grau, dependendo do modelo matemático utilizado, maior será a precisão da função modelada.
DIAGRAMA DE IDEIAS
f :C→ C
POLINÔMIO
NULO (PIN)
anx + an – 1x
n n–1
+ an – 2x
n–2
+ ... + a2x + a1x + a0
2 1
IGUALDADE
DETERMINAÇÃO
p(x) = q(x)
DAS RAÍZES
⇔
p(α) = q(α),
∀α ∈ C
1.º grau 2.º grau
ax + b = 0 ax2 + bx + c = 0
x= –b/a √ 2 − 4ac
−b b
x = ______________
(raiz) 2a RAIZ
(raízes)
Decomposição em fatores de primeiro grau p(α) = 0
p(x) = an(x – x1)(x – x2)(x –+x3) ... (x – xn) α → raiz do
−
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
polinômio p(x)
RELAÇÃO DE GIRARD
29
ax
– a + bx + 2b
ä _____________
7x + 8 ä
= ________
(x + 2)(x – 1) x2 + x –2
(a + b)x + (–a + 2b) ________
ä ________________
= 27x + 8
(x + 2)(x – 1) x +x–2
OPERAÇÕES COM
Para que a igualdade se verifique, deve-se ter:
POLINÔMIOS
Ao resolver o sistema, obtém-se a = 2 e b = 5.
MT
a) p + q
AULAS
Resolução:
51 E 52
Na soma de um polinômio de grau 3 com um de grau
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) 5 prevalece o maior grau. Assim, o grau de (p + q) é 5.
5 20, 21 e 23
b) p · q
Resolução:
3. Dados p(x) = 2x3 – 4x2 + 5x – 3 e q(x) = 7, obtém-se: 1. p(x) = h(x) · q(x) + r(x)
q(x) · p(x) = 7(2x3 – 4x2 + 5x – 3) = 14x3 – 28x2 + 35x – 21 2. o grau de r(x) não pode ser igual nem maior que o
grau de h(x) ou então r(x) = 0.
4. Dados p(x) = 3x – 4 e q(x) = –2x + 5, obtém-se:
Portanto, afirma-se que:
p(x) · q(x) = (3x – 4)(–2x + 5)= –6x2 + 15x + 8x – 20 ä
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
§ h(x) é o divisor;
Aplicação do conteúdo
§ q(x) é o quociente;
a + ____
1. Sabendo que _____ b = ________
7x + 8 , determine os
x + 2 x – 1 x2 + x – 2 § r(x) é o resto.
valores de a e b.
30
2.1. Método da chave
Considerando a seguinte divisão de números inteiros:
x2 : x = x
2.
31
3. Divisão por x – a (dispositivo 5. Deve-se repetir o processo para se obter o novo ter-
mo do quociente:
prático de Briot-Ruffini)
Efetuando a divisão de p(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por
h(x) = x – 2 com o método da chave:
3 · 2 = 6 e 6 + (–2) = 4
De acordo com o quadro, obtém-se:
q(x) = 3x2 + x + 3
r(x) = 4
que é o mesmo resultado obtido pelo método da chave.
Assim:
q(x) = 3x2 + x + 3
3x3 – 5x2 + x – 2 = (x – 2)(3x2 + x + 3) + 4
r(x) = 4
Contudo, há um dispositivo que permite que as divisões Aplicação do conteúdo
por polinômios do tipo x – a sejam efetuadas de uma ma-
neira mais simples e rápida: é o denominado dispositivo 1. Divida p(x) = 2x4 + 7x3 – 4x + 5 por h(x) = x + 3.
prático ou algoritmo de Briot-Ruffini. Resolução:
Quociente: q(x) = x – 2
r(x)
Resto: ___
= 0 ⇒ r(x) = 0
2
1·2=2e2+1=3 Assim, 2x2 – 5x + 2 = (x – 2)(2x – 1).
32
3. Calcule o valor de m de modo que o polinômio Se x = a, obtém-se:
p(x) = 2x3 + 5x2 + mx + 12 seja divisível por h(x) = x + 3.
p(a) = (a – a) . q(a) + r = 0 · q(a) + r = 0 ⇒ r = p(a)
Resolução:
Aplicação do conteúdo
1. Calcule o resto da divisão de p(x) = 2x3 – x2 + 5x – 3
por h(x) = x – 4.
Para que p(x) seja divisível por h(x), o resto deve ser nulo, ou seja:
–3m + 3 = 0 ⇒ 3m = 3 ⇒ m = 1 Resolução:
De acordo com o teorema de D’Alembert, o resto é igual a:
Assim, m = 1.
p(4) = 2(4)3 – (4)2 + 5(4) – 3 = 128 – 16 + 20 – 3 = 129
4. Efetue a divisão de p(x) por q(x) para Assim, o resto dessa divisão é 129.
p(x) = x3 – (4 + 2i)x2 + 9ix + 2 e q(x) = x – 2i.
2. Determine o valor de a, de modo que o polinômio
Resolução: p(x) = 2x3 + 5x2 – ax + 2 seja divisível por h(x) = x – 2.
Resolução:
Se p(x) é divisível por h(x), o resto da divisão é 0. De acordo com
o teorema de D’Alembert:
Assim, p(x)= q(x) . (x² – 4x + i).
p(2) = 0 ⇒ 2(2)3 + 5(2)2 – a(2) + 2 = 0 ⇒
⇒ 16 + 20 – 2a + 2 = 0 ⇒ 2a = 38 ⇒ a = 19
4. Teorema de D’Alembert Assim, a = 19.
De acordo com o teorema de D’Alembert, o resto da divi-
são de um polinômio p(x) por x – a é p(a).
Antes da demonstração, o teorema será verificado median-
5. Teorema do fator
te um exercício. Se c é uma raiz de um polinômio p(x) de grau n > 0, x – c
é um fator de p(x).
O resto da divisão de p(x) = x3 – x2 – 2x + 3 por x + 2 será
determinado e comparado com p(–2). De acordo com o teorema de D’Alembert, a divisão de p(x)
por x – c resulta um quociente q(x) e um resto p(c) tal que:
§ Pelo método da chave: p(x) = (x – c)q(x) + p(c)
+
-x3 - 2x2 Se c é uma raiz de p(x), p(c) = 0, obtém-se:
p(x) = (x – c)q(x)
Aplicação do conteúdo
1. Dados p(x) = x3 + x2 – 10x + 8, determine p(x) para x = 3,
Ao verificar o teorema de D’Alembert: x = 2 e x = 0. Em seguida, escreva p(x) como produto
de dois fatores.
p(–2) = (–2)3 – (–2)2 – 2(–2) + 3 = –8 – 4 + 4 + 3 = –5
Resolução:
Observe a demonstração:
p(3) = (3)3 + (3)2 – 10(3) + 8 = 27 + 9 – 30 + 8 = 14
Considere que a divisão de p(x) por x – a resulta um quo-
p(2) = (2)3 + (2)2 – 10(2) + 8 = 8 + 4 – 20 + 8 = 0
ciente q(x) e um resto r:
p(0) = (0)3 + (0)2 – 10(0) + 8 = 8
p(x) = (x – a) . q(x) + r
Como p(2) = 0, x – 2 é um fator de p(x).
33
De acordo com Briot-Ruffini: Se p(x) é divisível por x + 1, obtém-se:
p(–1) = 0 ⇒ (–1)3 + a(–1)2 + b(–1) + 20 = 0 ⇒
⇒ – 1 + a – b + 20 = 0 ⇒ a – b = – 19
DIAGRAMA DE IDEIAS
OPERAÇÕES COM
POLINÔMIOS
SOMA, SUBTRAÇÃO
DIVISÃO Teoremas
E MULTIPLICAÇÃO
34
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
MATRIZES,
DETERMINANTES E
SISTEMAS LINEARES
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O Enem tem uma boa incidência para sis- A prova abordará um ou até mesmo dois
temas lineares e baixa para matrizes e de- assuntos deste livro em sua primeira ou
terminantes. Para todos os temas, sempre segunda fase. Apresenta questões muito
teremos questões aplicadas ao cotidiano bem elaboradas, nas quais podem aparecer
do candidato. outras áreas da Matemática, como logarit-
mos e trigonometria.
Para ingressar na Unicamp, o candidato A prova apresentará questões muito bem A prova apresenta questões medianas
pode se deparar com questões de matrizes elaboradas e difíceis sobre os temas deste sobre números complexos e matrizes.
e determinantes na prova da primeira fase. livro. Polinômios são cobrados assuntos de um
Já na segunda fase, podemos encontrar grau de dificuldade maior, como Relações
questões muito bem elaboradas sobre sis- de Girard, divisibilidade de polinômios e
temas lineares. teorema de resto.
A prova apresenta matrizes associadas a Os temas abordados neste livro têm baixa A prova não deixará de lado os temas O candidato deve atentar-se aos conceitos
problemas do dia a dia. Os sistemas line- incidência na prova. deste livro. abordados nas aulas de determinantes e
ares podem ser menos abordados nessa levá-los com clareza para a prova.
prova.
UFMG
A prova pode trazer questões sobre matri- Podemos encontrar nessa prova questões Questões difíceis apareceram nessa prova.
zes e determinantes, considerando diversas muito bem elaboradas, de elevado grau O candidato deve estar atento à multipli-
propriedades. Para sistemas lineares, é de dificuldade, com os temas deste livro e cação de matrizes e ao cálculo de deter-
comum aparecer alguma questão contex- envolvendo outras áreas da Matemática. minantes.
tualizada.
A prova poderá trazer questões de mul- Para essa prova, podemos esperar uma Por meio de uma prova muito bem elabo-
tiplicação de matrizes e propriedades de questão sobre os temas deste livro, de for- rada e contextualizada, o candidato deve
determinantes, todas com elevado grau de ma direta e sem contextualização. ficar atento às diversas propriedades dos
dificuldade. determinantes – sistemas lineares também
deverão aparecer.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
36
ou
MATRIZES E 2. Definição
OPERAÇÕES Sejam m e n dois números naturais não nulos.
Denomina-se matriz m x n (lê-se m por n) uma tabela re-
tangular formada por m · n números reais ou qualquer lista
ordenada, disposta em m linhas e n colunas.
Modelos:
MT AULAS
45 E 46 § 2 3 é uma matriz do tipo 2 × 2 (dois por dois).
5 1
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
6 24, 25 e 26 1 –5 1
__
§ 2 é uma matriz do tipo 2 × 3 (dois por três).
2 d XX
3 0
()
1. Introdução dXX
5
___
2 é uma matriz coluna do tipo 4 × 1.
___
Numa editora, a venda de livros de Matemática, Física e –1
___
0
Química, no primeiro trimestre de um ano, pode ser indicada
por esta tabela: Se as matrizes forem linha ou coluna, também são chama-
Janeiro Fevereiro Março das de vetores. Embora essa não seja uma denominação
comum no Ensino Médio, é bastante utilizada no Ensino
Matemática 20 000 32 000 45 000
Superior, principalmente em Computação e Álgebra linear.
Física 15 000 18 000 25 000 É muito comum uma matriz linha como [2 0 5] ser escrita
Química 16 000 16 000 23 000 como (2, 0, 5), em se tratando de vetores.
Se quisermos saber:
3. Representação genérica
§ Quantos livros de Matemática foram vendidos em fevereiro?
Basta olhar o número na primeira linha e na segunda coluna. de uma matriz
Os números da matriz são chamados elementos ou termos
§ Quantos livros de Física foram vendidos em janeiro?
da matriz.
Basta olhar o número na segunda linha e na primeira coluna.
Vamos analisar esta matriz:
§ Quantos livros de Química foram vendidos em março?
Basta olhar o número na terceira linha e na terceira coluna. 3 2 5 –1
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
37
§ O elemento 6 na terceira linha e na primeira coluna é A lista ordenada (ai1, ai2, ..., ain) chama-se a i-ésima linha ou
indicado: o i-ésimo vetor linha da matriz; e (a1j, a2j, ..., amj); a j-ésima
coluna ou j-ésimo vetor coluna da matriz.
a3,1 (lê-se a três, um) = 6.
Pode-se escrever abreviadamente a matriz A na forma:
§ O elemento 2 na primeira linha e na segunda coluna
A = (aij)m × n com 1 ≤ i ≤ m, 1 ≤ j ≤ n e i, j [ N
é indicado:
a1, 2 (lê-se a um, dois) = 2. Lê-se matriz A, dos elementos aij, do tipo m × n.
§ O elemento d XX
2 na terceira linha e na quarta coluna é
indicado: Aplicação do conteúdo
a3, 4 (lê-se a três, quatro) = d XX
2 . 1. Escreva a matriz A = (aij)3 X 2, tal que aij = 3i – 2j + 4.
Resolução:
Portanto,
Pelos dados do problema, a matriz deve ter 3 linhas e 2 colunas:
§ para representar o elemento de uma matriz, usa-se a1,1 a1,2
uma letra com dois índices: o primeiro indica em que
A = a2,1 a2,2
linha o elemento encontra-se, e o segundo, em que
coluna; por exemplo, a2, 3 é o elemento que está na a3,1 a3,2
segunda linha e na terceira coluna;
aij = 3i – 2j + 4 é a “lei de formação” da matriz. Cada ter-
§ o elemento genérico de uma matriz A será indicado mo da matriz é definido substituindo-se i e j pelos valores
por ai,j , do qual i representa a linha e j representa a correspondentes.
coluna na qual o elemento encontra-se; ele é chamado
a1,1 = 3 · 1 – 2 · 1 + 4 = 5
de ij-ésimo elemento da matriz; e
a1,2 = 3 · 1 – 2 · 2 + 4 = 3
§ a matriz A, do tipo m × n, será escrita, genericamente, a2,1 = 3 · 2 – 2 · 1 + 4 = 8
deste modo:
a2,2 = 3 · 2 – 2 · 2 + 4 = 6
a1,1 a1,2 a1,3 ... a1,n
a3,1 = 3 · 3 – 2 · 1 + 4 = 11
a2,1 a2,2 a2,3 ... a2,n
a3,2 = 3 · 3 – 2 · 2 + 4 = 9
a3,1 a3,2 a3,3 ... a3,n 5 3
. . . . .
. . . . . Portanto, a matriz pedida é A = 8 6 .
. . . . .
am,1 am,2 am,3 ... am,n 11 9
. . . . .
am,1 am,2 am,3 ... am,n a11 = a22 = a33 = 1
a12 = a13 = a21 = a23 = a31 = a32 = 0
ou
1 0 0
Assim, X = 0 1 0 .
a1,1 a1,2 a1,3 ... a1,n
0 0 1
a2,1 a2,2 a2,3 ... a2,n
Dependendo de certas características, algumas matrizes
a3,1 a3,2 a3,3 ... a3,n
. . . . . recebem nomes especiais, como a matriz linha e a matriz
. . . . . coluna, já vistas.
. . . . .
am,1 am,2 am,3 ... am,n A seguir, vamos conhecer mais algumas matrizes.
38
4. Matriz quadrada 6. Matriz diagonal
Consideremos uma matriz m × n. A matriz quadrada de ordem n, em que todos os elemen-
tos acima e abaixo da diagonal principal são nulos, é cha-
Se m = n (o número de linhas é igual aos números de colunas),
mada matriz diagonal.
diz-se que a matriz é quadrada de ordem n.
Modelos: Modelos:
1 3 10
3 2 –3 0 8
–1 6 I5 = I1 = [1]
5 –1 6
diagonal secundária diagonal secundária
39
Na matriz nula do tipo m × n há aij = 0, ? i, j, com 1 ≤ i ≤ m
e 1 ≤ j ≤ n. § Se A = eB= , A ≠ B, uma vez que
Aplicação do conteúdo
1. Determinar x e y para que sejam iguais as matrizes
multimídia: vídeo
Fonte: Youtube
e .
A= B =
3x + 2y = 7 ä 3x + 2(2) = 7 ä 3x + 4 = 7 ä 3x = 3
Em matrizes de mesmo tipo, os elementos que ocupam a äx=1
mesma posição são denominados elementos correspon-
dentes. Logo, x = 1 e y = 2
A= B =
Vamos determinar uma matriz C, tal que cij = aij + bij:
Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, tiverem o c11 = a11 + b11 = 3 + 1 = 4
mesmo tipo e seus elementos correspondentes forem iguais. c22 = a22 + b22 = 8 + 0 = 8
Dada as matrizes A = (aij)m x n e B = (bij)m x n, simbolicamente há: c21 = a21 + b21 = 2 + 7 = 9
40
A matriz C assim obtida denomina-se soma da matriz A com a matriz B ou soma das matrizes A e B.
Portanto, dadas duas matrizes A e B do mesmo tipo m X n, denomina-se soma da matriz A com a matriz B, que são repre-
sentadas por A + B, a matriz C do tipo m x n na qual cada elemento é obtido adicionando-se os elementos correspondentes
de A e B.
Se A = (aij) e B = (bij), são matrizes do tipo m x n, a soma A + B é a matriz C = (Cij) do tipo m x n tal que:
cij = aij + bij, com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n
Nota
Se A = (aij) m x n, logo –A = (–aij)m x n.
Associativa (a + b) + c = a + (b + c) (A + B) + C = A + (B + C)
Modelos:
A – B = A + (–B)
41
Por exemplo: 12.1. Propriedades
Se a e b forem números reais e A e B, matrizes de mesmo
tipo, a demonstração é esta:
(a + b) A = a · A + b · A a (b · A) = (a · b)A
a(A + B) = a · A + a · B 1 ·A =A
A+A= + =
§ A=
Considerando que A + A = 2A:
2A = 2 = =
§ A=
2A =
Se A = (aij) é do tipo m × n, logo At = (bij) é do tipo n × m
O produto de um número real pela matriz A é uma matriz e bji = aij.
obtida da multiplicação do número real pelos elementos
de A. 13.1. Propriedades da matriz transposta
Portanto, se A é uma matriz m × n, de elementos aij, e a é Observe as propriedades com matriz transposta:
um número real, aA é uma matriz m × n cujos elementos (At)t = A (aA)t = aAt (A + B)t = At + Bt
são bij = a · aij.
3A = = A= At =
42
15. Matriz antissimétrica 3
B= 1
Observe estas matrizes quadradas:
0
Terminada a primeira fase, verificou-se o total de pontos
A= At =
feitos pelos países participantes, pontuação que pode ser
registrada numa matriz representada por AB (produto de A
por B). Como foi obtida a matriz da pontuação de cada país?
Se comparadas, observa-se que A = –At, fato que permite Brasil: 3 ⋅ 3 + 0 ⋅ 1 + 0 ⋅ 0 = 9
dizer que A é matriz antissimétrica. Note que cada elemen- Croácia: 0 ⋅ 3 + 2 ⋅ 1 + 1 ⋅ 0 = 2
to aij é o oposto de aji.
Austrália: 1 ⋅ 3 + 1 ⋅ 1 + 1 ⋅ 0 = 4
Por definição, dada a matriz quadrada A = (aij)n, diz-se que A Japão: 0 ⋅ 3 + 1 ⋅ 1 + 2 ⋅ 0 = 1
é matriz antissimétrica se, e somente se, aij = –aji, para todo
1 ≤ i ≤ n e 1 ≤ j ≤ n.
9
2
16. Multiplicação de matrizes AB =
4
A multiplicação de matrizes não é uma operação tão sim- 1
ples como as já estudadas. No caso delas, não basta multi-
plicar os elementos correspondentes. Esse exemplo sugere como deve ser feita a multiplicação de
Considere a seguinte situação: durante a primeira fase da matrizes. Observe a relação entre as ordens das matrizes:
Copa do Mundo de Futebol realizada na Alemanha, em
A4 × 3 ⋅ B3 × 1 = AB4 × 1
2006, o grupo F era formado por quatro países: Brasil, Cro-
ácia, Austrália e Japão. Esta tabela registra os resultados
(números de vitórias, empates e derrotas) de cada um. Tra-
ta-se de uma tabela e uma matriz A, do tipo 4 × 3.
16.1. Definição matemática da
Vitória Empate Derrota multiplicação de matrizes
Brasil 3 0 0 Dada uma matriz A = (aij) do tipo m × n e uma matriz
B = (bij) do tipo n × p, o produto da matriz A pela matriz
Croácia 0 2 1
B é a matriz C = (cij) do tipo m × p, tal que o elemento cij
Austrália 1 1 1 é calculado pela multiplicação ordenada dos elementos da
Japão 0 1 2 linha i, da matriz A, pelos elementos da coluna j, da matriz
B, e pela soma dos produtos obtidos.
3 0 0 Para dizer que a matriz C é o produto de A por B, ela será
0 2 1 indicada por AB.
A=
1 1 1 Observe que só definimos o produto AB de duas matrizes
0 1 2 se o número de colunas de A for igual ao número de linhas
de B; além disso, observe que o produto AB tem o mesmo
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Pelo regulamento da Copa, cada resultado (vitória, empate número de linhas de A e o mesmo número de colunas de B.
ou derrota) tinha pontuação correspondente a 3 pontos, 1
ponto ou 0 ponto, fato registrado nesta tabela e em uma Am × n ⋅ Bn × p = ABm × p
matriz B, do tipo 3 × 1.
Aplicação do conteúdo
Número de pontos
Vitória 3 3 2
3 1
Empate 1 1. Dados A = 5 0 eB= , determine AB.
6 2
Derrota 0 1 4
43
Resolução:
Uma vez que A é uma matriz 3 × 2 e B é uma matriz 2 × 2, o número de colunas de A é igual ao número de linhas de B.
Portanto, está definido o produto AB, que será matriz 3 × 2:
c11 c12 3 2 3⋅3+2⋅6 3⋅1+2⋅2 21 7
3 1
AB = c21 c22 = 5 0 = 5⋅3+0⋅6 5⋅1+0⋅2 = 15 5
6 2
c31 c32 1 4 1⋅3+4⋅6 1⋅1+4⋅2 27 9
3 × 2 2 × 2 3 × 2
3 0
1 3 2
2. Dados A = eB= 4 –2 , determine o elemento c21 da matriz C = AB.
0 5 –1
1 6
Resolução:
A multiplicação de matrizes não é comutativa.
A é uma matriz 2 × 3
AB será uma matriz 2 × 2 Modelos:
B é uma matriz 3 × 2
2 5 –3 2
C11 C12 § Dadas as matrizes A = eB= ,
AB = –1 3 4 6
C21 C22 calculemos AB e BA.
C21: usa-se a segunda linha de A e a primeira coluna de B:
0 ⋅ 3 + 5 ⋅ 4 + (–1) ⋅ 1 = 19 A é uma matriz 2 × 2
AB existe e será uma matriz 2 × 2
B é uma matriz 2 × 2
Portanto, c21 = 19.
1 1 2 5 –3 2 14 34
3. Seja a matriz A = . AB = =
0 1 –1 3 4 6 15 16
Resolução:
–3 2 2 5 –8 –9
Ao calcular algumas potências de A, percebe-se um padrão: BA = =
4 6 –1 3 2 38
1 1 1 1 1 2
A =
2
⋅ =
0 1 0 1 0 1 Notamos que AB ≠ BA.
0 1 0 1 0 1
Trata-se de mais um caso em que AB ≠ BA.
1 100
A100 = 1 0 2 0
0 1 § A= eB= .
–1 1 1 2
Logo, a soma de seus elementos é: 1 + 100 + 0 + 1 = 102.
A é de ordem 2 e B é de ordem 2. Logo, pode-se calcular
16.2. Propriedades da multiplicação de matrizes AB, bem como BA.
As propriedades da multiplicação dos números reais já são 1 0 2 0 2 0
conhecidas. Vamos estudar agora que apenas algumas de- AB = =
las são válidas para a multiplicação de matrizes. –1 1 1 2 –1 2
44
2 0 1 0 2 0 1 –1 5 5 0 0
BA = = AB = =
1 2 –1 1 –1 2 –2 2 5 5 0 0
Nesse caso, AB = BA. Se isso ocorrer, diz-se que as ma-
trizes A e B comutam, ou A comuta com B, ou A e B Se A e B são matrizes, tal que AB = 0 (matriz nula), não se
são comutáveis. pode garantir que uma delas seja nula.
1 2 3 0 1 0 0 2 –1 0 2 –1 0
§ Dadas as matrizes A = ,B=
1 2 4 7 l3A = 0 1 0 3 4 2 = 3 4 2 =A
11 2 0 0 1 –1 –2 5 –1 –2 5
eC= , calculemos AB e AC.
0 6
Seja A uma matriz não quadrada, por exemplo, do tipo
1 2 3 0 11 14
AB = = 5 3 1
1 2 4 7 11 14 2 × 3: A = .
–1 0 2
1 2 11 2 11 14 Pode-se fazer:
AC = =
1 2 0 6 11 14 1 0 0
5 3 1 5 3 1
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
A2×3· I3 = 0 1 0 = =A
Note que é possível ter AB = AC, com B ≠ C. –1 0 2 –1 0 2
0 0 1
Se A, B e C são matrizes, tal que AB = AC, não se pode
garantir que B e C sejam iguais.
Na multiplicação de matrizes não vale 1 0 5 3 1 5 3 1
I2 · A2×3 = = =A
a propriedade do anulamento. 0 1 –1 0 2 –1 0 2
1 –1 5 5 Pode-se escrever:
§ Dadas as matrizes A = eB= ,
–2 2 5 5 § se A é uma matriz quadrada de ordem n, logo
não nulas, calculemos AB. Aln = lnA = A; e
45
§ se A é uma matriz do tipo m × n, com m ≠ n, logo Com a igualdade de matrizes:
Aln = lmA = A. x=2
–y + 2z = 3
As propriedades associativa e distributiva
2x + z = 1
valem para a multiplicação de matrizes.
§ x=2
Na multiplicação de matrizes, pode-se demonstrar que § 2x + z = 1 ⇒ 2(2) + z = 1 ⇒ 4 + z = 1 ⇒ z = –3
sempre é possível efetuar as multiplicações envolvidas:
§ –y + 2z = 3 ⇒ –y + 2(– 3) = 3 ⇒ –y – 6 = 3 ⇒
A (BC) = (AB)C ⇒ –y = 9 ⇒ y = –9
(A + B)C = AC + BC
2
A(B + C) = AB + AC
Logo, a matriz procurada é X = –9 .
Escolha três matrizes A, B e C e verifique essas propriedades.
–3
Portanto:
Aplicação do conteúdo
2 1 a b 1 0
=
1 0 0 2 0 3 c d 0 1
1. Dadas as matrizes A = 0 –1 2 eB= 3 ,
2a + c 2b + d 1 0
=
2 0 1 1 0a + 3c 0b + 3d 0 1
determine a matriz X na equação matricial AX = B.
Com a igualdade de matrizes:
Resolução: 2a + c = 1
Pela definição de multiplicação de matrizes, a matriz X 2b + d = 0
deve ter: 3c = 0
3d = 1
§ número de linhas = número de colunas de A; e
1 , b = – __1 , c = 0 e d = __1 .
Que resulta em a = __
2 6 3
§ número de colunas = número de colunas de B.
1 – __
__ 1
x Logo, a matriz pedida é X = 2 6 .
0 __1
Logo, X é uma matriz 3 × 1, ou seja, X = y . 3
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
z
Portanto:
1 0 0 x 2
0 –1 2 y = 3 ⇒
2 0 1 z 1
multimídia: site
x 2
⇒ –y + 2z = 3 https://pt.khanacademy.org/math/precalculus/precalc-
-matrices
2x + z 1
46
VIVENCIANDO
Matriz é um assunto que, no Ensino Médio, pode ser entediante, mas que, no Ensino Superior, é visto como funda-
mental. Podemos entender que as matrizes são vários sistemas lineares perfeitamente enfileirados, sendo que cada
linha traz uma informação.
No ramo das ciências tecnológicas, podemos destacar dois impressionantes usos:
1. Codificação e compressão de imagens e vídeos. Os algoritmos utilizados pelas máquinas são formados por matriz-
es, sendo que cada linha e cada coluna da matriz simboliza um pixel da imagem a ser comprimida e descomprimida.
2. Google Pagerank. O Google, através de algoritmos também em forma de matrizes, ordena a “relevância” de cada
site e os deixa em forma de ranking, em que o site mais importante ocupa o topo da página de resultados da busca.
47
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 25
Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
A habilidade 25 exige do aluno a capacidade de resolver uma situação proposta a partir da análise de
gráficos e tabelas.
MODELO 1
(Enem) Um aluno registrou as notas bimestrais de algumas de suas disciplinas numa tabela. Ele observou que
as entradas numéricas da tabela formavam uma matriz 4×4, e que poderia calcular as médias anuais dessas
disciplinas usando produto de matrizes. Todas as provas possuíam o mesmo peso, e a tabela que ele conseguiu
é mostrada a seguir.
Para obter essas médias, ele multiplicou a matriz obtida a partir da tabela por:
a) d) e)
b) c)
ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus conhe-
cimentos sobre operações com matrizes e aplicações para a sua resolução.
A média de cada matéria é a soma das notas dividida por 4, e a única matriz que possibilita essa condição é a
da alternativa [E]. Então para determinar a média devemos ter:
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
. =
RESPOSTA Alternativa E
48
DIAGRAMA DE IDEIAS
MATRIZES
ELEMENTOS CORRESPONDENTES
Tabela retangular NAS MATRIZES SÃO IGUAIS
formada por m linhas DADO:
e n colunas A = (Aij)m×n e B = (Bij)m×n
...
CLASSIFICAÇÃO
n.º de colunas = n.º de linhas MATRIZ QUADRADA NA QUAL Matriz quadrada na qual os
Diagonal principal: TODOS OS ELEMENTOS elementos acima ou abaixo da
Elementos aij com i = j ACIMA E ABAIXO DA DIAGONAL
diagonal principal são nulos.
PRINCIPAL SÃO NULOS.
a11 a12 a13
a21 a22 a23 aij = 0 para i ≠ j aij = 0 para i > j ou SUPERIOR
49
MATRIZES
A–A=0
MATRIZ ANTISSIMÉTRICA
SUBTRAÇÃO
Matriz antissimétrica se, e somente
Dados : Am×n, Bm×n se, aij = –aji
C=A–B MULTIPLICAÇÃO
cij = aij – bij
Am×n · Bn×p = ABm×p
αAm×n = Bm×n
α · aij = bij
Propriedades:
(α + β)A = αA + βA
α(A + B) = αA + αB
α(β · A) = (α · β)A
1·A=A
50
Nota
Caso exista a possibilidade da matriz inversa, ela será
analisada nos exemplos de aplicação. Foi optado pela
MATRIZ INVERSA obtenção da matriz inversa a partir da resolução de sis-
temas lineares, método que se mostra não muito práti-
E EQUAÇÕES co com matrizes de ordens maiores do que 2. Existem
outros métodos de determinação da matriz inversa que
MATRICIAIS empregam determinantes. Contudo, mesmo esses ou-
tros métodos não são práticos. A noção teórica da ma-
triz inversa prepondera sobre sua determinação prática.
1. Matriz inversa de X=
a b
.
uma matriz dada c d
Considere uma matriz quadrada A, de ordem n. Se X é Por definição, é necessário que haja:
uma matriz tal que AX = In e XA = In, ela é denominada
matriz inversa de A e é indicada por A–1. 5 8 a b 1 0
= ⇒
Caso exista a matriz inversa de A, afirma-se que A é uma 2 3 c d 0 1
matriz inversível ou não singular.
5a + 8c 5b + 8d 1 0
Modelo: ⇒ =
2a + 3c 2b + 3d 0 1
1 –1
§ A matriz A = é invertível e sua matriz Pela igualdade de matriz há os sistemas:
2 0 5a + 8c = 1
(I) , que resulta em a = –3 e c = 2.
2a + 3c = 0
0 1
__
2 5b + 8d = 0
inversa é A-1 = . (II) , que resulta em b = 8 e d = –5.
2b + 3d = 1
–1 1
__
2
a b –3 8
Resultado: X = = , para o qual
Observe que: AX = I2. c d 2 –5
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
0 1
__ Segue agora, se XA = I2:
1 –1 2 1 0
= e
2 0 0 1 –3 8 5 8 1 0
–1 1
__ =
2 2 –5 2 3 0 1
–3 8
0 1
__ Pode-se dizer, pois, que é a matriz inversa de
2 1 –1 1 0 2 –5
=
2 0 0 1
–1 1
__ 5 8 –3 8
2 , ou seja, A–1 = .
2 3 2 –5
51
2. Determine a matriz inversa de A =
3 2
,
2. Equações matriciais
se existir. 6 4 Dadas as operações de adição, subtração e multiplicação de
Resolução: matrizes e de multiplicação de um número real por uma ma-
triz, é possível resolver equações cujas incógnitas são matrizes.
Seja X a matriz quadrada de ordem 2 procurada, tal que
Essas equações são denominadas equações matriciais.
a b
X= .
c d Aplicação do conteúdo
Por definição, é necessário que haja:
1 –3 –1 –3
3 2 a b 1 0 1. Se A = 1 5 eB= 1 –5 , obtenha a matriz X,
= ⇒
6 4 c d 0 1 2 0 2 4
3a + 2c 3b + 2d 1 0 tal que X + A = B.
⇒ =
6a + 4c 6b + 4d 0 1 Resolução:
X + A = B ⇒ X + A + (–A) = B + (–A) ⇒
Pela igualdade de matrizes, há os sistemas:
⇒X+0=B–A⇒X=B–A
3a + 2c = 1 ⋅ (–2) –6a – 4c = –2
(I) ⇒ ⇒ 0 = –2 (impossível)
6a + 4c = 0 6a + 4c = 0 –1 –3 1 –3
X= 1 –5 – 1 5 =
3b + 2d = 0
(II)
6b + 4d = 1 2 4 2 0
( )
d – _____
_____ b
det(A) det(A) 2. Se A = 2 eB= 4 , resolva a equação matricial
dada por A = a , ou seja, deve-se trocar os
-1
c
− _____ _____
det(A) det(A) –1 –3
elementos da diagonal principal; em seguida, muda-se o sinal 2X + A = 3B.
dos elementos da diagonal secundária. Por fim, devem ser divi- Resolução:
didos todos os elementos pelo determinante da matriz A. Esse
método somente é aplicável a matrizes 2 x 2. Veja também que, 2X + A = 3B ⇒ 2X = 3B – A ⇒ __ 1 (2X) = __
1 (3B – A) ⇒
2 2
se o determinante da matriz A é nulo, a matriz não é inversível. 1 (3B – A)
⇒ X = __
2
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
( )( )
3 – __
1 3 – __1
__ __ 1
__
X = 10 = 5
A = = 8
–1 8 8 8 2
__2 __2 __1 __1 –8 –4
8 8 4 4
52
9 2 3 4 3
4. Dadas as matrizes A = eB= ,
Logo, a matriz procurada é X = 5 . –1 0 –7 –3
–4 resolva a equação matricial XA = B.
Cálculo da matriz X
4A +
X = ______ B = __
4 A + __
1 B ⇒
3 3 3
3 0 1 –2
4
⇒ X = __ 1
+ __ ⇒
3 –1 2 3 0 4
4 0 1
__ 2
– __ 13 – __
___ 2
X= + 3 3 = 3 3
4
– __ 8
__
0 __4
4
__
– 4
3 3 3 3
Cálculo da matriz Y
1 –2 3 0
8
Y = __ 1
– __ =
3 0 4 3 –1 2
8
__ 16
– ___ 1 0 5
__ 16
– ___
Y= 3 3 – = 3 3
32
___ 1
– __ 2
__ __1
0 3 3 10
3 3
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
53
DIAGRAMA DE IDEIAS
AX = In
XA = In
Resoluções de equações cujas
X será matriz inversa (A ).
–1 incógnitas são matrizes.
A → matriz quadrada
X = A–1 → matriz inversa
In → matriz identidade Utilizamos as operações de
A será uma matriz inversível adição, subtração e multi-
ou não singular. plicação (por número real
ou por outra matriz).
A obtenção da matriz inversa
é dada a partir da resolução
de sistemas lineares.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
54
da diagonal principal menos o produto dos elementos da
diagonal secundária.
a11 a12
Dada a matriz A = , seu determinante é indi-
a21 a22
cado assim:
DETERMINANTES det A = a11 ⋅ a22 – a12 ⋅ a21
ou
a11 a12
det A = = a11 ⋅ a22 – a12 ⋅ a21
a21 a22
MT AULAS
49 E 50
Por exemplo, o determinante da matriz A (det A), do qual
A=
6 3
é dado por:
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) 2 –4
6 24, 25 e 26
6 3
det A = = 6 ⋅ (–4) – 3 ⋅ 2 = –24 – 6 = – 30
2 –4
1. Introdução
Toda matriz quadrada possui, associada a ela, um número de- 4. Determinante de matriz
nominado determinante da matriz, obtido por meio de opera-
ções que envolvem todos os elementos da matriz. Os determi-
quadrada de ordem 3
nantes surgiram há cerca de 300 anos (apesar de já existirem Considere a matriz genérica de ordem 3:
“esboços” do que seriam determinantes na Matemática chine-
sa, há dois mil anos), associados à resolução de equações linea- a11 a12 a13
res. Atualmente, matrizes e determinantes são uma importante A= a a a
21 22 23
ferramenta matemática, com aplicações em diversas áreas.
a31 a32 a33
Um detalhe importante sobre esse tema deve ser sempre
lembrado: não existe determinante de matriz que não Define-se o determinante da matriz de ordem 3 ao número:
seja quadrada.
a11 a12 a13
Considere a matriz quadrada de ordem 1, indicada por A = [a11]. =a11a22a33 + a12a23a31 + a13a32a21 – a13a22a31 – a12a21a33 – a11a32a23
Por definição, o determinante de A é igual ao número a11, Esses seis produtos podem ser obtidos de uma forma
que é indicado assim: det A = a11.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
quadrada de ordem 2
a21 a22 a23 a21 a22
55
§ Os produtos obtidos na direção da diagonal principal Resolução:
permanecem com o mesmo sinal. 2 6
a) Inicialmente, obtém-se a matriz A + B = ,
§ Os produtos obtidos na direção da diagonal secundária para depois calcular: –1 1
mudam de sinal.
2 6
§ O determinante é a soma desses valores obtidos. det(A + B) = =2+6=8
–1 1
Modelo: –3 14
3 1 5 b) Obtenção de AB = e, em seguida,
1 –7
A= 1 0 –2 det(AB) = 21 – 14 = 7.
–1 4 –3 c) Cálculo do det A = 6 + 1 = 7 e depois do
–1 5 –7 35
3 1 5 3 1 (det A)B = 7 = .
0 –1 0 –7
1 0 –2 1 0
det A = 49 1 4 –3
Resolução:
Aplicação do conteúdo
det A = 2 ⋅ 2 ⋅ (–3) + 3 ⋅ 0 ⋅ 1 + 5 ⋅ 4 ⋅ (–1)
– (–1) ⋅ 2 ⋅ 1 – 3 ⋅ 5 ⋅ (–3) – 0 ⋅ 4 ⋅ 2 ⇒
2 –1
dXX
1. Calcule o determinante . det A = –12 – 20 + 2 + 45 = 15
3 5dXX
2
Resolução: x 3 5
5. Resolva a equação x+1 2 1 = 0.
d
XX
2 –1
2 ⋅ 5dXX
= d XX 2 – 3 ⋅ (–1) = 10 + 3 = 13
3 5dXX
2 3 2 4
Resolução:
3 9
Equação a ser resolvida: –1 2 1
3x + 17 = – 1 ⇒ 3x = – 1 – 17 ⇒ 3x = –18 ⇒ x = –6
determine o valor de x para que se tenha det A = det B.
S = {–6}
Resolução:
3 1 –1 5 § A é a matriz de ordem 2: det A = 2 ⋅ 9 – 3x = 18 – 3x
3. Dadas as matrizes A = eB= ,
–1 2 0 –1 § B é a matriz de ordem 3; de acordo com a regra de
calcule:
Sarrus: det B = 3 + x + 0 – 0 – (–2) – 2x = –x + 5
a) det (A + B)
b) det (AB) 13
det A = det B ⇒ 18 – 3x = –x + 5 ⇒ x = ___
2
c) (det A)B 13 .
Assim, x = ___
2
56
5. Determinante de matriz § Calcule det M de acordo com a regra de Chió:
1 6 10 1 3
= | 2 – 12 | = |–10| = –10
Seja M = –7 2 4 . 4 2
6 3 –6
Obs.: não confunda as barras laterais com o símbolo de
módulo, estamos trabalhando determinantes.
57
§ Pela regra prática:
6. Teorema de Laplace
1 3
= 1 ⋅ 2 – 3 ⋅ 4 = 2 – 12 = –10 Outro método que permite calcular determinantes de ma-
4 2 trizes é o teorema de Laplace, sendo útil para o cálculo de
determinantes de ordem maior que 3. Em primeiro lugar,
As regras determinam o mesmo resultado. será definido o conceito de cofator de um elemento de
uma matriz.
Aplicação do conteúdo Dada uma matriz A, o cofator de um elemento aij é dado
por Aij = (-1)i+j . Dij , em que Dij é o determinante da matriz
1 3 2 1 restante ao eliminar a linha i e a coluna j da matriz A.
( )
1 2 3
0 1 2 3 Exemplo: Dada a matriz A = 2 3 1 , calcule o cofator do
1. Encontre o valor do determinante . 0 2 1
3 4 –1 –2 elemento a12.
= –9
0 –3 escolher uma fila qualquer, dando preferência a filas que
contenham maior quantidade de termos nulos. Assim, foi
Ou, a partir desse ponto, pela regra de Sarrus: escolhida a segunda coluna:
1 2 3 1 2 1 3 1
0
–5 –7 –5 –5 = 1 1 2 0
3 6 6 3 6 3 2 1 1
–1 0 2 1
troca o sinal mantém o sinal
= – 42 – 30 – 90 + 63 + 30 + 60 = – 9
58
Portanto, o determinante de A é dado por:
det(A) = a12 · A12 + a22 · A22 + a32 · A32 + a42 · A42
det(A) = 0 · A12 + 1 · A22 + 2 · A32 + 0 · A42
1 2 0 1 3 1 1 3 1 1 3 1
det(A) = 0 · (–1)1+2 3 1 1 + 1 · (-1)2+2 · 3 1 1 + 2 · (–1)3+2 · 1 2 0 + 0 · (–1)4+2 · 1 2 0
–1 2 1 –1 2 1 –1 2 1 3 1 1
Repare que nem precisamos calcular o primeiro e o último determinantes, pois serão multiplicados por zero, eis o motivo da
escolha da segunda coluna. Logo, calculando o segundo e o terceiro determinantes apenas, temos:
1 3 1 1 3 1
det(A) = 1 3 1 1 – 2 1 2 0 = 1 · (–6) - 2 · (3) = –6 – 6 = –12
–1 2 1 –1 2 1
Portanto:
det A = = kab – kab = 0
59
Ou, por exemplo (observe que os elementos da segunda coluna são o triplo dos elementos correspondentes na primeira coluna):
= =0
Se as posições de duas linhas ou duas colunas de uma matriz quadrada M forem trocadas entre si, o determinante da nova
matriz obtida será o oposto do determinante da matriz anterior.
Modelo:
§ A= eB=
Nota
Ao aplicar a regra de Chió, sem que o elemento a11 seja 1, mas desde que haja um elemento igual a 1 em algum lugar
da matriz, é possível obter uma matriz com determinante equivalente, desde que se empregue no máximo duas vezes a
terceira propriedade, isto é, desde que se troque a posição de linhas e colunas.
Modelo:
3 2 0 –1 4 1 2 0 1 4 2 0
2 3 6 9 2 3 6 9 3 2 6 9
4 1 2 0 3 2 0 –1 2 3 0 –1
–2 2 3 –4 –2 2 3 –4 2 –2 3 4
A princípio, a primeira linha é trocada com a terceira linha; em seguida, a “nova” segunda coluna é trocada com a “nova”
primeira coluna.
Se todos os elementos de uma linha (ou de uma coluna) de uma matriz quadrada forem multiplicados por um mesmo
número real k, seu determinante ficará multiplicado por k.
Modelos:
60
Assim, det (5A) = 52 ⋅ det A.
§ Se A = eB= 1
, o detB = __
2
§ B= ä det B = 15 + 0 + 10 + 6 – 50 + 0 = –19
det A ou det A = 2 detB, uma vez que a segunda coluna
de A é o dobro da segunda coluna de B.
2B = ä
Nota
Essa propriedade pode ser empregada para criar o
det (2B) = 120 + 0 + 80 + 48 – 400 + 0 = –152 = 23 (–19)
elemento “1” na matriz, que, em seguida, vai ocupar
a posição a11 para a aplicação da regra de Chió.
Assim, det 2B = 23 ⋅ det B.
Exemplo:
4 6 2 0 2 3 1 0 7.6. Quinta propriedade:
3 –3 5 2
=2·
3 –3 5 2
= determinante da transposta
–4 5 –3 3 –4 5 –3 3
6 7 –2 4 6 7 –2 4
O determinante de uma matriz quadrada M é
igual ao determinante de sua transposta, ou seja,
quarta propriedade
det M = det (Mt).
1 3 2 0
(–1) · 2 · Mais uma vez, existe a possibilidade de reordenar, por
= 5 –3 3 2
conveniência, os elementos da matriz sem alterar o valor
–3 5 –4 3
do determinante.
–2 7 6 4
Na ordem 2, essa propriedade é quase intuitiva. Observe:
terceira propriedade
= ad – bc
Modelos:
§ A= ä det A = 15 – 8 = 7
det A = =
61
7.7. Sexta propriedade: determinante da matriz triangular
O determinante de uma matriz triangular é igual ao produto dos elementos da diagonal principal.
Modelos:
§ o determinante de uma matriz diagonal é igual ao produto dos elementos da diagonal principal; e
Modelos:
§ = 2 · (–1) · 5 = –10
§ I3 = ä det I3 = =1
Se A e B são duas matrizes quadradas de mesma ordem, e AB é a matriz produto, det (AB) = (det A) (det B).
Considere:
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
A=
§ det A = ad – bc
§ det B = xw – yz
§ det A · det B = (ad – bc) (xw – yz) = adxw – adyz – bcxw + bcyz
§ det (AB) = (ax + bz)(cy + dw) – (cx + dz)(ay + bw) = acxy + adxw + bcyz + bdzw – acxy – bcxw – adyz – bdzw = adxw
+ bcyz – bcxw – adyz
Ao comparar, é possível observar que det (AB) = det A · det B.
62
7.9. Oitava propriedade:
teorema de Jacobi Notas
1. Pode-se empregar o teorema de Jacobi (oitava pro-
Seja A uma matriz quadrada. Se todos os elementos priedade) a fim de se permitir o emprego da regra de
de uma linha (ou coluna) forem multiplicados pelo Chió. Por exemplo: se o elemento a11 não for 1 e não
mesmo número e se forem somados os resultados houver nenhum elemento igual a 1 na matriz, pode-se
aos elementos correspondentes de outra linha (ou empregar a oitava propriedade (teorema de Jacobi)
coluna), será formada a matriz B; assim, det A = det B. para criar elementos iguais a 1 na matriz:
3 2 0 –1 1 –1 –6 –10
–1
2 3 6 9 2 3 6 9
=
Modelos: 4 5 2 0 4 5 2 0
–2 2 3 –4 –2 2 3 –4
§ A= ä det A = 9 – 20 = –11
2. Pode-se também criar zeros na matriz, empregando
a regra de Jacobi, facilitando com isso os cálculos:
Ao multiplicar a primeira linha por –2 e ao somarem-se os
resultados à segunda linha, obtém-se: 1 –1 –6 –10 1 0 –6 –10 1 0 –6 –10
+
2 3 6 9 2 5 6 9 3 5 0 –1
B= ä det B = –1 – 10 = –11, ou seja, det A = det B. 4 5 2 0
=
4 9 2 0
=
4 9 2 0
–2 2 3 –4 –2 0 3 –4 –2 0 3 –4
O que pode ser indicado assim: + Chió Chió Chió
5 18 29 5 18 29 5 18 29
9 26 40 9 26 40 9 26 40
0 –9 –24 0 –9 –24 0 –9 –24
§ A=
Ao aplicar a regra de Sarrus, verifica-se: Essa propriedade é uma consequência do teorema de Binet.
Se A é invertível, por certo existe A–1, e, por definição,
A · A–1 = I.
O que pode ser indicado assim: Assim: det (A · A–1) = det I det A · det A–1 = 1
1 .
ä det A–1 = ____
det A
Essa propriedade sugere o importante fato de que A é in-
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Aplicação do conteúdo
1. Encontre o valor do determinante.
63
Resolução: determinante é Dij, associado à matriz quadrada que se ob-
tém de A ao se suprimir a linha e a coluna que contêm o ele-
De acordo com o teorema de Jacobi (oitava propriedade), de-
mento aijconsiderado. Esse determinante é indicado por Dij.
ve-se multiplicar a segunda coluna por 1 e somar o resultado
à primeira coluna. Em seguida, aplica-se a regra de Chió: Observe:
2. Resolva a equação .
Resolução: Nota
A = (aij) é uma matriz.
Ao empregar a quarta propriedade, coloca-se x em evidên- aij é um elemento da matriz A.
cia na primeira linha e aplica-se a regra de Chió: Dij é um número, uma vez que é um determinante.
x. Modelo:
64
Exemplo
Nota
§ Se A = , tem-se: Se a linha escolhida para o cálculo do determinante tiver
elementos iguais a zero, não será necessário multiplicar
os cofatores pelos zeros, uma vez que o produto será nulo,
§ Cofator de a21: independentemente do valor do cofator. Por isso, ao em-
pregar o teorema de Laplace, as melhores linhas ou colu-
A21 = (–1)2 + 1 · D21 = (–1)3 · = (–1)(–2) = 2 nas para o cálculo do determinante serão as que tiverem
maior quantidade de zeros. Se não houver termos iguais
§ Cofator de a13: a zero, eles podem ser criados mediante o emprego da oi-
tava propriedade dos determinantes (teorema de Jacobi).
A13 = (–1)1 + 3 · D13 = (–1)4 · = (+1)(+ 1) = 1
Aplicação do conteúdo
Nota
1. Calcule o determinante da matriz A empregando o
Observe que Aij = Dij, se i + j for par; e Aij = –Dij, se teorema de Laplace.
i + j for ímpar.
Assim, o teorema de Laplace pode ser enunciado da
seguinte maneira:
O determinante associado a uma matriz quadrada
A de ordem n $ 2 é o número obtido da soma dos
produtos dos elementos de uma linha (ou de uma co-
luna) qualquer pelos respectivos cofatores.
Resolução:
= –18 + 33 = 15
2. Calcule det A para A = .
Assim, det A = 15.
65
Resolução: Escolhendo a primeira coluna:
DIAGRAMA DE IDEIAS
MATRIZ QUADRADA
DETERMINANTES maior que três
DE ORDEM...
Regra de Chió
um
Para aplicação des-
det A = a11 sa regra, é necessário
que o elemento a11
DEFINIÇÃO
dois seja igual a 1.
Repetir as duas
primeiras colunas
det B = a11 a12 a13 a11 a12
Produtos da diagonal
Produtos da diagonal a21 a22 a23 a21 a22
secundária mudam principal mantêm o sinal
de sinal a31 a32 a33 a31 a32
(a13 · a21 · a32)
-(a13 · a22 · a31) -(a12 · a21 · a33) (a12 · a23 · a31)
-(a11 · a23 · a32) (a11 · a22 · a33)
O determinante será a
quatro soma desses valores
Pronto!
Agora é só resolver o determinante
das formas anteriores.
66
DETERMINANTES PROPRIEDADES
Se houver a troca de posição entre duas A= a11 a12 a13 ... a1n
linhas ou duas colunas, o a21 a22 a23 ... a2n
determinante da nova matriz será o oposto a31 a32 a33 ... a3n
da matriz anterior.
...
...
...
...
an1 an2 an3 ... ann
Se uma matriz quadrada for multiplicada por
O menor complementar de A pelo a23
um número k real, seu determinante ficará
(pode ser qualquer elemento) é um
multiplicado por k também.
número indicado assim:
D23 = a11 a12 a13 ... a1n
Determinante da matriz transposta. a31 a32 a33 ... a3n
det A = det (At)
...
...
...
...
Cofator
Se A e B são matrizes quadradas de mes-
ma ordem,e AB é a matriz produto, Aij = (–1)i + j · Dij
det (AB) = det A · det B (teorema de Binet).
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
67
Se x e y, respectivamente, são as áreas destinadas ao lote
maior e ao menor, tem-se um sistema de duas equações:
SISTEMAS LINEARES
Ao resolver esse sistema por qualquer dos métodos já es-
tudados, obtém-se x = 4.500 e y = 3.500, que é a única
solução do sistema e que é indicada por (4.500, 3.500).
Assim, o maior lote terá uma área de 4.500 m2, e o menor,
uma área de 3.500 m2.
Esses dois problemas revelam que seus dados podem re-
MT
sultar em mais de uma solução e uma única solução.
AULAS
Entretanto, existem casos em que não há solução alguma.
51 E 52
COMPETÊNCIA(s)
6
HABILIDADE(s)
21, 24, 25 e 26
2. Equações lineares
§ 3x + 2y = 7 é uma equação linear nas incógnitas x e y.
Assim, x = 16 e y = 26 constituem outra solução da equa- Pela definição, não são equações lineares:
ção, indicada por (16, 26). xy = 10
De fato, essa equação admite diversas soluções: x pode x2 + y = 8
assumir um valor qualquer natural de 0 a 42, e y será igual
à diferença entre 42 e o valor atribuído a x. x2 – xy – yz + 22 – 1
Portanto, os dados do problema não são suficientes para Observe as seguintes equações lineares:
determinar o número de pontos marcados por jogador.
1. 3x + 2y = 18
2. Um terreno de 8,0 mil m2 deve ser dividido em dois
lotes. O lote maior deverá ter 1,0 mil m2 a mais que o lote § o par (4, 3) é uma solução da equação, uma vez que
menor. Calcule a área que cada um deverá ter. 3 · 4 + 2 · 3 = 18;
68
§ o par (6, 0) é uma solução da equação, uma vez que
4. um sistema linear 2 × 3 nas incógnitas
3 · 6 + 2 · 0 = 18; e
x, y, e z.
§ o par (5, 1) não é uma solução da equação, uma vez
que 3 · 5 + 2 · 1 ≠ 18.
2. 3x + y – 2z = 8
4. Solução de um sistema linear
Afirma-se que (a1, a2, a3,..., an) é solução de um sistema
§ o terno (2, 4 ,1) é uma solução da equação, uma vez linear, se (a1, a2, a3, ..., an) for solução de cada uma das
que 3 · 2 + 4 – 2 · 1 = 8; equações do sistema, isto é, se satisfizer, simultaneamente,
todas as equações do sistema.
§ o terno (0, 6, –1) é uma solução da equação, uma vez
Observe:
que 3 · 0 + 6 – 2 · (–1) = 8; e
1. (5, 1) é solução do sistema , uma vez que
§ o terno (5, –2, 3), não é uma solução da equação, uma
vez que 3 · 5 + (–2) –2 · 3 i 8. .
Generalizando, dada a equação linear: 2. (2, 3) não é solução do sistema , uma vez
a1x1 + a2x2 + a3x3 +...+anxn = b, que .
3. Sistemas de
5. A igualdade ax = b, com
equações lineares
Denomina-se sistema linear m · n o conjunto S de m
incógnita real x, a [ R e b [ R
equações lineares em n incógnitas, que pode ser repre- Observe igualdades desse tipo nos exemplos:
sentado assim: 6 = 3, como o único valor real possível
Em 2x = 6, x = __
2
para x.
Em 0x = 7, não há valor real para x, uma vez que não há
número real que, multiplicado por 0, resulte 7.
Em 0x = 0, x pode assumir qualquer valor real, uma vez
que todo número real multiplicado por 0 dá 0.
De modo geral:
69
A resolução dos sistemas lineares 2 × 2, em R × R, já
foi vista no Ensino Fundamental mediante métodos como
7. Interação geométrica dos
adição, substituição, comparação e outros. sistemas lineares 2 x 2
Os pares de números reais que são soluções de uma equa-
R x R é conjunto de todos os pares ordenados de
números reais. ção linear com duas incógnitas determinam uma reta (grá-
fico). A intersecção das duas retas das equações do sistema
determina uma solução, se ela existir.
Com os exemplos a seguir, será retomada a resolução pelo
método da adição: Representação gráfica dos três sistemas resolvidos por adição:
1. 1.
2 x + 5y = 1
2.
Se em 0y = –8, não há valor real para y; não há, portanto,
par de números reais que seja solução do sistema. O siste-
ma tem S = Ö e é um sistema impossível (não tem solução
alguma, ou seja, o conjunto solução é vazio).
2x - 4y = 2
3.
x - 2y = 5
Se 0y = 0, a incógnita y pode assumir qualquer valor real.
Se y = a, com a, [ R, e se for substituída em uma das
equações do sistema, obtém-se: As retas paralelas e distintas indicam que não há par que
seja solução do sistema (sistema impossível).
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
2x – 6y = 8 ä 2x – 6a = 8 ä 2x = 8 + 6a ä
8 + 6a
ä x = ______
= 4 + 3a 3.
2
O par (4 + 3a, a), com a [ R, é a solução geral do siste-
ma. Para cada valor de a, há uma solução para o sistema,
como (7, 1), (4, 0), (1, –1), conforme a seja respectivamen-
te 1, 0 ou –1.
O sistema tem S = {(4 + 3a, a) | a [ R} e é um sistema
possível e indeterminado (tem infinitas soluções, ou seja, o
conjunto solução é infinito).
70
As retas coincidentes indicam que há infinitos pares que são 2.
soluções do sistema (sistema possível e indeterminado).
Nesse sistema, os coeficientes das mesmas incógnitas nas
duas equações são proporcionais. Contudo, essa propor-
8. Classificação de um cionalidade não se mantém nos termos independentes: 2
sistema linear 2 x 2 está para 3, assim como –6 está para –9, mas não como 5
está para 1. Assim, o sistema é impossível:
Os sistemas podem ser classificados de acordo com sua
solução da seguinte maneira:
–9 1 )
( __ 23 = ___
–6 i __
5
3.
( ___
–6 –2 4 )
3 = ___
1 = ___
–2
Classificar um sistema linear 2 × 2 é simples. Basta obser-
var suas equações. Veja algumas condições para isso.
9. Discussão de um
§ Caso exista proporcionalidade entre os coeficientes das
mesmas incógnitas e essa proporcionalidade se mante- sistema linear 2 x 2
nha nos termos independentes, o sistema será possível
e indeterminado (SPI). Equações assim são denomina-
Nota
das equivalentes.
O sistema linear pode ser escrito na
§ Caso exista proporcionalidade entre os coeficientes das
mesmas incógnitas e essa proporcionalidade não se man-
tenha nos termos independentes, o sistema será impossí- forma matricial .
vel (SI). Equações assim são denominadas incompatíveis.
§ Caso não exista proporcionalidade entre os coeficien- A partir dessa forma matricial, pode-se aplicar o de-
tes das mesmas incógnitas, o sistema será possível e terminante da matriz dos coeficientes para saber se o
determinado (SPD). sistema é determinado ou não.
Resumindo:
2 b2
Por isso, basta o sistema determinante da matriz dos co-
eficientes não ser nulo para o sistema ser determinado.
8.1. Exemplos de classificação
No entanto, se o determinante for nulo, não se pode
de sistemas fazer afirmação alguma, uma vez que restarão duas
possibilidades, SPI e SI. É possível saber que o sistema
1. não é determinado, mas não é possível classificá-lo
sem examinar os valores k1 e k2.
Os coeficientes das mesmas incógnitas nas duas equações
não são proporcionais: 3 é o triplo de 1 e –2 é metade de
–4. Portanto, o sistema é possível e determinado:
Observe o sistema
( 3 i ___
__
1 –4
–2 ou 3(–4) i 1(–2) )
71
Nesse sistema de incógnitas x e y, o coeficiente a e o ter- Portanto:
mo independente b são chamados parâmetros, cujos valo- para k i 2, o sistema é possível e determinado
res não estão estabelecidos.
Discutir um sistema significa descobrir para que valores dos para k = 2, o sistema é impossível
parâmetros ele é possível e determinado, possível e inde-
terminado ou impossível. 2. Para que valores de a e b o sistema é
Para saber em que condições o sistema é SPD, pode-se cal- possível e indeterminado?
cular o determinante da matriz dos coeficientes do sistema.
No sistema dado, tem-se: Resolução:
1. Discuta o sistema linear . Para que o sistema seja possível e determinado, deve haver:
Resolução:
Cálculo do determinante dos coeficientes das incógnitas
em função de k: Assim, o sistema será possível e determinado sempre que
a i 3 e a i – 3.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Nessas condições, com k = 2, o sistema terá conjunto solu- Analisando geometricamente, cada uma das equações de-
ção vazio, uma vez que as duas equações são incompatíveis. fine os planos p1, p2 e p3, respectivamente. O termo (x, y,
72
z) é solução desse sistema, se o ponto P(x, y, z) pertencer à 2. Segunda possibilidade: dois planos coincidem e o ter-
intersecção p1 > p2 > p3, isto é, se P estiver simultanea- ceiro é paralelo a eles
mente nos três planos.
Nesse caso, o sistema é impossível, não tem solução (SI).
Associadas a esse sistema, há duas matrizes: a incompleta
Prova de que isso ocorre: L2 é múltiplo de L1, ou seja, L2 = kL1,
(I) e a completa (II).
o que resulta L3 = kl1, mas L3 não é múltiplo de L1 apesar de
l3 = ml1.
Nesse caso, L2 = 2L1, L3 = 4L1 e L3 = 2L2. p1 = p2, mas l3 = (4, 4, –1) não é múltiplo de l1 = (1,1, –1).
Por isso, p3 > p1 é a reta r. Essa reta é formada pelos
Da primeira equação x + y – z = 1, resulta que z = x pontos P(x, y, z), cujas coordenadas são as soluções
+ y – 1. Com isso, as soluções do sistema são todos do sistema:
os pontos da forma (x, y, x + y – 1), da qual x e y
são números reais arbitrários.
Por exemplo, são soluções (1, 1, 1); (1, 2, 2); (2, 5,6); etc.
Se z = 0, y = 1 – x.
73
Portanto, as soluções do sistema são todos os pontos da Exemplo:
forma (x, 1 – x, 0) para qualquer valor real de x. Por exem-
plo: são soluções (1, 0, 0); (2, –1, 0); (6, –5, 0) etc.
4. Quarta possibilidade: os planos são paralelos dois a dois
Exemplo:
Nesse exemplo há: l1, l2 e l3 múltiplos um do outro, mas
L1, L2 e L3 não múltiplos um do outro, dois a dois.
Esse sistema não tem solução, é impossível.
5. Quinta possibilidade: dois planos são paralelos e o
outro os intersecta segundo retas paralelas r [ s p1 > p2 > p3 = r
p1 e p2 são paralelos; logo, p1 > p2 = Ö. Resultado: p1
Exemplo:
> p2 > p3 = Ö. Portanto, o sistema não tem solução; é
impossível (SI).
2L1 é 2x + 2y + 2z = 2
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
L2 é 2x – y + z = 5
4x + y + 3z = 7 é L3
Assim, o sistema é indeterminado.
p1 > p2 > p3 = r. Essa reta é formada pelos pontos P(x,
y, z), cujas coordenadas são as soluções dos sistemas:
74
Portanto, as soluções do sistema são todos os pontos da
( –4 +
2
x _____
forma x, ______
,
2 )
6 –
3x para qualquer valor real de x. São
soluções do sistema: (0, –2,3), (2, –1,0), (–2, –3,6), etc.
7. Sétima possibilidade: os três planos intersectam-se
dois a dois, segundo retas paralelas umas às outras
11. Escalonamento de
sistemas lineares
Observe: os vetores l1, l2 e l3 não são múltiplos um do O método do escalonamento é utilizado para classificar,
outro, bem como l3 = 2l2 – l1, mas L3 i 2L2 – L1. resolver e discutir sistemas lineares de quaisquer ordens.
Vejamos: L3 = (9, 3, 5, 5); 2L2 = (10, 4, 2, 4); – L1 = (–1, –1, A princípio, é necessário saber o que é um sistema linear
3, 1); logo, 2L2 – L1 = (9, 3, 5, 3) e L3 = (9, 3, 5, 5). Portanto, escalonado.
L3 i 2L2 – L1. Considerando um sistema genérico m × n, afirma-se que
Assim, esse sistema é impossível. ele está escalonado se a matriz dos coeficientes tem em
cada uma de suas linhas o primeiro elemento não nulo
8. Oitava possibilidade: os três planos têm um único
situado à esquerda do primeiro elemento não nulo da li-
ponto em comum
nha seguinte. Além disso, linhas com todos os elementos
Nesse caso, o sistema é possível e determinado (SPD). nulos devem estar abaixo de todas as outras. Ao observar
as equações do sistema escalonado, percebe-se que, na li-
É possível provar que o sistema tem uma única solução
nha considerada, a primeira incógnita com coeficiente não
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
75
Se um sistema escalonado tiver mais incógnitas que equa-
ções e pelo menos um coeficiente não nulo em cada equa-
§ ção, ele será possível e indeterminado, uma vez que as
equações que faltam podem ser consideradas todas 0 = 0.
A incógnita que não aparece no começo das equações é
denominada incógnita livre.
12. Classificação e resolução de Nesse exemplo, z é a incógnita livre: z = k, com k [ R,
sistemas lineares escalonados para descobrir a solução geral do sistema.
Para classificar um sistema escalonado, basta observar a últi- Da segunda equação, obtém-se 3y – 6k = 0 ä y = 2k.
ma linha com bastante atenção, uma vez que a última linha Aplicando z = k e y = 2k, obtém-se x + 2k + k = 0 ä
num sistema de n incógnitas é a n-ésima linha; se não existir, x = –3k.
deve ser considerada totalmente nula (0x + 0y + 0z + ... = 0,
Portanto, o sistema é possível e indeterminado e sua solu-
equivale a 0 = 0), como mostrado nos segundo e terceiro
ção geral é (– 3k, 2k, k); k [ R.
exemplos anteriores.
Na última, é possível que haja: 4.
§ uma equação do primeiro grau com uma incógnita
Nesse caso, o sistema é possível e indeterminado (escalo-
(2z = 4; 5w = 0; z = –1, ...): o sistema é SPD;
nado, com duas equações e quatro incógnitas), e são duas
§ uma igualdade sem incógnita que é verdadeira (0 = 0; as incógnitas livres (y e t).
2 = 2; 5 = 5; ...): o sistema é SPI; e Deve-se fazer y = a e t = b, com a [ R e b [ R.
§ uma igualdade sem incógnita que é falsa (0 = 9; 0 = 2; Ao substituir nas equações:
0 = –4; ...): o sistema é SI. 1 – 3b
2z + 3b = 1 ä 2z = 1 – 3b ä z = ______
2
Exemplo: 1 – 3b
2x – a + ______
– b = 2 ä 4x = 2a – 1 + 3b + 2b + 4 ä
2
1. 2a + 5b + 3
ä 4x = 2a + 5b + 3 ä x = __________
4
2.
,
Sistema 4 × 4 já escalonado.
A quarta equação permite dizer que o sistema é impossível, e o determinante da matriz incompleta seria .
logo, S = Ö. (matriz dos coeficientes)
3. Se D i 0, o sistema (3 × 3 ou n x n) é SPD.
Sistema 2 × 3 já escalonado. (número de equações < nú- Se D = 0, o sistema (3 × 3 ou n x n) não é SPD (portanto,
mero de variáveis) ou SPI ou SI).
76
É possível entender por que o determinante dos coeficien- 14.1. Processo para escalonamento
tes de um sistema n × n não é nulo se o sistema for deter-
minado; basta lembrar que o determinante de uma matriz
de um sistema linear
com uma fila de zeros é sempre nulo (propriedade). Caso o sistema linear não esteja escalonado, será possível
Observe que um sistema escalonado só não tem os coefi- obter, mediante algumas operações elementares, um siste-
cientes da última linha nulos se ele for determinado. ma equivalente a ele e que esteja escalonado. Para transfor-
mar um sistema não escalonado num sistema equivalente
escalonado, pode-se recorrer a alguns procedimentos.
Nota § Trocar a posição das equações:
Conhecida a classificação do sistema, será sempre
possível saber como será o determinante D:
SPD ∫ D i 0 SPI ∫ D = 0 SI ∫ D = 0
§ Multiplicar todos os termos de uma equação pelo mes-
mo número real diferente de zero:
3x – y + z = 5 ä 6x – 2y + 2z = 10
14. Sistemas lineares
§ Multiplicar os dois membros de uma equação por um
equivalentes mesmo número real diferente de zero e somar o resul-
Dois sistemas lineares serão equivalentes se tiverem o mes- tado aos membros correspondentes da outra equação:
mo conjunto solução.
equivalentes, uma vez que, resolvidos, ambos apresentam § Se, no processo de escalonamento, resultar uma equação
S = {(6, 4)}. com todos os coeficientes nulos e o termo independen-
te diferente de zero, essa equação será suficiente para
afirmar que o sistema é impossível, ou seja, tem S = Ö.
Aplicação do conteúdo
0x + 0y + 0z = 7 ä S = Ö
1. Calcule a e b para que os sistemas e
Exemplos de sistemas que são escalonados e, posterior-
sejam equivalentes.
mente, classificados e resolvidos.
Resolução:
1.
Resolvendo o sistema .
gunda; e
Para que os sistemas sejam equivalentes, S = {(7, –2)}, § multiplica-se a primeira por 3 e soma-se com a terceira.
também deve ser equivalente o conjunto solução do outro
sistema dado: Em seguida, trocam-se as posições das duas últimas equa-
ções para que o coeficiente de y seja 1 na segunda equação:
ax + y = 12 ä a(7) + (–2) = 12 ä 7a – 2 = 12 ä
7a = 14 ä a = 2
2x – by = 20 ä 2(7) –b(–2) = 20 ä 14 + 2b = 20
ä 2b = 6 ä b = 3
O sistema obtido está escalonado e é equivalente ao siste-
Assim, a = 2 e b = 3. ma dado. Para resolvê-lo:
77
–32 = 2
§ z = ____ Portanto, S = Ö.
–16
6.
§ y + 5 · 2 = 13 ä y = 3
§ x + 2 · 3 + 2 = 7 ä x = −1
Sistema possível e determinado, cujo S = {(–1, 3, 2)}.
A incógnita y é livre.
2.
Para y = a, com a [ R, tem-se: x – 3a = 2 e daí x = 2 + 3a.
Assim, o sistema é possível e indeterminado, com solução
geral (2 + 3a, a).
Sistema possível e indeterminado (escalonado é 2 × 3); do
qual z é uma incógnita livre, ou seja, o valor de z pode ser
qualquer número real: 15. Discussão de um
z = a ä –7y + 4a = –8 ä –7y = –8 – 4a ä sistema linear
8 + 4a
ä y = ______
Caso seja conveniente, o processo de escalonamento
7
também pode ser empregado na discussão de siste-
8 + 4a
x + 2 · ______
– a = 3 ä 7x + 16 + 8a – 7a = 21 mas lineares.
7 a
5 –
ä 7x = 5 – a ä x = _____
7
Modelo:
(
Solução geral: _____
7
a ______
5 – , )
8 + ,
7
4a a .
Assim, o sistema dado é possível e determinado e tem parâmetros para que o sistema seja SPD.
S = {(–1, 1)}.
Em seguida, com o mesmo determinante, impõe-se que
seu valor seja nulo para que sejam substituídos no sistema
5. os valores obtidos a partir dessa condição (se houver mais
de um valor para o mesmo parâmetro, haverá mais de um
sistema a ser considerado).
De 2y = –6, obtém-se y = –3, e de 3y = –24, obtém-se Em seguida, escalona(m)-se o(s) sistema(s) obtido(s) até a
y = –8.
última linha e, a partir dela, conclui-se a discussão do siste-
Assim, o sistema é impossível, pois não há, simultanea- ma de acordo com as classificações possíveis dos sistemas
mente, y = –3 e y = –8. lineares escalonados.
78
Aplicação do conteúdo 16. Resolução de sistemas
pela regra de Cramer
1. Discuta o sistema
Uma das regras mais tradicionais na resolução de sistemas
de equações lineares é a regra de Cramer, que apresenta
Resolução:
vantagens e desvantagens sobre outros métodos. A melhor
vantagem é que ela fornece os valores das incógnitas dire-
tamente como quociente de dois determinantes. Por outro
Se D i 0 ä a – 2 i 0 ä a i 2, será obtido SPD. lado, em comparação com o método do escalonamento,
ela apresenta duas desvantagens. A primeira delas é que a
Para D = 0 ä a = 2, é preciso escalonar ou, uma vez que regra de Cramer aplica-se tão somente se o determinante
esse sistema é 2 × 2, é preciso observar as duas equações. da matriz do sistema for diferente de zero; a segunda des-
Substituída a = 2, obtém-se . vantagem é que se trata de uma regra mais trabalhosa,
uma vez que pressupõe o cálculo de quatro determinantes
Os coeficientes da primeira equação são o dobro dos coefi- em vez do escalonamento de um único sistema 3 × 3.
cientes da segunda equação. Por isso, para que haja equações
Considere o sistema de três equações lineares com
1 ; para que sejam incompatíveis, b i __
equivalentes, b = __ 1 . três incógnitas:
2 2
Portanto:
§ a i 2 ∫ SPD
1 ∫ SPI
§ a = 2 e b = __
2
1 ∫ SI
§ a = 2 e b i __ § A princípio, calcula-se D, o determinante da matriz dos
2 coeficientes do sistema (matriz incompleta):
parâmetros a e b.
Resolução:
Se D i 0, é possível prosseguir, uma vez que o sistema é
possível e determinado (SPD).
Se D = 0, não se aplica a regra de Cramer.
Dx (para determinar x) =
§ a i 2 ∫ SPD
79
D 76
§ O valor de cada incógnita é o quociente de cada um x = __
x = ___ = 4
D 19
desses determinantes por D, ou seja:
Dy 38
D Dy D y = __
= ___
= 2
x = __
x y = __ z = __
z D 19
D D D
S = {(4, 2)}
A regra de Cramer pode ser aplicada para qualquer sistema
n x n, com D i 0.
b)
Demonstração dessa regra no sistema 2 × 2.
Considerando tratar-se de um sistema linear genérico, Resolução:
2 × 2, que seja determinado: com O sistema dado pode ser escrito como
__a b1
a 1 i __
, ou seja, a1b2 i a2b1, ou ainda, a1b – a2b1 i 0. 3 ___
D = __ –1 = 11
2 b2 5 2
Resolução por adição:
1 ___
Dx = __ –1 = 6
4 2
3 __
Dy = __ 1 = 7
5 4
D 6
x = __ x = ___
D 11
Determinantes de matrizes obtidas a partir do sistema: Dy 7
y = __ = ___
a b D 11
D = __
a1 __1 = a1b2 – a2b1 i 0
b2
{( 6 · ___
S = ___ )}
7
2
c b 11 11
Dx = __
c1 __1 = b2c1 – b1c2
2 b
2 2. Resolva a equação matricial
a c1 aplicando a regra de Cramer.
Dy = __
a1 __
c = a1c2 – a2c1
2 2
Resolução:
Comparadas as igualdades (I) e (II) com os valores de D, Dx
e Dy, é possível escrever D · x = Dx e D · y = Dy. Essa equação matricial é equivalente ao sistema
Uma vez que D i 0, há uma única solução para o sistema , do qual é a matriz coeficiente das
dada por:
incógnitas. Portanto:
D Dy
x = __
x e y = __
D D 1 ___
D = __ –1 = 7
2 5
Aplicação do conteúdo
4 ___
Dx = __ –1 = 21
1 5
1. Resolva os sistemas pela regra de Cramer.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
a) 1 _ 4__ = –7
Dy = __
2 1
Resolução: D 21
–5 = 19 i 0 x = __
x = ___
= 3
2 ___
D = ___ D 7
3 2
Dy –7
–5 = 76 y = __
= ___
= –1
–2 ___
Dx = ___ D 7
16 2
2 ___
Dy = __ –2 = 38 Assim, a solução é , ou seja, x = 3 e y = –1.
3 16
80
D 9
x = __
x = __
D 5
3. Resolva o sistema aplicando a regra Dy 12
de Cramer. y = __
= ___
D 5
Resolução: D 9
z = __
z = __
D 5
O sistema dado não é sistema linear.
1x = m e __
Se __ 1y = n, o sistema toma a forma de um sistema 9 , ___
A solução do sistema é dada pela terna __
5 5 5 ( )
9 .
12 , __
linear 2 × 2 nas incógnitas m e n:
§ Aplicando o determinante:
§ Aplicando o escalonamento:
81
2. Resolva os sistemas:
a)
Resolução:
6k = __
4x – 6y = 0 ä 4x – 6k = 0 ä 4x = 6k ä x = __ 3k
4 2
3k e y = k tirada da primeira equação é também solução da segunda, uma vez que:
A solução x = __
2
6 · __ 3k – 9k = 0
2
{( ) }
3k ,k | k [ R
S = __
2
b)
Resolução:
3. Determine a para que o sistema admita outras soluções além da solução trivial (0, 0, 0).
Resolução:
Para que um sistema homogêneo 3 x 3 admita outras soluções além da trivial, deve haver D = 0, ou seja:
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Assim, a = 1.
82
ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
HABILIDADE 21
Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
Dentro do terceiro eixo cognitivo do Enem, a habilidade 21 exige do aluno a capacidade de resolver uma situ-
ação proposta a partir de conhecimentos algébricos adquiridos.
MODELO 1
(Enem) Na aferição de um novo semáforo, os tempos são ajustados de modo que, em cada ciclo completo
(verde-amarelo-vermelho), a luz amarela permaneça acesa por 5 segundos, e o tempo em que a luz verde per-
maneça acesa igual a 2/3 do tempo em que a luz vermelha fique acesa. A luz verde fica acesa, em cada ciclo,
durante X segundos e cada ciclo dura Y segundos.
Qual a expressão que representa a relação entre X e Y?
a) 5X – 3Y + 15 = 0
b) 5X – 2Y + 10 = 0
c) 3X – 3Y + 15 = 0
d) 3X – 2Y + 15 = 0
e) 3X – 2Y + 10 = 0
ANÁLISE EXPOSITIVA
O exercício exige que o aluno seja capaz de interpretar um problema do cotidiano e utilizar seus conheci-
mentos para modelar e resolver problemas a partir da aplicação de expressões algébricas.
Seja Z o tempo que a luz vermelha fica acesa, tem-se:
2Z
X = ___ 3X
⇔ Z = ___
e, portanto,
3 2
Y = 5 + X + Z ⇔ Y = 5 + X + ___ 3X
2
⇔ 5X – 2Y + 10 = 0
RESPOSTA Alternativa B
83
DIAGRAMA DE IDEIAS
SISTEMAS LINEARES
a1x1 + a2x2 + a3x3 + ... + anxn = b a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1 (α1, α2, α3, ..., αn)
a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2 α1, α2, α3, αn →
S=
................................................. solução de cada uma das
x1, x2, x3, xn → incógnitas
a1, a2, a3, an → coeficientes am1x1 + am2x2 + am3x3 + ... + amnxn = bm equações do sistema
b → termo independente
- Incompleta
a1 b1 c1 k1
a2 b2 c2 k2
a3 b3 c3 k3
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
84
SISTEMAS LINEARES
Para determinar x:
k1 b1 c1
D
Dx = k2 b2 c2 ⇒ x = __
x
D
k3 b3 c3
Para determinar y:
a1 k1 c1
Dy
__
Dy = a2 k2 c2 ⇒ y = D
a3 k3 c3
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Para determinar z:
a1 b1 k1
D
Dz = a2 b2 k2 ⇒ z = __
z
D
a3 b3 k3
85
ANOTAÇÕES
________________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
________________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
_______________________________________________________
______________________________________________________
86
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
GEOMETRIA ANALÍTICA
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O Enem não possui uma boa incidência O candidato encontrará em ambas as fases
dos temas de geometria analítica. Caso questões com elevada dificuldade sobre
haja, a questão não terá um elevado grau circunferência, envolvendo ou não equa-
de dificuldade. ções da reta. Sessões cônicas elípticas não
possuem incidência considerável na prova.
A prova pode apresentar questões muito A prova sempre apresentará uma questão Por apresentar uma prova contextualizada
bem elaboradas sobre circunferências. sobre os temas deste livro abordando tam- em grande parte, poderá apresentar ques-
Além disso, todos os conceitos de geome- bém conceitos da geometria plana. tões medianas em ambas as fases sobre
tria analítica devem estar bem claros para circunferência e distância entre ponto e
os candidatos. reta.
A prova exigirá de seu candidato todas as A prova abordará a geometria analítica de A prova abordará as três primeiras aulas A prova apresentará questões de elevado
três primeiras aulas deste livro. uma forma contextualizada e mediana. O deste livro, com questões muito bem elabo- grau aos seus candidatos. É fundamental
candidato deve atentar-se ao posiciona- radas e dentro de um grau mediano. associar todos os itens de geometria plana
mento relativo de uma circunferência. e analítica.
UFMG
O candidato deve estar atento a todos os A prova exige de seu candidato a parte de A prova exigirá de seu candidato uma boa
temas abordados sobre geometria ana- geometria analítica, com elevado grau em análise da geometria analítica com ques-
lítica. suas questões. Secções cônicas têm baixa tões elevadas. Além disso, deve trazer todos
incidência em seu vestibular. os conceitos de geometria plana e espacial
para as questões.
As questões de geometria analítica da De forma objetiva, a prova abordará todos A prova tem baixa incidência de geometria
prova apresentarão alta dificuldade e estão os temas deste livro. Questões medianas analítica, porém as questões são muito
incluídas em todos os temas deste livro. e elevadas podem aparecer para os can- bem elaboradas.
didatos.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
88
Aplicação do conteúdo
1. Calcule a distância do ponto A à reta r pedida nestes
DISTÂNCIA DE itens.
x + __
a) A (–1, 5) e r: __
y
= 1
PONTO A RETA,
4 3
Resolução:
ÂNGULOS E ÁREAS A equação de r deve ser disposta na forma geral:
y
x + __
__ = 1 ä 3x + 4y = 12 ä 3x + 4y – 12 = 0
4 3
A distância de A (–1, 5) a r é:
MT AULAS
45 E 46
3(–1) + 4 · 5 – 12 –3
d = ______________
d XXXXXX
3 + 4
2 2
+ 20 –
= ___________
d
25
XXX
12 = __
5 = 1
5
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) 2 (x + 1)
b) A(0, 0) e r: y – 4 = – __
3
2, 3 e 5 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14, 19, 20, 21,
Resolução:
22 e 23
2 (x + 1) ä 3y – 12 = –2x – 2 ä
r: y – 4 = – __
3
ä 2x + 3y – 10 = 0
1. Distância de um A(0, 0)
ponto a uma reta
d (A, r) = _______________
____ ____
2 · 0 + 32· 0 –2 10 = –10 10dXXX
13
= 10 = ______
XXXXXX
d 2 + 3 dXXX
13 dXXX 13 13
A geometria plana nos ensina que a distância de um ponto
A a uma reta r é a medida do segmento de extremidades 2. Um triângulo tem os vértices nos pontos A(1, 2), B(–3, –1)
em A e na sua projeção ortogonal sobre r. e C(2, –5). Calcule a medida da altura do triângulo
relativa ao lado BC.
Resolução:
A figura mostra que a medida da altura relativa ao lado
BC é igual à distância entre o ponto A e a reta-suporte do
lado BC.
Equação da reta-suporte do lado BC:
x y 1
89
Resolução: coeficientes angulares são m1 e m2, respectivamente. Elas
formam entre si o ângulo agudo u.
A geometria plana mostra que a distância entre duas retas
paralelas é igual à distância de um ponto P qualquer de
uma delas a outra reta.
Cálculo das coordenadas de um ponto P qualquer da reta r:
2x + 3y – 10 = 0
2. Ângulo formado
por duas retas
Convém lembrar que duas retas concorrentes determinam
quatro ângulos e que, conhecido um deles, determinamos
os demais:
Observemos que:
§ a + b = d + g = 180º m
Aplicação do conteúdo
1. Determine o valor do ângulo formado pelas retas
r: y – 4 = 3 (x – 5) e s: 2x + y – 7 = 0.
Resolução:
§ y – 4 = 3(x – 5) ä m1 = 3
Consideremos duas retas concorrentes r e s oblíquas aos
eixos coordenados e não perpendiculares entre si, cujos § 2x + y – 7 = 0 ä y = –2x + 7 ä m2 = –2
90
Logo: Resolução:
3 – (–2)
tg u = ________
1 + 3(–2) 5 = –1 = 1 ä
= ___
–5
Cálculo da medida do lado BC:
Resolução: x y 1
–3 1 1 = 0 ⇒ x + 3 + 3y + x = 0 ä
§ x = 4 ä r é paralela ao eixo
0 –1 1
1 x + __
§ 2x + 6y – 1 = 0 ä y = – __ 1 ä m = – __
1
3 6 3 ä2x + 3y + 3 = 0
O ângulo agudo u formado por r e s é tal que:
ax + by + c
1 = 3 ä q ≈ 72º
tg u = ___ d = ____________
A _____
A · 1 + 3 · 2 + 3
= 2_____________
ä
1
– __ √a +b
2 2 d
XXXXXX
22 + 32
3
|11| 11
d = ____ = ____
3. Área de uma região triangular d 13 d XXX
XXX 13
Como determinar a área de uma região triangular ABC a Cálculo da área da região triangular:
partir dos pontos A, B e C?
1 · d XXX
S = __ 11 = ___
13 · ____ 11 ou 5,5
Pela geometria plana sabemos que a área da região trian- 2 13 2
d XXX
gular da figura é dada por: Logo, a área da região triangular é ___ 11 ou 5,5 unidades
2
1 (BC) · (AH)
S = __ de área.
2
Considerando os pontos não alinhados A(x1, y1), B(x2, y2) e
C(x3, y3) e seguindo a sequência do exemplo anterior, che-
gamos a uma igualdade que facilita o cálculo da área da
região triangular ABC.
Se os vértices de um triângulo são os pontos A(x1, y1), B(x2, y2)
e C(x3, y3), a área dessa região triangular será dada por:
1 D
S = __
2
Na geometria analítica:
x1 y1 1
§ d(B, C), expressa a medida do lado BC; e da qual D = x2 y2 1
§ a distância de A à reta-suporte do lado BC expressa a x3 y3 1
medida da altura a AH.
coluna das ordenadas
1. Se um triângulo ABC tem como vértices os pontos A(1, Cálculo da área da região triangular ABC com A(1, 2),
2), B(–3, 1) e C(0, –1), calcule a área da região triangular. B(–3, 1) e C(0, –1), será:
1 2 1
D = –3 1 1 = 1 + 3 + 6 + 1 = 11
0 –1 1
1 D = __
S = __ 1 11 = 5,5
2 2
Logo, a área da região triangular é de ___ 11 ou 5,5 unidades
2
de área.
91
2.Dado um paralelogramo de vértices A(0,0), B(1,3), Resolução:
C(4,6) e D(3,3), calcule a área da região interior da figura.
A diagonal AC divide o paralelogramo em dois triângulos
de mesma área, logo podemos calcular a área do triângulo
ABC e multiplicá-lo por 2:
0 0 1
1
__ 1
__
AABC = |D| = 1 __1
2 2 3 1 = 2 |-6| = 3
4 6 1
DIAGRAMA DE IDEIAS
GEOMETRIA ANALÍTICA
A y A
s
h
U
a
B r x B H C
b r
projeção ortogonal
de A em r m1 – m2 S = 1__ (BC) · (AH)
tgU =________ 2
A → ponto (xa, ya) 1 + m1 · m2
d(B, C) → medida do lado BC
r → reta ax + by + c = 0
r e s → retas concorrentes não perpendiculares
axa + bya + c m1 e m2 → coeficientes angulares
d = ___________
√ a2 + b2 - r e s paralelas m1 = m2 e U = 0º
- r e s perpendiculares m1 · m2 = –1 e U = 90º
d → distância
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
92
Em seguida, vamos resolver o problema algebricamente,
isto é, encontrar uma equação da circunferência que passa
por esses pontos.
CIRCUNFERÊNCIA: 2. Definição
EQUAÇÕES De acordo com a geometria plana, a circunferência é o
REDUZIDA E NORMAL conjunto de todos os pontos de um plano equidistantes
de um ponto fixo.
MT AULAS
47 E 48
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
2, 3 e 5 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14, 19, 20, 21,
22 e 23
⇒ x2 + y2 – 10x – 6y + 30 = 0
Logo, a relação estabelecida é (x – 5)2 + (y – 3)2 = 4 ou
x2 + y2 – 10x – 6y + 30 = 0.
É possível resolvê-lo geometricamente, desde que você re- O conjunto dos pontos P(x, y) situados a uma distância 2
lembre as propriedades da geometria plana. do ponto A(5,3) é a circunferência de centro A(5, 3) e raio 2.
93
Portanto, a relação (x – 5)2 + (y – 3)2 = 4 é satisfeita por Vejamos como ele funciona com a equação normal
todos os pontos P(x, y) da circunferência de centro A(5, 3) x2 + y2 – 2x + 4y – 4 = 0:
e raio 2. Dizemos, por isso, que (x – 5)2 + (y – 3)2 = 4 é a
§ Agrupam-se na equação normal os termos em x e os
equação reduzida dessa circunferência.
termos em y, isolando no outro membro o termo inde-
Considerando genericamente O, (a, b) o centro, r o raio e pendente. Deixe um espaço depois dos termos em x e
P(x, y) um ponto da circunferência, obtemos: dos termos em y, e dois espaços no outro termo:
– a)2 + (y – b)2 = r ⇒ (x – a)2 + (y – b)2 = r2
d(P, O) = d XXXXXXXXXXXXXX
(x
x2 – 2x + ____ + y2 + 4y + ___ = 4 + ___ + ___
94
O método de completar quadrados é o melhor dos dois, d(P, A) = d
XXXXXXXXXXXXXXX
(2 – 1)2 + [(3 + 2)]2 = d 1XXXXXX XXX ⇒ r = d
+ 25 = d 26 26
XXX
uma vez que não compreende a memorização da forma
De acordo com a equação (x – a)2 + (y – b)2 = r2, obtemos:
teórica da equação normal e oferece a possibilidade de
trabalhar da mesma forma com outras equações (não só XXX)2 ⇒ (x – 1)2 + (y + 2)2 = 26 ⇒
(x – 1)2 + (y + 2)2 = (d26
com a da circunferência). Fica a seu critério a escolha do x + y – 2x + 4y – 21 = 0
2 2
Resolução:
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Método da comparação:
Resolução:
x2 + y2 – 2ax – 2bx + (a2 + b2 – r2) = x2 + y2 + 6 x – 4 y – 12 = 0
De acordo com a figura, r = d(P, A). Portanto: (circunferência de centro (a, b) e raio r).
95
–2a = 6 ⇒ a = –3 Considerando que a equação da circunferência (reduzida
ou geral) é obtida a partir da condição d(P, C) = r, podemos
–2b = – 4 ⇒ b = 2
escrever:
a2 + b2 – r2 = –12 ⇒ (–3)2 + 22 – r2 = –12 ⇒
§ d(P, C) = r ⇔ (x1 – a)2 + (y1 – b)2 = r2 ⇔
9 + 4 – r2 = – 12 ⇒ r2 = 25 ⇒ r = 5 (não há raio negativo)
(x1 – a)2 + (y1 – b)2 – r2 = 0 ⇔ P ∈ λ
Portanto, o centro da circunferência é (–3, 2) e o raio é 5.
§ d(P, C) < r ⇔ (x1 – a)2 + (y1 – b)2 < r2 ⇔
(x1 – a)2 + (y1 – b)2 – r2 < 0 ⇔ P é interno a λ
4. Posições relativas de um § d(P, C) > r ⇔ (x1 – a)2 + (y1 – b)2 > r2 ⇔
ponto e uma circunferência (x1 – a)2 + (y1 – b)2 – r2 > 0 ⇔ P é externo a λ
Se tivermos um ponto P(x1, y1) e uma circunferência λ1 de
centro C(a, b) e raio r, as posições relativas de P e λ1 serão: Aplicação do conteúdo
1. o ponto pertence à circunferência: 1. Dê a posição do ponto P relativa à circunferência em
cada item:
a) P(3,2) e λ: x2 + y2 – 6x + 5 = 0
Resolução:
Substituindo:
32 + 22 – 6 ⋅ 3 + 5 = 9 + 4 – 18 + 5 = 18 – 18 = 0
Logo, P ∈ λ.
b) P(5, –1) e λ: x2 + y2 – 6x – 2y + 8 = 0
Nesse caso, as coordenadas do ponto devem satisfazer a
equação da circunferência, e a distância entre P e C é igual a r. Resolução:
Resolução:
Substituindo:
Resolução:
A equação da circunferência é
λ:(x – a)2 + (y – b)2 – r2.
§ A(1, 2) ∈ λ: (1 – a)2 + (2 – b)2 = r2 (I)
§ B(0, 3) ∈ λ: (–a) + (3 – b) = r
2 2 2
(II)
Nesse caso, a distância do ponto ao centro é maior que
o raio. § C(–7, 2) ∈ λ: (–7 – a) + (–4 – b) = r
2 2 2
(III)
96
Ao igualar (I) e (II), obtemos: Logo, a reta que passa por N com coeficiente angular
mS = –1 é:
1 – 2a + a2 + 4 – 4b + b2 = a2 + 9 – 6b + b2 ⇒
⇒ –2a + 2b – 4 = 0 ⇒ - a + b – 2 = 0
y + __
2 ( )
1 = –1 x + __
7 ⇒ 2y + 1 = –2x – 7 ⇒ 2x + 2y + 8 = 0 ⇒
2
x+y+4=0
Ao igualar (II) e (III), obtemos:
Centro O da circunferência
a2 + 9 – 6b + b2 = 49 + 14a + a2 + 16 + 8b + b2 ⇒
A intersecção das duas mediatrizes (retas concorrentes) é
⇒ – 14a –14b = 56 ⇒ a + b = – 4 obtida pela resolução do sistema
–a + b = 2 x–y+2=0
Ao resolver o sistema , encontramos:
a+b=–4
x+y+4=0
λ: (x + 3)2 + (y +1)2 = r2
Ao resolver esse sistema, encontramos x = –3 e y = –1.
Para encontrar o valor de r, empregamos a equação (I):
Logo, O(–3, –1).
(1 – a)2 + (2 – b)2 = r2 ⇒ (1 + 3)2 + (2 + 1)2 = r2 ⇒ r2 = 25
Raio da circunferência:
Portanto, a equação procurada é:
Distância do centro ao vértice B (poderia ser qualquer um
(x + 3) 2 + (y + 1)2 = 25. dos três vértices);
Outra maneira de resolver d(0, B) = d
XXXXXXXXXXXXXXX
(3 – 0)2 + (–1 – 3)2 = d XXXXXX
9 + 16 = 5
Lembramos que na geometria plana o centro da circunfe- Portanto, raio = 5.
rência circunscrita a um triângulo é o circuncentro, ou seja, A equação procurada é (x + 3)2 + (y + 1)2 = 25.
é o encontro das mediatrizes do triângulo. Vamos, portan-
to, obter a equação de duas mediatrizes e o ponto de in-
tersecção delas. O centro da circunferência será esse ponto
e o raio será a distância do centro a um dos três vértices.
Mediatriz do lado AB
Denominando a mediatriz do lado AB como reta r, pode-
mos relacionar seus coeficientes angulares, que são per-
pendiculares, da seguinte forma:
3 – 2
mAB = ____ = –1 mr = m –1 = ___
___ –1 = 1
0 –1 AB –1
Ponto médio de AB: M __ ( )
5
1 ,__
22
Desse modo, a reta que passa por M com coeficiente an-
gular mr = 1 é:
y – __
2 (
5 = 1 x – __)
1 ⇒ 2y – 5 = 2x – 1 ⇒
2
⇒ 2x – 2y + 4 = 0 ⇒ x – y + 2 = 0
Mediatriz do lado BC
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
– 4 – 3) = 1
mBC = (_______
(– 7 – 0)
1 = –1
___
mS = – m
BC
(
Portanto, ponto médio de BC: N – __7 , – __
2 2 )
1
97
DIAGRAMA DE IDEIAS
CIRCUNFERÊNCIA
CONDIÇÕES DE
EQUAÇÃO NORMAL
EXISTÊNCIA
3.ª condição
D2 + E2 – 4AF > 0
98
3. A reta t é exterior à circunferência:
CIRCUNFERÊNCIA:
POSIÇÕES
RELATIVAS
Nesse caso, a distância do centro da circunferência à reta
é maior que o raio. A reta e a circunferência não têm pon-
to comum.
MT AULAS
49 E 50
A partir das equações, vejamos como identificar qual des-
ses casos existe.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
2, 3 e 5 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14, 19, 20, 21,
Aplicação do conteúdo
22 e 23
1. São dadas a reta r, de equação 2x + y – 1 = 0, e a
circunferência de equação x2 + y2 + 6x – 8y = 0. Qual é a
posição da reta r em relação à circunferência?
1. Posições relativas de uma Resolução:
reta e uma circunferência Calculemos, inicialmente, as coordenadas do centro e o
Consideremos as três possíveis posições de uma reta em raio da circunferência:
relação a uma circunferência.
x2 + y2 + 6x – 8y = 0 ⇒
1. A reta t é secante à circunferência:
x2 + 6x + 9 + y2 – 8y + 16 = 9 + 16 ⇒
(x + 3)2 + (y – 4)2 = 25
Logo, C(–3, 4) e r = 5.
Nesse caso, a distância do centro da circunferência à reta Comparando d e r, obtemos d < r (1,3 < 5).
é menor que o raio. A reta e a circunferência têm dois
Logo, a reta r é secante à circunferência
pontos comuns.
x2 + y2 + 6x – 8y = 0 ⇒ x2 + (1 – 2x)2 + 6x – 8 (1 – 2x) = 0
Nesse caso, a distância do centro da circunferência à reta
⇒ x2 + 1 – 4x + 4x2 + 6x – 8 + 16x = 0 ⇒
é igual ao raio. A reta e a circunferência têm um único
ponto comum. ⇒ 5x2 + 18x – 7 = 0
99
O cálculo de ∆ será suficiente para determinar quantos Determinamos a equação reduzida da reta CP e dela tira-
pontos comuns têm a reta e a circunfêrencia e qual a po- mos o coeficiente angular (m1):
sição relativa:
y
x __ __1 = 0 ⇒ 3x + 5y – 2 – 15 + y – 2x = 0 ⇒
___
–1 3 1
∆ = 182 + 140 = 324 + 140 = 464 > 0
⇒ 6y = –x + 17 ⇒ – y = –1/6x + 17/6 ⇒ m1 = –1/6
O valor de ∆ > 0 indica que há dois valores reais e distintos
A reta t procurada passa por P(5, 2) e é perpendicular à
de x e, consequentemente, há dois pontos comuns à reta
e à circunferência.
reta CP. Logo, seu coeficiente angular é 6, pois __
6 ()
1 6 = –1.
Portanto, a equação de t é y – 2 = 6 (x – 5) ou 6x – y – 28 = 0.
Logo, a reta é secante à circunferência.
3. A reta de equação x – y + k = 0 é tangente à circunfe-
Nota rência de equação x2 + y2 = 9. Calcule o valor de k.
1 × 02–1 ×2
0 + k = ___
k
d = _____________
d
1XXXXXX
+ 1 d
XX 2
Outra resolução:
Ao calcular as coordenadas do centro C e o raio r, obtemos: Se a reta é tangente à circunferência, o sistema formado
pelas duas equações tem uma única solução:
x2 + y2 + 2x – 6y – 27 = 0 ⇒
⇒ x2 + 2x + 1 + y2 – 6y + 9 = 27 + 1 + 9 ⇒ x–y+k=0⇒x=y–k
⇒ (x + 1)2 + (y – 3)2 = 37 x2 + y2 = 9
2 – 3 = – __
m1 = _____ 1
5+1 6 Para que a solução seja única, devemos ter D = 0:
Calculemos, agora, a equação da reta t que passa pelo D = 4k2 – 8(k2 – 9) = 0 ⇒
ponto P (5, 2) e tem inclinação 6:
⇒ 4k2 – 8k2 + 72 = 0 ⇒
y – 2 = 6 (x – 5) ⇒ y – 2 = 6x – 30 ⇒ 6x – y – 28 = 0
72 = 18 ⇒
⇒ – 4k2 + 72 = 0 ⇒ k2 = ___
4
Logo, a equação pedida é 6x – y – 28 = 0. ⇒ k = ± d 18
XXX = ± 3dXX2
100
Resolução: Observamos na figura que o raio da circunferência pedida é
igual à distância entre o centro C e a reta t, portanto:
Pela equação dada, temos C(1, 2) e r = d XX
8 .
|1(1) + 1(3) + 2| _________
|1 + 3 + 2| ___
|6| 6 ____ dXX
r =_____________
= = 6
= = ___ 2 = 3dXX
2
d
1XXXXXX
2
+ 1
2 d
XX
2 d
XX 2 2
2 d XX
A equação da circunferência pedida, sabendo que a = 1, b = 3
e r = 3dXX
2 , é:
(x – a)2 + (y – b)2 = r2 ⇒ (x – 1)2 + (y – 3)2 = (3d2
XX)2⇒
5. Determine a equação da circunferência com centro |r1 – r2| < d(C1,C2) < r1 + r2
no ponto C(1, 3) e que é tangente à reta t de equação 2. Um ponto comum:
x + y + 2 = 0.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Resolução:
Tangentes exteriores
d(C1 , C2) = r1 + r2
101
b) x2 + y2 – 20x – 2y + 100 = 0 e x2 + y2 – 2x – 2y – 98 = 0
Resolução:
x2 + y2 – 20x – 2y + 100 = 0
x2 + y2 – x – 2y – 98 = 0 ∙ (–1)
x2 + y2 – 20x – 2y + 100 = 0
Tangentes interiores
d(C1,C2) = |r1 – r2| –___________________
x2 – y2 + 2x + 2y + 98 = 0
3. Nenhum ponto comum: –18x + 198 = 0 ⇒ 18x = 198 ⇒ x = ___ 198 ⇒ x = 11
18
Ao substituir x na primeira equação, obtemos:
x2 + y2 – 20x – 2y + 100 = 0 ⇒
⇒ 112 + y2 - 20 ⋅ 11 – 2y + 100 = 0 ⇒
⇒ y2 – 2y + 1 = 0
D=0
2 ±
0= 1
Circunferências externas
y = _____
2
d(C1 , C2) > r1 + r2
(11, 1) é o único ponto comum às duas circunferências;
ou portanto, elas são tangentes.
As circunferências tangentes podem ser externas ou
internas. É possível determinar sua posição relativa por
meio da distância entre os centros das circunferências
e por meio de seus raios (lembrando que os centros das
circunferências e o ponto de tangência estão sempre
alinhados).
Aplicação do conteúdo
1. Verifique nestes itens a posição relativa das duas
circunferências dadas. Se forem secantes ou tangentes,
determine os pontos comuns:
a) x2 + y2 = 30 e (x – 3)2 + y2 = 9
Circunferências tangentes externamente
Resolução: d(C1, C2) = r1 + r2
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
x2 + y2 = 30 ⇒ 52 + y2 = 30 ⇒ y2 = 5 ⇒ y = ± d XX
5
Circunferências tangentes internamente
Logo, as duas circunferências são secantes e seus pon-
tos comuns são (5, d XX
5 ) e (5, –dXX
5 ). d(C1, C2) = |r1 – r2|
102
Consideremos a primeira equação: Se ∆ < 0, não há solução para o sistema e as circunferên-
cias não têm ponto comum. Vejamos qual das duas situa-
x2 + y2 – 20x – 2y + 100 = 0 ⇒
ções se verifica:
⇒ x2 – 20x + 100 + y2 – 2y + 1 = –100 + 100 + 1 ⇒
⇒ (x – 10)2 + (y – 1)2 = 12
C1(10, 1) e r1 = 1
Consideremos, agora, a segunda equação:
x2 + y2 – 2x – 2y – 98 = 0 ⇒
⇒ x2 – 2x + 1 + y2 – 2y + 1 = 98 + 1 + 1 ⇒
⇒ (x – 1)2 + (y – 1)2 = 102
C2(1, 1) e r2 = 10 d < r1 − r2
Resolução:
x2 + y2 + 4x – 4y + 4 + 4 – 1 = 0 ⇒ 4x – 4y = –8 e r = 1.
1
4x – 4y = –8 ⇒ x – y = –2
x2 + y2 = 1
103
DIAGRAMA DE IDEIAS
PONTO E
CIRCUNFERÊNCIA
P
P
d d
P
C C C d
RETA E
Secante Exterior Tangente
CIRCUNFERÊNCIA
r r r
A
d A
d
d
O O
B
d d
C1 C2 C1 C2
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
r1 – r2 < d < r1 + r2 d = r1 + r2
104
POSIÇÕES RELATIVAS CIRCUNFERÊNCIA
CIRCUNFERÊNCIA E
CIRCUNFERÊNCIA
d d d
C2
C1 C1 C2 C1 C2
105
SECÇÕES CÔNICAS:
ELIPSE
51 E 52
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
2, 3 e 5 6, 7, 8, 9, 11, 12, 14, 19, 20, 21,
22 e 23
1. Origem
Considere um cone circular reto. Utilizando um plano incli-
nado em relação ao eixo que intersecte todas as geratrizes
do cone, monta-se um corte como este:
A elipse é o conjunto de todos os pontos do plano que
satisfazem essa propriedade.
106
Portanto, a elipse é o lugar geométrico dos pontos de um Da qual a = OA1 = OA2, c = OF1 = OF2 e b tal que b2 =
plano, de modo que a soma de suas distâncias a dois pon- a2 – c2. Essa equação é denominada equação reduzida da
tos fixos, denominados focos F1 e F2, seja constante, igual a elipse de focos nos eixos x e centro na origem.
2a e maior que a distância entre os focos (2a > 2c).
Observe:
Na figura, tem-se:
(x – x0)2 ______
______ (y – y0)2
2 + 2 =1
a b
2. F 1F2é paralelo ao eixo x, a = AO1, b = OB 1 e a > b.
VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
107
Uma vez que a elipse passa pelo ponto P(3, 2), tem-se:
Aplicação do conteúdo
9 + __
___ 4 = 1 ⇒ __ 1 + __
4 = 1 ⇒ __ 3 ⇒ b2 = ___
4 = __ 16
36 b2 4 b2 b2 4 3
1. Determine a equação da elipse de focos F1(3, 0) e
Ao substituir a equação original, obtém-se:
F2(–3, 0) e vértice 2, que são as extremidades do eixo y2 3y2
x + ___ x + ___
2 2
maior A1(5, 0) e A2(–5, 0).
___ = 1 ⇒ ___ = 1 ⇒ 4x2 + 27y2 = 144
36 ___ 16 36 16
3
Resolução: 3y2
x + ___
2
Assim, a equação procurada é ___ = 1 ou 4x2+27y2 = 144.
36 16
De acordo com os dados, os focos estão no eixo x e tem-se:
4. A equação 5x2 + 9y2 – 20x – 18y – 16 = 0 representa
a=5ec=3 uma elipse de eixo maior paralelo ao eixo x. Determine
a2 = b2 + c2 ⇒ 25 = b2 + 9 ⇒ b2 = 16 o centro e os focos dessa elipse.
y2
x + ___
2
Assim, a equação procurada é __ = 1 ou 4x2 + 3y2 = 36. F1(2 – 2, 1) ⇒ F1(0, 1)
9 12
F2(2 + 2, 1) ⇒ F2(4, 1)
3. Numa elipse, as extremidades do eixo maior são os
pontos A1(6, 0) e A2(–6, 0). Sabendo que a elipse passa Assim, essa elipse tem centro O(2, 1) e focos F1(0, 1) e (4, 1).
pelo ponto P(3, 2), determine sua equação.
Resolução:
108
DIAGRAMA DE IDEIAS
ELIPSE
DEFINIÇÃO E RELAÇÃO
EQUAÇÃO
ELEMENTOS FUNDAMENTAL
B1
b2 + c2 = a2 Centro no eixo de origem
b a
y2
x 2 + __
2
__ 2 = 1
a b
A1 F1 O c F2 A2
Foco paralelo ao eixo x com a > b
B2 (x - x0)2 ______
______ (y - y0)2
+ = 1
a2 b2
F1 e F2 → focos
|F1 F2| = 2c Foco paralelo ao eixo y com a > b
109
ANOTAÇÕES
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VOLUME 6 MATEMÁTICA e suas tecnologias
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