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Ao elaborar o seu material inovador, completo e moderno, o Hexag considerou como principal diferencial sua exclusiva metodologia em período integral, com aulas e Estudo
Orientado (E.O.), e seu plantão de dúvidas personalizado. O material didático é composto por 6 cadernos de aula e 107 livros, totalizando uma coleção com 113 exemplares.
O conteúdo dos livros é organizado por aulas temáticas. Cada assunto contém uma rica teoria que contempla, de forma objetiva e transversal, as reais necessidades dos
alunos, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar. Para melhorar a aprendizagem, as aulas possuem seções específicas com determinadas finalidades.
A seguir, apresentamos cada seção:
Coordenador-geral
Raphael de Souza Motta
editoração eletrôniCa
Felipe Lopes Santos
Letícia de Brito Ferreira
Matheus Franco da Silveira
imagenS
Freepik (https://www.freepik.com)
Shutterstock (https://www.shutterstock.com)
Pixabay (https://www.pixabay.com)
ISBN: 978-85-9542-196-7
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusi-
vo o ensino. Caso exista algum texto a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à dis-
posição para o contato pertinente. Do mesmo modo, fizemos todos os esforços para identificar e localizar os titulares dos
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O material de publicidade e propaganda reproduzido nesta obra é usado apenas para fins didáticos, não repre-
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SUMÁRIO
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA 5
AULAS 1 E 2: POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO 7
AULAS 3 E 4: EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU E PROBLEMAS CLÁSSICOS 15
AULAS 5 E 6: EQUAÇÕES DO SEGUNDO GRAU 23
AULAS 7 E 8: TEORIA DOS CONJUNTOS 28
TRIGONOMETRIA E ARITMÉTICA 35
AULAS 1 E 2: TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO 37
AULAS 3 E 4: PRODUTOS NOTÁVEIS 42
AULAS 5 E 6: FATORAÇÃO 45
AULAS 7 E 8: CONJUNTOS NUMÉRICOS 50
GEOMETRIA PLANA 57
AULAS 1 E 2: INTRODUÇÃO À GEOMETRIA PLANA 59
AULAS 3 E 4: ÂNGULOS NUM TRIÂNGULO E ÂNGULOS NUMA CIRCUNFERÊNCIA 65
AULAS 5 E 6: RAZÃO PROPORCIONAL E TEOREMAS DE TALES E DA BISSETRIZ INTERNA 73
AULAS 7 E 8: PONTOS NOTÁVEIS DE UM TRIÂNGULO 78
MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM
H1 Reconhecer, no contexto social, diferentes significados e representações dos números e operações - naturais, inteiros, racionais ou reais.
H2 Identificar padrões numéricos ou princípios de contagem.
H3 Resolver situação-problema envolvendo conhecimentos numéricos.
H4 Avaliar a razoabilidade de um resultado numérico na construção de argumentos sobre afirmações quantitativas.
H5 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos numéricos.
Utilizar o conhecimento geométrico para realizar a leitura e a representação da realidade e agir sobre ela.
Competência 2
H6 Interpretar a localização e a movimentação de pessoas/objetos no espaço tridimensional e sua representação no espaço bidimensional.
H7 Identificar características de figuras planas ou espaciais.
H8 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos geométricos de espaço e forma.
H9 Utilizar conhecimentos geométricos de espaço e forma na seleção de argumentos propostos como solução de problemas do cotidiano.
Construir noções de grandezas e medidas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 3
Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da realidade e a solução de problemas do cotidiano.
Competência 4
Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.
Competência 5
Interpretar informações de natureza científica e social obtidas da leitura de gráficos e tabelas, realizando previsão de tendência, extra-
Competência 6
Compreender o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos naturais e sociais e utilizar instrumentos adequados para medidas, determi-
nação de amostras e cálculos de probabilidade para interpretar informações de variáveis apresentadas em uma distribuição estatística.
Competência 7
Calcular medidas de tendência central ou de dispersão de um conjunto de dados expressos em uma tabela de frequências de dados agrupados (não
H27
em classes) ou em gráficos.
H28 Resolver situação-problema que envolva conhecimentos de estatística e probabilidade.
H29 Utilizar conhecimentos de estatística e probabilidade como recurso para a construção de argumentação.
H30 Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos de estatística e probabilidade.
MATEMÁTICA
ÁLGEBRA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
O Enem exigirá dos candidatos conceitos Potenciação e radiciação, por serem assun-
básicos de potenciação e radiciação. En- tos básicos, dificilmente serão cobrados
contraremos também situações problemas diretamente. Já para equações do 1.º e 2.º
que precisam de equações do 1.º e 2.º graus graus, podemos encontrar alguma questão,
para serem resolvidas. na primeira fase, exigindo uma leitura mais
atenta.
Potenciação e radiciação, são cobrados em Esta prova possui questões dissertativas Encontraremos propriedades de potencia-
questões de variações de grandezas físicas. com alto grau de dificuldade. Portanto, de- ção e radiciação em questões tanto de Ma-
Teoria dos conjuntos é cobrada com descri- vemos somar os conteúdos deste livro com temática como de Física e Química. Não é
ção no enunciado. Equações são assuntos os próximos para resolver os exercícios. difícil encontrar alguma questão em ambas
básicos que necessitam de outros tópicos as fases da Vunesp, exigindo do candidato
para que tenham uma aplicação. a produção de equações do 1.º e 2.º graus.
Dentro dos temas abordados neste livro, Esta prova exigirá de seu candidato alta A PUC-Camp exige do candidato uma O vestibular da Santa Casa aborda as
os equacionamentos do 1.º e 2.º graus habilidade em potenciação. A leitura de um firme análise das propriedades básicas de propriedades de potenciação e radiciação,
possuem maior incidência nesse vestibular. texto aliada a um raciocínio lógico-mate- potenciação e radiciação, quando explora dentro dos exercícios de Exatas. Realizar
mático será fundamental para resolver pro- questões de exponenciais e logaritmos. equacionamentos do 1.º ou 2.º graus é
blemas clássicos de equações do 1.º grau. imprescindível nas questões objetivas.
UFMG
Apresenta questões bem elaboradas, que A UFPR possui um vestibular com questões Esse vestibular exige pontos específicos
alinham os conteúdos deste livro com os dissertativas e objetivas, com alto grau de do candidato, pois possui uma quantidade
próximos e outras áreas de Exatas. dificuldade. O candidato deve resolver com menor de questões. Assim, a resolução de
proeza questões de equação do 1.º grau. equações do 1.º e 2.º graus e os outros
temas abordados neste livro são funda-
mentais.
Tanto no exame de qualificação, quanto O processo seletivo da Unigranrio possui O processo seletivo para Medicina da Sou-
no exame discursivo, ocorrem questões de questões mais diretas, diferentemente za Marques possui questões contextualiza-
equações do 1.º e 2.º graus. Conceitos de do Enem. Assim, a álgebra possui grande das, e os conteúdos abordados neste livro
potenciação e radiciação estarão, em gran- incidência nessa prova e o candidato deve são essenciais para suas resoluções.
de parte, das questões de Exatas. estar muito bem esclarecido em relação a
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
todos os temas.
6
(–3)³ = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = –27
(–3)4 = (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) ∙ (–3) = 81
A
tenção: Observe que, se a base for um número real ne-
gativo, e o expoente for um número natural ímpar, o re-
POTENCIAÇÃO E sultado será negativo; no entanto, se o expoente for um
número natural par, o resultado será positivo.
RADICIAÇÃO
()
2 , no qual a base é um núme-
3
§ Cálculo do valor de __
3
ro racional:
() ()()()
2 = __
2 ∙ __
2 ∙ __ 8
2 = ___
3
__
3 3 3 3 27
MT
No caso em que n < 2, deve-se definir:
AULAS
1E2 § b0 = 1, para b ≠ 0;
§ b1 = b.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) Algebricamente, sendo x ∈ ℝ, a potenciação pode ser es-
1e2 1, 3, 4, 7, 10 e 11 crita da seguinte forma:
x = x¹ x ∙ x = x² x ∙ x ∙ x = x³
bn = b ∙ b ∙ b ∙ ... ∙ b
n fatores
1.3. Potenciação com expoente racional
Modelo Dado um número real a e um número racional _ m_
n , sendo
m ∈ ℤ e n ∈ ℤ* (n ≠ 0), deve-se definir a potenciação de
§ Cálculo do valor de 25, no qual a base é um núme-
m
base a e expoente __n da seguinte forma:
ro natural:
25 = 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 = 32 a = ndXXX
am
§ Cálculo do valor de (–3)3 e (–3)4, no qual a base é um Como é possível observar, quando há um expoente racio-
número inteiro negativo: m
nal na forma da fração __ n , pode-se reescrever a potên-
7
x = ____
x 3 = ___
3x 3
( )
3 3
§ __
3
cia como uma raiz n-ésima de am. Serão definidas
yz (yz) y z
as propriedades das raízes n-ésimas aritméticas no
próximo capítulo.
Potência de uma potência
1.4. Propriedades Quando se tem uma potência em que sua base apresen-
ta outra potência, mantém-se a base e multiplicam-se
De modo geral, sendo a e b números reais, e m e n núme- os expoentes:
ros inteiros, valem as seguintes propriedades:
P5: (am)n = am ∙ n
Produto de potências de mesma base § (52)3 = 52 ∙ 3 = 56
Quando se tem o produto entre duas potências de mesma
§ (2 ∙ 32)4 = 24 ∙ (32)4 = 24 ∙ 32 ∙ 4 = 24 ∙ 38
base, somam-se os expoentes e conserva-se a base:
§ (x2 ∙ y5)3 = (x2)3 ∙ (y5)3 = x2 ∙ 3 · y5 ∙ 3 = x6 ∙ y15
P1: am ∙ an = am+n
Note que devido à propriedade comutativa da multiplica-
§ 23 ∙ 25 = 23+5 = 28 n m
ção, resulta que (am) = (an) .
() 1 = __
1
5
1 ∙ 23 = 2–5 ∙ 23 = 2–5+3 = 2–2 = __
§ __ n n
Atenção: Observe que (am) ≠ am . No caso de (am) , a base
n
2 22 4 n
do expoente n é am, e, no caso de am , a base do expoente n
§ 16 ∙ 32 = 24 ∙ 25 = 24+5 = 29 é m, e mn é o expoente da base a. Veja um exemplo:
§ x2 · __
x()
1 = x2 ∙ x–1 = x1 = x (2²)³ = (2²) ∙ (2²) ∙ (2²) = 4 ∙ 4 ∙ 4 = 64
22³ = 22 ∙ 2 ∙ 2 = 28 = 256
Quociente de potências de mesma base
Quando se tem o quociente entre duas potências de mes- 1.4.1. Resumo das propriedades
ma base, subtraem-se os expoentes e conserva-se a base:
Sendo a e b números reais, e m e n números inteiros,
an = am–n, se a ≠ 0
m
P2: __ segue que:
a
a = __
am , se b ≠ 0 25 = __
§ 0,25 = ___ 1 = 2–2
()
m m
P4: __ 100 4
b b
125 = __
1 = 2–3
()
2 = __
22 = __
4 § 0,125 = ____
2 2
§ __ 1.000 8
3 3 9
8
Veja como se pode simplificar o cálculo de uma expressão 1.6. Potências e notação científica
numérica envolvendo potências de mesma base:
Como foi visto, potências do tipo bn podem ser utilizadas
[_____________
1 ) ∙ 16 ]
4 ∙ ( __ para simplificar um produto de n termos iguais a b. Quando
–2
3 –1
8 se trata de grandezas muito grandes ou muito pequenas,
1 ( )
2
0,58 ∙ ___ podem-se utilizar potências de base 10 para representar
32 esses números. Esse tipo de representação é denominada
Escrevendo cada fator como uma potência de base 2, notação científica.
segue que:
Observe a fórmula da notação científica:
[ (2 ) ∙ (2 ) ∙ (2 ) ]
2 –3 –2
________________
4 3 –1
m ∙ 10e
(2–1)8 ∙ (2–5)2
na qual m é denominado mantissa, um número racional
Utilizando, agora, as propriedades da potenciação, pode-se maior do que 1 ou igual a 1 e menor que 10, enquanto que
realizar as simplificações: e é denominado a ordem de grandeza, expoente da base 10.
(22 ∙ 26 ∙ 212)–1 (22+6+12)–1 _____ (220)–1 Caso deseje escrever o número 2 500 000 (dois milhões
___________
–8 –10 = _______ –8+(–10) = –18
2 ∙2 2 2 e quinhentos mil) de forma mais concisa:
=2 –20–(–18)
= 2 =
–2 1
__
4 2 .500. 000 = 2,5 ∙ 1.000. 000 = 2,5 ∙ 106
Imagine um grande prédio em construção, com todos os seus elementos e estruturas, fundações, vigas e tijolos.
Fazendo uma analogia com a construção de um prédio, a potenciação e a radiciação são a base para a construção
dos conhecimentos algébricos.
Você poderá utilizar os conhecimentos aprendidos de potenciação na disciplina de Física, no uso da notação científica,
e na área de Geografia, mais especificamente na área de cartografia, uma vez que trabalhar com potências facilita a
mudança de escalas.
2. Radiciação
Chama-se radical a raiz enésima de um número real a, sendo α um número maior ou igual a zero, quando n é um natural par; ou
sendo α um número real, quando n é um natural ímpar.
__
a , em que a [ R+ e n [ N, com n ≥ 2, é chamado de radical.
n
√
9
Modelos ___
Para obter a igualdade, é possível fazer:
____ ___ __
7
√ −3 √
16
5
√ 2 1
___
36 __ √ 10
___
10 : 2 5
____
√ 210 = √ 210 : 2 = √ 25
__
___ __ ____ __
10 10 : 5
√ 32 = √ 25 = √ 25 : 5 = √ 2
10 2
Agora, veja um radical com índice par:
____
2
√ 121 = 11 e 121 = 112 2.1.3. Terceira propriedade
____ ___
2
√ 121 = √ 112 = 11
2 _____ ___ __
3 3 3
___
Observe as expressões √27 ∙ 8 e √27 · √ 8 .
De modo geral, vale a igualdade √ an = a, para todo a [
n
R+ e n [ N, com n ≥ 2.
Modelos
__ __ __
6 6 8 8 ____ __ __
√
42 √ 7
= 4 √ 7 = 7
= 7 De modo geral, segue que: √
a ∙ b = √n a · √ b , para todo a
n n
[ R+, b [ R+ e n [ N, com n ≥ 2.
Atenção: Essa propriedade é válida somente para a
maior do que zero ou igual a zero.
____ Modelos
√(-2)4 , a expressão não equiva-
4
Caso ocorra, por ____
exemplo,___ _____ __ ___
lerá a – 2, pois √(-2) = √16 = 2.
4 4 4 √4 ∙ 10 = √
4 ∙ √
10
__ _______ ___
____
Se, porém, o índice for ímpar, a propriedade √ an = a
√ 1 ∙ 100 = 4 ___ √
1 ∙ √100
n
___
4 4
√
3
√ __
Dessa forma, para uma expressão com radicais, é preciso 27
27 e ____
Observe as expressões ___ 3
8 3√ 8
impor a condição de existência:
10
2.3. Racionalização de denominadores
O processo de racionalização do denominador consiste em
multiplicar a fração dada pelo número 1, escrito como fra-
ção, de modo que o produto nos denominadores seja um
número racional.
Fonte: Youtube
d 2 dXX
XX 2 dXX2 dXX 2 dXX 2 dXX
2 · d XX 22 2
Uma Mente Brilhante
Observe que, depois da racionalização, escreve-se de outra
forma o número dado, agora com denominador racional.
dXX
2.2. Potenciação e radiciação 2 é mais simples do que calcular ___
Calcular ___ 1 .
2 d
XX
2
com radicais Acompanhe a racionalização dos denominadores de alguns
números agrupados nas situações a seguir:
Veja uma potenciação com radicais:
__ __ __ __ __ _________ __
( 5√ 2 )4 = 5√ 2 · 5√ 2 · 5√ 2 · 5√ 2 = 5√ 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ 2 = 5√ 24 Modelo 1
2 .
§ Racionalização do denominador de ____
De modo geral, para efetuar a potenciação com um __
ra- 3dXX
8
dical,
__ eleva-se o radicando ao expoente dado: (
√ a )n =
m
__ __
dXX 2√ 8 √
m n
√a , em que a ≥ 0, m é um número natural maior que 1, 2 = ____
____ 8 = ____
2 · ___ 8
= ___
3dXX
8 3dXX8 dXX 8 3 ∙ 8 12
e n é um número inteiro. __ __
3 .
§ Racionalização do denominador de 4___
m
Atenção: Repare que, se____
a < 0, então ( √ a )n ≠ √ an . Por exem-
m
__ ___
4 4 4
( 4 = √34 = 3, ( √−3 )4 não existe.
plo, se a = −3, tem-se: √−3) d
XX3
d 3 34dXX
4 XX
d 3
4 XX
4 3 = ____
4 3 = ____
3 3 = 4dXX
3
d d 729 = 2dXX
2 XXXXX
3 XXXX
9 = 3 e 6dXXXX
729 = 3
dd729 = 6dXXXX
2 3XXXXX
XXXX 729 = 3 Nesse denominador, há uma adição de dois números
irracionais. Para racionalizá-lo, multiplica-se a fração
De modo geral, para efetuar a radiciação com radicais, po- por:
de-se fazer mdXXX
XX
n
d a , em que a ≥ 0 e m e n são núme-
a = m · dn XX
ros naturais maiores que 1.
Modelo 2
dXXX
3
d 2 = 3 · 2dXX
XX 2 = 6dXX
2
dXX
6 .
dd Racionalização do denominador de ______
XXXXXXX
d d d 103 = ____
6 XXX
XXXXX XXXXX XXXX dXXX
1.000
3 _____ 1.000
= 2 · 3 _____ 103 = ____
= 6 ___ 10
4 – d XX
5
64 64 26
dXX
6
2
6 2
11
__ ______ __ __
II. Incorreta. 5√8 = 5√22 ∙ 2 = 5√22 · √
2 =
__ __
= 10√2 < 11√2
III. Correta. Tem-se:
__
(6√3 )2 = 36 · 3 = 108
O produto da soma pela diferença de a e b é: 2. Analise as seguintes expressões:
___
__
(a + b) · (a – b) = a2 – b2 3√12
I. ____
= 3√2
2 __
__ -1
√3
___
2.4. Potência com expoente fracionário √
II. (2 3 ) =
6
__1 __
O expoente de uma potência pode ser um número em for- 2
III. (24) = 2√2
ma de fração.
A(s) alternativa(s) verdadeira(s) é(são):
Observe o exemplo a seguir: a) I.
___
51/2 = (√51/2 )2 : 1.ª propriedade dos radicais b) II.
___ c) III.
(√51/2 )2 = d XXX
51/2 · d XXX
51/2 = d XXXXXX
51/2 + 1/2 : propriedade do d) I e II.
produto de potências de mesma base e) I e III.
d 51/2 + 1/2 = d XX
XXXXXX 51 = d XX
5
Resolução: Alternativa B
Portanto: 51/2 = d XX
5 . ___ __
__
3·2·√
3√12 ________ 3
5 , então 53/2 = (51/2)3 = ( d XX
Se 51/2 = d XX 5 )3 = d 5XX3 I. Incorreta. ____
= = 3√ 3
2 2 __ __
__
Da mesma forma, é possível escrever outras potências de √ 1
____ √__
___ √ 3
3 ___
II. Correta. (2 3 ) =
-1 __ · =
2√3 √ 3 6
expoente fracionário como um radical.
__1
2
4
__
2 = 2
5/3 dXX5
3
____
[ ] d[ ] √( ) d
XXXX XXX 3. Assinale a alternativa correta:
1 = 3 __
13 = 3 __
1 = __
1
2
1 = 3 __
2/3 2
__
8 8 2 26 4 __ __
____ 4 + √
a) √ 5 < 3
(0,3)2/7 = 7d(0,3)
XXXXX2
= 7√0,09 __ __ __ __
__
De modo geral, pode-se dizer que a = √ a para todo a m/n n m b) (√3 + √ 2 2 = (√ 3 )2 + ( √2 )2 = 3 + 2 = 5
)
[ R+, m [ Z e n [ N, com n ≥ 2. __
c) ___ 9__ = 6√3
√3
__
Aplicação do conteúdo __ 4 = √
d) ______ 5 + 1
( √5 − 1 )
___
1. Examine as afirmações a seguir: 16 = ±4
e) √
__ __ __
I. A subtração
__
( 2√8 – 3√2 )3__equivale a 2√2 .
Resolução: Alternativa D
II. 5√8 __é maior do que 11√2 .
__ __
III. (6√3 )2 é igual a 108. 5 > 3
4 + √
a) Incorreta, pois √
As afirmativas corretas são: __ __
b) Incorreta, pois ( √3 + √
2 )2 =
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
a) I e II apenas.
__ __ __ __ __
b) I e III apenas. = ( √3 )2 + 2 √ 2 + ( √2 )2 = 5 + 2 √
3 ∙ √ 6 .
c) II e III apenas. __ __
__
d) I, II e III. √3 9√3
c) Incorreta, pois ___ 9__ = ___
9__ ∙ ___
__ = ____
= 3√ .
3
√3 √3 __√3 3
Resolução: Alternativa B __
√
5 + 1 √
I. Correta. Desenvolvendo a subtração: __4 · ______
d) Correta, pois ______ __ = 5 + 1 .
__ __ __ __ ( √ 5 – 1 ) √ 5 + 1
(2 √ 2 3 = (2√23 – 3√ )
8 – 3√ ) 2 3= ___
__ __ e) Incorreta, pois √
16 = 4.
= (2√22 · 2 – 3√ 2 )3 =
__ __ __ __ __
= (2√22 · √
2 – 3√ )
2 3 = (4√2 – 3√2 )3 = 4. Analisando os números reais,
__ 3
__ ___
= ( √2 ) = 2√ 2 x=√
2,7...
12
____
y = [ √0,25 + (163/4)-1 ]-1 c) Verdadeiro.
____ ________
__ 5 – 2 < 0 = -- __
x + z < 0 : __ 1 < 0.
3
√ ()
3
5
z = √(23)2 – √56 · __
3 3 -2
6 d) Verdadeiro.
é FALSO afirmar que: x + y + z ∉ (ℝ – ℚ), pois a soma de três números
racionais será sempre um número racional.
3
a) _ zy < – __ ___ ___ ___
2
5. O valor da expressão √
50 – √
18 + √
98 é:
b) x – y < __ 1 ____
5 a) √
130
__
c) x + z < 0 b) –5__√2
c) 9√2
___
d) x + y + z ∉ ( ℝ – ℚ)
d) 5√13
__
Resolução: Alternativa A e) 15√2
_____ ___
___
x=√
9 √ 9 3
___ -1
√
25 = __
7 = ___
2,7... = 2 + __ 5
Resolução: Alternativa B
___ ___ ___
[ ]
____ -1
√50 – √ 98 =
18 – √
y = √0,25 + ( √163 ) ⇒
4
__ _____ __ __ __
√
36 = 4 – 6 = –2
⇒ 22 – 52 · ___
25
a) Falso.
3 : - __
__z < – __
y 5 = – __
2 = –2 · __ 5 e – __
5 > – __
3 . multimídia: site
2 __8
8 4 4 2
5
b) Verdadeiro. https://pt.khanacademy.org/math/pre-algebra/pre-alge-
x – y < __ 5 – __
1 : __ 8 < __
1 = ___
1 < __
1 . bra-exponents-radicals
5 3 5 5 15 5
13
DIAGRAMA DE IDEIAS
EXPOENTE
(QUANTIDADE DE VEZES (EXPOENTE)
QUE A BASE É MULTIPLI-
n
POTENCIAÇÃO
CADA POR ELA MESMA)
a a• a• a• a•... •a
n VEZES
BASE
(NÚMERO A SER (BASE)
MULTIPLICADO)
"RAIZ" VEM DO
(ÍNDICE) LATIM RADIX, QUE
QUER DIZER "LADO".
n QUANDO ALGUÉM
RADICIAÇÃO
OPERAÇÃO INVERSA
DA POTENCIAÇÃO a DIZ "RAIZ
QUADRADA DE 9",
ESTÁ PENSANDO EM
"QUAL É O LADO
(RADICANDO) DO QUADRADO
DE ÁREA 9?".
9=3 9
1 1 1
1 1 1 3
1 1 1
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
14
Observe a seguinte igualdade:
1+x=3
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 19, 21, 22 e 23
1. Equações
multimídia: site
A primeira referência conhecida que trata das equações
está relacionada ao chamado Papiro de Rhind (também
conhecido como Papiro de Ahmes), um dos documentos https://pt.khanacademy.org/math/cc-sixth-grade-math/
egípcios mais antigos sobre Matemática, escrito no ano de cc-6th-equations-and-inequalities
1650 a.C.
A álgebra começa a ser pesquisada a partir do século IX, Modelos
com a obra de Al-Khwarizmi (738-850 d.C), que trata do 1. 2x + 4 = 6, para x [ R
estudo das equações com uma ou mais incógnitas em uma
O único valor real que torna a equação verdadeira é x = 1,
resolução de problema. Em sua interpretação, quando é
logo S = {1}.
possível representar em linguagem simbólica, na forma de
uma equação, o resultado é a equação como uma conse- 2. x² = 4, para x [ R
quência da situação-problema. Al-Khwarizmi, um dos maio- Os valores reais que tornam a equação verdadeira são
res matemáticos árabes, resolvia as equações de um modo x = 2 ou x = –2, logo S = {–2, 2}.
semelhante ao atual: tudo, até mesmo os números, era re- 3. 0x + 1 = 1, para x [ R
presentado por palavras. O livro Al-jabr wa’l mugãbalah tra-
Nesse caso, nota-se que independentemente do valor de x,
zia explicações minuciosas sobre a resolução de equações.
a equação é verdadeira, logo S = R.
Diofante, por sua vez, foi um matemático grego que viveu
4. x² = –1, para x [ R
no século III. Ele se dedicou à álgebra e aplicou a ideia de
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
representar um número desconhecido por uma letra; as- Nesse caso, nota-se que não há valor real de x que torne a
sim, influenciou decisivamente outros matemáticos. equação verdadeira, logo S = Ø.
Para descobrir os valores que compõem o conjunto solu-
A equação de 1.º grau é definida como “uma sentença
ção, é possível manipular a equação utilizando algumas
aberta que exprime uma igualdade entre duas expres-
propriedades com o intuito de isolar a variável (incógnita)
sões numéricas”.
em um dos membros da equação.
A palavra “equação” deriva do latim equatione, que significa
“equacionar”, “igualar”. As expressões numéricas, separa- P1: Se um mesmo número for somado ou subtraído
das pelo sinal de igualdade, chamam-se “membros”; cada de ambos os membros de uma igualdade, a igualdade
membro é composto por “termos”; e esse termo, que multi- permanecerá verdadeira.
plica as letras, chama-se “coeficiente de termo”.
15
Modelos Modelos:
1. x – 4 = 10 1. __ x = 6
x – 4 + 4 = 10 + 4 4
x = 14 x · 4 = 6 · 4
__
4
x = 24
Logo, S = {14}
Logo, S = {24}
2. 3 + x = 1
3+x–3=1–3 2. –2x = 6
x = –2
6
–2x = ___
___
–2 –2
Logo, S = {–2} x = –3
A equação do primeiro grau é a mais simples das equações estudadas no Ensino Médio, mas não é menos importan-
te do que as outras. As famosas fórmulas da disciplina de Física, como Q = m · c · Dq, que equaciona a quantidade
de calor, e a equação horária do movimento retilíneo uniforme, s = S0 + vt, são equações do primeiro grau.
Aprender a manipular as equações do primeiro grau fará com que você aumente seus horizontes tanto em
Matemática quanto em Física.
16
3. Resolver ___ 3
x = __ Nesse caso, deve-se ter também mais de uma equação.
–4 2
Um conjunto de equações determina um sistema de
De modo semelhante ao exemplo anterior, ambos os
equações. Existem principalmente dois métodos para
membros da igualdade devem ser multiplicados por –4:
resolver tais sistemas: o método da substituição e o
___ 3 · (–4)
x · (–4) = __ método da adição.
–4 2
–12
x = ____ = –6
2 2.1.1. Método da substituição
Logo, S = {–6}.
Esse método consiste em obter, a partir de uma das equações,
Outra maneira de resolver equações desse tipo é realizan- uma incógnita em função das demais. Depois, substitui-se
do o produto cruzado: esse resultado nas outras equações. Observe um exemplo:
x = __
___ 3 à 2x = 3(–4)
–4 2 Primeiramente, escolhe-se uma das equações e isola-se
2x = –12 à x = ____ –12
= –6 qualquer uma das incógnitas. Por exemplo, a incógnita x
2
na equação (I) é isolada:
x + 2= __
4. Resolver _____ 5
6 3
(I) x + 3y = 11 ä x = 11 – 3y
Realizando o produto cruzado, tem-se:
Em seguida, o valor encontrado para x na equação é subs-
3(x + 2) = 6 · 5 à 3x + 6 = 30 tituído na equação (II):
3x = 30 – 6
(II) 2x + y = 7
3x = 24
24 = 8
x = ___ 2(11 – 3y) + y = 7
3
22 – 6y + y = 7
Logo, S = {8}.
–5y = –15
12 –
x + 1 = __x
5.Resolver ______
3 2 –15 = 3
y = ____
–5
Em somas ou subtrações de frações, primeiramente é pre-
Logo, y = 3.
ciso encontrar o mínimo múltiplo comum entre os deno-
minadores. Assim, todos os denominadores são reduzidos Com esse resultado, é possível substituir o valor de y em
a um denominador comum, permitindo, então, cancelá-lo: quaisquer das equações. Utilizando a equação (I):
mmc(1,2,3) = 6 (I) x + 3y = 11
2 · (12 – x) + 6 · 1 ____
______________
= 3 · x x + 3(3) = 11
6 6
x + 9 = 11
Multiplicando ambos os membros por 6, os denominado-
x=2
res são cancelados. Efetuando as operações no restante da
igualdade, tem-se: Assim, a solução do sistema de equações é S = {(2; 3)}
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
17
Se a equação (I) for multiplicada por −2, será obtido o Observe que a escolha do fator –2 para multiplicar a equa-
seguinte sistema: ção teve como finalidade igualar o valor absoluto dos
coeficientes da incógnita x nas duas equações.
Agora, a partir do valor de y, basta substituir em qualquer
das equações. Em (I), tem-se:
VIVENCIANDO
Nos restaurantes por quilo, ou self-service, ocorre um exemplo de aplicação de uma equação de primeiro grau. Três
informações são indicadas no leitor da balança: 1) o peso da comida; 2) o valor por quilo da comida; 3) o valor a
ser pago. Com duas das três informações, é possível verificar a terceira informação desconhecida por meio de uma
equação do primeiro grau:
Valor a ser pago = Peso da comida multiplicado pelo valor do quilo da comida
R$12,00 = x kg ∙ 30 R$/kg
12 = x ∙ 30
12
x = ___
30
x = 0,4 kg ou 400 g
2x + 6 = 3x – 4
formá-lo em linguagem matemática, como uma equação,
utilizando os dados fornecidos para chegar a uma conclu- 6 + 4 = 3x – 2x
são, com base no pedido no enunciado. Por meio de alguns 10 = x
exemplos, será demonstrado como problemas envolvendo
equações de primeiro grau são enunciados. Portanto, o número pedido é 10.
1. Dado um número x, a soma do dobro desse número 2. Um executivo distribui seus rendimentos mensais da
com 6 equivale à diferença entre o triplo desse número seguinte maneira: 1 __ para o plano de saúde, 1
__ para a
e 4. Qual é esse número? 1 8 4
poupança, __ para a alimentação e a moradia e os R$
6
Resolução: 6.600,00 restantes para o lazer. Quanto o executivo
§ “soma do dobro desse número com 6”: 2x + 6 poupa a cada mês?
18
Resolução: Multiplicando ambos os lados da equação por –1, tem-se:
Quando o problema menciona “ __1 para o plano de saúde”, –2x = –18 à 2x = 18 ⇒ x = 9
8
entende-se que ele destina __ 1 do valor total que recebe Portanto, nessa chácara há 9 galinhas.
8
para o plano de saúde. Como o valor que ele recebe ao todo
4. Em uma escola de música, o salário mensal de
não é conhecido, ele é denominado x. Assim, é possível escre- um professor é de R$ 800,00. Além disso, ele ganha
ver que, para o pagamento do plano de saúde, ele destina __ 1 R$ 20,00 por mês por cada aluno inscrito em suas au-
8
1 ∙ x = __
de x, ou seja, __ x . las. Para receber R$ 2.400,00 por mês, quantos alunos
8 8 devem estar matriculados em suas aulas?
Assim, se todos os valores que ele destina a cada atividade
Resolução:
forem somados, teremos o valor total de x:
Considerando x a quantidade de alunos matriculados e
x + __
__ x + __
x + 6 600 = x multiplicando o valor recebido por cada aluno matricula-
8 4 6
do (R$ 20,00) pela quantidade de alunos matriculados,
mmc(4,6,8) = 24 obtém-se o valor recebido pelo professor por cada aluno
inscrito em suas aulas.
Somando ao valor fixo de R$ 800,00, chega-se ao salário
⇒13x + 158 400 = 24x ⇒ final do professor. Como ele deve receber mensalmente
R$ 2.400,00, tem-se a seguinte equação:
⇒158 400 = 24x – 13x ⇒
20 · x + 800 = 2 400
⇒158 400 = 11x⇒
Resolvendo a equação:
158 400
⇒ x = _______ = 14 400 20 · x = 2 400 – 800
11
Dessa forma, como o valor total recebido mensalmente 20 · x = 1 600
pelo executivo foi denominado x, segue que o valor P des-
1.600
x = _____ = 80
tinado à poupança corresponde a __ 1 de x: 20
4
Assim, deve haver 80 alunos matriculados.
1 x = __
P = __ 14.400
x = ______
= 3 600
4 4 4
3. Problemas clássicos
Portanto, o executivo poupa R$3 600,00 ao mês.
Alguns problemas são comuns no vestibular, e não há fór-
mula para resolvê-los. No entanto, analisando a resolução
3. Em uma chácara, há galinhas e vacas, totalizando 14 de alguns deles, é possível utilizar os mesmos métodos
cabeças e 38 pés. Calcule o número de galinhas. para problemas semelhantes. Observe os exemplos:
Resolução: § Uma torneira enche um tanque em 16 horas, e outra, em 12
Sendo x o número de galinhas e y o número de vacas, horas. Estando o tanque vazio e abrindo simultaneamente
e considerando que cada vaca e cada galinha possuem as duas torneiras, em quanto tempo encherão o tanque?
uma cabeça, cada galinha possui dois pés, e cada vaca, § Um trabalhador em uma fazenda consegue arar todo
quatro. Tem-se: o campo em 16 horas. Um outro trabalhador consegue
arar o mesmo campo em 12 horas. Em quanto tempo
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
19
3.1. O problema das torneiras Depois de pagar R$ 3,00 de estacionamento, resulta que:
Entrou Douglas x y 2x
Loja Gastou Saiu com...
com...
1 x x + 1
__ x – 1
__ Acompanhe passo a passo a construção da tabela:
2 2
1. Eric disse: “Hoje eu tenho o dobro da idade que tu tinhas
2 x____
–
2 x____
–
2+1 x____
–
2–1
2 4 4 [...]”. Daí, Eric, no presente, tem 2x anos, e Douglas, x anos,
3 x____
–
6 x____
–
6+1 x____
–
6–1 no passado.
4 8 8
2. Eric disse: “[...] quando eu tinha a idade que tu tens”.
4 x_____
– 14
x_____
– 14
+ 1 x_____
– 14
– 1
8 16 16 Então, Eric tinha y anos no passado (quando Douglas tinha
5 x_____
– 30
x_____
– 30
+ 1 x_____
– 30
– 1
x anos), sendo y anos também a idade de Douglas hoje,
16 32 32 no presente.
20
3. Eric disse: “Quando tu tiveres a idade que eu tenho [...]”.
Então, no futuro, a idade de Douglas será 2x (a mesma de
Eric no presente).
⇒5x2 – 37x + 60 = 0 ⇒
4. Eric disse: “[...] a soma das nossas idades será 90 anos”. ⇒ x = 5 ou x = 2,4 (não convém)
Então, como no futuro a idade de Douglas será 2x, a de
Dessa forma, o primeiro, o segundo e o terceiro tratores gas-
Eric será o que está faltando para completar os 90 anos, ou
tam, respectivamente, x – 2 = 3h, x – 3 = 2h e x = 5h. En-
seja, a idade de Eric será (90 – 2x) anos.
tão, se os três gastarem y horas para fazer o serviço juntos,
Considerando que, em qualquer tempo, a diferença entre em uma hora eles farão:
as idades será sempre a mesma:
1y = __
__ 1 + __
1 + __ 31
1 = ___
I. y – x = 2x – y ⇒ 2y = 3x 2 3 5 30
Aqui, recorre-se ao artifício do problema da proporção para 30 horas.
Resposta: ___
31
evitar as frações.
2y = 3x = 6k ⇔ y = 3k
x = 2k 3.5. O problema da água e do vinho
II. y – x = (90 – 2x) – 2x ⇒ y + 3x = 90 Um barril contém 30 litros de água, e o outro, 20 litros
de vinho. Simultaneamente, x litros de cada barril são tro-
⇒ 3k + 6k = 90 ⇒ k = 10
x = 20 cados. Essa operação se repete várias vezes e é possível
⇒ y = 30 comprovar que a quantidade de vinho em cada barril se
mantém constante depois da primeira operação. Determi-
Logo, hoje Eric tem 2x = 40 anos, e Douglas, y = 30 anos. ne quantos litros (x) são trocados em cada operação.
2. Tempo gasto pelo segundo trator : tempo gasto pelo necem inalteradas em cada barril. Então, as quantidades
primeiro trator, menos 1 hora : (x – 3) horas. de vinho trocadas são iguais:
Observe: Se o primeiro trator gasta uma hora a mais do Vinho que sai do 1.º barril = Vinho que sai do 2.º barril. As-
que o segundo, então o segundo gasta uma hora a menos sim, obtém-se:
do que o primeiro.
(
3. 1h e 12 minutos = 1 + ___ ) 6 h
12 h = __
x · x = _____
___
30 20 (
20 – x · x
)
60 5
Uma vez que x é diferente de zero, tem-se:
1
4. Em uma hora de trabalho, o primeiro trator realiza ____
x –2
1 , e os dois, juntos, fazem
do serviço, o segundo faz ____
__ 20 – x ⇒ x = 12
x = _____
x–3 3 2
__ 5 . Assim:
1 = __ Resposta: 12 litros
6 6
__
5
21
DIAGRAMA DE IDEIAS
• X É UMA INCÓGNITA
CONHECIMENTOS
PRÉVIOS: 1+x=3 • TODA EQUAÇÃO TEM UM
CONJUNTO SOLUÇÃO.
• OPERAÇÕES BÁSICAS 1.º MEMBRO 2.º MEMBRO
• FRAÇÕES
• 2 É A RAIZ QUE TORNA A
IGUALDADE ENTRE
• DISTRIBUTIVAS
EQUAÇÃO UMA SEN-
OS MEMBROS
TENÇA VERDADEIRA.
22
se tem D < 0, o radical é negativo, e seu resultado para
números reais não pode ser definido.
Modelos
EQUAÇÕES DO 1. Encontre o conjunto solução da equação.
x² – 5x + 6 = 0
SEGUNDO GRAU Determinando os parâmetros, segue:
a=1
b = –5
c=6
MT
Calcula-se primeiramente o discriminante:
AULAS
5E6 D = b2 – 4ac = (–5)2 – 4 · 1 · 6 = 1
Como D > 0, a equação apresentará duas raízes reais dis-
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) tintas: x1 e x2:
5 19, 21, 22 e 23 –b ± d XXXXXXX
b2 –(–5) ± d XX
– 4ac = _________1 5 ± 1
____________
x = = _____
=
2a 2·1 2
{ 5 +
1= 3
1. Equações do segundo grau x1 = _____
=
2
Uma equação de segundo grau pode ser escrita na forma 5 –
x2 = ____ 1= 2
2
ax² + bx + c = 0, com a i 0 e a, b e c parâmetros reais.
As equações desse tipo podem apresentar até duas solu- Logo, o conjunto solução é S = {2, 3}.
ções distintas, ou seja, podem existir dois valores reais de
2. Encontre o conjunto solução da equação.
x que satisfaçam a igualdade. É por meio da fórmula de
Bhaskara que as soluções devem ser encontradas: 25 + x² – 10x = 0
Determinando os parâmetros, segue:
– b ± d XXXXXXX
x = ____________
b2 – 4ac
a=1
2a
b = –10
Sendo a, b e c os coeficientes de uma equação do tipo ax² c = 25
+ bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções (denominadas Note que os parâmetros a e b são, respectivamente, os
raízes) x1 e x2 são dadas, então, por: coeficientes de x² e x, e c é o termo independente, não
_______ sendo necessariamente o primeiro, segundo e terceiro
–b + d XXXXXXX
b2 e
– 4ac √ 2 – 4ac
____________
x1 = –b – b
____________
x2 = termos da equação.
2a 2a
O termo b2 – 4ac, denominado discriminante, é represen- Identificando o discriminante:
tado pela letra grega delta maiúscula (D). O valor numérico D = b2 – 4ac = (–10)2 – 4 · 1 · 25 = 0
do discriminante indica a quantidade de raízes reais distin-
Como D = 0, a equação apresentará apenas uma raiz real.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
23
Calculando o discriminante: 1.1. Condições para o
D = b2 – 4ac = (1)2 – 4(1)(1) = –3 número de raízes reais
O valor numérico do discriminante indica o número de
Como D < 0, a equação não apresenta raízes reais, portan- raízes reais de uma equação de segundo grau. Assim, é
to não é necessário calcular as raízes. possível, caso haja um coeficiente desconhecido, verificar
O conjunto solução é S = Ø. sob quais condições esse parâmetro oferece duas, uma
ou nenhuma raiz real.
VIVENCIANDO
Imagine as seguintes situações: um designer de interiores precisa verificar se os móveis de uma casa estão bem dis-
postos dentro de cada cômodo e um pedreiro precisa confirmar a metragem de uma parede antes de levantá-la. Com
efeito, em todos os momentos em que um cálculo de área for exigido, a equação de segundo grau será a ferramenta
essencial para a resolução do problema.
a=m
Aplicação do conteúdo b = –1
1. Qual deve ser o valor real do parâmetro k para que c=1
a equação 2x² + 4x + k = 0 forneça apenas uma solu- Para que a equação apresente duas raízes reais, o discrimi-
ção real?
nante deve ser positivo:
Resolução:
D = b2 – 4ac > 0
Determinando os parâmetros, segue:
(–1)² – 4 · m · 1 > 0
a=2
b=4 1 – 4m > 0
c=k –4m > –1
Como a equação deve fornecer apenas uma raiz real, o dis-
1
m < __
criminante deve ser nulo: 4
D = b2 – 4ac = 0 1 , a equação apresen-
Logo, se o valor de m for menor que __
4
4² – 4 · 2 · k = 0 tará duas soluções reais distintas.
16 – 8k = 0 Para que a equação não apresente raízes reais, o discrimi-
nante deve ser negativo:
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
–8k = –16
–16 = 2
k = ____ D = b2 – 4ac < 0
–8
Logo, se ocorrer k = 2 na equação 2x² + 4x + k = 0, haverá (– 1)² – 4 · m · 1 < 0
apenas uma raiz real. Veja que não é preciso calcular a raiz. 1 – 4m < 0
2. Quais os valores de m para que a equação mx² – x + 1 = 0 – 4m < –1
apresente duas raízes reais distintas? E para quais valores
não apresenta raízes reais? 1
m > __
4
Resolução: 1 , a equação
Dessa forma, se o valor de m for maior que __
4
Determinando os parâmetros, segue: não apresentará raiz real.
24
1.2. Equações de segundo grau Assim, as raízes são x1 = 0 e x2 = __ 5 , ou seja,
4
incompletas
Quando uma equação do segundo grau ax² + bx + c = 0
S = 0, __
4 { }
5 .
apresenta b = 0 ou c = 0, mesmo sendo possível utilizar 1.3. Soma e produto das raízes de
a fórmula de Bhaskara, existem modos mais eficientes de
encontrar as raízes.
uma equação de segundo grau
Considerando uma equação do segundo grau com
1.2.1. Caso b = 0 ax² + bx + c = 0, com a i 0, as duas soluções x1 e
Uma equação do tipo ax² + c = 0 pode ser resolvida sem x2 são dadas por:
a utilização da fórmula de Bhaskara. Observe um exemplo: _______ _______
√ 2 – 4ac √ 2 – 4ac
– b + b
x1 = ____________
– b – b .
e x2 = ____________
§ Calcule as soluções da equação 2x² – 8 = 0. 2a 2a
Isolando o termo x² em um membro da equação: Sendo S a soma das raízes:
__ __
2x² = 8 _ √ –b – √ .
∆ + ________∆ ä
b +
S = x1 + x2 = ________
2a 2a
x² = 4 __ __
√ b–√
Como existem dois valores para x, que, quando elevados à –b + ∆ – .
_______________
ä S = ∆ ä
2a
segunda potência, resultam no valor 4, as raízes da equa-
ção são x1 = 2 e x2 = –2. Assim, S = {–2, 2}. ä S = – ___ 2b = – __a b .
2a
§ Calcule as soluções da equação x² + 5 = 0.
Logo: S = – __a b ä –S = __a b .
Isolando o termo x²:
x² = –5 Sendo P o produto das raízes:
__ __
Note que não existe um valor que, elevado ao quadrado, (–b + √ ∆ ) (–b –√∆ )
P = x1 · x2 = _______
· ______
ä
resulte em um número negativo. Assim, S = Ø. 2a 2a
__ __
(–b)2 – (√∆ )2 b_____
√∆
= – 2 ä
2
–b
ax + b = 0 à x = ___
a
Assim, o coeficiente do termo do 1.º grau será a soma das
raízes com o sinal trocado, e o termo independente será o
–b
Assim, as raízes são x1 = 0 e x2 = ___
a .
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Equações do segundo grau estão intimamente relacionadas às funções do segundo grau estudadas na disciplina
de Física. Um exemplo é a equação horária do espaço s = s0 + v0t + __ 1 at2, para t0 = 0, chamada de “sorvetão”. A
2
resolução desse tipo de problema se torna mais fácil com a aplicação da fórmula de Bhaskara.
1.4. Equações biquadradas Essa equação pode ser resolvida por meio da fórmula de
Bhaskara, resultando em y1 = 4 e y2 = 9.
Quando uma equação do quarto grau possui a forma:
Contudo, como x² = y, segue que:
ax4 + bx² +c = 0 (sendo a i 0)
§ x² = 4, logo x1 = 2 e x2 = –2.
ela é denominada equação biquadrada. Note que a
equação de quarto grau possui somente variáveis com expo- § x² = 9, logo x3 = 3 e x4 = –3.
ente par. Observe alguns exemplos de equação biquadrada:
Assim, o conjunto solução é S = {–2, –3, 2, 3}.
x4 + 2x2 – 1 = 0
2. Encontre o conjunto solução da equação biquadrada
2x4 – 8 = 0
x4 + x2 – 2 = 0.
x4 – 4x2 = 0
Contudo, casos como: Substituindo x² por y, tem-se:
x4 + 2x3 – x2 + 7 = 0 y² + y – 2 = 0
5x4 – 2x2 + x – 1 = 0 Resolvendo a equação de segundo grau, resulta y1 = 1 e
y2 = –2.
não são equações biquadradas, pois possuem coeficientes
não nulos em variáveis de grau ímpar. Retornando à variável x, chega-se a:
Esses casos particulares de equações incompletas de quar- § x² = 1, logo x1 = 1 e x2 = –1.
to grau podem ser resolvidos por meio de uma substituição
de variável realizada de modo a reduzir a equação de quar- § x² = –2 (não há valores reais de x que satisfaçam
to grau a uma de segundo grau. essa igualdade)
Considere a equação ax4 + bx² + c = 0, com a i 0. Subs- Assim, o conjunto solução é S = {–1, 1}.
tituindo x² por y, resulta: 3. Encontre as raízes da equação x4 – 16 = 0.
x4 = (x²)² = (y)² = y² Realizando a substituição x² = y, tem-se:
Logo, a equação na variável y é:
y² – 16 = 0
ay² + by + c = 0
y² = 16
Como já visto, essa equação possui as raízes:
y = ± 4, ou seja, y1 = 4 e y2 = –4.
dXXXXXXX dXXXXXXX
–b + b e
– 4ac –b – b
– 4ac .
2 2
y1 = ____________ y2 = ____________
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
26
DIAGRAMA DE IDEIAS
CONHECIMENTOS
PRÉVIOS:
• FATORAÇÃO ax² + bx + c = 0 x= - b +- b² - 4ac
• PRODUTO NOTÁVEL com a ≠ 0 2a
• POTENCIAÇÃO
E RADICIAÇÃO
DISCRIMINANTE
27
A representação por extensão pode ser aplicada para con-
juntos infinitos ou finitos, mesmo que o número de ele-
mentos seja muito grande. Veja:
MT AULAS
7E8
Por exemplo, um conjunto A = {0, 2, 4, 6, 8} pode ser repre-
sentado pelo seguinte diagrama:
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
1, 5 e 6 1, 2, 5, 21, 22, 23 e 25
§ 6 ÓA
(Lê-se: o elemento 6 não pertence ao conjunto A)
28
1.2. Relações de inclusão É possível, em alguns casos, tratar conjuntos como elemen-
tos de um outro conjunto. Veja:
Para relacionar dois conjuntos, são utilizadas as relações
de inclusão. Se todo elemento de um conjunto B perten- A = {1, 2, 3, {3}}
ce a outro conjunto A, afirma-se que o conjunto B está
contido no conjunto A. Essa relação é simbolizada da se- Nesse caso, o conjunto A é formado pelos algarismos 1,
guinte maneira: 2 e 3 e por um conjunto que contém o algarismo 3. Dessa
forma, é possível escrever:
B ,A
{3} [ {1, 2, 3, {3}}
Caso algum elemento de B não pertença ao conjunto A, O conjunto unitário {3} é tratado como sendo um elemen-
o conjunto B não estará contido em A. Essa relação é to do conjunto A.
simbolizada da seguinte maneira:
B ÷A
1.3. Igualdade de conjuntos
Dois conjuntos são iguais quando possuem os mesmos
As relações de inclusão , e ÷ relacionam dois conjuntos. elementos. Caso dois conjuntos A e B sejam iguais, a indi-
cação será A = B.
Considerando os conjuntos A e B representados pelo dia-
grama de Venn, tem-se: A negação da igualdade é indicada por A i B (A é dife-
rente de B). Isso quer dizer que um desses conjuntos possui
pelo menos um elemento que não pertence ao outro.
Observe que, se A , B e B , A, então A = B.
§ 1 , {1, 2, 3} ou
Errado – a relação de inclusão “,” relaciona dois con- A = {x | x tem a propriedade p},
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
juntos, e 1 é um elemento.
quando a intenção é se referir a U de modo implícito.
§ {1} , {1, 2, 3}
Correto – o conjunto formado pelo número 1 está conti- 1.5.Conjunto unitário
do no conjunto {1, 2, 3}. O conjunto que possui um único elemento é chamado de
conjunto unitário.
§ {2} [ {1, 2, 3}
Considere, por exemplo, o conjunto P = { x | x é um número
Errado – o elemento {2} não pertence ao conjunto {1, 2, 3}.
primo par e positivo}.
§ 2 [ {1, 2, 3} O único número primo par e positivo é 2. Assim, P é um
Correto – o elemento 2 pertence ao conjunto {1, 2, 3}. conjunto unitário e é possível escrever P = {2}.
29
1.6. Conjunto vazio Observe que o elemento 4 pertence a A, mas não pertence
a B. A indicação é:
O conjunto que não possui elementos é chamado de con-
A ÷ B (A não está contido em B)
junto vazio. Observe:
B À A (B não contém A)
Se A for o conjunto dos números primos menores que 2,
esse conjunto não possuirá elemento, pois não há número O símbolo ÷ significa “não está contido”, e À significa
primo menor que 2. “não contém”.
O conjunto vazio é representado por { } ou Ø. Um conjunto A é subconjunto do conjunto B quando todo
Note que, como o símbolo Ø já representa um conjunto, elemento de A também pertence a B.
para representar um conjunto vazio é possível escrever { }
ou Ø, mas não {Ø}. Lembre-se:
Se A , B e B , A, então A = B.
1.7. Subconjuntos
Os símbolos ,, ., ÷ e À são aplicados para relacio-
Os conjuntos A e B são também representados por diagrama: nar conjuntos.
Para todo conjunto A, tem-se A , A. Para todo con-
junto A, tem-se Ø , A, em que Ø representa o con-
junto vazio.
2. Operações
2.1. União de conjuntos
Considere os conjuntos A = {0, 2, 4, 6} e B = {0, 1, 2, 3, 4}.
Agora, considere um conjunto C, formado pelos elementos
A = {1, 3, 7} e B = {1, 2, 3, 5, 6, 7, 8} que pertencem a A, a B ou a ambos:
É possível notar que qualquer elemento de A também per-
tence a B. Nesse caso, afirma-se que A está contido em B
ou A é subconjunto de B.
A indicação é: A , B (A está contido em B). O conjunto C é denominado união de A e B.
Esse símbolo significa “está contido”. A união de dois conjuntos A e B é o conjunto formado por
Também é possível dizer que B contém A. todos os elementos que pertencem a A ou a B.
Caso exista ao menos um elemento de A que não pertença 2.1.1. Propriedades da união
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Modelos
1. Determine a união dos conjuntos A = {0, 2} e B = {x [ N
| x é impar e 0 < x < 6}.
30
A união dos conjuntos A e B é: Modelo
1. Em cada caso a seguir, determine A > B e crie a repre-
sentação em diagrama.
a) A = {0, 1, 2} e B = {0, 1, 2, 3, 4}
Por diagrama, tem-se: b) A = {0, 2} e B = {1, 3, 5}
Do enunciado:
a)
ä
Em diagrama:
Observe que os conjuntos A e B não possuem elementos
comuns.
2. Determine a união dos conjuntos A = {1, 2, 3, 4} e B =
{3, 4, 5, 6}.
A união entre os conjuntos A e B pode ser representada
pelo diagrama de Venn da seguinte maneira:
b)
31
Se B , A, a diferença A – B denomina-se complementar à (equivalente) ' (existe ao menos um)
de B em relação a A e é indicada por C AB. ` (e) (não existe)
~ (ou) 5 (igual)
C AB= A – B . (maior que) Þ (diferente)
, (menor que) < (aproximadamente)
Por exemplo, se B = {2, 3} e A = {0, 1, 2, 3, 4}, então C AB =
A – B = {0, 1, 4}.
Em diagrama: 4. Número de elementos em
um conjunto A: n(A)
O número de elementos contidos no conjunto A é repre-
sentado por n(A). Observe:
A = {x | x representa os dias de uma semana} ä n(A) = 7
Lembre-se:
O complementar de B em relação a A é o que falta para o
conjunto B ficar igual ao conjunto A. Assim, o complementar § Conjunto unitário
de B em relação a A só está definido se, e somente se, B , A. A = {x | x é dia da semana que começa com a letra D}
A = {domingo} ä n(A) = 1
Aplicação do conteúdo § Conjunto vazio
1. Se A = {4, 5, 6, 7}, B = {5, 6} e E = {5, 6, 8}, determine: A = {x | x é dia da semana que começa com a letra M}
a) C
B
A A = { } ou Ø ä n(A) = 0
b) B–E
§ Conjuntos finitos e infinitos
Resolução:
A = {2, 3, 4} ä n(A) = 3 ä A é finito
a) C AB= A – B = {4, 5, 6, 7} – {5, 6}
C AB= {4, 7} B = {2, 3, 4,...} ä B é infinito
§ Conjuntos iguais
A = {1, 2, 3} e B = {1, 2, 2, 3, 3} e
C = {x | x [ N e 1 ø x ø 3}
A = B = C, em todos os casos, n(A) = n(B) = n(C) = 3.
Veja: A > B = Ø
32
§ de subconjunto para conjunto
Lembre-se
, ÷ 1. O conjunto vazio está contido em qualquer conjun-
(está contido) e (não está contido) to A, isto é, Ø , A, ?A.
2. Qualquer conjunto é subconjunto de si mesmo, isto
§ de conjunto para subconjunto é, A , A, ?A.
3. Chama-se subconjunto próprio de um conjunto
. À A qualquer subconjunto de A que seja diferente de
(contém) e (não contém) A. Simbolicamente, B é subconjunto próprio de A se
B ⊂ A e B ∙ A.
A é subconjunto de B.
A , B lê-se: “A está contido em B”.
Aplicação do conteúdo
A é parte de B.
1. Quantos subconjuntos possui o conjunto A = {a, b, c}?
Modelo Resolução:
Sendo A = {1, {1}, 2, 3}, de acordo com as afirmações: Em primeiro lugar, registre todos os subconjuntos de A:
§ 1 [ A (verdadeiro) Ø; {a}; {b}; {c}; {a, b}; {a, c}; {b, c}; {a, b, c}.
§ {1} [ A (verdadeiro)
Há, portanto, 8 subconjuntos. Analisando o que acontece
§ {1} , A (verdadeiro)
com os elementos, em relação aos subconjuntos, é possível
§ Ø [ A (falso)
dizer que cada um deles pode ou não aparecer. Então, para
§ Ø Ó A (verdadeiro) o elemento a, há duas possibilidades quanto à sua presen-
§ 2 , A (falso) ça no subconjunto (aparecer ou não aparecer). O mesmo
§ 2 [ A (verdadeiro) acontece com os elementos b e c. Assim, segundo o prin-
§ {2} ÷ A (falso) cípio fundamental da contagem ou princípio multiplicativo
na análise combinatória, tem-se:
7. Números de subconjuntos
Um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se, e so-
mente se, todo elemento de A pertence também a B.
Com a notação A , B indicamos que “A é subconjunto de
B” ou “A é parte de B” ou “A está contido em B”. 2. Quantos subconjuntos possui um conjunto A com
n elementos?
A negação de A , B é indicada por A ÷ B, que se lê: “A
Resolução:
não está contido em B” ou “B não contém A”.
Conforme explicado no exemplo anterior, cada elemento de
A indicação simbólica é: A , B à (?x, x [ A ä x [ B).
A pode ou não estar presente num determinado subconjun-
to C, devido ao fato de A ter n elementos. Dessa forma:
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
33
§ o conjunto vazio; Modelo
§ os conjuntos de um elemento: {1}, {2} e {3}; Determine quantos elementos tem o conjunto das partes
§ os conjuntos com dois elementos {1, 2}, {1, 3} e {2, 3}; do conjunto A, sabendo que A tem 4 elementos.
§ o próprio conjunto A. Se o conjunto A tem 4 elementos, ou seja, n = 4, então
P(A) tem 24 elementos, isto é, P(A) tem 16 elementos.
É denominado conjunto das partes do conjunto A o conjunto
P(A) formado por todos os subconjuntos do conjunto A:
Número de subconjuntos (conjuntos das partes)
P(A) = {Ø, {1}, {2}, {3}, {1, 2}, {1, 3}, {2, 3}, {1, 2, 3}}
Se um conjunto A possui n elementos, então A possui
Observe que o conjunto vazio, o conjunto A e os demais 2n subconjuntos, que podem ser representados por:
subconjuntos de A são elementos do conjunto P(A). n(P(A)) = 2n(A)
Número de Modelo
Conjunto Conjunto
elementos Potência
A P(A)
P(A)
Ø {Ø} 1 20
DIAGRAMA DE IDEIAS
• A É UM CONJUNTO
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
A • 0 • 2
• 0, 2, 4 E 6 SÃO ELEMENTOS A, ISTO É, PERTENCEM A A
• 4 • 6
• 8
• O ELEMENTO 8 NÃO PERTENCE AO CONJUNTO A
34
MATEMÁTICA
TRIGONOMETRIA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
E ARITMÉTICA
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Todos os conteúdos deste livro são cobra- Produtos notáveis são facilitadores impor-
dos no Enem, com alta incidência. As ques- tantes para resolução de polinômios. Ao
tões serão contextualizadas e podem variar saber os conceitos de razões e proporções,
seu grau de dificuldade. podemos solucionar com facilidade diver-
sas questões dentro das Exatas.
Não faltarão questões abordando os con- Razão e proporção são temas cobrados Trigonometria no triângulo retângulo será
ceitos básicos da trigonometria na prova com grande incidência, em situações do cobrado neste vestibular com questões
da Comvest. Saber utilizar produtos notá- cotidiano, sempre descritos em textos ou contextualizadas. Por meio de gráficos de
veis com agilidade é importante. Trabalhar em gráficos. Já trigonometria no triângulo tabelas, utilizaremos os conceitos de razão
com razão e proporção é fundamental ao retângulo é um assunto cobrado, em sua e proporção para solucionar questões na
resolver questões de exatas. maioria, em geometria. área de Exatas.
Esta prova possui temas próximos ao do Nesse processo seletivo, as questões são Por possuir um vestibular tradicional, exi- O processo seletivo exigirá do aluno um
vestibular da Unesp, logo, toda a abor- contextualizadas com razão e proporção e girá de seu candidato uma boa habilidade grande conhecimento em trigonometria,
dagem deste livro é fundamental para a possuem alto nível de dificuldade. Fatorar e em trigonometria. Questões contextualiza- pois trabalhar com triângulos retângulos
continuidade do estudo, ao longo do ano. agrupar expressões algébricas será exigido das serão cobradas nesse processo seletivo. alinhados a essa área é essencial. Possui
do candidato. também uma alta incidência de questões
sobre razão e proporção.
UFMG
Por meio de situações do cotidiano, a UEL Trigonometria no triângulo retângulo será Esse vestibular apresentará uma questão
exigirá de seu candidato uma boa resolu- cobrado do candidato, em questões de com situação problema aliada ao cotidiano
ção de questões sobre razão e proporção. geometria. Proporções são essenciais para do candidato. Portanto, razão e proporção
É de extrema importância a fatoração e o resolver questões de equação do 1.º grau. é o tema de maior importância neste livro.
conhecimento de produtos notáveis para
questões sobre funções polinomiais.
Devido à similaridade entre as provas da A Unigranrio apresenta um vestibular com Com questões contextualizadas, esse pro-
Uerj e do Enem, os assuntos abordados questões objetivas, que abordam a trigono- cesso seletivo tem alta incidência de razão
neste livro são essenciais para o candida- metria por completo. Logo, o aluno deve e proporção. O candidato também deverá
to. Por meio de figuras planas, gráficos e estar muito esclarecido sobre esse assunto. resolver questões sobre trigonometria, na
tabela, encontraremos questões muito bem área de Exatas.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
contextualizadas.
36
§ a propagação do som no formato de ondas, estudada
por Newton; e
§ a propagação da luz no formato de ondas, estudada
TRIGONOMETRIA por Huygens.
Se θ é um ângulo interno de um triângulo retângulo,
NO TRIÂNGULO define-se:
medida do cateto oposto a θ
RETÂNGULO
sen θ = ______________________
medida da hipotenusa
MT
medida da cateto adjacente a θ
AULAS
1E2 Razões inversas
medida da hipotenusa
sec θ = ________________________
medida do cateto adjacente a θ
no triângulo retângulo
medida do cateto oposto a θ
37
CONEXÃO ENTRE DISCIPLINAS
A trigonometria no triângulo retângulo é a base para a resolução de exercícios de Física nos tópicos de
estudo de forças com e sem atrito no plano inclinado. Decomposição de vetores, inclinação do plano, coe-
ficiente estático, todos, sem exceção, dependem do conhecimento de trigonometria no triângulo retângulo
para as suas resoluções.
Aplicação do conteúdo
1. Calcule o valor de x e y no triângulo retângulo
ABC a seguir:
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
38
VIVENCIANDO
Ao estudar e medir a topografia do terreno de interesse, os engenheiros civis utilizam instrumentos como o teodolito,
que se baseia na trigonometria do triângulo retângulo para medir as elevações e desníveis do terreno. Observe um
exemplo prático disso:
1. (PUC) Um determinado professor de uma das disciplinas do curso de Engenharia Civil da PUC solicitou como
trabalho prático que um grupo de alunos deveria efetuar a medição da altura da fachada da Biblioteca Central da
PUC usando um teodolito. Para executar o trabalho e determinar a altura, eles colocaram um teodolito a 6 metros
da base da fachada e mediram o ângulo, obtendo 30º, conforme mostra a figura abaixo. Se a luneta do teodolito
está a 1,70 m do solo, qual é, aproximadamente, a altura da fachada da Biblioteca Central da PUC?
30
6 metros
dXX
2 = ___
___ 8 ⇒ d XX 16
2 AC = 16 ⇒ AC = ___
2 AC d
XX
2
Racionalizando o resultado, tem-se:
Observe que o triângulo ABC não é retângulo. No entanto, dXX dXX
16 2 = _____
AC = ______ 2 = 8√__
16 2
note que a altura sempre é perpendicular à base. d 2 ⋅ d XX
XX 2 2
Assim, os triângulos ACH e ABH são retângulos e é possível
calcular seus catetos e hipotenusas.
39
§ Triângulo ABH: Considere uma circunferência de raio unitário com centro
O segmento AH representa o cateto oposto ao ângulo de na origem de um sistema cartesiano de coordenadas:
60°, portanto é possível calcular o cateto BH através da
tangente de 60°.
cateto oposto à 60º
tan 60º = _________________
cateto adjacente à 60º
8 ⇒ BHdXX
3 = ___
dXX 8__
3 = 8 ↔ BH = ___
BH √3
Racionalizando o resultado, tem-se:
dXX dXX
BH = _______ 8 3
8 3 = ____
d 3 ⋅ d XX
XX 3 3
cos θ
Trigonometria básica | Geometria
No sistema cartesiano, se a ordenada de P (coordena-
da em y) se encontra “acima” da origem, o seno do
40
Esses conceitos serão utilizados para calcular o valor do seno, Considerando o triângulo retângulo OPB, tem-se:
cosseno e tangente de um ângulo maior que 90°, que não
se encontra na tabela de ângulos notáveis. Observe onde se BP
sen 30º = ___
1
encontra o ângulo de 150° na circunferência trigonométrica:
Assim, a ordenada de P é __ 1 e encontra-se acima da origem,
2
portanto, sen 150° = __ 1 .
2
Do mesmo modo, calculando a medida do cateto OB:
cos 30º = ___ OB
1
d
XX
3 = ___ dXX
___ OB ⇒ OB = ___ 3
2 1 2
dXX
3 , pois se encontra à esquerda
Logo, a abscissa de P é – ___
2
3.
dXX
da origem; portanto, cos 150° = – ___
2
DIAGRAMA DE IDEIAS
HIPOTENUSA
LADO OPOSTO AO
ÂNGULO RETO
CATETO OPOSTO
LADO OPOSTO AO
ÂNGULO
CATETO OPOSTO
SENO =
HIPOTENUSA
CATETO ADJACENTE
CATETO ADJACENTE
LADO PRÓXIMO COSSENO =
HIPOTENUSA
AO ÂNGULO
CATETO OPOSTO
TANGENTE =
CATETO ADJACENTE
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
41
Elemento neutro da
1a = a
multiplicação.
Propriedade distributiva
(a + b)c = ac + bc
da multiplicação.
PRODUTOS
NOTÁVEIS 1.1. Quadrado da soma de dois termos
Considere a expressão (x + y)². Ela representa o qua-
drado da soma de dois termos. Aplicando a propriedade
distributiva, obtém-se:
MT
(x + y)² = (x + y)(x + y) = x(x + y) + y(x + y) = x² + xy
AULAS
3E4 + yx + y² = x² + 2xy + y²
Assim, resulta a seguinte igualdade:
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
(x + y)² = x² + 2xy + y²
5 19 e 21
(3 + 5)² = 3² + 2 · 3 · 5 + 5² = 9 + 30 + 25 = 64
1. Produtos notáveis O resultado obtido está correto, pois (3 + 5)² = (8)² = 64.
Alguns produtos são frequentes no cálculo algébrico, como:
Também é possível observar essa relação geometricamen-
te. A partir de um quadrado de lado a, em que são prolon-
Produto da soma pela
(x + y) · (x – y) gados dois lados consecutivos a um comprimento b, de
diferença de dois termos.
modo a obter um quadrado de lado a + b:
Quadrado da soma
(x + y) · (x + y) = (x + y)2 b
de dois termos.
Quadrado da diferença
(x – y) · (x – y) = (x – y)2
de dois termos. a
Propriedade comutativa
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
a+b=b+a a b
da adição.
É possível, então, calcular a área total (A) de duas maneiras:
Propriedade associativa
a + (b + c) = (a + b) + c 1.ª maneira:
da adição.
Considerando que o quadrado maior possui lados a + b,
0+a=a Elemento neutro da adição.
sua área é dada por A = (a + b)².
Propriedade comutativa 2.ª maneira:
ab = ba
da multiplicação.
Somando todas as áreas no interior do quadrado
Propriedade associativa maior, tem-se:
a(bc) = (ab)c
da multiplicação.
A = a² + ab + ab + b² = a² + 2ab + b²
42
Portanto, conclui-se que: 2.ª maneira:
(a + b)² = a² + 2ab + b² É possível calcular a área desejada subtraindo da área do
quadrado de lado a a área dos retângulos de lados b (a – b)
Modelos:
e quadrado de lado b:
§ (3 + x)² = 3² + 2 · 3 · x + x² = 9 + 6x + x² A = a² – b(a – b) – b(a – b) – b² = a² –2ab + b²
§ (2a + 3b)² = (2a)² + 2 · 2a · 3b + (3b)² = Portanto:
= 4a² + 12ab + 9b² (a – b)² = a² – 2ab + b²
§ (x + 1)² = x² + 2 · x · 1 + 12 = x² + 2x + 1
Modelos:
§ (ab² + 1)² = (ab²)² + 2 · ab² · 1 + 1² == a²b4 + 2ab² + 1
§ (y – 3)² = y² – 2 · y · 3 + 3² = y² – 6y + 9
( ) ( )
1 + x = __
1 + 2 ∙ __
1 ∙ x + x2 = __
1 + x + x2
2 2
§ __
2 2 2 4
§ (3a – 5b)² = (3a)² – 2 · 3a · 5b + (5b)² =
1.2. Quadrado da diferença de dois termos = 9a² – 30ab + 25b²
( ) ()
2
§ __
Assim, resulta a seguinte igualdade: 3 3 3 9 3
43
Modelos Resumindo os produtos notáveis vistos, tem-se:
DIAGRAMA DE IDEIAS
QUADRADO DA SOMA
(x+y)² = x² + 2•x•y + y²
QUADRADO MAIS DUAS VEZES O MAIS QUADRADO
1.º TERMO 2.º TERMO
DO 1.º TERMO 1.º VEZES O 2.º DO 2.º TERMO
QUADRADO DA DIFERENÇA
(x-y)² = x² - 2•x•y + y²
QUADRADO MENOS DUAS VEZES O MAIS QUADRADO
1.º TERMO 2.º TERMO
DO 1.º TERMO 1.º VEZES O 2.º DO 2.º TERMO
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
44
FATORAÇÃO A área do retângulo maior pode ser calculada por:
Aretângulo maior = base × altura = a · (x + y)
MT
calculada pela soma dessas áreas:
AULAS
5E6 Aretângulo maior = ax + ay
(x – 2)(x – 3)
x – 5x +
6 = __________
2
_________ = x – 2
x–3 x–3 10a + 15b = 5 · 2a + 5 · 3b
Nesta aula serão abordadas algumas formas de se fatorar Assim, fica claro que o fator comum é o número 5. Portanto:
uma expressão algébrica.
(
10a + ___
10a + 15b = 5 ___
5 )
15b = 5(2a + 3b)
5
1.1. Fator comum em evidência 3x + 6y
3. Simplifique a expressão ______
.
Em geral, todos os casos de fatoração têm por base a pro- 3
priedade distributiva, propriedade conhecida pelos antigos Fatorando o numerador 3x + 6y, segue que 3x + 6y equi-
gregos por meio da geometria, mais especificamente por vale a 3x + 2 · 3y. Assim, o fator comum é o número 3,
meio do cálculo das áreas: portanto:
45
3x + 6y = 3 __(3
6y
3 )
3x + __ = 3(x + 2y) Contudo, destacando o fator –by, mudam-se os sinais
dos termos do grupo, deixando-os iguais aos sinais do
Substituindo o valor encontrado na expressão: primeiro grupo.
3x + 6y _______
______ 3(x + 2y) 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 =
= = x + 2y
3 3 ax(2x + 3y) – by(2x + 3y)
1.º grupo 2.º grupo
4. Fatore a expressão x³ – 2x.
2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y)(ax – by)
O termo x³ pode ser escrito como x · x², assim:
x³ – 2x = x · x² – 2x Então, 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 = (2x + 3y)(ax – by).
3. y3 – y2 + y – 1
Note que o fator comum é x, logo:
Tem-se:
(
x³
x³ – 2x = x __ __
)
2x
x – x = x(x² – 2)
y3 – y2 + y – 1
1.º grupo 2.º grupo
5. Fatore a expressão a²b³ + a³b4 + ab. o segundo grupo, pode-se colocar em evidência o fator 1
N
Reescrevendo os dois primeiros tem-se: ou –1. Para deixar os sinais iguais aos do primeiro grupo,
utiliza-se o 1.
a²b³ = ab · ab²
Já no primeiro grupo, coloca-se em evidência y2. Observe:
a³b4 = ab · a²b³
y3 – y2 + y – 1 = y2(y – 1) + 1 · (y – 1)
Substituindo na expressão, tem-se: 1.º grupo 2.º grupo
y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1)
ab · ab² + ab · a²b³ + ab, logo, o fator comum é ab:
(
a b + ____
a b + __ )
ab = Então, y3 – y2 + y – 1 = (y – 1)(y2 + 1).
2 3 3 4
a²b³ + a³b4 + ab = ab ____
ab ab ab
4. ax + ay – x – y
= ab(ab² + a²b³ + 1)
Tem-se:
ax + ay – x – y = a (x + y) – 1· (x + y)
1.2. Agrupamento 1.º grupo 2.º grupo
x2 + ax + bx + ab = x (x + a) + b (x + a)
1.º grupo 2.º grupo Então, axy + bcxy – az – bcz – a – bc = (a + bc)(xy – z – 1).
x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b)
1.3. Diferença de dois quadrados
Assim, x2 + ax + bx + ab = (x + a)(x + b).
A partir da propriedade simétrica da igualdade (se a = b,
2. 2ax2 + 3axy – 2bxy – 3by2 então b = a), pode-se afirmar que:
Tem-se: se (x + y)(x – y) = x2 – y2, então x2 – y2 = (x + y)(x – y)
2ax + 3axy – 2bxy – 3by
2 2
Considerando que esse binômio é composto pela diferença do
1.º grupo 2.º grupo
quadrado de dois termos, pode-se fatorá-lo facilmente escre-
No segundo grupo, pode-se destacar o fator –by ou +by. vendo-o como produto da soma pela diferença desses termos.
46
Modelos quadrado perfeito, ou seja, pode ser reduzido a uma
das seguintes formas:
Fatore os seguintes polinômios:
1. x2 – 9 = (x + 3)(x – 3) a2 + 2ab + b2 ou a2 – 2ab + b2
( )
2
11a
2
____ a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
4
ou
( )
2
6xy2 a2 – 2ab + b2 = (a – b)2
____
5
4. (7x + 3y)2 – 16a2 =
Modelos
(4a)2
Verifique se os trinômios a seguir são quadrados perfeitos
= [(7x + 3y) + 4a] · [(7x + 3y) – 4a] =
e, caso sejam, fatore-os.
= (7x + 3y + 4a) · (7x + 3y – 4a) 1. x² + 4x + 4
5. (3a + 2b)2 – (3a – 2b)2 = Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, tem-se:
= [(3a + 2b) + (3a – 2b)] · [(3a + 2b)
– (3a – 2b)] = [6a][4b] = 24ab
2. 4x² + 4x + 25
2. Trinômio quadrado perfeito Escrevendo o primeiro e o terceiro como quadrados, tem-se:
Um monômio é quadrado perfeito, assim como os núme-
ros quadrados perfeitos, quando ele é igual ao quadrado
de outro monômio. Dessa forma, todo monômio quadra-
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
47
Como 2ab = 16x, o trinômio é quadrado perfeito, e sua 2. Encontre as raízes e fatore o trinômio 2x² – 8x + 6.
forma fatorada é: Resolução:
4x² – 16x + 16 = (2x – 4)² Como as raízes de um polinômio são os valores de x para
que o polinômio se anule, segue que:
3. Trinômio do segundo grau 2x² – 8x + 6 = 0
Mesmo um trinômio não sendo quadrado perfeito, é pos- Para resolver essa equação, utiliza-se a fórmula de Bhaska-
sível fatorá-lo. Para isso, basta associá-lo a uma equação ra. Primeiramente, é preciso identificar os coeficientes: a =
do 2.º grau e conhecer as suas raízes. Para um trinô- 2; b = –8; c = 6
mio do tipo ax2 + bx + c, a equação associada a ele é
ax2 + bx + c = 0 (a ≠ 0), na qual suas raízes são Calculando o discriminante:
x1 + x2 = – __a b e x1 · x2 = __a c . ∆ = b² – 4ac = (–8)² – 4(2)(6) = 16
Manipulando o trinômio ax2 + bx + c, onde a ≠ 0, tem-se: Logo, as raízes são:
ax + bx + c = a x² + __
2
(
bx __c
a + a ) –b ± d XXXXXXX
b2 –(–8) ± d XXX
– 4ac = __________
x = ____________
16 8 ± 4
= _____
[ ( ) ( )]
ba x + __
ax2 + bx + c = a x2 – – __ ac 2a 2(2) 4
8 +
x1 = _____ 4=3
4
Substituindo x1 + x2 = – __a b e x1 · x2 = __a c , obtém-se:
8 –
x2 = ____ 4=1
ax2 + bx + c = a[x2 – (x1 + x2) x + x1x2] = 4
Como x1 = 3, x2 = 1 e a = 2, a forma fatorada do trinômio é:
= a[x2 – x1x – x2x + x1x2] =
2x² – 8x + 6 = 2(x – 3)(x – 1)
= a[x(x – x1) – x2(x – x1)] =
3. Simplifique a expressão x_________
– 3x +
2
2
= a[(x – x1)(x – x2)] x–1
Daí, ax2 + bx + c = a(x – x1) ∙ (x – x2) Resolução:
O numerador apresenta um trinômio que, se tiver suas raí-
Note que, se um trinômio for quadrado perfeito e suas
zes conhecidas, é possível fatorar:
raízes forem conhecidas, é possível fatorá-lo dessa for-
ma também. x² – 3x + 2 = 0
∆ = b² – 4ac = (–3)² – 4(1)(2) = 1
–b ± d XXXXXXX
b2 –(–3) ± d XX
– 4ac = _________ 1 3 ± 1
1. Fatore o trinômio x² – 5x + 6, sabendo que suas raízes x = ____________
= _____
2a 2(1) 2
são x1 = 2 e x2 = 3.
3 +
x1 = _____ 1=2
2
Resolução:
Como as raízes são conhecidas e se sabe que o coeficiente 3 –
x2 = ____ 1=1
2
dominante é 1, tem-se: Portanto, x² – 3x + 2 = (x – 2)(x – 1).
x² – 5x + 6 = a(x – x1) · (x – x2) = Substituindo tem-se:
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
(x – 2) (x – 1)
x – 3x +
2 = ___________
2
= 1(x – 2)(x – 3) = (x – 2)(x – 3) _________ = x – 2
x–1 x–1
48
DIAGRAMA DE IDEIAS
49
2. Conjunto Z+* = N* dos números inteiros positivos
não nulos:
Z+* = N* = {x [ Z | x > 0} = {1, 2, 3, ...}
3. Conjunto Z+ = N dos números inteiros não negativos:
CONJUNTOS Z+ = N = {x [ Z | x ù 0} = {0, 1, 2, 3, ...}
NUMÉRICOS 4. Conjunto Z–* dos números inteiros negativos não nulos:
Z–* = {x [ Z | x < 0} = {–1, –2, –3, ...}
5. Conjunto Z– dos números inteiros não positivos:
Z– = {x [ Z | x ø 0} = {0, –1, –2, –3, ...}
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
5 1, 3, 4 e 5
São chamados de números inteiros, ou simplesmente intei- § 0 não é divisor de 2, pois não existe número inteiro c,
ros, os números ..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3,..., cujo conjunto é de forma que 0 · c = 2
representado pela letra maiúscula Z. § –6 é divisor de 18, pois (–6) · (–3) = 18
Z = {..., –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, ...}.
Note que:
O conjunto dos números inteiros contém o conjunto dos
§ 0 não é divisor de nenhum número.
números naturais.
Nesse conjunto, destacam-se os seguintes subconjuntos: § Todo número é um divisor de 0.
1. Conjunto Z* dos números inteiros não nulos: § 1 é divisor de qualquer número inteiro.
Z* = {x [ Z | x i 0} = {..., –3, –2, –1, 1, 2, 3, ...} § Todo número é um divisor de si mesmo.
50
O conjunto de todos os divisores de um número a é repre- 3.2. Qualquer decimal exato
sentado por D(a):
(numerais que apresentam um número finito
Modelo de algarismos decimais diferentes de zero)
§ D(6) = {–6, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 6} Modelos:
§ D(10) = {–10, –5, –2, –1, 1, 2, 5, 10} 21
§ 2,1 = ___
10
§ D(12) = {–12, –6, –4, –3, –2, –1, 1, 2, 3, 4, 6, 12}
–1
§ –0,001 = ____
1000
2.2. Números primos
3454545
§ 3,454545 = _______
Um número inteiro p é considerado primo se: 106
D(p) = {-p,-1,1,p}
Nota:
É possível afirmar que um número primo é um número que
possui apenas como divisores os números 1, –1, o oposto 2,1 = 2,10 = 2,100 = 2,1000 = ... é um decimal exato.
e ele próprio. Como foi provado por Euclides, o conjunto
dos números primos é infinito. Observe, a seguir, alguns
números primos em ordem crescente:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53,
3.3. Qualquer fração de numerador
59, 61,... inteiro e denominador inteiro não nulo
Note que: Modelos:
§ O número 1 não é um número primo. 1
§ – __
4
§ O número 2 é o único número primo par.
3
§ ___
19
3. Números racionais (Q) 2122
§ ____
990
São chamados de números racionais os números que podem
ser expressos na forma __ a , onde a e b são inteiros, e b i 0.
b 3.4 Qualquer decimal periódico
Ou seja, são racionais os números que são razões (quocien-
tes) de dois números inteiros. Simbolicamente, representa-se (numerais formados por infinitos
o conjunto dos números racionais (Q) dessa forma: algarismos decimais que se
Q = x = __ a | a [ Z e b [ Z*
{ } repetem periodicamente)
b
São, portanto, números racionais: Modelos:
3
3 ou 0,3 = __
§ 0,333... = __ (período = 3)
3.1. Qualquer número inteiro. 9 9
§ –0,313131... = – ___ 31 ou – 0,31 = – ___ 31 (período = 31)
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
99 99
Modelos
25
§ 4,1666... = 4,16= ___
(período = 6)
0
§ 0 = __ 6
1
2
§ 2 = __ 4. Dízima periódica
1
Uma fração irredutível corresponderá a uma dízima perió-
–5
§ –5 = ___ dica nos casos em que o denominador apresentar, em sua
1 decomposição em fatores primos distintos, pelo menos um
Os números inteiros podem assumir a forma __ a , em que a fator primo diferente de 2 e 5, pois, dessa forma, o denomi-
b
[ Z, b [ Z* e a é múltiplo de b. nador não será divisor de uma potência de base 10.
51
3
Modelos Então, 0,3 = __
[
9
§ __ 7 = 2,333... = 2,3(período = 3)
3
Observe que, para obter uma fração correspondente (fra-
§ – ___ 25 = –4,1666... = –4,16(período = 6)
6 ção geratriz) ao decimal periódico, é preciso encontrar
___ 56 dois números com a mesma parte decimal e subtrair um
§ = 5,090909... = 5,09(período = 09)
11 do outro a fim de eliminar as infinitas casas decimais.
Em uma dízima periódica, utiliza-se a seguinte nomenclatura:
§ Os números 10x = 3,33333... e x = 0,3333... Subtraindo membro a membro essas duas igualdades, as
têm a mesma parte decimal. partes decimais se anulam e resulta:
10m · 10nx – 10mx = IAP – IA ä
Subtraindo x e 10x, as partes decimais anulam-se e ä10m x (10n – 1) = IAP – IA ä
resulta:
3
10x – x = 3 – 0 ä 9x = 3 [ x = __
9 zeros
52
N,Z,Q
Nota: Usando diagramas, é possível representar essa re-
lação assim:
Dessa forma, é possível utilizar a seguinte regra prática
para obtenção da fração geratriz de uma dízima periódica:
IAP – IA
___________
I, APPPP... =
99...9 00...0
n algarismos m algarismos Além do conjunto dos números naturais (N) e dos conjun-
tos dos números inteiros (Z), também são subconjuntos
em que m é a quantidade de algarismos de A e n, a de P.
especiais do conjunto dos números racionais (Q):
Modelos
1. Conjunto dos números racionais não nulos:
§ 0,23666...
Q* = {x [ Q | x i 0}
Observe que P = 6 tem um algarismo e A = 23 tem dois al-
garismos. Assim, o denominador da fração geratriz terá um 2. Conjunto dos números racionais não negativos:
algarismo 9 e dois algarismo 0, enquanto o numerador será
Q+ = {x [ Q | x ù 0}
IAP – IA = 0236 – 023. Daí:
13241 –
132= _____
§ 1,32414141... =__________ 13109
9900 9900 Modelo
(
00013 –
§ –0,00133... = – ___________
9000 )
0001= – ____
12 ou – ___
9000
1
750
53
P3: O resultado da produto de dois números racionais 3. (R – Q) = {irracionais}
quaisquer é igual a um número racional. 4. N , Z , Q , R
Modelo
Nota
Alguns autores usam a notação = (R – Q) = {irracionais}
para representar o conjunto dos números irracionais.
P4: O resultado do quociente de dois números racionais, sen-
do o divisor diferente de zero, é igual a um número racional.
Também é possível visualizar o conjunto dos números reais e
Modelo seus principais subconjuntos por meio do quadro sinóptico:
7. Números
__
irracionais (R - Q)
Números como √ 2 = 1,4142135..., cuja representação de-
Também merecem destaque os seguintes subconjuntos de R:
cimal é infinita e não periódica, são chamados de núme-
ros irracionais, ou seja, não racionais e, sendo assim, não § R* = {x [ R | x i 0} ä conjunto dos números reais
inteiros nem razão de dois inteiros, mas podem representar não nulos
medidas no mundo real, como a medida da diagonal do
quadrado de lado igual a 1, por exemplo. § R+ = {x [ R | x ù 0} ä conjunto dos números reais
não negativos
Observe outros exemplos de números irracionais:
§ R+* = {x [ R | x > 0} ä conjunto dos números reais
§ 0,1234567891011...
positivos
§ 1,01002000300004000005...
§ R– = {x [ R | x < 0} ä conjunto dos números reais
__
§ √3 = 1,7320508 não positivos
8. Conjunto dos números reais (R) P1: Se o__número √n a , com n [ N* e a [ N, não é inteiro,
então √n a é irracional.
O conjunto dos números reais () resulta da união dos
§ d XX
2 [ (R – Q)
números racionais com os números irracionais. Utilizando
diagramas, é possível representar essa união assim: § 3dXX
3 [ (R – Q)
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
§ 5dXX
8 [ (R – Q)
§ 4dXX
1 Ó (R – Q), pois 4dXX
1 = 1 [ Q
§ 3dXXX
27 Ó (R – Q), pois 3dXXX
27 = 3 [ Q
§ 9dXX
0 Ó (R – Q), pois 9dXX
0 = 0 [ Q
P2: O resultado da soma de um número racional com um
No conjunto dos números reais (R), tem-se: número irracional é igual a um número irracional.
1. Q < {irracionais} = R
2. Q > {irracionais} = Ö, isto é, Q e {irracionais} são § 1 + 3,14159265... = 4,14159265...
conjuntos disjuntos. Racional Irracional Irracional
54
P3: O resultado da diferença entre um número racional e
um número irracional, em qualquer ordem, é igual a um
número irracional.
§ 1 – 3,14159265... = – 2,14159265...
Racional Irracional Irracional
DIAGRAMA DE IDEIAS
REAIS ( )
RACIONAIS( ) IRRACIONAIS
( - )
INTEIROS
NATURAIS
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
55
ANOTAÇÕES
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
56
MATEMÁTICA
GEOMETRIA PLANA
MATEMÁTICA
e suas tecnologias
TEORiA
DE AULA
INCIDÊNCIA DO TEMA NAS PRINCIPAIS PROVAS
Todos os conteúdos são essenciais para Geometria plana será cobrada neste vesti- A Vunesp abordará o candidato com
este vestibular, pois ele exigirá uma reso- bular associada a outros conceitos mate- questões de nível médio, mas buscando a
lução da geometria plana aliada a uma máticos. Por ser introdutório, o candidato resolução de uma situação problema. Os
situação do nosso cotidiano. O candidato deve absorver o conhecimento das aulas. conteúdos serão cobrados também em
deve levar este livro como base para as questões de dinâmica, por exemplo.
próximas aulas.
Nesse processo seletivo, as questões de ge- Apresenta questões de geometria plana Por ser um vestibular tradicional, encon- Apresenta alta incidência de questões de
ometria plana estarão ligadas a situações com nível médio de dificuldade e sempre tramos questões com elevado grau de geometria plana associadas à geometria
do cotidiano do candidato. A interpreta- conectadas a problemas cotidianos. A fa- dificuldade e em grande quantidade. Com espacial, geometria analítica e trigono-
ção do texto deve ser proeminente nesse culdade do ABC utiliza outros conceitos da questões abstratas, o candidato realizará metria.
vestibular. Matemática aos seus problemas. construções geométricas.
UFMG
Essa prova abordará uma questão de ge- É um vestibular tradicional que aborda to- Nesse processo seletivo, encontraremos
ometria plana. dos os temas deste livro. Geometria plana questões de geometria espacial que trazem
terá alta incidência, associada à geometria conceitos da geometria plana. Assim, o
espacial e analítica. candidato deve possuir conhecimento de
todos os itens deste livro para dar continui-
dade aos próximos.
Os tópicos abordados neste livro serão Geometria plana estará no vestibular da Geometria plana será cobrada nesse ves-
base para as questões da Uerj. A geometria Unigranrio, com questões de nível médio. tibular associada a outros conceitos mate-
plana, como um todo, tem alta incidência Por este livro ser introdutório, todos os máticos, como trigonometria.
neste vestibular, com questões que envol- temas são importantes para a realização
vem situações problemas. desse processo seletivo.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
58
Como é possível observar na figura, o ponto P pertence à
reta r, enquanto o ponto Q não pertence à reta r, ou seja,
P [ r, e Q Ó r.
MT AULAS
1E2
§ Dois pontos distintos determinam uma única
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
reta que os contém. Observe os pontos A e‹___
B.› A
2 6, 7, 8 e 9 reta determinada por eles é escrita como AB .
1.Postulados e teoremas
1.1 Conceitos primitivos A
Conceitos primitivos, entes primitivos ou entes geométricos
são as figuras ponto, reta e plano. Eles não possuem
definição. Suas representações são:
§ Três pontos distintos não colineares determi-
nam um único plano que os contém.
b, g, p,...
Na geometria, também existem postulados (ou axiomas), 2. Definições importantes
que são verdades matemáticas aceitas sem demonstração: 2.1. Pontos colineares
§ Posição relativa entre um ponto e uma reta.
Dois ou mais pontos são colineares caso estejam contidos
Q
na mesma reta.
r
A B C
r
P
Como é possível observar na figura, os pontos A, B e C são
colineares, pois A [ r, B [ r e C [ r.
59
2.2. Pontos coplanares P
Q R
Q
Os segmentos QP
e PR
são adjacentes;
3. Segmentos de reta P é o único ponto comum.
e definições
3.6. Segmentos de reta congruentes
3.1. Segmento de reta
___
Dois segmentos de reta AB serão congruentes
e CD
‹ › quando possuírem o mesmo comprimento, na mesma
Considerando uma reta AB , o segmento de reta AB
éa
unidade de medida.
parte limitada entre os pontos A e B.
Se os segmentos QP são congruentes, então P é o
e PR
3.2. Semirreta
ponto médio de QR
.
Uma semirreta é uma das partes de uma reta limitada por
um único ponto P. R
P
P
60
4. Ângulos e definições L é o comprimento do arco do ângulo central a, inscrito em
uma circunferência, e r é o raio dessa circunferência.
O B
A
C
O AÔB BÔC
OB
A
B
O B
D A
O
r
0
C B
É possível concluir que qualquer ângulo a, medido em ra-
diano, recebe a seguinte definição: AÔB CÔD
^ ^
a = _ Lr rad Logo: AO B > CO D.
61
4.6. Bissetriz 4.9. Ângulo agudo
^
Considerando
_____› um ângulo AO B, afirma-seque a semirreta Um ângulo agudo é todo ângulo menor que o ângulo reto.
^ ^ ^
OP é bissetriz de AO B se, e somente se, AO P > PO B. Ou
seja, uma bissetriz divide um ângulo em dois ângu-
los congruentes. A
O B
P
A O C
s
AÔB BÔC
AÔB BÔC
AÔB BÔC
62
A reta t é denominada transversal às retas r e s. Sua inter-
secção com as retas determina oito ângulos. Esses ângulos
podem ser classificados como: t
§ Ângulos alternos: r
1 e 7, 2 e 8, 3 e 5, 4 e 6.
§ Ângulos correspondentes: s
1 e 5, 2 e 6, 3 e 7, 4 e 8.
§ Ângulos colaterais:
1 e 8, 2 e 7, 3 e 6, 4 e 5.
Além dessa classificação, em relação aos ângulos alternos
e colaterais tem-se: t
§ Ângulos alternos internos: r
3 e 5, 4 e 6.
t s
s
t
t
s
r
s 4.15. Consequências
Como os ângulos alternos (internos e externos) são
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
s
s s
63
t
Aplicação do conteúdo
x a
1. Observe a figura a seguir:
t
x x
a x b
x
b
Agora, como os ângulos x e 20° + x são suplementares,
tem-se:
Se a e b são paralelas, calcule o valor, em graus, de x. x + 20° + x = 180°
Resolução: 2x = 160°
DIAGRAMA DE IDEIAS
PONTO
ENTENDER PRIMEIRO OS ENTENDER O
RETA
CONCEITOS PRIMITIVOS “MATEMATIQUÊS”
PLANO
64
1.1.1. Quanto aos lados
§ Triângulo equilátero: apresenta os três lados
ÂNGULOS NUM congruentes.
TRIÂNGULO E
A
ÂNGULOS NUMA
CIRCUNFERÊNCIA
B C
MT AULAS
3E4 Como os três lados são congruentes, os três angulos inter-
nos também são congruentes e medem 60°.
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s) § Triângulo isósceles: apresenta dois lados congruentes.
2 6, 7, 8 e 9
A
1. Triângulos
Um triângulo é uma figura geométrica formada a partir
de três segmentos de reta cujas extremidades são três pon- B C
tos distintos e não colineares. Na figura acima, o lado BC é chamado de base, e os ângu-
A los relativos aos vértices B e C são denominados ângulos
da base, que são congruentes.
B
C
1.1. Classificação dos triângulos Os ângulos relativos aos vértices A e C são complementares.
É possível classificar os triângulos em relação às medidas § Triângulo acutângulo: apresenta os três ângulos
dos lados ou quanto aos seus ângulos internos. internos agudos.
65
A 0 < a < 90º Resolução:
0 < b < 90º
Como a soma dos ângulos internos deve ser 180°, tem-se:
0 < g < 90º
82° + 32° + x = 180°
114° + x = 180°
B C
x = 180° – 114°
§ Triângulo obtusângulo: apresenta um ângulo obtu- x = 66°
so e, em consequência, dois ângulos agudos.
2. Determine o valor de x no triângulo isósceles de
A ____
base BC a seguir:
90º < b < 180º A
B C
2. Ângulos em um triângulo B C
Resolução:
2.1. Soma dos ângulos internos
Como o triângulo é isósceles, o ângulo relativo ao vértice B
Considere um triângulo DABC e uma reta r paralela ao
também mede 50°. Assim:
, contendo o vértice A:
lado BC
A r//BC 50° + 50° + x = 180° ä 100° + x = 180° ä
ä x = 180° – 100°
ä x = 80°
Logo: u = a + b.
Conclui-se, então, que o ângulo externo u, relativo ao vértice
C, equivale à soma dos dois ângulos internos relativos a A e
B C B. É possível, então, enunciar o teorema do ângulo externo:
66
3. Sabendo que AB = DC, calcule o valor de x
= AC = BC
Em um triângulo ABC qualquer, o ângulo externo relativo na figura abaixo:
a um determinado vértice equivale à soma dos outros
dois ângulos internos, não adjacentes a ele. A
x
Aplicação do conteúdo
1. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo DABC 2x
é isósceles de base BC
e o ângulo interno relativo ao B C D E
vértice C vale 35°.
Resolução:
C
O triângulo ABC é equilátero, portanto seus ângulos
^
in-
ternos medem 60°. Sabendo disso, o ângulo AC D mede
120° (suplementar de 60°).
^ ^
O triângulo ACD é isósceles; então, fazendo CA D=CD A=y,
tem-se:
120° + y + y = 180°
X 2y = 60°
B A y = 30°
^
O ângulo AD E é externo relativo ao triângulo ACD, logo:
Resolução: ^
^ ^
AD E = 30° + 120°
^
Como o triângulo é isósceles, C = B = 35°, assim, pelo AD E = 150°
teorema do ângulo externo:
Finalmente, somando os ângulos internos do triângulo ADE:
x = 35° + 35° = 70° x + 2x + 150° = 180°
2. Calcule o valor de x sabendo que o triângulo DABC é 3x = 180° – 150°
isósceles de base BC
. 3x = 30°
x = 10°
B
y 2.3. Teorema da soma dos
ângulos externos
Considere o triângulo DABC e seus ângulos externos ae,
be e ge.
X
C A A
Resolução:
^ ^
Como o triângulo é isósceles de base BC
, tem-se B = C = y.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
Logo:
100° + y + y = 180°
2y = 180° – 100° B
2y = 80° C
y = 40°
Agora, como x é o ângulo externo do triângulo ABC: Pelo teorema do ângulo externo, tem-se:
^ ^
x = y + 100° ae = B + C
^ ^
x = 40° + 100° be = A
+ C
^ ^
x = 140° ge = A
+ B
67
Somando as três igualdades, tem-se: 3.4. Propriedade da reta
^ ^ ^ ^ ^ ^
ae + be+ ge = 2A
+ 2B + 2C = 2(A + B + C ) secante à circunferência
^ ^ ^ Considere uma circunferência de centro C e uma reta r,
Como A
+ B + C = 180° (soma dos ângulos internos de
secante à circunferência, que forma os pontos A e B:
um triângulo):
ae + be+ ge = 2(180°) = 360°
Portanto, em qualquer triângulo, sendo ae, be e ge os ân-
gulos externos, tem-se: C r
ae + be+ ge = 360° B
M
3. Ângulos em uma A
circunferência Sendo M o ponto médio de AB
, tem-se que o segmento
CMserá perpendicular à reta secante r.
3.1. Circunferência
É o conjunto dos pontos do plano situado à mesma distân-
3.5. Posições relativas entre
cia de um ponto fixo. O ponto fixo é denominado centro. duas circunferências
São dadas em função do número de pontos em comum
3.2. Posições relativas entre das circunferências. Sendo O1 e O2 os centros, e r1 e r2 os
reta e circunferência respectivos raios, com r1 > r2, obtém-se:
C1 C2
dC,t = raio dC,s < raio dC,u > raio r1 – r2 < d <
2 Secantes
r1 + r2
3.3. Propriedade da reta
tangente à circunferência
Caso a reta seja tangente à circunferência, o segmento de-
terminado pelo raio e a reta tangente formam um ângulo C1
reto no ponto de tangência. C2
Tangentes
d = r1 – r2
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internas
C
1
r
C1 C2
P Tangentes
d = r1 + r2
externas
Como é possível observar na figura acima, a distância CP
equivale ao raio da circunferência, e o ponto P é denomi-
nado ponto de tangência da reta r e da circunferência.
68
Nota
Distância ^
Pontos entre os Um ângulo central AO B determina na circunferência
Posição
em centros Figura dois arcos, cujas medidas somam 360°.
relativa
comum em função
A
dos raios
X O X
C1
Internas C2
d=0 B
concêntricas
C1 C2
Externas d > r1 + r2
Propriedade
Notas Se um ângulo central e um ângulo inscrito em uma mesma
circunferência têm o mesmo arco correspondente, então a
1. No caso de as circunferências serem tangen-
tes, os centros e os pontos de tangência serão
medida do ângulo central equivale ao dobro da medida do
sempre colineares. ângulo inscrito.
4. Ângulos na circunferência O
x B
4.1. Ângulo central
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
O
O
B x B
A y
A
C
69
A B
y A
O
x B O
D
C
Observe que, dessa propriedade, conclui-se que, para um C
mesmo arco BC, não importa a posição do ponto A nos três ^
Agora, pode-se calcular a medida do ângulo CO D :
x , pois todos eles “enxer-
casos, o valor de y é o mesmo __ () ^ ^
2
CO D + 30°+ 40° = 180° à CO D = 110°
gam” o mesmo arco. Ou seja, qualquer ângulo inscrito que
determine o mesmo arco terá o mesmo valor: ^
Como CO D e a são opostos pelo vértice O, resulta:
N
x
a = 110°
P
O x
4.3. Ângulo de segmento
x B
É um ângulo que tem como vértice um ponto da circunferên-
M x
cia, um lado secante à circunferência e outro tangente a ela.
A
^
Na figura anterior, se AO B é um ângulo
^ ^
central
^
de medida
x, todos os ângulos inscritos AMB, AN B e AP B possuem a
mesma medida: __ x .
2 O B
^
Em consequência, se um ângulo central AO B descreve um
arco de 180°, onde AB é o diâmetro, ao tomar um ponto P
qualquer na circunferência,
^
o triângulo ABP será retângulo,
pois o ângulo AP B será reto (180°/2 = 90°):
t
P
A
Propriedade
A medida do ângulo de segmento é metade da medida
Aplicação do conteúdo angular do arco determinado na circunferência por um
1. Calcule o ângulo a na circunferência abaixo: de seus lados.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
B
A
O
O B
D a
C
Resolução:
^ ^ a
Note que os ângulos AD C e AB C determinam o mesmo t
arco AC. Portanto, possuem o mesmo valor. A
70
4.4. Polígonos regulares inscritos
na circunferência
Sabe-se que polígono regular é aquele que possui todos
os lados congruentes, assim como todos os ângulos. Dessa
forma, se uma circunferência for dividida em partes iguais,
unindo os pontos obtidos por segmentos, será determinado
um polígono regular. Para isso, basta dividir 360° (em torno
do centro) pelo número de partes que se deseja obter.
Modelos
1. Em 4 partes de 90°
2. Em 5 partes de 72°
71
DIAGRAMA DE IDEIAS
ÂNGULOS EM UM TRIÂNGULO
+ + = 180°
SOMA DOS ÂNGULOS INTERNOS
ALTERNOS
INTERNOS
72
Quatro segmentos AB
, CD
, EF
e GH , nessa ordem, são
AB ___
___ EF .
=
segmentos proporcionais se existe a proporção
CD GH
RAZÃO PROPORCIONAL
E TEOREMAS DE TALES Aplicação do conteúdo
E DA BISSETRIZ 1. Considere os segmentos AB
, CD
, EF
e GH
repre-
sentados abaixo:
INTERNA
A B
C D
MT AULAS
5E6 E
G
F
H
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
—— ——
2e3 6, 7, 8, 9 e 14 Será verificado se AB
e CD são segmentos proporcionais
— ——
aos segmentos EF
e GH
.
Calculando as razões entre eles, tem-se:
AB = ___
5 = __ EF = ___
1 e ___ 20 = __
2
P Q ___
GH 40 8 CD 10 1
R S
AB ___ EF ; então, AB
T U ___
i , GH
, EF
e CD
, nessa ordem, não são
GH CD
segmentos proporcionais.
V X
2. Considere dois segmentos adjacentes e consecutivos
AB e BC
, sendo que AB mede 12, e BC
mede 8. Dado
outro par de segmentos adjacentes e consecutivos PQ
Calculando a razão entre os segmentos PQ
e RS
, e a razão e QR
, com PQ
medindo 4, quanto deve ser a medida do
entre TU
e V X, obtém-se: segmento QR de modo que os segmentos AB
, BC
, PQ
e
QR sejam proporcionais?
PQ __3 __1
___
= = A B C
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
RS 9 3 x
TU
___ 2 = __
= __ 1 P Q R
VX 6 3
Resolução:
PQ =
Note que: k = ___
TU
___ 1 .
= __ Para que AB
, BC
, PQ
e QR
sejam segmentos proporcionais,
RS VX 3
Quando há uma igualdade entre razões, afirma-se que há é preciso ter:
uma proporção entre as medidas dos segmentos. Dessa
AB ___ PQ
forma, os segmentos PQ
e RS
são proporcionais aos seg- ___
=
BC QR
mentos TU
e V X. Assim:
Assim, os segmentos PQ
, RS
, TU
e VX
, nessa ordem, são
12 = __
___ 32 = __
4 ⇒ 12x = 32 ⇒ x = ___ 8
segmentos proporcionais. 8 x 12 3
73
3. Considere os segmentos de reta da figura a seguir,
A B C
sendo os pontos A, B e C colineares, e AB= 10, BC
= 3 e P R xQ
PQ = 8.
A B C
P Q Logo, para que os segmentos AB
, BC
, PR
e RQ
sejam pro-
porcionais, é preciso ter:
AB ___ PR
A que distância do ponto P deve estar um ponto R, contido ___
=
BC RQ
no segmento PQ
, de modo que os segmentos AB
, BC
, PR
e Logo:
RQ sejam proporcionais?
x à10(8 – x) = 3x ⇒ 80 – 10x = 3x ⇒
10 = ____
___
Resolução: 3 8–x
80
80 = 13x ⇒ x = ___
Se o ponto R estiver a uma distância x do ponto P, estará a 13
uma distância 8 – x do ponto Q. Observe a figura:
VIVENCIANDO
Assim como a natureza, a arte e as construções realizadas pelo homem estão repletas de razões proporcionais para
garantir a harmonia visual. Observe um exemplo:
(Fepar) O retângulo áureo é uma forma de grande apelo estético e das mais utilizadas na arquitetura antiga e mod-
erna (as pirâmides e o Partenon, por exemplo, têm as dimensões frontais do retângulo áureo). A proporção áurea
também é recorrente em outras obras de arte; é comum sua utilização em pinturas renascentistas, como as do mestre
Giotto e as de Leonardo da Vinci.
Phi, como é denominado o número de ouro, está vinculado à lógica da natureza (nas constelações, nas estruturas
biológicas) e pode ser verificado no homem (o tamanho das falanges dos dedos, por exemplo). Justamente por ser
encontrado em estruturas naturais, o número de ouro ganhou status de “ideal”, tornando-se tema de pesquisadores,
artistas e escritores. O fato de ser expresso em matemática é que o torna fascinante.
Matematicamente falando, a proporção áurea é uma constante real algébrica irracional obtida quando dividimos
uma reta em dois segmentos, de forma que o segmento mais longo, dividido pelo segmento menor, dê um número
igual ao da reta completa dividida pelo segmento mais longo.
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
74
2.3. Teorema de Tales 2.3.1 Aplicação do teorema de Tales
Considere o triângulo ABC:
Se um feixe de retas paralelas é cortado por duas retas A
transversais, os segmentos determinados sobre a pri-
meira transversal são proporcionais a seus correspon- D E
dentes determinados sobre a segunda transversal. r
Essa parte do conteúdo da geometria plana está intimamente relacionada à parte histórica da Grécia Antiga. Os mate-
máticos gregos estavam no auge de suas descobertas enquanto a cultura grega florescia e se expandia. Fique ligado nas
questões de Grécia Antiga que relacionam sua arquitetura com a matemática. Razões proporcionais e, principalmente, a
razão áurea são temas frequentes nos vestibulares.
75
3. Teorema da bissetriz interna ^
A
B m D n C
B D C Aplicação do conteúdo
Assim, BÂD = DÂC = x. 1. No triângulo ABC
^a seguir, o segmento AP
é bissetriz
interna do ângulo A . Encontre o valor de x.
Considere agora uma reta r paralela a AD
passando pelo
vértice C. A
A
x x
x
B C
P
B D C
Como o segmento BC mede 9, resulta que PC
= 9 – x. Pelo
até interceptar a reta r.
Prolongando o lado AB
teorema da bissetriz interna, tem-se:
r
E ___
AB AC ___
= 4x = ____
⇒ __ 12 ⇒ 4(9 – x) = 12x ⇒
BP PC 9–x
9
⇒ 36 – 4x = 12x à 16x = 36 à x = __
4
2. Considere o retângulo PQST semelhante ao retângulo
RSTU. Sabendo que o triângulo não é isósceles, avalie
A as afirmativas.
x x
Considere ϕ = __ a
b
Q
B D C a
a
P
AB ___ AE .
Pelo teorema de Tales, pode-se escrever: ___
= R
BD DC
b
No entanto, segue que:
^ ^ S
DA C = AC E = x (alternos internos) b U
^ ^
b a
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
76
Resolução: (V) Utilizando-se a relação encontrada no tercei-
ro item, tem-se:
(V) Tem-se:
a – __ a – 1 = 0 → ϕ2 – ϕ – 1 = 0
2
__
__ b = _____
a b2 b
a a + b → ab + b = a → a – ab – b = 0
2 2 2 2
∆= (–1)2 – 4 · 1 · (–1) = 5
__ __ __
(V) Tem-se:
1 ±
√
5 → ______ √ √5
SPQRU a2 __a ϕ = ______ 1 +
5 ou ______
1 –
____ 2 2 2
= __
= = ϕ __ __
SRSTU ab b
√ 2 · (1 + √
5 )
1 –
__ a = ______ 5 → __ b = ______
2 __ __________
a 1 – √ 5 = –4 →
(V) Utilizando-se a relação encontrada no primeiro b 2
__ __
item, tem-se: (√5 – 1) (√5 –1)
→ __a b = _______ a
→ b = ________
2 2
a – ab – b2= __ a2 – __
02 → __ ab2 – __
b2 = 0 → __
a2 – __ a – 1 = 0 →
2 2 2 2
_________
b 2
b b b b b b Portanto: V – V – V – F – V.
ϕ2 - ϕ – 1 = 0
b b
conforme calculado no item anterior.
DIAGRAMA DE IDEIAS
EXEMPLO: 4 MEDIDAS
RAZÃO PROPORCIONAL PQ = 3 CM
RS = 9 CM
TU = 2 CM
VX = 6 CM
DIVISÃO EQUIVALENTE
SÃO SEGMENTOS
PROPORCIONAIS
3 = 2 1 = 1
9 6 3 3
1) RETAS PARALELAS
LEMBRAR-SE DO 2) CORTADAS POR DUAS TRANSVERSAIS
TEOREMA DE TALES 3) SEGMENTOS DAS DUAS RETAS
TRANSVERSAIS SÃO PROPORCIONAIS
R S
A P
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
B Q
C R
77
Em função da distância GM
Em função da
(distância do
mediana
baricentro ao lado)
A
PONTOS NOTÁVEIS
A
DE UM TRIÂNGULO AM
G
GM
G
AM GM
B C B C
M M
MT AULAS
7E8
2. Bissetriz
Bissetriz é o segmento com uma extremidade em um
vértice que divide o ângulo interno formado por ele em
COMPETÊNCIA(s) HABILIDADE(s)
dois ângulos congruentes:
2 6, 7, 8 e 9 A
1. Mediana
B C
Mediana é o segmento que contém um dos vértices e o
Na figura acima, o segmento BS
é a bissetriz interna re-
^
ponto médio do lado oposto: lativa ao ângulo AB C, pois determina nesse ângulo dois
A ângulos congruentes. Todo triângulo possui três bissetrizes
que se encontram em um ponto denominado incentro,
simbolizado na figura abaixo pela letra I:
A
B C I
M
Na figura acima, o segmento AM
é a mediana relativa ao B C
lado BC
, pois BM
= CM
.
O incentro determina o centro da circunferência inscrita
Todo triângulo possui três medianas que se encontram em ao triângulo:
um ponto denominado baricentro, simbolizado na figura A
abaixo pela letra G: O centro da circunferência inscrita ao
triângulo ABC coincide com seu incentro.
A
I
MAC
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
MAB
G B C
BG
= 2GMAC
3. Altura
CG
= 2GMAB
Altura é o segmento cuja extremidade é um vértice do tri-
Assim, conclui-se que é possível dividir a mediana pelo ba- ângulo e que é perpendicular ao seu lado oposto (ou do
ricentro das seguintes formas equivalentes: prolongamento dele):
78
A r
A
s
C
B C
t
B C
H
O circuncentro de um triângulo é o centro da circunferência
O segmento AH
é a altura relativa ao lado BC
, pois AH
é
circunscrita a ele:
perpendicular a BC
. A
r
Quando o triângulo é obtusângulo, a intersecção de duas O centro da circunferência
circunscrita ao triângulo
das alturas se dá com o prolongamento dos lados: s
ABC coincide com seu
A circuncentro. C
B C
t
C
B
Aplicação do conteúdo
Observe que não há perpendicular relativa ao lado BC
que
encontre o vértice A, internamente ao triângulo, portanto 1. Determine os raios das circunferências inscrita e cir-
deve-se prolongar o lado BC
. cunscrita a um triângulo equilátero de lado a.
h a a R h a
H
r h
B C a
Mediatriz é qualquer segmento de reta perpendicular a um Como a altura coincide com a mediana relativa a uma
lado do triângulo e que passa por seu ponto médio. mesma base, segue que o baricentro divide a altura em
dois segmentos, sendo que o maior corresponde também
A ao raio R da circunferência circunscrita ao triângulo, e o
r
segmento menor corresponde ao raio r da circunferência
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
79
B é a distância de I até o lado AC
Como IP , e I equidista de
é de __
todos os lados, a distância de I até o segmento AB 5 .
2
A P C
Resolução:
DIAGRAMA DE IDEIAS
SEGMENTO DE RETA
PROPRIEDADES CONSTRUÇÃO
CARACTERÍSTICO
ENCONTRO DAS
MEDIANA MEDIANAS GERA MAB MAC
G
O BARICENTRO
B C
MBC
A O CENTRO DA
CIRCUNFERÊNCIA
INSCRITA AO
ENCONTRO DAS TRIÂNGULO ABC
BISSETRIZ BISSETRIZES GERA COINCIDE COM
SEU INCENTRO
O INCENTRO
B C
ENCONTRO DAS
ALTURA ALTURAS GERA O
VOLUME 1 MATEMÁTICA e suas tecnologias
ORTOCENTRO H
B C
O CENTRO DA
CIRCUNFERÊNCIA
CIRCUNSCRITA
AO TRIÂNGULO
ABC COINCIDE r A
ENCONTRO DAS COM SEU
CIRCUNCENTRO s
MEDIATRIZ MEDIATRIZES GERA
O CIRCUNCENTRO. C
B C
t
80