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Caro aluno

Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo
Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares.
O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos
alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades.
A seguir, apresentamos cada seção:

INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS VIVENCIANDO


De forma simples, resumida e dinâmica, essa seção foi desen- Um dos grandes problemas do conhecimento acadêmico
volvida para sinalizar os assuntos mais abordados no Enem e é o seu distanciamento da realidade cotidiana, o que difi-
nos principais vestibulares voltados para o curso de Medicina culta a compreensão de determinados conceitos e impede
em todo o território nacional. o aprofundamento nos temas para além da superficial me-
morização de fórmulas ou regras. Para evitar bloqueios na
aprendizagem dos conteúdos, foi desenvolvida a seção “Vi-
venciando“. Como o próprio nome já aponta, há uma preo-
cupação em levar aos nossos alunos a clareza das relações
TEORIA
entre aquilo que eles aprendem e aquilo com que eles têm
Todo o desenvolvimento dos conteúdos teóricos de cada co- contato em seu dia a dia.
leção tem como principal objetivo apoiar o aluno na resolu-
ção das questões propostas. Os textos dos livros são de fácil
compreensão, completos e organizados. Além disso, contam
com imagens ilustrativas que complementam as explicações APLICAÇÃO DO CONTEÚDO
dadas em sala de aula. Quadros, mapas e organogramas, em
cores nítidas, também são usados e compõem um conjunto Essa seção foi desenvolvida com foco nas disciplinas que fa-
abrangente de informações para o aluno que vai se dedicar zem parte das Ciências da Natureza e da Matemática. Nos
à rotina intensa de estudos. compilados, deparamos-nos com modelos de exercícios re-
solvidos e comentados, fazendo com que aquilo que pareça
abstrato e de difícil compreensão torne-se mais acessível e
de bom entendimento aos olhos do aluno. Por meio dessas
MULTIMÍDIA resoluções, é possível rever, a qualquer momento, as explica-
ções dadas em sala de aula.
No decorrer das teorias apresentadas, oferecemos uma cui-
dadosa seleção de conteúdos multimídia para complementar
o repertório do aluno, apresentada em boxes para facilitar a
compreensão, com indicação de vídeos, sites, filmes, músicas, ÁREAS DE CONHECIMENTO DO ENEM
livros, etc. Tudo isso é encontrado em subcategorias que fa-
cilitam o aprofundamento nos temas estudados – há obras Sabendo que o Enem tem o objetivo de avaliar o desem-
de arte, poemas, imagens, artigos e até sugestões de aplicati- penho ao fim da escolaridade básica, organizamos essa
vos que facilitam os estudos, com conteúdos essenciais para seção para que o aluno conheça as diversas habilidades e
ampliar as habilidades de análise e reflexão crítica, em uma competências abordadas na prova. Os livros da “Coleção
seleção realizada com finos critérios para apurar ainda mais Vestibulares de Medicina” contêm, a cada aula, algumas
o conhecimento do nosso aluno. dessas habilidades. No compilado “Áreas de Conhecimento
do Enem” há modelos de exercícios que não são apenas
resolvidos, mas também analisados de maneira expositiva e
descritos passo a passo à luz das habilidades estudadas no
dia. Esse recurso constrói para o estudante um roteiro para
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS ajudá-lo a apurar as questões na prática, a identificá-las na
Atento às constantes mudanças dos grandes vestibulares, é prova e a resolvê-las com tranquilidade.
elaborada, a cada aula e sempre que possível, uma seção que
trata de interdisciplinaridade. As questões dos vestibulares
atuais não exigem mais dos candidatos apenas o puro co-
nhecimento dos conteúdos de cada área, de cada disciplina.
DIAGRAMA DE IDEIAS
Atualmente há muitas perguntas interdisciplinares que abran- Cada pessoa tem sua própria forma de aprendizado. Por isso,
gem conteúdos de diferentes áreas em uma mesma questão, criamos para os nossos alunos o máximo de recursos para
como Biologia e Química, História e Geografia, Biologia e Ma- orientá-los em suas trajetórias. Um deles é o ”Diagrama de
temática, entre outras. Nesse espaço, o aluno inicia o contato Ideias”, para aqueles que aprendem visualmente os conte-
com essa realidade por meio de explicações que relacionam údos e processos por meio de esquemas cognitivos, mapas
a aula do dia com aulas de outras disciplinas e conteúdos de mentais e fluxogramas.
outros livros, sempre utilizando temas da atualidade. Assim, Além disso, esse compilado é um resumo de todo o conteúdo
o aluno consegue entender que cada disciplina não existe de da aula. Por meio dele, pode-se fazer uma rápida consulta
forma isolada, mas faz parte de uma grande engrenagem no aos principais conteúdos ensinados no dia, o que facilita a
mundo em que ele vive. organização dos estudos e até a resolução dos exercícios.
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Direitos desta edição: Hexag Sistema de Ensino, São Paulo, 2022
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Letícia de Brito Ferreira
Matheus Franco da Silveira

projeto gráfiCo e Capa


Raphael de Souza Motta

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ISBN: 978-85-9542-196-7

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vo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA 5
AULAS 1 E 2: POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO 7
AULAS 3 E 4: EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU E PROBLEMAS CLÁSSICOS 15
AULAS 5 E 6: EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU 23
AULAS 7 E 8: TEORIA DOS CONJUNTOS 28

TRIGONOMETRIA E ARITMÉTICA 35
AULAS 1 E 2: TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 37
AULAS 3 E 4: PRODUTOS NOTÁVEIS 42
AULAS 5 E 6: FATORAÇÃO 45
AULAS 7 E 8: CONJUNTOS NUMÉRICOS 50

GEOMETRIA PLANA 57
AULAS 1 E 2: INTRODUÇÃO À GEOMETRIA PLANA 59
AULAS 3 E 4: ÂNGULOS NUM TRIÂNGULO E ÂNGULOS NUMA CIRCUNFERÊNCIA 65
AULAS 5 E 6: RAZÃO PROPORCIONAL E TEOREMAS DE TALES E DA BISSETRIZ INTERNA 73
AULAS 7 E 8: PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO 78
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM

Construir significados para os números naturais, inteiros, racionais e reais


Competência 1

H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.

Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
Competência 2

H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.

Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 3

H10 Identificar relações entre grandezas e unidades de medida.


H11 Utilizar a noção de escalas na leitura de representação de situação do cotidiano.
H12 Resolver situação-problema que envolva medidas de grandezas.
H13 Avaliar o resultado de uma medição na construção de um argumento consistente.
H14 Avaliar proposta de intervenção na realidade utilizando conhecimentos geométricos relacionados a grandezas e medidas.

Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 4

H15 Identificar a relação de dependência entre grandezas.


H16 Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcionais.
H17 Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argumentação.
H18 Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.

Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
Competência 5

H19 Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.


H20 Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.
H21 Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.
H22 Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.
H23 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.

Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extra-
Competência 6

polação, interpolação e interpretação.


H24 Utilizar informações expressas em gráficos ou tabelas para fazer inferências.
H25 Resolver problema com dados apresentados em tabelas ou gráficos.
H26 Analisar informações expressas em gráficos ou tabelas como recurso para a construção de argumentos.

Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determi-
nação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
Competência 7

Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
H27
em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
MATEMÁTICA

ÁLGEBRA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

O Enem exigirá dos candidatos conceitos Potenciação e radiciação, por serem assun-
básicos de potenciação e radiciação. En- tos básicos, dificilmente serão cobrados
contraremos também situações problemas diretamente. Já para equações do 1.º e 2.º
que precisam de equações do 1.º e 2.º graus graus, podemos encontrar alguma questão,
para serem resolvidas. na primeira fase, exigindo uma leitura mais
atenta.

Potenciação e radiciação, são cobrados em Esta prova possui questões dissertativas Encontraremos propriedades de potencia-
questões de variações de grandezas físicas. com alto grau de dificuldade. Portanto, de- ção e radiciação em questões tanto de Ma-
Teoria dos conjuntos é cobrada com descri- vemos somar os conteúdos deste livro com temática como de Física e Química. Não é
ção no enunciado. Equações são assuntos os próximos para resolver os exercícios. difícil encontrar alguma questão em ambas
básicos que necessitam de outros tópicos as fases da Vunesp, exigindo do candidato
para que tenham uma aplicação. a produção de equações do 1.º e 2.º graus.

Dentro dos temas abordados neste livro, Esta prova exigirá de seu candidato alta A PUC-Camp exige do candidato uma O vestibular da Santa Casa aborda as
os equacionamentos do 1.º e 2.º graus habilidade em potenciação. A leitura de um firme análise das propriedades básicas de propriedades de potenciação e radiciação,
possuem maior incidência nesse vestibular. texto aliada a um raciocínio lógico-mate- potenciação e radiciação, quando explora dentro dos exercícios de Exatas. Realizar
mático será fundamental para resolver pro- questões de exponenciais e logaritmos. equacionamentos do 1.º ou 2.º graus é
blemas clássicos de equações do 1.º grau. imprescindível nas questões objetivas.

UFMG
Apresenta questões bem elaboradas, que A UFPR possui um vestibular com questões Esse vestibular exige pontos específicos
alinham os conteúdos deste livro com os dissertativas e objetivas, com alto grau de do candidato, pois possui uma quantidade
próximos e outras áreas de Exatas. dificuldade. O candidato deve resolver com menor de questões. Assim, a resolução de
proeza questões de equação do 1.º grau. equações do 1.º e 2.º graus e os outros
temas abordados neste livro são funda-
mentais.

Tanto no exame de qualificação, quanto O processo seletivo da Unigranrio possui O processo seletivo para Medicina da Sou-
no exame discursivo, ocorrem questões de questões mais diretas, diferentemente za Marques possui questões contextualiza-
equações do 1.º e 2.º graus. Conceitos de do Enem. Assim, a álgebra possui grande das, e os conteúdos abordados neste livro
potenciação e radiciação estarão, em gran- incidência nessa prova e o candidato deve são essenciais para suas resoluções.
de parte, das questões de Exatas. estar muito bem esclarecido em relação a
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

todos os temas.

6
(–3)³ = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = –27
(–3)4 = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = 81
A
 tenção: Observe que, se a base for um número real ne-
gativo, e o expoente for um número natural ímpar, o re-
POTENCIAÇÃO E sultado será negativo; no entanto, se o expoente for um
número natural par, o resultado será positivo.
RADICIAÇÃO
()
​ 2 ​  ​, no qual a base é um núme-
3
§ Cálculo do valor de ​ __
3
ro racional:

() ()()()
​  2 ​  ​ = ​ __
​ 2 ​  ​∙ ​ __
​  2 ​  ​∙ ​ __ ​  8  ​
​ 2 ​  ​ = ___
3
​ __
3 3 3 3 27

MT
No caso em que n < 2, deve-se definir:
AULAS
1E2 § b0 = 1, para b ≠ 0;
§ b1 = b.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) Algebricamente, sendo x ∈ ℝ, a potenciação pode ser es-
1e2 1, 3, 4, 7, 10 e 11 crita da seguinte forma:
x = x¹    x ∙ x = x²    x ∙ x ∙ x = x³

1.2. Potenciação com expoente


1. Potenciação inteiro negativo
Dada uma base b real não nula e um expoente n ∈ ℤ,
define-se:
​ 1n ​
b–n = __
b
Assim, quando o expoente for um número inteiro negativo,
pode-se inverter a base a fim de tornar o expoente positivo
multimídia: vídeo e efetuar as operações como foi visto anteriormente.
Fonte: Youtube
Modelo
Introdução à potenciação
​ 1  ​ = __
§ 3–2 = __ ​ 1 ​
32 9
1.1. Potenciação com expoente natural
() () ( ) ​  1 2 ​ = ___ ​ 25 ​
​  1  ​ = ___
–2
​ 2 ​  ​ = ____
§ ​__
5 __2 4
___ 4
Representa-se por bn, sendo b (denominado base) um ​ ​   ​  ​ ​   ​
5 25
número real e n (denominado expoente) um número
natural maior que 2, o produto de n fatores iguais a b, o § 10–2 = ___ ​  1  ​ = ___​  1  ​= 0,01
102 100
seguinte produto:

​ 1x ​, sendo x ∈ ℝ e não nulo


§ x–1 = __
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

bn = b ∙ b ∙ b ∙ ... ∙ b
n fatores
1.3. Potenciação com expoente racional
Modelo Dado um número real a e um número racional _​  m_
n , sendo
m ∈ ℤ e n ∈ ℤ* (n ≠ 0), deve-se definir a potenciação de
§ Cálculo do valor de 25, no qual a base é um núme-
​ m
base a e expoente __n ​ da seguinte forma:
ro natural:
25 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 = 32 a = n​dXXX
am ​

§ Cálculo do valor de (–3)3 e (–3)4, no qual a base é um Como é possível observar, quando há um expoente racio-
número inteiro negativo: ​ m
nal na forma da fração __ n ​, pode-se reescrever a potên-

7
​  x  ​  ​​ = ____
​  x 3 ​ = ___
​  3x 3 ​
( )
3 3
§ ​​ __
3
cia como uma raiz n-ésima de am. Serão definidas
yz (yz) y z
as propriedades das raízes n-ésimas aritméticas no
próximo capítulo.
Potência de uma potência
1.4. Propriedades Quando se tem uma potência em que sua base apresen-
ta outra potência, mantém-se a base e multiplicam-se
De modo geral, sendo a e b números reais, e m e n núme- os expoentes:
ros inteiros, valem as seguintes propriedades:
P5: (am)n = am ∙ n
Produto de potências de mesma base § (52)3 = 52 ∙ 3 = 56
Quando se tem o produto entre duas potências de mesma
§ (2 ∙ 32)4 = 24 ∙ (32)4 = 24 ∙ 32 ∙ 4 = 24 ∙ 38
base, somam-se os expoentes e conserva-se a base:
§ (x2 ∙ y5)3 = (x2)3 ∙ (y5)3 = x2 ∙ 3 · y5 ∙ 3 = x6 ∙ y15
P1: am ∙ an = am+n
Note que devido à propriedade comutativa da multiplica-
§ 23 ∙ 25 = 23+5 = 28 n m
ção, resulta que (am) = (an) .

() ​ 1  ​ = __
​ 1 ​
5
​ 1 ​  ​ ∙ 23 = 2–5 ∙ 23 = 2–5+3 = 2–2 = __
§ ​__ n n
Atenção: Observe que (am) ≠ am . No caso de (am) , a base
n
2 22 4 n
do expoente n é am, e, no caso de am , a base do expoente n
§ 16 ∙ 32 = 24 ∙ 25 = 24+5 = 29 é m, e mn é o expoente da base a. Veja um exemplo:
§ x2 · ​__
x()
​ 1 ​  ​= x2 ∙ x–1 = x1 = x (2²)³ = (2²) ∙ (2²) ∙ (2²) = 4 ∙ 4 ∙ 4 = 64
22³ = 22 ∙ 2 ∙ 2 = 28 = 256
Quociente de potências de mesma base
Quando se tem o quociente entre duas potências de mes- 1.4.1. Resumo das propriedades
ma base, subtraem-se os expoentes e conserva-se a base:
Sendo a e b números reais, e m e n números inteiros,
​ an ​= am–n, se a ≠ 0
m
P2: __ segue que:
a

​ 5  ​= 57–3 = 54 § P1: am ∙ an = am+n


7
§ __
53
​ an ​= am – n, se a ≠ 0
m
§ P2: __
() () () ()
__1 9 __1 5 __1 9–5 __1 4
§ ​3​   ​  ​ : ​3​   ​  ​ = ​3​   ​  ​ = ​3​   ​  ​
a
§ P3: (a ∙ b)m = am ∙ bm
​ x  ​= x4
7
§ __
§ P4: ​ __​  a ​  ​ = __
() ​ am ​, se b ≠ 0
m m
x3
b b
Potência de um produto § P5: (am)n = am ∙ n
A potência de um produto pode ser escrita como um pro-
duto de potências: 1.5. Número na forma de potência
P3: (a ∙ b) = a ∙ b m m m
Nas expressões numéricas em que é possível escrever to-
das as potências com uma base comum, é possível utilizar
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

§ (2 ∙ 5)³ = 2³ ∙ 5³ = 8 ∙ 125 = 1 000 as propriedades de potenciação descritas. Observe alguns


§ (x ∙ y)² = x² ∙ y² exemplos utilizando a base 2:
Também é possível escrever alguns números racionais na
forma de uma potência com base inteira:
Potência de um quociente
A potência de um quociente pode ser escrita como um quo- ​ 5  ​ = __
§ 0,5 = ___ ​ 1 ​= 2–1
ciente de potências: 10 2

​  a ​  ​ = __
​ am ​, se b ≠ 0 ​ 25  ​ = __
§ 0,25 = ___ ​ 1 ​= 2–2
()
m m
P4: ​__ 100 4
b b
​ 125  ​ = __
​ 1 ​= 2–3
()
​ 2 ​  ​ = __
​ 22 ​ = __
​ 4 ​ § 0,125 = ____
2 2
§ ​__ 1.000 8
3 3 9

8
Veja como se pode simplificar o cálculo de uma expressão 1.6. Potências e notação científica
numérica envolvendo potências de mesma base:
Como foi visto, potências do tipo bn podem ser utilizadas

[_____________
​  1 ​  )​ ∙ 16 ]​
4 ∙ (​ __ para simplificar um produto de n termos iguais a b. Quando
–2
3 –1
8 se trata de grandezas muito grandes ou muito pequenas,
    ​
​  1  ​  ​( )
2
0,58 ∙ ​ ___ podem-se utilizar potências de base 10 para representar
32 esses números. Esse tipo de representação é denominada
Escrevendo cada fator como uma potência de base 2, notação científica.
segue que:
Observe a fórmula da notação científica:
[ (2 ) ∙ (2 ) ∙ (2 ) ]​
2 –3 –2
________________
4 3 –1
m ∙ 10e
  
​     ​
(2–1)8 ∙ (2–5)2
na qual m é denominado mantissa, um número racional
Utilizando, agora, as propriedades da potenciação, pode-se maior do que 1 ou igual a 1 e menor que 10, enquanto que
realizar as simplificações: e é denominado a ordem de grandeza, expoente da base 10.

(22 ∙ 26 ∙ 212)–1 (22+6+12)–1 _____ (220)–1 Caso deseje escrever o número 2 500 000 (dois milhões
___________
​  –8 –10 ​ = _______ ​  –8+(–10) ​ = ​  –18 ​
2 ∙2 2 2 e quinhentos mil) de forma mais concisa:
=2 –20–(–18)
= 2 = ​   ​
–2 1
__
4 2 .500. 000 = 2,5 ∙ 1.000. 000 = 2,5 ∙ 106

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Imagine um grande prédio em construção, com todos os seus elementos e estruturas, fundações, vigas e tijolos.
Fazendo uma analogia com a construção de um prédio, a potenciação e a radiciação são a base para a construção
dos conhecimentos algébricos.
Você poderá utilizar os conhecimentos aprendidos de potenciação na disciplina de Física, no uso da notação científica,
e na área de Geografia, mais especificamente na área de cartografia, uma vez que trabalhar com potências facilita a
mudança de escalas.

VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

2. Radiciação
Chama-se radical a raiz enésima de um número real a, sendo α um número maior ou igual a zero, quando n é um natural par; ou
sendo α um número real, quando n é um natural ímpar.
__
​ a ​, em que a [ R+ e n [ N, com n ≥ 2, é chamado de radical.
n

9
Modelos ___
Para obter a igualdade, é possível fazer:
____ ___ __
7
√ −3 ​ √
​ 16 ​    ​
5
√ 2 ​    ​ ​  1  ​ ​
___
36 __ √ 10
___
10 : 2 5
____
​ √ 210 ​= ​ √ 210 : 2 ​= ​√ 25 ​
__

O termo radical também é representado pelo símbolo √ ​ 0 ​.


___ n:p
___
​ am ​ =​ √am:p ​, para todo a [
n
De modo geral, segue que √
2.1. Propriedades R+ e n [ N, com n ≥ 2, sendo p um número diferente de
zero e divisor comum de m e n.
2.1.1. Primeira propriedade Essa propriedade comumente é usada para simplificar al-
Observe um radical com índice ímpar: guns radicais.
____
Modelos
3
​√ 125 ​= 5 e 125 = 53
____ __ __ ____ __
8 8:4
​√ 74 ​ = ​ √ 74 : 4 ​= ​√ 7 ​
3 2
​√ 125 ​= ​√ 53 ​= 5
3

___ __ ____ __
10 10 : 5
​ √ 32 ​= ​ √ 25 ​ = ​ √ 25 : 5 ​ = ​√ 2 ​
10 2
Agora, veja um radical com índice par:
____
2
​√ 121 ​= 11 e 121 = 112 2.1.3. Terceira propriedade
____ ___
2
​√ 121 ​= ​√ 112 ​= 11
2 _____ ___ __
3 3 3
___
Observe as expressões ​√27 ∙ 8 ​e ​√27 ​· ​√ 8 ​ .
De modo geral, vale a igualdade √​ an ​ = a, para todo a [
n

R+ e n [ N, com n ≥ 2.

Modelos
__ __ __
6 6 8 8 ____ __ __

​ 42 ​ √ 7  ​
= 4    ​ √ 7  ​= 7
= 7    ​ De modo geral, segue que: √
​ a ∙ b ​= √​n a ​ · √​ b ​, para todo a
n n

[ R+, b [ R+ e n [ N, com n ≥ 2.
Atenção: Essa propriedade é válida somente para a
maior do que zero ou igual a zero.
____ Modelos
​√(-2)4 ​, a expressão não equiva-
4
Caso ocorra, por ____
exemplo,___ _____ __ ___
lerá a – 2, pois ​√(-2)  ​= ​√16 ​ = 2.
4 4 4 ​√4 ∙ 10  ​= √
​ 4 ​∙ √
​ 10 ​
__ _______ ___
____
Se, porém, o índice for ímpar, a propriedade √​ an ​ = a
√ ​  1  ​∙ 100 ​= 4​ ___ √
​  1  ​ ​ ∙ ​√100 ​
n
​ ___
4 4

continuará válida. Veja: 10 10


____
​√ (-1)3 ​= –1
3
2.1.4. Quarta propriedade
___ ___


3
√ __
Dessa forma, para uma expressão com radicais, é preciso ​ ​ 27 ​
​  27 ​ ​ e ____
Observe as expressões ​ ___ 3
 ​
8 3​√ 8 ​
impor a condição de existência:

§ Se o índice for ímpar (n é ímpar), o radicando poderá


ser
__qualquer número real: ​
n n
√ x  ​= x, x ∈ R
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

§ Se o índice for par (n é par), o radicando deverá ser um


número
__ real não negativo:
n n __ __
​ x  ​= x, x ≥ 0 (condição de existência)
√ n
​ ​ __a ​ ​ ,
De modo geral, segue que n​ __​  a ​  ​ = n___ √

b √​ b ​
2.1.2. Segunda propriedade para todo a [ R+, b [​  R​+*​​  e n ∈ N, com n ≥ 2.
Pode-se representar o número 2 por meio de diferentes radicais:
5
__ Modelos ___ ___
2 = ​√ 25 ​
10
2 =​ √ 210 ​
___ √ 7
√ __
​ ​ 30 ​
​ 30 ​ ​​ = ____
​​ ___

​  ​7
 ​
______ __
_____

3
5
__
10
___
​√ 0,001 ​ = ​ _____
3 3 ​√ 1 ​  ​ = ___
​  1  ​  ​ = ______
​  _____ ​ 1  ​
Então: ​√25 ​= ​√210 ​ 1.000 3​√ 1.000 ​ 10

10
2.3. Racionalização de denominadores
O processo de racionalização do denominador consiste em
multiplicar a fração dada pelo número 1, escrito como fra-
ção, de modo que o produto nos denominadores seja um
número racional.

multimídia: vídeo ___ ​  1  ​· 1 = ___


​  1  ​ = ___
dXX
​ ​ 2 ​ ​ = ______
​  1  ​ · ___
dXX dXX d
​  1 · ​ 2 ​ ​ = ____
​  ​ 2 ​  ​ = ___
​ ​ 2 ​ ​
XX

Fonte: Youtube
d 2 ​ ​dXX
​ XX 2 ​ ​dXX2 ​ ​dXX 2 ​ ​dXX 2 ​ ​  dXX
2 ​· d​ XX 22 ​ 2
Uma Mente Brilhante
Observe que, depois da racionalização, escreve-se de outra
forma o número dado, agora com denominador racional.
dXX
2.2. Potenciação e radiciação ​ ​ 2 ​ ​é mais simples do que calcular ___
Calcular ___ ​  1  ​ .
2 d
​ XX
2 ​
com radicais Acompanhe a racionalização dos denominadores de alguns
números agrupados nas situações a seguir:
Veja uma potenciação com radicais:
__ __ __ __ __ _________ __
(​ 5​√ 2 ​  )4​ = 5​√ 2 ​· 5​√ 2 ​· 5​√ 2 ​· 5​√ 2 ​= 5​√ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ​ = 5​√ 24 ​ Modelo 1
​  2  ​ .
§ Racionalização do denominador de ____
De modo geral, para efetuar a potenciação com um __
ra- 3​dXX
8 ​
dical,
__ eleva-se o radicando ao expoente dado: (
​ √ a ​  )​n =​
m
​ __ __
dXX 2​√ 8 ​ √
m n
√a  ​, em que a ≥ 0, m é um número natural maior que 1, ​  2  ​ = ____
____ ​ ​ 8 ​ ​ = ____
​  2  ​ · ___ ​  ​ ​ 8 ​ ​
 ​ = ___
3​dXX
8 ​ 3​dXX8 ​ ​dXX 8 ​ 3 ∙ 8 12
e n é um número inteiro. __ __
​  3  ​ .
§ Racionalização do denominador de 4___
m
Atenção: Repare que, se____
a < 0, então ( √ a ​  )n​ ≠ √ an ​. Por exem-
m

__ ___
4 4 4
( 4 ​ = √34 = 3, ( √−3 )4 não existe.
plo, se a = −3, tem-se: √−3) d
​ XX3 ​
d 3 3​4dXX
4 XX
d 3
4 XX
​ ​4 3  ​ ​ = ____
​  4 3  ​ ​ = ____
​ 3​ 3 ​ ​ = ​4dXX
3

Modelo 1 ​ 4 3  ​ = ___


___ ​ 4 3  ​ · ___ 33 ​
​d 3 ​ ​d 3 ​ ​d 3  ​ ​d 3  ​
XX XX XX
3 XX4 3
__ __
​( ​√5 ​  )3​ = √
​ 53 ​
__ 5 __ Modelo 2
​( 2 ​√ 3 ​  )​ = 25 · ​√ 35 ​ = 32 · 3 · 3​dXX
3 3
32 ​= 96 3​dXX
32 ​
​  3  ​ .
§ Racionalização do denominador de ______
2 d
​ XX
3 ​+ 1
​( 6​dXXXXX
4 – x ​ )​ = 6 · d​ (4 – x)  ​ = 36 · (4 – x) = 144 – 36x,
2 XXXXXX2
Como nesse denominador há uma adição em que pelo me-
com x ≤ 4
nos uma parcela é um número irracional, utiliza-se o produto
2
(​ d​ XX5 ​ + 3 )​ = (​ d​ XX5 ​)2​ + 2 · d​ XX5 ​ · 3 + 32 = 5 + 6​dXX5 ​+ 9 = 14 + 6​dXX5 ​ da soma pela diferença para racionalizar o denominador.

Para entender o procedimento da radiciação com radicais, 3


compare as expressões:

​d ​d 729 ​ ​ = 2​dXX
2 XXXXX
3 XXXX
9 ​= 3 e 6​dXXXX
729 ​= 3

Como as duas expressões são iguais a 3, então: ​  2  ​ .


§ Racionalização do denominador de _______
d 2 ​+ d​ XX
​ XX 5 ​
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

​d​d729 ​ ​ = 6​dXXXX
2 3XXXXX
XXXX 729 ​= 3 Nesse denominador, há uma adição de dois números
irracionais. Para racionalizá-lo, multiplica-se a fração
De modo geral, para efetuar a radiciação com radicais, po- por:
de-se fazer ​mdXXX
​ XX
n
d a ​, em que a ≥ 0 e m e n são núme-
a ​ ​ = m​ · dn XX
ros naturais maiores que 1.

Modelo 2
​dXXX
3
d 2 ​ ​ = 3​ · 2dXX
​ XX 2 ​= 6​dXX
2 ​
dXX
​  ​ 6 ​  ​ .
dd Racionalização do denominador de ______
XXXXXXX
d d ​d 103 ​ ​ = ____
6 XXX
XXXXX XXXXX XXXX dXXX
​ 1.000
​ 3​ _____ ​  1.000
 ​ ​ ​ = 2​ · 3 _____ 103 ​ ​ = ____
 ​ ​ = 6​ ​ ___ ​  ​ ​ 10 ​
 ​ 4 – d​ XX
5 ​
64 64 26
​dXX
6
2  ​
6 2

11
__ ______ __ __
II. Incorreta. 5​√8 ​= 5​√22 ∙ 2 ​= 5​√22 ​· √
​ 2 ​ =
__ __
= 10​√2 ​< 11​√2 ​
III. Correta. Tem-se:
__
(6​√3 ​)2 = 36 · 3 = 108
O produto da soma pela diferença de a e b é: 2. Analise as seguintes expressões:
___
__
(a + b) · (a – b) = a2 – b2 3​√12 ​
I. ____
​   ​= 3​√2 ​
2 __
__ -1
​√3 ​
___
2.4. Potência com expoente fracionário √
II. (2​ 3 ​) = ​   ​
6
​  ​
__1 __
O expoente de uma potência pode ser um número em for- 2
III. (24) = 2​√2 ​
ma de fração.
A(s) alternativa(s) verdadeira(s) é(são):
Observe o exemplo a seguir: a) I.
___
51/2 = (​​√51/2 ​​)2 : 1.ª propriedade dos radicais b) II.
___ c) III.
(​​√51/2 ​​)2 = d​ XXX
51/2 ​· d​ XXX
51/2 ​= d​ XXXXXX
51/2 + 1/2 ​: propriedade do d) I e II.
produto de potências de mesma base e) I e III.
d 51/2 + 1/2 ​= d​ XX
​ XXXXXX 51 ​= d​ XX
5 ​
Resolução: Alternativa B
Portanto: 51/2 = d​ XX
5 ​. ___ __
__
3·2·√
3​√12 ​ ________ ​ 3 ​
5 ​, então 53/2 = (51/2)3 = (​ d​ XX
Se 51/2 = d​ XX 5 ​  )3​ = d​ 5XX3 ​ I. Incorreta. ____
​   ​ = ​   ​ = 3​√ 3 ​
2 2 __ __
__
Da mesma forma, é possível escrever outras potências de √ 1
____ ​√__
___ ​√ 3 ​
3 ​ ___
II. Correta. (2​ 3 ​) = ​ 
-1 __  ​ · ​   ​ = ​   ​
2​√3 ​ √ ​ 3 ​ 6
expoente fracionário como um radical. ​  ​
__1
2 ​  ​
4
__

III. Incorreta. (24) = 2 = 22 = 4 2

2 = ​ 2  ​
5/3 dXX5
3

____

[ ] d[ ] √( ) d
XXXX XXX 3. Assinale a alternativa correta:
​  1 ​  ​ ​= 3​ ​__
​  13 ​  ​ ​ = 3​ __
​  1  ​ ​ = __
​ 1 ​
2
​  1 ​  ​ = 3​ ​__
2/3 2
​__
8 8 2 26 4 __ __
____ ​ 4 ​+ √
a) √ ​ 5 ​ < 3
(0,3)2/7 = 7​d(0,3)
XXXXX2
 ​ = 7​​√0,09 ​​ __ __ __ __
__
De modo geral, pode-se dizer que a = √​ a  ​ para todo a m/n n m b) (​√3 ​+ √ 2 2 = (​√ 3 ​)2 + (​ ​√2 ​  )2​ = 3 + 2 = 5
​  ​)
[ R+, m [ Z e n [ N, com n ≥ 2. __
c) ___ ​  9__ ​= 6​√3 ​
​√3 ​
__
Aplicação do conteúdo ​  __ 4  ​= √
d) ______ ​ 5 ​+ 1
(​ ​√5 ​− 1 )​
___
1. Examine as afirmações a seguir: ​ 16 ​= ±4
e) √
__ __ __
I. A subtração
__
​( 2​√8 ​ – 3​√2 ​  )3​__equivale a 2​√2 ​.
Resolução: Alternativa D
II. 5​√8 ​__é maior do que 11​√2 ​.
__ __
III. (6​√3 ​)2 é igual a 108. ​ 5 ​ > 3
​ 4 ​+ √
a) Incorreta, pois √
As afirmativas corretas são: __ __
b) Incorreta, pois (​ ​√3 ​+ √
​ 2 ​  )2​ =
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

a) I e II apenas.
__ __ __ __ __
b) I e III apenas. = (​ ​√3 ​  )2​ + 2 √ ​ 2 ​+ (​ ​√2 ​  )2 = 5 + 2 √
​ 3 ​∙ √ ​ 6 ​.
c) II e III apenas. __ __
__
d) I, II e III. ​√3 ​ 9​√3 ​
c) Incorreta, pois ___​  9__ ​ = ___
​  9__ ​ ∙ ___
​  __ ​ = ____
​   ​ = 3​√ ​.
3
​√3 ​ ​√3 ​ __​√3 ​ 3
Resolução: Alternativa B __

​ 5 ​+ 1 √
I. Correta. Desenvolvendo a subtração: ​  __4  ​ · ______
d) Correta, pois ______ ​  __  ​= ​ 5 ​+ 1 .
__ __ __ __ (​ √​ 5 ​– 1 )​ √​ 5 ​+ 1
(2 √ 2 3 = (2​√23 ​– 3​√ ​)
​ 8 ​– 3​√ ​) 2 3= ___
__ __ e) Incorreta, pois √
​ 16 ​= 4.
= (2​√22 · 2  ​– 3​√ ​2 )3 =
__ __ __ __ __
= (2​√22  ​· √
​ 2 ​– 3​√ ​)
2 3 = (4​√2 ​– 3​√2 ​)3 = 4. Analisando os números reais,
__ 3
__ ___
= (​ ​√2 ​  )​ = 2​√ ​2 x=√
​ 2,7... ​

12
____
y = [​ ​√0,25 ​+ (163/4)-1 ]-1​ c) Verdadeiro.

____ ________
__ ​  5 ​ – 2 < 0 = -- __
x + z < 0 : __ 1 ​< 0.
3
√ ()
3
​  5 ​  ​  ​​
z = ​√(23)2 ​ – ​​ ​ √56 ​· ​__
3 3 -2

6 d) Verdadeiro.
é FALSO afirmar que: x + y + z ∉ (ℝ – ℚ), pois a soma de três números
racionais será sempre um número racional.
​ 3 ​
a) _​ zy ​< – __ ___ ___ ___
2
5. O valor da expressão √
​ 50 ​– √
​ 18 ​+ √
​ 98 ​ é:
b) x – y < __ ​ 1 ​ ____
5 a) √
​ 130 ​
__
c) x + z < 0 b) –5​__√2 ​
c) 9​√2 ​
___
d) x + y + z ∉ ( ℝ – ℚ)
d) 5​√13 ​
__
Resolução: Alternativa A e) 15​√2 ​
_____ ___
___
x=√
9 √ 9 3
___ -1

​ 25 ​ ​ = __
​ 7 ​ ​ = ​ ___
​ 2,7... ​= ​ 2 + __ ​ 5 ​
Resolução: Alternativa B
___ ___ ___
[ ]
____ -1
​√50 ​– √ ​ 98 ​ =
​ 18 ​– √
y = ​ ​√0,25 ​  + (​ ​√163 ​  )​ ​ ⇒
4

__ _____ __ __ __

( √ √( ) ) = 5​√2 ​– 3​√2 ​– 7​√2 ​ =


-1 -1
​  1 ​  ​+ 4​ ​ ​ ___ (
1  ​  ​ ​ ​ ⇒ y = ​ __
​ 1 ​ + __ )
​ 1 ​ ​
3
⇒ y = ​ ​ __
4 16 2 8 __
-1 = –5​√2 ​
5
( )
⇒ y= ​ ​   ​ ​ ⇒ y = __
__
8
​ 8 ​
5
________ ________
____ __
√ () √ ( )
z = ​√(2 )  ​– ​ ​ √5  ​∙ ​  ​ __5 ​  ​  ​ = 26/3 – ​ 56/3 ∙​ __
​ 6 ​  ​  ​⇒
3 -2 2
3 32 6
6 5
_____


​  36 ​ ​​= 4 – 6 = –2
⇒ 22 – ​​ 52 · ___
25

a) Falso. ​

​ 3 ​ : - __
__z ​< – __
y ​ 5 ​= – __
​  2 ​= –2 · __ ​ 5 ​ e – __
​ 5 ​> – __
​ 3 ​. multimídia: site
2 __8
​   ​ 8 4 4 2
5
b) Verdadeiro. https://pt.khanacademy.org/math/pre-algebra/pre-alge-
x – y < __ ​ 5 ​ – __
​ 1 ​ : __ ​ 8 ​ < __
​ 1  ​ = ___
​  1  ​ < __
​ 1 ​. bra-exponents-radicals
5 3 5 5 15 5

VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

13
DIAGRAMA DE IDEIAS

EXPOENTE
(QUANTIDADE DE VEZES (EXPOENTE)
QUE A BASE É MULTIPLI-
n
POTENCIAÇÃO
CADA POR ELA MESMA)
a a• a• a• a•... •a
n VEZES
BASE
(NÚMERO A SER (BASE)
MULTIPLICADO)

"RAIZ" VEM DO
(ÍNDICE) LATIM RADIX, QUE
QUER DIZER "LADO".
n QUANDO ALGUÉM
RADICIAÇÃO
OPERAÇÃO INVERSA
DA POTENCIAÇÃO a DIZ "RAIZ
QUADRADA DE 9",
ESTÁ PENSANDO EM
"QUAL É O LADO
(RADICANDO) DO QUADRADO
DE ÁREA 9?".

9=3 9
1 1 1
1 1 1 3
1 1 1
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

14
Observe a seguinte igualdade:
1+x=3

EQUAÇÕES DO Essa igualdade leva o nome de sentença matemática


aberta ou equação, pois pode ser verdadeira ou falsa, de-
PRIMEIRO GRAU pendendo do valor atribuído à variável x. Nesse caso, se o
valor de x for 3, a sentença será falsa. Por outro lado, se o
E PROBLEMAS valor atribuído for 2, a sentença será verdadeira. Como x =
CLÁSSICOS 2 torna a sentença verdadeira, afirma-se que o número 2 é
a raiz da equação.
O conjunto dos valores que tornam uma equação verdadei-
ra é chamado de conjunto solução. No exemplo dado, o

MT AULAS conjunto solução S é:


3E4 S = {2}

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 19, 21, 22 e 23

1. Equações
multimídia: site
A primeira referência conhecida que trata das equações
está relacionada ao chamado Papiro de Rhind (também
conhecido como Papiro de Ahmes), um dos documentos https://pt.khanacademy.org/math/cc-sixth-grade-math/
egípcios mais antigos sobre Matemática, escrito no ano de cc-6th-equations-and-inequalities
1650 a.C.
A álgebra começa a ser pesquisada a partir do século IX, Modelos
com a obra de Al-Khwarizmi (738-850 d.C), que trata do 1. 2x + 4 = 6, para x [ R
estudo das equações com uma ou mais incógnitas em uma
O único valor real que torna a equação verdadeira é x = 1,
resolução de problema. Em sua interpretação, quando é
logo S = {1}.
possível representar em linguagem simbólica, na forma de
uma equação, o resultado é a equação como uma conse- 2. x² = 4, para x [ R
quência da situação-problema. Al-Khwarizmi, um dos maio- Os valores reais que tornam a equação verdadeira são
res matemáticos árabes, resolvia as equações de um modo x = 2 ou x = –2, logo S = {–2, 2}.
semelhante ao atual: tudo, até mesmo os números, era re- 3. 0x + 1 = 1, para x [ R
presentado por palavras. O livro Al-jabr wa’l mugãbalah tra-
Nesse caso, nota-se que independentemente do valor de x,
zia explicações minuciosas sobre a resolução de equações.
a equação é verdadeira, logo S = R.
Diofante, por sua vez, foi um matemático grego que viveu
4. x² = –1, para x [ R
no século III. Ele se dedicou à álgebra e aplicou a ideia de
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

representar um número desconhecido por uma letra; as- Nesse caso, nota-se que não há valor real de x que torne a
sim, influenciou decisivamente outros matemáticos. equação verdadeira, logo S = Ø.
Para descobrir os valores que compõem o conjunto solu-
A equação de 1.º grau é definida como “uma sentença
ção, é possível manipular a equação utilizando algumas
aberta que exprime uma igualdade entre duas expres-
propriedades com o intuito de isolar a variável (incógnita)
sões numéricas”.
em um dos membros da equação.
A palavra “equação” deriva do latim equatione, que significa
“equacionar”, “igualar”. As expressões numéricas, separa- P1: Se um mesmo número for somado ou subtraído
das pelo sinal de igualdade, chamam-se “membros”; cada de ambos os membros de uma igualdade, a igualdade
membro é composto por “termos”; e esse termo, que multi- permanecerá verdadeira.
plica as letras, chama-se “coeficiente de termo”.

15
Modelos Modelos:
1. x – 4 = 10 1. __ ​  x ​= 6
x – 4 + 4 = 10 + 4 4
x = 14 ​  x ​ · 4 = 6 · 4
__
4
x = 24
Logo, S = {14}
Logo, S = {24}
2. 3 + x = 1
3+x–3=1–3 2. –2x = 6
x = –2
​​  6  ​​
​​ –2x ​​ = ___
___
–2 –2
Logo, S = {–2} x = –3

P2: Se ambos os membros de uma igualdade forem


Logo, S = {–3}
multiplicados ou divididos por um mesmo número, a
igualdade permanecerá verdadeira.

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A equação do primeiro grau é a mais simples das equações estudadas no Ensino Médio, mas não é menos importan-
te do que as outras. As famosas fórmulas da disciplina de Física, como Q = m · c · Dq, que equaciona a quantidade
de calor, e a equação horária do movimento retilíneo uniforme, s = S0 + vt, são equações do primeiro grau.
Aprender a manipular as equações do primeiro grau fará com que você aumente seus horizontes tanto em
Matemática quanto em Física.

2. Equações de primeiro grau 5x – 15 = –2x + 2


Somando 2x em ambos os membros para isolar a incógnita:
Uma equação do primeiro grau pode ser representada na
forma ax + b = 0, com a i 0, a partir de manipulações 5x – 15 + 2x = –2x + 2 + 2x ä 7x – 15 = 2
algébricas descritas anteriormente. Uma vez escrita nessa Somando 15 em ambos os membros e finalmente
forma, é possível encontrar facilmente o conjunto solução dividindo por 7:
subtraindo o termo independente b de ambos os membros
e, em seguida, dividindo-os por a. 7x – 15 + 15 = 2 + 15 ä 7x = 17
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Em uma equação de primeiro grau, ocorrem apenas ope- ​ 7x = ___


__ ​ 17 à x = ___ ​ 17 ​
7 7 7
rações de soma, subtração, multiplicação e divisão. Assim,
é possível reduzir uma equação de primeiro grau à forma
​ 17 ​  ​ .
Logo, S = ​___
7 { }
ax + b = 0, realizando apenas essas quatro operações. __x __5
2. Resolver ​  ​= ​  ​
4 2
Observe alguns exemplos de como manipular as equações Para cancelar o denominador 4 da fração __ ​ x ​, ambos os
com o intuito de isolar a incógnita: 4
membros devem ser multiplicados por 4:
1. Resolver 5(x – 3) = –2(x – 1) ​ 5 ​ · 4
​  x ​ · 4 = __
__ ​ 20 ​= 10
x = ___
4 2 2
Deve-se aplicar a propriedade distributiva, com o objetivo
de eliminar os parênteses, respeitando a regra de sinais: Logo, S = {10}.

16
3. Resolver ___ ​ 3​
​  x ​= __ Nesse caso, deve-se ter também mais de uma equação.
–4 2
Um conjunto de equações determina um sistema de
De modo semelhante ao exemplo anterior, ambos os
equações. Existem principalmente dois métodos para
membros da igualdade devem ser multiplicados por –4:
resolver tais sistemas: o método da substituição e o
___ ​ 3 ​ · (–4)
​  x  ​ · (–4) = __ método da adição.
–4 2
​ –12
x = ____ ​= –6
2 2.1.1. Método da substituição
Logo, S = {–6}.
Esse método consiste em obter, a partir de uma das equações,
Outra maneira de resolver equações desse tipo é realizan- uma incógnita em função das demais. Depois, substitui-se
do o produto cruzado: esse resultado nas outras equações. Observe um exemplo:

__​  a ​ = __​  c ​ à a · d = b · c Considere as seguintes equações:


b d

​  x  ​ = __
___ ​ 3 ​ à 2x = 3(–4)
–4 2 Primeiramente, escolhe-se uma das equações e isola-se
2x = –12 à x = ____ ​ –12
 ​= –6 qualquer uma das incógnitas. Por exemplo, a incógnita x
2
na equação (I) é isolada:
​ x + 2​= __
4. Resolver _____ ​ 5​
6 3
(I) x + 3y = 11 ä x = 11 – 3y
Realizando o produto cruzado, tem-se:
Em seguida, o valor encontrado para x na equação é subs-
3(x + 2) = 6 · 5 à 3x + 6 = 30 tituído na equação (II):
3x = 30 – 6
(II) 2x + y = 7
3x = 24
​ 24 ​= 8
x = ___ 2(11 – 3y) + y = 7
3
22 – 6y + y = 7
Logo, S = {8}.
–5y = –15
12 – ​
x + 1 = ​ __x ​
5.​Resolver  ​ ______
3 2 ​ –15 ​= 3
y = ____
–5
Em somas ou subtrações de frações, primeiramente é pre-
Logo, y = 3.
ciso encontrar o mínimo múltiplo comum entre os deno-
minadores. Assim, todos os denominadores são reduzidos Com esse resultado, é possível substituir o valor de y em
a um denominador comum, permitindo, então, cancelá-lo: quaisquer das equações. Utilizando a equação (I):
mmc(1,2,3) = 6 (I) x + 3y = 11
2 · (12 – x) + 6 · 1 ____
______________
  
​​   ​ = ​  3 · ​ x x + 3(3) = 11
6 6
x + 9 = 11
Multiplicando ambos os membros por 6, os denominado-
x=2
res são cancelados. Efetuando as operações no restante da
igualdade, tem-se: Assim, a solução do sistema de equações é S = {(2; 3)}
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

24 – 2x + 6 = 3x à 30 = 3x + 2x ⇔ 30 = 5x 2.1.2. Método da adição


Esse método consiste em igualar os coeficientes de uma
​ 30 ​= 6
x = ___
5 das incógnitas em ambas as equações de modo que, ao so-
Logo, S = {6}. má-las, esses coeficientes se anulem, diminuindo a quanti-
dade de incógnitas. Veja o exemplo:

2.1. Resolvendo sistemas de duas Considere o mesmo sistema de equações do exemplo


anterior:
equações de primeiro grau
Em problemas envolvendo equações de primeiro grau, é
possível ter mais de uma incógnita a ser calculada.

17
Se a equação (I) for multiplicada por −2, será obtido o Observe que a escolha do fator –2 para multiplicar a equa-
seguinte sistema: ção teve como finalidade igualar o valor absoluto dos
coeficientes da incógnita x nas duas equações.
Agora, a partir do valor de y, basta substituir em qualquer
das equações. Em (I), tem-se:

Somando a equação (I) e (II), tem-se: (I) x + 3y = 11


x + 3(3) = 11
x + 9 = 11
x=2

Assim, a solução do sistema de equações é S = {(2; 3)}.

VIVENCIANDO

Nos restaurantes por quilo, ou self-service, ocorre um exemplo de aplicação de uma equação de primeiro grau. Três
informações são indicadas no leitor da balança: 1) o peso da comida; 2) o valor por quilo da comida; 3) o valor a
ser pago. Com duas das três informações, é possível verificar a terceira informação desconhecida por meio de uma
equação do primeiro grau:

Peso da comida = x gramas


Valor do kg da comida = R$ 30,00 / kg
Valor a ser pago: R$ 12,00

Valor a ser pago = Peso da comida multiplicado pelo valor do quilo da comida
R$12,00 = x kg ∙ 30 R$/kg
12 = x ∙ 30
​​ 12 ​​
x = ___
30
x = 0,4 kg ou 400 g

§ “diferença entre o triplo desse número e 4”: 3x – 4


Aplicação do conteúdo
Logo:
A resolução de um problema matemático consiste em trans-
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2x + 6 = 3x – 4
formá-lo em linguagem matemática, como uma equação,
utilizando os dados fornecidos para chegar a uma conclu- 6 + 4 = 3x – 2x
são, com base no pedido no enunciado. Por meio de alguns 10 = x
exemplos, será demonstrado como problemas envolvendo
equações de primeiro grau são enunciados. Portanto, o número pedido é 10.

1. Dado um número x, a soma do dobro desse número 2. Um executivo distribui seus rendimentos mensais da
com 6 equivale à diferença entre o triplo desse número seguinte maneira: ​ 1 __ ​para o plano de saúde, ​ 1
__ ​para a
e 4. Qual é esse número? 1 8 4
poupança, ​  __ ​para a alimentação e a moradia e os R$
6
Resolução: 6.600,00 restantes para o lazer. Quanto o executivo
§ “soma do dobro desse número com 6”: 2x + 6 poupa a cada mês?

18
Resolução: Multiplicando ambos os lados da equação por –1, tem-se:
Quando o problema menciona “​ __1 ​para o plano de saúde”, –2x = –18 à 2x = 18 ⇒ x = 9
8
entende-se que ele destina __ ​ 1 ​ do valor total que recebe Portanto, nessa chácara há 9 galinhas.
8
para o plano de saúde. Como o valor que ele recebe ao todo
4. Em uma escola de música, o salário mensal de
não é conhecido, ele é denominado x. Assim, é possível escre- um professor é de R$ 800,00. Além disso, ele ganha
ver que, para o pagamento do plano de saúde, ele destina __ ​ 1 ​ R$ 20,00 por mês por cada aluno inscrito em suas au-
8
​​ 1 ​​∙ x = __
de x, ou seja, __ ​ x ​. las. Para receber R$ 2.400,00 por mês, quantos alunos
8 8 devem estar matriculados em suas aulas?
Assim, se todos os valores que ele destina a cada atividade
Resolução:
forem somados, teremos o valor total de x:
Considerando x a quantidade de alunos matriculados e
​  x ​ + __
__ ​  x ​ + __
​  x ​+ 6 600 = x multiplicando o valor recebido por cada aluno matricula-
8 4 6
do (R$ 20,00) pela quantidade de alunos matriculados,
mmc(4,6,8) = 24 obtém-se o valor recebido pelo professor por cada aluno
inscrito em suas aulas.
Somando ao valor fixo de R$ 800,00, chega-se ao salário
⇒13x + 158 400 = 24x ⇒ final do professor. Como ele deve receber mensalmente
R$ 2.400,00, tem-se a seguinte equação:
⇒158 400 = 24x – 13x ⇒
20 · x + 800 = 2 400
⇒158 400 = 11x⇒
Resolvendo a equação:
​​ 158 400
⇒ x = _______  ​​ = 14 400 20 · x = 2 400 – 800
11
Dessa forma, como o valor total recebido mensalmente 20 · x = 1 600
pelo executivo foi denominado x, segue que o valor P des-
​ 1.600
x = _____ ​= 80
tinado à poupança corresponde a __ ​ 1 ​ de x: 20
4
Assim, deve haver 80 alunos matriculados.
​ 1 ​x = __
P = __ ​ 14.400
​ x ​ = ______
 ​= 3 600
4 4 4
3. Problemas clássicos
Portanto, o executivo poupa R$3 600,00 ao mês.
Alguns problemas são comuns no vestibular, e não há fór-
mula para resolvê-los. No entanto, analisando a resolução
3. Em uma chácara, há galinhas e vacas, totalizando 14 de alguns deles, é possível utilizar os mesmos métodos
cabeças e 38 pés. Calcule o número de galinhas. para problemas semelhantes. Observe os exemplos:
Resolução: § Uma torneira enche um tanque em 16 horas, e outra, em 12
Sendo x o número de galinhas e y o número de vacas, horas. Estando o tanque vazio e abrindo simultaneamente
e considerando que cada vaca e cada galinha possuem as duas torneiras, em quanto tempo encherão o tanque?
uma cabeça, cada galinha possui dois pés, e cada vaca, § Um trabalhador em uma fazenda consegue arar todo
quatro. Tem-se: o campo em 16 horas. Um outro trabalhador consegue
arar o mesmo campo em 12 horas. Em quanto tempo
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

os dois trabalhadores conseguem arar um campo idên-


tico trabalhando ao mesmo tempo?
Como o objetivo é obter o número de galinhas (x), pelo Note que os dois problemas, apesar de tratarem de temas
método da adição é possível eliminar a outra incógnita (y). distintos, possuem semelhanças. Com efeito, a resolução
Assim, a equação (I) deve ser multiplicada por –4, e ambas de ambos é idêntica. Assim, se soubermos resolver um de-
as equações devem ser somadas: les, também saberemos resolver o outro.
Devido a essa similaridade entre questões, serão apre-
sentados alguns problemas e suas resoluções para que
os métodos de resolução possam ser aplicados em outras
situações que podem aparecer no vestibular.

19
3.1. O problema das torneiras Depois de pagar R$ 3,00 de estacionamento, resulta que:

Uma torneira enche um tanque em 16 horas, e outra, em 12 ​ x – 30


_____ ​ x – 30
 ​– 1 – 3 = 2 ⇒ _____  ​= 6 ⇒ x = 222
32 32
horas. Estando o tanque vazio e abrindo simultaneamente as
duas torneiras, em quanto tempo encherão o tanque? Solução aritmética
Observando a situação-problema do fim ao começo, tem-se:
Análise
Nessa situação-problema, não é possível aplicar a regra de
três, uma vez que as capacidades de trabalho das torneiras
são diferentes. O caminho, nesse caso, é identificar as fra-
ções do trabalho que as respectivas torneiras realizam em
uma unidade de tempo. Assim, é preciso verificar a parte 54

do tanque que cada torneira enche em 1 hora.

§ Se a primeira torneira enche o tanque todo em 16


​ 1  ​do tanque.
horas, então em 1 hora ela encherá ___
16
§ Se a segunda torneira enche o tanque todo em 12
Resposta: Juliana tinha no início R$ 222,00.
​ 1  ​do tanque.
horas, então em 1 hora ela encherá ___
12
Solução 3.3. O problema das idades
Sendo x horas o tempo que as duas torneiras gastarão Eric diz a Douglas: “Hoje eu tenho o dobro da idade que
para encher o tanque juntas, em uma hora elas encherão tu tinhas quando eu tinha a idade que tu tens. Quando tu
tiveres a idade que eu tenho, a soma das nossas idades
do tanque.
será 90 anos”. Descubra a idade atual de cada um.
Assim,
Análise
​ 6 ​h = __
Veja: __ ​ 6 ​· 60 min = ___
​ 360
 ​min = 51 __ ​ 3 ​ min Uma bom auxílio para resolver os problemas de idade é
7 7 7 7
construir uma tabela contendo as idades dos personagens
Resposta: 6 __ ​ 6 ​horas ou 6 horas e 51 __
​ 3 ​ minutos. envolvidos, no presente e/ou no passado e/ou no futuro e, em
7 7
seguida, montar equações considerando que a diferença en-
3.2. O problema das lojas tre idades não muda: “Se, quando Douglas nasceu, Eric tinha
x anos, Eric sempre será x anos mais velho do que Douglas no
Juliana foi ao shopping center e entrou em 5 lojas. Em cada
presente, no passado ou no futuro”.
uma, gastou R$ 1,00 a mais do que a metade do que tinha
ao entrar. Ao sair do shopping center, pagou R$ 3,00 de
Solução
estacionamento e ficou com R$ 2,00. Quanto Juliana tinha
antes de entrar na primeira loja? Considerando os dados do problema, é possível construir
a seguinte tabela.
Solução algébrica
Passado Presente Futuro
Sendo x reais a quantia inicial de Juliana, tem-se:
Eric y 2x 90 – 2x
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Entrou Douglas x y 2x
Loja Gastou Saiu com...
com...

1 x x  ​+ 1
​  __ x  ​– 1
​  __ Acompanhe passo a passo a construção da tabela:
2 2
1. Eric disse: “Hoje eu tenho o dobro da idade que tu tinhas
2 ​  x____
–  ​
2 ​ x____
–  ​
2+1 ​  x____
–  ​
2–1
2 4 4 [...]”. Daí, Eric, no presente, tem 2x anos, e Douglas, x anos,
3 ​  x____
–  ​
6 ​ x____
–  ​
6+1 ​  x____
–  ​
6–1 no passado.
4 8 8
2. Eric disse: “[...] quando eu tinha a idade que tu tens”.
4 ​  x_____
– 14
 ​ ​  x_____
– 14
 ​+ 1 ​ x_____
– 14
 ​– 1
8 16 16 Então, Eric tinha y anos no passado (quando Douglas tinha
5 ​  x_____
– 30
 ​ ​  x_____
– 30
 ​+ 1 ​ x_____
– 30
 ​– 1
x anos), sendo y anos também a idade de Douglas hoje,
16 32 32 no presente.

20
3. Eric disse: “Quando tu tiveres a idade que eu tenho [...]”.
Então, no futuro, a idade de Douglas será 2x (a mesma de
Eric no presente).
⇒5x2 – 37x + 60 = 0 ⇒
4. Eric disse: “[...] a soma das nossas idades será 90 anos”. ⇒ x = 5 ou x = 2,4 (não convém)
Então, como no futuro a idade de Douglas será 2x, a de
Dessa forma, o primeiro, o segundo e o terceiro tratores gas-
Eric será o que está faltando para completar os 90 anos, ou
tam, respectivamente, x – 2 = 3h, x – 3 = 2h e x = 5h. En-
seja, a idade de Eric será (90 – 2x) anos.
tão, se os três gastarem y horas para fazer o serviço juntos,
Considerando que, em qualquer tempo, a diferença entre em uma hora eles farão:
as idades será sempre a mesma:
​ 1y ​ = __
__ ​ 1 ​ + __
​ 1 ​ + __ ​ 31 ​
​ 1 ​ = ___
I. y – x = 2x – y ⇒ 2y = 3x 2 3 5 30
Aqui, recorre-se ao artifício do problema da proporção para ​ 30 ​ horas.
Resposta: ___
31
evitar as frações.
2y = 3x = 6k ⇔ y = 3k
x = 2k 3.5. O problema da água e do vinho
II. y – x = (90 – 2x) – 2x ⇒ y + 3x = 90 Um barril contém 30 litros de água, e o outro, 20 litros
de vinho. Simultaneamente, x litros de cada barril são tro-
⇒ 3k + 6k = 90 ⇒ k = 10
x = 20 cados. Essa operação se repete várias vezes e é possível
⇒ y = 30 comprovar que a quantidade de vinho em cada barril se
mantém constante depois da primeira operação. Determi-
Logo, hoje Eric tem 2x = 40 anos, e Douglas, y = 30 anos. ne quantos litros (x) são trocados em cada operação.

3.4. O problema dos tratores Solução


Para arar um campo, o primeiro trator gasta 2 horas a De início, tem-se:
menos do que o terceiro e uma hora a mais do que o água = 30 L
No 1.º barril:
segundo. Se o primeiro e o segundo tratores trabalha- vinho = 0
rem juntos, a operação pode ser feita em 1 hora e 12 água = 0
minutos. Quanto tempo gastariam os 3 tratores, juntos, No 2.º barril:
vinho = 20 L
para arar um campo idêntico?
Depois da primeira troca, tem-se:
Análise água = (30 – x) L
Se, para efetuar um trabalho, gastam-se 3 horas, em uma No 1.º barril: vinho = x L
​ 1 ​desse trabalho. Assim, se, para efetuar um
hora faz-se __ ​  x  ​
fração de vinho = ___
3 30
trabalho, gastam-se x horas, em uma hora faz-se __ ​ 1x ​ des- água = x L
se trabalho.
No 2.º barril: vinho = (20 – x) L
​ 20 – ​
fração de vinho = _____ x
Solução 20
Se o terceiro trator gasta sozinho x horas, tem-se: ( parte
​ Lembre-se: fração = ____
​   ​  ​
todo )
1. Tempo gasto pelo primeiro trator : (x – 2) horas
A partir da primeira troca, as quantidades de vinho perma-
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

2. Tempo gasto pelo segundo trator : tempo gasto pelo necem inalteradas em cada barril. Então, as quantidades
primeiro trator, menos 1 hora : (x – 3) horas. de vinho trocadas são iguais:
Observe: Se o primeiro trator gasta uma hora a mais do Vinho que sai do 1.º barril = Vinho que sai do 2.º barril. As-
que o segundo, então o segundo gasta uma hora a menos sim, obtém-se:
do que o primeiro.

(
3. 1h e 12 minutos = ​ 1 + ___ ) ​ 6 ​ h
​ 12 ​  ​h = __
​  x  ​· x = ​ ​ _____
___
30 20 (
20 – ​ x ​· x
)
60 5
Uma vez que x é diferente de zero, tem-se:
​  1  ​
4. Em uma hora de trabalho, o primeiro trator realiza ____
x –2
​  1  ​, e os dois, juntos, fazem
do serviço, o segundo faz ____
__ ​ 20 – ​x ⇒ x = 12
​  x  ​ = _____
x–3 3 2
__ ​ 5 ​. Assim:
​  1 ​ = __ Resposta: 12 litros
​ 6 ​ 6
__
5
21
DIAGRAMA DE IDEIAS

EQUAÇÕES DO 1.º GRAU

• X É UMA INCÓGNITA
CONHECIMENTOS
PRÉVIOS: 1+x=3 • TODA EQUAÇÃO TEM UM
CONJUNTO SOLUÇÃO.
• OPERAÇÕES BÁSICAS 1.º MEMBRO 2.º MEMBRO
• FRAÇÕES
• 2 É A RAIZ QUE TORNA A
IGUALDADE ENTRE
• DISTRIBUTIVAS
EQUAÇÃO UMA SEN-
OS MEMBROS
TENÇA VERDADEIRA.

• DAS TORNEIRAS VOLUME VERSUS TEMPO


PROBLEMAS • DAS LOJAS DECRÉSCIMOS SUCESSIVOS
CLÁSSICOS • DAS IDADES ORGANIZAÇÃO DE TABELAS: IDADE VERSUS TEMPO
• DA ÁGUA E DO VINHO MISTURA
• DOS TRATORES EXECUÇÃO DE TRABALHO VERSUS TEMPO

EXIGE UMA ORGANIZAÇÃO NÃO POSSUEM UMA


LEITURA ATENTA NAS SOLUÇÕES FÓRMULA PRONTA
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

22
se tem D < 0, o radical é negativo, e seu resultado para
números reais não pode ser definido.

Modelos
EQUAÇÕES DO 1. Encontre o conjunto solução da equação.
x² – 5x + 6 = 0
SEGUNDO GRAU Determinando os parâmetros, segue:
a=1
b = –5
c=6

MT
Calcula-se primeiramente o discriminante:
AULAS
5E6 D = b2 – 4ac = (–5)2 – 4 · 1 · 6 = 1
Como D > 0, a equação apresentará duas raízes reais dis-
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) tintas: x1 e x2:
5 19, 21, 22 e 23 –b ± d​ XXXXXXX
b2 ​ –(–5) ± d​ XX
– 4ac ​= ​ _________1 ​ 5 ± 1
​ ____________
x =    ​ = _____
​   ​ =
2a 2·1 2

{ ​ 5 + ​
1= 3
1. Equações do segundo grau x1 = _____
     
=  
  
​​ 2  ​  ​
Uma equação de segundo grau pode ser escrita na forma ​ 5 – ​
x2 = ____ 1= 2
2 ​
ax² + bx + c = 0, com a i 0 e a, b e c parâmetros reais.
As equações desse tipo podem apresentar até duas solu- Logo, o conjunto solução é S = {2, 3}.
ções distintas, ou seja, podem existir dois valores reais de
2. Encontre o conjunto solução da equação.
x que satisfaçam a igualdade. É por meio da fórmula de
Bhaskara que as soluções devem ser encontradas: 25 + x² – 10x = 0
Determinando os parâmetros, segue:
– b ± d​ XXXXXXX
x = ____________
b2 – 4ac ​
​      ​ a=1
2a
b = –10
Sendo a, b e c os coeficientes de uma equação do tipo ax² c = 25
+ bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções (denominadas Note que os parâmetros a e b são, respectivamente, os
raízes) x1 e x2 são dadas, então, por: coeficientes de x² e x, e c é o termo independente, não
_______ sendo necessariamente o primeiro, segundo e terceiro
–b + d​ XXXXXXX
b2 ​ e
– 4ac ​ √ 2 – 4ac ​
​ ____________
x1 =   ​​ –b – ​ b  ​​
____________
x2 =   termos da equação.
2a 2a
O termo b2 – 4ac, denominado discriminante, é represen- Identificando o discriminante:
tado pela letra grega delta maiúscula (D). O valor numérico D = b2 – 4ac = (–10)2 – 4 · 1 · 25 = 0
do discriminante indica a quantidade de raízes reais distin-
Como D = 0, a equação apresentará apenas uma raiz real.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

tas da equação: _______ __


–b±√ ​ b ​​
2 –(–10) ± √
​ 0 ​ 10 ± 0
– 4ac ​ = __________
§ Se D > 0 (discriminante positivo), a equação possui ​​ ____________
x =    ​​   ​​ = ​ ______
 ​ = 5
2a 2(1) 2
duas raízes reais diferentes.

§ Se D = 0 (discriminante nulo), a equação possui ape- Logo, o conjunto solução é S = {5}.


nas uma raiz real dupla.
3. Encontrar o conjunto solução da equação x² + x + 1 = 0.
§ Se D < 0 (discriminante negativo), a equação não Determinando os parâmetros, segue:
possui raízes reais.
a=1
Para solucionar uma equação do segundo grau, é neces- b=1
sário calcular a raiz quadrada do discriminante. Quando c=1

23
Calculando o discriminante: 1.1. Condições para o
D = b2 – 4ac = (1)2 – 4(1)(1) = –3 número de raízes reais
O valor numérico do discriminante indica o número de
Como D < 0, a equação não apresenta raízes reais, portan- raízes reais de uma equação de segundo grau. Assim, é
to não é necessário calcular as raízes. possível, caso haja um coeficiente desconhecido, verificar
O conjunto solução é S = Ø. sob quais condições esse parâmetro oferece duas, uma
ou nenhuma raiz real.

VIVENCIANDO

Imagine as seguintes situações: um designer de interiores precisa verificar se os móveis de uma casa estão bem dis-
postos dentro de cada cômodo e um pedreiro precisa confirmar a metragem de uma parede antes de levantá-la. Com
efeito, em todos os momentos em que um cálculo de área for exigido, a equação de segundo grau será a ferramenta
essencial para a resolução do problema.

a=m
Aplicação do conteúdo b = –1
1. Qual deve ser o valor real do parâmetro k para que c=1
a equação 2x² + 4x + k = 0 forneça apenas uma solu- Para que a equação apresente duas raízes reais, o discrimi-
ção real?
nante deve ser positivo:
Resolução:
D = b2 – 4ac > 0
Determinando os parâmetros, segue:
(–1)² – 4 · m · 1 > 0
a=2
b=4 1 – 4m > 0
c=k –4m > –1
Como a equação deve fornecer apenas uma raiz real, o dis-
​ 1 ​
m < __
criminante deve ser nulo: 4
D = b2 – 4ac = 0 ​ 1 ​, a equação apresen-
Logo, se o valor de m for menor que __
4
4² – 4 · 2 · k = 0 tará duas soluções reais distintas.
16 – 8k = 0 Para que a equação não apresente raízes reais, o discrimi-
nante deve ser negativo:
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

–8k = –16
​​ –16 ​​ = 2
k = ____ D = b2 – 4ac < 0
–8
Logo, se ocorrer k = 2 na equação 2x² + 4x + k = 0, haverá (– 1)² – 4 · m · 1 < 0
apenas uma raiz real. Veja que não é preciso calcular a raiz. 1 – 4m < 0
2. Quais os valores de m para que a equação mx² – x + 1 = 0 – 4m < –1
apresente duas raízes reais distintas? E para quais valores
não apresenta raízes reais? ​ 1 ​
m > __
4
Resolução: ​ 1 ​, a equação
Dessa forma, se o valor de m for maior que __
4
Determinando os parâmetros, segue: não apresentará raiz real.

24
1.2. Equações de segundo grau Assim, as raízes são x1 = 0 e x2 = __ ​ 5 ​, ou seja,
4
incompletas
Quando uma equação do segundo grau ax² + bx + c = 0
S = ​ 0, __
4 { }
​ 5 ​  .​

apresenta b = 0 ou c = 0, mesmo sendo possível utilizar 1.3. Soma e produto das raízes de
a fórmula de Bhaskara, existem modos mais eficientes de
encontrar as raízes.
uma equação de segundo grau
Considerando uma equação do segundo grau com
1.2.1. Caso b = 0 ax² + bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções x1 e
Uma equação do tipo ax² + c = 0 pode ser resolvida sem x2 são dadas por:
a utilização da fórmula de Bhaskara. Observe um exemplo: _______ _______
√ 2 – 4ac ​ √ 2 – 4ac ​
​​ – b + ​ b ​​ 
x1 = ____________
   ​​ – b – ​ b ​​.
e x2 = ____________
  
§ Calcule as soluções da equação 2x² – 8 = 0. 2a 2a
Isolando o termo x² em um membro da equação: Sendo S a soma das raízes:
__ __
2x² = 8 _ √ –b – ​√ ​​.
​ ∆ ​ + ________∆​ ä
​​  b +  ​​
S = x1 + x2 = ________
2a 2a
x² = 4 __ __
√ b–√
Como existem dois valores para x, que, quando elevados à ​​ –b + ​ ∆ ​– ​​.
_______________
ä S =    ​ ∆​ ä
2a
segunda potência, resultam no valor 4, as raízes da equa-
ção são x1 = 2 e x2 = –2. Assim, S = {–2, 2}. ä S = – ___ ​ 2b ​= – __a​ b ​.
2a
§ Calcule as soluções da equação x² + 5 = 0.
Logo: S = – __a​ b ​ ä –S = __a​ b ​ .
Isolando o termo x²:
x² = –5 Sendo P o produto das raízes:
__ __
Note que não existe um valor que, elevado ao quadrado, (–b + √​ ∆ ​) (–b –​√∆ ​)
P = x1 · x2 = _______
​​   ​​ · ______
​​   ​​ ä
resulte em um número negativo. Assim, S = Ø. 2a 2a
__ __
(–b)2 – (​√∆ ​)2 b_____
√∆ ​
 ​​ = ​  – 2 ​ ä
2

1.2.2. Caso c = 0 ä P = __________


​​ 
4a2 4a
Caso o termo independente seja nulo, haverá uma equa- b2 – (b2 – 4ac) ___
ção do tipo ax² + bx = 0. Essas equações podem ser resol- ​   ​ = ​ 4ac2 ​ = __a​  c ​
ä P = ___________
4a2 4a
vidas fatorando a expressão:
Logo: P = __a​ c ​ .
ax² + bx = 0 à x (ax + b) = 0
Para um produto ser nulo, um dos fatores deve ser nulo: Substituindo em ax² + bx + c = 0, considerando o coe-
ficiente dominante igual a 1, segue:
x=0
ou x² – Sx + P = 0

​ –b
ax + b = 0 à x = ___
a ​​
Assim, o coeficiente do termo do 1.º grau será a soma das
raízes com o sinal trocado, e o termo independente será o
​ –b
Assim, as raízes são x1 = 0 e x2 = ___
a ​ .
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

produto das raízes.


Observe um exemplo:
Modelo
§ Calcule as raízes da equação 4x² – 5x = 0.
Supondo x1 > x2
Fatorando o primeiro membro da equação:
4x² – 5x = 0 à x(4x – 5) = 0
Para o produto ser nulo, é preciso ter:
x1 = 2
§ Se x2 – 3x + 2 = 0, então ​  
​ ​  ​
x2 = 1 ​ {
x=0
ou
​ 5 ​
4x – 5 = 0 à x = __
4
x1 = 4
§ Se x2 – x – 12 = 0, então ​​   

x2 = –3
 ​​​
​ {
25
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Equações do segundo grau estão intimamente relacionadas às funções do segundo grau estudadas na disciplina
de Física. Um exemplo é a equação horária do espaço s = s0 + v0t + __​​ 1 ​​ at2, para t0 = 0, chamada de “sorvetão”. A
2
resolução desse tipo de problema se torna mais fácil com a aplicação da fórmula de Bhaskara.

1.4. Equações biquadradas Essa equação pode ser resolvida por meio da fórmula de
Bhaskara, resultando em y1 = 4 e y2 = 9.
Quando uma equação do quarto grau possui a forma:
Contudo, como x² = y, segue que:
ax4 + bx² +c = 0 (sendo a i 0)
§ x² = 4, logo x1 = 2 e x2 = –2.
ela é denominada equação biquadrada. Note que a
equação de quarto grau possui somente variáveis com expo- § x² = 9, logo x3 = 3 e x4 = –3.
ente par. Observe alguns exemplos de equação biquadrada:
Assim, o conjunto solução é S = {–2, –3, 2, 3}.
x4 + 2x2 – 1 = 0
2. Encontre o conjunto solução da equação biquadrada
2x4 – 8 = 0
x4 + x2 – 2 = 0.
x4 – 4x2 = 0
Contudo, casos como: Substituindo x² por y, tem-se:
x4 + 2x3 – x2 + 7 = 0 y² + y – 2 = 0
5x4 – 2x2 + x – 1 = 0 Resolvendo a equação de segundo grau, resulta y1 = 1 e
y2 = –2.
não são equações biquadradas, pois possuem coeficientes
não nulos em variáveis de grau ímpar. Retornando à variável x, chega-se a:
Esses casos particulares de equações incompletas de quar- § x² = 1, logo x1 = 1 e x2 = –1.
to grau podem ser resolvidos por meio de uma substituição
de variável realizada de modo a reduzir a equação de quar- § x² = –2 (não há valores reais de x que satisfaçam
to grau a uma de segundo grau. essa igualdade)

Considere a equação ax4 + bx² + c = 0, com a i 0. Subs- Assim, o conjunto solução é S = {–1, 1}.
tituindo x² por y, resulta: 3. Encontre as raízes da equação x4 – 16 = 0.
x4 = (x²)² = (y)² = y² Realizando a substituição x² = y, tem-se:
Logo, a equação na variável y é:
y² – 16 = 0
ay² + by + c = 0
y² = 16
Como já visto, essa equação possui as raízes:
y = ± 4, ou seja, y1 = 4 e y2 = –4.
dXXXXXXX dXXXXXXX
​ –b + ​ b ​ e
– 4ac ​ ​ –b – ​ b ​
– 4ac ​.
2 2
y1 = ____________ y2 = ____________
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

      Como x² = y, retornando a equação à variável x, segue que:


2a 2a
_
No entanto, como x² = y, segue que x = ± √
​​ y ​​ , logo: § x² = 4, logo x1 = 2 e x2 = –2.
__ __
x1 = √
​​ y1 ​​​ x2 = – √
​​ y1 ​​ § x² = –4 (não há valores reais de x que satisfaçam essa
__ __
x3 = √
​​​ y2 ​​​ x4 = – √
​​ y2 ​​ ​ igualdade)
Assim, o conjunto solução é S = {–2, 2}.
Modelos
1. Resolva a equação x4 – 13x² + 36 = 0.
Substituindo x² por y, tem-se:
y² – 13y + 36 = 0

26
DIAGRAMA DE IDEIAS

EQUAÇÕES DO 2.º GRAU

CONHECIMENTOS
PRÉVIOS:
• FATORAÇÃO ax² + bx + c = 0 x= - b +- b² - 4ac
• PRODUTO NOTÁVEL com a ≠ 0 2a
• POTENCIAÇÃO
E RADICIAÇÃO

DISCRIMINANTE

0 há 2 raízes reais e distintas

= b² - 4ac Se =0 há 2 raízes reais e iguais

0 não há raízes reais

VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

27
A representação por extensão pode ser aplicada para con-
juntos infinitos ou finitos, mesmo que o número de ele-
mentos seja muito grande. Veja:

§ Conjunto dos números ímpares positivos:


TEORIA DOS B = {1, 3, 5,...} é conjunto infinito

CONJUNTOS § Conjunto dos números pares positivos menores


que 400:
C = {2, 4, 6,..., 398} é conjunto finito
Também é possível representar um conjunto por meio de
uma figura chamada diagrama de Euler-Venn.

MT AULAS
7E8
Por exemplo, um conjunto A = {0, 2, 4, 6, 8} pode ser repre-
sentado pelo seguinte diagrama:

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
1, 5 e 6 1, 2, 5, 21, 22, 23 e 25

1. Teoria dos conjuntos


Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência de Nos casos em que é dada uma propriedade característica
elemento ao conjunto são definidos como primitivos, dos elementos de um conjunto, afirma-se que o conjunto
isto é, são aceitos sem definição. está representado por compreensão. Observe:
Não obstante, a noção de conjunto pode ser compreendi-
da intuitivamente como um agrupamento de elementos.
Observe os exemplos a seguir:
§ conjunto dos números naturais menores que 10;
§ conjunto das letras do alfabeto;
1.1. Relações de pertinência
§ conjunto dos números pares; Quando o objetivo é indicar que um determinado elemento
x faz parte de um conjunto A, afirma-se que o elemento x
§ conjunto dos dias de uma semana;
pertence ao conjunto A, relação que é simbolizada da
§ conjunto dos números primos; seguinte maneira:
§ conjunto dos números inteiros negativos;
x [A
§ conjunto dos polígonos regulares.
É possível representar um conjunto nomeando seus elemen- Do mesmo modo, se o objetivo é indicar que um elemento
tos um a um e organizando-os entre chaves e separados por x não pertence a um conjunto A, a representação é:
vírgulas. Nesse modelo, o conjunto está representado por
extensão. Por exemplo, pode-se representar o conjunto A x ÓA
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

dos números naturais menores que 10 da seguinte maneira:


As relações de pertinência [ e Ó relacionam um ele-
A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}
mento a um conjunto.
Assim, está indicado que os elementos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,
Considere o conjunto A = {1, 2, 3, 4, 5}. É possível realizar
7, 8 e 9 pertencem ao conjunto A.
as seguintes afirmações:
Atenção: As chaves são utilizadas para representar con-
juntos. Ou seja, a e {a} são diferentes: § 1 [A
(Lê-se: o elemento 1 pertence ao conjunto A)

§ 6 ÓA
(Lê-se: o elemento 6 não pertence ao conjunto A)

28
1.2. Relações de inclusão É possível, em alguns casos, tratar conjuntos como elemen-
tos de um outro conjunto. Veja:
Para relacionar dois conjuntos, são utilizadas as relações
de inclusão. Se todo elemento de um conjunto B perten- A = {1, 2, 3, {3}}
ce a outro conjunto A, afirma-se que o conjunto B está
contido no conjunto A. Essa relação é simbolizada da se- Nesse caso, o conjunto A é formado pelos algarismos 1,
guinte maneira: 2 e 3 e por um conjunto que contém o algarismo 3. Dessa
forma, é possível escrever:
B ,A
{3} [ {1, 2, 3, {3}}
Caso algum elemento de B não pertença ao conjunto A, O conjunto unitário {3} é tratado como sendo um elemen-
o conjunto B não estará contido em A. Essa relação é to do conjunto A.
simbolizada da seguinte maneira:

B ÷A
1.3. Igualdade de conjuntos
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos
As relações de inclusão , e ÷ relacionam dois conjuntos. elementos. Caso dois conjuntos A e B sejam iguais, a indi-
cação será A = B.
Considerando os conjuntos A e B representados pelo dia-
grama de Venn, tem-se: A negação da igualdade é indicada por A i B (A é dife-
rente de B). Isso quer dizer que um desses conjuntos possui
pelo menos um elemento que não pertence ao outro.
Observe que, se A , B e B , A, então A = B.

1.4. Conjunto universo


Em diversas situações, é importante estabelecer o con-
junto U, ao qual pertencem os elementos de todos os
conjuntos considerados. Esse conjunto é denominado
conjunto universo.
Por exemplo, ao tratar da população humana, o conjunto
universo é constituído de todos os seres humanos.
Para descrever um conjunto A por meio de uma proprieda-
de característica p de seus elementos, é preciso mencionar,
de modo explícito ou não, o conjunto universo U no qual
Atenção: As relações de pertinência sempre relacionam se está trabalhando:
um elemento a um conjunto, e as relações de inclusão rela-
cionam dois conjuntos. Observe os exemplos: A = {x [ U | x tem a propriedade p}

§ 1 , {1, 2, 3} ou

Errado – a relação de inclusão “,” relaciona dois con- A = {x | x tem a propriedade p},
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

juntos, e 1 é um elemento.
quando a intenção é se referir a U de modo implícito.
§ {1} , {1, 2, 3}
Correto – o conjunto formado pelo número 1 está conti- 1.5.Conjunto unitário
do no conjunto {1, 2, 3}. O conjunto que possui um único elemento é chamado de
conjunto unitário.
§ {2} [ {1, 2, 3}
Considere, por exemplo, o conjunto P = { x | x é um número
Errado – o elemento {2} não pertence ao conjunto {1, 2, 3}.
primo par e positivo}.
§ 2 [ {1, 2, 3} O único número primo par e positivo é 2. Assim, P é um
Correto – o elemento 2 pertence ao conjunto {1, 2, 3}. conjunto unitário e é possível escrever P = {2}.

29
1.6. Conjunto vazio Observe que o elemento 4 pertence a A, mas não pertence
a B. A indicação é:
O conjunto que não possui elementos é chamado de con-
A ÷ B (A não está contido em B)
junto vazio. Observe:
B À A (B não contém A)
Se A for o conjunto dos números primos menores que 2,
esse conjunto não possuirá elemento, pois não há número O símbolo ÷ significa “não está contido”, e À significa
primo menor que 2. “não contém”.
O conjunto vazio é representado por { } ou Ø. Um conjunto A é subconjunto do conjunto B quando todo
Note que, como o símbolo Ø já representa um conjunto, elemento de A também pertence a B.
para representar um conjunto vazio é possível escrever { }
ou Ø, mas não {Ø}. Lembre-se:
Se A , B e B , A, então A = B.
1.7. Subconjuntos
Os símbolos ,, ., ÷ e À são aplicados para relacio-
Os conjuntos A e B são também representados por diagrama: nar conjuntos.
Para todo conjunto A, tem-se A , A. Para todo con-
junto A, tem-se Ø , A, em que Ø representa o con-
junto vazio.

2. Operações
2.1. União de conjuntos
Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Agora, considere um conjunto C, formado pelos elementos
A = {1, 3, 7} e B = {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8} que pertencem a A, a B ou a ambos:
É possível notar que qualquer elemento de A também per-
tence a B. Nesse caso, afirma-se que A está contido em B
ou A é subconjunto de B.
A indicação é: A , B (A está contido em B). O conjunto C é denominado união de A e B.
Esse símbolo significa “está contido”. A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por
Também é possível dizer que B contém A. todos os elementos que pertencem a A ou a B.

A indicação é: B . A (B contém A) A união de A e B é indicada por A < B (A união B).


O símbolo < significa "união" ou "reunião".
Esse símbolo significa “contém”.

Caso exista ao menos um elemento de A que não pertença 2.1.1. Propriedades da união
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

a B, afirma-se que A não está contido em B ou que B não


contém A. Exemplo: P1 A < A = A (idempotente)
P2 A < Ø = A (elemento neutro em relação
A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {1, 2, 6}
à união)
P3 A < B = B < A (comutativa)
P4 (A < B) < C = A < (B < C) (associativa)

Modelos
1. Determine a união dos conjuntos A = {0, 2} e B = {x [ N
| x é impar e 0 < x < 6}.

30
A união dos conjuntos A e B é: Modelo
1. Em cada caso a seguir, determine A > B e crie a repre-
sentação em diagrama.
a) A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}
Por diagrama, tem-se: b) A = {0, 2} e B = {1, 3, 5}
Do enunciado:
a)
ä

Em diagrama:
Observe que os conjuntos A e B não possuem elementos
comuns.
2. Determine a união dos conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B =
{3, 4, 5, 6}.
A união entre os conjuntos A e B pode ser representada
pelo diagrama de Venn da seguinte maneira:

b)

Assim, A < B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.

2.2. Interseção de conjuntos


Note que não há elementos em comum entre A e B. Devido
Sejam os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {0, 1, 2, 3, 4}. a isso, a interseção desses conjuntos é vazia. Quando
Observe como determinar um conjunto C formado pelos A > B = Ø, os conjuntos A e B são denominados disjuntos.
elementos que são comuns a A e a B, ou seja, os elementos
que pertencem a A e também pertencem a B. 2.3. Diferença de conjuntos
Considere os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5} e B = {2, 4, 6, 8}.
Agora, considere um conjunto C formado pelos elemen-
tos que pertencem a A, mas que não pertencem a B:
O conjunto C é denominado interseção de A e B.
A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto
formado pelos elementos que são comuns a A e a B. O conjunto C é a diferença de A e B.
A interseção de A e B é designada por A > B (A inter B). A diferença de dois conjuntos A e B é o conjunto dos ele-
A > B = {x | x [ A e x [ B} mentos que pertencem a A, mas que não pertencem a B.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

O símbolo > significa interseção. A diferença de A e B é indicada por A – B (A menos B).


A – B = {x | x [ A e x Ó B}
2.2.1 Propriedades da interseção Em diagrama:
amarelo
P1 A > A = A (idempotente)
P2 A > U = A (elemento neutro em relação
à interseção)
P3 A > B = B > A (comutativa)
P4 (A > B) > C = A > (B > C) (associativa)

31
Se B , A, a diferença A – B denomina-se complementar à (equivalente) ' (existe ao menos um)
de B em relação a A e é indicada por C​ AB.​ ` (e) (não existe)
~ (ou) 5 (igual)
C​ AB​= A – B . (maior que) Þ (diferente)
, (menor que) < (aproximadamente)
Por exemplo, se B = {2, 3} e A = {0, 1, 2, 3, 4}, então C​ AB​ =
A – B = {0, 1, 4}.
Em diagrama: 4. Número de elementos em
um conjunto A: n(A)
O número de elementos contidos no conjunto A é repre-
sentado por n(A). Observe:
A = {x | x representa os dias de uma semana} ä n(A) = 7

Lembre-se:
O complementar de B em relação a A é o que falta para o
conjunto B ficar igual ao conjunto A. Assim, o complementar § Conjunto unitário
de B em relação a A só está definido se, e somente se, B , A. A = {x | x é dia da semana que começa com a letra D}
A = {domingo} ä n(A) = 1
Aplicação do conteúdo § Conjunto vazio
1. Se A = {4, 5, 6, 7}, B = {5, 6} e E = {5, 6, 8}, determine: A = {x | x é dia da semana que começa com a letra M}
a) C​  ​
B
A A = { } ou Ø ä n(A) = 0
b) B–E
§ Conjuntos finitos e infinitos
Resolução:
A = {2, 3, 4} ä n(A) = 3 ä A é finito
a) C​ AB​= A – B = {4, 5, 6, 7} – {5, 6}
C​ AB​= {4, 7} B = {2, 3, 4,...} ä B é infinito

§ Conjuntos iguais
A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 2, 3, 3} e
C = {x | x [ N e 1 ø x ø 3}
A = B = C, em todos os casos, n(A) = n(B) = n(C) = 3.

b) B – E = {5, 6} – {5, 6, 8} 5. Conjuntos disjuntos


B–E=Ø
Dois conjuntos A e B, não vazios, são disjuntos se não pos-
suírem elementos comuns.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Veja: A > B = Ø

3. Principais símbolos lógicos 6. Resumo


| (tal que) [ (pertence) 6.1. Pertinência e inclusão
ù (interseção) Ó (não pertence)
ø (união) . (contém) § de elemento para conjunto
? (qualquer que seja) À (não contém)
'! (existe um único) , (está contido) [ Ó
ä (implicar) ÷ (não está contido) (pertence) e (não pertence)

32
§ de subconjunto para conjunto
Lembre-se
, ÷ 1. O conjunto vazio está contido em qualquer conjun-
(está contido) e (não está contido) to A, isto é, Ø , A, ?A.
2. Qualquer conjunto é subconjunto de si mesmo, isto
§ de conjunto para subconjunto é, A , A, ?A.
3. Chama-se subconjunto próprio de um conjunto
. À A qualquer subconjunto de A que seja diferente de
(contém) e (não contém) A. Simbolicamente, B é subconjunto próprio de A se
B ⊂ A e B ∙ A.
A é subconjunto de B.
A , B lê-se: “A está contido em B”.
Aplicação do conteúdo
A é parte de B.
1. Quantos subconjuntos possui o conjunto A = {a, b, c}?
Modelo Resolução:
Sendo A = {1, {1}, 2, 3}, de acordo com as afirmações: Em primeiro lugar, registre todos os subconjuntos de A:
§ 1 [ A (verdadeiro) Ø; {a}; {b}; {c}; {a, b}; {a, c}; {b, c}; {a, b, c}.
§ {1} [ A (verdadeiro)
Há, portanto, 8 subconjuntos. Analisando o que acontece
§ {1} , A (verdadeiro)
com os elementos, em relação aos subconjuntos, é possível
§ Ø [ A (falso)
dizer que cada um deles pode ou não aparecer. Então, para
§ Ø Ó A (verdadeiro) o elemento a, há duas possibilidades quanto à sua presen-
§ 2 , A (falso) ça no subconjunto (aparecer ou não aparecer). O mesmo
§ 2 [ A (verdadeiro) acontece com os elementos b e c. Assim, segundo o prin-
§ {2} ÷ A (falso) cípio fundamental da contagem ou princípio multiplicativo
na análise combinatória, tem-se:

7. Números de subconjuntos
Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e so-
mente se, todo elemento de A pertence também a B.
Com a notação A , B indicamos que “A é subconjunto de
B” ou “A é parte de B” ou “A está contido em B”. 2. Quantos subconjuntos possui um conjunto A com
n elementos?
A negação de A , B é indicada por A ÷ B, que se lê: “A
Resolução:
não está contido em B” ou “B não contém A”.
Conforme explicado no exemplo anterior, cada elemento de
A indicação simbólica é: A , B à (?x, x [ A ä x [ B).
A pode ou não estar presente num determinado subconjun-
to C, devido ao fato de A ter n elementos. Dessa forma:
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Portanto: n.° de subconjuntos = 2 · 2 · 2 ... 2


n vezes
Com isso: n° de subconjuntos = 2n

Modelos 8. Conjuntos das partes


§ {1, 2} , {1, 2, 3, 4}
de um conjunto
§ {5} , {5, 6}
Considere o conjunto A = {1, 2, 3}, que tem os seguintes
§ {1, 2, 3} ÷ {4, 5, 6} subconjuntos:

33
§ o conjunto vazio; Modelo
§ os conjuntos de um elemento: {1}, {2} e {3}; Determine quantos elementos tem o conjunto das partes
§ os conjuntos com dois elementos {1, 2}, {1, 3} e {2, 3}; do conjunto A, sabendo que A tem 4 elementos.
§ o próprio conjunto A. Se o conjunto A tem 4 elementos, ou seja, n = 4, então
P(A) tem 24 elementos, isto é, P(A) tem 16 elementos.
É denominado conjunto das partes do conjunto A o conjunto
P(A) formado por todos os subconjuntos do conjunto A:
Número de subconjuntos (conjuntos das partes)
P(A) = {Ø, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
Se um conjunto A possui n elementos, então A possui
Observe que o conjunto vazio, o conjunto A e os demais 2n subconjuntos, que podem ser representados por:
subconjuntos de A são elementos do conjunto P(A). n(P(A)) = 2n(A)

É correto, por exemplo, afirmar que {3} [ P(A), mas é in-


correto afirmar que {3} , P(A).
9. Números de elementos da união
8.1. Número de elementos O número de elementos da união de A e B, dado por
do conjunto das partes n(A < B), é calculado por:
Observe o quadro: n(A < B) = n(A) + n(B) – n(A > B)

Número de Modelo
Conjunto Conjunto
elementos Potência
A P(A)
P(A)
Ø {Ø} 1 20

{b} {Ø, {b}} 2 21

{Ø, {b1}, {b2},


{b1, b2} 4 22
{b1, b2}}

{b1, b2, ..., bn,} {Ø, {b1}, {b2}, ..., 8 4


2n 2n
n elementos {b1, b2, ...,bn}}

Para a união de três conjuntos, tem-se:


De modo geral, é possível afirmar que:
n ( A < B < C ) = n(A) + n(B) + n(C) -- n (A > B) --
Se A tem n elementos, então P(A) tem 2n elementos. n (B > C) -- n (A > C) + n (A > C > B).

DIAGRAMA DE IDEIAS

• A É UM CONJUNTO
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

A • 0 • 2
• 0, 2, 4 E 6 SÃO ELEMENTOS A, ISTO É, PERTENCEM A A

• 4 • 6
• 8
• O ELEMENTO 8 NÃO PERTENCE AO CONJUNTO A

34
MATEMÁTICA

TRIGONOMETRIA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
E ARITMÉTICA

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

Todos os conteúdos deste livro são cobra- Produtos notáveis são facilitadores impor-
dos no Enem, com alta incidência. As ques- tantes para resolução de polinômios. Ao
tões serão contextualizadas e podem variar saber os conceitos de razões e proporções,
seu grau de dificuldade. podemos solucionar com facilidade diver-
sas questões dentro das Exatas.

Não faltarão questões abordando os con- Razão e proporção são temas cobrados Trigonometria no triângulo retângulo será
ceitos básicos da trigonometria na prova com grande incidência, em situações do cobrado neste vestibular com questões
da Comvest. Saber utilizar produtos notá- cotidiano, sempre descritos em textos ou contextualizadas. Por meio de gráficos de
veis com agilidade é importante. Trabalhar em gráficos. Já trigonometria no triângulo tabelas, utilizaremos os conceitos de razão
com razão e proporção é fundamental ao retângulo é um assunto cobrado, em sua e proporção para solucionar questões na
resolver questões de exatas. maioria, em geometria. área de Exatas.

Esta prova possui temas próximos ao do Nesse processo seletivo, as questões são Por possuir um vestibular tradicional, exi- O processo seletivo exigirá do aluno um
vestibular da Unesp, logo, toda a abor- contextualizadas com razão e proporção e girá de seu candidato uma boa habilidade grande conhecimento em trigonometria,
dagem deste livro é fundamental para a possuem alto nível de dificuldade. Fatorar e em trigonometria. Questões contextualiza- pois trabalhar com triângulos retângulos
continuidade do estudo, ao longo do ano. agrupar expressões algébricas será exigido das serão cobradas nesse processo seletivo. alinhados a essa área é essencial. Possui
do candidato. também uma alta incidência de questões
sobre razão e proporção.

UFMG
Por meio de situações do cotidiano, a UEL Trigonometria no triângulo retângulo será Esse vestibular apresentará uma questão
exigirá de seu candidato uma boa resolu- cobrado do candidato, em questões de com situação problema aliada ao cotidiano
ção de questões sobre razão e proporção. geometria. Proporções são essenciais para do candidato. Portanto, razão e proporção
É de extrema importância a fatoração e o resolver questões de equação do 1.º grau. é o tema de maior importância neste livro.
conhecimento de produtos notáveis para
questões sobre funções polinomiais.

Devido à similaridade entre as provas da A Unigranrio apresenta um vestibular com Com questões contextualizadas, esse pro-
Uerj e do Enem, os assuntos abordados questões objetivas, que abordam a trigono- cesso seletivo tem alta incidência de razão
neste livro são essenciais para o candida- metria por completo. Logo, o aluno deve e proporção. O candidato também deverá
to. Por meio de figuras planas, gráficos e estar muito esclarecido sobre esse assunto. resolver questões sobre trigonometria, na
tabela, encontraremos questões muito bem área de Exatas.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

contextualizadas.

36
§ a propagação do som no formato de ondas, estudada
por Newton; e
§ a propagação da luz no formato de ondas, estudada
TRIGONOMETRIA por Huygens.
Se θ é um ângulo interno de um triângulo retângulo,
NO TRIÂNGULO define-se:
medida do cateto oposto a θ

RETÂNGULO
sen θ = ______________________
​      ​
medida da hipotenusa

medida do cateto adjacente a θ


cos θ = ________________________
​      ​
medida da hipotenusa

medida do cateto oposto a θ


tg θ = ________________________
​    

MT
medida da cateto adjacente a θ
AULAS
1E2 Razões inversas

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) medida da hipotenusa


cossec θ= _______________________
  
​     ​
medida do cateto a oposto a θ
2 6, 7, 8 e 9

medida da hipotenusa
sec θ = ________________________
​   
   ​
medida do cateto adjacente a θ

1. Razões trigonométricas medida do cateto adjacente a θ


cotg θ = ________________________
​     

no triângulo retângulo
medida do cateto oposto a θ

Aplicando as definições acima, tem-se:


Tri gono metria
(três) (ângulo) (medida)

Todos sabem que, se você deseja ser um físico ou en-


genheiro, deveria ser bom em Matemática. Mais e mais
b
sen θ = __ __a
pessoas estão descobrindo que, se desejam trabalhar a​   ​e cossec θ = b​   ​
0 < sen θ < 1 e 0 < cos θ < 1
em certas áreas da Economia ou Biologia, deveriam re- c __a
cos θ = __
a​   ​e sec θ = ​ c ​ cossec θ > 1 e sec θ > 1
ver sua Matemática. A Matemática penetrou na Socio-
logia, Psicologia, Medicina e Linguística. Sob o nome de tg θ > 0 e cotg θ > 0
​ bc ​e cotg θ = __
tg θ = __ ​ c ​
cliometria, está se infiltrando na História, para sobres- b
salto dos mais velhos.
VIS, Philip J.; KERSH, Reuben. A experiência matemática.
Consequência
Tradução de João Bosco Pitombeira. ^​
Rio de Janeiro: F. Alves, c 1989. 481 p. (Coleção
No triângulo retângulo ABC abaixo, β + γ = 90º, isto é, B ​​​
^
Ciência): The Mathematical experience. e C ​
​​ ​  são complementares.
As razões trigonométricas eram utilizadas pelos egípcios para
resolver problemas de Arquitetura nas construções das pirâ-
mides. A trigonometria era um ramo da Matemática em que
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

os ângulos de um triângulo e as medidas de seus lados eram


relacionados. Com o tempo, o estudo da trigonometria foi
ampliado para outras áreas do conhecimento, solucionando
sen β = __a​ b ​ sen γ = __a​ c ​
problemas específicos e contribuindo indiretamente para as
sen β = cos γ sen γ = cos β
navegações, a Astronomia e agrimensura. Mais tarde, por
cos γ = __a​ b ​ cos β = __a​ c ​
volta dos séculos XVI e XVII, a trigonometria surgiu na Física
para descrever e explicar determinados fenômenos, como:
Assim, em um triângulo retângulo, o seno de um ângulo
§ o movimento periódico dos planetas, trabalhado por Kepler; agudo é igual ao cosseno de seu complemento.
§ o movimento periódico dos pêndulos, trabalhado Com efeito, o nome cosseno se origina de seno do
por Galileu; ângulo complementar.

37
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

A trigonometria no triângulo retângulo é a base para a resolução de exercícios de Física nos tópicos de
estudo de forças com e sem atrito no plano inclinado. Decomposição de vetores, inclinação do plano, coe-
ficiente estático, todos, sem exceção, dependem do conhecimento de trigonometria no triângulo retângulo
para as suas resoluções.

1.1. Razões trigonométricas Substituindo o valor de seno de 30° obtido da tabela:


(valores notáveis) ​ 1 ​ = __
__ y
​   ​ ⇒ y = 1
2 2
θ (graus) sen θ cos θ tg θ cossec θ sec θ cotg θ
Calculando o cateto adjacente a 30º:
d
​ XX
3 ​ d
​ XX
3 ​ 2​dXX
3
30º ​ 1 ​
__ ___ ___ 2 ____ d cateto adjacente ao 30º
cos 30º = __________________
​   ​ ​   ​  ​ ​ 3 ​XX
2 2 3 3 ​    
    ​ .
hipotenusa
___d
​ XX
2 ​ ___d
​ XX
2 ​
45º ​   ​ ​   ​ 1 ​dXX
2 ​ ​dXX
2 ​ 1 Substituindo o valor de cosseno de 30° obtido da tabela:
2 2
dXX
60º ___d
​ XX
3 ​
​   ​ ​  1 ​
__ ​dXX
3 ​
2​dXX
____3 ​
 ​ 2 ___d
​ XX
3 ​
​   ​ ​  ​ 3 ​ ​ = ​ __x  ​ ⇒ x = d​ XX
___ 3 ​
2 2 3 3 2 2
__
Logo, x = √
​​ 3 ​​m e y = 1 m.
2. Calcule a altura de um triângulo equilátero de lado a.
Resolução:

A partir de um triângulo equilátero ABC, tem-se que a al-


tura relativa à base BC é o segmento AP, perpendicular à
multimídia: site base BC, onde P é ponto médio de BC.
Não se esqueça de que, em um triângulo equilátero, as
alturas coincidem com as medianas:
pt.khanacademy.org/math/trigonometry/trigonometry-
-right-triangles

Aplicação do conteúdo
1. Calcule o valor de x e y no triângulo retângulo
ABC a seguir:
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Os ângulos internos de um triângulo equilátero medem


60º. Dessa forma, é possível utilizar a trigonometria no tri-
ângulo retângulo ACP:
cateto oposto AP
sen 60º = _____________
  
​     ​
Resolução: hipotenusa AC
dXX
Observe que o cateto AC é oposto ao ângulo de 30º, ao a​dXX ​ a​ 3 ​
3 ​= 2h ⇒ h = ____  ​
2
passo que o cateto AB é adjacente. Calculando o cateto
oposto ao ângulo dado, tem-se: Portanto, dado um triângulo equilátero de lado a, sua
dXX
cateto oposto ao 30º ​ a​  ​.
altura vale ____ 3 ​
sen 30º = ________________
​        ​ . 2
hipotenusa

38
VIVENCIANDO

Ao estudar e medir a topografia do terreno de interesse, os engenheiros civis utilizam instrumentos como o teodolito,
que se baseia na trigonometria do triângulo retângulo para medir as elevações e desníveis do terreno. Observe um
exemplo prático disso:
1. (PUC) Um determinado professor de uma das disciplinas do curso de Engenharia Civil da PUC solicitou como
trabalho prático que um grupo de alunos deveria efetuar a medição da altura da fachada da Biblioteca Central da
PUC usando um teodolito. Para executar o trabalho e determinar a altura, eles colocaram um teodolito a 6 metros
da base da fachada e mediram o ângulo, obtendo 30º, conforme mostra a figura abaixo. Se a luneta do teodolito
está a 1,70 m do solo, qual é, aproximadamente, a altura da fachada da Biblioteca Central da PUC?

30

6 metros

Dados (sen 30º = 0,5; cos 30º = 0,87 e tg 30º = 0,58)


a) 5,18 m d) 5,11 m
b) 4,70 m e) 5,15 m
tg 30º = h-1,7
c) 5,22 m
6
Resolução: h-1,7 = 6 . tg30º
h = 6.0,58 + 1,7
Considerando h como sendo a altura da fachada da h = 5,18 m
Biblioteca, tem-se:

3. Dado um triângulo ABC, calcule a medida dos três § Triângulo ACH:


lados sabendo
​^​ que a altura relativa
​^​
à base BC é 8, o
ângulo A​​C ​​B é 45° e o ângulo A​​B​​C é 60°. O segmento AH representa o cateto oposto ao ângulo de
45°, portanto é possível calcular o cateto adjacente CH
Resolução: através da tangente de 45°.
cateto oposto a 45º
A figura descrita no problema é: tan 45º = _________________
​   
   ​.
cateto adjacente a 45º
​  8  ​ ⇒ CH = 8
1 = ___
CH
Como AC é a hipotenusa do triângulo ACH, tem-se:

cateto adjacente a 45º


cos 45º = _________________
​        ​ .
hipotenusa
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

dXX
​ ​ 2 ​ ​ = ​​ ___
___ 8  ​​ ⇒ d​ XX ​ 16  ​
2 ​AC = 16 ⇒ AC = ___
2 AC d
​ XX
2 ​
Racionalizando o resultado, tem-se:
Observe que o triângulo ABC não é retângulo. No entanto, dXX dXX
​  16​ 2 ​  ​ = _____
AC = ______ 2 ​ = 8​​√__
​ 16​  ​ 2 ​​
note que a altura sempre é perpendicular à base. d 2 ​ ⋅ d​ XX
​ XX 2 ​ 2
Assim, os triângulos ACH e ABH são retângulos e é possível
calcular seus catetos e hipotenusas.

39
§ Triângulo ABH: Considere uma circunferência de raio unitário com centro
O segmento AH representa o cateto oposto ao ângulo de na origem de um sistema cartesiano de coordenadas:
60°, portanto é possível calcular o cateto BH através da
tangente de 60°.
cateto oposto à 60º
tan 60º = _________________
   ​
​   
cateto adjacente à 60º
​  8  ​ ⇒ BH​dXX
3 ​ = ___
​dXX ​​  8__ ​​ ​
3 ​= 8 ↔ BH = ___
BH ​√3 ​
Racionalizando o resultado, tem-se:
dXX dXX
BH = _______ ​ 8​ 3 ​
​  8​ 3 ​  ​ = ____  ​
d 3 ​ ⋅ d​ XX
​ XX 3 ​ 3

Como AB é hipotenusa do triângulo ABH, tem-se:


Na circunferência, os ângulos são medidos no senti-
cateto oposto à 60º do anti-horário a partir do ponto A, ou seja, os pon-
sen 60º = _______________
​       ​
hipotenusa tos A, B, A’ e B’ equivalem aos ângulos 0º, 90º, 180º
e 270º, respectivamente.
Note que também seria possível utilizar o cosseno, no entan-
Veja como localizar o ângulo de 30º no círculo trigonométrico:
to, como o cateto oposto AH mede 8, e o cateto adjacente
dXX
​ 8​  ​
mede ____ 3 ​, o cálculo é mais simplificado ao se utilizar seno.
3
dXX
​ ​ 3 ​ ​ = ___
___ ​  8  ​ ⇒ AB​dXX ​ 16 ​
3 ​= 16 ⇒ AB = ___
2 AB d
​ XX
3 ​
Racionalizando o resultado, tem-se:
dXX dXX
​  16​ 3 ​  ​ = _____
AB = ______ ​ 16​  ​
3 ​
​ 3 ​ ⋅ ​ 3 ​
d XX d XX 3
Portanto, tem-se:
dXX
​ 16​  ​
AB = _____ 3 ​
3
AC = 8​dXX
2 ​
dXX
​ 8​ 3 ​
CB = CH + BH = 8 + ____  ​
3 Note que o 30º estabelece um ponto P na circunferência,
determinando, dessa forma, o triângulo retângulo OBP.

Cada ângulo diferente determina um ponto P distinto


na circunferência. Assim, o seno e o cosseno de um
ângulo são definidos por:
sen θ = ordenada de P
multimídia: vídeo cos θ = abscissa de P
Fonte: Youtube tg θ = _____
​​ sen θ​​ com cos θ ≠ 0
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

cos θ
Trigonometria básica | Geometria
No sistema cartesiano, se a ordenada de P (coordena-
da em y) se encontra “acima” da origem, o seno do

2. Introdução ao ângulo será positivo; por outro lado, se a ordenada


de P se encontra “abaixo” da origem, o seno do ân-
ciclo trigonométrico gulo será negativo. Analogamente, se a abscissa de P
(coordenada em x) se encontra à direita da origem,
Mais adiante, será realizado um estudo aprofundado da o cosseno do ângulo será positivo, enquanto que, se
trigonometria. Entretanto, algumas noções básicas devem a abscissa de P se encontra à esquerda da origem, o
ser abordadas para a resolução de determinados proble- cosseno do ângulo será negativo.
mas em geometria plana.

40
Esses conceitos serão utilizados para calcular o valor do seno, Considerando o triângulo retângulo OPB, tem-se:
cosseno e tangente de um ângulo maior que 90°, que não
se encontra na tabela de ângulos notáveis. Observe onde se ​ BP ​
sen 30º = ___
1
encontra o ângulo de 150° na circunferência trigonométrica:
Assim, a ordenada de P é __ ​ 1 ​e encontra-se acima da origem,
2
portanto, sen 150° = __ ​ 1 ​.
2
Do mesmo modo, calculando a medida do cateto OB:
cos 30º = ___ ​ OB ​
1
d
​​  XX
3 ​ ​ = ​ ___ dXX
___ OB ​ ⇒ OB = ___ ​ ​ 3 ​ ​
2 1 2
dXX
​ ​ 3 ​ ​, pois se encontra à esquerda
Logo, a abscissa de P é – ___
2
​ ​ 3.​ ​
dXX
da origem; portanto, cos 150° = – ___
2

DIAGRAMA DE IDEIAS

HIPOTENUSA
LADO OPOSTO AO
ÂNGULO RETO

CATETO OPOSTO
LADO OPOSTO AO
ÂNGULO

CATETO OPOSTO
SENO =
HIPOTENUSA
CATETO ADJACENTE
CATETO ADJACENTE
LADO PRÓXIMO COSSENO =
HIPOTENUSA
AO ÂNGULO
CATETO OPOSTO
TANGENTE =
CATETO ADJACENTE
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

41
Elemento neutro da
1a = a
multiplicação.
Propriedade distributiva
(a + b)c = ac + bc
da multiplicação.
PRODUTOS
NOTÁVEIS 1.1. Quadrado da soma de dois termos
Considere a expressão (x + y)². Ela representa o qua-
drado da soma de dois termos. Aplicando a propriedade
distributiva, obtém-se:

MT
(x + y)² = (x + y)(x + y) = x(x + y) + y(x + y) = x² + xy
AULAS
3E4 + yx + y² = x² + 2xy + y²
Assim, resulta a seguinte igualdade:
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
(x + y)² = x² + 2xy + y²
5 19 e 21

Utilizando um exemplo numérico, tem-se:

(3 + 5)² = 3² + 2 · 3 · 5 + 5² = 9 + 30 + 25 = 64
1. Produtos notáveis O resultado obtido está correto, pois (3 + 5)² = (8)² = 64.
Alguns produtos são frequentes no cálculo algébrico, como:
Também é possível observar essa relação geometricamen-
te. A partir de um quadrado de lado a, em que são prolon-
Produto da soma pela
(x + y) · (x – y) gados dois lados consecutivos a um comprimento b, de
diferença de dois termos.
modo a obter um quadrado de lado a + b:
Quadrado da soma
(x + y) · (x + y) = (x + y)2 b
de dois termos.
Quadrado da diferença
(x – y) · (x – y) = (x – y)2
de dois termos. a

Por serem frequentes na resolução de problemas, esses a b


produtos são denominados produtos notáveis. Calculando as áreas de cada quadrado e retângulo for-
Contudo, antes de estudá-los, é importante lembrar algu- mados, tem-se:
mas propriedades elementares das operações de adição e ab b2
b
multiplicação da álgebra.
Considere dois números reais a e b:
a a2 ab

Propriedade comutativa
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

a+b=b+a a b
da adição.
É possível, então, calcular a área total (A) de duas maneiras:
Propriedade associativa
a + (b + c) = (a + b) + c 1.ª maneira:
da adição.
Considerando que o quadrado maior possui lados a + b,
0+a=a Elemento neutro da adição.
sua área é dada por A = (a + b)².
Propriedade comutativa 2.ª maneira:
ab = ba
da multiplicação.
Somando todas as áreas no interior do quadrado
Propriedade associativa maior, tem-se:
a(bc) = (ab)c
da multiplicação.
A = a² + ab + ab + b² = a² + 2ab + b²

42
Portanto, conclui-se que: 2.ª maneira:
(a + b)² = a² + 2ab + b² É possível calcular a área desejada subtraindo da área do
quadrado de lado a a área dos retângulos de lados b (a – b)
Modelos:
e quadrado de lado b:
§ (3 + x)² = 3² + 2 · 3 · x + x² = 9 + 6x + x² A = a² – b(a – b) – b(a – b) – b² = a² –2ab + b²
§ (2a + 3b)² = (2a)² + 2 · 2a · 3b + (3b)² = Portanto:
= 4a² + 12ab + 9b² (a – b)² = a² – 2ab + b²
§ (x + 1)² = x² + 2 · x · 1 + 12 = x² + 2x + 1
Modelos:
§ (ab² + 1)² = (ab²)² + 2 · ab² · 1 + 1² == a²b4 + 2ab² + 1
§ (y – 3)² = y² – 2 · y · 3 + 3² = y² – 6y + 9
( ) ( )
​ 1 ​+ x ​ = ​__
​  1 ​ ​ + 2 ∙ __
​ 1 ​ ∙ x + x2 = __
​ 1 ​+ x + x2
2 2
§ ​__
2 2 2 4
§ (3a – 5b)² = (3a)² – 2 · 3a · 5b + (5b)² =
1.2. Quadrado da diferença de dois termos = 9a² – 30ab + 25b²

A expressão (x – y)² representa o quadrado da diferença de § (x – 1)² = x² – 2 · x · 1 +1² = x² – 2x + 1


dois termos. Aplicando a propriedade distributiva, tem-se:
§ (x² – 3y)² = (x²)² – 2 · x² · 3y + (3y)² =
(x – y)² = (x – y)(x – y) = x(x – y) – y(x – y) = = x4 – 6x²y + 9y²
= x² – xy – yx + y² = x² – 2xy + y²
​  x ​– 4 ​ = ​__
​  x ​  ​ – 2 · __
​ x ​· 4 + 42 = __ ​ 8x ​+ 16
​ x  ​ – __
2 2

( ) ()
2
§ ​__
Assim, resulta a seguinte igualdade: 3 3 3 9 3

(x – y)² = x² – 2xy + y² 1.3. Produto da soma pela


diferença de dois termos
Utilizando um exemplo numérico, tem-se:
Por fim, a expressão (x + y)(x – y) representa o produto entre
(6 – 4)² = 6² – 2 · 6 · 4 + 4² = 36 – 48 + 16 = 4
a soma e a diferença entre dois termos. Aplicando a proprie-
O resultado obtido está correto, pois (6 – 4)² = (2)² = 4. dade distributiva, tem-se:

Analogamente ao quadrado da soma, é possível demons- (x + y)(x – y) = x(x – y) + y(x – y) = x² – xy + xy – y² =


trar geometricamente essa identidade a partir de um qua- = x² – y²
drado de lados a – b em que são prolongados dois lados Assim, resulta a seguinte igualdade:
consecutivos a um comprimento b, obtendo, assim, um
quadrado de lado a: (x + y)(x – y) = x² – y²

Utilizando um exemplo numérico, tem-se:


(5 + 3)(5 – 3) = 5² – 3² = 25 – 9 = 16
Novamente, é possível verificar que o resultado obtido está
correto, pois (5 + 3)(5 – 3) = (8)(2) = 16.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Da mesma forma, é possível calcular as áreas dos quadra-


dos e retângulos formados na figura. A área do quadrado
multimídia: site
de lados (a – b) pode ser calculada de duas maneiras:
pt.khanacademy.org/math/algebra2/arithmetic-with-
1.ª maneira:
-polynomials/multiplying-polynomials-review/v/special-
O quadrado possui lado (a – b), portanto a área A é dada -products-of-binomials
por: A = (a – b)²

43
Modelos Resumindo os produtos notáveis vistos, tem-se:

§ (x – 2)(x + 2) = x² – 2² = x² – 4 Produto da soma pela


(x + y)(x – y) = x² – y²
diferença de dois termos
§ (2a + 3b)(2a – 3b) = (2a)² – (3b)² = 4a² – 9b²
Quadrado da soma
§ (y – 1)(y +1) = y² – 1² = y² – 1 (x + y)² = x² + 2xy + y²
de dois termos
§ (x2 + y²)(x² – y²) = (x²)² – (y²)² = x4 – y4 Quadrado da diferença
(x – y)² = x² – 2xy + y²
( )(
​ a  ​– b3 ​ ​ __ ) ( )
​  a  ​+ b3 ​= ​ __
​ a  ​ ​ – (b3)2 = __
​​ a  ​​ – b6
de dois termos
2 2 2 2 4
§ ​__
3 3 3 9

DIAGRAMA DE IDEIAS

QUADRADO DA SOMA

(x+y)² = x² + 2•x•y + y²
QUADRADO MAIS DUAS VEZES O MAIS QUADRADO
1.º TERMO 2.º TERMO
DO 1.º TERMO 1.º VEZES O 2.º DO 2.º TERMO

QUADRADO DA DIFERENÇA

(x-y)² = x² - 2•x•y + y²
QUADRADO MENOS DUAS VEZES O MAIS QUADRADO
1.º TERMO 2.º TERMO
DO 1.º TERMO 1.º VEZES O 2.º DO 2.º TERMO
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

44
FATORAÇÃO A área do retângulo maior pode ser calculada por:
Aretângulo maior = base × altura = a · (x + y)

Como é possível observar, esse mesmo retângulo está de-


composto em dois retângulos menores, cujas áreas são ax
e ay. Assim, a área do retângulo maior também pode ser

MT
calculada pela soma dessas áreas:
AULAS
5E6 Aretângulo maior = ax + ay

Dessa forma, a área do mesmo retângulo foi calculada de


COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
duas maneiras diferentes, o que demonstra a propriedade
5 19 e 21
distributiva em relação à adição algébrica. Observe:
a(x + y) = ax + ay

1. Introdução Assim, quando, numa soma ou subtração, há um


mesmo fator em comum nas parcelas, é possível co-
Fatorar uma expressão significa transformá-la em fa- locá-lo em evidência.
tores de um produto. Veja:
Modelos
x² – 5x + 6 = (x – 2)(x – 3) 1. Fatore a expressão 2x + 2y.
Forma não fatorada Forma fatorada
 esse caso, é fácil identificar o fator em comum: 2. Como
N
Apesar de as expressões x² – 5x + 6 e (x – 2)(x – 3) serem está sendo realizado o processo inverso da propriedade
equivalentes, a segunda está representada como uma mul- distributiva da multiplicação, pode-se dividir cada termo
tiplicação de fatores (x – 2) e (x – 3). pelo fator comum para encontrar a forma fatorada:
Muitas vezes, para simplificar uma expressão algébrica, é
preciso fatorá-la, ou seja, escrevê-la em forma de produto. ( 2y
)
​ 2x ​ + ​ __ ​  ​= 2(x + y)
2x + 2y = 2 ​ __
2 2
No exemplo dado, é possível simplificar assim: Para verificar se a fatoração está correta, é aplicada a pro-
priedade distributiva e comparada com a expressão origi-
​  x – 5x + ​
6, com x ≠ 3
2
_________ nal.
x–3
2. Fatore a expressão 10a + 15b.
Como foi visto, x² – 5x + 6 = (x – 2)(x – 3). Substituindo na
Nesse caso, o fator comum não aparece explicitamente em
expressão, tem-se:
nenhum dos termos. No entanto, é possível expressar os
coeficientes por meio de produtos. Observe:
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

(x – 2)(x – 3)
​ x – 5x + ​
6 = ​ __________
2
_________  ​= x – 2
x–3 x–3 10a + 15b = 5 · 2a + 5 · 3b
Nesta aula serão abordadas algumas formas de se fatorar Assim, fica claro que o fator comum é o número 5. Portanto:
uma expressão algébrica.
(
10a ​ + ___
10a + 15b = 5 ​ ​ ___
5 )
​ 15b ​  ​= 5(2a + 3b)
5
1.1. Fator comum em evidência 3x + 6y
3. Simplifique a expressão ______
​   ​ .
Em geral, todos os casos de fatoração têm por base a pro- 3
priedade distributiva, propriedade conhecida pelos antigos Fatorando o numerador 3x + 6y, segue que 3x + 6y equi-
gregos por meio da geometria, mais especificamente por vale a 3x + 2 · 3y. Assim, o fator comum é o número 3,
meio do cálculo das áreas: portanto:

45
3x + 6y = 3 ​ __(3
6y
3 )
​  3x ​ + ​ __ ​  ​= 3(x + 2y) Contudo, destacando o fator –by, mudam-se os sinais
dos termos do grupo, deixando-os iguais aos sinais do
Substituindo o valor encontrado na expressão: primeiro grupo.
3x + 6y _______
______ 3(x + 2y) 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 =
​   ​= ​   ​= x + 2y
3 3 ax(2x + 3y) – by(2x + 3y)
1.º grupo 2.º grupo
4. Fatore a expressão x³ – 2x.
2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y)(ax – by)
O termo x³ pode ser escrito como x · x², assim:
x³ – 2x = x · x² – 2x Então, 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y)(ax – by).
3. y3 – y2 + y – 1
Note que o fator comum é x, logo:
Tem-se:
(
​  x³
x³ – 2x = x ​ __ __
)
2x
x ​ – ​  x ​  ​= x(x² – 2)
y3 – y2 + y – 1
1.º grupo 2.º grupo
5. Fatore a expressão a²b³ + a³b4 + ab.  o segundo grupo, pode-se colocar em evidência o fator 1
N
Reescrevendo os dois primeiros tem-se: ou –1. Para deixar os sinais iguais aos do primeiro grupo,
utiliza-se o 1.
a²b³ = ab · ab²
Já no primeiro grupo, coloca-se em evidência y2. Observe:
a³b4 = ab · a²b³
y3 – y2 + y – 1 = y2(y – 1) + 1 · (y – 1)
Substituindo na expressão, tem-se: 1.º grupo 2.º grupo
y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1)
ab · ab² + ab · a²b³ + ab, logo, o fator comum é ab:

(
​  a b ​ + ____
​ a b ​ + __ )
​ ab ​  ​ = Então, y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1).
2 3 3 4
a²b³ + a³b4 + ab = ab ​ ____
ab ab ab
4. ax + ay – x – y
= ab(ab² + a²b³ + 1)
Tem-se:
ax + ay – x – y = a (x + y) – 1· (x + y)
1.2. Agrupamento 1.º grupo 2.º grupo

Em um polinômio, é possível não existir um fator comum ax + ay – x – y = (x + y)(a – 1)


a todos os seus termos. No entanto, talvez seja possível
fatorá-lo em grupos, fazendo surgir um novo fator comum Então, ax + ay – x – y = (x + y)(a – 1).
aos grupos fatorados. Assim, basta colocar esse novo fator 5. axy + bcxy – az – bcz – a – bc
comum em evidência.
Tem-se:
Modelos axy + bcxy – az – bcz – a – bc =
1.º grupo 2.º grupo 3.º grupo
Fatore os seguintes polinômios:
1. x2 + ax + bx + ab = xy(a + bc) – z(a + bc) – 1(a + bc)

Tem-se: axy + bcxy – az – bcz – a – bc =


Novo fator comum
= (a + bc)(xy – z – 1)
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x2 + ax + bx + ab = x (x + a) + b (x + a)
1.º grupo 2.º grupo Então, axy + bcxy – az – bcz – a – bc = (a + bc)(xy – z – 1).
x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b)
1.3. Diferença de dois quadrados
Assim, x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b).
A partir da propriedade simétrica da igualdade (se a = b,
2. 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 então b = a), pode-se afirmar que:
Tem-se: se (x + y)(x – y) = x2 – y2, então x2 – y2 = (x + y)(x – y)
2ax + 3axy – 2bxy – 3by
2 2
Considerando que esse binômio é composto pela diferença do
1.º grupo 2.º grupo
quadrado de dois termos, pode-se fatorá-lo facilmente escre-
No segundo grupo, pode-se destacar o fator –by ou +by. vendo-o como produto da soma pela diferença desses termos.

46
Modelos quadrado perfeito, ou seja, pode ser reduzido a uma
das seguintes formas:
Fatore os seguintes polinômios:
1. x2 – 9 = (x + 3)(x – 3) a2 + 2ab + b2  ou  a2 – 2ab + b2

(3)2 Esses resultados são produtos notáveis.


(x)2
§ O primeiro é quadrado da soma:
2. 16a4 – 25b2 = (4a2 + 5b)(4a2 – 5b) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2.
(5b)2
§ O segundo é o quadrado da diferença:
(4a2)2 (a – b)2 = a2 – 2ab + b2.

Utilizando a propriedade simétrica da igualdade (se x = y,


36x²y4 121a4 ____
3. _____
​   ​ – _____
25 16 5 (
6xy² 11a² ____
​   ​= ​ ​   ​ + ____
6xy² 11a²
​   ​  ​ ​ ​   ​ – ____
4 5 )(
​   ​  ​
4 ) então y = x), pode-se afirmar que um trinômio quadrado
perfeito tem uma das seguintes formas fatoradas:

( )
2
​  11a ​  ​
2
​____ a2 + 2ab + b2 = (a + b)2  
4
ou
( )
2
6xy2 a2 – 2ab + b2 = (a – b)2
 ​____
​   ​  ​
5
4. (7x + 3y)2 – 16a2 =
Modelos
(4a)2
Verifique se os trinômios a seguir são quadrados perfeitos
= [(7x + 3y) + 4a] · [(7x + 3y) – 4a] =
e, caso sejam, fatore-os.
= (7x + 3y + 4a) · (7x + 3y – 4a) 1. x² + 4x + 4

5. (3a + 2b)2 – (3a – 2b)2 = Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, tem-se:
= [(3a + 2b) + (3a – 2b)] · [(3a + 2b)
– (3a – 2b)] = [6a][4b] = 24ab

6. (x + 2y)2 – (2x – y)2 = [(x + 2y) + (2x – y)] · [(x + 2y) –


(2x – y)] = (3x + y) · (3y – x) Caso 2ab seja igual ao termo 4x, o trinômio é quadrado
perfeito:
7. 1 – (x2 – 1)2 =
2ab = 2 · x · 2 = 4x
(1)2 (logo, x² + 4x + 4 é quadrado perfeito)
= [1 + (x2 – 1)] · [1 – (x2 – 1)] = Agora, fatorando o trinômio, obtém-se:
= x · [2 – x ]
2 2
x² + 4x + 4 = (x + 2)²

2. 4x² + 4x + 25
2. Trinômio quadrado perfeito Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, tem-se:
Um monômio é quadrado perfeito, assim como os núme-
ros quadrados perfeitos, quando ele é igual ao quadrado
de outro monômio. Dessa forma, todo monômio quadra-
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do perfeito, não nulo, tem expoentes pares.


São exemplos de monômios quadrados perfeitos:
__
​  1  ​ x8 = ​ __ ( )
​ 1 ​x4 ​ e 5x² = (​x√ Como 20x ≠ 4x, o trinômio não é quadrado perfeito.
2
9m4x² = (3m²x)², ___ ​​ 5 ​​)²
16 4
3. 4x² – 16x + 16
Já o monômio 25x3 não é monômio quadrado perfeito,
Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, tem-se:
uma vez que o expoente da variável não é par.
Todo polinômio com três termos que apresenta dois mo-
nômios quadrados perfeitos (a2 e b2), cujo terceiro termo é
igual a duas vezes o produto das bases desses monômios
quadrados perfeitos, em módulo (±2ab), é um trinômio

47
Como 2ab = 16x, o trinômio é quadrado perfeito, e sua 2. Encontre as raízes e fatore o trinômio 2x² – 8x + 6.
forma fatorada é: Resolução:
4x² – 16x + 16 = (2x – 4)² Como as raízes de um polinômio são os valores de x para
que o polinômio se anule, segue que:
3. Trinômio do segundo grau 2x² – 8x + 6 = 0
Mesmo um trinômio não sendo quadrado perfeito, é pos- Para resolver essa equação, utiliza-se a fórmula de Bhaska-
sível fatorá-lo. Para isso, basta associá-lo a uma equação ra. Primeiramente, é preciso identificar os coeficientes: a =
do 2.º grau e conhecer as suas raízes. Para um trinô- 2; b = –8; c = 6
mio do tipo ax2 + bx + c, a equação associada a ele é
ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0), na qual suas raízes são Calculando o discriminante:
x1 + x2 = – __a​ b ​e x1 · x2 = __a​ c ​. ∆ = b² – 4ac = (–8)² – 4(2)(6) = 16
Manipulando o trinômio ax2 + bx + c, onde a ≠ 0, tem-se: Logo, as raízes são:
ax + bx + c = a ​ x² + __
2
(
​ bx __c
a ​ + ​ a ​  ​ ) –b ± d​ XXXXXXX
b2 ​ –(–8) ± d​ XXX
– 4ac ​= ​ __________
x = ____________
​   
16 ​ 8 ± 4
 ​ = ​ _____
 ​ 
[ ( ) ( )]
​ ba ​ ​x + ​ __
ax2 + bx + c = a ​ x2 – ​ – __ ​ ac  ​  ​  ​ 2a 2(2) 4
​ 8 + ​
x1 = _____ 4=3
4
Substituindo x1 + x2 = – __a​ b ​e x1 · x2 = __a​ c ​, obtém-se:
​ 8 – ​
x2 = ____ 4=1
ax2 + bx + c = a[x2 – (x1 + x2) x + x1x2] = 4
Como x1 = 3, x2 = 1 e a = 2, a forma fatorada do trinômio é:
= a[x2 – x1x – x2x + x1x2] =
2x² – 8x + 6 = 2(x – 3)(x – 1)
= a[x(x – x1) – x2(x – x1)] =
3. Simplifique a expressão ​ x_________
– 3x + ​
2
2
= a[(x – x1)(x – x2)] x–1
Daí, ax2 + bx + c = a(x – x1) ∙ (x – x2) Resolução:
O numerador apresenta um trinômio que, se tiver suas raí-
Note que, se um trinômio for quadrado perfeito e suas
zes conhecidas, é possível fatorar:
raízes forem conhecidas, é possível fatorá-lo dessa for-
ma também. x² – 3x + 2 = 0
∆ = b² – 4ac = (–3)² – 4(1)(2) = 1

Aplicação do conteúdo Logo, as raízes são:

–b ± d​ XXXXXXX
b2 ​ –(–3) ± d​ XX
– 4ac ​= ​ _________ 1 ​ 3 ± 1
1. Fatore o trinômio x² – 5x + 6, sabendo que suas raízes x = ____________
​     ​ = ​ _____ ​ 
2a 2(1) 2
são x1 = 2 e x2 = 3.
​ 3 + ​
x1 = _____ 1=2
2
Resolução:
Como as raízes são conhecidas e se sabe que o coeficiente ​ 3 – ​
x2 = ____ 1=1
2
dominante é 1, tem-se: Portanto, x² – 3x + 2 = (x – 2)(x – 1).
x² – 5x + 6 = a(x – x1) · (x – x2) = Substituindo tem-se:
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(x – 2) (x – 1)
​  x – 3x + ​
2 = ​ ___________
2
= 1(x – 2)(x – 3) = (x – 2)(x – 3) _________  ​= x – 2
x–1 x–1

48
DIAGRAMA DE IDEIAS

CASO O FATOR COMUM NÃO


FATORAR É TRANSFORMAR IDENTIFIQUE O FATOR
TENHA FÁCIL IDENTIFICAÇÃO,
UMA EXPRESSÃO EM COMUM COLOCANDO-O
BUSQUE PRODUTOS NOTÁVEIS
FATORES DE UM PRODUTO EM EVIDÊNCIA
QUE VOCÊ JÁ CONHEÇA

• DIFERENÇA DE DOIS QUADRADOS PROCURE IDENTIFICAR OS PADRÕES DE


• TRINÔMIO QUADRADO PERFEITO FORMAÇÃO DOS PRODUTOS NOTÁVEIS
• TRINÔMIO DO SEGUNDO GRAU PARA CONSEGUIR FATORAR EXPRESSÕES
• ENTRE OUTROS COM MAIS FACILIDADE

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49
2. Conjunto Z+* = N* dos números inteiros positivos
não nulos:
Z+* = N* = {x [ Z | x > 0} = {1, 2, 3, ...}
3. Conjunto Z+ = N dos números inteiros não negativos:
CONJUNTOS Z+ = N = {x [ Z | x ù 0} = {0, 1, 2, 3, ...}
NUMÉRICOS 4. Conjunto Z–* dos números inteiros negativos não nulos:
Z–* = {x [ Z | x < 0} = {–1, –2, –3, ...}
5. Conjunto Z– dos números inteiros não positivos:
Z– = {x [ Z | x ø 0} = {0, –1, –2, –3, ...}

MT AULAS É possível definir os conceitos de divisor e de números


7E8 primos no conjunto dos números inteiros.

COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 1, 3, 4 e 5

1. Conjunto dos números multimídia: vídeo


naturais (N) Fonte: Youtube
O conjunto dos números naturais, cujo símbolo é N, é for- 02. Conjuntos numéricos - Aula 1 - Vídeo 1
mado pelos números 0, 1, 2, 3... O conjunto dos números
naturais é representado por:
N = {0, 1, 2, 3, ...} 2.1. Divisor de um número inteiro
Excluindo-se o zero, obtém-se o conjunto dos números na- Sendo a, b e c números inteiros, afirma-se que a é divisor
turais não nulos, indicado por: de b, caso exista um número inteiro c, de forma que:
N* = {1, 2, 3, ...}, que é um subconjunto de N. ac = b
Os números naturais surgiram com a necessidade de contar
Observe:
objetos. Os conjuntos numéricos subsequentes surgiram à
medida que novas necessidades foram se apresentando, § 5 é divisor de 10, pois 5 · 2 = 10
sendo eles ampliações do conjunto dos números naturais. § 3 é divisor de 12, pois 3 · 4 = 12
§ 4 não é divisor de 9, pois não existe número inteiro c,
2. Conjunto dos números de forma que 4 · c = 9

inteiros (Z) § 2 é divisor de 0, pois 2 · 0 = 0


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São chamados de números inteiros, ou simplesmente intei- § 0 não é divisor de 2, pois não existe número inteiro c,
ros, os números ..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,..., cujo conjunto é de forma que 0 · c = 2
representado pela letra maiúscula Z. § –6 é divisor de 18, pois (–6) · (–3) = 18
Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}.
Note que:
O conjunto dos números inteiros contém o conjunto dos
§ 0 não é divisor de nenhum número.
números naturais.
Nesse conjunto, destacam-se os seguintes subconjuntos: § Todo número é um divisor de 0.

1. Conjunto Z* dos números inteiros não nulos: § 1 é divisor de qualquer número inteiro.
Z* = {x [ Z | x i 0} = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...} § Todo número é um divisor de si mesmo.

50
O conjunto de todos os divisores de um número a é repre- 3.2. Qualquer decimal exato
sentado por D(a):
(numerais que apresentam um número finito
Modelo de algarismos decimais diferentes de zero)
§ D(6) = {–6, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 6} Modelos:
§ D(10) = {–10, –5, –2, –1, 1, 2, 5, 10} ​ 21 ​
§ 2,1 = ___
10
§ D(12) = {–12, –6, –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, 6, 12}
​  –1  ​
§ –0,001 = ____
1000
2.2. Números primos
​​ 3454545
§ 3,454545 = _______  ​​
Um número inteiro p é considerado primo se: 106

D(p) = {-p,-1,1,p}
Nota:
É possível afirmar que um número primo é um número que
possui apenas como divisores os números 1, –1, o oposto 2,1 = 2,10 = 2,100 = 2,1000 = ... é um decimal exato.
e ele próprio. Como foi provado por Euclides, o conjunto
dos números primos é infinito. Observe, a seguir, alguns
números primos em ordem crescente:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53,
3.3. Qualquer fração de numerador
59, 61,... inteiro e denominador inteiro não nulo
Note que: Modelos:
§ O número 1 não é um número primo. ​ 1 ​
§ – __
4
§ O número 2 é o único número primo par.
​  3  ​
§ ___
19
3. Números racionais (Q) ​  2122 ​
§ ____
990
São chamados de números racionais os números que podem
ser expressos na forma __​ a ​, onde a e b são inteiros, e b i 0.
b 3.4 Qualquer decimal periódico
Ou seja, são racionais os números que são razões (quocien-
tes) de dois números inteiros. Simbolicamente, representa-se (numerais formados por infinitos
o conjunto dos números racionais (Q) dessa forma: algarismos decimais que se
Q = ​ x = __​ a ​| a [ Z e b [ Z* ​
{ } repetem periodicamente)
b
São, portanto, números racionais: Modelos:
 3
​ 3 ​ou 0,​3​ = __
§ 0,333... = __ ​   ​(período = 3)
3.1. Qualquer número inteiro. 9 9

§ –0,313131... = – ___ ​ 31 ​ ou – 0,31 = – ___​ 31 ​(período = 31)
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99 99
Modelos
 25
§ 4,1666... = 4,1​6​= ___
​   ​(período = 6)
​ 0 ​
§ 0 = __ 6
1

​ 2 ​
§ 2 = __ 4. Dízima periódica
1
Uma fração irredutível corresponderá a uma dízima perió-
​ –5 ​
§ –5 = ___ dica nos casos em que o denominador apresentar, em sua
1 decomposição em fatores primos distintos, pelo menos um
Os números inteiros podem assumir a forma __​ a ​, em que a fator primo diferente de 2 e 5, pois, dessa forma, o denomi-
b
[ Z, b [ Z* e a é múltiplo de b. nador não será divisor de uma potência de base 10.

51
 3
Modelos Então, 0,​3​ = __
​   ​ [ 
9

§ __​ 7 ​= 2,333... = 2,​3​(período = 3)
3
 Observe que, para obter uma fração correspondente (fra-
§ – ___ ​ 25 ​= –4,1666... = –4,1​6​(período = 6)
6 ção geratriz) ao decimal periódico, é preciso encontrar
___ 56  dois números com a mesma parte decimal e subtrair um
§ ​   ​= 5,090909... = 5,​09​(período = 09)
11 do outro a fim de eliminar as infinitas casas decimais.
Em uma dízima periódica, utiliza-se a seguinte nomenclatura:

§ Período (P): algarismos ou grupos de algarismos que —


b) 2,1434343... ou 2,1​​43​​
se repetem indefinidamente na parte decimal.

§ Parte não periódica (A): algarismos ou grupos de


algarismos que aparecem logo depois da vírgula e que
não se repetem. Uma dízima periódica pode apresentar
ou não parte não periódica. Nesse caso, perceba que são obtidos dois números com
a mesma parte decimal quando, a partir de x, desloca-se
§ Parte inteira (I): algarismos ou grupos de algarismos
para a parte inteira:
que antecedem a vírgula.
1. A parte decimal que não se repete. Para isso, multiplica-
São chamadas de compostas as dizimas periódicas que
-se x por 10 (A tem 1 algarismo):
apresentam parte não periódica; e as que não apresentam
são denominadas simples. 10x = 21,434343...
São exemplos de dízimas periódicas compostas: 2. A parte decimal que não se repete e um período com-
pleto. Para isso, multiplica-se x por 10 · 102 =1 000 (A tem
1 algarismo e P tem 2):
Subtraindo 10x de 1 000x, as partes decimais se anulam
São exemplos de dízimas periódicas simples: 0,333... e e resulta:
1,424242...
Sendo uma dízima periódica um numerador racional (razão
de dois inteiros), como proceder para obter a sua repre-
sentação na forma de fração? Como encontrar a chamada 1 000x – 10x = 2143 – 21 ä
fração geratriz de uma dízima periódica? Para responder a ​ 2143 – ​
ä x =________ 21[ x = ____
​ 2122 ​
essas questões, considere inicialmente os exemplos: 990 990

a) 0,3333... ou 0,​3​ —— 2122
Então, 2,1​​43​​ = ____
​   ​ [ Q.
Fazendo x = 0,3333..., tem-se: 990
Em geral, para se obter a fração geratriz da dízima perió-

dica x = I, APPPP... (ou x = I,A​​P​​) , em que o período P tem
n algarismos, a parte decimal que não se repete (A) tem m
algarismos, e a parte inteira uma quantidade qualquer (I),
Notas: deve-se proceder assim:
§ 10x = 3,33333... foi obtido a partir de x =
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0,3333..., multiplicando-o por 10.

§ Os números 10x = 3,33333... e x = 0,3333... Subtraindo membro a membro essas duas igualdades, as
têm a mesma parte decimal. partes decimais se anulam e resulta:
10m · 10nx – 10mx = IAP – IA ä
Subtraindo x e 10x, as partes decimais anulam-se e ä10m x (10n – 1) = IAP – IA ä
resulta:

​ 3 ​
10x – x = 3 – 0 ä 9x = 3 [ x = __
9 zeros

52
N,Z,Q
Nota: Usando diagramas, é possível representar essa re-
lação assim:




Dessa forma, é possível utilizar a seguinte regra prática
para obtenção da fração geratriz de uma dízima periódica:
​  IAP – IA  ​
___________
I, APPPP... =   
99...9 00...0

n algarismos m algarismos Além do conjunto dos números naturais (N) e dos conjun-
tos dos números inteiros (Z), também são subconjuntos
em que m é a quantidade de algarismos de A e n, a de P.
especiais do conjunto dos números racionais (Q):
Modelos
1. Conjunto dos números racionais não nulos:
§ 0,23666...
Q* = {x [ Q | x i 0}
Observe que P = 6 tem um algarismo e A = 23 tem dois al-
garismos. Assim, o denominador da fração geratriz terá um 2. Conjunto dos números racionais não negativos:
algarismo 9 e dois algarismo 0, enquanto o numerador será
Q+ = {x [ Q | x ù 0}
IAP – IA = 0236 – 023. Daí:

0236 –  ​023 = ___ 3. Conjunto dos números racionais positivos:


0,23666 ... = ​ _________ ​ 213 ​ = ___
​  71  ​
900 900 300 Q*+ = {x [ Q | x > 0}

§ 2,614614614... 4. Conjunto dos números racionais não positivos:


Observe que P = 614 tem três algarismos e A não existe. Q– = {x [ Q | x ≤ 0}
Assim, o denominador da fração geratriz terá apenas três
algarismos 9 (não terá zero), enquanto o numerador será 5. Conjunto dos números racionais negativos:
IAP – IA = 2614 – 2. Daí: Q–* = {x [ Q | x < 0}
​ 2614 – ​
2,6146146146 146 = _______ 2 = ____
​ 2612 ​
999 999
6. Propriedades dos
§ –0,454545... = – ​______
99 ( )
​ 045 – ​ 0 ​= – ___
​ 45 ​= – ___
99
​ 5  ​
11 números racionais
​ 08 – ​0 = __
§ 0,888...= _____ ​ 8 ​ Valem as seguintes propriedades no conjunto dos nú-
9 9 meros racionais:
​ 068 – ​
§ 0,6888... = _______ 06 = ___
​ 62 ​ = ___
​ 31 ​ P1: O resultado da soma de dois números racionais quais-
90 90 45
quer é igual a um número racional.
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​ 13241 – ​
132= _____
§ 1,32414141... =__________ ​ 13109 ​
9900 9900 Modelo
(
​  00013 –  ​ 
§ –0,00133... = – ​___________
  
9000 )
0001​= – ____
​  12  ​ou – ___
9000
​  1  ​
750

5. Subconjuntos P2: O resultado da diferença entre dois números racionais


importantes do conjunto quaisquer é igual a um número racional.
dos números racionais Modelo
Com relação aos conjuntos numéricos N, Z e Q, tem-se a
seguinte relação de inclusão:

53
P3: O resultado da produto de dois números racionais 3. (R – Q) = {irracionais}
quaisquer é igual a um número racional. 4. N , Z , Q , R

Modelo
Nota
Alguns autores usam a notação = (R – Q) = {irracionais}
para representar o conjunto dos números irracionais.
P4: O resultado do quociente de dois números racionais, sen-
do o divisor diferente de zero, é igual a um número racional.
Também é possível visualizar o conjunto dos números reais e
Modelo seus principais subconjuntos por meio do quadro sinóptico:

7. Números
__
irracionais (R - Q)
Números como √ ​​ 2 ​​= 1,4142135..., cuja representação de-
Também merecem destaque os seguintes subconjuntos de R:
cimal é infinita e não periódica, são chamados de núme-
ros irracionais, ou seja, não racionais e, sendo assim, não § R* = {x [ R | x i 0} ä conjunto dos números reais
inteiros nem razão de dois inteiros, mas podem representar não nulos
medidas no mundo real, como a medida da diagonal do
quadrado de lado igual a 1, por exemplo. § R+ = {x [ R | x ù 0} ä conjunto dos números reais
não negativos
Observe outros exemplos de números irracionais:
§ R+* = {x [ R | x > 0} ä conjunto dos números reais
§ 0,1234567891011...
positivos
§ 1,01002000300004000005...
§ R– = {x [ R | x < 0} ä conjunto dos números reais
__
§ ​​√3 ​​ = 1,7320508 não positivos

§ p = 3,141592... § R*– = {x [ R | x < 0} ä conjunto dos números reais


negativos
Esse último exemplo (p = 3,141592...) é o mais famoso
dos números irracionais, pois é a razão entre o compri-
mento de uma circunferência e seu diâmetro (2R): 8.1. Propriedades dos números reais
​  C  ​ = p
___ Valem as seguintes propriedades em relação ao conjunto
2R dos números reais e seus subconjuntos:
__

8. Conjunto dos números reais (R) P1: Se o__número √​​n a ​​, com n [ N* e a [ N, não é inteiro,
então √n​​ a ​​ é irracional.
O conjunto dos números reais () resulta da união dos
§ d​ XX
2 ​ [ (R – Q)
números racionais com os números irracionais. Utilizando
diagramas, é possível representar essa união assim: § 3​dXX
3 ​ [ (R – Q)
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias


 
§ 5​dXX
8 ​ [ (R – Q)

 § 4​dXX
1 ​ Ó (R – Q), pois 4​dXX
1 ​= 1 [ Q

§ 3​dXXX
27 ​ Ó (R – Q), pois 3​dXXX
27 ​= 3 [ Q

§ 9​dXX
0 ​ Ó (R – Q), pois 9​dXX
0 ​= 0 [ Q
P2: O resultado da soma de um número racional com um
No conjunto dos números reais (R), tem-se: número irracional é igual a um número irracional.
1. Q < {irracionais} = R
2. Q > {irracionais} = Ö, isto é, Q e {irracionais} são § 1 + 3,14159265... = 4,14159265...
conjuntos disjuntos. Racional    Irracional     Irracional

54
P3: O resultado da diferença entre um número racional e
um número irracional, em qualquer ordem, é igual a um
número irracional.

§ 1 – 3,14159265... = – 2,14159265...
Racional Irracional    Irracional

P4: O resultado do produto de um número racional não nulo multimídia: Livros


por um número irracional é igual a um número irracional.

§ 2 · ​ dXX 4 ​· d​ XX


3 ​ = ​dXX 3 ​= d​ 4XXXX
· 3 ​=​d12 ​
XXX
Malba Tahan - O Homem que Calculava
Racional Irracional        Irracional
O Homem que Calculava, de Malba Tahan, mostra as
P5: O resultado do quociente de um número racional não nulo proezas matemáticas do calculista persa Beremiz Samir,
por um número irracional é igual a um número irracional. que tornaram-se lendárias na antiga Arábia, encan-
tando reis, poetas, xeiques e sábios. Nesse livro, Malba
dXX 12​dXX
§ 12 : ​dXX ​ 12 · ​ 6 ​ ​ = _____
​  12 ​= ______
6 ​ = ___ 6 ​ = 2​dXX
​   ​ 4 ​· ​dXX
6 ​= ​dXX 6 ​= ​d24 ​
XXX Tahan relata as incríveis aventuras desse homem singu-
d d d
​ 6 ​ ​ 6 ​· ​ 6 ​
XX XX XX 6
Racional Irracional       Irracional lar e suas soluções fantásticas para problemas aparen-
temente insolúveis.

DIAGRAMA DE IDEIAS

REAIS ( )

RACIONAIS( ) IRRACIONAIS
( - )

INTEIROS

NATURAIS
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

55
ANOTAÇÕES

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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____________________________________________________________
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____________________________________________________________
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

56
MATEMÁTICA

GEOMETRIA PLANA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias

TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS

No Enem, encontramos uma alta incidên- É um vestibular com elevada incidência de


cia de questões de geometria plana, com geometria plana e também com alto grau
níveis de dificuldade baixo ou mediano. de dificuldade. Com questões abstratas, a
As questões estarão ligadas ao cotidiano Fuvest exigirá construções geométricas de
do candidato. seus candidatos.

Todos os conteúdos são essenciais para Geometria plana será cobrada neste vesti- A Vunesp abordará o candidato com
este vestibular, pois ele exigirá uma reso- bular associada a outros conceitos mate- questões de nível médio, mas buscando a
lução da geometria plana aliada a uma máticos. Por ser introdutório, o candidato resolução de uma situação problema. Os
situação do nosso cotidiano. O candidato deve absorver o conhecimento das aulas. conteúdos serão cobrados também em
deve levar este livro como base para as questões de dinâmica, por exemplo.
próximas aulas.

Nesse processo seletivo, as questões de ge- Apresenta questões de geometria plana Por ser um vestibular tradicional, encon- Apresenta alta incidência de questões de
ometria plana estarão ligadas a situações com nível médio de dificuldade e sempre tramos questões com elevado grau de geometria plana associadas à geometria
do cotidiano do candidato. A interpreta- conectadas a problemas cotidianos. A fa- dificuldade e em grande quantidade. Com espacial, geometria analítica e trigono-
ção do texto deve ser proeminente nesse culdade do ABC utiliza outros conceitos da questões abstratas, o candidato realizará metria.
vestibular. Matemática aos seus problemas. construções geométricas.

UFMG
Essa prova abordará uma questão de ge- É um vestibular tradicional que aborda to- Nesse processo seletivo, encontraremos
ometria plana. dos os temas deste livro. Geometria plana questões de geometria espacial que trazem
terá alta incidência, associada à geometria conceitos da geometria plana. Assim, o
espacial e analítica. candidato deve possuir conhecimento de
todos os itens deste livro para dar continui-
dade aos próximos.

Os tópicos abordados neste livro serão Geometria plana estará no vestibular da Geometria plana será cobrada nesse ves-
base para as questões da Uerj. A geometria Unigranrio, com questões de nível médio. tibular associada a outros conceitos mate-
plana, como um todo, tem alta incidência Por este livro ser introdutório, todos os máticos, como trigonometria.
neste vestibular, com questões que envol- temas são importantes para a realização
vem situações problemas. desse processo seletivo.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

58
Como é possível observar na figura, o ponto P pertence à
reta r, enquanto o ponto Q não pertence à reta r, ou seja,
P [ r, e Q Ó r.

INTRODUÇÃO À § Em uma reta, há infinitos pontos, assim como


em um plano.
GEOMETRIA § Por um ponto P, passam infinitas retas.
PLANA
P

MT AULAS
1E2
§ Dois pontos distintos determinam uma única
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
reta que os contém. Observe os pontos A e‹___
B.› A
2 6, 7, 8 e 9 reta determinada por eles é escrita como ​AB ​.

1.Postulados e teoremas
1.1 Conceitos primitivos A
Conceitos primitivos, entes primitivos ou entes geométricos
são as figuras ponto, reta e plano. Eles não possuem
definição. Suas representações são:
§ Três pontos distintos não colineares determi-
nam um único plano que os contém.

De modo geral, esses entes geométricos são indicados como: B


§ Ponto: representado com letras latinas maiúsculas: A, C
B, C, P,...
A
§ Reta: representada com letras latinas minúsculas: a,
b, c, r, t,...

§ Plano: representado com letras gregas minúsculas: a,


VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

b, g, p,...
Na geometria, também existem postulados (ou axiomas), 2. Definições importantes
que são verdades matemáticas aceitas sem demonstração: 2.1. Pontos colineares
§ Posição relativa entre um ponto e uma reta.
Dois ou mais pontos são colineares caso estejam contidos
Q
na mesma reta.
r
A B C
r
P
Como é possível observar na figura, os pontos A, B e C são
colineares, pois A [ r, B [ r e C [ r.

59
2.2. Pontos coplanares P

Um conjunto de pontos é dito coplanar caso pertença ao


mesmo plano.

2.3. Figuras geométricas


São conjuntos não vazios de pontos.

Q R

3.4. Segmentos de reta colineares


Dois segmentos de reta serão colineares se estiverem con-
tidos na mesma reta.

3.5. Segmentos de reta adjacentes


Dois segmentos de reta serão adjacentes se forem con-
secutivos, colineares e apresentarem apenas um ponto
em comum.

Q  
Os segmentos QP​
​ e PR​
​ são adjacentes;
3. Segmentos de reta P é o único ponto comum.

e definições
3.6. Segmentos de reta congruentes
 
3.1. Segmento de reta
___
Dois segmentos de reta AB​ ​ serão congruentes
​ e CD​
‹ ›  quando possuírem o mesmo comprimento, na mesma
Considerando uma reta ​AB ​ ​, o segmento de reta AB​
​ éa
unidade de medida.
parte limitada entre os pontos A e B.

A B 3.7. Ponto médio


VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

 
Se os segmentos QP​ ​ são congruentes, então P é o
​ e PR​
3.2. Semirreta 
ponto médio de QR
​ .​
Uma semirreta é uma das partes de uma reta limitada por
um único ponto P. R

P
P

3.3. Segmentos de reta consecutivos


Dois segmentos de reta serão consecutivos se houver uma Q
extremidade P em comum.

60
4. Ângulos e definições L é o comprimento do arco do ângulo central a, inscrito em
uma circunferência, e r é o raio dessa circunferência.

4.1. Ângulo 4.3. Ângulos consecutivos


Ângulo é a parte do plano delimitada por duas semirretas
Dois ângulos serão consecutivos se, e somente se, possuí-
de mesma origem. As duas semirretas que formam o ân-
rem um lado em comum.
gulo são chamadas de “lado”, e a origem comum às duas A
semirretas é chamada de “vértice”.

O B
A

C
O AÔB BÔC
OB

A
B
O B

4.2. Unidades de medida de ângulos


C
§ Grau: se uma circunferência de centro O for dividida AÔC AÔB
em 360 partes iguais, e, a partir dela, for formado um OA
ângulo com origem em O e lados que passam por duas
divisões subsequentes, resultará um ângulo com medi- 4.4. Ângulos adjacentes
da de um grau (1°).
Dois ângulos serão adjacentes se forem consecutivos e não
Os submúltiplos mais usuais do grau são o minuto e o se- possuírem pontos internos em comum.
gundo, definidos da seguinte forma:
B
​ 1° ​
1’ (um minuto) = ___
60
A
​ 1’  ​
1’’ (um segundo) = ___
60
O
§ Radiano: quando, em qualquer circunferência, a me- AÔB e BÔC são adjacentes.
dida do arco de um ângulo central é igual à medida do
raio dessa circunferência, diz-se que esse ângulo mede
1 rad (um radiano). C

4.5. Ângulos opostos pelo vértice (O.P.V.)


r Dois ângulos serão opostos pelo vértice (O.P.V.) quando um
r deles for composto pelas semirretas opostas do outro.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

D A
O
r
0

C B
É possível concluir que qualquer ângulo a, medido em ra-
diano, recebe a seguinte definição: AÔB CÔD
​^​ ​^​
a = _​ Lr ​ rad Logo: A​O ​B > C​O ​D.

61
4.6. Bissetriz 4.9. Ângulo agudo
​^​ ​
Considerando
_____› um ​ângulo A​O ​B, afirma-se​que a semirreta ​ Um ângulo agudo é todo ângulo menor que o ângulo reto.
^​ ^​ ​^​
OP ​ é bissetriz de A​O ​B se, e somente se, A​O ​P > P​O ​B. Ou
seja, uma bissetriz divide um ângulo em dois ângu-
los congruentes. A

O B
P

4.10. Ângulo obtuso


B
Um ângulo obtuso é todo ângulo maior que o ângulo reto
OP AÔB e menor que o ângulo raso.
AÔP PÔB
A
4.7. Ângulos suplementares adjacentes
​^​
Considerando um ângulo
​_____›
B​O ​C, o ângulo
​_____›
determinado pela
semirreta oposta a OC ​
​ e à semirreta OB ​ ​ é seu suplemen- B
tar adjacente. Dessa forma, a soma de um ângulo e de
seu suplementar adjacente é sempre 180°, o que é deno-
minado ângulo raso.
4.11. Ângulos complementares
B Dois ângulos são complementares quando sua soma equi-
vale ao ângulo reto.

4.12. Ângulos suplementares


Dois ângulos são suplementares quando sua soma
A O C equivale a 180º.
AÔB BÔC
AÔB BÔC
4.13. Ângulos replementares
Dois ângulos são replementares quando sua soma
4.8. Ângulo reto equivale a 360°.
Um ângulo é denominado reto quando é côngruo a seu
suplementar adjacente. A medida angular de um ângulo 4.14. Ângulos determinados por
reto é 90°.
duas retas e uma transversal
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Considere duas retas paralelas (r e s) e uma reta (t) con-


B corrente a r e s:
t

A O C
s
AÔB BÔC
AÔB BÔC
AÔB BÔC

62
A reta t é denominada transversal às retas r e s. Sua inter-
secção com as retas determina oito ângulos. Esses ângulos
podem ser classificados como: t

§ Ângulos alternos: r
1 e 7, 2 e 8, 3 e 5, 4 e 6.
§ Ângulos correspondentes: s
1 e 5, 2 e 6, 3 e 7, 4 e 8.
§ Ângulos colaterais:
1 e 8, 2 e 7, 3 e 6, 4 e 5.
Além dessa classificação, em relação aos ângulos alternos
e colaterais tem-se: t
§ Ângulos alternos internos: r
3 e 5, 4 e 6.

§ Ângulos alternos externos: s


1 e 7, 2 e 8.

§ Ângulos colaterais internos:


4 e 5, 3 e 6.
§ Ângulos colaterais externos:
1 e 8, 2 e 7. t
O quadro a seguir resume as classificações dos r
ângulos formados:

t s

s
t

t
s
r

s 4.15. Consequências
Como os ângulos alternos (internos e externos) são
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

congruentes, os ângulos correspondentes também


são congruentes, assim como os ângulos colaterais
t são suplementares:
t t
r
r r

s
s s

63
t
Aplicação do conteúdo
x a
1. Observe a figura a seguir:
t

x x
a x b

x
b
Agora, como os ângulos x e 20° + x são suplementares,
tem-se:
Se a e b são paralelas, calcule o valor, em graus, de x. x + 20° + x = 180°
Resolução: 2x = 160°

Como a e b são paralelas, tem-se que ângulos correspon- x = 80°


dentes são congruentes; assim, é possível reescrever o ân-
gulo 20° + x na reta b:

DIAGRAMA DE IDEIAS

PONTO
ENTENDER PRIMEIRO OS ENTENDER O
RETA
CONCEITOS PRIMITIVOS “MATEMATIQUÊS”
PLANO

RETAS E ÂNGULOS E COLINEAR:


DEFINIÇÕES DEFINIÇÕES MESMA RETA
COPLANAR:
MESMO PLANO
SEGMENTOS DE RETA GRAU: DIVISÃO DA
(PARTE DELIMITADA CIRCUNFERÊNCIA EM 360º
ENTRE DOIS PONTOS) ÂNGULOS DETERMINA-
A B
DOS POR DUAS RETAS
RADIANO: MEDIDA E UMA TRANSVERSAL
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

DO ARCO DIVIDIDA PELA


• ALTERNOS
SEMIRRETA MEDIDA DO RAIO
• CORRESPONDENTES
(RETA DELIMITADA
• COLATERAIS
POR UM PONTO)
• INTERNOS
ÂNGULOS OPOS-
P • EXTERNOS
TOS PELO VÉRTICE
D A
A
C B

64
1.1.1. Quanto aos lados
§ Triângulo equilátero: apresenta os três lados
ÂNGULOS NUM congruentes.

TRIÂNGULO E
A

ÂNGULOS NUMA
CIRCUNFERÊNCIA

B C

MT AULAS
3E4 Como os três lados são congruentes, os três angulos inter-
nos também são congruentes e medem 60°.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) § Triângulo isósceles: apresenta dois lados congruentes.
2 6, 7, 8 e 9
A

1. Triângulos
Um triângulo é uma figura geométrica formada a partir
de três segmentos de reta cujas extremidades são três pon- B C
tos distintos e não colineares. Na figura acima, o lado BC é chamado de base, e os ângu-
A los relativos aos vértices B e C são denominados ângulos
da base, que são congruentes.

§ Triângulo escaleno: apresenta os três lados com me-


didas diferentes entre si. Os três ângulos são diferentes.
A

B
C

No triângulo da figura (indicado por DABC), podem ser B C


destacados os seguintes elementos:

§ os pontos A, B e C são os vértices; 1.1.2. Quanto aos ângulos


   § Triângulo retângulo: apresenta um ângulo interno reto
§ os segmentos AB​
​ , BC​ ​ são os lados;
​ e AC​
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

e, em consequência, dois ângulos agudos complementares.


§ os ângulos a, b e g são os ângulos internos; A

§ os ângulos ae, be e ge são os ângulos externos, ob- a + b = 90º


tidos a partir do prolongamento dos lados.
Note que cada ângulo interno e seu respectivo ângulo ex-
terno são suplementares adjacentes.
B C

1.1. Classificação dos triângulos Os ângulos relativos aos vértices A e C são complementares.

É possível classificar os triângulos em relação às medidas § Triângulo acutângulo: apresenta os três ângulos
dos lados ou quanto aos seus ângulos internos. internos agudos.

65
A 0 < a < 90º Resolução:
0 < b < 90º
Como a soma dos ângulos internos deve ser 180°, tem-se:
0 < g < 90º
82° + 32° + x = 180°
114° + x = 180°
B C
x = 180° – 114°
§ Triângulo obtusângulo: apresenta um ângulo obtu- x = 66°
so e, em consequência, dois ângulos agudos.
2. Determine o valor de x no triângulo isósceles de
A ____
base BC a seguir:
90º < b < 180º A

B C

2. Ângulos em um triângulo B C
Resolução:
2.1. Soma dos ângulos internos
Como o triângulo é isósceles, o ângulo relativo ao vértice B
Considere um triângulo DABC e uma reta r paralela ao
 também mede 50°. Assim:
​ , contendo o vértice A:
lado BC​
A r//BC 50° + 50° + x = 180° ä 100° + x = 180° ä
ä x = 180° – 100°
ä x = 80°

2.2. Teorema do ângulo externo


B C
Considere o D ABC a seguir:
Considere a, b e u os ângulos internos relativos aos vérti-
A
ces A, B e C, respectivamente. Observe que a reta r deter-
mina também outros dois ângulos g e r. Note que:
g + a + r = 180°
No entanto, g e b, assim como r e u, são ângulos alternos
internos, ou seja, congruentes. Dessa forma, é possível escrever:
a + b + u = 180°
B C
Logo:
O ângulo u é o ângulo externo relativo ao vértice C.
A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é Dessa forma:
igual a 180°.
§ (I) a + b + g = 180° (soma dos ângulos internos)
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

§ (II) u + g = 180° (ângulos suplementares adjacentes)


Aplicação do conteúdo Subtraindo a equação (II) da (I), tem-se:
1. Determine o valor de x no triângulo ABC a seguir: a + b + g – (u + g) = 180° – 180° ä
A
äa + b – u = 0 ä a + b = u

Logo: u = a + b.
Conclui-se, então, que o ângulo externo u, relativo ao vértice
C, equivale à soma dos dois ângulos internos relativos a A e
B C B. É possível, então, enunciar o teorema do ângulo externo:

66
   
3. Sabendo que AB ​ = DC, calcule o valor de x
​ = AC = BC​
Em um triângulo ABC qualquer, o ângulo externo relativo na figura abaixo:
a um determinado vértice equivale à soma dos outros
dois ângulos internos, não adjacentes a ele. A
x

Aplicação do conteúdo
1. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo DABC 2x

é isósceles de base BC​
​ e o ângulo interno relativo ao B C D E
vértice C vale 35°.
Resolução:
C
O triângulo ABC é equilátero, portanto seus ângulos
​^​
in-
ternos medem 60°. Sabendo disso, o ângulo A​C ​D mede
120° (suplementar de 60°).
​^​ ​^​
O triângulo ACD é isósceles; então, fazendo C​A ​D=C​D ​A=y,
tem-se:
120° + y + y = 180°
X 2y = 60°
B A y = 30°
​^​
O ângulo A​D ​E é externo relativo ao triângulo ACD, logo:
Resolução: ​^​
​^​ ​^​
A​D ​E = 30° + 120°
​^​
Como o triângulo é isósceles, ​C ​ = ​B ​ = 35°, assim, pelo A​D ​E = 150°
teorema do ângulo externo:
Finalmente, somando os ângulos internos do triângulo ADE:
x = 35° + 35° = 70° x + 2x + 150° = 180°
2. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo DABC é 3x = 180° – 150°

isósceles de base BC​
​ . 3x = 30°
x = 10°
B
y 2.3. Teorema da soma dos
ângulos externos
Considere o triângulo DABC e seus ângulos externos ae,
be e ge.
X

C A A

Resolução:
 ​^​ ^​
Como o triângulo é isósceles de base BC
​ ,​ tem-se ​B ​ = C ​= y.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

Logo:
100° + y + y = 180°
2y = 180° – 100° B
2y = 80° C
y = 40°
Agora, como x é o ângulo externo do triângulo ABC: Pelo teorema do ângulo externo, tem-se:
​^​ ​^​
x = y + 100° ae = ​B ​ + ​C ​
​^​ ​^​
x = 40° + 100° be = A ​
​ + ​C ​
​^​ ​^​
x = 140° ge = A ​
​ + ​B ​

67
Somando as três igualdades, tem-se: 3.4. Propriedade da reta
​^​ ​^​ ​^​ ​ ^​ ​^​ ​^​
ae + be+ ge = 2A ​
​ + 2​B ​ + 2​C ​ = 2(​A ​ + ​B ​ + ​C ​ ) secante à circunferência
​^​ ​^​ ​^​ Considere uma circunferência de centro C e uma reta r,
Como A ​
​ + ​B ​ + ​C ​ = 180° (soma dos ângulos internos de
secante à circunferência, que forma os pontos A e B:
um triângulo):
ae + be+ ge = 2(180°) = 360°
Portanto, em qualquer triângulo, sendo ae, be e ge os ân-
gulos externos, tem-se: C r
ae + be+ ge = 360° B
M
3. Ângulos em uma A

circunferência Sendo M o ponto médio de AB​

​ , tem-se que o segmento​
CM​será perpendicular à reta secante r.
3.1. Circunferência
É o conjunto dos pontos do plano situado à mesma distân-
3.5. Posições relativas entre
cia de um ponto fixo. O ponto fixo é denominado centro. duas circunferências
São dadas em função do número de pontos em comum
3.2. Posições relativas entre das circunferências. Sendo O1 e O2 os centros, e r1 e r2 os
reta e circunferência respectivos raios, com r1 > r2, obtém-se:

Tangentes Secantes Externas Distância


(um único ponto (dois pontos (nenhum ponto Pontos entre os
Posição
em comum) em comum) em comum) em centros Figura
relativa
comum em função
dos raios
s
r t r r u

C1 C2
dC,t = raio dC,s < raio dC,u > raio r1 – r2 < d <
2 Secantes
r1 + r2
3.3. Propriedade da reta
tangente à circunferência
Caso a reta seja tangente à circunferência, o segmento de-
terminado pelo raio e a reta tangente formam um ângulo C1
reto no ponto de tangência. C2
Tangentes
d = r1 – r2
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

internas

C
1
r

C1 C2
P Tangentes
d = r1 + r2
externas
Como é possível observar na figura acima, a distância CP
equivale ao raio da circunferência, e o ponto P é denomi-
nado ponto de tangência da reta r e da circunferência.

68
Nota
Distância ​^​
Pontos entre os Um ângulo central A​O ​B determina na circunferência
Posição
em centros Figura dois arcos, cujas medidas somam 360°.
relativa
comum em função
A
dos raios

X O X
C1
Internas C2
d=0 B
concêntricas

4.2. Ângulo inscrito


É aquele cujo vértice é um ponto da circunferência e cujos
C1
C2 lados passam por dois outros pontos da circunferência.
Internas não
0 d < r1 – r2
concêntricas
E
G

C1 C2
Externas d > r1 + r2

Propriedade
Notas Se um ângulo central e um ângulo inscrito em uma mesma
circunferência têm o mesmo arco correspondente, então a
1. No caso de as circunferências serem tangen-
tes, os centros e os pontos de tangência serão
medida do ângulo central equivale ao dobro da medida do
sempre colineares. ângulo inscrito.

2. Quando as circunferências são concêntricas, satis- Considere três situações:


fazem a condição d < r1 – r2, pois perfazem um caso A
particular de circunferências internas.
y

4. Ângulos na circunferência O
x B
4.1. Ângulo central
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

É um ângulo que tem como vértice o centro da circunfe-


C
rência e seus lados passam por pontos pertencentes a ela.

O
O
B x B
A y
A
C

69
A B
y A
O
x B O

D
C
Observe que, dessa propriedade, conclui-se que, para um C
mesmo arco BC, não importa a posição do ponto A nos três ​^​
Agora, pode-se calcular a medida do ângulo C​O ​D :
​  x ​  ​, pois todos eles “enxer-
casos, o valor de y é o mesmo ​__ () ​^​ ​^​
2
C​O ​D + 30°+ 40° = 180° à C​O ​D = 110°
gam” o mesmo arco. Ou seja, qualquer ângulo inscrito que
determine o mesmo arco terá o mesmo valor: ​^​
Como C​O ​D e a são opostos pelo vértice O, resulta:
N
x
a = 110°
P
O x
4.3. Ângulo de segmento
x B
É um ângulo que tem como vértice um ponto da circunferên-
M x
cia, um lado secante à circunferência e outro tangente a ela.
A
​^​
Na figura anterior, se A​O ​B é um ângulo
​^​ ​^​
central
​^​
de medida
x, todos os ângulos inscritos A​M​B, A​N ​B e A​P ​B possuem a
mesma medida: __ ​ x ​.
2 ​ ​ O B
^
Em consequência, se um ângulo central A​O ​B descreve um

arco de 180°, onde AB​ ​ é o diâmetro, ao tomar um ponto P
qualquer na circunferência,
​^​
o triângulo ABP será retângulo,
pois o ângulo A​P ​B será reto (180°/2 = 90°):
t
P
A

Se um triângulo estiver inscrito Na figura acima, como a reta t é tangente à circunferência,


O
A B em uma circunferência, e um dos e a semirreta AB é secante, a é um ângulo de segmento.
lados coincidir com o diâmetro,
o triângulo será retângulo.

Propriedade
A medida do ângulo de segmento é metade da medida
Aplicação do conteúdo angular do arco determinado na circunferência por um
1. Calcule o ângulo a na circunferência abaixo: de seus lados.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

B
A

O
O B
D a
C
Resolução:
​^​ ​^​ a
Note que os ângulos A​D ​C e A​B ​C determinam o mesmo t
arco AC. Portanto, possuem o mesmo valor. A

70
4.4. Polígonos regulares inscritos
na circunferência
Sabe-se que polígono regular é aquele que possui todos
os lados congruentes, assim como todos os ângulos. Dessa
forma, se uma circunferência for dividida em partes iguais,
unindo os pontos obtidos por segmentos, será determinado
um polígono regular. Para isso, basta dividir 360° (em torno
do centro) pelo número de partes que se deseja obter.

Modelos
1. Em 4 partes de 90°

2. Em 5 partes de 72°

VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

71
DIAGRAMA DE IDEIAS

ÂNGULOS NUM TRIÂNGULO E ÂNGULOS NUMA CIRCUNFERÊNCIA

LEMBRE-SE DAS CLASSIFICAÇÕES


DOS TRIÂNGULOS

QUANTO AOS QUANTO AOS


LADOS ÂNGULOS

EQUILÁTERO = 3 LADOS IGUAIS RETÂNGULO = 1 ÂNGULO DE 90°


ISÓSCELES = 2 LADOS IGUAIS ACUTÂNGULO = 3 ÂNGULOS
ESCALENO = 3 LADOS DIFERENTES INTERNOS AGUDOS
OBTUSÂNGULO = 1 ÂNGULO
OBTUSO (MAIOR QUE 90°)

ÂNGULOS EM UM TRIÂNGULO

+ + = 180°
SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS

ALTERNOS
INTERNOS

ÂNGULO EXTERNO É A SOMA


DOS DOIS ÂNGULOS INTERNOS
NÃO ADJACENTES A ELE.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

72
   
Quatro segmentos AB​
​ , CD​
​ , EF​
​ e GH​​ , nessa ordem, são
  ​
AB ___
___ ​EF​ ​.
​​  ​=​ 
segmentos proporcionais se existe a proporção 
CD GH
RAZÃO PROPORCIONAL
E TEOREMAS DE TALES Aplicação do conteúdo
E DA BISSETRIZ 1. Considere os segmentos AB​
​ , CD​
​ , EF​
​ e GH​
​ repre-
   

sentados abaixo:
INTERNA
A B

C D

MT AULAS
5E6 E

G
F

H
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
—— ——
2e3 6, 7, 8, 9 e 14 Será verificado se AB​​
​​ e CD​​​​​ são segmentos proporcionais
— ——
aos segmentos EF​​
​​ e GH
​​ .​​​
Calculando as razões entre eles, tem-se:

1. Razão proporcional ​  AB ​ = ___


___ ​  5  ​ = __
CD 10 2 GH 40 2
​  EF  ​ = ___
​ 1 ​ e ___ ​ 20 ​ = __
​ 1
  ​    
Quatro números a, b, c e d, não nulos, formam, nessa or- ​___

AB ___ EF​ ​ ; logo, AB​
​  ​ ​=​ ​ ​ , CD​
​ , EF​
​ e GH
​ ​, nessa ordem, são segmen-
dem, uma proporção quando: CD GH
tos proporcionais.
__​  a ​ = __​  c ​  
b d Agora, verificando se AB​
​ e GH​
​ são segmentos proporcio-
 
nais aos segmentos EF​
​ e CD
​ .​
Afirma-se que a e b são proporcionais a c e d.
    Calculando as razões entre eles, tem-se:
Agora, observe os segmentos PQ​
​ , RS​
​ , TU​
​ e VX
​ :​

​  AB ​ = ___
​  5  ​ = __ ​  EF ​ = ___
​ 1 ​ e ___ ​ 20 ​ = __
​ 2 ​
P Q ___
GH 40 8 CD 10 1
R S
 ​

   
AB ___ EF​ ​ ; então, AB​
T U ​___
​  ​ ​ i​ ​ ​ , GH​
​ , EF​
​ e CD​
​ , nessa ordem, não são
GH CD
segmentos proporcionais.
V X
2. Considere dois segmentos adjacentes e consecutivos​
   
AB​ e BC​
​ , sendo que AB​ mede 12, e BC​
​ mede 8. Dado

outro par de segmentos adjacentes e consecutivos PQ ​ ​
   
Calculando a razão entre os segmentos PQ​
​ e RS​
​ , e a razão e QR
​ ,​ com PQ​
​ medindo 4, quanto deve ser a medida do
     
entre TU​
​ e V​ X​, obtém-se: segmento QR ​ ​de modo que os segmentos AB​
​ , BC​
​ , PQ
​ ​ e​

QR​ sejam proporcionais?

PQ __3 __1
​  ___
​​ ​​ = ​   ​ = ​   ​ A B C
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

RS 9 3 x

​ TU
​___ ​ 2 ​ = __
​  ​= __ ​ 1 ​ P Q R
VX​ 6 3
Resolução:
 
PQ​ ​​ =
Note que: k =​  ___
​ ​ TU
​___ ​ 1 ​.
​  ​ = __ Para que AB​
   
​ , BC​
​ , PQ​
​ e QR​
​ sejam segmentos proporcionais,
RS VX​ 3
Quando há uma igualdade entre razões, afirma-se que há é preciso ter:
uma proporção entre as medidas dos segmentos. Dessa   ​
  AB ___ PQ ​​
forma, os segmentos PQ​
​ e RS​
​ são proporcionais aos seg- ​___
​  ​ ​​ =​ ​
  BC QR
mentos TU​
​ e V​ X​. Assim:
   
Assim, os segmentos PQ​
​ , RS​
​ , TU​
​ e VX​
​ , nessa ordem, são
​​ 12 ​​ = __
___ ​ 32 ​ = __
​​ 4 ​​ ⇒ 12x = 32 ⇒ x = ___ ​ 8 ​
segmentos proporcionais. 8 x 12 3

73
3. Considere os segmentos de reta da figura a seguir,
 
A B C
sendo os pontos A, B e C colineares, e AB​= 10, BC​
​ = 3 e​ P R xQ

PQ​ = 8.
A B C
   
P Q Logo, para que os segmentos AB​
​ , BC​
​ , PR​
​ e RQ​
​ sejam pro-
porcionais, é preciso ter:
  ​
AB ___ PR ​​
A que distância do ponto P deve estar um ponto R, contido ​___
​  ​ ​​=​ ​
BC RQ
   
no segmento PQ​
​ , de modo que os segmentos AB​
​ , BC​
​ , PR​
​ e​ Logo:

RQ​ sejam proporcionais?
​​  x  ​​ à10(8 – x) = 3x ⇒ 80 – 10x = 3x ⇒
​ 10 ​ = ____
___
Resolução: 3 8–x
​ 80 ​
80 = 13x ⇒ x = ___
Se o ponto R estiver a uma distância x do ponto P, estará a 13
uma distância 8 – x do ponto Q. Observe a figura:

VIVENCIANDO

Assim como a natureza, a arte e as construções realizadas pelo homem estão repletas de razões proporcionais para
garantir a harmonia visual. Observe um exemplo:
(Fepar) O retângulo áureo é uma forma de grande apelo estético e das mais utilizadas na arquitetura antiga e mod-
erna (as pirâmides e o Partenon, por exemplo, têm as dimensões frontais do retângulo áureo). A proporção áurea
também é recorrente em outras obras de arte; é comum sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre
Giotto e as de Leonardo da Vinci.
Phi, como é denominado o número de ouro, está vinculado à lógica da natureza (nas constelações, nas estruturas
biológicas) e pode ser verificado no homem (o tamanho das falanges dos dedos, por exemplo). Justamente por ser
encontrado em estruturas naturais, o número de ouro ganhou status de “ideal”, tornando-se tema de pesquisadores,
artistas e escritores. O fato de ser expresso em matemática é que o torna fascinante.
Matematicamente falando, a proporção áurea é uma constante real algébrica irracional obtida quando dividimos
uma reta em dois segmentos, de forma que o segmento mais longo, dividido pelo segmento menor, dê um número
igual ao da reta completa dividida pelo segmento mais longo.
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

2. Teorema de Tales reta que corta o feixe de retas paralelas é denominada


reta transversal.
2.1. Feixe de retas paralelas a
b
Feixe de retas paralelas são duas ou mais retas em um mes-
mo plano que, tomadas duas a duas, são sempre paralelas.
c
2.2. Reta transversal t
Se uma reta intercepta uma das retas do feixe de retas
paralelas, necessariamente intersecta as demais. Essa

74
2.3. Teorema de Tales 2.3.1 Aplicação do teorema de Tales
Considere o triângulo ABC:
Se um feixe de retas paralelas é cortado por duas retas A
transversais, os segmentos determinados sobre a pri-
meira transversal são proporcionais a seus correspon- D E
dentes determinados sobre a segunda transversal. r

Para analisar o teorema de Tales, considere os dois modelos B C


a seguir: 
Foi traçada uma reta r paralela ao lado BC​
​ , determinando
 
os pontos D e E sobre os lados AB​
​ eA ​ C​, respectivamente.
Modelo 1
Considere, agora, uma reta auxiliar r’, paralela a r, que pas-
Observe o feixe de retas paralelas a, b e c, cortadas pelas sa pelo vértice A.
  
transversais r e s, em que AB​ ​ = BC​ ​. Se os segmentos AB
​ ​
 A
e BC
​ ​são 
congruentes, a razão entre as medidas deles é 1, r’
___ AB
isto é: ​​  ​ ​​=​1.
BC D E
r s r
a
A P
B C
b
B Q  ​
AD ___ AE​ ​​ .
Pelo teorema de Tales, temos: ​___
​  ​​=​ ​
R DB EC
c
C Quando uma reta paralela a um lado de um triângulo in-
 ​  ​ tercepta os outros dois lados em dois pontos distintos, ela
AB ___ AC ___
PQ​ ​ e ​
Por Tales ​___
​  ​ ​​=​  ​ ​ ​​= ​ ​PR​ ​.
___
determina sobre esses lados segmentos proporcionais.
BC QR AB PQ
Modelo 2
Na figura, o feixe de retas paralelas r, s e t é cortado por Aplicação do conteúdo
duas retas transversais, m e n, determinando os segmentos​ 1. Calcular o valor de x no triângulo abaixo, sabendo
  
AB​ e BC​
​ , que não são congruentes e têm como medida que a reta r é paralela ao lado BC
​ ​.
números racionais. A
m n
A P r D E r
x
B Q
s
C R B C
t
 ​  ​ 
AB ___ AC ___
PQ​ ​ e ​ Como r é paralela a B​ C​, tem-se:
Por Tales ​___
​ ​​=​  ​ ​ ​​= ​ ​PR​.
___
BC QR AB PQ 3,5
​  2 ​ = ___
__ ​   ​ ⇒ 2x = 28 ⇒ x = 14
8 x
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS

Essa parte do conteúdo da geometria plana está intimamente relacionada à parte histórica da Grécia Antiga. Os mate-
máticos gregos estavam no auge de suas descobertas enquanto a cultura grega florescia e se expandia. Fique ligado nas
questões de Grécia Antiga que relacionam sua arquitetura com a matemática. Razões proporcionais e, principalmente, a
razão áurea são temas frequentes nos vestibulares.

75
3. Teorema da bissetriz interna ​^​
A

No triângulo ABC abaixo, AD​é bissetriz de A


​  ​:
c c b
A b m n
x x

B m D n C

B D C Aplicação do conteúdo

Assim, BÂD = DÂC = x. 1. No triângulo ABC
​^​a seguir, o segmento AP​
​ é bissetriz
 interna do ângulo ​A ​. Encontre o valor de x.
Considere agora uma reta r paralela a AD​
​ passando pelo
vértice C. A

A
x x

x
B C
P
B D C
 
 Como o segmento BC​​ mede 9, resulta que PC​
​ = 9 – x. Pelo
​ até interceptar a reta r.
Prolongando o lado AB​
teorema da bissetriz interna, tem-se:
r   ​
E ​___

AB AC ___
​  ​ ​​=​ ​ ​ 4x ​ = ____
​ ​​ ⇒ __ ​​  12  ​​ ⇒ 4(9 – x) = 12x ⇒
BP PC 9–x
​ 9 ​
⇒ 36 – 4x = 12x à 16x = 36 à x = __
4
2. Considere o retângulo PQST semelhante ao retângulo
RSTU. Sabendo que o triângulo não é isósceles, avalie
A as afirmativas.
x x
Considere ϕ = __​​ a ​​
b

Q
B D C a
a
 ​ P
AB ___ AE​ ​.
Pelo teorema de Tales, pode-se escrever: ​___
​  ​ ​​=​ ​ R
BD DC
b
No entanto, segue que:
​^​ ​^​ S
D​A ​C = A​C ​E = x (alternos internos) b U
​^​ ​^​
b a
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

B​​A ​​D = A​E ​C = x (correspondentes)


T
 
Dessa forma, o triângulo ACE é isóceles, com AC​ = AE​ . ( ) Em razão da semelhança entre os dois retângulos, é
Sendo assim, tem-se a seguinte proporção no triângulo: possível afirmar que a2 – ab – b2 = 0.
  ​ ( ) A razão entre a área do quadrado PQRU e a área do
AB AC
​___

___
​  ​ ​​=​ ​  ​​ retângulo RSTU é ϕ.
BD DC
( ) Em razão da semelhança entre os dois retângulos, é
possível afirmar que ϕ2 – ϕ – 1 = 0.
A bissetriz do ângulo interno de um triângulo divide ( ) A proporção a/b + a/b = 1 é verdadeira.
o lado oposto a esse ângulo em dois segmentos pro- ( ) A relação __ entre os lados b e a é dada por
porcionais aos lados adjacentes a esses segmentos. √
a(​ 5 ​– 1)
b = ________
​​   ​​.
2

76
Resolução: (V) Utilizando-se a relação encontrada no tercei-
ro item, tem-se:
(V) Tem-se:
​​  a  ​​ – __​​ a ​​– 1 = 0 → ϕ2 – ϕ – 1 = 0
2
__
__​​ b ​​ = _____
a b2 b
a a​​  + b ​​ → ab + b = a → a – ab – b = 0
2 2 2 2

∆= (–1)2 – 4 · 1 · (–1) = 5
__ __ __
(V) Tem-se:
​​ 1 ±  ​​

​ 5 ​→ ______ √ ​√5 ​
SPQRU a2 __a ϕ = ______ ​​ 1 + ​​
​ 5 ​ ou ______
​​ 1 –  ​​
____ 2 2 2
​​   ​​ = __
​​   ​​ = ​​   ​​ = ϕ __ __
SRSTU ab b
√ 2 · (1 + √
​ 5 ​)
​​ 1 –  ​​
__​​  a ​​ = ______ ​ 5 ​ → __​​ b ​​ = ______
2 __ __________
a 1​​  – √​ 5 ​ ​​ = ​​  –4 ​​ →
(V) Utilizando-se a relação encontrada no primeiro b 2
__ __
item, tem-se: (​√5 ​– 1) (​√5 ​–1)
→ ​__a​  b ​​ = _______ ​​ a  ​​
​​   ​​ → b = ________
2 2
​​ a – ab – b2= __ ​​  a2 ​​ – __
​​  02 ​​ → __ ​​ ab2 ​​ – __
​​ b2 ​​ = 0 → __
​​  a2 ​​ – __​​ a ​​– 1 = 0 →
2 2 2 2
_________  ​​
b 2
b b b b b b Portanto: V – V – V – F – V.
ϕ2 - ϕ – 1 = 0

(F) Não, a proporção verdadeira é ​​a__2 ​ – ​​a__ ​​ = 1,


2

b b
conforme calculado no item anterior.

DIAGRAMA DE IDEIAS

EXEMPLO: 4 MEDIDAS
RAZÃO PROPORCIONAL PQ = 3 CM
RS = 9 CM
TU = 2 CM
VX = 6 CM
DIVISÃO EQUIVALENTE

SÃO SEGMENTOS
PROPORCIONAIS
3 = 2 1 = 1
9 6 3 3

1) RETAS PARALELAS
LEMBRAR-SE DO 2) CORTADAS POR DUAS TRANSVERSAIS
TEOREMA DE TALES 3) SEGMENTOS DAS DUAS RETAS
TRANSVERSAIS SÃO PROPORCIONAIS

R S

A P
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

B Q

C R

77
Em função da distância GM
Em função da
(distância do
mediana
baricentro ao lado)

A
PONTOS NOTÁVEIS
A

DE UM TRIÂNGULO AM
G
GM
G
AM GM
B C B C
M M

MT AULAS
7E8
2. Bissetriz
Bissetriz é o segmento com uma extremidade em um
vértice que divide o ângulo interno formado por ele em
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
dois ângulos congruentes:
2 6, 7, 8 e 9 A

1. Mediana
B C
Mediana é o segmento que contém um dos vértices e o 
Na figura acima, ​o segmento BS​
​ é a bissetriz interna re-
^​
ponto médio do lado oposto: lativa ao ângulo ​AB ​C, pois determina nesse ângulo dois
A ângulos congruentes. Todo triângulo possui três bissetrizes
que se encontram em um ponto denominado incentro,
simbolizado na figura abaixo pela letra I:
A

B C I
M

Na figura acima, o segmento AM​​
​​ é a mediana relativa ao B C
  
lado BC​
​ , pois BM​​
​​ = CM​​
​​ .
O incentro determina o centro da circunferência inscrita
Todo triângulo possui três medianas que se encontram em ao triângulo:
um ponto denominado baricentro, simbolizado na figura A
abaixo pela letra G: O centro da circunferência inscrita ao
triângulo ABC coincide com seu incentro.
A
I

MAC
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

MAB
G B C

Como a circunferência inscrita tangencia os lados do triân-


B C
MBC gulo, resulta que o centro dessa circunferência (incentro) é
O baricentro divide cada mediana de forma que: equidistante dos três lados.
 
AG
​​ = 2​​GM​​​​​​BC

BG

  ​​
​​ = 2​​GM​​​​​​AC​

 3. Altura
CG
​ = 2​​GM​​​​​​AB 
Altura é o segmento cuja extremidade é um vértice do tri-
Assim, conclui-se que é possível dividir a mediana pelo ba- ângulo e que é perpendicular ao seu lado oposto (ou do
ricentro das seguintes formas equivalentes: prolongamento dele):

78
A r
A

s
C

B C
t
B C
H
   O circuncentro de um triângulo é o centro da circunferência
O segmento AH​
​ é a altura relativa ao lado BC​
​ , pois AH​
​ é
 circunscrita a ele:
perpendicular a BC
​ .​ A
r
Quando o triângulo é obtusângulo, a intersecção de duas O centro da circunferência
circunscrita ao triângulo
das alturas se dá com o prolongamento dos lados: s
ABC coincide com seu
A circuncentro. C

B C
t

C
B
 Aplicação do conteúdo
Observe que não há perpendicular relativa ao lado BC​
​ que
encontre o vértice A, internamente ao triângulo, portanto 1. Determine os raios das circunferências inscrita e cir-

deve-se prolongar o lado BC
​ .​ cunscrita a um triângulo equilátero de lado a.

Todo triângulo possui três alturas que se encontram em Resolução:


um ponto denominado ortocentro, simbolizado na figura
Em um triângulo equilátero, o baricentro, ortocentro, incen-
abaixo pela letra H:
A tro e circuncentro são coincidentes.

h a a R h a
H

r h
B C a

4. Mediatriz A altura h de um triângulo equilátero de lado a vale ____


dXX
​ a​  ​.
2
3 ​

Mediatriz é qualquer segmento de reta perpendicular a um Como a altura coincide com a mediana relativa a uma
lado do triângulo e que passa por seu ponto médio. mesma base, segue que o baricentro divide a altura em
dois segmentos, sendo que o maior corresponde também
A ao raio R da circunferência circunscrita ao triângulo, e o
r
segmento menor corresponde ao raio r da circunferência
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

inscrita ao triângulo. Assim:


d
​ XX dXX
3 ​ ​ = a ___
​ 2 ​ h = __
R = __ ​ 2 ​ a ​ ___ ​ ​ 3 ​ ​
3 3 2 3
B C Portanto, é possível dizer que, em um triângulo equilátero,
M
se R é o raio da circunferência circunscrita, e r o raio da
 circunferência inscrita ao triângulo, segue que:
A reta r é a mediatriz do triângulo relativa ao lado BC,​
​ pois

​ , e M é o ponto médio desse lado.
é perpendicular a BC​ R = 2r
Todo triângulo possui três mediatrizes que se encontram 2. No triângulo ABC a seguir, o ponto I é o incentro
em um ponto denominado circuncentro, simbolizado na do triângulo. Calcule a distância do ponto I até o lado​

figura a seguir pela letra C: AB​do triângulo.

79
 
B ​ é a distância de I até o lado AC​
Como IP ​ , e I equidista de

​ é de __
todos os lados, a distância de I até o segmento AB​ ​ 5 ​.
2

A P C

Resolução:

Se I é o incentro, ele equidista de todos os lados do triân-


gulo. Logo, calcula-se apenas a distância de I até o ponto P. multimídia: vídeo
Como o triângulo IPC é retângulo, é possível escrever: Fonte: Youtube
 ​ Pontos Notáveis do Triângulo -
IP
___ IP​
sen 30º = ​  ​ =​ ​___
​
IC 5 GEOMETRIA PLANA (Aula 06)
​  __
​ 1 ​ = ​___
__ ​ = ​ 5 ​
IP​ ↔ IP
2 5 2

DIAGRAMA DE IDEIAS

SEGMENTO DE RETA
PROPRIEDADES CONSTRUÇÃO
CARACTERÍSTICO

ENCONTRO DAS
MEDIANA MEDIANAS GERA MAB MAC
G
O BARICENTRO

B C
MBC

A O CENTRO DA
CIRCUNFERÊNCIA
INSCRITA AO
ENCONTRO DAS TRIÂNGULO ABC
BISSETRIZ BISSETRIZES GERA COINCIDE COM
SEU INCENTRO
O INCENTRO

B C

ENCONTRO DAS
ALTURA ALTURAS GERA O
VOLUME 1  MATEMÁTICA e suas tecnologias

ORTOCENTRO H

B C

O CENTRO DA
CIRCUNFERÊNCIA
CIRCUNSCRITA
AO TRIÂNGULO
ABC COINCIDE r A
ENCONTRO DAS COM SEU
CIRCUNCENTRO s
MEDIATRIZ MEDIATRIZES GERA
O CIRCUNCENTRO. C

B C
t

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